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Apostila de Pesquisa Mineral

INSTITUTO FEDERAL DE CINCIA, EDUCAO E TECNOLOGIA DE


MINAS GERAIS CAMPUS OURO PRETO


APOSTILA DE PESQUISA MINERAL


















FELIPE DE ORQUIZA MILHOMEM
2 BIMESTRE DE 2012


Apostila de Pesquisa Mineral
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Professor Felipe de Orquiza Milhomem

INTRODUO PESQUISA MINERAL

Recursos minerais so um bem suprimento finito e no-renovvel, de utilizao
crescente. Aplicao mineral encontra-se nas mais diversas reas (alimentao, moradia,
agricultura, construo civil, etc).
Sem os recursos minerais, a humanidade no teria como subsidiar seu crescente
desenvolvimento tecnolgico. A aplicao de tcnicas modernas, por vezes, altamente
refinadas, permitiu-lhe descobrir, obter e transformar bens minerais em bens
manufaturados que tornaram a vida mais confortvel.
Volumes gigantescos de bens minerais so rapidamente extrados de seus
depsitos, o que pode levar escassez ou mesmo exausto dos mesmos.
A pesquisa geolgica , portanto, importante para propiciar melhor
aproveitamento dos recursos minerais, desenvolvimento tecnolgico, fortalecimento da
economia regional e local, atrao de investimentos e gerao de emprego e renda.

Considerando o importante papel da explorao
mineral para o desenvolvimento do setor mineral de um
pas ou de uma regio, importante que se encoraje
essa atividade, principalmente do ponto de vista social,
econmico e ambiental, ou seja, com uma viso de
desenvolvimento sustentvel. Esse encorajamento se d
mediante polticas de incentivo para ampliao do
conhecimento geolgico e dos investimentos na
explorao mineral, dentre outras.

Andrade, 2005.
DEFINIES BSICAS E TERMOS TCNICOS

Jazida Mineral Depsito mineral vivel economicamente ( uma rocha, sendo
constituda pelo minrio e pelas encaixantes).
Ocorrncia Mineral - Concentrao de um determinado mineral ou minerais sem
interesse econmico imediato.
Encaixantes So as rochas estreis.
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Minrio De onde so extrados os metais e minerais de valor econmico;
O minrio dividido em mineral-minrio e ganga:
Mineral-Minrio So os minerais que so aproveitados economicamente.
Ex: Au nativo, calcopirita (Minrio e Cu), Galena (Minrio de Pb);
Ganga So os minerais que ocorrem no minrio sem valor econmico. Ex:
Au em veios de quartzo, onde o Au o mineral-minrio e o quartzo a ganga.
Teor de uma jazida a relao entre mineral-minrio e o minrio Ex: 2 g/t de Au
em veios de quartzo, jazida com 1,2 % Pb e 4% de Zn associado rochas carbonatadas.
Subprodutos Alguns minrios tm minerais que isoladamente na jazida no poderiam
ser aproveitados economicamente. Porm, extrados juntamente com o mineral-minrio
amplia a margem de lucro na explotao da jazida. Ex:

Jazida de Cu-Ni-Pt em rochas peridotticas, onde o Cu e o Ni so os minerais-minrio
e a Pt o subproduto;
Jazida de Au e Pirita em veios de quartzo, onde o Au o mineral-minrio e a pirita o
subproduto.
Teor de Corte ou Cut-off representa o valor mnimo para o qual rentvel a sua
explotao.
Teor Crtico representa o teor limite entre lucro e prejuzo. importante frisar que na
maioria das jazidas so extrados minrios com valores de teores abaixo do teor crtico,
porm estes so blendados (misturados) com minrios com teores mais elevados,
portanto, o teor final fica acima do teor crtico.
Teor Limite Representa os teores de minrios que no servem nem para blendagem,
que podem acarretar prejuzos na extrao. Os teores crtico e limite variam de acordo
com os seguintes fatores:

O preo de comercializao do minrio ou concentrado;
A extenso ou tipo de jazida;
A posio geogrfica da jazida;
Minerais acessrios associados;
Novas descobertas tecnolgicas;
Caractersticas do minrio e da encaixante.

Principais teores crticos para alguns metais:
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Minrios de Ferro Hematita e magnetita > 46% de Fe ; Limonita > 37-45%;
Minrios de Mangans 35-42% ; Lavra a cu aberto;
Minrios de Ouro At 0,35 g/t em mina a cu aberto e 2-5 g/t em minas
subterrneas; em jazidas aluvionares > 0,5 g/t;
Minrios de Cobre 0,4% em minas a cu aberto e 1% em minas subterrneas;
Minrios de Prata - > 350-400 g/t;
Minrios de Tungstnio 0,1-0,3% WO3.

Beneficiamento - Processo de separao e concentrao dos materiais de valor do
minrio utilizando mtodos fsicos e qumicos.
Concentrado - o material de valor separado aps o beneficiamento.
Rejeito - o material no valioso do minrio separado aps o beneficiamento.
Recuperao - a relao entre a quantidade de mineral de valor recuperada e a
quantidade total de mineral de valor que foi processado na usina, dada em porcentagem.
Recuperao da Mina - a relao entre a quantidade de mineral de valor extrado e a
quantidade total existente na mina.
Lavra - um conjunto de processos tecnolgicos de extrao de um minrio
(explotao);
Mina: uma jazida em processo de lavra;
Prospeco - Conjunto de mtodos de pesquisa que objetivam a descoberta de
depsitos minerais;
Explorao geolgica - Etapa inicial de reconhecimento/levantamento geolgico para
seleo de regies prioritrias para pesquisa futura;
Pesquisa mineral - Conjunto de estudos que visam identificar a presena de
quantidades anmalas de elementos qumicos ou minerais em uma determinada poro
da crosta.
Prospeco superficial - Metodologia de superfcie e subsuperfcie atravs de poos de
pesquisa, trincheiras, amostragem de afloramentos, geofsica e geoqumica, para
caracterizao superficial de depsito mineral;
Cubagem dos depsitos - ltima fase de pesquisa a partir de furos de sonda, trabalhos
mineiros (galerias, travessas, poos inclinados, shafts, etc.) e levantamentos
geolgicos/topogrficos detalhados;

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NOES DE DEPSITOS MINERAIS

1. INTRODUO

Um Depsito Mineral uma concentrao anmala de um bem mineral,
constitudo de minrio, encaixante, estril, mineral-minrio, ganga e sub-produto(s). O
depsito mineral, embora seja um corpo rochoso diferenciado, devido a sua inusitada
composio qumica e mineral, tem sua origem relacionada aos processos geolgicos
comuns, como: sedimentao, intemperismo, metamorfismo, vulcanismo, plutonismo,
etc., da a importncia do conhecimento geolgico prvio de petrografia e mineralogia.
Desta forma, os processos geolgicos concorrem para a formao de concentraes
anmalas, resultando no Depsito Mineral.
Existem diversas classificaes dos Depsitos Minerais, cada uma delas
utilizando-se de um critrio especfico. como, por exemplo: utilizao comercial do
mineral-minrio (commodity), morfologia (Forma do Corpo Mineralizado), origem
(gneo, Metamrfico e Sedimentar), rocha hospedeira da mineralizao, processo
formador, ambiente geotectnico, tempo relativo de formao com respeito
encaixante, Regularidade Estatstica etc. Cada uma delas com vantagens e desvantagens
na aplicao. Um Depsito bem conhecido (bastante estudado) serve de referncia para
o estudo de outros. Esse Depsito chamado de Depsito-Padro ou Jazida-Tipo, os
quais, via de regra, so os maiores do mundo (chamados de world class).
Quando o Minrio formado ao mesmo tempo em que a(s) Encaixante (s) diz-se
que ele SINGENTICO. Quando formado posteriormente a(s) Encaixante(s) diz-se
que EPIGENTICO. Chamam-se Depsitos Primrios aqueles de origem magmtica
e Secundrios aqueles de origem sedimentar. O depsito pode ainda ser classificado
como disseminado ou confinado ou se concordante ou discordante, conforme segue a
seguir:

