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Aula Geologia Econômica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE GEOGRAFIA

Geologia Econômica - II

SISTEMA ENDÓGENO

Aula 1: Processo mineralizador magmático

Profa. Ângela Veloso


OBJETIVO:

Possibilitar ao aluno:
▪ identificação das condições de gênese dos diversos tipos de classes e de depósitos minerais;
▪ exemplos brasileiros e mundiais dos diversos tipos de depósitos minerais;
▪ identificação de minérios em aulas práticas;
▪ trabalho de campo com visitação nas principais jazidas minerais brasileiras;
▪ Aperfeiçoamento do conhecimento geológico INTEGRADO

JUSTIFICATIVA :

Possibilitar ao aluno :

▪ compreender gênese dos principais tipos de depósitos minerais metálicos e não-metálicos;

▪ os processos de formação;

▪ diferentes e complexos ambientes geotectônicos;

▪ capacitar profissionais para atender as exigências do mercado de trabalho, principalmente do setor privado,
incluindo o econômico/exploratório
BIBLIOGRAFIA:
Básica:

▪ BIONDI, J.C. Processos Metalogenéticos e os Depósitos Minerais Brasileiros. 2. ed.


São Paulo: Oficina de Textos, 2015.

▪ RIDLEY, J. Ore Deposit Geology. Cambridge: Cambridge University Press, 2013.

Complementar:

▪ ROBB, L. Introduction to Ore-Forming Processes. New York: John Wiley & Sons, 2005.

▪ GUILBERT, J.M. & PARK, C.F. The Geology of Ore Deposits. Estados Unidos: Waveland
Press Inc, 2007.

▪ POHL, W.L. Economic Geology: Principles and Practice. Chicester: Wiley-Blackwell,


2011.

▪ SILVA, M. A. Metalogênese das Províncias Tectônicas Brasileiras. Belo Horizonte:


CPRM,2014,disponívelem:<http://www.cprm.gov.br/publique/media/Metalogenese_Provincias_
Tectonicas_ Brasileiras.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2019
INGLÊS + pdf PORTUGUÊS
I- Processo Mineralizador e Tipos de Depósitos do Sistema Endógeno (Ortomagmático):

1. Ambiente geotectônico; Arquitetura e estrutura interna dos depósitos minerais; Diferenciação; segregação de fases;
sedimentação magmática; hibridização de magmas e imiscibilidade de líquidos.

2. Depósitos Minerais Brasileiros do Sistema Endógeno Plutônico: Cromita estratiforme; EGP e Sulfetos; EGP em Cromititos. Ti-Fe-V

3. Depósitos Minerais Brasileiros do Sistema Endógeno Plutônico e Vulcânico: Complexos Alcalinos e Carbonatitos; Kimberlitos e
Lamproítos; Ni-Cu (EGP) em komatiítos. Cromita Podiforme (cromitito podiforme).

II- Processo Mineralizador e Tipos de Depósitos do Sistema Magmático-Hidrotermal (Hidrotermal):

CRONOGRAMA 1. Ambiente geotectônico; Arquitetura e estrutura interna dos depósitos minerais; Gênese e evolução do fluido mineralizador;
Processo formador dos minérios.

Parte 1 2. Depósitos Minerais Brasileiros do Sistema Magmático - Hidrotermal Plutônico: Depósitos apicais disseminados tipo cobre pórfiro.
Depósitos apicais disseminados porfiríticos de Cu-Au. Depósitos apicais em greisens. Depósitos plutônicos periféricos em pegmatitos.
Depósitos plutônicos periféricos em escarnitos.

3. Depósitos Minerais Brasileiros do Sistema Magmático - Hidrotermal Subvulcânico: Depósitos venulares e filoneanos de Au
AVALIAÇÃO: Epitermal. Veios e Disseminações em Carbonatitos. Ouro e sulfetos em margas e folhelhos carbonosos. U-Mo-Zr disseminado em
rochas alcalinas. Depósitos de ferro de Minas Gerais.

PROVA_1: 04/10 4. Depósitos Minerais Brasileiros do Sistema Magmático - Hidrotermal Vulcânico Subaquático: Arco Magmático do Oeste de Goiano.
Distrito Mineiro do Vale do Ribeira. Província Mineral de Carajás.

III. Processo Mineralizador e Tipos de Depósitos do Sistema Metamórfico (Hidrotermal):


1. Ambiente geotectônico; Arquitetura e estrutura interna dos depósitos minerais; Gênese e evolução do fluido mineralizador;
Processo de formação dos depósitos; Classificação dos depósitos minerais.

