Este documento é um recurso em sentido estrito interposto contra uma decisão que pronunciou o acusado Jerusa pelo crime de homicídio doloso. O recurso pede (1) a desclassificação do crime para homicídio culposo previsto no Código de Trânsito Brasileiro, alegando que Jerusa agiu por culpa e não dolo, e (2) o envio do processo a um juízo competente, uma vez que com a desclassificação para crime culposo o júri passa a ser incompetente.
Este documento é um recurso em sentido estrito interposto contra uma decisão que pronunciou o acusado Jerusa pelo crime de homicídio doloso. O recurso pede (1) a desclassificação do crime para homicídio culposo previsto no Código de Trânsito Brasileiro, alegando que Jerusa agiu por culpa e não dolo, e (2) o envio do processo a um juízo competente, uma vez que com a desclassificação para crime culposo o júri passa a ser incompetente.
Este documento é um recurso em sentido estrito interposto contra uma decisão que pronunciou o acusado Jerusa pelo crime de homicídio doloso. O recurso pede (1) a desclassificação do crime para homicídio culposo previsto no Código de Trânsito Brasileiro, alegando que Jerusa agiu por culpa e não dolo, e (2) o envio do processo a um juízo competente, uma vez que com a desclassificação para crime culposo o júri passa a ser incompetente.
Este documento é um recurso em sentido estrito interposto contra uma decisão que pronunciou o acusado Jerusa pelo crime de homicídio doloso. O recurso pede (1) a desclassificação do crime para homicídio culposo previsto no Código de Trânsito Brasileiro, alegando que Jerusa agiu por culpa e não dolo, e (2) o envio do processo a um juízo competente, uma vez que com a desclassificação para crime culposo o júri passa a ser incompetente.
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UNIVERSIDADE POSITIVO
PRTICA DE DIREITO PENAL ATIVIDADE 7
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Aluno: Samuel de Souza Srie/Turma: 9NB Turno: Noite Professor: Sylvio Loureno da Silveira Filho
CURITIBA MAIO /2014 EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __VARA DO TRIBUNAL DO JURI DA COMARCA
Autos n Acusao: Ministrio Pblico Acusado:: JERUSA
JERUSA , j qualificada nos autos, por intermdio de seu advogado que ao final assina, vem perante Vossa Excelncia interpor, com fundamento no art. 581, inciso IV, do Cdigo de Processo Penal o presente RECURSO EM SENTIDO ESTRITO contra a deciso das fls. x, que pronunciou o acusado, dando-o como incurso nas sanes do art. 121. Do Cdigo Penal. Requer a realizao do juzo de retratao (Cdigo de Processo Penal, art. 589) e, em sendo mantida a deciso atacada, seja o presente recurso encaminhado ao juzo ad quem, para processamento e julgamento.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Curitiba, 09 de Agosto de 2013.
EGRGIO TRIBUNAL
COLENDA CMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
Autos de origem n
Recorrente: JERUSA
Recorrido: Ministrio Pblico
JERUSA, j qualificada nos autos, por intermdio de seu advogado que ao final assina, vem perante Vossa Excelncia apresentar, com fundamento no art. 588 do Cdigo de Processo Penal, as presentes RAZES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, pelos motivos de fato e de direito adiante:
I - Sntese ftica-processual:
r Jerusa foi oferecido denuncia pelo Ministrio Pblico, aps instaurao de Inqurito Policial, pela prtica de suposto crime de homicdio doloso simples, na modalidade de dolo eventual. A r dirigia seu carro, dentro dos limites de velocidade, em via de mo dupla. Ao ultrapassar um veculo que estava abaixo da velocidade permitida, a r atingiu Diogo, um motociclista que em alta velocidade conduzia sua motocicleta no sentido oposto da via. Jerusa chamou socorro que foi prestado, no entanto, o motociclista faleceu em razo dos ferimentos. A denncia foi recebida pelo juiz, que pronunciou Jerusa pelo crime de homicdio simples, por dolo eventual. A intimao para a presente pea processual ocorreu no dia 02 de agosto de 2013 (sexta-feira).
I Do Direito
1 Mrito
a) Da desclassificao de homicdio doloso O artigo 18 do Cdigo Penal versa: Diz-se o crime: I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudncia, negligncia ou impercia.