Depsito disseminado: os minerais-minrio encontram-se dispersos em grandes
volumes de rocha;
Depsito confinado: minrios encontram-se concentrados em um pequeno
volume de rocha;
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Depsito discordante: minrios so mais jovens que as rochas hospedeiras e as
cortam em ngulos diversos;
Depsito concordante: podem ou no ser mais jovens que a rocha hospedeira e
se posicionam paralelamente ao acamamento da rocha.


Figura 01: depsito confinado.

Os depsitos tambm podem ser classificados quanto sua forma, sendo as mais
comuns: bandado, em camadas, lenticular (em lentes), disseminado, schilirien, poroso,
pulverulento, massivo (macio), Stockwworks, amas, filo, etc.
Diz-se que um minrio bandado, acamadado ou em camadas (Depsitos
Estratiformes em forma de estratos) quando se apresentam como corpos tabulares
onde a espessura muito pequena em relao s outras duas dimenses do corpo. So
do tipo singentico. Lentes ou lenticulares so aqueles em forma de bolses ou
elipside.

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Figura 02: depsito acamado esquerda e lenticular direita.

Os stockwerks ou stockworks so finos veios interconectados. A forma de
amas utilizada para designar morfologia de difcil definio (formas caprichosas que
no podem ser expressas por um modelo geomtrico simples). O filo (Depsitos
Filoneanos) fissuras na rocha, preenchidas por substncias minerias, podendo ser
simples ou complexos. Possuem faces mais ou menos paralelas e de fraca espessura em
relao s outras dimenses. Tambm chamados de veios.


Figura 03: exemplo de stockworcks e de amas



Figura 04: exemplo de filo: simples e complexo.

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Outra forma de classificao dos depsitos minerais est relacionada ao seu
processo formador, podendo este ser de dois tipos:

Processos hipognicos: processos de dinmica interna, atuantes no interior
da Terra (depsitos magmticos e metamrficos);
Processos supergnicos: processos geolgicos de dinmica externa, atuantes
na superfcie da Terra ou prximos a ela.

Na tabela a seguir, est a classificao dos depsitos minerais quanto ao seu
processo formador.



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Tabela I: Resumo da classificao dos depsitos minerais quanto ao seu
2. Depsitos Hipognicos (Processos Atuantes No Interior Da Terra)

2.1 Segregao magmtica

Ocorre devido cristalizao do magma. Pode ser de dois tipo: cristalizao
fracionada e lquido imiscvel.

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Professor Felipe de Orquiza Milhomem
: Resumo da classificao dos depsitos minerais quanto ao seu
processo formador.


Depsitos Hipognicos (Processos Atuantes No Interior Da Terra)

Ocorre devido cristalizao do magma. Pode ser de dois tipo: cristalizao
fracionada e lquido imiscvel.
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: Resumo da classificao dos depsitos minerais quanto ao seu

Depsitos Hipognicos (Processos Atuantes No Interior Da Terra)
Ocorre devido cristalizao do magma. Pode ser de dois tipo: cristalizao

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Cristalizao fracionada:
no esto em equilbrio com a fase
processos gravitacionais, os mesmos sedimentam na base da cmara magmtica.

Lquido imiscvel: So lquidos que no se misturam como o leo e gua. Os exemplos
clssicos envolvem sulfetos e silicatos Os cas
nquel, cobre e platina tambm ocorrer.

2.2 Pegmatitos

Na realidade Depsitos Minerais econmicos so relacionados com pegmatitos
granticos oriundos de magmas flsicos mais gua. A formao dos pegmatitos se d na
fase final de resfriamento do magma, atravs da percolao de solues ricas em slica,
gua e, ocasionalmente, em alguns ons que no entraram na estrutura cristalina dos
minerais at ento formados. A partir destas solues hidrotermais so gerados os
pegmatitos, constitudos principalmente por quartzo e feldspato potssico. No entanto,
em alguns casos, estas solues hidrotermais podem estar enriquecidas por elementos
qumicos de importncia econmica fazendo com que os pegmatitos sejam
mineralizados a tungstnio, uraninita, estanho, turmalina, topzio, etc.

Figura 05: formao de pegmatitos: a. Quartzo, feldspato e mica so os trs principais minerais a se
cristalizarem; b. Como os metais no se encaixam nas estruturas desses minerais, eles ficam enriq
no magma residual (estgio de cristalizao fracionada); c. Concentrao de gua aumenta, acarretando
uma separao de fluido aquoso magmtico contendo os metais de valor econmico. Esse fluido poder
se injetar no prprio granito ou nas rocha enca


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: alguns cristais se formam mais cedo que outros. Os cristais
no esto em equilbrio com a fase lquida, e por meio de diferenas de densidade e
processos gravitacionais, os mesmos sedimentam na base da cmara magmtica.
: So lquidos que no se misturam como o leo e gua. Os exemplos
clssicos envolvem sulfetos e silicatos Os casos mais comuns so sulfetos de ferro,
nquel, cobre e platina tambm ocorrer.
Na realidade Depsitos Minerais econmicos so relacionados com pegmatitos
granticos oriundos de magmas flsicos mais gua. A formao dos pegmatitos se d na
ase final de resfriamento do magma, atravs da percolao de solues ricas em slica,
gua e, ocasionalmente, em alguns ons que no entraram na estrutura cristalina dos
minerais at ento formados. A partir destas solues hidrotermais so gerados os
matitos, constitudos principalmente por quartzo e feldspato potssico. No entanto,
em alguns casos, estas solues hidrotermais podem estar enriquecidas por elementos
qumicos de importncia econmica fazendo com que os pegmatitos sejam
ngstnio, uraninita, estanho, turmalina, topzio, etc.
: formao de pegmatitos: a. Quartzo, feldspato e mica so os trs principais minerais a se
cristalizarem; b. Como os metais no se encaixam nas estruturas desses minerais, eles ficam enriq
no magma residual (estgio de cristalizao fracionada); c. Concentrao de gua aumenta, acarretando
uma separao de fluido aquoso magmtico contendo os metais de valor econmico. Esse fluido poder
se injetar no prprio granito ou nas rocha encaixantes e cristalizar-se como segregao de veios
pegmatticos.
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alguns cristais se formam mais cedo que outros. Os cristais
lquida, e por meio de diferenas de densidade e
processos gravitacionais, os mesmos sedimentam na base da cmara magmtica.
: So lquidos que no se misturam como o leo e gua. Os exemplos
os mais comuns so sulfetos de ferro,
Na realidade Depsitos Minerais econmicos so relacionados com pegmatitos
granticos oriundos de magmas flsicos mais gua. A formao dos pegmatitos se d na
ase final de resfriamento do magma, atravs da percolao de solues ricas em slica,
gua e, ocasionalmente, em alguns ons que no entraram na estrutura cristalina dos
minerais at ento formados. A partir destas solues hidrotermais so gerados os
matitos, constitudos principalmente por quartzo e feldspato potssico. No entanto,
em alguns casos, estas solues hidrotermais podem estar enriquecidas por elementos
qumicos de importncia econmica fazendo com que os pegmatitos sejam

