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Nsca 3-13

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MINISTRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONUTICA


INVESTIGAO E PREVENO DE
ACIDENTES AERONUTICOS
NSCA 3-13
PROTOCOLOS DE INVESTIGAO DE
OCORRNCIAS AERONUTICAS DA AVIAO
CIVIL CONDUZIDAS PELO ESTADO
BRASILEIRO
2014

MINISTRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONUTICA
CENTRO DE INVESTIGAO E PREVENO DE ACIDENTES AERONUTICOS

INVESTIGAO E PREVENO DE
ACIDENTES AERONUTICOS
NSCA 3-13
PROTOCOLOS DE INVESTIGAO DE
OCORRNCIAS AERONUTICAS DA AVIAO
CIVIL CONDUZIDAS PELO ESTADO
BRASILEIRO

2014



MINISTRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONUTICA
PORTARIA N 166/GC3, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2014.
Aprova a reedio da NSCA 3-13, que
dispe sobre os Protocolos de Investigao
de Ocorrncias Aeronuticas da Aviao
Civil conduzidas pelo Estado Brasileiro.
O COMANDANTE DA AERONUTICA, de acordo com o previsto no
artigo 18, inciso II e seu Pargrafo nico, da Lei Complementar n 97, de 9 de junho de 1999,
e de conformidade com o inciso XIV do art. 23 da Estrutura Regimental do Comando da
Aeronutica, aprovada pelo Decreto n 6.834 de 30 de abril de 2009, e considerando o que
consta do Processo n 67012.000055/2014-65, resolve:
Art. 1 Aprovar a reedio da NSCA 3-13 Protocolos de Investigao de
Ocorrncias Aeronuticas da Aviao Civil conduzidas pelo Estado Brasileiro.
Art. 2 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.
Art. 3 Revoga-se a Portaria n 747/GC3, de 06 de maio de 2013, publicada no
Dirio Oficial da Unio n 86, de 07 de maio de 2013, Seo 1, pgina 8.
Ten Brig Ar JUNITI SAITO
Comandante da Aeronutica








(Publicado no BCA n de de de 2014).
NSCA 3-13/2014

SUMRIO
1 DISPOSIES PRELIMINARES ...................................................................................... 7
1.1 FINALIDADE ...................................................................................................................... 7
1.2 AMPARO LEGAL ............................................................................................................... 7
1.3 MBITO .............................................................................................................................. 7
1.4 RESPONSABILIDADE ....................................................................................................... 8
1.5 DEFINIES ....................................................................................................................... 8
2 FINALIDADE DA INVESTIGAO ............................................................................... 15
2.1 GENERALIDADES ........................................................................................................... 15
3 CRITRIOS DE INVESTIGAO .................................................................................. 16
3.1 ACIDENTES AERONUTICOS ...................................................................................... 16
3.2 INCIDENTES AERONUTICOS GRAVES ................................................................... 16
3.3 INCIDENTES AERONUTICOS .................................................................................... 16
4 PROCESSO DE COMUNICAO DE OCORRNCIA NO MBITO NACIONAL 18
4.1 GENERALIDADES ........................................................................................................... 18
4.2 NOTIFICAO DE OCORRNCIA AERONUTICA .................................................. 18
4.3 CONFIRMAO DE OCORRNCIA AERONUTICA ............................................... 18
4.4 AUTENTICAO DE OCORRNCIA AERONUTICA .............................................. 18
4.5 MEIOS ALTERNATIVOS PARA A NOTIFICAO DE OCORRNCIAS
AERONUTICAS ................................................................................................................... 19
4.6 COMUNICAO AO PBLICO ..................................................................................... 19
4.7 OBSERVAES ESPECFICAS ...................................................................................... 20
5 PROTOCOLOS GERAIS DE INVESTIGAO ............................................................ 21
5.1 AO INICIAL ................................................................................................................. 21
5.2 PRESERVAO DE INDCIOS E EVIDNCIAS .......................................................... 22
5.3 GUARDA E PRESERVAO DA AERONAVE OU DE SEUS DESTROOS ............ 23
5.4 REMOO DE DESTROOS ......................................................................................... 23
5.5 INUTILIZAO E MARCAO DE DESTROOS...................................................... 23
5.6 TERMO DE LIBERAO DA INVESTIGAO .......................................................... 23
5.7 REQUISIO DE MATERIAL E DE DOCUMENTOS ................................................. 24
5.8 TRATAMENTO DA INFORMAO .............................................................................. 24
5.9 LEITURA E USO DOS DADOS DOS GRAVADORES DE VOO ................................. 25
6 PROTOCOLOS ESPECFICOS DE INVESTIGAO ................................................ 27
6.1 INCIDENTE AERONUTICO ......................................................................................... 27
6.2 INCIDENTE AERONUTICO GRAVE .......................................................................... 27
6.3 ACIDENTE AERONUTICO .......................................................................................... 27
6.4 COMISSO DE INVESTIGAO .................................................................................. 28
6.5 INVESTIGAO DO FATOR HUMANO ...................................................................... 30
6.6 INVESTIGAO DO FATOR OPERACIONAL ............................................................ 31
6.7 INVESTIGAO DO FATOR MATERIAL .................................................................... 31
6.8 ATIVIDADE DE PESQUISA ............................................................................................ 32
6.9 OCORRNCIA AERONUTICA COM AERONAVE OU VECULO AREO
INCLUDO NA CATEGORIA EXPERIMENTAL E VECULO AREO NO
TRIPULADO ........................................................................................................................... 32
NSCA 3-13/2014

7 RELATRIO FINAL .......................................................................................................... 34
8 SUMA DE INVESTIGAO ............................................................................................. 36
9 RECOMENDAO DE SEGURANA ........................................................................... 37
9.1 GENERALIDADES ........................................................................................................... 37
9.2 SISTEMTICA .................................................................................................................. 37
9.3 EMISSO ........................................................................................................................... 37
9.4 CUMPRIMENTO ............................................................................................................... 37
9.5 ACOMPANHAMENTO ..................................................................................................... 38
9.6 ELABORAO ................................................................................................................. 38
9.7 CONTEDO ....................................................................................................................... 38
9.8 PRAZOS PARA O CUMPRIMENTO ............................................................................... 38
9.9 RESPONSABILIDADES DOS ELOS-SIPAER ................................................................ 38
9.10 RESPONSABILIDADES DO CENIPA NO MBITO NACIONAL ............................. 38
10 PROTOCOLOS INTERNACIONAIS DE INVESTIGAO ...................................... 40
10.1 GENERALIDADES ......................................................................................................... 40
10.2 NOTIFICAO................................................................................................................ 40
10.3 DIREITOS E OBRIGAES .......................................................................................... 40
10.4 FINAL REPORT............................................................................................................... 43
10.5 ACCIDENT/INCIDENT DATA REPORTING (ADREP) .............................................. 43
10.6 SAFETY RECOMMENDATION .................................................................................... 43
11 DISPOSIES GERAIS .................................................................................................. 44
11.1 DIVULGAO DA INFORMAO ............................................................................. 44
11.2 OUTRAS INVESTIGAES .......................................................................................... 44
11.3 OCORRNCIA AERONUTICA COM INDCIOS DE CRIME OU VIOLAO
LEGISLAO AERONUTICA ............................................................................................ 45
11.4 SUSPENSO DE OPERAO ....................................................................................... 45
11.5 REABERTURA DE INVESTIGAO ........................................................................... 45
11.6 CUSTO DA INVESTIGAO ........................................................................................ 46
11.7 TRANSPORTE DE SOBREVIVENTES ......................................................................... 46
11.8 DESTINAO DE RESTOS MORTAIS ........................................................................ 46
11.9 TREINAMENTO DE PESSOAL ..................................................................................... 46
11.10 LEGISLAO ESPECFICA ........................................................................................ 47
12 DISPOSIES FINAIS .................................................................................................... 48
REFERNCIAS............................................................................................................. 49