2. Depósitos Minerais Brasileiros Orogênicos em Zonas de Cisalhamentos: Au; Metais base; Crisotila e talco; Berilo-esmeralda;
Polimetálicos; Urânio.

3. Depósitos Minerais Brasileiros de Metamorfismo Regional: Grafita; Talco; Cianita; Antofilita.


IV. Processo Mineralizador e Tipos de Depósitos do Sistema Sedimentares Hidrotermal:
1. Ambiente geotectônico; Arquitetura e estrutura interna dos depósitos minerais; Gênese e evolução dofluido
mineralizador; Processo de formação dos depósitos; Classificação dos depósitos minerais.

2. Depósitos Minerais Brasileiros Sedimentares Hidrotermais: Diagnenéticos: Pb e/ou Ba. Pós-Diagenéticos: U-V, Pb-Zn-
fluorita-barita, S nativo, Cu e zeólitas.

CRONOGRAMA
V. Processo Mineralizador e Tipos de Depósitos do Sistema Sedimentar:
Parte 2 1. Condições físico-químicas; Arquitetura e estrutura dos depósitos minerais; Processos formadores e classificação
dos depósitos.

2. Depósitos Minerais Brasileiros Sedimentares Continentais: Depósitos eólicos: Ti-Zr. Depósitos lacustrinos ou planície de
inundação: carvão; argilas cerâmicas; diatomita. Depósitos de aluviões fluviais: diamante, ouro, cassiterita, etc.
AVALIAÇÃO:
3. Depósitos Minerais Brasileiros Sedimentares Marinhos: Ambiente litorâneo: Ti-Zr-ETR. Ambiente deltaico: Au-U. Marinho
bacinal: Mn, Fe, Au, Cu-Co, sulfetos, fosfatos, evaporitos e barita.
PROVA_1: 13/12

VI. Processo Mineralizador e Tipos de Depósitos do Sistema Laterítico:


1. Ambiente geotectônico; Arquitetura e estrutura dos depósitos minerais; Processos formadores e tipos de depósitos.

2. Depósitos Minerais Brasileiros do Sistema Laterítico: Residuais e/ou Supergênicos: garnierita Ni (Co), Fe, Mn, Au, U, bauxita,
fosfato, argilominerias e metais base Cu, Zn (Pb).
SISTEMA DE AVALIAÇÃO:

PROVA_1: 30 pts
SEMINÁRIO/ARTIGO_1: 10 pts
PROVA_2: 30 pts
SEMINÁRIO/ARTIGO_2: 10 pts
Arguição_Campo_ORAL: 20 pts
DEPÓSITOS
MINERAIS
MAGMÁTICOS:
SISTEMA
ENDÓGENO
Tipos de depósitos
minerais
relacionados aos Terra

maiores processos
geológicos na
dinâmica interna e
externa da Terra
Pohl, 2011. Economic Geology Principles and Practice
Depósitos Minerais Magmáticos: Sistema endógeno

Definição:
Depósitos de minério magmático, também
conhecidos como depósitos de minério
orthomagmático, são depósitos (MINÉRIO)
formados dentro de rochas ígneas ou ao longo de
seus contatos, nos quais os minerais de minério
cristalizaram a partir de um material fundido ou
foram transportados em um fundido (melt).

Uma vez que a definição de minério é mais


cultural do que geoquímica, para ser
considerado um minério, um acúmulo de um
elemento deve se combinar com alto teor
com grande tonelagem e deve ser acessível
às operações de mineração.
Rochas ígneas hospedam um grande número de diferentes tipos de
depósitos de minério.

1. Tanto as rochas máficas quanto as Esta distribuição foi


félsicas estão ligadas a depósitos entendida como
minerais: resultado da
• minérios de cromita são resultantes do

Trajetória geoquímica
trajetória
fracionamento de cristais dos magmas
geoquímica de
máficos (básico-ultrabásicos);
• depósitos de Sn são associados a diferentes metais
granitos (magmas evoluídos). durante a
cristalização
fracionada
(fracionamento
2. Os processos geológicos sólido-líquido) de
envolvidos referem-se às propriedades corpos silicatos
intrínsecas ao magma e podem ser ligados fundidos
geneticamente ao seu resfriamento e
solidificação. (Goldschmidt, 1958).
Arquitetura crustal mostrando as principais características tectono-
magmáticas dos diferentes depósitos magmáticos

Robb, 2005. Introduction to Ore-Forming Processes


Arquitetura crustal mostrando as principais características tectono-
magmáticas dos diferentes depósitos magmáticos

Robb, 2005. Introduction to Ore-Forming Processes


Robb, 2005. Introduction to Ore-Forming Processes
Schematic diagram illustrating the concept of
mantle metasomatism and metal enrichment
associated with subduction, and the subsequent
inheritance of an enhanced metal budget by
magmas derived from melting of metasomatized
mantle.