: formao de pegmatitos: a. Quartzo, feldspato e mica so os trs principais minerais a se
cristalizarem; b. Como os metais no se encaixam nas estruturas desses minerais, eles ficam enriquecidos
no magma residual (estgio de cristalizao fracionada); c. Concentrao de gua aumenta, acarretando
uma separao de fluido aquoso magmtico contendo os metais de valor econmico. Esse fluido poder
se como segregao de veios
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2.3 Hidrotermal

Os processos hidrotermais so caracterizados por solues aquosas quentes
responsveis pela formao do Depsito Mineral. A faixa de temperatura varia desde 50
C a 450 C, sendo a gua com alta salinidade (salmoura) a fase mais importante.


Figura 06: exemplo de formao de depsito hidrotermal.

2.4 Secreo Lateral

Formao de depsitos minerais por lixiviao de metais e SiO
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da rocha
hospedeira. O magma segrega os elementos qumicos das rochas adjacentes, interagindo
com a encaixante devido abertura promovida por fraturas.

2.5 Processos Metamrficos

Metamorfismo so todas as modificaes na assemblia mineral de uma rocha,
que ocorrem no interior da crosta da Terra, como resultado das mudanas na
temperatura (T) e presso (P), ou ao de fluidos hidrotermais a partir de 200-250
o
C
(<200-250
o
C ocorre a diagnese/rochas sedimentares) e vai at a fuso parcial da rocha
e formao de MIGMA (migmatitos) ou at a fuso total com a formao do magma
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(rochas magmticas ou gneas). Essas modificaes podem ser de carter regional,
restrita ao contato entre um corpo de rocha quente intrudido em uma rocha mais fria
(Met. de Contato), devido a fluidos quentes (Hidrotermal), atuao preponderante da
presso (dinamometamorfismo), entre os principais tipos. Os processos hidrotermais e o
de escarnitizao formao de skarn merecem especial destaque sendo, por isso,
tratados separadamente quando se trata de Depsitos Minerais.

3. Depsitos Supergnicos (Processos Atuantes Na Superfcie Da Terra)

Alguns autores designam o termo Depsitos Residuais para englobar todos os
processos de seleo natural sedimentar de minerais minrios, tanto os placers
(Acumulao Mecnica) como Alterao Supergnica. Ou seja, nestes depsitos, h
acumulao residual de uma ou mais substncias estveis em condies superficiais
(presena atuante do intemperismo).

3.1 Acumulao mecnica

So processos gravimtricos responsveis pela concentrao natural de minerais
pesados e de baixa solubilidade. Assim, agentes como a gua ou o vento transportam os
minerais mais leves e concentram aqueles mais pesados. So tambm chamados de
placer ou depsitos detrticos, e podem formar depsitos recentes ou antigos (paleo-
placer). Exemplos de depsitos de placer so inmeros, como Ouro, ilmenita, magnetita
e diamantes esto entre os minerais obtidos de placers.


Figura 07: exemplo de acumulao mecnica.

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3.2 Enriquecimento supergnico.

Lixiviao de certos elementos da parte superior de um depsito mineral e sua
reprecipitao em profundidade para produzir concentraes mais altas. A poro
superior de muitos depsitos de cobre prfiro tem seu enriquecimento devido aos
processos supergnicos. Esse processo tem sido invocado para a maioria dos depsitos
de gossans (chapu de ferro), lateritas e bauxitas. Nas bauxitas a lixiviao de ferro e
xido promove o enriquecimento de Alumnio. Naquele sentido mais amplo, os
depsitos residuais seriam de dois tipos, um englobando os dentrticos (as
concentraes mecnicas ou placers) e outro englobando todos os processos de
enriquecimento atravs da lixiviao natural.


Figura 08: enriquecimento supergnico.

3.3 Precipitao sedimentar

A concentrao anmala se forma devido a precipitao qumica (evaporao ou
saturao) de certos elementos dissolvidos na gua (mar, lagoa,etc), como calcrios , sal
gema, evaporitos, Formao de Ferro Bandada BIF (Banded Iron Formation), em que
ferro e chert (gel silicoso) definem seqncias acamadadas (bandadas). Todos os
depsitos sedimentares qumicos esto includos nessa classificao.


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3.4 Processo vulcano-exalativo

So Depsitos Minerais sedimentares que mostram relao com Ro
Vulcnicas ou vulcanismo.
Na figura a seguir, est um exemplo
Figura 09: exemplo esquemtico de formao de depsitos minerais (processos supergnicos ou
RECURSOS E RESERVAS MINERAIS
1. Recurso Mineral

Recurso Mineral uma concentrao ou depsito na crosta da Terra, de material
natural, slido, em quantidade e teor e/ou qualidades tais que, uma vez pesquisado,
exibe parmetros mostrando, de modo razovel, que seu aproveitamento econmi
factvel na atualidade ou no futuro.
O Recurso Mineral uma mineralizao estimada por pesquisa. Condicionantes
diversos faro com que o todo, ou uma parcela do mesmo, possa se tornar uma Reserva
Mineral.
A pesquisa mineral mostra que se trata de uma
possa ser economicamente aproveitado. A adequao dos parmetros de quantidade e
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exalativo
So Depsitos Minerais sedimentares que mostram relao com Ro


Na figura a seguir, est um exemplo geral da formao dos depsitos minerais:

: exemplo esquemtico de formao de depsitos minerais (processos supergnicos ou
hipognicos).

RECURSOS E RESERVAS MINERAIS

Recurso Mineral uma concentrao ou depsito na crosta da Terra, de material
natural, slido, em quantidade e teor e/ou qualidades tais que, uma vez pesquisado,
exibe parmetros mostrando, de modo razovel, que seu aproveitamento econmi
factvel na atualidade ou no futuro.
Recurso Mineral uma mineralizao estimada por pesquisa. Condicionantes
diversos faro com que o todo, ou uma parcela do mesmo, possa se tornar uma Reserva
A pesquisa mineral mostra que se trata de uma concentrao ou depsito que
possa ser economicamente aproveitado. A adequao dos parmetros de quantidade e
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So Depsitos Minerais sedimentares que mostram relao com Rochas
da formao dos depsitos minerais:

: exemplo esquemtico de formao de depsitos minerais (processos supergnicos ou
Recurso Mineral uma concentrao ou depsito na crosta da Terra, de material
natural, slido, em quantidade e teor e/ou qualidades tais que, uma vez pesquisado,
exibe parmetros mostrando, de modo razovel, que seu aproveitamento econmico
Recurso Mineral uma mineralizao estimada por pesquisa. Condicionantes
diversos faro com que o todo, ou uma parcela do mesmo, possa se tornar uma Reserva
concentrao ou depsito que
possa ser economicamente aproveitado. A adequao dos parmetros de quantidade e
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teor e/ou qualidades deve ser realizada, ou supervisionada, por um ou mais profissionais
experientes e qualificados, que avaliam as caractersticas geolgicas do material, tais
como tonelagem ou volume, qualidade e/ou teor, espessura, atitude, etc.
O aproveitamento econmico no , necessariamente, alicerado por estudos de
viabilidade, mas podendo ser por comparao com outros depsitos bem conhecidos e,
eventualmente, em lavra.
A expresso aproveitamento econmico, aplicada s substncias minerais,
significa que sua extrao vivel tcnica e economicamente, observando-se certos
condicionamentos relevantes, adotados no momento da avaliao, de tal modo que
assegura o retorno do investimento, com lucro.
Os parmetros geolgicos de um recurso so estabelecidos a partir de
estimativas e de interpretaes derivadas de evidncias geolgicas. A partir de crescente
conhecimento geolgico estabelecem-se classes de recursos.
O conhecimento geolgico no especifica fatores econmicos, legais, de lavra,
etc. Refere-se apenas a segurana da avaliao dos recursos (isto , alicera-se nos graus
de explorao e reconhecimento). A exatido dos clculos e os erros inerentes
dependem do grau de explorao (natureza, nmero e arranjo dos trabalhos de
pesquisa). A preciso maior ou menor na revelao do modelo emprico (ou
condicionamento geolgico) depende do grau de reconhecimento do depsito.
O conhecimento geolgico inclui as concluses de todas as fases de uma
pesquisa mineral. Quando se fala de conhecimento geolgico crescente, isto quer dizer
melhor conhecimento dos parmetros geolgicos do depsito, tais como a sua
arquitetura (morfologia ou forma), trama (estrutura e textura), distribuio mineral ou
de teor, etc. O conjunto destes parmetros permite um melhor entendimento sobre a
persistncia (ou no) da mineralizao (na horizontal e na vertical). Repare-se, ento,
que as classes de recursos minerais so suportadas por crescente conhecimento
geolgico, da classe inferida passando-se indicada e findando-se na medida.
O grau de explorao define a exatido dos clculos e os erros inerentes aos
mesmos, pelo que, em pesquisa mineral, depende da natureza, nmero e arranjo dos
trabalhos de pesquisa.
O grau de reconhecimento definido pela preciso, maior ou menor, possvel de
ser obtida na pesquisa mineral, pelo que depende do condicionamento geolgico do
depsito em considerao.

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1.1 Recurso Mineral Inferido

Recurso Mineral Inferido a parte do Recurso Mineral para a qual a tonelagem
ou volume, o teor e/ou qualidades e contedo mineral so estimados com base em
amostragem limitada e, portanto, com baixo nvel de confiabilidade. A inferncia
feita a partir de informaes suficientes (geolgicas ou geoqumicas ou geofisicas,
utilizadas em conjunto ou separadamente), admitindo-se, sem comprovao, que haja
continuidade e persistncia de teor e/ou qualidades, de tal modo que se pode ter um
depsito de mrito econmico potencial. A pesquisa realizada no detalhada (as
estaes de amostragem tm espaamento relativamente amplo) e pode incluir
exposies naturais e artificiais (estas em trincheiras, poos, galerias e furos de sonda).
Contedo aquilo que est contido em alguma coisa, no caso, so os minerais
contidos no depsito. Este contedo pode ser representado na forma de um teor. No
caso dos minrios, o contedo mineral ser o metal contido.
Um nvel de confiabilidade medido pelo intervalo de confiana que revelar a
preciso da estimao (Preciso de estimativa) e a sua acurcia (Ordem de acurcia),
para um determinado nvel de probabilidades. Preciso o rigor adotado na
determinao dos parmetros considerados na pesquisa mineral, com a determinao da
faixa de sua variao, para mais ou para menos, do valor estimado, para um
determinado nvel de probabilidades. Acurcia a proximidade entre o valor medido
experimentalmente e o valor real, no processo de medio de parmetros. No caso da
pesquisa mineral, dos parmetros fsicos e qumicos do depsito, sendo, para cada um
deles, calculado o respectivo erro de estimao, levando-se em considerao o
mtodo de estimao usado.
Estaes de amostragem so todos os pontos de coleta de amostras (locados a
3D), devidamente descritos quanto ao seu mtodo de coleta e ao volume e geometria de
cada amostra.
1.2 Recurso Mineral Indicado

Recurso Mineral Indicado a parte do Recurso Mineral para a qual a tonelagem
ou volume, o teor e/ou qualidades, contedo mineral, morfologia, continuidade e
parmetros fsicos esto estabelecidos, de modo que as estimativas realizadas so
confiveis. Envolve pesquisa com amostragem direta em estaes (afloramentos,
trincheiras, poos, galerias e furos de sonda), adequadamente espaadas.
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1.3 Recurso Mineral Medido

Recurso Mineral Medido a parte do Recurso Mineral para a qual a tonelagem
ou volume, o teor e/ou qualidades, contedo mineral, morfologia, continuidade e
parmetros fsicos so estabelecidos com elevado nvel de confiabilidade. As
estimativas so suportadas por amostragem direta em retculo denso (afloramentos,
trincheiras, poos, galerias e furos de sonda), de modo que se comprova a permanncia
das propriedades.
Retculo a malha da amostragem a 3D. Retculo denso uma malha ajustada
para a densidade de explorao adequada fase da pesquisa mineral em que se est e
para o tipo de depsito em estudo.

2. Reserva Mineral

Reserva Mineral a parte do recurso mineral para a qual demonstra-se
viabilidade tcnica e econmica para produo. Essa demonstrao inclui consideraes
sobre elementos modificadores, tais como fatores de lavra e beneficiamento, de
economia e mercado, legais, ambientais e sociais, justificando-se a avaliao,
envolvendo anlise de lucratividade, em um dado tempo.
Uma reserva mineral com viabilidade tcnica e econmica demonstrada,
significa que tal reserva est apta para aproveitamento econmico e que existe
tecnologia disponvel para tal aproveitamento, conforme deve ser consubstanciado no
pertinente estudo de viabilidade, com adequado nvel de confiabilidade.
A anlise de lucratividade um captulo do estudo de viabilidade tcnica e
econmica, devendo ser efetuada sobre um fluxo de caixa descontado que represente o
empreendimento em estudo, para todo o perodo da sua vida til.
Reservas incluem materiais diludos, se aproveitveis. Diluir diminuir a
concentrao. Em geral, entende-se por diluio a diminuio de um teor pela
contaminao do material til desmontado, vinda da sua mistura com materiais estreis,
interiores e exteriores mineralizao.
Dadas as limitaes atribudas aos recursos inferidos, no se justifica
transform-los em reservas, sem pesquisa adicional, pois no procedem estudos de
viabilidade sobre algo que tem baixo nvel de confiabilidade.

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Rejeitos de operaes mineiras anteriores, com atual potencial de
aproveitamento, sero recursos ou reservas. Rejeitos de operaes mineiras so todos os
materiais desmontados e no utilizados comercialmente. Incluem os estreis de lavra
(materiais que no sofreram beneficiamento) e os rejeitos do beneficiamento.

