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Sequencias e Series

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Seqncias e Sries

Notas de Aula
4 Bimestre/2010
1 ano - Matemtica
Clculo Diferencial e Integral I
Prof Dr Gilcilene Sanchez de Paulo

Seq
u
encias e S
eries
Para x R, podemos em geral, obter senx, ex , lnx, arctgx e valores de outras funcoes
transcendentes utilizando uma calculadora ou uma tabela.
Um problema fundamental consiste em determinar como as calculadoras calculam esses n
umeros,
ou como se constroi uma tabela.
As series numericas infinitas (somas infinitas) podem ser usadas para obter valores funcionais
de uma certa funcao f (x), ou seja, valores aproximados para f (c), c R.
Portanto, temos que interpretar essas somas infinitas e saber o seu significado preciso. Lidar
com o infinito sempre foi um problema difcil; e os matematicos sabem disso ha mais de dois
milenios. E para que nos tenhamos uma ideia das dificuldades que podem surgir, vamos logo dar
um exemplo simples e bastante esclarecedor. Considere a soma infinita,
S = 1 1 + 1 1 + 1 1 + 1 1 + 1 1 + 1 1 + 1 1 +
Se escrevermos S = (1 1) + (1 1) + (1 1) + (1 1) + , teremos S = 0. Mas podemos
tambem escrever S = 1 (1 1) (1 1) (1 1) (1 1) e agora conclumos que S = 1.
Ainda ha uma terceira possibilidade, tao legtima como as anteriores:
S = 1 (1 1 + 1 1 + 1 1 + 1 1 + 1 1 + ) = 1 S 2S = 1 S = 1/2 .
Afinal, S = 0, S = 1 ou S = 1/2? Por que tres respostas diferentes? Claro que nao podemos
aceitar nenhuma delas em detrimento das outras.
Este exemplo aponta para a necessidade de se conceituar o que significa soma infinita. Como
veremos, essa conceituacao excluira a possibilidade de somas infinitas do tipo que acabamos de
considerar. E para chegar a essa conceituacao devemos primeiro estudar as chamadas seq
u
encias
num
ericas.

Seq
u
encias num
ericas

Definicao 1. Uma seq


uencia de n
umeros reais e uma funcao a : N R que associa a cada n
umero
natural n a um n
umero real a(n), indicado por an , o qual e chamado nesimo termo da seq
uencia.

Figura 1: Representacao grafica de uma seq


uencia numerica.
Um exemplo concreto de seq
uencia numerica e dado pela seq
uencia dos n
umeros pares positivos
(2, 4, 6, 8, 10, , 2n, ), cujo termo geral da seq
uencia e designado por an = 2n, n = 1, 2, 3, .
A seq
uencia dos n
umeros mpares positivos tambem tem uma formula simples para o termo geral,
a qual e dada por an = 2n + 1, com n = 0, 1, 2, 3, ; ou an = 2n 1 para n = 1, 2, 3, .
Mas nem sempre o termo geral de uma seq
uencia e dado por uma formula, embora, evidentemente, sempre haja uma lei de formacao bem definida que permite
determinar o termo geral

da seq
uencia. E esse o caso das aproximacoes decimais por falta de 2, que formam a seq
uencia
infinita
a1 = 1, 4; a2 = 1, 41; a3 = 1, 414; a4 = 1, 4142; a5 = 1, 41421; a6 = 1, 414213;
1

Outro exemplo e a seq


uencia dos n
umeros primos,
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 59, 61, 67,
Como se sabe, nao existe formula para o termo geral da seq
uencia dos n
umeros primos, mas
todos eles estao determinados e podem ser encontrados, por exemplo, pelo chamado crivo de
Eratostenes.
A notacao (an ) e muito usada para denotar uma seq
uencia. Tambem se escreve (a1 , a2 , a3 , ),
ou (an )nN ,ou simplesmente an . Podemos tambem usar quaisquer outras letras, como (bn ), (cn ),
(xn ), (yn ), (zn ), etc. Alguns autores costumas escrever {an } em vez de (an ), mas preferimos
reservar essa notacao entre chaves para o conjunto de valores da seq
uencia. Essa distincao e
importante, pois uma seq
uencia possui infinitos elementos, mesmo que seu conjunto de valores seja
finito. Por exemplo, a seq
uencia (+1, 1, +1, 1, +1, 1, +1, 1, ), e infinita, com elemento
(n1)
generico an = (1)
; mas o seu conjunto de valores possui apenas dois elementos , +1 e -1, de
forma que, segundo convencionamos, {an } = {1, +1}.