NSCA 3-13/2014

1 DISPOSIES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
Esta Norma tem por finalidade estabelecer protocolos, responsabilidades e
atribuies referentes s investigaes de acidente aeronutico, incidente aeronutico grave e
incidente aeronutico, realizadas no mbito do Sistema de Investigao e Preveno de
Acidentes Aeronuticos (SIPAER), cujo rgo central o Centro de Investigao e Preveno
de Acidentes Aeronuticos (CENIPA), a fim de que se cumpram, com uniformidade, as
normas e prticas recomendadas - Standards and Recommended Practices (SARP) -
estabelecidas pelo Anexo 13 Conveno sobre Aviao Civil Internacional.
1.2 AMPARO LEGAL
1.2.1 O SIPAER integra a infraestrutura aeronutica, conforme o disposto no artigo 25 da Lei
Federal n 7.565, de 19 de dezembro de 1986, Cdigo Brasileiro de Aeronutica (CBA).
1.2.2 Compete ao Sistema de Investigao e Preveno de Acidentes Aeronuticos
(SIPAER): planejar, orientar, coordenar, controlar e executar as atividades de Investigao e
de Preveno de Acidentes Aeronuticos, nos termos do artigo 86 do CBA.
1.2.3 O Decreto n 87.249/82, que regulamenta o SIPAER, em seu artigo 1, 1, define as
atividades de preveno de acidentes aeronuticos como sendo as que envolvem as tarefas
realizadas com a finalidade de evitar perdas de vidas e de material decorrentes de acidentes
aeronuticos.
1.2.4 Esta norma aprovada pela Autoridade Aeronutica, de acordo com a competncia
estabelecida atravs do inciso V e 2 do artigo 25 do CBA, combinado com o inciso II do
artigo 18 e com o pargrafo nico do artigo 18 da Lei complementar n 97/99.
1.3 MBITO
A presente norma, estabelecida considerando-se o disposto no artigo 87 do
CBA, aplica-se:
a) Secretaria de Aviao Civil (SAC);
b) s organizaes do Comando da Aeronutica;
c) ao Departamento de Controle do Espao Areo (DECEA);
d) Agncia Nacional de Aviao Civil (ANAC);
e) aos Servios Regionais de Investigao e Preveno de Acidentes
Aeronuticos (SERIPA);
f) aos operadores de aerdromos;
g) aos fabricantes de aeronaves, motores e componentes aeronuticos;
h) aos proprietrios, operadores ou exploradores de aeronaves;
i) aos rgos governamentais proprietrios ou operadores de aeronaves;
j) s organizaes prestadoras de servio de manuteno de aeronaves, motores
e componentes; e
k) s demais organizaes provedoras de servio de controle de trfego areo.
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1.4 RESPONSABILIDADE
1.4.1 De acordo com o disposto no artigo 87 do CBA, a preveno de acidentes aeronuticos
da responsabilidade de todas as pessoas, naturais ou jurdicas, envolvidas com a fabricao,
manuteno, operao e circulao de aeronaves, bem assim como as atividades de apoio da
infraestrutura aeronutica no territrio brasileiro.
1.4.2 Como consequncia, compete ao detentor do mais elevado cargo executivo das
organizaes, operadores e rgos nominados no item 1.3 desta Norma, independentemente
do ttulo a ele atribudo, a responsabilidade objetiva de observar os dispositivos aqui
estabelecidos.
1.5 DEFINIES
Com o objetivo de orientar esta Norma, alm dos termos e expresses j
consagrados, esto descritas as definies de interesse do SIPAER, em consonncia com os
documentos da International Civil Aviation Organization (ICAO) e dos diversos rgos que
compem o Sistema de Aviao Civil Brasileiro.
1.5.1 AO INICIAL
Medidas preliminares realizadas no local de uma ocorrncia aeronutica, de
acordo com tcnicas especficas, e por pessoal qualificado e credenciado, tendo por objetivo,
entre outros: a coleta e/ou confirmao de dados; a preservao de indcios; a verificao
inicial de danos causados aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras
informaes necessrias ao processo de investigao.
1.5.2 ACIDENTE AERONUTICO
1.5.2.1 Toda ocorrncia aeronutica relacionada operao de uma aeronave tripulada, havida
entre o momento em que uma pessoa nela embarca com a inteno de realizar um voo at o
momento em que todas as pessoas tenham dela desembarcado ou, no caso de uma aeronave
no tripulada, toda ocorrncia havida entre o momento que a aeronave est pronta para se
movimentar, com a inteno de voo, at a sua inrcia total pelo trmino do voo, e seu sistema
de propulso tenha sido desligado e, durante os quais, pelo menos uma das situaes abaixo
ocorra:
a) uma pessoa sofra leso grave ou venha a falecer como resultado de:
- estar na aeronave;
- ter contato direto com qualquer parte da aeronave, incluindo aquelas
que dela tenham se desprendido; ou
- ser submetida exposio direta do sopro de hlice, de rotor ou de
escapamento de jato, ou s suas consequncias.
b) a aeronave sofra dano ou falha estrutural que:
- afete a resistncia estrutural, o seu desempenho ou as suas caractersticas
de voo; ou
- normalmente exija a realizao de grande reparo ou a substituio do
componente afetado.
c) a aeronave seja considerada desaparecida ou esteja em local inacessvel.
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1.5.2.2 Exceo ser feita quando as leses, ou bito, resultarem de causas naturais, forem
autoinfligidas ou infligidas por terceiros, ou forem causadas a pessoas que embarcaram
clandestinamente e se acomodaram em rea que no as destinadas aos passageiros e
tripulantes.
1.5.2.3 As leses decorrentes de um Acidente Aeronutico que resultem em bito at 30 dias
aps a data da ocorrncia so consideradas leses fatais.
1.5.2.4 Exceo ser feita para falha ou danos limitados a um nico motor, suas carenagens ou
acessrios; ou para danos limitados s hlices, s pontas de asa, s antenas, aos probes, aos
pneus, aos freios, s rodas, s carenagens do trem, aos painis, s portas do trem de pouso, aos
para-brisas, aos amassamentos leves e pequenas perfuraes no revestimento da aeronave, ou
danos menores s ps do rotor principal e de cauda, ao trem de pouso e queles resultantes de
coliso com granizo ou fauna (incluindo perfuraes no radome).
1.5.2.5 Uma aeronave ser considerada desaparecida quando as buscas oficiais forem
suspensas e os destroos no forem encontrados.
1.5.2.6 Em voos de ensaio experimental de empresa certificada, no sero classificadas como
acidente aeronutico as ocorrncias relacionadas diretamente ao objetivo do ensaio, ficando o
estabelecimento desta relao a cargo do CENIPA, aps anlise preliminar do evento e da
documentao tcnica que suporte o referido ensaio.
1.5.3 ACCIDENT/INCIDENT DATA REPORTING (ADREP)
Reporte elaborado pelo CENIPA sobre a investigao de acidente aeronutico
ou incidente aeronutico grave, padronizado conforme o ADREP MANUAL da ICAO, a ser
encaminhado quela Organizao, nos termos do Anexo 13 Conveno sobre Aviao Civil
Internacional.
1.5.4 AERONAVE
Todo aparelho, manobrvel em voo, apto a se sustentar e a circular no espao
areo mediante reaes aerodinmicas que no sejam as reaes do ar contra a superfcie do
terreno, apto a transportar coisas ou pessoas.
1.5.5 COMISSO DE INVESTIGAO
Grupo de pessoas designadas, em carter temporrio, lideradas e
supervisionadas pelo Investigador-Encarregado, de acordo com suas qualificaes tcnico-
profissionais, para cumprir tarefas tcnicas de interesse exclusivo da investigao para fins de
preveno, devendo ser adequado s caractersticas de cada ocorrncia.
1.5.6 ELO-SIPAER
rgo, setor ou cargo, dentro da estrutura das organizaes, que tem a
responsabilidade no trato dos assuntos de segurana de voo no mbito do SIPAER.
1.5.7 ESTADO DA OCORRNCIA
Pas em cujo territrio o acidente ou incidente ocorreu.
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1.5.8 ESTADO DE FABRICAO
Pas que tem jurisdio sobre a organizao responsvel pela montagem final
da aeronave.
1.5.9 ESTADO DO OPERADOR
Pas no qual se encontra a sede principal do operador ou, no havendo uma
sede, aquele no qual o operador possui residncia permanente.
1.5.10 ESTADO DE PROJETO
Pas que tem jurisdio sobre a organizao responsvel pelo projeto da
aeronave.
1.5.11 ESTADO DE REGISTRO
Pas no qual a aeronave est registrada (matriculada).
1.5.12 FATOR CONTRIBUINTE
Condio, ao, omisso ou a combinao delas, que se eliminadas, ou
mitigadas, podem reduzir a probabilidade do acontecimento de uma ocorrncia aeronutica,
ou reduzir a severidade das consequncias dessa ocorrncia. A identificao do fator
contribuinte no implica em uma presuno de culpa ou responsabilidade civil ou criminal.
1.5.13 INCIDENTE AERONUTICO
1.5.13.1 Ocorrncia aeronutica relacionada operao da aeronave tripulada, havida entre o
momento em que uma pessoa nela embarca com a inteno de realizar um voo, at o
momento em que todas as pessoas tenham dela desembarcado, que no chegue a se
caracterizar como um acidente aeronutico, mas que afete ou possa afetar a segurana da
operao.
1.5.13.2 No caso de uma aeronave no tripulada, toda ocorrncia havida entre o momento que
a aeronave est pronta para se movimentar, com a inteno de voo, at a sua inrcia total pelo
trmino do voo, e seu sistema de propulso tenha sido desligado, que no chegue a se
caracterizar como um acidente aeronutico, mas que afete ou possa afetar a segurana da
operao.
1.5.14 INCIDENTE AERONUTICO GRAVE
1.5.14.1 Incidente aeronutico envolvendo circunstncias que indiquem que houve elevado
potencial de risco de acidente relacionado operao de uma aeronave tripulada, havida entre
o momento em que uma pessoa nela embarca com a inteno de realizar um voo, at o
momento em que todas as pessoas tenham dela desembarcado.
1.5.14.2 No caso de uma aeronave no tripulada, toda ocorrncia havida entre o momento que
a aeronave est pronta para se movimentar, com a inteno de voo, at a sua inrcia total pelo
trmino do voo, e seu sistema de propulso tenha sido desligado.
1.5.14.3 A diferena entre o incidente grave e o acidente est apenas nas consequncias.
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NOTA O Adendo C do Anexo 13 Conveno sobre Aviao Civil
Internacional apresenta uma lista de situaes que podem ser consideradas
exemplos de incidentes aeronuticos graves. Essa lista serve apenas como um
guia, e no esgota os exemplos de ocorrncias aeronuticas que se enquadram
na classificao de incidente aeronutico grave.
1.5.15 INCIDENTE DE TRFEGO AREO
Toda ocorrncia aeronutica envolvendo trfego areo que constitua perigo
para as aeronaves, relacionada com:
a) Facilidades - situao em que a falha de alguma instalao de infraestrutura
de navegao area tenha causado dificuldades operacionais;
b) Procedimentos - situao em que houve dificuldades operacionais por
procedimentos falhos, ou pelo no cumprimento dos procedimentos
aplicveis; e
c) Proximidade entre aeronaves (AIRPROX) - situao em que a distncia
entre aeronaves, bem como suas posies relativas e velocidades foram tais
que a segurana tenha sido comprometida. Em funo do nvel de
comprometimento da segurana, o Incidente de Trfego Areo
classificado como: Risco Crtico ou Risco Potencial.
1.5.16 INVESTIGADOR-ENCARREGADO - INVESTIGATOR-IN-CHARGE (IIC)
Profissional credenciado pelo SIPAER e formalmente designado, em funo de
suas qualificaes, como o responsvel pela organizao, pela realizao e pelo controle da
investigao de uma ocorrncia aeronutica, ou pela conduo dos trabalhos de uma comisso
de investigao.
1.5.17 INVESTIGAO
Processo conduzido com o propsito de prevenir acidentes e que compreende a
coleta e a anlise das informaes, a elaborao de concluses, incluindo a determinao dos
fatores contribuintes e quando apropriado, a emisso de recomendaes de segurana.
1.5.18 LESES GRAVES
Leses resultantes de uma ocorrncia aeronutica que caracterizam um
acidente aeronutico, e que:
a) requeiram hospitalizao por mais de 48 horas, no perodo de sete dias, a
partir da data da ocorrncia;
b) resultem em fratura de qualquer osso (exceto fraturas simples dos dedos das
mos, dedos dos ps e nariz);
c) envolvam laceraes que causem hemorragia severa, danos a nervos,
msculos ou tendes;
d) envolvam leses a qualquer rgo interno;
e) envolvam queimaduras de segundo ou terceiro graus, ou qualquer
queimadura que afete mais de 5% da superfcie corporal do indivduo; ou
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f) envolvam exposio a substncias infecciosas ou ferimentos por radiao.
1.5.19 OCORRNCIA AERONUTICA
Qualquer evento envolvendo aeronave que poder ser classificado como
acidente aeronutico, incidente aeronutico grave ou incidente aeronutico, permitindo ao
SIPAER a adoo dos procedimentos pertinentes.
1.5.20 OCORRNCIA ANORMAL
Circunstncia que no chega a configurar um acidente aeronutico, incidente
aeronutico grave ou incidente aeronutico e no chega a afetar a segurana da operao, na
qual a aeronave, seus sistemas, equipamentos ou componentes no funcionem, ou no so
operados de acordo com as condies previstas, exigindo a adoo de medidas tcnicas
corretivas. A ocorrncia anormal no ser investigada pelo SIPAER.
1.5.21 OCORRNCIA DE TRFEGO AREO
Circunstncia de trfego areo em que ocorreu uma situao que excedeu a
normalidade das operaes, considerando as normas e procedimentos previstos, exigindo a
adoo de medidas corretivas.
1.5.22 OPERADOR DE AERDROMO
Operador de aerdromo, tambm denominado explorador de infraestrutura
aeroporturia, significa toda pessoa natural ou jurdica que administre, explore, mantenha e
preste servios em aerdromo de uso pblico ou privado, prprio ou no, com ou sem fins
lucrativos.
1.5.23 OPERADOR DE AERONAVE
Pessoa, organizao ou empresa que se dedica, ou se prope a explorar a
operao da aeronave.
1.5.24 PRELIMINARY REPORT
Relatrio a ser encaminhado pelo CENIPA ICAO e aos Estados Signatrios
daquela Organizao, nos termos do Anexo 13 Conveno sobre Aviao Civil
Internacional, e que se destina disseminao de dados obtidos nos estgios iniciais de uma
investigao.
1.5.25 PROPOSTA DE RECOMENDAO DE SEGURANA
Medida de carter preventivo ou corretivo que o SERIPA, ou um Elo-SIPAER,
prope ao CENIPA para anlise, visando eliminar um perigo ou mitigar o risco decorrente de
uma condio latente, ou de uma falha ativa, resultado da investigao de uma ocorrncia
aeronutica, ou de uma ao de preveno, e que, em nenhum caso, dar lugar a uma
presuno de culpa ou responsabilidade civil.
1.5.26 RECOMENDAO DE SEGURANA
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Medida de carter preventivo ou corretivo emitida pelo CENIPA, ou por um
Elo-SIPAER, para o seu respectivo mbito de atuao, visando eliminar o perigo ou mitigar o
risco decorrente de uma condio latente, ou de uma falha ativa, resultado da investigao de
uma ocorrncia aeronutica, ou de uma ao de preveno, e que em nenhum caso, dar lugar
a uma presuno de culpa ou responsabilidade civil.
1.5.27 REGISTRO DE AO INICIAL (RAI)
Registro de informaes factuais coletadas durante a Ao Inicial realizada no
local da ocorrncia.
1.5.28 REGISTRO PRELIMINAR (RP)
Registro de natureza preliminar e que no se caracteriza como a concluso
oficial do SIPAER, em que constam os elementos preliminares de investigao e as primeiras
aes corretivas e (ou) mitigadoras, quando pertinentes.
1.5.29 RELATRIO FINAL (RF)
Documento formal, destinado a divulgar a concluso oficial do SIPAER,
fundamentado nos elementos de investigao, na anlise, na concluso e nas Recomendaes
de Segurana relativas a um acidente aeronutico, incidente aeronutico grave ou incidente
aeronutico, visando, exclusivamente, preveno de novas ocorrncias.
1.5.30 REPRESENTANTE ACREDITADO
1.5.30.1 Pessoa designada por um Estado, em funo de suas qualificaes, com a finalidade
de participar em uma investigao efetuada por outro Estado.
1.5.30.2 O representante acreditado poder ser assessorado por uma pessoa indicada pelo
Estado, com base nas suas qualificaes.
1.5.31 RISCO CRTICO
1.5.31.1 Condio na qual no ocorreu um acidente devido ao acaso ou a uma ao evasiva, e
que a proximidade, vertical e horizontal entre as aeronaves, tenha sido inferior a 500 ps (150
metros); ou que um dos pilotos envolvidos tenha reportado um perigo de coliso entre as
aeronaves.
1.5.31.2 Ser classificado como Incidente Grave pelo CENIPA.
1.5.32 RISCO POTENCIAL
1.5.32.1 Condio na qual a proximidade entre aeronaves, ou entre aeronaves e obstculos,
tenha resultado em separao menor que o mnimo estabelecido pelas normas vigentes sem,
contudo, atingir a condio de risco crtico.
1.5.32.2 Quando as informaes disponveis no permitirem a determinao do nvel de
comprometimento da segurana dos trfegos envolvidos em uma ocorrncia de trfego areo,
o mesmo ser considerado como de Risco Potencial.


