Umbanda Sem Medo I - Claudio Zeus
Umbanda Sem Medo I - Claudio Zeus
Umbanda Sem Medo I - Claudio Zeus
SUMRIO
AGRADECIMENTOS
O QUE UMBANDA
REENCARNAO
10
OS ESPRITOS E OS ENCARNADOS
15
EGRGORA
25
OBSESSES E OBSESSORES
33
PRTICAS E RITUAIS
40
56
AGRADECIMENTOS SINCEROS
A todos os amigos do Plano Espiritual que me incentivaram e convenceram de que
aquilo que se aprende deve ser semeado, ainda que nem sempre seja logo
compreendido por todos.
A todos os que tiverem acesso a essa obra e consigam aprender com ela algo que lhes
permita melhor compreenso dos verdadeiros objetivos dessa to querida e, ao mesmo
tempo, to pouco compreendida UMBANDA.
A todos os que tiverem acesso a essa obra e dela no faam segredo, mas ao
contrrio, ajudem a difundi-la, bem assim como os ensinamentos aqui contidos.
A todos os que, estando "abertos" para novos ensinamentos, lutem, como eu, por uma
sociedade menos hipcrita e mais voltada aos ensinamentos que realmente
engrandecem o Ser Humano diante do Ser Maior.
A todos os que se ativerem aos ensinamentos aqui contidos e, ainda que deles
discordem a princpio, tenham sabedoria suficiente para analis-los luz da coerncia
e da lgica, sem os preconceitos formatados em muitas crendices que se tornaram
"verdades", muito mais pela prtica usual do que por conterem bases slidas.
A todo e qualquer irmo Kardecista ou dos Cultos Afro que, porventura, tenham acesso
leitura dessa obra e que compreendam no serem as citaes aqui encontradas
sinais de crticas destrutivas, ou sequer comentrios pejorativos para aqueles que
utilizam seus conhecimentos com honestidade, fins evolutivos e socorro espiritual
aos mais necessitados.
No nosso entender, TODOS os cultos e doutrinas que envolvam o contato com seres
espirituais devem sempre se respeitar entre si, pois de s conscincia, todos sabemos
que NINGUM dono da VERDADE ABSOLUTA e principalmente, NINGUM TEM O
CONHECIMENTO ABSOLUTO sobre o mundo espiritual que "nos cerca".
Dessa forma, muito mais importante - principalmente nesses tempos em que toda
forma de espiritismo vem sendo atacada frontalmente por certos "pseudo-enviados" -
que haja compreenso e colaborao entre ns, no querendo dizer com isso que
devamos ser condescendentes com aqueles que usam os espritos, os elementais e as
energias que nos cercam, de forma a obter para si as vantagens sem se preocuparem
com possveis danos impostos aos de menor conhecimento, pois isso deve ser
considerado hediondo por todo e qualquer honesto e real defensor de suas crenas.
Todos ns temos o dever e at a obrigao de buscar as verdades de nosso culto ou
doutrina e, na medida do possvel, mostr-las para que as pessoas que deles
necessitarem possam encontrar um porto seguro embasado nesses conhecimentos e
na honestidade de seus divulgadores.
Todos ns temos o dever e at a obrigao de orientar aqueles que nos procuram a fim
de evitar que caiam nas mos dos aproveitadores, dos ignorantes cegos guias de
cegos, os mesmos que mais cedo ou mais tarde vo sair se lamentando para outras
prticas religiosas, inclusive pondo a culpa de suas derrotas nos "diabos" que chamam
para junto de si pelas atitudes incorretas, cultuam-nos por anos e anos achando-se
"muito poderosos" e, posteriormente, se dizem iludidos por aqueles a quem sempre
tentaram iludir.
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revelaria tambm um dos principais atributos que o homem deveria estar lutando por
alcanar: a sabedoria.
A sabedoria daqueles que muito viveram e por isto, muito tm a ensinar.
Observemos que, no caso dos espritos que se apresentam como crianas, no h
aluso raa ou cor (na verdade, em se tratando de espritos, esta distino realmente
no existe), mas no caso de caboclos (ndios) e pretos velhos (negros), as
caracterizaes envolvem distino de raa. Por que isso?
Na verdade, a Umbanda verdadeira nasceu entre os humildes, e os planos de seus
organizadores visavam homenagear essas duas raas ou grupos tnicos, que foram e
so at hoje to discriminadas, sofrendo tantas perseguies.
Uma forma tambm de mostrar ao civilizados brancos que, fossem ndios, pretos,
amarelos, verdes ou de qualquer outro tipo, todos, indiscriminadamente, eram e so
seres da criao, e portanto, aps o desencarne, as classes sociais, as cores de pele e
o possvel poderio econmico deixam de existir, e as lies que o esprito tem de
aprender esto muito mais relacionadas ao amor, ao desprendimento e sabedoria.
O que um bom vidente poder enxergar (se lhe for permitido) que, no raramente,
sentado ali no toco, com ares de um humilde velhinho, no est apenas um ex-escravo,
mas, certamente, um grande sbio (preto, branco, marrom, etc.) exercitando uma
caracterstica que somente os iluminados alcanaram em sua plenitude: a humildade.
Mas a voc pensa: Por que ento toda essa palhaada?
Preste ateno!