2.1 Reserva Mineral Indicada

Reserva Mineral Indicada a parcela economicamente lavrvel do Recurso
Mineral Indicado e, mais raramente, do Recurso Mineral Medido, para a qual a
viabilidade tcnica e econmica foi demonstrada; inclui perdas (e diluio) com a lavra
e o beneficiamento. Avaliaes apropriadas, alm da viabilidade tcnica e econmica,
so efetuadas compreendendo elementos modificadores, tais como fatores legais,
ambientais e sociais. As avaliaes so demonstradas para a poca em que se reportam
as reservas e razoavelmente justificadas.
A diluio representa uma perda no teor da mineralizao. As outras perdas so
devidas no recuperao total, na fase de lavra, do volume estimado como reserva do
depsito e ao rendimento metalrgico do seu beneficiamento.
Define-se como razoavelmente justificada, a critrio da pessoa devidamente
qualificada e experiente, a malha de pesquisa que produzir as informaes necessrias
e suficientes para as classes indicadas de recursos e reservas minerais.

2.2 Reserva Mineral Medida

Reserva Mineral Medida a parcela economicamente lavrvel do Recurso
Mineral Medido, incluindo perdas (e diluio) com a lavra e o beneficiamento, para a
qual a viabilidade tcnica e econmica encontra-se to bem estabelecida que h alto
grau de confiabilidade nas concluses. Os estudos abrangem anlises dos diversos
elementos modificadores (tais como lavra, metalurgia, economia e mercado, fatores
legais, ambientais e sociais) e demonstram que, na poca em que se reportaram as
reservas, sua extrao era claramente justificvel, bem como adequadas as hipteses
adotadas para investimentos.
Define-se como claramente justificada, a critrio da pessoa devidamente
qualificada e experiente, a malha de pesquisa que produzir as informaes necessrias
e suficientes para as classes medidas de recursos e reservas minerais.

Professor Felipe de Orquiza Milhomem
Tonelagens ou volumes e teores sempre sero fornecidos, mesmo que se
apresentem estimativas envolvendo valores equivalentes de metal contido o
minerais.
As classes de reservas minerais Provada e Provvel, constantes em alguns
cdigos, correspondem, respectivamente, s classes de reservas minerais Medida e
Indicada, aqui usadas.

Figura
FATORES QUE CONTROLAM A VIABILIDADE MINERAL
So quatro principais fatores:

Fatores geolgicos;
Fatores tcnicos;
Fatores econmicos;
Fatores ambientais.




Apostila de Pesquisa Mineral
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Tonelagens ou volumes e teores sempre sero fornecidos, mesmo que se
imativas envolvendo valores equivalentes de metal contido o
As classes de reservas minerais Provada e Provvel, constantes em alguns
cdigos, correspondem, respectivamente, s classes de reservas minerais Medida e
Figura 10: relao entre recursos e reservas minerais.

FATORES QUE CONTROLAM A VIABILIDADE MINERAL

So quatro principais fatores:

Fatores econmicos;

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Tonelagens ou volumes e teores sempre sero fornecidos, mesmo que se
imativas envolvendo valores equivalentes de metal contido ou contedos
As classes de reservas minerais Provada e Provvel, constantes em alguns
cdigos, correspondem, respectivamente, s classes de reservas minerais Medida e

FATORES QUE CONTROLAM A VIABILIDADE MINERAL
Apostila de Pesquisa Mineral
20
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Fatores geolgicos

O suprimento mineral vem dos depsitos minerais, que so concentraes de
elementos ou minerais que podem ser recuperados com lucro.

O minrio:
O carter e o teor estabelecem o valor unitrio.
Da quantidade dependem a escala e durao da operao lucrativa.
Depende da qualidade e quantidade do minrio determinado nas estimativas de reserva
medida,
Tambm da extenso provvel do minrio, includa nas reservas indicadas e inferida.

Fatores tcnicos

Planta ou instalaes tanto para mina como para beneficiamento,
Operao da mina e beneficiamento,
Pessoal
Miscelnea
Eficincia de operao

Fatores econmicos

Afetam indiretamente o custo do produto e seu preo de venda no mercado:
Transporte mina -local de venda (Al, Fe)
Aceitao no mercado
No produzir mais do que o mercado pode consumir
Matria prima x manufaturados (mudanas de preo, de mercado

Fatores ambientais

Poluio associada a extrao e beneficiamento.
Leis e regulamentaes para prevenir tais problemas tem regido a determinao de se
um depsito mineral pode ter lucro ou onde pode ser instalado.
Apostila de Pesquisa Mineral
21
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A globalizao dos anseios ambientais apresenta problemas ticos complexos
que recm comearam a aparecer.
Que direito um pas tem de poluir a atmosfera e oceano, quando a poluio afeta
outros pases?

FASES DA MINERAO

A atividade mineira constituda das seguintes etapas:

a) Pesquisa;
b) Desenvolvimento;
c) Lavra;
d) Beneficiamento;
e) Fechamento de mina (recuperao de reas degradadas)

A primeira etapa (explorao e prospeco) est relacionada com as atividades
de pesquisa mineral, para a descoberta da jazida. O desenvolvimento est relacionado
com o desenvolvimento da infraestrutura necessria para a lavra:

desbravamento,
decapeamento,
drenagem,
terraplenagem,
pavimentao,
instalaes eltricas,
construes,
barragens, etc.

Na parte do desenvolvimento tambm so realizados os estudos de viabilidade
econmica, alm da escolha do mtodo de lavra. Ainda na etapa de desenvolvimento
mineiro, ocorre a expedio das licenas ambientais (EIA-RIMA) e a busca pelo
financiamento para a explorao. A figura mostra um cronograma de desenvolvimento
de um projeto mineiro.

Apostila de Pesquisa Mineral
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Professor Felipe de Orquiza Milhomem

Figura 11: cronograma de desenvolvimento de um projeto mineiro.

Por fim, realizada a reabilitao das reas degradadas pela atividade mineira.
Ela realizada de tal forma, a deixar o local explorado o mais prximo possvel das
condies que possua antes do incio das operaes.
Importante salientar o fato que a primeira etapa, de pesquisa e prospeco dos
depsitos, uma etapa de alto risco envolvido, e a partir da sua elaborao surgem as
demais etapas.

FASES DA PESQUISA MINERAL

Como falado anteriormente, a etapa da pesquisa e prospeco muito
importante, pois a partir dela ser verificada a viabilidade econmica de uma jazida.
Assim, estudos detalhados so realizados na rea de interesse. Esse estudo realizado
por meio de etapas sucessivas, distintas e dependentes entre si:

a) Explorao geolgica: a fase inicial de reconhecimento geolgico de grandes
reas, execuo dos primeiros levantamentos geolgicos e seleo de reas
prioritrias que sero detalhadas durante a segunda fase do trabalho.
b) Prospeco superficial: so determinadas as caractersticas superficiais do
depsito atravs de aberturas de frentes de trabalho de pesquisa, como poos,
trincheiras, amostragem de afloramentos e eventualmente execuo de trabalhos
geofsicos e geoqumicos.
Apostila de Pesquisa Mineral
23
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c) Avaliao dos depsitos: esta avaliao compreende a ltima etapa e
realizada a partir da anlise dos furos de sonda, dos trabalhos mineiros (galerias,
travessas, poos inclinados, etc.), levantamentos geolgicos e topogrficos
detalhados.