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1.5.33 SEGURANA DE VOO
a Segurana Operacional aplicada especificamente atividade area e tem
por objetivo prevenir a ocorrncia de acidentes, incidentes graves e incidentes aeronuticos.
1.5.34 SEGURANA OPERACIONAL
Estado no qual o risco de leses s pessoas ou danos aos bens se reduz e se
mantm em um nvel aceitvel, ou abaixo deste, por meio de um processo contnuo de
identificao de perigos e gesto de riscos.
1.5.35 SUMA DE INVESTIGAO
Documento formal, destinado a divulgar a concluso oficial do SIPAER,
fundamentado nas informaes factuais, no histrico do voo, nos comentrios, nas aes
corretivas e nas Recomendaes de Segurana, quando pertinentes, relativas a um acidente
aeronutico, incidente aeronutico grave ou incidente aeronutico, visando exclusivamente,
preveno de novas ocorrncias.
1.5.36 VECULO AREO NO TRIPULADO
Aeronave projetada para operar sem piloto a bordo e que no seja utilizada
para fins meramente recreativos. Nesta definio, incluem-se todos os avies, helicpteros e
dirigveis controlveis nos trs eixos, excluindo-se, portanto, os bales tradicionais e os
aeromodelos.
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2 FINALIDADE DA INVESTIGAO
2.1 GENERALIDADES
2.1.1 As investigaes de que trata esta Norma tm como nica finalidade a preveno de
acidentes aeronuticos, incidentes aeronuticos graves e incidentes aeronuticos, por meio da
identificao dos fatores contribuintes presentes, direta ou indiretamente, na ocorrncia
investigada, e emisso de recomendaes de segurana que possibilitem uma ao direta, ou
tomada de deciso, para eliminar aqueles fatores, ou minimizar as suas consequncias.
2.1.2 No propsito da investigao do SIPAER atribuir culpa ou responsabilidade aos
envolvidos na ocorrncia aeronutica.
2.1.3 A investigao de acidentes aeronuticos, incidentes aeronuticos graves e incidentes
aeronuticos uma ferramenta reativa indispensvel para a Segurana de Voo, para a qual
devem ser direcionados, de forma apropriada, os recursos humanos e materiais necessrios.
Por esse motivo, deve-se cuidadosamente avaliar o alcance de cada investigao,
considerando os custos e os ensinamentos colhidos.
2.1.4 Em muitas investigaes observa-se a repetio de condies similares exaustivamente
analisadas em ocorrncias aeronuticas anteriores, e, em consequncia, nem sempre se
justificam os recursos aplicados nessas investigaes para o aperfeioamento da Segurana de
Voo.
2.1.5 Em conformidade com o Anexo 13 Conveno sobre Aviao Civil Internacional,
com os diversos documentos da ICAO, que dispem sobre o assunto, e com o objetivo de
aplicar os recursos disponveis de maneira eficiente e adequada, sem prejuzo do conceito de
Segurana de Voo, o CENIPA estabeleceu critrios relativos ao processo de investigao de
ocorrncias aeronuticas na aviao civil brasileira.


16/49 NSCA 3-13/2014

3 CRITRIOS DE INVESTIGAO
3.1 ACIDENTES AERONUTICOS
3.1.1 Todos os acidentes aeronuticos sero investigados e, como resultado, ser gerado um
Registro de Ao Inicial de carter factual.
3.1.2 No caso de acidentes aeronuticos com aeronaves de peso mximo de decolagem acima
de 2.250 kg, ou equipadas com motor turbina, fundamentado no Registro de Ao Inicial
(RAI) e no Registro Preliminar (RP), ser emitido um Relatrio Final (RF).
3.1.3 Em acidentes aeronuticos nos quais uma pessoa venha a falecer, tambm ser emitido
um Relatrio Final (RF).
3.1.4 Em acidentes aeronuticos com aeronaves de peso mximo de decolagem de 2.250 kg,
ou menor, caso estejam envolvidos aspectos relacionados ao projeto e a certificao que
afetem a aeronavegabilidade, ou se houver interesse de outro Estado, ser emitido o Relatrio
Final (RF).
3.1.5 Para os casos no previstos nos itens 3.1.2, 3.1.3 e 3.1.4 sero emitidas SUMAS de
Investigao fundamentadas nos Registros de Ao Inicial.
3.2 INCIDENTES AERONUTICOS GRAVES
3.2.1 Todos os incidentes aeronuticos graves sero investigados e, como resultado, ser
gerado um Registro de Ao Inicial (RAI) de carter factual.
3.2.2 Para os incidentes aeronuticos graves com aeronaves de peso mximo de decolagem
acima de 5.700 kg, ou equipadas com motor turbina, fundamentado no Registro de Ao
Inicial (RAI) e no Registro Preliminar (RP), ser emitido um Relatrio Final (RF).
3.2.3 Em incidentes aeronuticos graves com aeronaves de peso mximo de decolagem de
5.700 kg, ou menor, caso estejam envolvidos aspectos relacionados ao projeto e a certificao
que afetem a aeronavegabilidade, ou se houver interesse de outro Estado, ser emitido o
Relatrio Final (RF).
3.2.4 Para os casos no previstos nos itens 3.2.2 e 3.2.3 sero emitidas SUMAS de
Investigao fundamentadas nos Registros de Ao Inicial.
3.3 INCIDENTES AERONUTICOS
3.3.1 Os incidentes aeronuticos cujas circunstncias o CENIPA julgue que a investigao
poder trazer novos ensinamentos preveno e Segurana de Voo, sero investigados e
podero ser gerados o RAI, o RP, o Relatrio Final (RF) ou a SUMA de Investigao.
3.3.2 Incidentes aeronuticos com elevado ndice de repetitividade, tais como coliso com
fauna, estouro de pneu, incidncia de raio laser, coliso com balo, por no trazerem novos
ensinamentos para a preveno, devero ser apenas notificados, no cabendo o Registro de
Ao Inicial (RAI).
3.3.3 Apesar dos critrios descritos nos pargrafos anteriores, sempre que o CENIPA julgar
que a divulgao da concluso de uma investigao de ocorrncia aeronutica possa
NSCA 3-13/2014 17/49

contribuir como ensinamento para a preveno ser emitido o RF ou a SUMA de
Investigao.

18/49 NSCA 3-13/2014

4 PROCESSO DE COMUNICAO DE OCORRNCIA NO MBITO NACIONAL
4.1 GENERALIDADES
Por determinao prevista no Cdigo Brasileiro de Aeronutica, em territrio
brasileiro, toda pessoa que tiver conhecimento de uma ocorrncia aeronutica, ou da
existncia de destroos de aeronave, tem o dever de notific-la, pelo meio mais rpido,
autoridade pblica mais prxima, qual caber informar, imediatamente, ao CENIPA ou ao
SERIPA da regio correspondente.
4.2 NOTIFICAO DE OCORRNCIA AERONUTICA
4.2.1 Sempre que houver qualquer ocorrncia aeronutica, dever ser feita uma notificao,
por meio do preenchimento da Ficha de Notificao e Confirmao de Ocorrncia (FNCO),
disponvel na pgina eletrnica do CENIPA na Internet.
4.2.2 As comunicaes das ocorrncias de que trata esta Norma podero ser classificadas
como acidente aeronutico, incidente aeronutico grave e incidente aeronutico, ou ainda
desconsideradas, caso no sejam caracterizadas como ocorrncia aeronutica, aps a anlise
do CENIPA.
4.2.3 A notificao de ocorrncia aeronutica o ato realizado atravs da FNCO, que tem por
objetivo informar ao CENIPA, ou ao SERIPA da respectiva regio, sobre o acontecimento de
um evento que seja, potencialmente, de interesse do SIPAER, permitindo a adoo dos
procedimentos pertinentes.
4.2.4 Ainda que no se disponha de informaes para o preenchimento de todos os campos
previstos na FNCO, o seu envio no dever ser retardado, desde que sejam conhecidas
informaes relativas aos campos assinalados como obrigatrios.
4.2.5 Por sua prpria natureza, a FNCO pode ser produzida e emitida por qualquer indivduo
ou organizao. No entanto, a FNCO somente poder ser considerada um documento oficial
do SIPAER aps receber autenticao do CENIPA.
4.2.6 responsabilidade do operador ou proprietrio a notificao formal ao CENIPA, no
caso de aeronaves operadas segundo o Regulamento Brasileiro da Aviao Civil 121 e 129
(RBAC 121 e 129), e demais aeronaves de registro estrangeiro. Para os demais casos, a
notificao dever ser feita ao SERIPA da respectiva regio da ocorrncia.
4.3 CONFIRMAO DE OCORRNCIA AERONUTICA
4.3.1 A Confirmao de Ocorrncia Aeronutica um procedimento por meio do qual se
proceder complementao ou retificao das informaes previamente veiculadas na
Notificao de Ocorrncia Aeronutica.
4.3.2 Cabe ao CENIPA a confirmao de ocorrncias com aeronaves operadas segundo o
RBAC 121 e 129 e demais aeronaves de registro estrangeiro. Nos demais casos a confirmao
ser feita pelos respectivos SERIPA.
4.4 AUTENTICAO DE OCORRNCIA AERONUTICA
NSCA 3-13/2014 19/49

4.4.1 A Autenticao de Ocorrncia Aeronutica um procedimento realizado
exclusivamente pelo CENIPA, que tem como objetivo ratificar ou retificar a classificao, o
tipo de ocorrncia, o responsvel pela investigao e as demais informaes necessrias para
o processo de investigao.
4.4.2 A autenticao de ocorrncia aeronutica permite:
a) iniciar o processo formal de investigao, ou o registro de que a ocorrncia
no ser investigada;
b) iniciar o ciclo de registro estatstico da ocorrncia no mbito do SIPAER;
c) comunicar oficialmente ICAO e aos demais pases signatrios da
Conveno sobre Aviao Civil Internacional, nos casos previstos no Anexo
13 quela Conveno;
d) comunicar oficialmente ao operador ou proprietrio, confirmando a
classificao, o tipo de ocorrncia e a responsabilidade pela investigao; e
e) comunicar oficialmente ANAC, confirmando a classificao, o tipo de
ocorrncia e a responsabilidade pela investigao.
4.4.3 Aps a autenticao da ocorrncia aeronutica, a eventual suspenso de Certificado de
Aeronavegabilidade (CA), de Certificado de Habilitao Tcnica (CHT) ou de Certificado
Mdico Aeronutico (CMA) da competncia e da responsabilidade exclusiva da ANAC.
4.5 MEIOS ALTERNATIVOS PARA A NOTIFICAO DE OCORRNCIAS
AERONUTICAS
4.5.1 As notificaes, as confirmaes e as autenticaes de ocorrncias aeronuticas devero
ser realizadas, prioritariamente, por meio da pgina eletrnica do CENIPA.
4.5.2 Caso no possa ser feita a notificao por meio da pgina eletrnica do CENIPA,
poder ser utilizado o correio eletrnico, meio telefnico ou o fax como meio alternativo,
disponveis na pgina eletrnica do CENIPA.
4.5.3 Caber organizao a qual pertencer ou estiver sediado o Elo-SIPAER, prover os
meios eletrnicos necessrios veiculao das notificaes e as confirmaes de ocorrncias
aeronuticas.
4.6 COMUNICAO AO PBLICO
4.6.1 A comunicao oficial dos dados e das circunstncias, relativa investigao de uma
ocorrncia aeronutica, envolvendo aeronave civil, prerrogativa do Centro de Comunicao
Social da Aeronutica (CECOMSAER), devendo esta ser realizada em coordenao com o
CENIPA.
4.6.2 Considerando a necessidade de prover informaes corretas e oportunas ao pblico, o
CENIPA ou o SERIPA da respectiva rea da ocorrncia, em coordenao com o Investigador-
Encarregado, poder fornecer dados referentes:
a) ao modelo, ao tipo, nacionalidade e matrcula da aeronave;
b) ao operador da aeronave;
c) data, hora e ao local da ocorrncia;
20/49 NSCA 3-13/2014

d) ao local de origem e destino;
e) ao nmero de tripulantes e de passageiros a bordo; e
f) s providncias relativas ocorrncia que j foram adotadas no mbito do
SIPAER e/ou pelas demais autoridades.
4.7 OBSERVAES ESPECFICAS
4.7.1 Compete ao CENIPA prestar Autoridade Aeronutica, ou a outra por esta delegada,
quaisquer informaes complementares, relativas investigao de ocorrncias aeronuticas.
4.7.2 Caber ao CENIPA toda e qualquer comunicao oficial relativa s ocorrncias
aeronuticas supracitadas, dirigida a Estados estrangeiros, entidades ou organizaes
internacionais.
4.7.3 Caber, ainda, ao CENIPA informar ANAC os dados pertinentes relativos s
ocorrncias aeronuticas com aeronaves civis brasileiras, visando adoo de providncias
administrativas.
4.7.4 Nos casos de ocorrncias aeronuticas envolvendo aeronaves de fabricao brasileira,
caber ao CENIPA, imediatamente, informar ao fabricante.
4.7.5 responsabilidade do operador ou proprietrio a comunicao da ocorrncia do
acidente aeronutico ou incidente aeronutico grave diretamente aos familiares das vtimas, se
for o caso, e ao pblico em geral, bem como a divulgao da relao de pessoas embarcadas,
de acordo com as normas regulatrias em vigor.
4.7.6 A investigao de toda ocorrncia aeronutica ser conduzida por profissional
qualificado e credenciado pelo SIPAER.
NSCA 3-13/2014 21/49