Exemplos
(1) Seq
uencia de termo geral an = 2n . (2, 4, 8, 16, 32, )


1 2 3 4
n
.
, , , ,
(2) Seq
uencia de termo geral an =
n+1
2 3 4 5

(1)

(2)

Figura 2: Representacao grafica das seq


uencias numericas (1) e (2).
Observamos que quando n cresce infinitamente, os termos an da seq
uencia (1) tambem crescem
infinitamente. Ao passo que os termos an da seq
uencia (2) acumulam-se proximos ao n
umero 1.

(3) Seja an =

n
P

tk , t 6= 0 e t 6= 1. Calcule o termo geral da seq


uencia (an ).

k=0

Solucao: an = 1+t+t2 + +tn . Multiplicando pelo fator t obtemos, tan = t+t2 +t3 +tn+1 .
Assim,
1 tn+1
an tan = 1 tn+1 (1 t)an = 1 tn+1 an =
.
1t
Note que an e a soma dos (n + 1) primeiros termos da P.G. 1, t, t2 , , tn , .
Para algumas seq
uencias damos o primeiro termo a1 e uma regra que permite determinar qualquer termo ak+1 a partir do termo precedente, para k 1. Isto e o que constitui uma definic
ao
por recorrencia e a seq
uencia e dita definida por recorrencia.

(4) Ache os quatro primeiros termos e o nesimo termo da seq


uencia definida por a1 = 3 e
ak+1 = 2ak para k 1.
a1 = 3 = 2 0 3
a2 = 2a1 = 2 3 = 6 = 21 3
a3 = 2a2 = 2.6 = 12 = 22 3
a4 = 2a3 = 2.12 = 24 = 23 3
Isto sugere que an = 2n1 3.
possvel provar por inducao finita que a suposicao e correta. Prove!
E

1.1

Seq
u
encias convergentes e divergentes

Algumas seq
uencias apresentam uma propriedade de que quando n cresce arbitrariamente, an
se aproxima de um n
umero real L, ou seja, a diferenca |an L| e tao pequena quanto se deseja,
desde que n seja suficientemente grande.
Definicao 2. Seja (an ) uma seq
uencia numerica e L um n
umero real. Dizemos que
(i) lim an = L > 0;
n+

N N : n > N = |an L| < .

(ii) lim an = + M > 0;

N N : n > N = an > M .

(iii) lim an = M > 0;

N N : n > N = an < M .

n+

n+

Figura 3: Representacao grafica de uma seq


uencia an que se aproxima de um n
umero real L.
Na figura 3, exibimos uma seq
uencia (an ) tal que lim an = L.
n+

Definicao 3. Se existe um n
umero real (finito) L tal que lim an = L a seq
uencia (an ) e dita
n+

convergente. Caso contrario, a seq


uencia e dita divergente.

Exemplo


n1
1 2 3
, , cujo termo geral
(5) Utilize a definicao para provar que a seq
uencia 0, , , , ,
2 3 4
n
n1
e an =
, tem limite L = 1.
n
Solucao:

Exerccio: (1) Prove utilizando a definicao de limite que a sequencia (an ) =

n
n + 12


converge

para o n
umero 1.
Solucao:

Alguns Teoremas para converg


encia de seq
u
encias
Teorema 1. a) lim rn = 0, se |r| < 1
n+

b) lim rn nao existe se |r| > 1


n+

Teorema 2 (Teorema do Confronto). Sejam (an ), (bn ) e (cn ) seq


uencias tais que lim an = L =
n+

lim cn . Se existe n1 N tal que an cn bn , para todo n > n1 , entao lim bn = L.

n+

n+

Observacao: Se suprimirmos de uma seq


uencia an um n
umero finito de seus termos, isso nao
altera em nada o carater da seq
uencia com n no infinito. Assim, se a seq
uencia original converge
para L, ou diverge, a nova seq
uencia convergira para L ou divergira, respectivamente.