Robb, 2005. Introduction to Ore-Forming Processes


Classificação dos elementos químicos segundo GOLDSCHIMIDT

92 Elementos
geologicamente
relevantes
classificados
com base em
suas rochas de
ocorrência e
associação
mineral

Robb, 2005. Introduction to Ore-Forming Processes


Depósitos Minerais Magmáticos: Sistema endógeno
Processos petrológicos e geoquímicos
para formação de minério magmático

1- Evolução Magmática:
Processos de desenvolvimento de magma

▪ Um sistema magmático é o local de fusão, o caminho da


migração do magma e o local da cristalização dentro de
um ambiente geológico e tectônico específico.

▪ Os depósitos de minério se formam quando o magma é


transportado para um novo local, e a fase de queima
(fundido) é interrompida em pequenos volumes de uma
fase rica em elementos de interesse e grandes volumes
de material estéril Holland, Heinrich D & Turekian, Karl K, 2013. Treatise on Geochemistry
Tipos de magma e conteúdo metálico

A geração de qualquer depósito de minério depende da presença de uma fonte para o


elemento, um meio de transporte e uma armadilha na qual ele pode ser concentrado.

Generalidades: Exemplos:
Embora seja provável que alguns ambientes Rochas ultramáficas hospedam minérios de níquel,
litotectônicos sejam um solo fértil para gerar cromo e platina;
magmas com altas concentrações iniciais de
elementos economicamente interessantes, a Gabro e norito hospedam minério de cobre, cobalto,
maioria dos magmas formadores de minério se níquel, ferro, titânio e vanádio;
origina da fusão do peridotito do manto, e é o
próprio processo de fusão que determina se o Andesito e rochas intermediárias intrusivas
magma resultante terá o potencial de formar um hospedam minério de cobre e ouro;
depósito de minério, por causa dos efeitos de
homogeneização da fusão em grandes volumes Granitos estão relacionados a concentrações de
de rocha berílo, lítio, estanho e tungstênio.
Meios de se categorizar as rochas magmáticas

Robin Gill, 2010. Igneous Rocks and Processes


Sítios e mecanismos de evolução composicional de magmas

▪ Fusão parcial na fonte e interação entre melt


e unmelted;
▪ Cristalização fracionada;
▪ Sepração de magmas em dois ou mais melts
imiscíveis;
▪ Assimilação parcial do melt com rohas
encaixantes;
▪ Mistura de magmas de diferentes fontes
(magma mingling);
▪ Interação com rochas encaixantes;
John Ridley, 2013. Ore Deposit Geology

Desenvolvimento de variabilidade química magmática dentro de um esquema de sistemas


magmáticos que se estende desde a astenosfera até a crosta superior
As condições de fusão
O comportamento de fusão sequencial do
▪ Manto superior atinge 1500 °C ou mais no processo de peridotito no manto a 20 kbar de pressão:
anatexia) derretimento;
(a) sem água (b) Com água
▪ A astenosfera, que é definida como aquela zona onde
uma quantidade considerável de magma é formada.

▪ Os principais episódios geradores de magma, são


catalisados ​por processos como:
✓ diminuição da pressão (causada, pex., pelo
afinamento crustal em um regime extensional como
a crista meso-oceânica);

✓ acréscimo de voláteis para baixar a temperatura do


solidus (como durante a subducção e
metassomatismo).

▪ Plumas do manto podem atuar com aumento no


fornecimento de calor local, porém não é importante na
promoção da fusão parcial, embora seja possam ser
implicadas nesse papel.
Mysen e Kushiro, 1976.
Magma é tipicamente heterogêneo.
Magmas de potencial
Pode incluir:
econômico
múltiplas fases fundidas; fases
minerais; fases gasosas.
Quando as rochas se fundem para formar
magmas de potencial interesse econômico,
grandes volumes de rocha passam através
de seus solidus ao longo de escalas de
tempo que são longas em comparação com
aquelas de difusão química dentro de grãos
minerais individuais.

