Nsca3 3 (2013)
Nsca3 3 (2013)
Nsca3 3 (2013)
COMANDO DA AERONÁUTICA
INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE
ACIDENTES AERONÁUTICOS
NSCA 3-3
2013
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS
INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE
ACIDENTES AERONÁUTICOS
NSCA 3-3
2013
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
SUMÁRIO
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2.3 O Decreto nº 87.249/82 que regulamenta o SIPAER define em seu artigo 1º, § 1º, as
atividades de prevenção de acidentes aeronáuticos como sendo “as que envolvem as tarefas
realizadas com a finalidade de evitar perdas de vidas e de material decorrentes de acidentes
aeronáuticos”.
1.2.4 Esta Norma é aprovada pela Autoridade Aeronáutica Militar, de acordo com a
competência estabelecida através do § 3º, do art. 1º; do art. 12; do inciso V, do art. 25 e do §
2º, do art. 25 do CBA, combinado com o inciso II, do art.18, e com o parágrafo único, do art.
18, da Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999.
1.3 ÂMBITO
1.3.2 Recomenda-se, naquilo que for pertinente, a aplicação da presente Norma no âmbito das
organizações não pertencentes ao COMAER, civis ou militares, públicas ou privadas tais
como, fabricantes de aeronaves, motores e componentes sujeitos aos processos de certificação
pela autoridade de aviação civil; organizações operadoras de serviços aeroportuários,
prestadoras de serviço de manutenção, operadoras de serviços aéreos - incluindo as empresas
de transporte aéreo público regular e não regular, operadoras de serviços aéreos
especializados, aeroclubes, escolas de aviação e organizações de segurança pública e de
defesa civil que utilizem aeronaves para o cumprimento das suas atribuições - todas sujeitas
aos processos de certificação pela autoridade de aviação civil; provedoras de serviço de
controle de tráfego aéreo; entre outras.
1.4 RESPONSABILIDADE
1.4.2 Como consequência, compete ao detentor do mais elevado cargo executivo das
organizações mencionadas nesta norma, independentemente do título a ele atribuído, a
responsabilidade de observar os dispositivos aqui estabelecidos.
1.6 CONCEITUAÇÕES
1.6.1.1 Uma pessoa sofra lesões fatais ou graves como resultado de:
a) estar na aeronave;
b) contato direto com qualquer parte da aeronave, incluindo aquelas que
dela tenham se desprendido; ou
c) exposição direta ao sopro de hélice, rotor ou escapamento de jato, ou às
suas consequências.
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1.6.7 DANO CAUSADO POR OBJETO ESTRANHO (Foreign Object Damage – FOD)
1.6.9 ELO-SIPAER
1.6.17 PERIGO
1.6.28 RISCO
2.1 FINALIDADE
2.3 CONSTITUIÇÃO
a) Presidência - Comandante, Chefe, Diretor ou congênere da organização.
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2.4 ATRIBUIÇÕES
2.4.1 A CSV tem caráter permanente, devendo se reunir, ordinariamente, pelo menos uma vez
a cada trimestre, registrando suas deliberações em ata.
2.4.2 Cada organização elaborará as normas para definir as atribuições específicas dos
integrantes da CSV e a sistemática de trabalho, observada a finalidade estabelecida no item
2.1 dessa Norma.
2.4.3 A cada reunião ordinária, deverá ser realizada uma análise dos indicadores disponíveis,
possibilitando o acompanhamento e/ou a correção de procedimentos estabelecidos no PPAA.
2.4.4 Na aviação civil recomenda-se que a atuação da CSV atenda às necessidades e preceitos
estabelecidos no DOC 9859 da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), de forma
a evitar a duplicação de esforços.
NOTA - Caso a alta administração da organização julgue necessário, poderá
a qualquer momento convocar a CSV para deliberações extraordinárias.
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3.1.1 FINALIDADES
a) planejar e orientar a realização das atividades de Segurança de Voo, por
meio das ferramentas do SIPAER, de modo que a operação aérea se
desenvolva dentro de um nível de segurança julgado aceitável;
b) estabelecer uma ferramenta de GR que permita adotar mecanismos de
monitoramento dos processos organizacionais, a definição de metas, a
identificação de perigos e das condições latentes, bem como a
contenção das falhas ativas e o reforço das defesas do sistema;
c) estabelecer as atividades educativas e promocionais relacionadas à
segurança de voo;
d) estabelecer o monitoramento e a medição dos indicadores das
ocorrências do âmbito do SIPAER, com vistas à melhoria contínua e à
garantia da segurança de voo; e
e) estabelecer programas específicos e ações programadas, adequando-as
às características da missão e da organização, a fim de prevenir as
ocorrências aeronáuticas.