5 PROTOCOLOS GERAIS DE INVESTIGAO
5.1 AO INICIAL
5.1.1 A Ao Inicial de qualquer ocorrncia aeronutica conduzida por, pelo menos, um
profissional habilitado pelo SIPAER, com credencial vlida para o tipo de atividade, que
poder ou no ser o Investigador-Encarregado da Investigao.
5.1.2 O responsvel pela Ao Inicial dever envidar esforos para comparecer ao local da
ocorrncia, a fim de registrar todas as informaes factuais que podero ser teis durante a
investigao. No caso de impossibilidade de acesso ao local da ocorrncia, os motivos
devero ser apresentados na FNCO enviada ao CENIPA.
5.1.3 O responsvel pela Ao Inicial ter o controle e o acesso irrestrito aeronave, seus
destroos e a todo material relevante, incluindo gravadores de voo, documentos,
revisualizao radar, transcries de comunicaes dos rgos de controle do espao areo e
entrevistas de testemunhas, garantindo que um exame detalhado possa ser feito sem atrasos,
imediatamente aps as aes de resgate at o trmino do processo de investigao.
5.1.4 Para tanto, o responsvel pela Ao Inicial dever estabelecer a coordenao necessria
com outros rgos, tais como Polcia, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, ANAC, DECEA e
outros.
5.1.5 O DECEA dever preservar e disponibilizar a revisualizao radar e a transcrio das
comunicaes entre a aeronave e os rgos de controle de trfego areo envolvidos, sempre
que for notificado da ocorrncia de um acidente aeronutico ou incidente aeronutico grave,
disponibilizando-os ao responsvel pela Ao Inicial ou ao Investigador-Encarregado aps ter
recebido deste a solicitao do material.
5.1.6 O operador e o fabricante da aeronave devero fornecer ao responsvel pela Ao
Inicial ou ao Investigador-Encarregado todas as informaes tcnicas sobre a aeronave,
necessrias investigao.
5.1.7 Nas ocorrncias aeronuticas dentro da rea patrimonial de um aerdromo, o Operador
de Aerdromo dever facilitar o ingresso e o acesso ao responsvel pela Ao Inicial ao local
da ocorrncia.
5.1.8 Todo Elo-SIPAER dever manter um kit de Ao Inicial disponvel e atualizado para
utilizao imediata.
5.1.9 A Ao Inicial de incidente aeronutico poder ser realizada pelo operador, por
delegao do CENIPA, quando este possuir profissional credenciado para realizar
investigao de ocorrncia aeronutica, desde que devidamente coordenado com o
CENIPA/SERIPA da regio.
5.1.10 O SERIPA correspondente regio do incidente aeronutico realizar a Ao Inicial
quando o operador no possuir profissional credenciado pelo CENIPA para realizar
investigao de ocorrncia aeronutica.
5.1.11 O SERIPA correspondente regio do incidente aeronutico, em coordenao com o
CENIPA, poder avocar a responsabilidade da Ao Inicial sempre que julgar relevante para
o processo de investigao e preveno.
22/49 NSCA 3-13/2014

5.1.12 A Ao Inicial das ocorrncias de trfego areo, relativas obteno de dados e
informaes geradas atravs de visualizao radar, transcrio de comunicaes e outros
ficar a cargo do DECEA, em coordenao direta com o Investigador-Encarregado.
5.1.13 A realizao da Ao Inicial de acidente aeronutico e de incidente aeronutico grave
da responsabilidade do CENIPA, no caso de aeronaves reguladas segundo o RBAC 121 e
129 e demais aeronaves civis de matrcula estrangeira; e do SERIPA correspondente regio
da ocorrncia para as outras aeronaves, com a possibilidade de apoio do Elo-SIPAER, do
Comando da Aeronutica, mais prximo ao local da ocorrncia aeronutica.
5.1.14 O CENIPA, a qualquer momento e sempre que julgar conveniente para a celeridade do
processo de investigao, poder delegar a realizao da Ao Inicial para o SERIPA
correspondente regio da ocorrncia aeronutica.
5.1.15 Caber ao CENIPA, a qualquer momento, a interrupo da investigao de uma
ocorrncia aeronutica, quando verificar a existncia de indcios de crime ou que a mesma
decorreu de violao a qualquer legislao aeronutica em vigor, ou que a investigao no
trar conhecimentos novos para a preveno.
5.2 PRESERVAO DE INDCIOS E EVIDNCIAS
5.2.1 Exceto para efeito de salvar vidas, nenhuma aeronave acidentada, seus restos ou coisas
que por ela eram transportadas podem ser vasculhados ou removidos, a no ser em presena
ou com autorizao do responsvel pela Ao Inicial, em consonncia com o CBA.
5.2.2 Nas ocorrncias aeronuticas dentro da rea patrimonial ou dentro da rea de atuao do
Servio de Preveno, Salvamento e Combate a Incndio em Aerdromo Civil (SESCINC)
dos aerdromos dotados de Centro de Operaes de Emergncia (COE), caber ao Operador
de Aerdromo ativar esse Centro para coordenao das providncias de resgate, socorro s
vtimas, isolamento e segurana da rea, a fim de preservar os indcios e evidncias no local
da ocorrncia aeronutica.
5.2.3 Nas ocorrncias aeronuticas fora da rea patrimonial dos aerdromos civis,
desprovidos de COE, as aes de isolamento e segurana do local da ocorrncia aeronutica
ficaro a cargo da autoridade pblica responsvel que primeiro chegar ao local, assim que
efetuado o resgate e prestados os primeiros socorros s vtimas.
5.2.4 Nas ocorrncias aeronuticas com aeronaves civis em rea patrimonial de administrao
militar nos aerdromos compartilhados, a Seo de Controle de Operaes Areas Militares
(SCOAM), em coordenao com o Operador de Aerdromo, ser responsvel pela ativao
do Plano de Emergncia em Aerdromo PEAA ou PLEM, respectivamente, para a tomada das
providncias de resgate, socorro s vtimas, isolamento e segurana da rea, a fim de
preservar os indcios e evidncias no local da ocorrncia.
5.2.5 O responsvel pela Ao Inicial dever coordenar com as autoridades pblicas as
providncias de isolamento, de segurana do stio e de preservao de indcios e evidncias.
5.2.6 O responsvel pela Ao Inicial dever informar autoridade policial a ocorrncia de
acidente aeronutico para a confeco de Boletim de Ocorrncia (BO), ou a ela encaminhar
ofcio com aviso de recebimento, em caso de recusa ou impossibilidade de registro do BO.

NSCA 3-13/2014 23/49

5.3 GUARDA E PRESERVAO DA AERONAVE OU DE SEUS DESTROOS
5.3.1 responsabilidade do operador ou proprietrio da aeronave:
a) a guarda da aeronave ou de seus destroos no local da ocorrncia, visando
preservao de indcios, em coordenao com os rgos policiais;
b) a guarda dos bens transportados na aeronave, ou pertencentes a terceiros
fora dela e que tenham sofrido danos em consequncia da ocorrncia;
5.3.2 As peas, componentes (includos os gravadores de voo), partes e documentos que
forem requisitados para anlise, ou encaminhados para a realizao de exames e pesquisas,
devero ficar guardados em lugar seguro e de acesso restrito s pessoas devidamente
autorizadas pelo Investigador-Encarregado.
5.4 REMOO DE DESTROOS
5.4.1 A aeronave ou seus destroos ficaro disposio exclusiva do Investigador-
Encarregado, a fim de permitir a coleta de dados necessrios investigao, devendo para
isso contar com a guarda do operador ou proprietrio, podendo ainda solicitar o apoio da
autoridade policial local.
5.4.2 Aps a liberao por parte do responsvel pela Ao Inicial e pela investigao policial,
responsabilidade do operador ou proprietrio a remoo dos bens e destroos e a
higienizao do local, de modo a evitar prejuzos natureza, segurana, sade, ou
propriedade de outrem ou da coletividade.
5.4.3 Quando a ocorrncia aeronutica estiver circunscrita ao stio aeroporturio e o operador
no dispuser dos meios para promover a remoo, caber ao operador de aerdromo realiz-
la, com o objetivo de restabelecer a segurana das operaes areas.
5.4.4 Neste caso, alm da liberao por parte dos responsveis pela investigao, deve ser
levada em considerao a preservao do objeto da remoo, dentre outros aspectos, de modo
a no comprometer a investigao SIPAER.
5.5 INUTILIZAO E MARCAO DE DESTROOS
5.5.1 responsabilidade do operador ou proprietrio da aeronave a remoo e a marcao dos
destroos, aps a liberao pelas autoridades de investigao.
5.5.2 No caso de ocorrncia aeronutica em local de difcil acesso, todos os destroos e partes
da aeronave que no possam ser removidos devero ser inutilizados ou marcados pelo
operador ou proprietrio, de forma a evitar que futuramente venham a ser confundidos com
uma nova ocorrncia aeronutica, ou que venham a ser utilizados indevidamente.
5.5.3 Nas ocorrncias que forem objeto de investigao policial e/ou processo na esfera
judicial, a inutilizao e a marcao de que tratam os pargrafos anteriores somente poder ser
feita aps a autorizao expressa da autoridade judicial competente.
5.6 TERMO DE LIBERAO DA INVESTIGAO
5.6.1 Aps o encerramento das atividades de campo, anlises e/ou pesquisas, o Investigador-
Encarregado efetivar a liberao dos destroos, ou da prpria aeronave para a autoridade
24/49 NSCA 3-13/2014

policial competente, por meio de formulrio prprio, a fim de serem utilizados nas
diligncias.
5.6.2 Caso a autoridade policial no julgue necessrio assumir a guarda da aeronave ou dos
destroos, tal fato dever ser formalizado no prprio termo de liberao da investigao, ou
em BO, e a liberao da investigao ser efetivada em favor do operador ou daquele que
detiver o domnio do bem.
5.6.3 Havendo a recusa da autoridade policial em assinar o termo, caber ao Investigador-
Encarregado registrar tal fato no termo de liberao da investigao.
5.6.4 O material retido para exames/testes/pesquisas dever ser inventariado, visando
guarda pelo SIPAER. Posteriormente sua liberao da investigao ser em favor daquele que
detiver o domnio do bem ou operador, ou para seu preposto legal, por meio de formulrios
prprios.
5.7 REQUISIO DE MATERIAL E DE DOCUMENTOS
5.7.1 responsabilidade do operador ou proprietrio da aeronave a prestao de informaes
de qualquer natureza solicitadas pelo responsvel pela investigao SIPAER, sob a forma de
dados, documentao especfica, ou qualquer outro meio disponvel e necessrio aos trabalhos
de investigao.
5.7.2 O Investigador-Encarregado poder requisitar qualquer componente, material ou
documento que julgue necessrio ao processo de investigao.
5.7.3 Sempre que o Investigador-Encarregado requisitar qualquer componente, material ou
documento ao proprietrio ou operador e no for atendido, tal fato dever estar descrito nos
registros da investigao.
5.7.4 O Investigador-Encarregado poder requisitar, em benefcio da investigao, qualquer
material anteriormente liberado.
5.7.5 A requisio de componentes da aeronave ser feita mediante formulrio prprio do
CENIPA.
5.8 TRATAMENTO DA INFORMAO
5.8.1 As seguintes informaes sero utilizadas para o propsito da investigao de acidentes
aeronuticos, incidentes aeronuticos graves e incidentes aeronuticos, sendo a sua utilizao
total ou parcial para outros propsitos, reguladas pelo CBA:
a) declaraes ou entrevistas colhidas pela autoridade de investigao SIPAER
durante o processo de investigao;
b) todas as comunicaes entre pessoas envolvidas na operao da aeronave;
c) informaes mdicas ou privadas referentes s pessoas envolvidas nas
ocorrncias aeronuticas, quando for o caso;
d) gravaes e transcries das gravaes do Cockpit Voice Recorder (CVR);
e) gravaes e transcries das gravaes de rgos de controle de trfego
areo;
NSCA 3-13/2014 25/49

f) registros de gravadores de imagem da cabine e qualquer parte ou trecho de
tais gravaes;
g) opinies expressas na anlise das informaes, incluindo as informaes dos
gravadores de voo; e
h) informaes tcnicas relacionadas ao desenvolvimento, projeto e fabricao
da aeronave envolvida na ocorrncia.
5.8.2 As informaes listadas acima sero includas no Relatrio Final ou em seus anexos
somente quando pertinentes anlise dos acidentes aeronuticos, dos incidentes aeronuticos
graves e dos incidentes aeronuticos.
5.8.3 As entrevistas e declaraes a que se refere este item so colhidas em meros
apontamentos informais, no sendo reduzidas a termo, ou a qualquer procedimento formal
similar, tambm no sendo necessria a sua conservao depois de concludo o processo de
investigao SIPAER, tudo com o objetivo de incentivar a participao voluntria e de
preservar a prpria investigao, evitando, desse modo, a perda de informaes ou mesmo o
seu esvaziamento.
5.9 LEITURA E USO DOS DADOS DOS GRAVADORES DE VOO
5.9.1 Os gravadores de voo devem ser encaminhados, no menor prazo praticvel,
exclusivamente ao CENIPA para a decodificao dos dados, por solicitao do Investigador -
Encarregado.
5.9.2 Nos casos em que a leitura e decodificao dos dados no puderem ser realizadas no
Brasil, o CENIPA estabelecer o encaminhamento dos gravadores de voo para laboratrio
capacitado no exterior, preferencialmente, pertencente a rgo de Estado que tenha a
atribuio de investigao de acidentes aeronuticos.
5.9.3 Em situaes especficas em que no existam laboratrios pertencentes a rgos
investigadores de outros Estados, capacitados a realizar a leitura e decodificao de dados, os
gravadores de voo podero ser enviados, a critrio do CENIPA, a laboratrios dos fabricantes
ou outros credenciados pelos rgos investigadores dos respectivos Estados.
5.9.4 Para a escolha do laboratrio, o CENIPA considerar a capacidade, a agilidade e a
localizao das instalaes.
5.9.5 O procedimento de translado dos gravadores de voo ser realizado por integrante do
CENIPA ou SERIPA, especialmente designado para esse fim, com o objetivo de evitar
possvel extravio.
5.9.6 Nenhum membro participante da investigao poder divulgar o contedo total ou
parcial das gravaes de voo ou suas transcries.
5.9.7 obrigao do operador da aeronave a manuteno e preservao intacta dos dados dos
gravadores de voo at a entrega do mesmo ao Investigador-Encarregado ou a um preposto
deste.
5.9.8 A leitura e a decodificao dos dados de voo devero ser sempre acompanhadas por
membro da comisso de investigao designado pelo Investigador- Encarregado.
26/49 NSCA 3-13/2014

5.9.9 No caso da utilizao de outros gravadores de dados de voo em uma investigao de
ocorrncia aeronutica, o Investigador-Encarregado utilizar as informaes colhidas somente
com a finalidade de preveno.
5.9.10 Durante a investigao de qualquer tipo de ocorrncia aeronutica, a leitura de dados
de CVR e FDR dever ser realizada sob a superviso do CENIPA.
5.9.11 Sempre que o Investigador-Encarregado julgar necessrio, o representante do
fabricante poder ser envolvido no processo de anlise de dados de voo, com a finalidade de
prover informaes e esclarecimentos a respeito do significado dos parmetros gravados no
FDR e eventuais sons, rudos e alertas aurais identificados na gravao do CVR.