Teorema 3. Seja (an ) uma seq


uencia. Se lim |an | = 0, entao lim an = 0.
n+

n+

Exerccio: (2) Utilizando a Definicao 3, os Teoremas 1, 2 e 3, verifique se sao convergentes ou


divergentes as seguintes seq
uencias:
 2

n
P
n + 2n 1
a)
b)
a
=
tk , 0 < t < 1,
n
2n2 + 5
k=0

(1)n+1
d) an =
n


i)

1.2

ln n
n

e) (1, 01)

j) (101n )


f)

5n
e2n

 n
2
c) an =
3


g)

cos2 n
3n


h) (n sen(/2n))

l) ( n n)

k) an = (1)n

Seq
u
encias Mon
otonas

Definicao 4. Dizemos que uma seq


uencia (an ) e monotona nao-decrescente (ou crescente) se, para
todos os naturais m, n tais que m < n implicar am an (ou am < an ). Se m < n implicar
am an (ou am > an ) dizemos que a seq
uencia (an ) e monotona nao-crescente (ou decrescente).
Definicao 5. Uma seq
uencia (an ) e limitada se existe um n
umero real positivo K tal que |an | K,
n N.
Teorema 4. Se (an ) e uma seq
uencia convergente entao (an ) e limitada.

Pergunta: Toda seq


uencia limitada e convergente?
Solucao: Nao. Considere a seq
uencia an = (1)n . Evidentemente, a seq
uencia e limitada, |an | 1,
n N. Entretanto, os valores desta seq
uencia alternam de 1 para 1 indefinidamente, e portanto ela nao e convergente.

Teorema 5. Se (an ) e uma seq


uencia monotona e limitada entao (an ) e convergente.
Teorema 6. a) Se (an ) e uma seq
uencia monotona cresecente (ou nao-decrescente) e ilimitada
superiormente entao lim an = +.
n+

b) Se (an ) e uma seq


uencia monotona decresecente (ou nao-crescente) e ilimitada
inferiormente entao lim an = .
n+

Exemplo

(6) A seq
uencia

5n
3n n!


e convergente.

Solucao:

Exerccio: (3) Verifique se sao convergentes ou divergentes as seguintes sequencias:


a) an =

n1
n2n

b) an = (1)n

2n
3n + 1

Lista 11: Seqncias

A) Exerccios do Guidorizzi Vol. 4 Pginas 6 - 10:


Exerccios 1.1
(1)

(2) a-b-c-d-l-m-n-o-q-s

(3)

(4) a-b

B)

an 8n 1

4n 4 1
2
2n 1
1 n
1
n

Respostas dos exerccios de nmero mpar do bloco B)

(5)

(9)

(12)

S
eries num
ericas

Definicao 6. Seja (an ) uma seq


uencia infinita. A soma infinita

an = a1 +a2 +a3 + +an + e

n=1

chamada s
erie num
erica infinita de termo geral an . Se somarmos apenas os n primeiros termos
n
P
desta serie, teremos o que chamamos de soma parcial Sn =
ak = a1 + a2 + a3 + + an .
k=1

Exemplos
(7) A seq
uencia dos n
umeros pares fornece a serie 2 + 4 + 6 + =

2n de termo geral an = 2n.

n=1

(8) A seq
uencia numerica (1, 2, 6, 24, 120, 720, ) fornece a serie 1 + 2 + 6 + 24 + 120 + 720 + =