3.1.2 ÂMBITO
3.1.3 RESPONSABILIDADE
O PPAA da aviação civil não terá prazo de vigência. Recomenda-se que seja
atualizado de acordo com as necessidades da organização, de forma a proporcionar uma
orientação eficaz e oportuna para a realização das atividades de prevenção de acidentes.
3.1.6 CONTEÚDO
3.1.7 DIVULGAÇÃO
Para que o PPAA alcance o objetivo desejado, deverá ser dado amplo
conhecimento a todos os envolvidos, direta ou indiretamente, com a atividade aérea,
abrangendo aqueles nos âmbitos de supervisão e de execução.
Uma cópia do PPAA deverá ser encaminhada a cada setor da organização que
tenha participação no Programa, para que seja utilizado como orientação ao desenvolvimento
das atividades nele estabelecidas.
3.2.1 FINALIDADE
Conscientizar a coletividade da organização para um comportamento
participativo e proativo para a segurança de voo.
3.2.2 ASSUNTOS
As atividades educativas voltadas para a segurança de voo devem ser
programadas de modo que os seguintes assuntos sejam divulgados:
a) PPAA;
b) ensinamentos colhidos em investigações de acidentes aeronáuticos,
incidentes aeronáuticos graves, incidentes aeronáuticos e ocorrências de
solo, nesse último caso apenas para a aviação militar;
c) fatos observados em RELPREV e em VSV realizadas, salientando as
providências mitigadoras;
d) Filosofia SIPAER;
e) estímulo ao uso de ferramentas de prevenção do SIPAER (RELPREV,
RCSV, VSV etc.);
f) programas específicos de prevenção de acidentes aeronáuticos (FOQA,
LOSA, CFIT etc.);
g) aspectos médicos e psicológicos que envolvam a atividade aérea;
h) contraindicação de medicamentos para a atividade aérea e os perigos da
automedicação;
i) aptidão física para a atividade aérea;
j) adequação de ciclos de trabalho;
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3.3.1 FINALIDADE
Incentivar a participação do pessoal envolvido com a atividade aérea na
prevenção de ocorrências aeronáuticas a fim de elevar o nível de consciência nos assuntos
afetos à segurança de voo.
3.4.1 FINALIDADE
Assessorar o Comandante, Chefe, Diretor ou congênere, com a apresentação de
um relatório contendo as condições observadas, a análise do risco, bem como as ações
mitigadoras recomendadas, a fim de fornecer subsídios para o GR.
3.4.2 ÂMBITO
A VSV poderá ser realizada pelo Elo-SIPAER junto aos diversos setores da
própria organização ou, por um Elo-SIPAER externo, sendo nesse último caso, precedida de
uma adequada coordenação.
3.4.3 CONTEÚDO
Durante a realização das VSV, deverá ser dada ênfase à qualidade dos PPAA
das organizações vistoriadas e ao controle do cumprimento das recomendações de segurança
de voo.
3.4.4.1 Periódica
3.4.4.2 Especial
3.4.5 COMPOSIÇÃO
3.4.5.1 A equipe de vistoria de segurança de voo será composta por pessoal qualificado para
a identificação de condições observadas que possam afetar a segurança de voo.
3.4.5.3 O tamanho da equipe deverá ser proporcional ao setor vistoriado e deverá conter
pessoal com especialização adequada ao tipo de atividade realizada no setor.
3.4.6.1 As VSV deverão ser realizadas, no mínimo, uma vez por ano em cada setor da
organização.
3.4.6.4 O CENIPA poderá realizar VSV Especial em qualquer organização da FAB que
possua meios aéreos ou que realize atividade de controle do tráfego aéreo, de acordo com os
interesses do SIPAER.
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3.4.6.7 O CENIPA e os SERIPA poderão realizar VSV nas organizações da aviação civil,
desde que seja solicitada pelo interessado.
3.4.7.1 Conteúdo
3.4.7.2 Tramitação
3.4.7.4 Na aviação militar, mesmo que a VSV tenha sido solicitada por iniciativa de um Elo-
Superior ao da organização, o RVSV será entregue ao Comandante, Chefe ou Diretor da
organização vistoriada.