NSCA 3-13/2014 27/49

6 PROTOCOLOS ESPECFICOS DE INVESTIGAO
6.1 INCIDENTE AERONUTICO
6.1.1 A organizao encarregada da investigao de incidente aeronutico poder ser um
provedor de servio de aviao civil (PSAC) por atribuio do CENIPA, quando este possuir
profissional credenciado pelo CENIPA para realizar investigao de ocorrncia aeronutica.
6.1.2 Aps a concluso da investigao, a organizao dever enviar os registros de
investigao ao CENIPA/SERIPA e poder adotar medidas corretivas, decorrentes da
investigao, no mbito interno, que venham a eliminar os perigos ou mitigar os riscos
relacionados aos fatores contribuintes identificados na ocorrncia.
6.1.3 No caso de operador privado, sem profissional credenciado pelo CENIPA para realizar
investigao de ocorrncia aeronutica, o SERIPA correspondente da regio do incidente
aeronutico ser a organizao encarregada da investigao.
6.1.4 Nos incidentes aeronuticos envolvendo aeronave civil com aeronave militar a
organizao encarregada da investigao ser o CENIPA.
6.1.5 Sempre que a divulgao da concluso final da investigao de um incidente
aeronutico for considerada pertinente para a preveno de novas ocorrncias, o CENIPA
poder emitir o Relatrio Final ou a SUMA de Investigao.
6.2 INCIDENTE AERONUTICO GRAVE
6.2.1 No caso de aeronave civil de registro brasileiro, de transporte areo regular, ou que
opere segundo o RBAC 121, a organizao encarregada da investigao ser o CENIPA,
podendo deleg-la a um determinado SERIPA.
6.2.2 Com as demais aeronaves civis de registro brasileiro, a organizao encarregada da
investigao ser o SERIPA, em cuja rea ocorreu o incidente aeronutico grave.
6.2.3 No caso de aeronave civil de registro estrangeiro, a organizao encarregada da
investigao ser o CENIPA, podendo deleg-la a um determinado SERIPA.
6.2.4 O representante do operador detentor de conhecimento tcnico-especializado poder
participar da investigao, desde que solicite formalmente ao Investigador-Encarregado e
possa contribuir tecnicamente com os trabalhos a serem realizados.
6.2.5 Sempre que houver uma investigao de incidente aeronutico grave, envolvendo
trfego areo, dever ser realizada uma investigao concomitante do Sistema de Controle do
Espao Areo Brasileiro (SISCEAB), visando contribuir para a investigao SIPAER.
6.2.6 Nos incidentes aeronuticos graves envolvendo aeronave civil com aeronave militar a
organizao encarregada da investigao ser o CENIPA.
6.3 ACIDENTE AERONUTICO
6.3.1 Em Acidente Aeronutico com aeronave civil de registro brasileiro, de transporte areo
regular, ou que opere segundo o RBAC 121, a organizao encarregada da investigao ser o
CENIPA, podendo deleg-la a um determinado SERIPA.
28/49 NSCA 3-13/2014

6.3.2 Com as demais aeronaves civis de registro brasileiro, a organizao encarregada da
investigao ser o SERIPA, em cuja rea ocorreu o acidente aeronutico.
6.3.3 Com aeronave civil de registro estrangeiro, a organizao encarregada da investigao
ser o CENIPA, podendo deleg-la a um determinado SERIPA.
6.3.4 O representante do operador detentor de conhecimento tcnico-especializado poder
participar da investigao, desde que solicitado formalmente ao Investigador-Encarregado e
possa contribuir tecnicamente com os trabalhos a serem realizados.
6.3.5 Quando uma aeronave estiver desaparecida, ser preenchido um Registro de Ao
Inicial (RAI) com todos os dados conhecidos, em at vinte dias corridos aps a suspenso das
buscas. Caso a aeronave no seja encontrada dentro do prazo de doze meses, a contar da data
da ocorrncia, a investigao ser concluda com os dados existentes.
6.3.6 Sempre que houver uma investigao de acidente aeronutico, envolvendo trfego
areo, dever ser realizada uma investigao concomitante do Sistema de Controle do Espao
Areo Brasileiro (SISCEAB), visando contribuir para a investigao SIPAER.
6.3.7 Nos acidentes aeronuticos envolvendo aeronave civil com aeronave militar a
organizao encarregada da investigao ser o CENIPA.
6.3.8 O CENIPA pode avocar para si a condio de organizao encarregada da investigao
de uma determinada ocorrncia aeronutica, sempre que julgado conveniente e de interesse da
Segurana de Voo.
6.4 COMISSO DE INVESTIGAO
6.4.1 Dependendo da complexidade da ocorrncia aeronutica, a organizao encarregada
pela investigao poder em coordenao com o Investigador-Encarregado, designar uma
comisso para a sua investigao.
6.4.2 ATRIBUIES
a) assessorar o Investigador-Encarregado em todas as fases da investigao;
b) reunir-se, por convocao do Investigador - Encarregado, registrando em ata
os assuntos abordados e as pessoas presentes, resguardando as informaes
discutidas nessas reunies;
c) prestar assessoramento ao CENIPA ou SERIPA sempre que solicitado; e
d) remeter ao CENIPA a cada 11 (onze) meses, a partir da data do acidente
aeronutico ou incidente aeronutico grave, a atualizao do progresso da
investigao, a fim de que o CENIPA possa divulgar o Interim Report, caso
haja estimativa de concluso do registro preliminar em prazo superior a 12
(doze) meses.
6.4.3 CONSTITUIO
6.4.3.1 Investigador-Encarregado: Profissional credenciado pelo SIPAER, com experincia na
rea de atuao para a qual foi designado, responsvel pela organizao, conduo e controle
da investigao, de acordo com a legislao brasileira em vigor.
NSCA 3-13/2014 29/49

6.4.3.2 Fator Material: Profissional credenciado pelo SIPAER, com experincia na rea de
atuao para a qual foi requisitado, responsvel pela investigao deste Fator.
6.4.3.3 Fator Operacional: Profissional credenciado pelo SIPAER, com experincia na rea de
atuao para a qual foi requisitado, responsvel pela investigao deste Fator,
preferencialmente com experincia comprovada no tipo de aeronave envolvida na ocorrncia
aeronutica.
6.4.3.4 Fator Humano-Aspecto Mdico: Profissional credenciado pelo SIPAER, com
experincia na rea de atuao para a qual foi requisitado, responsvel pela investigao deste
Fator.
6.4.3.5 Fator Humano-Aspecto Psicolgico: Profissional credenciado pelo SIPAER, com
experincia na rea de atuao para a qual foi requisitado, responsvel pela investigao deste
Fator.
6.4.3.6 As funes de Investigador-Encarregado e Fator Operacional so as nicas que
podero ser exercidas concomitantemente por um nico profissional.
6.4.3.7 A critrio do Investigador-Encarregado, a constituio da comisso de investigao
poder ser reduzida, de acordo com a complexidade da ocorrncia aeronutica e aspectos
tcnicos relativos ao cenrio da investigao.
6.4.3.8 A fim de garantir a imparcialidade necessria para a concluso da investigao, no
poder ser designado como Investigador-Encarregado, ou membro de uma comisso de
investigao, profissional que conhecidamente tenha envolvimento emocional com a
ocorrncia aeronutica ou atribuies divergentes da finalidade nica de preveno de
acidentes aeronuticos.
6.4.3.9 Os profissionais que fazem parte da comisso de investigao so considerados
assessores, cada um na respectiva rea tcnica de atuao, e devero seguir estritamente as
orientaes emitidas pelo Investigador-Encarregado, que o responsvel pelo resultado e
conduo da investigao.
6.4.3.10 vedada aos profissionais que integram a comisso de investigao a atuao junto a
pessoas ou entidades de interesses distintos do SIPAER, que ajam em defesa dos interesses
das partes envolvidas na ocorrncia aeronutica junto s esferas administrativa, cvel e penal.
6.4.3.11 vedado qualquer tipo de participao de profissionais que tenham interesses
distintos do SIPAER e que tenham ligao ou atuem em defesa dos interesses das partes
envolvidas na ocorrncia aeronutica junto s esferas administrativa, cvel e penal.
6.4.4 CONSTITUIO COMPLEMENTAR
6.4.4.1 Alm dos membros previstos no item anterior, podero integrar a comisso de
investigao, profissionais especialistas tcnicos ou no, a critrio do Investigador-
Encarregado:
a) representante designado pelo CENIPA, sempre que por este for julgado
conveniente e necessrio;
b) representante do Sistema de Controle do Espao Areo Brasileiro
(SISCEAB), quando houver envolvimento de controle do espao areo;
30/49 NSCA 3-13/2014

c) representante da ANAC, quando envolver assunto relativo regulao do
Sistema de Aviao Civil e aeronavegabilidade;
d) profissional qualificado pelo SIPAER, representando o fabricante da
aeronave, quando de fabricao nacional;
e) profissional qualificado pelo SIPAER, representando o operador envolvido,
quando se tratar de aeronave civil de registro brasileiro;
f) assessores e Representante Acreditado, de acordo com o previsto no Anexo
13 Conveno sobre Aviao Civil Internacional;
g) um representante qualificado pelo SIPAER, de cada entidade de classe,
desde que esta manifeste interesse formalmente ao Investigador-
Encarregado e que seja do interesse do CENIPA, o qual sempre atuar como
ouvinte, salvo nos casos em que a sua participao seja de interesse da
investigao;
h) representante do CECOMSAER, para coordenar o trabalho de comunicao
ao pblico das informaes relativas ao andamento da investigao, em
apoio ao Investigador-Encarregado; e
i) outros profissionais, desde que tal participao seja julgada necessria
investigao ou seja de interesse da preveno, a critrio do Investigador-
Encarregado.
6.4.4.2 Somente profissionais com qualificao tcnica, relativa aos fatores de investigao,
podero pertencer comisso de investigao.
6.4.4.3 Caso algum dos membros da comisso de investigao apresente comportamento que
prejudique o andamento dos trabalhos de investigao, o Investigador- Encarregado poder
efetuar a sua substituio.
6.4.4.4 A designao, substituio ou dispensa de qualquer profissional para constituir uma
comisso de investigao de uma ocorrncia aeronutica ser feita pelo Investigador -
Encarregado e sua efetivao ser realizada por meio de documento especfico do Comando
da Aeronutica.
6.4.4.5 Todos os profissionais que participarem da investigao devero assinar um termo de
compromisso de manuteno do sigilo das informaes relacionadas ocorrncia aeronutica
dentro do ambiente da investigao e apenas com interesse da preveno de acidentes
aeronuticos.
6.5 INVESTIGAO DO FATOR HUMANO
6.5.1 A investigao deste fator constitui uma anlise dos aspectos mdico e psicolgico,
considerando as caractersticas fisiolgicas, ergonmicas, psicolgicas, organizacionais e
sociais.
6.5.2 Para a investigao do aspecto mdico, o Investigador-Encarregado contar com o
suporte de profissional qualificado pelo SIPAER, nos termos da NSCA 3-2 Estrutura e
Atribuies dos Elementos Constitutivos do SIPAER. Sua atividade deve estar dirigida
principalmente para a identificao de aspectos mdicos que possam ter refletido nas aes da
tripulao e demais pessoas envolvidas na ocorrncia, servindo de suporte para o
Investigador-Encarregado para clarificar a sequncia dos acontecimentos na ocorrncia.
NSCA 3-13/2014 31/49