P
n! de termo geral an = n!.
n=1


1
P
1 1
1
1
1
(9) A seq
uencia numerica 1, , , , , fornece a serie 1 + + + =
, de
2 3
n
2
3
n=1 n
1
termo geral an = , conhecida como s
erie harm
onica.
n


1 1 1 1 1
1
1 1 1
(10) A seq
uencia numerica
, , , , , ,
, fornece a serie + + + =
2 6 12 20 30
n(n + 1)
2 6 12

P
1
1
, de termo geral an =
, conhecida como s
erie telesc
opica.
n(n + 1)
n=1 n(n + 1)

Definicao 7. Dizemos que um n


umero real S e a soma da serie

P
n=1

an , ou que a serie

an

n=1

converge para S quando lim Sn = S ( o limite da seq


uencia das somas parciais (S1 , S2 , S3 , )
n+

P
P
e S). Neste caso, escrevemos S =
an . Quando lim Sn nao existe, dizemos que a serie
an
n+

n=1

n=1

diverge.

Exemplos
(11) A serie

(1)n+1 = 1 1 + 1 1 + diverge. Trata-se da serie que nos motivou a

n=1

conceituar soma infinita.


Solucao:
Seq
uencia das somas parciais:
S1 = a1 =,
S2 = a1 + a2 =,
S3 = a1 + a2 + a3 =,
S4 = a1 + a2 + a3 + a4 =,
..
.
Sn = a1 + a2 + + an =.

Limite da seq
uencia (Sn ): lim Sn =
n

(12) A serie

n = 1 + 2 + 3 + 4 + + n + diverge.

n=1

Solucao:
Seq
uencia das somas parciais:

Limite da seq
uencia (Sn ): lim Sn =
n

(13) A serie

1
P
1 1 1
1
= + + + + n + converge.
n
2 4 8
2
n=1 2

Solucao:
Seq
uencia das somas parciais:

Limite da seq
uencia (Sn ): lim Sn =
n

(11)

(12)

(13)

Figura 4: Representacao da seq


uencia (Sn ) dos exemplos (11), (12) e (13).

Exerccio
(4) Determine a serie infinita que tem a seguinte seq
uencia de somas parciais. Alem disso, verifique
se a serie
 e convergente
 ou divergente.




4n
2n
n2
b) Sn =
c) Sn =
d) (Sn = 2n )
a) Sn =
n+1
3n + 1
n+1

2.1

S
eries Geom
etricas

Uma serie geometrica e da forma a + ar + ar2 + ar3 + + arn1 + =

arn1 , com a 6= 0.

n=1

F A nesima soma parcial da serie geometrica e Sn =


De fato,

a(1 rn )
, r 6= 1.
1r

a
.
n
n
1r
n
Se |r| > 1 = lim r nao exite, e assim, lim Sn nao existe.
n
n
Se r = 1, entao Sn = na e portanto, lim Sn = lim na nao existe.
n
n
Se r = 1, entao Sn oscila e portanto, lim Sn nao existe.
Se |r| < 1 = lim rn = 0, e assim, lim Sn =

Conclus
ao
A serie geometrica converge se |r| < 1 e a sua soma e S =
A serie geometrica diverge se |r| 1.

a
.
1r

Exerccios
(5) Determine
1
a) 1 + +
2

P
d)
1

se a serie e convergente ou divergente, se convergente encontre a soma.


1 1
3 9 27 81
2 4
8
16
+ +
b) 1 + + +
+

c) 1 + +

4 8
2 4
8
16
3 9 27 81
e) 0, 3 + 0, 03 + 0, 003 + 0, 0003 +

n=1

(6) Expresse a dzima periodica 2, 358585858..... como razao de dois inteiros.

2.2

S
erie Harm
onica
A serie

1
P
e conhecida como serie harmonica.
n=1 n

O Teorema enunciado a seguir sera utilizado para provar a divergencia da serie harmonica.
Teorema 7. Se a serie

an e convergente entao, dado > 0, N N tal que |Sm Sn | < para

n=1

todo m, n > N .

F A serie harmonica e divergente.


