Apostila Historia 1 Ano 3 Bimestre Professor
Apostila Historia 1 Ano 3 Bimestre Professor
Apostila Historia 1 Ano 3 Bimestre Professor
Professor
Caderno de Atividades
Pedaggicas de
Aprendizagem
Autorregulada - 03
1 Srie | 3 Bimestre
Disciplina
Curso
Bimestre
Srie
Histria
Ensino Mdio
Habilidades Associadas
1. Caracterizar o processo de Expanso Martima.
2. Compreender a diversidade poltica e cultural da frica.
3. Discutir os conceitos de dispora e trfico de escravos.
Apresentao
Caro Tutor,
Neste caderno, voc encontrar atividades diretamente relacionadas a algumas
habilidades e competncias do 3 Bimestre do Currculo Mnimo de Histria da 1 Srie
do Ensino Mdio. Estas atividades correspondem aos estudos durante o perodo de um
ms.
A nossa proposta que voc atue como tutor na realizao destas atividades
com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as
trocas de conhecimentos, reflexes, dvidas e questionamentos que venham a surgir no
percurso. Esta uma tima oportunidade para voc estimular o desenvolvimento da
disciplina e independncia indispensveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de
nossos alunos no mundo do conhecimento do sculo XXI.
Neste Caderno de Atividades, vamos tratar primeiramente da chamada Expanso
Martima, processo que resultou na ocupao e dominao, pelos europeus, de
territrios e povos fora da Europa, mais especificamente na frica e na Amrica, esta
ltima totalmente desconhecida por eles at o sculo XV. Em seguida falaremos mais
especificamente sobre esses lugares e povos, comeando pela frica e, depois, a
Amrica. Tentaremos compreender, aqui, os interesses polticos e econmicos dos
europeus na frica e na Amrica, mas tambm as especificidades dos povos que
habitavam as localidades antes da dominao europeia.
Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas
relaes diretas com todos os materiais que esto disponibilizados em nosso portal
eletrnico Conexo Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedaggico para o
Professor Tutor.
Este documento apresenta 03 (trs) aulas. As aulas podem ser compostas por
uma explicao base, para que voc seja capaz de compreender as principais ideias
relacionadas s habilidades e competncias principais do bimestre em questo, e
atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As
Atividades so referentes a um tempo de aula. Para reforar a aprendizagem, propese, ainda, uma avaliao e uma pesquisa sobre o assunto.
Um abrao e bom trabalho!
Equipe de Elaborao
Sumrio
Introduo............................................................................................................3
Objetivos Gerais ................................................................................................... 5
Materiais de Apoio Pedaggico........................................................................... 5
Orientao Didtico-Pedaggica ......................................................................... 6
Aula 1: Expanso Martima .................................................................................. 7
Aula 2: frica ...................................................................................................... 14
Aula 3: Amrica .................................................................................................. 22
Avaliao ............................................................................................................ 30
Pesquisa.............................................................................................................. 33
Referncias ......................................................................................................... 34
Objetivos Gerais
No portal eletrnico Conexo Professor, possvel encontrar alguns materiais que podem
auxili-los. Voc pode acessar os materiais listados abaixo atravs do link:
http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/cm_materia_periodo.asp?M=10&P=6A
Pedaggicas do CM
Orientao Didtico-Pedaggica
Caro aluno, provavelmente voc j ouviu uma frase que diz assim: Quem
descobriu o Brasil foi Pedro lvares Cabral. No verdade? Mas j se perguntou o
que significa isso? O que, afinal, o tal Pedro lvares Cabral estava procurando por aqui?
Essas so perguntas frequentes que s podem ser respondidas se entendermos,
antes de tudo, o contexto histrico que possibilitou a chegada de Cabral e muitos
europeus na Amrica, chamada de Expanso Martima. Mas importante que se diga de
antemo, que no foi apenas a Amrica que recebeu a presena de europeus em seu
territrio. Parte da frica tambm foi descoberta pelos europeus na mesma poca em
que a Amrica. Vamos entender melhor como isso tudo aconteceu?
No sculo XV, uma das atividades mais lucrativas na Europa era o comrcio de
especiarias. Voc sabe, caro aluno, o que so as especiarias? So temperos, tais como
cravo, canela, curry, gengibre, pimentas variadas e etc.
Naquela poca, os alimentos eram extremamente
sem gosto, pois o sal e, principalmente, o acar,
eram coisas pouco difundidas e caras. As especiarias
deixavam as comidas mais gostosas e serviam
tambm como remdios naturais, alm de ajudarem a
conservar alimentos. (Lembre-se que no existia
geladeira no sculo XV! A pimenta era usada na
conservao de carnes, por exemplo).
Assim, havia o interesse dos europeus na busca por uma nova maneira de
alcanar o Oriente sem precisar passar pelo Mar Mediterrneo, dominado pelos
italianos. Essa necessidade s aumentou quando, em 1453, a cidade de Constantinopla
foi tomada pelos turcos-otomanos que passam a controlar a circulao de navios pelo
Mar Mediterrneo, praticamente inviabilizando o comrcio por este mar.