As campanhas de prospeco mineral envolvem diversas etapas de trabalho,
cada uma delas desenvolvida em uma escala apropriada.
Antes de qualquer trabalho de campo, so realizados o levantamento de todos os
dados existentes na rea (reviso de dados bibliogrficos). N explorao geolgica
utilizam-se mapas geolgicos nas escalas 1:100.000 e 1:50.000, pois permitem uma
melhor individualizao e controle da mineralizao e em consequncia definio
adequada de reas alvos para os trabalhos de detalhamento subseqentes. Nesta etapa
so visitadas as jazidas e ocorrncias j estudadas, que devem ser plotadas no mapa
geolgico de base, salientando-se os principais controles de mineralizao.
No mapeamento geolgico executado na fase de explorao em superfcie, as
reas levantadas no devem ficar restritas as faixas anmalas ou as zonas contendo
indcios de mineralizao. Esta ampliao possui finalidade de se ter uma noo da
estruturao regional e da petrografia das rochas regionais.
No final do trabalho de explorao geolgica, tem-se uma mapa geolgico original
enriquecido com todas as observaes efetuadas pelos gelogos prospectores (dados de
geologia, da distribuio e tipo das mineralizaes, etc) e que ir favorecer a seleo das
reas alvos potencialmente promissores.
A segunda etapa (prospeco superficial) efetuada numa rea menor, a
elaborao de mapas geolgicos das reas (1:20.000/1:25.000) e dos alvos (1:10.000)
selecionados indispensvel podendo essses mapeamentos, na medida em que a
pesquisa progride, serem efetuados em diversas escalas.
Metodologia de superfcie e subsuperfcie englobam poos de pesquisa,
trincheiras, amostragem de afloramentos, geofsica e geoqumica, para caracterizao
superficial de depsito mineral. No final dos servios executados na fase de prospeco
superficial o levantamento geolgico mais preciso.
A etapa final da pesquisa mineral a avaliao dos depsitos. Os elementos
essenciais que devem ser determinados para a avaliao de um depsito mineral so o
teor e volume. Estes elementos so definidos a partir de medies e amostragens dos
pontos acessveis no corpo mineralizado. Tambm so realizados mapeamento de
Apostila de Pesquisa Mineral
24
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detalhe, com grade preciso, em escalas pequenas, de 1:1.000. Todos os trabalhos de
investigao de subsuperfcie efetuados (poos, trincheiras, furos de trado,etc) devem
ser devidamente amarrados, determinado-se as suas localizaes precisas atravs de
coordenadas geogrficas ou UTM. Deve-se ainda calcular as cotas das bocas de poos,
furos de sonda, etc., pois essas informaes sero fundamentais para a determinao do
volume (cubagem) do corpo pesquisado.

PROSPECO GEOQUMICA

Os mtodos de investigao geoqumica so teis a diversas reas do
conhecimento e da atividade econmica. Fundamentam-se na determinao dos teores
dos elementos qumicos e amostras de sedimentos ativos de drenagem, gua, solo,
rocha, espcies vegetais e emanaes gasosas de origem natural ou artificial. O
conhecimento da distribuio geogrfica dos elementos qumicos e a delimitao de
regies onde haja abundncia ou escassez podem ser utilizados como indicadores ou
rastreadores de:

Variaes naturais no quimismo das litologias, da cobertura de solo, da rede
hidrogrfica superficial e at mesmo da biota;
Focos de poluio industrial, agrcola e domstica em ambientes rurais e
urbanos;
Extenso da pluma de contaminao das fontes de poluio sobre as guas
superficiais e de subsuperfcie;
Regies de risco sade humana e animal;
Jazidas minerais.

Na pesquisa mineral, o que mais importa a utilizao da geoqumica para a
descoberta de jazimentos, assim, tem-se a chamada Prospeco Geoqumica, que
consiste num mtodo de pesquisa que procura sistematicamente o contedo de um ou
mais elementos traos contidos nos mais diversos tipos de materiais. Com isso,
objetiva-se ressaltar a presena de anomalias geoqumicas, ou seja, as zonas com
concentraes anmalas em determinados elementos, que contrastem com o ambiente
Apostila de Pesquisa Mineral
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que representa o fundo geoqumico ou background. Na figura a seguir, est
demonstrada a relao com a prospeco geoqumica e outras reas do conhecimento.


Figura 11: Relao entre prospeco geoqumica e demais reas do conhecimento.

A prospeco geoqumica possui grande importncia na pesquisa mineral, pois
possui grande eficincia na descoberta de depsitos minerais assim como pela facilidade
na coleta de amostras e ainda pelos baixos custos e curto prazo. A Geoqumica torna-se
mais importante ainda nesse contexto, pois ela tem a capacidade de ler, atravs de
dados de superfcie, as informaes de sub-superfcie, incapazes de serem observadas
diretamente. Com isso a geoqumica orientada para a descoberta de novos corpos de
minrio e, consequentemente as pesquisas de campo tem se concentrado principalmente
em trabalhos com sedimentos de corrente e gua, e trabalhos de solos, desde que os
padres de disperso nestes materiais ocorram a considerveis distncias da fonte.
O estudo detalhado de um recurso ou reserva mineral pode levar viabilidade tcnico-
econmica de um depsito mineral. Tendo como fim explorao econmica dos
elementos, foi introduzido o conceito de Clarke, que significa a abundncia mdia de
um elemento na crosta.


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Tabela II: alguns valores caractersticos do Clark.
Em geral, as substncias minerais, salvo raras excees, esto presentes em seus
depsitos em concentraes superiores
qumica mdia da crosta terrestre, ou seja, acima de seu Clarke.
Entre as vantagens da tcnica, esto: identificao de anomalias associadas a
jazidas; identificao de elementos de pouca expresso superficial; auxi
de mtodos geofsicos; ferramenta de baixo custo; os mapas geoqumicos auxiliam na
implementao de mapas geolgicos.
Alguns dos principais conceitos da prospeco geoqumica so mostrados a
seguir:

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Tabela II: alguns valores caractersticos do Clark.

Em geral, as substncias minerais, salvo raras excees, esto presentes em seus
depsitos em concentraes superiores quelas com que participam na composio
qumica mdia da crosta terrestre, ou seja, acima de seu Clarke.
Entre as vantagens da tcnica, esto: identificao de anomalias associadas a
jazidas; identificao de elementos de pouca expresso superficial; auxi
de mtodos geofsicos; ferramenta de baixo custo; os mapas geoqumicos auxiliam na
implementao de mapas geolgicos.
Alguns dos principais conceitos da prospeco geoqumica so mostrados a
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Em geral, as substncias minerais, salvo raras excees, esto presentes em seus
quelas com que participam na composio
Entre as vantagens da tcnica, esto: identificao de anomalias associadas a
jazidas; identificao de elementos de pouca expresso superficial; auxilia na utilizao
de mtodos geofsicos; ferramenta de baixo custo; os mapas geoqumicos auxiliam na
Alguns dos principais conceitos da prospeco geoqumica so mostrados a
Apostila de Pesquisa Mineral
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Ambiente geoqumico: Soma de todas as foras fsicas e qumicas atuantes na crosta
terrestre. Podem ser de dois tipos: primrio (ambiente hipognico) e secundrio
(supergnico).

O ambiente PRIMRIO abrange a zona abaixo dos nveis inferiores de
circulao das guas metericas at as profundidades onde se processam os fenmenos
de diferenciao magmtica e metamorfismo. So caractersticas do ambiente primrio:

Alta presso (P) e temperatura (t);
Pouco oxignio (O2) livre;
Pouca circulao de fluidos;
Os depsitos podem ser singenticos e epigenticos;
Exemplos: Cu-Ni em rochas mfica - ultramficas, berilo e tantalita em pegmatitos;
Au em veios de quartzo.