De fato,

2.3

S
erie Telesc
opica
A serie

1
e conhecida como serie telescopica.
n=1 n(n + 1)

F A serie telescopica e convergente.


De fato,

2.4

Propriedades das s
eries

(P1) Se

P
n=1

E vale,

can = c

n=1

(P2) Se

an e

n=1

n=1

bn convergem, entao

n=1

an

n=1

an converge e
an e

P
n=1

(an bn ) tambem converge.

n=1

n=1

an .

n=1

(an bn ) =

(P4) Se

can tambem converge, c R.

n=1

n=1

E vale,

(P3) Se

an converge, entao

bn .

n=1

n=1

n=1

bn diverge, entao

bn divergem, entao

(an bn ) diverge.

(an bn ) pode divergir ou convergir.

n=1

No momento oportuno, veremos exemplos para a (P4).

10

Exemplos
(14) Justifique, utilizando
acima,

 se a serie
 as propriedades
 a seguir e convergente ou divergente.

P
P
P
1
1
1
c)
a)
b)
n
+ 2n
n
n
n
2
2
3
3
n=1
n=1
n=1

Para muitas series e dficil ou praticamente impossvel encontrar uma formula simples para
Sn . Em tais casos, sao usados alguns testes que nao nos fornecem a soma S da serie; dizem-nos
apenas se a soma existe. Isto e suficiente na maioria das aplicacoes porque, sabendo que a soma
existe, podemos aproximar o seu valor com um grau arbitrario de precisao, bastanto somar um
n
umero suficiente de termos da serie.

2.5

S
eries de termos positivos

Teorema 8. Se
entao a serie

an e uma serie de termos positivos e se existe K > 0 tal que Sn K, n N,

n=1

an converge.

n=1

Em uma serie de termos positivos, e evidente, que (Sn ) e monotona nao-decresente S1 S2


S3 Sn , pois a1 a1 + a2 a1 + a2 + a3 a1 + a2 + + an . Portanto,

P
basta verificar se a seq
uencia (Sn ) e limitada para concluir se a serie
an e convergente ou
n=1

divergente, segundo os Teoremas 5 e 6, respectivamente.

Exemplo
(15) Verifique se a serie

2.6

n1
P
converge.
n
n=1 n2

Teste da Diverg
encia

Teorema 9 (Teorema da divergencia). Se lim an 6= 0, entao a serie


n

an diverge.

n=1

De fato,

CUIDADO: lim an = 0 nao garante a convergencia da serie. (Ver serie harmonica).


n

Exemplo
(16) Prove que as series sao divergentes:
n2 + 1
P
a)
n2
n=1

b)

P
n=1

n+1

2(1)

1 2 3
n
c) + + + +
+
3 5 7
2n + 1

11

d)

P
n=1


ln


n
.
n+1

Exemplos para a (P4):

e)

n=1

2.7

1
+1
n


f)

n=1

1
1

n n+1

Teste da Integral

Teorema 10. Sejam

an uma serie de termos positivos e f uma funcao contnua, tal que

n=1

f (n) = an , n N. Entao,

Z
an converge

n=1

f (x) dx converge.
1

Exemplo
(17) Determine se a serie dada e convergente ou divergente:
a)

2.8

1
P
n=1 n

1
P
2
n=1 n

b)

c)

P
1

n
n=1

d)

en

e)

n=1

n=1 n ln n

S
erie-p

Uma serie do tipo

1
P
e denominada S
erie-p.
p
n=1 n

A serie-p converge se p > 1. Caso contrario, se p 1, a serie-p diverge.