Pargrafo nico - Salvo os casos expressos em lei, ningum pode ser punido por fato previsto como crime, seno quando o pratica dolosamente. O Ministrio Pblico arguiu que houve o dolo eventual por parte da r, portanto atribuindo a ela a previsibilidade do resultado da morte. No entanto Jerusa agiu apenas por culpa, como j dito, mesmo consciente no passou de culpa. O Cdigo Penal no seu artigo 121, estabelece o crime na qual Jerusa foi imputada, na sua forma dolosa. No entanto, como a r, agiu apenas por culpa, encontramos a forma culposa para o devido delito no artigo 302 do Cdigo de Transito Brasileiro: Art. 302. Praticar homicdio culposo na direo de veculo automotor: Penas - deteno, de dois a quatro anos, e suspenso ou proibio de se obter a permisso ou a habilitao para dirigir veculo automotor.
Culpa para Julio Fabbrini Mirabete, Tem-se conceituado na doutrina o crime culposo como a conduta voluntria (ao ou omisso) que produz resultado antijurdico no querido, mas previsvel, e excepcionalmente previsto, que podia, com a devida ateno, ser evitado. Culpa nas palavras de BITTENCOURT : inobservncia do dever objetivo de cuidado, manifestada numa conduta produtora de resultado no querido, objetivamente previsvel. O ministrio pblico, portanto arguiu de forma equivocada a pretenso punitiva em relao a conduta de Jerusa, dizendo que a mesma se inseriu na prtica de homicdio doloso, na modalidade de dolo eventual. No entanto, necessrio que haja a desqualificao desta pretenso, e que seja aceita esta tese de culpa. Pois de fato Jerusa no quis produzir o resultado, pois a mesma chamou o socorro, juntamente com testemunhas, tentando evitar assim que sua conduta atingisse o fim. Cabe salientar que a vtima, o motociclista Diogo, estava transitando na contramo e em alta velocidade, o que cooperou para o resultado da conduta. Portanto a imputao deve ser feita apenas para o crime de homicdio culposo, (com fulcro no artigo supra citados. 302 do CTB), desclassificando assim a conduta capitulada no artigo 121 do Cdigo penal. b) Da incompetncia do Juzo Com fulcro no artigo 419 do Cdigo de Processo Penal, que versa: Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordncia com a acusao, da existncia de crime diverso dos referidos no 1o do art. 74 deste Cdigo e no for competente para o julgamento, remeter os autos ao juiz que o seja. (Redao dada pela Lei n 11.689, de 2008). A consequente desclassificao da conduta, de crime doloso, na modalidade dolo eventual, para homicdio culposo, o procedimento do jri passa a ser incompetente para julgar e processar a conduta. Portanto dever o processo ser remetido para o juzo competente para o julgamento do crime de homicdio culposo praticado na direo de veculo autnomo, conforme artigo 302 do CTB. E conforme entendimento de nossos tribunais em Julgamento de Recurso em Sentido estrito: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. HOMICDIO SIMPLES. DELITO COMETIDO NA CONDUO DE MOTOCICLETA. PRONUNCIA. ART. 121, CP E ART. 306 E 309, CTB. DOLO EVENTUAL. RECURSO DA DEFESA. PEDIDO DE DESCLASSIFICAO. DISTINO INTRINCADA ENTRE DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE QUE EXIGE CONTROLE MAIS ACURADO NO JUZO DE ADMISSIBILIDADE DA PRONNCIA NOS CRIMES CONTRA A VIDA EM QUE ENVOLVAM ACIDENTE DE TRNSITO. INEXISTNCIA DE ELEMENTO CONCRETO, DIVERSO DA EMBRIAGUEZ, QUE DEMONSTRE TER O RU ANUIDO, AO DIRIGIR EMBRIAGADO, COM O RESULTADO MORTE. DESCLASSIFICAO DO CRIME DE HOMICDIO DOLOSO (ART. 121, CAPUT, DO CP) PARA O CRIME DE HOMICDIO CULPOSO COMETIDO NA DIREO DE VECULO AUTOMOTOR (ART. 302, DO CTN). RECURSO PROVIDO. Processo: 8387906 PR 838790-6 (Acrdo) Relator(a): Naor R. de Macedo Neto Julgamento: 09/02/2012 rgo Julgador: 1 Cmara Criminal
objetiva: Auto colocao em perigo da vtima.
III Pedidos
1 Seja conhecido e provido o presente Recurso Em Sentido Estrito, reformando a respeitvel deciso que pronunciou a recorrente, para desclassificar o crime imputado na forma vista no artigo 419 do Cdigo de Processo Penal, determinado de imediato sua remessa ao juiz competente 2 Alternativamente seja Remetido os autos ao Tribunal Competente, pois com a eliminao do Dolo, o que deve ser feito, devido ao rompimento do Nexo da causalidade, em relao aos atos da r, e a morte da vtima, pois o mesmo se colocou em perigo, ao conduzir o veculo na contramo, e em alta velocidade.