6.5.3 A Diretoria de Sade da Aeronutica (DIRSA) e o CENIPA apoiaro, quando
solicitados, na seleo de mdico para participar da investigao.
6.5.4 Na investigao do aspecto mdico dever ser observado o estabelecido nas
regulamentaes do CENIPA e da DIRSA.
6.5.5 A realizao de necropsia em tripulante falecido em acidente aeronutico ser
conduzida pelo Instituto Mdico-Legal (IML), devendo ser acompanhada, sempre que
possvel, por mdico da comisso de investigao com o objetivo de orientar os interesses
especficos da investigao, respeitando-se as legislaes especficas em vigor.
6.5.6 Sempre que o Investigador-Encarregado julgar importante para a investigao,
assessorado pelo profissional responsvel pelo aspecto mdico, poder solicitar a realizao
de exames clnicos na tripulao, nos passageiros e no pessoal de apoio, a fim de verificar se
houve a contribuio deste aspecto na ocorrncia.
6.5.7 O mdico designado para a investigao poder colher informaes do mdico
contratado por empresa area para prestar assistncia s vtimas e seus familiares, quando o
exame de todos os sobreviventes for impraticvel ou considerado pouco relevante para a
investigao.
6.5.8 Para a investigao do aspecto psicolgico, o Investigador-Encarregado contar com o
suporte de profissional qualificado pelo SIPAER, nos termos da NSCA 3-2 Estrutura e
Atribuies dos Elementos Constitutivos do SIPAER. Sua atividade deve estar dirigida
principalmente para a identificao de aspectos psicolgicos que possam ter refletido nas
aes da tripulao e demais pessoas envolvidas na ocorrncia aeronutica, servindo de
suporte para o Investigador-Encarregado para clarificar a sequncia dos acontecimentos na
ocorrncia.
6.5.9 O Instituto de Psicologia da Aeronutica (IPA) e o CENIPA apoiaro, quando
solicitados, na seleo de psiclogo para participar da investigao.
6.5.10 Na investigao do aspecto psicolgico dever ser observado o estabelecido nas
regulamentaes do CENIPA.
6.5.11 Assim como a investigao do aspecto mdico, a investigao do aspecto psicolgico
um suporte tcnico para o InvestigadorEncarregado.
6.6 INVESTIGAO DO FATOR OPERACIONAL
A investigao do Fator Operacional dever abranger todas as circunstncias
envolvidas na operao, na manuteno da aeronave e na infraestrutura aeronutica, incluindo
o controle do espao areo, conforme o Manual de Investigao do SIPAER.
6.7 INVESTIGAO DO FATOR MATERIAL
A investigao do Fator Material dever abranger aspectos relacionados com a
fabricao da aeronave, o manuseio de material, o projeto, a certificao e outros julgados
importantes pelo Investigador-Encarregado.

32/49 NSCA 3-13/2014

6.8 ATIVIDADE DE PESQUISA
6.8.1 A atividade de pesquisa realizada sempre que houver a necessidade de analisar, em
laboratrio especfico, por meio de testes, a funcionalidade de algum componente da
aeronave.
6.8.2 Sempre que houver a necessidade da realizao de ensaios destrutivos em algum item
aplicado na aeronave, o Investigador-Encarregado dever obter do proprietrio/operador da
aeronave um termo de autorizao assinado, concordando com a realizao do ensaio.
6.8.3 Caso o proprietrio/operador no concorde em fornecer o material para a realizao de
uma anlise especfica em laboratrio, esta informao dever constar dos registros enviados
ao CENIPA.
6.8.4 Sempre que formalmente oficiado pela autoridade competente da existncia de uma
investigao policial e/ou qualquer procedimento judicial, concomitantes e paralelos
investigao do SIPAER, o Investigador-Encarregado dever formalizar, com aviso de
recebimento, convite autoridade policial e/ou judicial interessadas em participar das
atividades de pesquisa, a fim de permitir que as mesmas possam conduzir suas atividades de
maneira independente da investigao SIPAER, sem qualquer prejuzo para as respectivas
esferas de atribuies.
6.8.5 Para a realizao de pesquisa tcnico-cientfica, em laboratrio ou oficina especializada,
os componentes sero enviados ao Departamento de Cincia e Tecnologia Aeroespacial
(DCTA) ou outros laboratrios e oficinas, capacitados e reconhecidos pelo CENIPA ou
SERIPA, acompanhados de um dossi com as informaes e os dados julgados necessrios
para a realizao da pesquisa.
6.8.6 As anlises realizadas fora do DCTA sero acompanhadas por um profissional, indicado
pelo Investigador Encarregado, que dever emitir um relatrio de anlise tcnica contendo
os trabalhos realizados e os resultados obtidos.
6.8.7 Sempre que for do interesse do operador e houver a concordncia do Investigador-
Encarregado, a realizao de testes de componentes em outras oficinas/laboratrios, a fim de
dar celeridade ao processo de investigao, ser efetuada aps o preenchimento de formulrio
especfico.
6.8.8 Sempre que o Investigador-Encarregado julgar pertinente, o fabricante da aeronave, ou
seu representante tcnico autorizado poder ser envolvido no processo de anlise e testes de
componentes, com a finalidade de prover informaes tcnicas necessrias para que os
resultados sejam representativos aos propsitos da investigao.
6.9 OCORRNCIA AERONUTICA COM AERONAVE OU VECULO AREO
INCLUDO NA CATEGORIA EXPERIMENTAL E VECULO AREO NO
TRIPULADO
6.9.1 No caso de ocorrncia aeronutica com aeronave experimental, destinada a pesquisa ou
em desenvolvimento por indstria aeronutica homologada, a organizao encarregada da
investigao ser o CENIPA com apoio do DCTA, fabricante da aeronave e ANAC, por meio
da Gerncia-Geral de Certificao de Produtos Aeronuticos (GGCP).
NSCA 3-13/2014 33/49

6.9.2 A ocorrncia aeronutica envolvendo aeronave ou veculo areo includo na categoria
experimental para uso aerodesportivo, ou aeronave histrica, somente ser objeto de
investigao do SIPAER se o CENIPA julgar que as circunstncias e consequncias
justifiquem a realizao de tal processo, uma vez que esse tipo de atividade ocorre por conta e
risco do operador.
6.9.3 No caso de acidente com Veculo Areo No Tripulado (VANT) civil, a organizao
encarregada da investigao ser o CENIPA, podendo delegar a investigao a um
determinado SERIPA. A investigao somente ser realizada quando o VANT possuir uma
aprovao de projeto e/ou operacional, ou se houver o envolvimento em Incidente de Trfego
Areo de Risco Crtico com aeronave civil tripulada.
6.9.4 A ANAC ser comunicada das ocorrncias aeronuticas envolvendo aeronave ou
veculo areo includo na categoria experimental e VANT, independente de haver ou no a
investigao.

34/49 NSCA 3-13/2014

7 RELATRIO FINAL
7.1 O Relatrio Final de uma investigao de ocorrncia aeronutica uma das principais
ferramentas para aplicao das medidas de segurana necessrias, a fim de impedir que outras
ocorrncias se repitam pela presena de fatores contribuintes anlogos.
7.2. O objetivo do Relatrio Final divulgar a concluso oficial do SIPAER relativa a um
acidente aeronutico, incidente aeronutico grave ou incidente aeronutico, visando
exclusivamente preveno de novas ocorrncias.
7.3 O Relatrio Final elaborado com base nas informaes factuais, na anlise, na
concluso, que consiste da apresentao dos fatos e fatores contribuintes e nas recomendaes
de segurana que vo reproduzir a dinmica da ocorrncia aeronutica.
7.4 Em algumas ocasies sero formuladas hipteses, as quais sero fundamentadas em
pareceres tcnicos e suportadas por dados factuais.
7.5 Na concluso da investigao sero determinados, com base nas evidncias registradas no
processo de investigao, os fatores contribuintes para a ocorrncia abrangendo os diversos
aspectos inseridos no Fator Humano, no Fator Operacional e no Fator Material.
7.6 O Relatrio Final no tem por objetivo estabelecer o grau de contribuio de cada fator
na investigao.
7.7 O Relatrio Final no decorre do contraditrio e da ampla defesa, e no recorre a
qualquer procedimento de prova para apurao de responsabilidade civil ou criminal; estando
em consonncia com o item 3.1 do Anexo 13 Conveno sobre Aviao Civil Internacional,
recepcionada pelo ordenamento jurdico brasileiro atravs do Decreto n 21.713, de 27 de
agosto de 1946.
7.8 O uso do Relatrio Final para qualquer propsito que no o de preveno de futuros
acidentes aeronuticos, incidentes aeronuticos graves e incidentes aeronuticos poder
induzir a interpretaes e concluses errneas.
7.9 Dados referentes s declaraes voluntrias prestadas por testemunhas; comunicao
entre pessoas envolvidas na operao da aeronave; s informaes mdicas; ou privadas;
acerca de pessoas envolvidas na ocorrncia aeronutica; s transcries dos gravadores de voz
podero ser includos ou anexados ao Relatrio Final apenas quando pertinentes s anlises.
7.10 Dados irrelevantes para as anlises e concluses no devero constar do Relatrio Final.
7.11 As informaes prestadas por pessoas entrevistadas durante a investigao da ocorrncia
aeronutica no devem ser utilizadas em processos disciplinares, administrativos, cveis e
criminais.
7.12 A divulgao das informaes colhidas por meio de entrevistas voluntrias com pessoas
envolvidas na operao da aeronave pode ocasionar a quebra de confiana e pode obstruir o
acesso a tais informaes pelos investigadores, impedindo, assim, o progresso de futuras
investigaes, afetando seriamente a Segurana de Voo.
7.13 Aps a aprovao do Relatrio Final pela Autoridade Aeronutica, o CENIPA dever
torn-lo pblico na sua pgina eletrnica na Internet.
NSCA 3-13/2014 35/49

7.14 O uso de um Relatrio Final para outros fins que no para a atividade de preveno, pode
prejudicar a consecuo do seu objetivo, que o de evitar a ocorrncia de novos acidentes.
36/49 NSCA 3-13/2014

8 SUMA DE INVESTIGAO
8.1 A SUMA de Investigao de ocorrncia aeronutica uma ferramenta, criada pelo
CENIPA, fundamentada nas recomendaes da Organizao de Aviao Civil Internacional,
para a divulgao da concluso de uma investigao, a fim de impedir que outras ocorrncias
se repitam pela presena de fatores contribuintes anlogos.
8.2 elaborada com base nas informaes colhidas no Registro de Ao Inicial (RAI) e
composta pelos seguintes tpicos: Informaes Factuais, Histrico do Voo, Comentrios,
Fatos, Aes Corretivas e Recomendaes de Segurana, quando pertinente.
8.3 Nos Acidentes Aeronuticos com aeronaves com peso mximo de decolagem abaixo de
2.250 kg, que no seja equipada com motor turbina, quando no houver fatalidade, no
estejam envolvidos aspectos relacionados ao projeto e a certificao que afetem a
aeronavegabilidade e no exista interesse de outro Estado, fundamentado no Registro de Ao
Inicial (RAI), ser emitida a SUMA de Investigao.
8.4 Nos Incidentes Aeronuticos Graves, com aeronaves com peso mximo de decolagem
abaixo de 5.700 kg, que no seja equipada com motor turbina, no estejam envolvidos
aspectos relacionados ao projeto e a certificao que afetem a aeronavegabilidade e no exista
interesse de outro Estado, fundamentado no Registro de Ao Inicial (RAI), ser emitida a
SUMA de Investigao.
8.5 Nos Incidentes Aeronuticos que forem investigados, mas para os quais no sejam
emitidos o respectivo Relatrio Final e haja interesse do CENIPA a sua divulgao,
fundamentada no Registro de Ao Inicial (RAI), ser emitida a SUMA de Investigao.
8.6 Aps a aprovao da SUMA de Investigao pela Autoridade Aeronutica, o CENIPA
dever torn-la pblica na sua pgina eletrnica na Internet.
8.7 O uso de uma SUMA de Investigao para outros fins que no para a atividade de
preveno, pode prejudicar a consecuo do seu objetivo, que o de evitar a ocorrncia de
novos acidentes.
NSCA 3-13/2014 37/49

9 RECOMENDAO DE SEGURANA
9.1 GENERALIDADES
9.1.1 De acordo com o Anexo 13 Conveno sobre Aviao Civil Internacional, o nico
objetivo da investigao a preveno de ocorrncias aeronuticas. Para tanto, importante
estabelecer as Recomendaes de Segurana que so medidas que visam impedir outras
ocorrncias por fatores contribuintes similares, ou mitigar as suas consequncias.
9.2 SISTEMTICA
9.2.1 A Recomendao de Segurana ser emitida pelo CENIPA por meio de Relatrio Final,
de SUMA de Investigao ou de outro documento especfico, e ter como destinatrio a
organizao com competncia para adotar as aes recomendadas.
9.2.2 No caso dos provedores de servio de aviao civil (PSAC) regulados pela ANAC, a
Recomendao de Segurana emitida pelo CENIPA ter como destinatrio aquela Agncia.
9.2.3 As Propostas de Recomendao de Segurana sero sempre encaminhadas ao CENIPA,
que informar ao emissor da proposta quanto soluo adotada.
9.3 EMISSO
9.3.1 Os presidentes, chefes, ou diretores de organizaes envolvidas com a Aviao Civil
podero emitir Recomendaes de Segurana, no seu mbito interno de atuao, resultado da
investigao de um incidente aeronutico, ou de uma ao de preveno.
9.3.2 Nos demais casos, as Recomendaes de Segurana sero sempre emitidas pelo
CENIPA.
9.3.2 Se, no decorrer do processo de investigao, for identificado que a ocorrncia
aeronutica contm elevado potencial de reincidncia, visando oportuna preveno, dever
ser feita a comunicao, no menor prazo possvel, ao CENIPA, que poder emitir
Recomendao de Segurana antes da concluso da investigao.
9.4 CUMPRIMENTO
9.4.1 O cumprimento de Recomendao de Segurana ser de responsabilidade do detentor
do mais elevado cargo executivo da organizao qual a recomendao foi dirigida.
9.4.2 O destinatrio que se julgar impossibilitado de cumprir a Recomendao de Segurana
recebida dever informar ao CENIPA o motivo do no cumprimento.
9.4.3 A organizao que vislumbrar um modo alternativo de se alcanar os mesmos objetivos
da Recomendao de Segurana recebida poder prop-lo ao CENIPA, a quem caber aceit-
lo ou no.
9.5 ACOMPANHAMENTO
9.5.1 recomendvel que o destinatrio informe o cumprimento da Recomendao de
Segurana ao seu emitente.
38/49 NSCA 3-13/2014