A região-fonte de magma parcialmente


fundida resultante, portanto, tem tempo
suficiente para atingir o equilíbrio
geoquímico entre os minerais coexistentes
Robin Gill, 2010. Igneous Rocks and Processes e os fundidos.
Geoterma oceânica e
comportamento da
fusão do peridotito
mantélico

Robin Gill, 2010. Igneous Rocks and Processes


Comportamento
Geotermal do magma
durante a fusão parcial

(a) Melting by asthenosphere upwelling and


decompression melting due
to lithosphere extension at mid-ocean
ridges;

(b) Decompression melting in an


intra -plate mantle plume; here the degree
of melting is restricted by the presence of
thick lithosphere
(dotted line) that inhibits further upwelling
and decompression melting;

(a) Melting due to depression of the solidus in


hydrous mantle wedge above a subduction
zone.

Robin Gill, 2010. Igneous Rocks and Processes


Sistema de cristalização

Robin Gill, 2010. Igneous Rocks and Processes


Tipos de magmas e conteúdo metálico

▪ Embora as propriedades reológicas sejam


diferentes, entre a litosfera mais rígida e a
astenosfera dúctil, zonas dentro dessas
camadas são anômalas em termos de
pressão ou temperatura, no entanto, se
formam e podem causar fusão localizada
das rochas presentes.

▪ A natureza da rocha e a extensão em que é


fundida são os principais fatores que
controlam a composição do magma que é
formado.

▪ A composição do magma, por sua vez, dita


a natureza das concentrações de metal que
provavelmente se formarão nas rochas que
se solidificam a partir desse magma.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
INSTITUTO DE GEOGRAFIA

Geologia Econômica - II

SISTEMA ENDÓGENO

Aula 1: Processo mineralizador magmático

Profa. Ângela Veloso


Basalto: Minerais formadores
Robin Gill, 2010. Igneous Rocks and Processes
Basalto: Solubilidade de voláteis (no caso, H2O)

Robin Gill, 2010. Igneous Rocks and Processes


Sistema de diagrama de fases ternário
CaAl2Si2O8– CaMgSi2O6– Mg2SiO4
(An– Di – Fo)

Osborne and Tait (1952)


Robin Gill, 2010. Igneous Rocks and Processes
Análises representativas de elementos maiores e menores
de basaltos em diferentes ambientes tectônicos

Robin Gill, 2010. Igneous Rocks and Processes


Basaltos: Classificação química

Irvine and Baragar (1971) Myashiro (1975)


Basalto: Abundância relativa de metais:
Os basaltos se formam em quase todos os ambientes
tectônicos, mas a maioria da produção de magma
basáltico ocorre ao longo das cristas meso-oceânicas,
e em resposta às plumas relacionadas aos pontos
quentes, para formar a crosta oceânica.

O basalto forma-se por fusão parcial do material


do manto, podendo ser descritas como
peridotíticas em composição.

Lherzolito (um peridotito rico em clinopiroxênio e


granada ou espinélio), têm mostrado
experimentalmente SER A FONTE da produção de
líquidos basálticos, enquanto outras, como peridotito
alpino (comrico em olivina e ortopiroxênio), são
refratárias (resistente a fusão) demais para produzir
líquidos basálticos e podem, de fato, representar os
resíduos deixados para trás após o magma basáltico já
ter sido extraído do manto.
Robb, 2005. Introduction to Ore-Forming Processes
Basalto: Abundância relativa de metais:
Da mesma forma, a crosta oceânica composta de basalto hidratado (serpentinizado) e
arrastada para uma zona de subducção é também uma fonte potencial de rocha para
magmatismo de arco de ilha e de arco magmático

Ni em basaltos mostram uma


excelente correlação entre os
Diadochic behavior, substituição: teores de Ni e MgO,
Ni2 + por Mg2 + em olivina confirmando a noção de que o
metal menor substitui
V3 + por Fe3 + em magnetita prontamente o Mg.

O maior teor de Ni intrínseco dos basaltos e


komatiitos ultramáficos sugere que os
KOMATIITOS são, talvez, mais adequadas para
hospedar depósitos de níquel magmáticos.

Observação confirmada pela presença de depósitos de níquel


magmático, de classe mundial, hospedados no Arqueano. Robb, 2005. Introduction to Ore-Forming Processes
Robin Gill, 2010. Igneous Rocks and Processes
Basalto: Abundância relativa de metais:

OBS: Em resumo

A geração de um magma basáltico com altas concentrações de elementos


calcófilos (fases sulfetada e manto inferior) adequados para extração posterior em
um sulfeto fundido, para formar um depósito de minério, requer:
1. altos graus de fusão parcial ou
2. pequenos graus de fusão parcial em fO2 acima daquele em que o sulfeto é
predominantemente convertido para sulfato.