De fato,

2.9

Teste da compara
c
ao

Teorema 11. Sejam


a) Se
b) Se

P
n=1

P
n=1

an e

bn series de termos positivos.

n=1

bn converge e an bn , n > N N, entao


bn diverge e bn an , n > N N, entao

n=1

n=1

an diverge.

n=1

12

an converge.

f)

P
n=1

nen

Exemplo
(18) Determine se a serie dada e convergente ou divergente:
sen(3n)
P
a)
2
n=1 n + 1

5n n
c)
.
2
n=1 13n n 10

17n
b)
3
n=1 5n 1

Para utilizarmos um Teste da Comparacao devemos primeiro escolher uma serie

bn ade-

n=1

quada para entao provar que an bn ou bn an para todo inteiro n maior do que algum inteiro
positivo N . Esta prova pode ser difcil se an e uma expressao complicada. O teorema seguinte e

P
um teste de comparacao mais facil de aplicar porque escolhida
bn , basta calcular o limite do
n=1

quociente an /bn quando n .


Teorema 12. Se

an e

n=1

an
= c > 0. Entao, ou
n bn

bn sao series de termos positivos e se lim

n=1

ambas as series convergem, ou ambas divergem.

Para obter uma serie

bn conveniente para ser usada na forma limite do teste da comparacao

n=1

no caso em que an e um quociente,um bom processo consiste em reter apenas os termos do numerador e do denominador que tem o maior efeito sobre a magnitude. Podemos tambem substituir

P
P
qualquer fator constante c por 1, pois
bn e
cbn sao ambas convergentes ou divergentes.
n=1

an

n=1

termos de maior magnitude escolha de bn

3n + 1
+ n2 2

3n
3
= 2
3
4n
4n

4n3

n2 + 4
6n2 n 1

1
n2

n2
1
= 4/3
2
6n
6n

1
n4/3

Tabela 1: Ilustracao para escolha de bn .

Exemplo
(19) Determine se as series seguintes convergem ou divergem:
a)

2.10

1
n
n=1 2 + 5

b)

P
n=1

3
n1

c)

3
n2 + 1
n=1

d)

3n2 + 5n
P
n
2
n=1 2 (n + 1)

S
eries Alternadas

Uma serie infinita e denominada s


erie alternada quando seus termos sao alternadamente

P
positivos e negativos. Isto e,
(1)n1 an = a1 a2 + a3 a4 + + (1)n1 an + ou

n=1
n

(1) an = a1 + a2 a3 + a4 + (1)n an + .

n=1

13

Teorema 13 (Teste de Leibniz). Em uma serie alternada,


Se an an+1 e lim an = 0, entao a serie e convergente.
n

F Conseq
u
encia: Em uma serie alternada, se an an+1 e lim an = c > 0, entao a serie e
n
divergente.

Exemplo
(20) Determine se as seguintes series alternadas convergem ou divergem:
a)

(1)n1

n=1

2.11

2n
4n2 3

b)

(1)n1

n=1

2n
4n 3

c)

(1)n

n=1

n+2
n(n + 1)

d)

(1)n
P
n
n=1

Converg
encia Absoluta e Converg
encia Condicional

Definicao 8. Uma serie infinita

an e dita absolutamente convergente se a serie

n=1

vergente

Exemplo
(21) Verifique se a serie

(1)n

n=1

Teorema 14. Se

|an | e con-

n=1

1
e absolutamente convergente.
n2

an e absolutamente convergente entao

n=1

an e convergente.

n=1

Exemplo
(22) Verifique se a serie

sen(n)
P
converge.
n2
n=1

Definicao 9. Uma serie infinita


mas

an e dita condicionalmente convergente se a serie e convergente,

n=1

|an | e divergente.

n=1

Exemplo
(23) Verifique que a serie alternada

(1)n1

n=1

1)
e condicionalmente convergente.
n

Exerccios
(7) Determine se a serie e absolutamente convergente, condicionalmente convergente ou divergente.
(

cos(n/6))

P
P
P
P
1)
1)
n 2 1/n))
a)
(1)n1
c)
d)
(1)
b)
(1)n1
ln(n + 1)
n2
n!
2n + 1
n=1
n=1
n=1
n=1

14

2.12

Teste da Raz
ao

P
Teorema 15 (Criterio DAlembert). Seja
an uma serie de termos nao nulos.
n=1


an+1
= L.
Seja lim
n
an
(a) Se L < 1 entao a serie e absolutamente convergente.
(b) Se L > 1 ou L = + entao a serie diverge.
(c) Se L = 1 nada se pode concluir.