3.5.1 FINALIDADE
3.5.2 PREENCHIMENTO
3.5.2.1 O RELPREV é uma ferramenta de reporte voluntário, utilizada no SIPAER. Pode ser
preenchido por qualquer pessoa que identificar uma situação de risco ou que dela tiver
conhecimento, encaminhando-o preferencialmente ao Elo-SIPAER da organização envolvida
com a condição observada, ou colocando nos locais reservados para essa finalidade.
3.5.2.2 O relator poderá utilizar a internet (e-mail), fax, telefone ou o formulário impresso de
RELPREV para encaminhar seu reporte a um Elo-SIPAER. O seu encaminhamento não
elimina a necessidade da adoção de outras providências.
3.5.2.4 O RELPREV deve ser utilizado somente para relatar situações pertinentes à
segurança de voo de uma organização, sendo proibido o seu uso para outros fins, como a
denúncia de atos ilícitos e violações.
3.5.2.5 No caso do Elo-SIPAER receber um RELPREV cuja situação relatada não seja do
interesse da segurança de voo, este relato não será processado no âmbito do SIPAER. Caso o
relator do RELPREV esteja identificado, o mesmo será informado do motivo pelo qual este
relato não será processado no âmbito do SIPAER.
3.5.3.1 O RELPREV sempre será gerenciado pelo Elo-SIPAER que está relacionado à
situação de risco.
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3.5.4 ESTATÍSTICAS
3.5.5 FORMULÁRIOS
3.5.5.1 Embora haja o formulário de RELPREV divulgado pelo CENIPA, cada organização
poderá personalizar este modelo, sem modificar seu conteúdo e nome.
3.6.1 FINALIDADE
26/36 NSCA 3-3/2013
3.6.2 PREENCHIMENTO
3.6.2.1 Qualquer pessoa que identificar uma situação de risco potencial, ou que dela tiver
conhecimento, poderá enviar um RCSV ao CENIPA, cabendo a este a adoção das
providências que cada caso requerer.
3.6.2.5 O SIPAER assegura o anonimato do relator nos casos em que os eventos reportados
se refiram à prevenção de acidentes aeronáuticos, sendo vedado o uso do RCSV para relatar
fatos que constituam crime ou contravenção penal de qualquer natureza.
3.6.2.6 Para que um RCSV seja aceito, todos os dados relativos à identificação do relator
deverão ser preenchidos, sendo desconsiderados os relatórios que não contenham tais
informações. Esse procedimento visa apenas à validação das informações contidas no reporte.
3.6.2.7 O RCSV é aplicável à aviação militar e civil, nessa última aos setores público e
privado, que estejam envolvidos direta ou indiretamente com a atividade aérea.
3.6.3 TRAMITAÇÃO
3.6.4 FORMULÁRIO
3.7.1 FINALIDADE
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3.7.2.1 As organizações deverão estabelecer métodos de GR, de modo a permitir, por meio
de indicadores, o monitoramento e a mitigação dos riscos, visando à melhoria contínua da
segurança de voo.
3.8.1 FINALIDADE
Orientar as ações voltadas para a utilização do GR, junto aos pilotos e gestores
das OM operadoras de aeronaves, quando do planejamento de suas atividades aéreas.
3.8.2 ABRANGÊNCIA
OM operadoras de aeronaves.
3.8.3 CONTEÚDO
3.8.4.2 As TCR deverão ser atualizadas sempre que houver a incorporação de novos
equipamentos, mudanças de missão ou de sede e a adoção de novas técnicas de emprego. As
TCR atualizadas deverão ser encaminhadas ao CENIPA para fins de atualização do Manual
do MSGR.
3.9.1 FINALIDADE
3.9.2 FORMULÁRIO
3.9.3.1 Qualquer Elo-SIPAER pode elaborar uma DIVOP para sua organização.
3.9.3.3 Caso o Elo-SIPAER julgue conveniente remeter uma DIVOP para organizações
estrangeiras, essa ação deverá ser executada via CENIPA.
3.10.1 FINALIDADE
3.10.3 CONTEÚDO
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3.10.4 TRAMITAÇÃO
3.11.1 FINALIDADE
3.11.3 SIGILO
3.11.4 CONTEÚDO
3.11.5.3 As Seções de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SPAA) dos COMAR, das FAe
e da DIRMAB deverão analisar os RAA recebidos, remetendo, até 28 de fevereiro, um RAA,
condensado por projeto, à Divisão de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (DPAA) dos
Comandos-Gerais, Departamentos ou ao GABAER a que estiverem diretamente
subordinadas.