Até hoje, todos os depósitos de sulfeto magmático reconhecidos


aparentemente devem suas origens a grandes graus de fusão parcial do manto.
Concentrações de elementos calcófilos durante a fusão do manto
Concentrações dos elementos calcófilos em komatiito e MORB (Crocket, 2002)

Os komatiítos, são magmas


basálticos ultramáficos (> 18%
MgO), principalmente restritos a
cinturões greenstone arqueanos.

Apresenta origem controversa, mas


acredita-se que representem altos
graus de fusão parcial do manto
durante as condições de alto fluxo
de calor que prevaleceram nos
estágios iniciais de formação da
crosta, antes de 2500 Ma.
McDonough and Sun, 1995).
Robb, 2005. Introduction to Ore-Forming Processes
Professor adjunto da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul

komatiitos cristalizam a partir de


líquidos que continham mais de de
18% de MgO.
Riolito: Abundância relativa de metais:

▪ Depósitos de minério derivados de


magma félsico por fusão de um
protólito sedimentar ou supracrustal
(denominado granitos do tipo S),
geram depósitos de minério
associados são caracterizados por
concentrações de metais como Sn, W, Alternativamente, elementos incompatíveis também
U e Th. tendem a ser concentrados em fundições crustais
derivadas de baixos graus de fusão parcial de rochas
geradoras que podem ter sido dotadas nos elementos
▪ Onde é derivado da fusão de litófilos.
protólitos ígneas mais antigos na
crosta (granito tipo I), a associação de
minérios é tipificada por metais como
Cu, Mo, Pb, Zn e Au.
Magmas alcalinos e kimberlíticos: Abundância relativa de metais:
▪ Magmas depletados em SiO2 mas
altamente enriquecidos nos
elementos alcalinos (Na, K e Ca)
são relativamente raros, mas
podem ser economicamente
importantes, pois freqüentemente
contêm concentrações
impressionantes de uma ampla
variedade de metais formadores de
minério (Cu, Fe, P, Zr, Nb, REE, F, U
e Th).

▪ Além disso, os tipos de magma


kimberlíticos e relacionados (como
os lamproítos) são a principal fonte
primária de diamantes. Robb, 2005. Introduction to Ore-Forming Processes
Processos petrológicos e geoquímicos para formação de minério magmático

2- Evolução Química: Particionamento de elementos entre fases (elementos calcófilos)

Afinidade química que um elemento tem


pelo outro está relacionada às suas Afinidade química dos elementos
propriedades atômicas, refletidas por suas
posições relativas na tabela periódica.

A substituição de um elemento traço para


um elemento principal em um cristal
ocorre se seus raios iônicos e cargas forem
similares.

Normalmente, os raios devem estar


dentro de 15% um do outro e as cargas
devem diferir em não mais do que uma
unidade, desde que a diferença de carga
possa ser compensada por outra
substituição.
John Ridley, 2013. Ore Deposit Geology
Comportamento dos elementos traços

Holland, Heinrich D & Turekian, Karl K, 2013. Treatise on Geochemistry


Classificação dos cátions baseada na carga e raio iônico
Comportamento dos elementos traços Elementos compatíveis:
Para um par mineral- com carga e raio similares aos
fundido, um elemento principais elementos de
compatível é aquele formação de minerais, tais como
que é prontamente Al, Mg e Fe, terão
incorporado ao comportamento compatível no
mineral por causa da manto e em magmas máficos na
fácil substituição crosta
isomórfica na rede
cristalina por um dos
Elementos incompatíveis:
elementos essenciais
de carga de íons 1. carga mais alta (o campo
similar, tamanho e alto);
comportamento de 2. maior resistência - HFSEs);
adesão. 3. raios maiores (os elementos
litófilos de íons grandes - LILEs)

Comparaveis com os principais


elementos formadores de
John Ridley, 2013. Ore Deposit Geology
minerais.
Concentrações de elementos na Terra:
▪ Por enriquecimento relativo e
▪ Por depleção na crosta que resultam:
o da separação do núcleo e
o da formação da crosta

ATRAVÉS DA FUSÃO PARCIAL DO MANTO

Embora as propriedades reológicas sejam diferentes, as duas camadas externas da


Terra, a litosfera mais rígida e a astenosfera dúctil, são em grande parte sólidas. John Ridley, 2013. Ore Deposit Geology
Processos petrológicos e
geoquímicos para
formação de minério
magmático

Robin Gill, 2010. Igneous Rocks and Processes


Comportamento dos elementos traços como resposta geológica
A composição do magma dita a natureza das concentrações de metal
que se formarão nas rochas que se solidificarem a partir desse magma.
Elementos compatíveis podem
tornar-se concentrados em restitos
ou minerais acumulados formados
precocemente e, em geral, têm
concentrações mais altas em rochas
ultramáficas e maficas (por
exemplo, peridotito, gabro).