O ambiente SECUNDRIO compreende a zona onde se desenvolvem os
processos superficiais de intemperismo, eroso, sedimentao, diagnese, pedognese e
atividade biolgica. So caractersticas do ambiente secundrio:

Baixa P e T;
Presena de O2 e CO2 (abundante);
Fluxo de fluidos relativamente livres;
Os depsitos podem ser singenticos e epigenticos;
Exemplos: Placers, BIFs; bauxita


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Figura 12
Background: Faixa de valores razoavelmente definidos (valor mximo e mnimo) que
caracterizam cada tipo de rocha, ou seja, trata
Anomalia: Valores de concentrao de elemento qumico fora do background (pode ser
positiva ou negativa).

Figura 13: Anomalia indicando presena de depsito mineral.


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12: diferenas entre ambiente primrio e secundrio.

: Faixa de valores razoavelmente definidos (valor mximo e mnimo) que
caracterizam cada tipo de rocha, ou seja, trata-se da representao do valor mdio.
Valores de concentrao de elemento qumico fora do background (pode ser

Figura 13: Anomalia indicando presena de depsito mineral.
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: Faixa de valores razoavelmente definidos (valor mximo e mnimo) que
se da representao do valor mdio.
Valores de concentrao de elemento qumico fora do background (pode ser
Apostila de Pesquisa Mineral
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Disperso: Distribuio ou redistribuio de elementos pelos agentes fsicos, qumicos
ou mecnicos que ocorre como resposta s mudanas processadas no ambiente
geoqumico. Podem ser:

Primria: fenmenos mineralizantes;
Secundria: alterao superficial.

Mobilidade geoqumica: a maior ou menor facilidade com que um elemento qumico
se move em um meio natural especfico. Vai depender de fatores fsico, qumicos e
mecnicos. Os elementos podem ser considerados mveis e imveis.
Halo geoqumico: regio que contm os teores anormais (elevados ou reduzidos) de
elementos qumicos nas rochas encaixantes, solos, vegetao, etc., de modo a revelar a
presena de um alvo geoqumico.


Figura 14: tipos de halo.

Existem elementos que apresentam mobilidades similares, e tendem a se agrupar
em um mesmo tipo de depsito constituindo associaes minerais especficas. Essa
capacidade de associao vai depender principalmente de propriedades qumicas, como
valncia e raio inico dos tomos, e em menor escala como propriedades fsicas como
fuso, dureza, peso especfico, etc.
Apostila de Pesquisa Mineral
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Elementos que permanecem associados durante o ciclo hipgeno (atividade
gnea e metamorfismo) podem, por outro lado, se desassociar durante o ciclo suprgeno
(intemperismo e sedimentao). esse fato que leva a que se vise elementos
rastreadores (pathfinders), que so os elementos relativamente mveis de uma
associao, na busca de um determinado corpo mineral. Alguns elementos rastreadores
so mostrados na tabela a seguir, bem como os tipos de depsitos com os quais podem
estar associados.
Cabe ressaltar aqui a diferena entre elemento rastreador e elemento indicador.
O primeiro consiste de elementos associados com a mineralizao, enquanto o
elemento indicador faz parte de um dos principais elementos do minrio.

Tabela III: Pathfinders e elementos indicadores para alguns tipos de
mineralizaes polimetlicas
Pathfinders Elementos do minrio Tipos de depsitos
As Cu-Au (Sb, Ag) depsitos de sulfetos e metais preciosos
Hg Pb-Zn-Ag depsitos de sulfetos
Mo W-Sn depsitos de metamorfismo de contato
Elementos indicadores Elementos do minrio Tipos de depsitos
Mo Cu-Re-Mo depsitos de porphyry copper
Hg Sb-As-Hg depsitos de sulfetos
Zn/Cu Cu-Pb-Zn depsitos sulfetos
Zn Ag-Pb-Zn depsitos sulfetos


ETAPAS DA CAMPANHA DE PESQUISA GEOQUMICA

Podem ser:

Prospeco geral (reconhecimento regional);
Prospeco estratgica;
Prospeco de detalhe.

Apostila de Pesquisa Mineral
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Professor Felipe de Orquiza Milhomem
Na etapa de prospeco geral procuramos ter uma idia do que existe numa
regio durante o levantamento geolgico. Quando a rea geologicamente pouco
conhecida, podemos encontrar informaes teis em bibliografias especializadas ou
no, ou ento, com velho morador da regio, um garimpeiro, ou ainda em documentos
histricos existentes em Museus ou Arquivos Pblicos do municpio. Comea-se o
trabalho de campo com locao de acampamento base, abertura de picadas,
levantamentos em igaraps, coletas, e aberturas de poos e trincheiras. Algumas
amostragens so realizadas e possvel obter o background da rea.
A prospeco estratgica consiste na continuao da etapa anterior, e envolve
trabalhos mais sistemticos e visa o levantamento de zonas anmalas, possivelmente
relacionadas aos corpos mineralizados. Podem ser realizadas amostragens de
sedimentos de corrente e de bateia ao longo das drenagens da rea.
Por fim, tem-se a prospeco de detalhe ou ttica, que tambm envolve
trabalhos mais sistemticos, com amostragem com malha regular. Aps a definio das
zonas anmalas (definidas na etapa anterior), sua origem, extenso superficial e teores
podem ser estabelecidos.


Figura 15: Evoluo de uma campanha de prospeco geoqumica: estgio inicial e final
(descoberta do corpo de minrio).

Apostila de Pesquisa Mineral
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Professor Felipe de Orquiza Milhomem
A prospeco geoqumica utiliza principalmente amostras de solos residuais,
sedimentos de correntes (aluvies), gua subterrnea, vegetais, gases e rochas,
georreferenciados em mapas adequados, auxiliados por GPS, bssola, caderneta de
campo, etc. A prospeco em solos residuais e em vegetais aconselhvel para reas
reduzidas (alguns quilmetros quadrados).


Figura 16: algumas anomalias e tipos de amostragens que podem ser executadas.

Sedimentos de corrente:

Principalmente em pesquisa regional;
Bacias de captao;
Influncia de corrente fluvial;
Montante da regio de amostragem;

Coleta do sedimento de corrente:

a) na calha do rio, dentro do leito ativo, fora da influncia das margens (diluio da
anomalia), de preferncia onde a gua esta correndo, e abaixo do nvel dgua;
O sedimento geralmente encontra-se retido por obstculos naturais (mataco, tronco,
etc. .), lugares onde a corrente perde velocidade;
Apostila de Pesquisa Mineral
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b) em rio seco, o sedimento est exposto ao ar, coletar onde a gua provavelmente corre
na poca de chuva e sempre limpar a superfcie do sedimento antes de coletar a amostra,
para evitar assim a poluio orgnica ou da margem;
c) nunca amostrar na vizinhana ou dentro de acumulao local de matria orgnica
(rea pantanosa) ou de depsito ferruginoso ou manganesifero (couraa, revestimento),
acumulao que geralmente induzem a falsa anomalia;
d) nunca coletar a menos de 50m da confluncia de drenagens, para evitar diluio de
anomalia transportada pelo afluente e existncia na confluncia de falsa anomalia por
causa de variao de pH e Eh;
e) em cada 10 amostras fazer amostragem dupla, escolhendo locais diferentes (rplica
para testar variabilidade dos dados

Pedogeoqumica:

Coleta de solo;
Continuao do mtodo por sedimento de corrente;
Pode fornecer informaes pontuais do material (solo in situ);
Importante conhecimento dos perfis do solo.