Quando o COMANDO SUPERIOR (nome que daremos temporariamente ao Conselho
Espiritual que estabeleceu as normas da Umbanda) decidiu por essas caracterizaes,
visava:
a) Representar as trs fases por que passa o ser encarnado durante sua estada na
matria.
b) Demonstrar que crianas no fazem distino de cor, raa ou qualquer outra,
superestimando umas e subestimando outras. So espritos desprovidos de
discriminaes, por serem os mais puros (ingnuos) ou mesmo porque esqueceram-se
deste preconceito daninho, por ocasio da reencarnao (Graas a Deus!).
c) Mostrar queles (dentre os quais eu mesmo) que hoje se vestem com uma matria
de cor clara que, mesmo perseguidos, expulsos de sua terras e escravizados, ndios e
negros tambm so seres da criao e, como tal, devem ser respeitados porque todos,
mesmo os menos civilizados (no entender dos brancos), tm muito para aprender e
ensinar.
d) Mostrar que, por ser a UMBANDA um movimento espiritual brasileiro, envolveu em
suas caracterizaes grupos tnicos que passaram por grandes sofrimentos aqui
nessas terras.
e) Mostrar que o homem evolui verdadeiramente quando vivencia, em todo o seu
potencial, cada uma das trs etapas de sua vida e chega idade madura dono de seus
pensamentos e atos, conseguindo alcanar a verdadeira sabedoria, o que envolve
muito aprendizado e prtica do autocontrole, pois, na medida em que vai aprendendo o
significado de sua existncia, consegue olhar o mundo como expectador.
E a...!
f) Permitir a manifestao de entidades familiares e/ou at mesmo grandes
personalidades (no caso de serem suficientemente humildes para se
apresentarem na roupagem fludica de um caboclo ou preto velho) quando
encarnados, sem que isso traga para os mdiuns e possveis assistentes alguma
perturbao emotiva.
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s quando este est totalmente preparado: isso evita que outros mdiuns, se dizendo
incorporados, o imitem ou mesmo outras entidades, com sabe-se l que pretenses,
tentem se passar por quem no so) e um conjunto de sons (ponto cantado) que o
ligar mais firmemente ao aparelho com quem vai trabalhar. Isso independente de ter
sido esse esprito um doutor, professor, recepcionista, lixeiro, etc. Se como caboclo tal
ou pai qual ele desenvolver curas ou far pinturas um outro problema.
O certo que sua identificao ser pelo nome no Culto, pelo Braso (Ponto
Riscado) e pelo Ponto Cantado.
E mais certo ainda que, faa o prodgio que fizer, o milagre que puder, seu trabalho
no estar completo se, atravs dele, no puder ensinar a tantos quantos o seguirem,
que tudo na vida transitrio. Que de nada adianta o ser humano estar preocupado em
conseguir as riquezas da matria se ele no souber us-las sabiamente.
Que a mensagem maior deixada por Jesus e outros mestres que por aqui j passaram
a mensagem do Amor ao Prximo (que discutiremos em outro captulo) e da autoconstruo de um ser realmente equilibrado e consequentemente SO, material e
espiritualmente, atravs da prtica de uma autodisciplina (Orai e Vigiai) ainda vlida
e a que deveria ser a mola-mestra de todas as aes de qualquer ser encarnado.
Pense bem! Se antes que se declarassem as guerras, se antes que se cometessem as
injustias, se antes que se corrompessem, os homens lembrassem das verdadeiras
mensagens deixadas por iluminados e pacificadores, quantos males no teriam sido
evitados? Quantas vidas deixariam de ter sido ceifadas, quantas injustias deixariam
de ter sido cometidas?
Enfim, se por trs dos fenmenos no houver uma mensagem que norteie o
encarnado, pelo menos tentando faz-lo ver que deve trabalhar sobre si mesmo, sobre
seus pontos fracos, sobre suas idias pr-concebidas, sobre suas emoes
desenfreadas e sentimentos, todos esses fenmenos passam a ter valor de um mero
espetculo que visa muito mais a alimentar a vaidade dos mdiuns envolvidos,
mantendo sobre si (entidade ou mdium) as atenes de um nmero crescente de
espectadores e admiradores. Isto MEDIUNISMO, no ESPIRITISMO e muito
menos UMBANDA!
Quando falarmos de OBSESSORES e OBSEDADOS retornaremos a esses aspectos.
Umbanda caridade, sim! Umbanda amor! Umbanda uma Seita ou Religio (como
quiserem) que visa a auxiliar aqueles que necessitam de socorro espiritual, e como tal
deve ser respeitada por entidades e mdiuns que se dizem Umbandistas.
No s porque veste branco e sai dando consultas incorporado ou no com um Pai
X, Caboclo Y, Criana Z, que um mdium pode se dizer UMBANDISTA. Assim como
no basta que uma entidade chegue e se diga Pai Tal, Caboclo Qual, para que se
possa consider-la de imediato, uma VERDADEIRA ENTIDADE DE UMBANDA.
No pelos FENMENOS QUE POSSA PROVOCAR que se mede o grau de
EVOLUO de uma entidade, at porque, por estarem ainda em Corpos Densos e
mais prximos da matria, esses fenmenos so muito mais fceis de serem
produzidos por entidades de BAIXO GRAU EVOLUTIVO, pois todos sabemos que
quanto mais evoludo um determinado esprito, menos densa a matria de que se
utiliza e, nesse caso, para que possam provocar um fenmeno fsico (em nossa
matria muito mais densa), necessrio que passe por um processo de condensao
de energia, normalmente bastante cansativo para ele, o mdium e possivelmente
tantos quantos esto assistindo.
Voc estranhou esta ltima informao? Isso no era de seu conhecimento?
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Pois fique sabendo que, em qualquer reunio onde se processa o fenmeno medinico
(principalmente se houver fenmenos fsicos), e mesmo onde no haja fenmenos do
tipo incorporao como em rituais religiosos de qualquer crena, reunies de oraes,
etc, sempre h e haver o desprendimento e mescla das energias de todos os
presentes, formando o que chamamos EGRGORA, de onde retirada a energia pelas
entidades (espritos, espritos santos, santos ou seja l o nome que se lhes queiram
dar) e usada da forma conveniente (para o bem ou para o mal).
atravs da fora dessa EGRGORA que os fenmenos se processam, e, sendo ela
uma energia bastante prxima nossa, muito mais facilmente utilizada por entidades
que como ela, esto vivendo em planos ainda bastante prximos ao nosso.