Elementos incompatíveis em geral


apresentam maiores concentrações
em rochas mais félsicas (crosta
continental superior), e tornam-se
progressivamente mais enriquecidos
em rochas com maior teor de sílica. R ...........pppp
Barton, 1996
Processos petrológicos e geoquímicos para formação de minério magmático
2- Evolução Química: Particionamento de elementos entre fases (elementos calcófilos)

São aqueles que, como o cobre, são fortemente


divididos entre sulfeto fundido em equilíbrio com o
silicato fundido.

Os elementos de minério são todos oligoelementos em magmas Onde: CiX é a concentação do elemento i na fase X
primários, e seu comportamento pode ser descrito ao conceito do
coeficiente de partição constante de Nernst, que é definido como a
concentração de um elemento em uma fase dividido pela sua Com a única exceção do ferro
concentração em outra:

O enxofre é um constituinte vestigial dos magmas e tem uma


geoquímica complexa própria. Seu comportamento é
extremamente sensível a uma ampla gama de parâmetros e
Compatíveis: Ki> 1 processos magmáticos que ditarão presença ou ausência da fase
Incompatíveis: Ki <1
Holland, Heinrich D & Turekian, Karl K, 2013. Treatise on Geochemistry
Processos petrológicos e geoquímicos para formação de minério magmático

Quando se está interessado na


concentração de um elemento numa
fase fundida durante a fusão parcial
de uma assembleia mantélica
polifásica
Na prática, D pode ser uma função complexa de
O coeficiente de partição parâmetros intensivos como a fugacidade de oxigênio ou
enxofre (fO2 e fS2) e pode depender da composição da
sólido/fundido Dibulk é a combinação fase de concentração.

linear dos coeficientes individuais de No entanto, tratando D como uma constante, processos
mineral/fundido Dip ponderados pelas magmáticos individuais, como:
1. fusão; n: fases
2. Cristalização;
suas proporções na assembleia sólida 3. separação de uma fase de fundido imiscível.
Xp.
Holland, Heinrich D & Turekian, Karl K, 2013. Treatise on Geochemistry
Processos petrológicos e geoquímicos para formação de minério magmático

Embora os fundido possam ser removidos


continuamente à medida que se formam,
eles tendem a migrar grandes distâncias
através de redes de poros, reequilibrando
continuamente com suas rochas
Onde: Cimelt e Cibulk são i no
as concentrações do elemento
hospedeiras antes de serem extraídos
sistema fundido e no sistema fracionado, respectivamente, e F é
rapidamente ao longo das fraturas:
a fração de peso do sistema presente como fundido.

Por outro lado, os sólidos que precipitam dos


magmas à medida que viajam pela litosfera
tendem a se separar fisicamente dos seus
Onde: Cio é a concentração de i no fundido original e F é magmas hospedeiros, permitindo que sua
redefinido como a fração de peso do fundido restante. remoção seja tratada idealmente como
cristalização fracionada:
Holland, Heinrich D & Turekian, Karl K, 2013. Treatise on Geochemistry
Holland, Heinrich D & Turekian, Karl K, 2013. Treatise on Geochemistry
Processos petrológicos e geoquímicos para formação de minério magmático

A segregação de líquidos
sulfetados de magma silicatico
pode ser tratada, portanto:

1. como um processo em lotes ou


fracionário;

2. fator R da massa de magma silicatico


fundido sobre o sulfeto coexistente
fundido

O conceito entrincheirado do fator R dá maior ênfase ao papel crítico desempenhado


pela interação entre a abundância modal de sulfeto e as diferenças extremas nos
coeficientes de partição entre os elementos calcofilos.

Holland, Heinrich D & Turekian, Karl K, 2013. Treatise on Geochemistry


Um conjunto muito mais extenso de coeficientes de partição
empiricamente derivados está disponível no site da GERM

(http: // earthref.org/GERM/index.html/main.htm)

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