Exemplo
(24) Use o teste da razao e determine se a serie e absolutamente convergente, condicionalmente
convergente, divergente ou se o teste e inconclusivo.
1
1

n!

P
P
P
P
P
n
n+1 n!
b)
a)
c)
(1)
d)
e)
(1)n+1
2
2
n
n
2n 1
n=1 n
n=1 n!
n=1
n=1 2
n=1

2.13

Teste de Raz

Teorema 16 (Criterio de Cauchy). Seja


p
Seja lim n |an | = L.

an uma serie de termos nao nulos.

n=1

(a) Se L < 1 entao a serie e absolutamente convergente.


(b) Se L > 1 ou L = + entao a serie diverge.
(c) Se L = 1 nada se pode concluir.

Exemplo
p
(25) Ache lim n |an | e use o teste da raz para determinar se a serie converge, divergente ou se o
n
teste e inconclusivo.
2n
[ln(n)]n

P
P
P
(1)n
b)
c)
a)
n
2
n/2
n=1 n
n=1 n
n=1 [ln(n + 1)]

15

TESTE

SERIE

Termo Geral

an

CONVERGENCIA

ou DIVERGENCIA

COMENTARIOS

Diverge se lim an 6= 0

Inconclusivo

n=1

se lim an = 0.
Serie Geometrica

ar

n1

n=1
1
P
p
n=1 n

Serie-p

an ,

n=1

a
se |r| < 1.
Converge para s =
1r
Diverge se |r| 1
Converge se p > 1

bn

Diverge se p 1

P
P
(i) Se
bn converge, entao
an

n=1

n=1

Comparacao

n=1

converge.
an , bn > 0, an bn

(ii) Se

an diverge, entao

n=1

para testes de
Util
comparacao.
para testes de
Util
comparacao.
A serie de comparacao

bn e, em geral, serie

n=1

bn

geometrica ou serie-p.

n=1

diverge.
Comparacao

an ,

n=1

por Limite

Series Alternadas

bn

n=1

an , bn > 0

(1)n an

an
=k>0
bn
(i) as duas series sao ambas
convergentes ou divergentes.
Se lim

Absolutamente

an > 0

an

n=1

Aplicavel somente

e se an an+1 n.

as series alternadas.

Se

|an | converge

n=1

Convergente

apenas os termos de an
que tem maior efeito
sobre a magnitude.

Converge se lim an = 0

n=1

(Leibniz)

Para achar bn considere

entao

an converge.

para series que


Util
tem termos positivos

n=1

e termos negativos.
Razao

an

n=1

(DAlembert)
Raz

an

n=1

(Cauchy)
Integral

an

n=1

an = f (n)



an+1
= L (ou ) a Serie
Se lim
n
an
(i) Converge (absolutamente) se L < 1.
(ii) Diverge se L > 1 (ou ).
(iii) Inconclusivo se L = 1.
p
Se lim n |an | = L (ou ) a Serie
n

se an envolve
Util
fatoriais ou
potencias de grau n.
se an envolve
Util

(i) Converge (absolutamente) se L < 1. potencias de grau n.


(ii) Diverge se L > 1 (ou ).
(iii) Inconclusivo se L = 1.
R
(i) Converge se 1 f (x)dx converge.
f (x) obtida de f (n)
R
(ii) Diverge se 1 f (x)dx diverge.
deve ser: positiva;
contnua e decrescente
x 1.

16

Lista 12: S
eries
(A) Determine se cada uma das series abaixo e convergente ou divergente:

n=1

2n1

1.

cos( 3 ) + 2
P
2
3.
3n
n=1

1
2.
n=1 n + 4

1
P
4.
n=1 4n

5.

n=1

1
1
+ n
4n 4

n3
P
9.
n=1 n!