Voc est estranhando? No havia pensado nisso ou a instruo espiritual que teve
no abordou a temtica da ENERGIA ?
S para finalizar com uma ilustrao bem marcante, cito aqui os FENMENOS
POLTERGEIST que so os fenmenos que ocorrem no seio de determinadas famlias
que so apedrejadas, tm seus pertences queimados, filhos agredidos por no se sabe
o que, objetos que se deslocam no ar, etc.
Em todos os fenmenos reais registrados e estudados (leiam literatura apropriada),
havia a presena de entidades galhofeiras ou vingativas que se aproveitavam da
energia de algum que, normalmente, mas no obrigatoriamente, estivesse em fase de
adolescncia - perodo em que h uma intensa movimentao energtica interna, por
conta das transformaes por que passa o organismo - para poderem provocar os
fenmenos fsicos, ou seja: era atravs da utilizao dessa energia que lhes era
cedida, que essas entidades podiam atuar no mundo fsico em que vivemos.
Atravs da utilizao dessa energia e outras mais, s que canalizadas de forma
diferente, so realizadas as curas espirituais, as curas das Igrejas Evanglicas e tantas
outras. O importante que fique bem entendido que sempre h um ou mais doadores
de energia (ainda que inconscientes disso) para que os fenmenos ocorram.
Voltaremos a esse assunto quando falarmos de EGRGORAS.
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CAPTULO II REENCARNAO
No Captulo I tivemos a oportunidade de dizer: caso ele venha a se utilizar de uma
nova encarnao...
Mas o que isso de Nova Encarnao?
Ser que isso existe mesmo, ou morreu tudo se apaga?
Vamos por etapas!
Se voc acreditar que morreu tudo se apaga e continua a ser esprita seja de que
corrente for, no mnimo h uma leve (10.000 Toneladas) incoerncia no modo de ver
as coisas sua prpria volta, porque, se morreu tudo se apaga, que espritos so
esses que falam atravs dos outros e, talvez, de voc mesmo(a)?
No v me dizer que voc, que est nos lendo agora, tem aquela mentalidade
retrgrada que o faz pensar que do outro lado s existe Deus e o Diabo?
Voc pegou o livro errado, amigo(a)!
Voc ainda deve estar acreditando que a humanidade surgiu de Ado e Eva, que
tiveram dois filhos HOMENS (nenhuma mulher que pudesse dar continuidade raa), e
que um matou o outro, ficando, nesse caso, apenas UM HOMEM(!!!)
O interessante nessa histria que, depois de matar o irmo, Caim saiu pelo mundo,
encontrou uma mulher e com ela teve filhos. Se Deus no havia criado mais ningum,
de onde saiu essa mulher?
MISTRIO...!
Eu confesso minha ignorncia nesse aspecto, at porque no foi explicado qual era o
aspecto fsico de Ado e Eva. No sei se eram brancos, pretos, ou tinham os olhinhos
meio fechados como nossos irmos chineses, japoneses, ou se tinham aspecto
indgena. Mas isso no importa.
Tenho certeza de que voc encontrar respostas para essas pequenas(!!!) dvidas em
outros livros. Nesse no!
Quanto Reencarnao, ela deveria ser crena obrigatria (ainda que no estivesse
provada) para todos os que professam a crena em um Deus de Amor como era o caso
de Jesus (ou no era?).
Afinal de contas, se o Deus de Amor que Jesus apregoava era (e deve continuar
sendo) um Deus que ama sua criao, como se explica o nascimento de cegos,
tetraplgicos, portadores da Sndrome de Down e outras anomalias congnitas? Ser
que um Deus de Amor CRIA PROPOSITALMENTE esses seres?
Mas acaso no ele tambm um Deus da perfeio? J pensou que esses seres
teriam que carregar suas deficincias criadas por Deus (que Deus?) at o tal
Julgamento Final, sem terem uma chance de, como voc e eu, poderem caminhar
livremente por onde escolherem ou raciocinarem claramente ou at mesmo
enxergarem?
Que Deus de Amor seria esse se no permitisse que um filho seu pudesse voltar outras
vezes e desfrutar do mesmo potencial de todos os outros? Ou ser que voc acredita
que esses no sejam filhos de Deus e sim do Diabo?
Cuidado, porque amanh voc poder ser levado a acreditar que deve extirpar o
diabo da face da Terra e querer comear pelos seus filhos, heim!?
Para casos como esses s h uma explicao que no ponha em dvida esse Amor
Divino - A Reencarnao (isso se voc acredita mesmo em Deus).
Alm do mais, as pesquisas no campo da Hipnose tm revelado descobertas
importantes em relao a isso.
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Nenhum membro honesto, seja de que seita ou religio for, pode estar alienado em
relao s pesquisas cientficas no campo da paranormalidade ou da induo de
estados alterados da conscincia.
No se pode fechar os olhos e fingir que o sol no existe, a no ser que o intuito seja o
de permanecer no obscurantismo da prpria insensatez.
Afinal de contas, nesse campo, praticamente tudo o que o espiritismo sempre apregoou
est sendo provado. Lentamente, claro, mas provado!
Mas tem que ser muito lentamente mesmo, sabe por que? J pensou se amanh,
algum ligado s pesquisas, viesse a pblico e comeasse a despejar provas
contundentes sobre, por exemplo:
A vida aps a morte
A reencarnao
A possibilidade de contato visual com espritos, atravs de aparelhos de laboratrio
A interao energtica entre os seres e o prprio planeta em que habitam
E outras coisinhas mais?
Mesmo nos dias de hoje seria considerado um herege, seria excomungado e, no
mnimo, para alguns mais fanticos, ainda que pudesse provar cientificamente: Um
inimigo de Deus.