9.5.2 Os Elos-SIPAER devero manter o controle atualizado das Recomendaes de
Segurana por ele emitidas e recebidas, bem como do seu efetivo cumprimento.
9.6 ELABORAO
9.6.1 O texto de uma Recomendao de Segurana deve ser claro e objetivo na forma e no
contedo, de modo que a interpretao conduza ao seu cumprimento eficaz. Para efeito da sua
confeco, dever contemplar o destinatrio, a ao e o prazo estabelecido, quando for o caso.
9.6.2 Antes de emitir uma Recomendao de Segurana, o emissor dever, preferencialmente,
verificar, junto ao destinatrio, a adequabilidade, praticabilidade e aceitabilidade da
recomendao.
9.7 CONTEDO
A Recomendao de Segurana dever conter a classificao (A acidente, IG
incidente grave, I incidente) quando se tratar de falha ativa ou condio latente, resultado
de uma investigao de ocorrncia aeronutica; ou (AP ao de preveno) quando se tratar
de condio latente resultado de qualquer tipo de atividade de preveno; nmero de controle
do emissor; ano; emissor; data da emisso e texto contemplando quem realizar a ao e a
descrio da ao recomendada.
9.8 PRAZOS PARA O CUMPRIMENTO
9.8.1 Caber ao destinatrio da Recomendao de Segurana avaliar a urgncia na eliminao
do perigo ou mitigao do risco, orientando o estabelecimento do prazo para o cumprimento
da Recomendao de Segurana.
9.8.2 O destinatrio dever enviar uma resposta ao CENIPA, no prazo mximo de 90 dias,
aps o recebimento, informando se j cumpriu a Recomendao de Segurana ou propondo
um prazo para o seu cumprimento.
9.8.3 Recomenda-se que a organizao destinatria busque o cumprimento da Recomendao
de Segurana de maneira rpida e eficiente.
9.9 RESPONSABILIDADES DOS ELOS-SIPAER
9.9.1 responsabilidade dos Elos-SIPAER o assessoramento ao respectivo presidente, diretor
ou gerente quanto s aes de aprovao, emisso e controle das Recomendaes de
Segurana, quando aplicvel, bem como, o apoio ao cumprimento das Recomendaes de
Segurana recebidas.
9.9.2 Cabe, tambm, aos Elos-SIPAER a notificao ao emitente quanto ao cumprimento da
RSV, bem como as alteraes julgadas necessrias, alm do controle e do acompanhamento
do cumprimento das Recomendaes de Segurana por ele emitidas.
9.10 RESPONSABILIDADES DO CENIPA NO MBITO NACIONAL
9.10.1 A anlise das Propostas de Recomendaes de Segurana recebidas quanto
adequabilidade, praticabilidade e aceitabilidade.
9.10.2 A divulgao das Recomendaes de Segurana emitidas aos respectivos destinatrios.
NSCA 3-13/2014 39/49

9.10.3 O acompanhamento e o controle das Recomendaes de Segurana emitidas.
9.10.4 A adequada gesto junto aos rgos que no so constitutivos do SIPAER, quando
houver Recomendaes de Segurana a estes dirigidas.
40/49 NSCA 3-13/2014

10 PROTOCOLOS INTERNACIONAIS DE INVESTIGAO
10.1 GENERALIDADES
Todos os protocolos internacionais descritos nesta Norma esto em
conformidade com o Anexo 13 Conveno sobre Aviao Civil Internacional.
10.2 NOTIFICAO
10.2.1 O CENIPA, como representante legal do Estado Brasileiro, no caso de acidente ou
incidente grave, ocorrido com qualquer aeronave, de registro nacional ou estrangeiro, em
territrio brasileiro, notificar com a menor demora possvel e pelo meio mais adequado e
mais rpido de que disponha:
a) ao Estado de Registro;
b) ao Estado do Operador;
c) ao Estado de Projeto;
d) ao Estado de Fabricao; e
e) ICAO, no caso em que a aeronave correspondente possua um peso mximo
de decolagem superior a 2.250 kg, ou se trate de aeronave equipada com
motor turbina.
10.2.2 O CENIPA, como representante do Estado de Registro, no caso de acidente ou
incidente grave, ocorrido com aeronave de registro nacional, em territrio brasileiro, quando
instituir a investigao, notificar com a menor demora possvel e pelo meio mais adequado e
mais rpido de que disponha:
a) ao Estado de Projeto;
b) ao Estado de Fabricao; e
c) ICAO, no caso em que a aeronave correspondente possua um peso mximo
de decolagem superior a 2.250 kg ou se trate de aeronave equipada com
motor turbina.
10.3 DIREITOS E OBRIGAES
10.3.1 Quando o Estado Brasileiro, por meio do CENIPA, realizar a investigao de um
acidente ocorrido com uma aeronave de peso mximo de decolagem superior a 2.250 kg e
solicitar, expressamente, a participao do Estado de Registro, do Estado do Operador, do
Estado de Projeto ou do Estado de Fabricao, os Estados concernentes podero designar,
cada um deles, um Representante Acreditado e assessores.
10.3.2 O Estado de Registro, o Estado do Operador, o Estado de Projeto e o Estado de
Fabricao tero o direito de nomear Representantes Acreditados para participarem da
investigao.
10.3.3 O Estado de Registro ou o Estado do Operador poder nomear um ou mais assessores
propostos pelo operador, para assessorar o seu Representante Acreditado.
10.3.4 Quando o Estado de Projeto ou Estado de Fabricao deixar de nomear um
Representante Acreditado, o Estado Brasileiro poder convidar as organizaes encarregadas
NSCA 3-13/2014 41/49

do projeto de tipo e da montagem final da aeronave para que participem da investigao, que
estaro sujeitos aos procedimentos estabelecidos pelo Estado Brasileiro.
10.3.5 Quando o Estado de Registro e o Estado do Operador deixarem de nomear um
representante acreditado, o Estado Brasileiro, como Estado de Ocorrncia, por meio do
CENIPA, poder convidar o operador da aeronave para que participe da investigao, que
estar sujeito aos procedimentos estabelecidos pelo Estado Brasileiro.
10.3.6 O Estado que tenha interesse na investigao, em virtude de seus cidados terem
sofrido fatalidades ou leses graves, em acidente ocorrido em territrio brasileiro, ser
autorizado a indicar um especialista que poder:
a) visitar o local do acidente;
b) ter acesso s informaes factuais relevantes que forem aprovadas para
divulgao pelo CENIPA e a informaes sobre o progresso da
investigao; e
c) receber uma cpia do Relatrio Final.
10.3.7 Quando um ou mais cidados brasileiros tiverem sofrido fatalidades ou leses graves
em acidentes aeronuticos ocorridos no exterior, o CENIPA poder indicar um especialista
que dever ter acesso s informaes, de acordo com o estabelecido no Anexo 13
Conveno sobre Aviao Civil Internacional.
10.3.8 Quando no for possvel determinar claramente que o local do acidente ou do
incidente aeronutico grave se encontra no territrio de um Estado, o Estado de Registro
assumir a responsabilidade de instituir e realizar a investigao, salvo que a realizao da
investigao possa ser delegada, total ou parcialmente, a outro Estado, por acordo e
consentimento mtuos.
10.3.9 O CENIPA, representando o Estado Brasileiro, quando mais prximo ao local de um
acidente ocorrido em guas internacionais, proporcionar toda a ajuda possvel e, do mesmo
modo, responder s solicitaes do Estado de Registro.
10.3.10 Quando ocorrer um acidente ou incidente grave com aeronave civil de Registro, ou
de Operador, ou de Projeto ou de Fabricao brasileira, operando no exterior, o Estado
Brasileiro, atravs do CENIPA, poder indicar um Representante Acreditado e os assessores
do operador, do detentor do projeto e/ou do fabricante para o acompanhamento da
investigao.
10.3.11 As informaes solicitadas pelo Estado de Ocorrncia sobre o operador, a aeronave
ou a tripulao brasileira, bem como sobre a existncia de carga perigosa, com o
detalhamento requerido, informaes dos gravadores de voo quando disponveis, e
informaes sobre organizaes que possam ter influenciado na operao da aeronave sero
transmitidas pelo CENIPA, to cedo quanto possvel, mediante coordenao com os rgos
envolvidos.
10.3.12 O Estado Brasileiro, atravs do CENIPA, poder solicitar ao Estado que projetou ou
fabricou o motor ou grupo motopropulsor, ou os componentes principais da aeronave que
nomeie Representantes Acreditados sempre que considerar que essa participao possa
contribuir positivamente para a investigao, ou quando tal participao possa resultar em
aumento da segurana.
42/49 NSCA 3-13/2014

10.3.13 Quando o acidente ou incidente aeronutico grave tenha ocorrido no territrio de um
Estado no contratante, com aeronave de Registro, Fabricao ou Projeto Brasileiro, e que
no tenha a inteno de realizar a investigao em conformidade com o Anexo 13, o CENIPA
como representante do Estado Brasileiro, dever instituir e realizar a investigao em
colaborao com o Estado da Ocorrncia, mas, se no for possvel obter tal colaborao,
dever efetuar a investigao valendo-se dos dados de que disponha.
10.3.14 Qualquer Estado que fornea informaes, facilidades ou especialistas para a
investigao conduzida pelo Estado Brasileiro, atravs do CENIPA, poder ser convidado a
indicar um Representante Acreditado.
10.3.15 Qualquer Estado que disponibilize uma base operacional de campo na investigao,
ou participe da busca e resgate de destroos, poder ser convidado a indicar um Representante
Acreditado.
10.3.16 As atividades de investigao, como exames e anlises realizados em outro Estado
devero ser coordenadas previamente entre o CENIPA e a Agncia de Investigao do Estado
que fornece o apoio.
10.3.17 Os Representantes Acreditados sero autorizados a participar de todos os aspectos
relevantes da investigao, sob o controle do Investigador-Encarregado, em particular para:
a) visitar o local da ocorrncia;
b) examinar os destroos da aeronave;
c) ter acesso s informaes obtidas das testemunhas e sugerir possveis linhas
de investigao;
d) ter pleno acesso a todas as evidncias pertinentes assim que possvel;
e) obter cpias de todos os documentos pertinentes;
f) participar da leitura do material gravado;
g) participar das atividades de investigao que se realizem fora do local da
ocorrncia, tais como exames, apresentaes tcnicas, ensaios e simulaes;
h) participar das reunies relativas ao progresso da investigao, incluindo os
debates relativos a anlises, concluses, fatores contribuintes e
recomendaes em matria de segurana; e
i) apresentar teorias a respeito dos diversos elementos da investigao.
10.3.18 O Estado Brasileiro, ao concluir uma investigao, enviar uma cpia da minuta do
Relatrio Final a todos os Estados que participaram dela, para que, o mais cedo possvel,
formulem seus comentrios relevantes e fundamentados sobre a concluso da investigao.
10.3.19 Caso o Estado Brasileiro receba comentrios em um prazo de at 60 dias, a contar da
data de envio do relatrio, poder incluir no RF a essncia dos comentrios recebidos ou, caso
seja o desejo dos Estados que enviaram os comentrios, anex-los ao RF.
10.3.20 Se o Estado Brasileiro, por meio do CENIPA, no receber comentrios em um prazo
de at 60 dias, a contar da data de envio do relatrio, divulgar o Relatrio Final de acordo
com o Anexo 13 Conveno sobre Aviao Civil Internacional, a menos que os Estados
interessados tenham convencionado uma prorrogao daquele perodo de tempo.
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10.4 FINAL REPORT
10.4.1 O Final Report emitido pelo CENIPA ser enviado ICAO, nos casos de acidentes
aeronuticos e incidentes aeronuticos graves com aeronaves com peso mximo de decolagem
superior a 5.700 kg.
10.4.2 Uma cpia do Final Report ser emitida pelo CENIPA aos Estados que, no curso da
investigao, tenham participado como Estado de Registro, Estado do Operador, Estado de
Projeto, Estado de Fabricao, qualquer Estado que tenha colaborado com a investigao,
Estado que tenha cidados com fatalidades ou leses graves, ou ainda, Estados que tenham
fornecido informaes relevantes, suporte tcnico e/ou especialistas.
10.5 ACCIDENT/INCIDENT DATA REPORTING (ADREP)
10.5.1 Quando a aeronave envolvida em um acidente aeronutico possuir um peso mximo
de decolagem superior a 2.250 kg, o CENIPA enviar, to logo quanto possvel, aps o
trmino da investigao, o ADREP ICAO.
10.5.2 Quando a aeronave envolvida em um incidente aeronutico grave possuir um peso
mximo de decolagem superior a 5.700 kg, o CENIPA enviar, to logo quanto possvel, aps
o trmino da investigao, o ADREP ICAO.
10.6 SAFETY RECOMMENDATION
De acordo com o Anexo 13 Conveno sobre Aviao Civil Internacional, o
CENIPA seguir os seguintes protocolos relativos ao tratamento das Recomendaes de
Segurana:
a) encaminhar as Recomendaes de Segurana ao Estado de Fabricao, de
Projeto, do Operador e de Registro de aeronave envolvida em acidente
aeronutico ou incidente aeronutico grave ocorrido em Territrio
Brasileiro. Quando necessrio, a ICAO tambm ser informada;
b) enviar as Recomendaes de Segurana de interesse global, ou seja, Safety
Recommendations of Global Concern (SRGC) ICAO para divulgao;
c) responder ao Estado emissor de Recomendaes de Segurana dirigida ao
Estado Brasileiro, quanto ao seu cumprimento ou s razes do no
cumprimento, bem como as aes mitigadoras adotadas;
d) comunicar ANAC quanto ao recebimento de Recomendao de Segurana
emitida por organizaes pertencentes aos Estados Membros da ICAO, que
seja do interesse do Sistema de Aviao Civil Brasileiro; e
e) comunicar ANAC sobre emisso de Recomendaes de Segurana
dirigidas s organizaes pertencentes aos Estados Membros da ICAO, que
seja do interesse do Sistema de Aviao Civil Brasileiro.