Os principais pases que participaram da busca por novas rotas de comrcio
foram: Portugal, Espanha, Frana, Holanda e Inglaterra. Sem dvida, foi esse o evento
que permitiu a integrao de novas reas at ento desconhecidas pelos europeus,
como o centro-sul da frica e as Amricas, ao sistema econmico da Europa. Podemos
dizer que o marco inicial da expanso martima se deu em 1415 com a conquista de
Ceuta (ao Norte da frica) pelos portugueses, pioneiros nesse processo. O fato de
Portugal, seguido da Espanha, ter sido o primeiro pas a se lanar na aventura de
explorar mares nunca antes navegados se d por diversos motivos. Entre eles, a
experincia prvia dos portugueses em tcnicas de navegao, muito necessrias para a
empreitada; e a formao, em Portugal, de um Estado Moderno centralizado, cuja
monarquia apoia politicamente a busca por novas rotas comerciais e novos territrios,
com financiamento da burguesia enriquecida.
O alcance de novas rotas de comrcio foi um dos principais motivos que
impulsionou as grandes navegaes. No entanto, existiam outras motivaes: a
necessidade de novos mercados, a esperana de achar metais preciosos e a
oportunidade de propagao da f crist a outros povos.
importante compreendermos que as Grandes Navegaes alm de serem
extremamente caras, demandavam tambm muita coragem daqueles que se lanavam
ao mar. Isso porque no sculo XV ainda imperava a ideia de que a Terra era plana e que
durante a viagem os navios poderiam encontrar o fim do mundo. Alm disso, havia o
temor de que os oceanos eram habitados por seres fantsticos, sereias e monstros
horripilantes que a qualquer momento podiam engolir os navios ou coisa pior.
O medo do mar.
Disponvel em: http://www.escola.sed.sc.gov.br/eebsaojosehervaldoeste/
BARTOLOMEU DIAS
Em 1487, o portugus Bartolomeu Dias conseguiu
contornar a frica e dobrou o antigo Cabo das
Tormentas, rebatizado de Cabo da Boa
Esperana. Ele chega, assim, ao Oceano ndico, a
partir do Atlntico.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bartolomeu_Dias
VASCO DA GAMA
CRISTVO COLOMBO
Apesar de italiano, Cristovo Colombo conseguiu
que a Espanha financiasse sua arriscada viagem.
Acreditando que a Terra redonda, Colombo
decidiu dar a volta ao mundo e chegar no Oriente
pelo Oceano Pacfico. O que ele no contava era
com a existncia de terras desconhecidas no
meio do caminho a Amrica. Na verdade,
quando chegou nessas terras, em 1492, ele
acreditava que havia ancorado na ndia e, por
isso, chamou os habitantes de ndios.
http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/9.8.htm
10
http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/9.8.htm
11
Atividade Comentada 1
1. Observe os mapas abaixo e responda a questo a seguir:
12
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Aula 2: frica
Caro aluno, qual a primeira coisa que voc pensa quando ouve falar sobre
frica? O mais provvel voc lembre de filmes com animais correndo pela savana ou
morando em florestas. Ou, talvez, voc pense em pessoas vivendo em tribos e se
recorde de cenas de pobreza, fome, doenas e guerras. Infelizmente, essa ainda a
imagem mais recorrente sobre a frica nos livros e, principalmente, nos meios de
comunicao, especialmente a televiso. Mas ser que essa viso a nica possvel
para a frica? Ser que podemos reduzir a frica s doenas, guerras e fome?
Para comear, voc sabia que a frica um continente? Muita gente ainda acha
que a frica um pas. Observe o mapa abaixo ento:
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Deserto no Marrocos
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Marrocos e Arglia, sofreu grande influncia dos rabes que comercializavam com
africanos desde a antiguidade.
Tribo Samburu
Crianas na escola
Disponvel em: http://cdcc.sc.usp.br/ciencia/artigos/art_27/africa.html e
http://noticias.uol.com.br/album/2013/07/18/nelson-mandela-completa-95-anos-com-homenagenspelo-mundo.htm#fotoNav=9
16
religies de origem africana, chamadas tradicionais (entre elas o culto dos orixs), mas
tambm religies que entraram na frica atravs do contato entre outros povos,
principalmente o islamismo, difundido na frica a partir do sculo VII e o cristianismo,
presente no continente desde pelo menos o sculo IV, primeiramente na Etipia.
No
continente
africano
so
conhecidas mais de 1000 lnguas
nativas (ou seja, originrias da frica).