Querendo ou no, Umbandistas, Kardecistas e membros de outros grupos religiosos,
deveriam ler O NOVO TESTAMENTO, onde se pode focalizar vrias passagens em
que o prprio Jesus se referia (entendesse quem pudesse, como alis era seu modo
de
ensinar) ao retorno do esprito matria.
Em Mateus XVII: 10 - 13 e Marcos XVIII: 10 - 12, h a seguinte passagem:
E os discpulos lhe perguntaram dizendo: Pois por que dizem os escribas que importa
vir Elias primeiro ?
Mas ele, respondendo lhes disse: Elias certamente h de vir e restabelecer todas as
coisas; digo-vos, porm, que Elias j veio, e eles no o conheceram, antes fizeram
dele quanto quiseram. Assim tambm o filho de Homem h de padecer s suas mos.
Ento compreenderam que de Joo Batista que falara.
A Igreja Catlica, quando organizou os escritos durante o 5 Conclio Ecumnico, por
volta do ano 553, esqueceu de tornar esse texto um Apcrifo, assim como fez a outros
testemunhos.
H tambm uma outra passagem muito interessante, veja s:
Lucas XXI - 7 - E perguntaram-lhe dizendo: Mestre, quando sero, pois, estas coisas?
E que sinal haver quando isto estiver para acontecer?
8 - Disse ento ele: Vede no vos enganem porque viro muitos em meu nome,
dizendo: Sou eu, e o tempo est prximo; no vades portanto aps eles.
9 - E, enquanto ouvirdes de guerras e sedies, no vos assusteis. Porque
necessrio que isto acontea primeiro, mas o fim no ser logo.
10 - Ento lhes disse: Levantar-se- nao contra nao e reino contra reino;
11- E haver em vrios lugares grandes terremotos, e fomes e pestilncia....
12 - Mas antes de todas estas coisas lanaro mo de vs e vos perseguiro.
.
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20 - Mas quando virdes Jerusalm cercada de exrcitos, sabei ento que chegada a
sua desolao.
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12
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32 - Em verdade vos digo que no passar esta gerao at que tudo acontea.
.
.
.
Observe que Jesus fala durante todo o tempo como se os ouvintes de ento fossem
presenciar suas profecias, e chega a dizer que: esta gerao no passar at que
tudo acontea, o que inclui o seu retorno numa nuvem, com poder e grande glria.
Como isso ainda no aconteceu at hoje, fica difcil entender que ele esperasse que
seus seguidores presenciassem os fatos, a no ser que estivessem reencarnados na
ocasio.
Mas a voc poderia retrucar, dizendo que Jesus no falava realmente aos seus
contemporneos, mas queles que viriam aps e, portanto, outras pessoas e, portanto,
outros filhos de Deus que no aqueles que ali estavam, certo ?
S que. se voc pensou assim, porque no leu sua Bblia corretamente, porque ele
tambm diz: Ora, quando estas coisas comearem a acontecer, olhai para cima e
levantai vossas cabeas, porque a vossa redeno est prxima.
E tambm diz: Vigiai, pois em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por
dignos de evitar todas estas coisas que iro acontecer, e de estar em p diante do Filho
do Homem.
Ora, para se olhar para cima e levantar a cabea enquanto as profecias acontecem,
preciso que se esteja encarnado na matria, ou vivo aps ter morrido, pois morto
e enterrado (ou dormindo, aguardando a tal ressurreio como querem alguns) no
enxerga, no pode orar nem vigiar em tempo algum (pelo menos deve ser o que
acreditam aqueles que no crem na reencarnao ou na vida ps-morte).
E repare que a redeno s vir para estes que puderem seguir essas orientaes, ou
seja, que de alguma forma estejam VIVOS.
Sugere tambm Jesus, que podero estar diante do Filho do Homem (reparem que ele
no diz Deus) aqueles que passarem por essas provas a que ele se refere, orando e
vigiando.
O que ser ento de seus contemporneos que no tero essa oportunidade, por
estarem segundo alguns, MORTOS E ENTERRADOS, aguardando apenas serem
julgados nos ltimos dias? Ou ser que seus contemporneos e outros mais, antes e
aps eles, tambm deveriam ter o privilgio de estarem vivos, encarnados ou no
nesses momentos?
O que ser que ele quis dizer com : no passar esta gerao at que tudo
acontea?
Se considerarmos gerao como normalmente o fazemos (descendncia, filiao,
linhagem, etc.), veremos que aps sua estada na Terra, vrias geraes j se
passaram e outras foram totalmente extintas. Mas, se considerarmos, como
naturalmente ele o fazia, que a gerao a que se referia era a de espritos que
habitavam o plano Terra (encarnados e desencarnados), a sim, comeamos a
entender at mesmo porque os costumes, os vcios, os fanatismos sociais e
religiosos de outras pocas tendem a se repetir de tempos em tempos na matria,
ainda que disfarados por outros nomes, acontecendo em outras regies do planeta e
com, supostamente, outros personagens.
Uma outra coisinha preciso que fique bem clara.
Se cada vez que nasce uma criana sinal de que Deus criou um novo ser, no lhe
pareceria lgico que gerasse seres cada vez mais puros, mais perfeitos, mais
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condizentes com seus princpios e sua prpria grandeza? Afinal de contas, esse
trabalho ele j estaria realizando h milhares de anos, antes mesmo da vinda de Jesus,
o Cristo, e a tendncia, at para ns que somos imperfeitos, sempre de
melhorarmos nossas obras, cada vez que a repetimos.
E isto o que voc observa?
So as crianas de hoje, mais puras e perfeitas que as de ontem (qualquer ontem)?
So por acaso as crianas de hoje, pelo menos mais educadas que as de antes?
Vou deixar esta para voc pensar.
