Aguardente de Laranja - Estudo Da Viabilidade de Produção
Aguardente de Laranja - Estudo Da Viabilidade de Produção
Aguardente de Laranja - Estudo Da Viabilidade de Produção
Aluno do IET/UNIBH;
Professora do IET/UNIBH
Instituto de Engenharia e Tecnologia Centro Universitrio de Belo Horizonte
Endereo UNIBH, Av. Professor Mrio Werneck, 1685, Estoril, CEP 30.455-610, MG,
e-mail: barbara1806@hotmail.com
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RESUMO - A produo de aguardente determinada pela sazonalidade da colheita da cana-deacar, pois na entressafra, a produtividade da destilaria reduz-se drasticamente e a planta opera
abaixo de sua capacidade nominal. Porm, se fosse possvel utilizar outra matria-prima, cuja safra
seja garantida durante todo o ano, esse problema seria resolvido. Nessa linha, investigou-se o
desenvolvimento da fabricao de destilado do Citrus aurantium lumia, atravs do processo
fermentativo do suco natural da laranja e da adio do agente fermentador da
espcie Saccharomyces cerevisiae. Aps a fermentao, inicia-se o processo de destilao do vinho
com a separao estequiomtrica de trs fases do destilado: cabea, corao e calda. Para obter-se
dados analticos suficientes para produo em grande escala, foram realizados testes pilotos,
avaliando-se o grau brix, o teor de acidez, a temperatura ideal para fermentao e destilao, bem
como a higienizao do alambique e demais materiais utilizados, para assegurar a integridade da
fabricao. Alm disso, foram realizados testes de controle de qualidade avaliando teores de
compostos orgnicos, grau alcolico e outros elementos que podem influenciar, de alguma forma, o
produto final. Nos primeiros ensaios realizados com a laranja da espcie Serra dgua, o grau
alcolico do produto foi insuficiente para ser classificado como aguardente. Realizou-se ento,
novos ensaios e foi possvel obter um destilado de teor alcolico de 44GL, com aparncia lmpida
e incolor, aroma ctrico com a particularidade do destilado convencional, podendo ser considerada
aguardente de acordo com as normas do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento.
Palavras chave: mosto, fermentao, destilao, aguardente.
INTRODUO
Qualquer fruta que contenha nveis
razoveis de acar pode ser usada para
produzir uma boa aguardente, sendo que esta
ter sabores caractersticos da fruta utilizada
como matria-prima (CORAZZA et al., 2000).
MATERIAL E MTODOS
Matria-Prima
A Laranja Serra dgua (Citrus
aurantium lumia) foi principal matria-prima
utilizada neste trabalho. Elas foram adquiridas
na Central Empresa de Abastecimento de
Minas Gerais S/A (Ceasa/Minas) localizada no
municpio de Contagem, em Minas Gerais.
Recepo e Seleo
As
frutas
adquiridas
foram
transportadas at a Planta Piloto do UNI-BH
(Campus Estoril), onde foram selecionadas
para utilizao apenas as laranjas que se
encontravam em bom estado de conservao.
Posteriormente, a matria prima foi pesada,
lavada, cortada, com auxlio de uma
centrfuga, retirou-se o suco. Devido uma
grande quantidade de partculas provenientes
do bagao da laranja, foi necessria uma
filtragem em uma peneira fina.
Teste Piloto
Para obter dados analticos suficientes
para produo em grande escala, foram
realizados testes pilotos, para assegurar a
integridade da fabricao, os efeitos dos erros,
das respostas, da falta de respostas e das
diferenas nos diversos tipos de amostragem.
Piloto 01
Aos 26 dias do ms de agosto de 2013,
foi realizado um piloto, a fim de testar a
viabilidade de produo em grande escala.
O suco utilizado foi extrado de 55
laranjas, com rendimento de 2000 mL,
separados em um bquer. O rendimento foi
baixo devido a alguns frutos estarem secos e
outros com pouco suco a ser extrado. Em
seguida com o auxlio do refratmetro foi
medido o Brix e adicionado ao suco 22g de
fermento inoculo, posteriormente feita a
correo do Brix com 170g de sacarose.
Piloto 02
O segundo teste piloto foi realizado aos
09 dias do ms de setembro de 2013, com o
intuito de se ter um maior volume de mosto
fermentado.
O suco a ser utilizado na fermentao
foi extrado de 120 laranjas, com rendimento
Brix aps
correo
22,0
Acar - 170g
18,0
90,0
260,0
Soluo - 2500mL
Soluo - 3000mL
14,0
16,0
2000
10,8
38 - 48
45
44
mg/100mL
360
276
350
mg/100mL
mg/100mL
mg/100mL
mg/100mL
mg/100mL
200
-
44
80
152
11
11
33
118
200
23
23
mg/100mL
200 - 650
299
397
mg/1000mL
4,8
500
Back Signal
Corao 2
Name
450
alcool iso-amilico
4
alcool isobutilico
400
350
pA
300
250
alcool n-propilico
12
de etila
acetato
acetaldeido
200
150
100
50
0
0
10
11
12
13
Minutes
o
desenvolvimento um novo produto no
mercado, preciso conhecer sua aceitao
comercial. Com isso posteriormente ser
necessrio uma anlise sensorial para
responder a trs importantes questes
determinsticas para o sucesso de um novo
produto: descritiva, que revela quais
caractersticas sensoriais so percebidas pelos
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