Essas lnguas esto divididas em
quatro famlias: afro-asiticas, lnguas
Khoisan, ngero congolesas e nilosaarianas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_da_%C3%81frica
17
http://www.portaldarte.com.br/arteafricana.htm
18
Vale a pena, caro aluno, esclarecer que os africanos tiveram participao ativa na
experincia do trfico. Isso quer dizer que era comum que os prprios africanos,
especialmente os chefes de estado, reis e lderes locais ajudassem os europeus na
captura de escravos. A venda de escravos muitas vezes atendia a interesses diretos dos
chefes africanos, que poderiam dessa forma conseguir armas, por exemplo. No
demais lembrar que, na maioria das vezes, os que eram vendidos pelos africanos para os
europeus, na maior parte das vezes, eram inimigos capturados em guerra.
http://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov.br/modules/galeria/fotos.php?evento=3&start=100
19
Atividade Comentada 2
20
c)
Aula 3: Amrica
22
Tupis
Carabas
Aruaque
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tupis, http://pt.wikipedia.org/wiki/Cara%C3%ADba,
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aruaques
23
http://noticias.uol.com.br/album/110429moradias_album.htm
Mas ser, caro aluno, que dos 100 milhes de habitantes das Amricas, todos
eles viviam de maneira semelhante aos indgenas da regio do atual Brasil? Pode ter
certeza que no. Na verdade, os grupos que viviam muito distantes nem sequer sabia
uns da existncia dos outros e viviam de formas bem variadas. Voc j ouviu falar, por
exemplo, dos Astecas, Maias e Incas? Esses grupos eram bem diferentes dos ndios do
Brasil e tambm diferentes entre si. Vamos conhec-los um pouco melhor?
Localizao
geogrfica
das
principais civilizaes existentes
na Amrica at o sculo XVI
http://ilhadeatlantida.tripod.com/civilizacoes/maiaspg.html e
http://www.historiadomundo.com.br/inca/mapa-do-imperio-inca.htm
24
agricultura
http://resistenciaindigena.webnode.com.br/os-imperios-/asteca/
Assim como os astecas, os Incas formaram uma grande civilizao, com poder
centralizado e sociedade hierarquizada. O Imprio Inca existiu na regio onde hoje
esto Equador, Peru, Bolvia, norte do Chile e noroeste da Argentina e sua principal
cidade era Cuzco, no atual Peru. Para construir o Imprio, os Incas subjugaram
militarmente diversos outros povos que habitavam a regio da Cordilheira dos Andes.
O Imperador, chamado de Sapa Inca, era considerado um Deus, o Deus Sol e todos os
habitantes do Imprio deviam pagar tributos a ele. A principal atividade econmica
inca era a agricultura. Estima-se que eles cultivavam cerca de setecentas espcies
vegetais, entre eles as batatas, o milho, pimentas, algodo, tomates, amendoim,
mandioca, e um gro conhecido como quinua, considerado o cereal sagrado dos incas.
Utilizavam tcnicas avanadas de irrigao nas colheitas, que eram realizadas em
terraos e tambm eram competentes na distribuio dos produtos, a partir de
estradas e trilhas.
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Diferentemente dos Astecas e dos Incas, os Maias, que ocupavam a regio das
atuais Guatemala, Honduras e sul do Mxico, no se caracterizaram pela organizao
poltica centralizada. A sociedade maia era organizada em cidades-estado autnomas,
ou seja, que tinham sua prpria organizao e seu prprio chefe. As cidades mais
poderosas, como Mayapan e Uxmal, controlavam as menores, o que muitas vezes
acarretava em conflito entre elas. Esses conflitos causaram o enfraquecimento da
civilizao maia, como ocorreu no sculo XV.
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Atividade Comentada 3
(...)
De toda nossa terra, restaram agora para nossa sobrevivncia fsica e cultural cerca de 10%. Quase 90%
ficaram para os descendentes daqueles nossos algozes; e ainda dizem que muita terra para poucos
ndios.
(...)
Temos esperana e f no amanh
Esperana e f que nossos direitos sero efetivados
Que o Congresso Nacional trate os ndios com respeito.
(...)
Dignidade para ns ter garantido nossas terras para a sobrevivncia fsica e cultural das nossas
presente e futura geraes.
O reconhecimento de nossos direitos individuais e coletivos.
O direito de continuarmos sendo ndios, brasileiros, humanos.
(Depoimento de Vilmar Martins Moura Guarany, Indgena da Etnia Guarani)
Disponvel em: http://www.conjur.com.br/2012-nov-27/vilmar-guarany-indigenas-somos-consideradosintrusos-nossas-terras
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c)
Que sejam tratados com dignidade, que o Congresso Nacional os trate com respeito
e que tenham seus direitos conquistados.
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Avaliao
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4) Observe as imagens:
http://veja.abril.com.br/saladeaula/100805/p_04.html e
http://www.knowingafrica.com/newsite/index.php/know-your-africa/african-history
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Pesquisa
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Referncias
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Equipe de Elaborao
COORDENADORES DO PROJETO
Diretoria de Articulao Curricular
Adriana Tavares Maurcio Lessa
Coordenao de reas do Conhecimento
Bianca Neuberger Leda
Raquel Costa da Silva Nascimento
Fabiano Farias de Souza
Peterson Soares da Silva
Marlia Silva
PROFESSORES ELABORADORES
Daniel de Oliveira Gomes
Danielle Cristina Barreto
Erica Patricia Di Carlantonio Teixeira
Renata Figueiredo Moraes
Sabrina Machado Campos
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