A Reencarnao, para os espritos que freqentam a Umbanda, fator imprescindvel
para o aperfeioamento moral e intelectual do ente espiritual. Sem ela, em apenas uma
passagem pelo que chamamos vida, jamais teria o esprito condies de
aprendizagem suficiente para sua evoluo. Voc j pensou, por exemplo, que os
homens das cavernas e mesmo outros aps eles, sequer tiveram a oportunidade de
ler sobre Jesus ou outro qualquer lder religioso?
Como ser que eles seriam julgados? Teriam chance de se defenderem sem mesmo
terem aprendido a falar? Ou, segundo alguns "iluminados", "Sem terem sequer
ouvido "a palavra"?
No podemos encarar a Reencarnao como fator de obrigatoriedade de um esprito
vir para pagar suas dvidas ou seu Carma, como querem alguns. Isto acontece porque,
durante a passagem pela vida, o esprito comete um sem nmero de sandices em
virtude de m orientao, ou m ndole. E, a tal ponto, que determinados espritos
chegam a viver toda uma vida em funo das injunes crmicas que provocaram em
existncias anteriores, deixando muitas vezes de aproveitarem esse perodo para a
prpria elevao, a prpria evoluo apenas sofrendo e quase sempre se revoltando
com isso.
Mas o que evoluo? Quando um esprito evolui?
Na maioria das vezes, a evoluo confundida com progresso material, ou seja, se o
ente consegue alcanar posies de destaque, ttulos, etc, durante sua vida, pensa-se
que ele tenha evoludo.
Do ponto de vista material at pode ser, mas do ponto de vista espiritual, nem sempre,
at porque como j dissemos, os ttulos e posies que tiveram na vida, pouco
importam.
Um esprito evolui realmente quando passa a ser capaz de amar a todas as criaturas
de Deus. Se voc compreender realmente o que amar sem se perder pelos
meandros do amor carnal a que todos estamos acostumados, j ter a uma grande
chave para sua evoluo.
O difcil dessa lio p-la em prtica! Falar que ama at fcil, embora nem todos
sejam capazes.
Mais difcil ainda compreender que, para amar ao prximo como a ti mesmo,
preciso antes que se entenda o que amar a si mesmo.
Somente atravs de diversas vindas ao Plano Terra, um esprito comea a entender a
profundidade que h nesse nico mandamento deixado pelo mesmo Jesus, quando
disse : Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu
vos amei a vs, que tambm vs uns aos outros vos ameis.
Nisto todos conhecero que sois meus discpulos, se vos amardes uns aos outros.
(Joo 13 : 34 - 35)
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E a? Ser que um Pai que manda seu filho vir Terra ensinar amor seria capaz de
criar seres fisicamente incapacitados para terem a oportunidade de existirem ou
viverem apenas uma vez? Ser que morreu, acabou?
H algum tempo atrs, (abril de 1996), em um debate pela Rede Manchete de
Televiso, cujo tema era a situao de duas meninas que nasceram com os corpos
unidos, um dos debatedores defendia a crena de que elas haviam nascido nesta
situao devido a provveis injunes crmicas, adquiridas em encarnaes passadas.
O que foi compreendido por uma das debatedoras como se tivesse sido castigo
de Deus, ao que ela retorquiu dizendo que: aquele no seria por certo o seu Deus.
O que no foi explicado que resgate crmico no castigo de Deus, mas, ainda que
fosse, a incauta debatedora esqueceu-se de que o Deus Bblico, como descrito no
Antigo Testamento, por anlise lgica, era um deus vingativo que punia seus filhos com
doenas e at mesmo o extermnio de populaes inteiras, que no rezavam segundo
sua cartilha, e que se ela era catlica, evanglica ou seguia qualquer outra seita
baseada nos preceitos bblicos, estava automaticamente ligada a esse Deus.
E ainda mais: Se esse Deus estava certo em seus atos, seria capaz de impor qualquer
outro tipo de pagamento para as supostas dvidas dos humanos, at mesmo aquele a
que ela se referia.
Voltaremos a falar sobre carma em outra parte deste livro, mas veja bem: No espere
ler aqui que Deus, ou o Pai, como Jesus o chamava, determina que algum pague por
suas dvidas com o famoso olho por olho, dente por dente.
Na verdade, o carma existe porque ns humanos o criamos e aceitamos em nosso
subconsciente (s essa afirmao j seria matria para um outro livro).
Apenas para atiar seu raciocnio, pense em qual seria o carma a ser cumprido
por um esprito que estivesse em sua primeira encarnao (sim, porque tem que
haver uma primeira vez).
Se voc chegar concluso de que, por ser a primeira encarnao, no dever haver
carma para este esprito, ento concluir que, tambm no haver sofrimento para ele,
enquanto aqui na Terra, certo?
Partindo da eu lhe perguntaria: Qual o ser que, ocupando lugar na matria, sendo ele
o mais puro dos mais puros dos seres, no sofreu, sofre e sofrer todas as vicissitudes
dos demais meros pecadores"? Ser que esse ser seria poupado? Ou entraria no
mesmo turbilho de todos ns e se arriscaria a, a sim, comear a colecionar atitudes
que lhe gerassem o futuro carma, ou como alguns pensam, o castigo de Deus?
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Qual no foi minha surpresa quando, atuado (e em estado consciente) pelo Preto Velho
(nessa mesa era permitida a presena de entidades de Umbanda) comecei a perceber
uma agitao estranha em meu sistema nervoso. Era como se a entidade que atuava
em mim estivesse incomodada com alguma coisa que eu no alcanava.
Repentinamente, do outro lado da mesa, o comendador "deu passagem" ao seu
protetor. A agitao aumentou.
Consciente, eu buscava controlar a vontade que tive de ir desacat-lo e,
compreendendo cada vez menos aquela sensao que no podia ser minha, passei a
dar mais ateno ao que se passava ao redor.