Coleta do solo:

Utiliza-se trado manual, picareta, ou enxada, com os quais se abrir um pequeno
buraco at a profundidade previamente determinada sendo que a finalidade desta coleta
obtermos uma amostra abaixo do nvel do hmus e acima da rocha alterada.
Em seguida, secar as amostras ao sol, vento, fogo ou estufa, tendo o cuidado de
no deixar que queime ou fure o saco para evitar a perda e/ou contaminao da amostra,
desagregar a parte argilosa em um graal de gata (fig. ao lado) sem moer os gros,
passar em uma peneira de malha 0,1mm. Eliminar a parte restante (grosseira), embalar
os sacos em caixas apropriadas para remessa ao laboratrio.




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Litogeoqumica:

Coleta de rocha;
Amostras de fragmentos de rocha ou inteiros;
Realizao de trincheiras, galerias, poos;
Anlise de detalhe (anomalia mxima no corpo).

gua de drenagem:

Indicadas para grandes reas (> 100 km);
Grande variedade de locais (poos, fontes, lagoas);
Mtodo sensvel contaminaes;
Para elementos de grande mobilidade.

Coleta de gua:

Para a coleta de gua, o principal problema o da poluio. Acondiciona-se a
gua em recipiente de plsticos branco, mole, livre de poluio. de grande
importncia mant-los fechados e protegidos de poeiras, chuvas e outras fontes de
poluio at o momento da coleta.
As amostras devem ser duplas (duplicata) e totalmente cheias e uma delas
acidificada ate 1% com HCl/12N, com o equivalente a 20 gotas. A outra garrafa no
acidificada (dosagem CO
-2
, H
-
CO
3
, Cl
-
). A finalidade da acidificao evitar a
precipitao ou co-precipitao de ons metlicos.
Inicialmente coleta-se somente gua corrente nos rios principais e gua de fonte
naturais prximas estruturas ou formaes favorveis a mineralizao; posteriormente
a coleta poder ser mais sistemtica dependendo do tipo e importncia das
mineralizaes supostas.
A gua corrente pertencendo a um meio muito homogneo, geralmente no
estratificado, a coleta poder ser feita em qualquer ponto do meio da corrente e
aproximadamente a 30 cm abaixo da superfcie, onde a garrafa ser aberta para coleta.
Em caso de ocorrer um filamento dgua (caso de fonte) deve-se colocar um
tubo plstico para canalizar a coleta e, evitar assim, a contaminao da boca da garrafa
Apostila de Pesquisa Mineral
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com a formao local. Antes da coleta deve-se lavar por 3 vezes, interna e externamente
a garrafa, a rolha e o tubo plstico eventualmente utilizado com a gua a ser coletada.

Concentrado de bateia:

Obteno de resduo pesado (concentrao gravtica);
Pode ser usado em conjunto dos demais mtodos;
Coleta em pontos concentradores de drenagem;

Tcnica de concentrao por bateia

O material deve ser coletado com ps ou cavadeiras a cerca de 30 cm de
profundidade e com volume constante entre 10 a 20 litros. Pode-se fazer um pr-
peneiramento, separado e rejeitando a frao mais grossa aps anlise visual com
seleo dos minerais de interesse que devem ser guardados com o concentrado.
Durante o bateiamento deve-se ter cuidado para no perder materiais de interesse
como palhetas de ouro mais fino. O bateiamento feito, se possvel, no prprio local de
coleta e o concentrado guardado em saco plstico e etiquetado. Por fim, a estao de
coleta deve ser marcada para futuras verificaes e eventuais amostragens.

Figura 17: fases do bateiamento
Apostila de Pesquisa Mineral
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Anlise do Concentrado

a) Minerais flutuantes apesar da alta densidade: grafita, mica, molibdenita, especularita,
sulfetos quando muito fino (pirita, galena, calcopirita) e ouro quando em palhetas finas;
b) Minerais claros: calcita, quartzo, feldspato e berilo;
c) Na parte externa da zona de minerais escuros: fluorita, andaluzita, apatita, turmalina,
anfiblio e piroxnio e limonita.
d) Na parte central das areias pretas: topzio, cianita, corindon, titanita, epidoto,
estaurolita, granadas, hematita, magnetita, ilmenita, diamante, zirco, rutilo,
scheelita e monazita.
e) No centro ou fundo de bateia: cromita, wolframita, cassiterita, columbita-tantalita,
titanita, cobre nativo, ouro e platina.

Biogeoqumica:

Anlise qumica de vegetao (folhas, caules, razes);
Pode ser usada em todas as etapas da prospeco;
Indicada para reas pequenas (< 10 km).
Aps todas as etapas de amostragem, realizada a anlise dos dados coletados.
Para a escolha dos mtodos de tratamento dos dados necessrio distinguir entre os
diversos tipos de levantamentos geoqumicos, conforme seus objetivos e escalas de
trabalho. Segundo os objetivos so feitos mapeamentos para uso mltiplo, geralmente
em escalas regionais. Para prospeco de bens minerais, pode-se chegar a escalas de
detalhe.
Dimenses e faixas de variao dos teores dos elementos qumicos iro
caracterizar padres globais, megaprovncias geoqumicas, anomalias regionais e, por
fim, anomalias locais, em todos o casos interpretando-se os dados geoqumicos em
conjunto com informaes geolgicas e geofsicas.
Os diversos levantamentos geoqumicos devero, ento, ser realizados segundo
diferentes densidades amostrais, havendo uma relao entre escala e nmero de
amostras.



Apostila de Pesquisa Mineral
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Tabela IV: relao entre escala e densidade de informaes.
Escala Densidade
1/10.000 100 pontos/km
1/5.000 400 pontos/km
1/2.500 1.600 pontos/km
1/2.000 2.500 pontos/km
1/1.000 10.000 pontos/km

Um dos mais importantes problemas relacionados com a aplicao da estatstica
em geoqumica no que diz respeito ao estudo do comportamento espacial dos
elementos ou compostos qumicos.
A correlao entre valores amostrais quantificada em funo da distncia entre
amostras, representando o aspecto geoqumico da rea em estudo.
Como consequncia, valores podem ser interpolados em postos no-amostrados
a partir dos valores conhecidos por amostragem e a cartografia geoqumica pode ser
efetuada de forma mais precisa.


Apostila de Pesquisa Mineral
38
Professor Felipe de Orquiza Milhomem
REFERNCIAS

COSTA, A.P.L. Pesquisa e prospeco mineral. Notas de aula. IFRN.
GROSSI SAD, J.H. e VALENTE, J., Reservas e Recursos Minerais Uma Reviso,
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LICHT, O.A.B et alii. Prospeco Geoqumica: depsitos minerais metlicos, no-
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LIMA, M.P. Apostila de Pesquisa Mineral. Notas de Aula. UFPA. Faculdade de
Engenharia de Minas. 2008.
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NETO, M.T.O.C. e ROCHA, A.M.R. Noes de Prospeco e Pesquisa Mineral para
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VASCONCELLOS, E.M.G. Conceito de Geoqumica. Notas de aulas. Departamento de
Geologia, UFPR.

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