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11 DISPOSIES GERAIS
11.1 DIVULGAO DA INFORMAO
11.1.1 De acordo com o Anexo 13 Conveno sobre Aviao Civil Internacional,
recepcionada pelo ordenamento jurdico brasileiro atravs do Decreto n 21.713, de 27 de
agosto de 1946, os Registros de Ao Inicial e Preliminar, pelo fato de possurem informaes
de carter mdico e pessoal dos envolvidos, dados dos gravadores de voo, transcrio das
gravaes do controle de trfego areo, laudos de material aeronutico e outros dados de
interesse da investigao no devem ser utilizados para outro fim que no seja a investigao
da ocorrncia aeronutica.
11.1.2 Essas informaes somente sero includas no Relatrio Final, ou nos seus anexos
quando for pertinente anlise da ocorrncia. As informaes que no sejam pertinentes
anlise no devero ser divulgadas.
11.1.3 O Artigo 74 do Decreto N 7.724, de 16 de Maio de 2012, que regula a Lei no 12.527,
de 18 de novembro de 2011, que dispe sobre o acesso a informaes previsto no inciso
XXXIII do caput do art. 5, no inciso II do 3o do art. 37 e no 2o do art. 216 da
Constituio, prev que o tratamento de informao classificada resultante de tratados,
acordos ou atos internacionais atender s normas e recomendaes desses instrumentos.
11.1.4 Para tanto, com o objetivo de garantir a utilizao dessas informaes apenas para a
Preveno de Acidentes Aeronuticos, considera-se que os Registros de Ao Inicial e
Preliminar sejam classificados no grau de sigilo RESERVADO.
11.1.5 O Relatrio Final receber a classificao de OSTENSIVO e ser divulgado
publicamente na pgina eletrnica do CENIPA na Internet.
11.1.6 A utilizao das informaes citadas anteriormente em processos disciplinares,
administrativos, cveis ou criminais, poder afetar seriamente a Segurana de Voo no Brasil.
Os investigadores podero ter dificuldade de acesso s informaes voluntrias, fornecidas
por pessoas envolvidas na ocorrncia, obstruindo seriamente o processo das futuras
investigaes.
11.2 OUTRAS INVESTIGAES
11.2.1 A investigao realizada pelo rgo constitutivo do SIPAER totalmente
independente das investigaes realizadas com propsitos diferentes da preveno de
acidentes aeronuticos, sendo estas realizadas em separado.
11.2.2 vedada a participao de pessoal designado pelo Investigador-Encarregado para uma
investigao SIPAER em qualquer sindicncia, inqurito administrativo, inqurito policial e
inqurito policial militar relacionado mesma ocorrncia.
11.2.3 A restrio de que trata o item acima se estende apurao de outras ocorrncias que,
potencialmente, estejam relacionadas quela investigada pelo SIPAER, ou que com ela
guardem pontos em comum.
11.2.4 Para efeito de indicao de pessoal do SIPAER, visando ao assessoramento a outros
rgos do poder pblico, vedada a participao de pessoas envolvidas na investigao
SIPAER correlata.
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11.2.5 Uma investigao conduzida por rgo constitutivo do SIPAER, com a finalidade
nica de promover a preveno de acidentes aeronuticos, tem precedncia sobre qualquer
outra investigao que venha a ser realizada em decorrncia do mesmo acontecimento. Tal
precedncia tem por finalidade a preservao de indcios de fundamental importncia
preveno de acidentes aeronuticos.
11.3 OCORRNCIA AERONUTICA COM INDCIOS DE CRIME OU VIOLAO
LEGISLAO AERONUTICA
11.3.1 A investigao no mbito do SIPAER no tem a finalidade de identificar ou atribuir
culpa ou responsabilidade.
11.3.2 O Investigador-Encarregado dever comunicar ao CENIPA quando for constatada, no
transcorrer da investigao, omisso ou ao intencional que contrarie regulamento, norma ou
procedimento aeronutico aprovado e em vigor. O CENIPA, por sua vez, notificar ANAC,
para providncias administrativas cabveis.
11.3.3 O InvestigadorEncarregado dever comunicar autoridade policial competente
quando constatado, durante uma investigao de ocorrncia aeronutica, indcios de crime,
relacionados ou no a cadeia de eventos da ocorrncia.
11.3.4 Nas situaes previstas em 11.3.2 e 11.3.3, caber ao CENIPA decidir sobre o
encerramento ou no da investigao, levando em conta os benefcios para a preveno de
novas ocorrncias aeronuticas.
11.4 SUSPENSO DE OPERAO
11.4.1 Durante a investigao, ao ser constatada a necessidade de suspenso da operao de
um determinado tipo de aeronave, ou de operao de outra natureza, cabe ao responsvel pela
investigao emitir uma proposta de recomendao de segurana ao CENIPA.
11.4.2 O CENIPA dever analisar as propostas de recomendao de segurana referentes
suspenso de operao e, quando pertinente, emiti-las ANAC, a qual possui competncia
legal para a referida ao.
11.5 REABERTURA DE INVESTIGAO
11.5.1 Um processo de investigao de acidente aeronutico, incidente aeronutico grave e
incidente aeronutico poder ser reaberto pelo CENIPA a qualquer momento, desde que
algum fato novo relevante assim o justifique.
11.5.2 A solicitao de reabertura ser encaminhada diretamente ao CENIPA pelo
interessado, acompanhada da sua justificativa.
11.5.3 Se a deciso for pela no reabertura, a solicitao ser arquivada e o interessado ser
informado.
11.5.4 Se a deciso for pela reabertura, a investigao ser retomada pelo CENIPA ou
SERIPA e ser emitido novo Relatrio Final. Sempre que o CENIPA julgar pertinente, a
ANAC ser informada da reabertura de um processo de investigao.

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11.6 CUSTO DA INVESTIGAO
11.6.1 As despesas necessrias para a realizao da investigao, consideradas como custo da
investigao, realizadas pelo Investigador-Encarregado ou preposto, so listadas em campo
prprio do respectivo registro, sendo o seu ressarcimento solicitado pelo CENIPA aos rgos
pertinentes, quando cabvel.
11.6.2 So considerados como custos da investigao, dentre outros, as despesas relativas ao:
a) deslocamento de pessoal, incluindo os trechos areo, martimo e terrestre;
b) locao de veculos e equipamentos;
c) pagamento de dirias;
d) material especializado individual utilizado;
e) remoo e registro dos destroos, incluindo fotos, filmagens e congneres;
f) guarda da aeronave acidentada ou dos destroos;
g) honorrios profissionais;
h) exames, testes e pesquisas;
i) busca de aeronave desaparecida; e
j) resgate de destroos.
11.6.3 Os exames, testes e pesquisas realizados em rgos especializados que resultem em
despesas sero cobertos pelo COMAER, desde que sua execuo tenha sido previamente
autorizada pelo CENIPA.
11.7 TRANSPORTE DE SOBREVIVENTES
responsabilidade do operador ou explorador o transporte de sobreviventes ao
destino a que se propunham por ocasio da ocorrncia aeronutica, ou a local que oferea as
condies exigidas para o adequado tratamento dos mesmos.
11.8 DESTINAO DE RESTOS MORTAIS
responsabilidade do operador ou explorador o transporte ou a providncia
para o transporte dos restos mortais de vtima do acidente aeronutico, embarcadas ou no, ao
local desejado pelos responsveis pelo sepultamento, observadas as normas tcnicas e demais
preceitos legais previstos para tal.
11.9 TREINAMENTO DE PESSOAL
responsabilidade do operador o treinamento e aperfeioamento dos
tripulantes e colaboradores, quanto s aes e atitudes, aps um acidente aeronutico,
incidente aeronutico grave e incidente aeronutico at a chegada da equipe de resgate e
salvamento, que se destinem preservao de indcios que sejam importantes para a
investigao SIPAER, tais como a desativao do CVR e a preservao da aeronave ou de
seus destroos.

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11.10 LEGISLAO ESPECFICA
As regulamentaes emanadas pelo DECEA, DCTA, DIRSA, IPA e ANAC
que referenciam aspectos especficos relacionados investigao de acidente aeronutico,
incidente aeronutico grave e incidente aeronutico na aviao civil complementam esta
Norma; devendo, portanto, ser do conhecimento dos rgos que tm responsabilidade
estabelecida com a atividade de investigao no SIPAER.



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12 DISPOSIES FINAIS
12.1 Esta Norma se aplica a todos os processos de investigao de ocorrncias aeronuticas
em andamento na aviao civil.
12.2 Os casos no previstos nesta Norma sero resolvidos pela Autoridade Aeronutica ou
pelo Chefe do CENIPA, quando delegado a este.

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REFERNCIAS
BRASIL. Lei n 7.565, de 19 de dezembro de 1986. Dispe sobre o Cdigo Brasileiro de
Aeronutica.
_______. Lei n 11.182, de 27 de setembro de 2005. Dispe sobre a Criao da Agncia
Nacional de Aviao Civil (ANAC).
_______. Lei n 12.527, de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso a informaes
previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do 3o do art. 37 e no 2o do art. 216
da Constituio Federal.
_______. Decreto n 21.713, de 27 de agosto de 1946. Promulga a Conveno sobre
Aviao Civil Internacional, concluda em Chicago a 7 de dezembro de 1944 e firmado pelo
Brasil, em Washington, a 29 de maio de 1945.
_______. Decreto no 87.249, de 07 de junho de 1982. Dispe sobre o Sistema de
Investigao e Preveno de Acidentes Aeronuticos.
_______. Agncia Nacional de Aviao Civil. RBAC 153 Aerdromos - Operao,
Manuteno e Resposta Emergncia. Braslia, 2012.
_______. Comando da Aeronutica. Centro de Investigao e Preveno de Acidentes
Aeronuticos. MCA 3-6. Manual de Investigao do SIPAER. Braslia, 2011.
_______. MCA 3-1. Glossrio do Sistema de Investigao e Preveno de Acidentes
Aeronuticos. Braslia, 2013.
_______. Departamento de Controle do Espao Areo. ICA 63-7. Atribuies dos rgos
do SISCEAB aps a Ocorrncia de Acidente Aeronutico ou Incidente Aeronutico
Grave. Rio de Janeiro, 2010.
_______. ICA 63-30. Investigao de Ocorrncias de Trfego Areo. Rio de Janeiro, 2012.
INTERNATIONAL CIVIL AVIATION ORGANIZATION (ICAO). Aircraft Accident and
Incident Investigation (Annex 13 to the Convention on International Civil Aviation). 10.
ed. Montreal: [s.n.], 2010.
_______. Manual of Aircraft Accident and Incident Investigation. Part 1. (Doc 9756).
1.ed. Montreal, 2000.
_______. Manual of Aircraft Accident and Incident Investigation. Part 3. (Doc 9756).
1.ed. Montreal, 2011.
_______. Manual of Aircraft Accident and Incident Investigation. Part 4. (Doc 9756).
1.ed. Montreal, 2003.
_______. Manual on Accident and Incident Investigation Policies and Procedures. (Doc
9962). 1.ed. Montreal, 2011.
_______. Manual on Regional Accident and Incident Organization. (Doc 9946). 1.ed.
Montreal, 2011.
_______. Report of the Accident Investigation and Prevention (Doc 9914). Divisional
Meeting. Supplement 1. Montreal, 2008.

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