Nada demais! O comendador, atuado por seu protetor, identificava-se como "fulano de
tal" vindo do oriente e saudava as "energias divinas" que de l estariam sendo trazidas
por sua falange.
Pensei c comigo: "Tem algum maluco aqui ou eu, ou esse Preto Velho".
O fato que, o Preto Velho que normalmente me trazia muita calma e permanecia
atuando por muito pouco tempo, nesse dia parece que demorou uma eternidade. S
me deixou quando o tal "oriental" se foi.
Em continuidade nada mais aconteceu de anormal naquele dia, mas lgico que eu
fiquei com "a pulga atrs da orelha".
Mais um parntese (eu sou mestre nisso)!
Vou tentar dar uma explicao simplificada sobre esse estado de mediunizao
consciente em que me encontrava, porque sei que ser interessante para muitos que
passaram e passam por essa experincia, sem se darem conta de que esto
parcialmente mediunizados (ou incorporados), e que isso bastante normal at
mesmo em pessoas com anos e anos de prtica medinica.
Embora nesse estado consciente eu pudesse sentir as emoes da entidade, identificar
sua energia, ouvir o que se falava ao redor, eu no conseguia me livrar da atuao,
mas conseguia evitar que falasse por mim, e desse modo, acredito que estava criando
um certo conflito, pois, enquanto eu raciocinava e ouvia o que me parecia bonito e
normal (a fala da entidade) meu p direito batia no solo sem controle, como se "eu"
estivesse reprovando aquela fala. Enquanto meu consciente aceitava as frases do
"oriental" como vindas de um ser celestial, uma energia se agitava dentro de mim como
se quisesse dizer: "No nada disso"!
Ta! Deu pra entender? Se no, eu espero explicar melhor quando me aprofundar no
tema.
Continuando.
Tudo isso voltou a acontecer numa outra Sesso, em que o comendador esteve
presente, s que desta vez a agonia foi to grande que, como o comendador ia
continuar a freqentar o grupo, achei por bem eu me afastar, at porque poderia perder
o controle e, sem saber porque, sair dizendo sei l o que para a tal entidade.
O que mais incomodava que eu no tinha nada contra a presena do comendador,
que era at uma pessoa agradvel.
Bem, como se diz na gria: "Cantei pr subir! Afastei-me do grupo, dando por
desculpas a falta de tempo, indisposies, etc.
Passado algum tempo, lembro-me de ter encontrado na rua a filha de um dos
dirigentes e tambm freqentadora, que me relatou o acontecido em uma das reunies.
Parece que o tal "oriental" que saudava "os focos de luz do oriente" resolveu se trair e,
como saudao final deixou escapar um "Salve a minha Quimbanda"!
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Estava ento explicado para mim, a suspeita que j tinha, mas que no admitia:
debaixo daquela aparncia celestial havia um Ex. Isso mesmo! Um Ex que
"entrou na gira", passou-se por luminar, foi respeitado como tal, mas era um Ex.
E a?
Como os protetores do local deixaram-no fazer isso?
Por que nenhuma entidade que atuava sobre mdiuns muito mais experientes que eu
sequer deu o alarme?
Poderia ser um "baita Quiumba" e provavelmente teria sido acolhido como esprito
elevado, pelo teor de sua fala. Se mal intencionado, sabe-se l que carga de bobagens
poderia ter ensinado.
Por que eu digo que era um Ex?
Porque nenhum "medalho espiritual" faria saudaes "sua Quimbanda" que, como
bem sabemos, Linha de Trabalho Mestra de Ex e Pomba Gira ("abrasileirado" de
bombogira que a palavra correta).
Ainda bem que, nesse episdio, o mal maior apenas serviu de lio para aqueles que
vo "abrindo guarda" para entidades, aquilatando-as pelas palavras que muitas
vezes so ocas (como diria um certo amigo).
Alis, esse fato comporta uma segunda lio, que tem a ver com a presena do
comendador na mesa que, como se sabe, funciona nessas reunies como o foco
central de energia e, por isso, deve ser constituda por pessoas treinadas e preparadas
para tal.
Nessa ocasio, o comendador s foi convidado para compor a mesa porque era
comendador e amigo de um dos dirigentes, ou seja, foram levados em conta seu
"status social" e sua amizade com o dirigente, em detrimento de sua preparao
ou no para ali estar.
Um outro fato que demonstra bem o perigo desse encantamento com possveis
"luminares" aconteceu bem antes, quando eu ainda estava pensando se entrava ou
no nesta Seara.
Estvamos, se no me engano, no ano de 1969, e eu freqentava como assistente s
Sesses de um Centro Esprita de razes Kardecistas (porta pela qual eu entrei no
espiritismo). Havia uma reunio s quintas feiras, dirigidas por um senhor, dono de uma
clarividncia e clariaudincia realmente invejveis. Vamos cham-lo de Senhor M.
O Senhor M era capaz de colocar vrias pessoas da assistncia sentados em duas
fileiras de cadeiras, e sair dizendo sem errar, o problema que as levava at ali.
O Senhor M descrevia o problema, que era em seguida confirmado pelo freqentador
e, na medida do possvel, dirigia os trabalhos no intuito de ajudar s pessoas em
questo.
Posteriormente, ele dava explicaes sobre o ocorrido a todos. Era uma verdadeira
Escola da qual eu sinto saudades!
Numa dessas reunies, foi levada por uma freqentadora, uma amiga que passava por
grandes perturbaes emotivas. Mdium no preparada, ela recebia em casa uma
entidade do tipo "luminar" que inclusive falava em trs ou quatro lnguas. isso a!
Uma entidade poliglota!
Paralelamente a isso, sua vida era um inferno! Problemas, problemas e mais
problemas!