3.11.5.6 O Elo-SIPAER superior, baseado na análise dos RAA recebidos e no contexto atual,
poderá emitir orientações para a execução de tarefas relativas à Segurança de Voo no decorrer
do período, o que resultará em atualização do PPAA da OM.
3.12.1 FINALIDADE
Estabelecer rotinas para a implantação nas organizações de programas
específicos em uso no SIPAER.
3.12.2 DESENVOLVIMENTO
3.13.1.1 O CENIPA poderá participar das reuniões promovidas pelos PAMA com os
operadores dos respectivos projetos apoiados.
32/36 NSCA 3-3/2013
3.13.1.2 O PAMA responsável pela reunião deverá enviar o calendário e agenda deste evento
para o CENIPA.
3.13.2.1 O EGAP é um estágio ministrado pelo CENIPA para os Comandantes de BAe, GAv
e Unidades Aéreas Militares, além dos Chefes e Diretores dos Órgãos de Segurança Pública
que possuem aeronaves.
3.13.3.1 Nos últimos anos, a Força Aérea vem incorporando à sua frota aeronaves mais
modernas e novos projetos, que trazem a reboque sistemas embarcados tecnologicamente
mais avançados.
3.13.3.2 A consequência lógica é a necessidade de que as tripulações estejam cada vez melhor
preparadas para realizarem seus voos de forma segura, pois, nos dias atuais, a atividade aérea
não mais se encontra amparada na simplicidade dos equipamentos, mas, sim, sustentada em
um elevado patamar de conhecimento técnico.
3.13.3.3 A busca contínua e permanente por métodos que assegurem a qualidade das técnicas
de pilotagem é fundamental para dar suporte a tais mudanças.
3.13.3.5 O emprego desses equipamentos tem sido uma prestimosa ferramenta para a
segurança de voo, uma vez que permite a repetição exaustiva das situações anormais,
sedimentando, principalmente nos pilotos, procedimentos, técnicas de pilotagem e um
perfeito gerenciamento do risco.
3.13.3.8 As unidades aéreas, por seu turno, deverão estabelecer um programa de treinamento
de simuladores de voo que retrate o mais fielmente o ambiente operacional, e que conduza ou
que possam vir a conduzir suas atividades aéreas.
3.13.5.2 O CENIPA deverá realizar pelo menos uma visita técnica por ano em cada Elo-
SIPAER dos Comandos-Gerais, dos Departamentos e do GABAER.
3.13.6.3 A Jornada de Segurança de Voo tem por objetivo manter em nível elevado a
percepção das atividades voltadas para a prevenção de ocorrências aeronáuticas, focando os
fatores contribuintes dos acidentes, incidentes e ocorrências de solo, bem como outros
problemas de segurança de voo identificados na organização.
4 DISPOSIÇÕES FINAIS
No âmbito da Força Aérea Brasileira, os casos não previstos nesta Norma serão
submetidos à Autoridade Aeronáutica Militar.
REFERÊNCIAS
_______. Lei Complementar nº 97, de 09 de junho de 1999. Dispõe sobre as normas gerais
para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas.
_______. NSCA 3-10: formação e capacitação dos recursos humanos do SIPAER. Brasília,
DF. 2013.
PPAA
ELO-SIPAER ELO DE DESTINO
Unidades Aéreas (exceto os ETA) FAE respectiva
Bases Aéreas e Esquadrões de Transporte Aéreo (ETA) COMAR respectivo
FAE e COMAR COMGAR
AFA, EPCAR, EEAR e CIAAR DEPENS
PAMA DIRMAB
DIRMAB COMGAP
IPEV e CLA DCTA
DTCEA CINDACTA / SRPV-SP
CINDACTA, SRPV-SP e Grupo Especial de Inspeção
DECEA
em Voo (GEIV)
Museu Aeroespacial (MUSAL), Esquadrão de
Demonstração Aérea (EDA) e Grupo de Transporte GABAER
Especial (GTE)
Comandos Gerais, Departamentos e GABAER CENIPA
RAA
ELO SIPAER ELO DE DESTINO
Unidades Aéreas (exceto os ETA) FAE respectiva
Bases Aéreas e Esquadrões de Transporte Aéreo (ETA) COMAR respectivo
FAE e COMAR COMGAR
AFA, EPCAR, EEAER e CIAAR DEPENS
PAMA DIRMAB
DIRMAB COMGAP
GEEV e CLA DCTA
DTCEA CINDACTA / SRPV-SP
CINDACTA, SRPV-SP e GEIV DECEA
MUSAL, EDA e GTE GABAER
Comandos Gerais, Departamentos e GABAER CENIPA