1
P

8.
n
n=1

4
7.
n
n=1 3 + 1

1
10.
2
1/3
n=1 (n + 2)

n+2
11.
(1)
n(n + 1)
n=1

cos( 1 n)
P
3
13.
n2
n=1

14.

16.

P
n=1

1
n2 + 1

1
P
6.
n=1 n!

(1)n+1

n=1

n
2n

3n2 + 5n
P
17.
n 2
n=1 2 (n + 1)

12.

(1)n+1

n=1

15.

(1)n

n=1

18.

2
3n

en
n!

n
n=1 ln(n + 1)

(B) Determine se a serie dada e absolutamente convergente, condicionalmente


convergente ou divergente.
1.

n
n+1 2

(1)

n=1

3.

(1)n

n=1

n!
n2 + 1
n3

n2
P
2.
n=1 n!

4.

(1)n+1

n=1

1
n(ln n)2

(C) Calcule s1 , s2 , s3 e sn e depois calcule a soma da serie, caso seja convergente.

2
1.

n=1 (2n + 5)(2n + 3)

n
3.
ln
n+1
n=1

2.

4.

1
2
n=1 4n 1

P
n=1

17

n+1+ n

(D) Use o teste de divergencia para determinar se a serie diverge, ou se e necessaria uma investigacao adicional.
1.

3n
n=1 5n 1

1
4.
n
n=1 e + 1

5.

P
1

n
e
n=1

8.

7.

1
n
n=1 1 + (0, 3)

2.


ln

n=1

3.

n=1

2n
1
+ n
7n 5 4

n2

1
+3

n
n=1 ln(n + 1)

6.

n sen(1/n)

n=1

(E) Utilize series conhecidas, convergentes ou divergentes, juntamente com as propriedades de


series (P1)-(P4) para determinar se a serie e convergente ou divergente. No caso de convergencia,
determine a soma.
 n  n 

P
P
1
3
1.
+
2.
(2n 23n )
4
4
n=3
n=1
3.

P
n=1

1
1
+
n
8
n(n + 1)

 n  n 
3
2
4.
+
2
3
n=1

(F) Use o teste da integral para determinar se a serie converge ou diverge.


1.

1
2
n=1 (3 + 2n)

2.

n2 en

3.

n=1

1
2
n=2 n(ln n)

4.

P
n=1

n2

n
+1

(G) Use o teste basico de comparacao (Teorema 11) para determinar se a serie converge ou diverge.

n
2.
2
n=1 n + 1

1
1.
4
2
n=1 n + n + 1

3.

P
1
n
n=1 n3

4.

2 + cos n
P
n2
n=1

(H) Use a forma limite do teste da comparacao (Teorema 12) para determinar se a serie converge
ou diverge.

n
1.
n=1 n + 4

2.

n
n=1 3 +

3.

4n3 5n
n=2

18

4.

P
8n2 7
n
2
n=1 e (n + 1)



an+1
e use o teste da razao para determinar se a serie converge, diverge ou
(I) Determine lim
n
an
se o teste e inconclusivo.

n10 + 10

P
P
P
P
3n + 1
2n1
3n
p
4.
3.
1.
2.
2
2n
n!
5n (n + 1)
n=1
n=1
n=1
n=1 n + 4

(J) Determine lim n an e use o teste da raz para determinar se a serie converge, diverge ou se o
n
teste e inconclusivo.
1.

1
P
n
n=1 n

2.

(ln n)n
P
n/2
n=1 n

3.

2n
P
2
n=1 n

4.

n
P
n
n=1 3

(K) Determine se as series alternadas seguintes convergem ou divergem.


1.

(1)n1

n=1

4.

(1)n

n=1

1
2
n +7

2.

(1)n1 n5n

3.

n=1

(1)n (1 + en )

n=1

e2n + 1
e2n

(L) Determine se a serie e absolutamente convergente, condicionalmente convergente ou divergente.


1.

(1)n1

n=1

4.

(1)n

n=1

1
2n + 1

2.

cos( n )
P
6
2
n
n=1

21/n
n!

19

3.

1
P
(2n 1)
sen
2
n=1 n

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