Colocada em uma cadeira especialmente deslocada para ela, foi de pronto alcanada a
mola-mestra de seus problemas: Era justamente a tal entidade, que se tornou seu
obsessor e que, a despeito de todo o seu potencial lingstico, queria a senhora s
para ela.
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Essa entidade foi chamada, tentou-se convenc-lo de que estava errado (se
apresentava como homem) em se meter na vida material dessa senhora e decidindo
sobre o que ela poderia fazer ou no, ou com quem poderia estar ou no, infelizmente
sem muito xito.
Antes de prosseguir: importante se dizer que o fato de dar incorporao a uma
entidade poliglota, de uma certa forma preenchia o Ego dessa senhora pois, afinal de
contas, "era um ser to iluminado que era capaz de falar diversas lnguas".
Esse fato, o de se sentir "aquinhoada pelos deuses" que lhe permitiram "to grande
honra(?)", e o provvel sucesso que fazia quando atuada, alimentava-lhe a vaidade,
fazendo crescer mais e mais os elos que os prendiam (entidade espiritual e ser
encarnado). Ora, tentar convencer a algum que a razo de seus problemas
justamente o que acha ser o melhor de sua vida, como dizer a um esfomeado que o
nico prato de comida que conseguiu est envenenado. Ele no acredita! Ele vai
comer!
Ela foi orientada no sentido de no dar prosseguimento s incorporaes. Foi-lhe
recomendado tambm que retornasse na semana seguinte, porque o trabalho de
doutrinao (como era chamado) deveria continuar.
Para encurtar a histria:
Na quinta feira seguinte, quando ainda nem havia iniciado a Sesso, a amiga que
levara a tal senhora chegou trazendo a notcia de que a tal entidade, estando
incorporada, (ela no acreditou e por isso no obedeceu) fez com que a senhora se
atirasse pela janela do edifcio onde morava, matando-a consequentemente.
Veja bem!
Qualquer obsessor, por mais burro que seja (e normalmente eles no so nada burros),
se tem em mente dominar uma pessoa, vai facilitar-lhe sempre aquilo que ela ache que
mais precisa - nesse caso a admirao de tantos quantos cercavam essa senhora.
desse modo que ele ganha confiana! desse modo que ele vai conseguindo, aos
poucos, estreitar os laos que o unem ao ser encarnado, at chegar ao ponto de se
tornar imprescindvel em muitos casos a sua presena.
Anote isso!
Vamos falar agora um pouco mais sobre os espritos que transitam pela Lei de
Umbanda.
Como j disse antes, esses espritos tm o dever de ajudar aos seres encarnados,
sejam eles quem forem, ainda que tenham sido seus inimigos em uma encarnao
passada. Essa a verdadeira essncia da Lei : Ajudar a todos igualmente e, na medida
do possvel, crescer interiormente pelo cultivo do amor a si mesmo e ao prximo.
Estranhou essa afirmao de "a si mesmo e ao prximo"? Pois no devia.
Essa uma Lei Bblica, se lembra? "Amar ao prximo como a ti mesmo".
Como amar ao prximo se voc s vezes nem entende bem o que amar a si mesmo?
E bom que se explique tambm que "amar a si mesmo", em entendimento espiritual,
est longe de envolver qualquer sentimento narcisista, o que seria a apoteose do culto
vaidade.
Muito ao contrrio, o amor a si mesmo envolve a compreenso de que todos estamos
aqui para somar experincias e aprendermos com elas.
Envolve tambm a compreenso de que o crescimento interior o que realmente
interessa alcanar, e esse o principal objetivo das sucessivas reencarnaes (at
porque, aps o que chamamos de morte, essa ser nossa nica posse).
Portanto, amar a si mesmo, ter sempre como conseqncia imediata a aprendizagem
da compreenso e o amor ao prximo.
Nem vou me estender mais porque desse tema pode sair outro livro.
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Como falamos de falange, bom que expliquemos aqui como que funciona esse
negcio.
Falange, em Umbanda, o nome que se d a um grupo de espritos que trabalham
juntos, uns auxiliando os outros. Essas falanges formam-se, normalmente, pela
semelhana do tipo de trabalho que devero desenvolver, de idias e ideais, etc.
Na espiritualidade, como na matria, as entidades tendem a formar grupos que
compactuem em forma de ver, pensar e agir "os iguais se atraem", lembra-se?
Unidos pelos mesmos ideais, grupos de um sem nmero de espritos assumem para
trabalho O NOME DE SUA FALANGE. Isso quer dizer por exemplo que, quando um
esprito se identifica como Pai Francisco, ele est dizendo o nome da falange que
assumiu, por ter se identificado melhor com esse grupo.
Quando digo um sem nmero, porque, em toda a andana que tive em 34 anos de
pesquisa por vrios Terreiros, nunca tive a confirmao absoluta quanto quela histria
de que o primeiro da falange d origem a sete, e que cada um dos sete do origem a
mais sete, etc, etc.
Se algum tem provas disso, que levante a sua bandeira.
Compondo essas falanges esto espritos de diversos graus evolutivos. Alguns so
mais evoludos do que qualquer ser encarnado, outros tm evoluo correspondente e
outros mais so ainda menos evoludos, chegando-se aos classificados como Exs,
que, quando trabalham seguindo a Lei de Umbanda e respeitando queles que lhes
so superiores, so auxiliares de grande valia.
Um mdium ter sempre acesso mais fcil aos espritos que se assemelhem a ele, em
grau evolutivo, podendo, por esforo prprio, alcanar alguns nveis acima do seu e,
por estar no plano terra a terra, alcanar facilmente qualquer esprito mais inferior.
Quando tudo acontece dentro da normalidade, os espritos mais inferiores (mas no s
eles) de uma falange, trabalham como auxiliares daquele que est incorporado.
Quando voc v aquele caboclo realizando seus trabalhos ou aquele preto velho (na
verdade voc v mesmo o mdium) sentado no toco, no imagina que, sua volta, e
prontos para trabalharem em conjunto, esto vrios outros auxiliares.
Mas o que acontece. por isso que, no raramente, por ocasio de sua chegada,
uma entidade faz saudaes ao local e sua falange, ou seja, os amigos que vo
trabalhar com ele (ou ela).
A, voc vai l e "tira sua consultinha!"
Se o mdium realmente preparado (seja consciente, semi-inconsciente ou
inconsciente), e voc est se dirigindo entidade, acontecem coisas imperceptveis
(aos que no tm sensibilidade para a captao) mas importantes para serem
analisadas.
No sei se algum j escreveu sobre isso, mas no estou tentando inovar nada. Tenho
certeza de que, mesmo que no se tenha escrito, muitos j devem ter percebido o que
vou descrever.
De acordo com o trabalho que dever ser executado ali, naquele momento, embora o
mdium permanea com quase as mesmas caractersticas da entidade que o
acompanha, muitas vezes h uma troca de entidades (normalmente entre espritos da
mesma falange).
Para o consulente parece que nada mudou, mas aquele que "tem olhos de ver" ou
sensibilidade mais trabalhada, percebe perfeitamente a transio.
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realmente linda essa forma de trabalho. Voc pode inclusive estar se dirigindo a um
Ex dessa falange, sem se aperceber disso.
Muitas vezes, em debate com mdiuns honestos que trabalham em estado de
conscincia e semi-inconscincia, obtive deles confirmao para o acima exposto.
Alguns at sentiam essa transio, mas no entendiam e no comentavam "por medo
de estarem falando besteiras". Quando viram que no acontecia s com eles, puderam
se sentir mais aliviados.
Mas, se cada falange tem mesmo um sem nmero de espritos, como se d a escolha
de um determinado esprito para trabalhar com um determinado mdium?
A resposta, ainda aqui, est na Lei das Afinidades.
Vamos tentar exemplificar, para que fique bem clara essa "histria", sem que tenhamos
de entrar ainda pelas explicaes mais cientficas.
Observe, no entanto, que tudo isso relativo, ou seja, no regra fixa, at porque
depende da EGRGORA do ambiente em que vai se dar o desenvolvimento medinico
do indivduo.
Numa situao normal, onde a egrgora positiva e favorvel, durante o perodo de
desenvolvimento (ou treinamento medinico), um mdium costuma ter um esprito que
chamaremos "desenvolvedor", que comea a se apresentar como que abrindo os
canais medinicos para futuros melhores contatos.
Esse esprito pode se apresentar como Preto-Velho ou Caboclo de qualquer falange,
mas sempre ter ligao direta com a chamada COROA do mdium, ou seja, ser uma
entidade ligada Vibrao Original que rege a Coroa desse mdium.
Essa entidade tem um padro evolutivo quase sempre maior que o do mdium (em
casos normais, volto a dizer), embora no seja de seu feitio querer fazer
demonstraes. Durante esse perodo, o mdium receber tambm a atuao de
outras entidades, mas caber sempre ao desenvolvedor permitir ou no essas
atuaes.
Se o perodo de desenvolvimento transcorrer naturalmente, esse desenvolvedor ter
condies de trazer sempre as orientaes necessrias ao progresso, e no aquelas
padronizadas em determinados terreiros, que tm "uma nica frmula" para todos".
importante, e muito lgico, que se entenda de uma vez por todas que cada mdium
um mdium, e que seu desenvolvimento deve seguir, na medida do possvel, os
padres que seus verdadeiros protetores determinarem (se existirem protetores
realmente incorporando), at porque no existe quem veja melhor a situao
medinica de um mdium do que seu prprio protetor. Esse caminho pode ser mais
demorado, em funo do vacilo, por medo, do prprio mdium, que, se for grande,
acaba por interferir e bloquear as mensagens do esprito (lembra do que contei de mim
mesmo?), mas, por outro lado, se o mdium tem medo de transmitir uma orientao
dada por seu protetor, visando seu prprio bem, como poderia estar preparado
para transmitir mensagens a possveis consulentes?
Cansei de me deparar por a com mdiuns que "davam consultas espetaculares", eram
"feitos" na casa de Fulano desse ou daquele orix, ajudavam s pessoas necessitadas
e, no entanto, quando precisavam dessa consulta para si, buscavam outros mdiuns e
at outros Pais no Santo.
Isso no tem lgica!!!
A nica explicao, levando-se em considerao que o mdium seja honesto, o
medo, pois, se uma entidade sua, estando incorporada, seja em que estado de
conscincia for, tem condio de "dar consultas" e saber do que os outros precisam,
impossvel que essa ou essas entidades no saibam o que preciso para seu prprio
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CAPTULO IV EGRGORA
Para que nossa "conversa" fique melhor entendida, daqui por diante vamos falar mais
especificamente sobre EGRGORA, adiantando desde j que no vou me prender s
origens da palavra, pois perderamos muito tempo em explicaes de menor
importncia.
Importante saber a que se d esse nome, como se forma, para que serve, etc.
Sem medo das redundncias: vamos comear do comeo.
Ns no somos o que parecemos. Embora possamos nos tocar, nos ver, nos sentir,
todos ns e tudo o que nos rodeia energia.
Tudo o que voc v e lhe parece slido , na verdade, uma forma de energia, mais ou
menos condensada.
Mas eu falei de energia e, quem sabe, voc tenha alguma dvida sobre o que isto
tambm? Vamos mais atrs ainda, embora essa afirmativa seja nenhuma novidade
para quem verdadeiro conhecedor das prticas espirituais, e at mesmo de pessoas
comuns que acompanham apenas os progressos cientficos!
A prpria cincia j constatou que, por mais slido que parea um determinado corpo,
se analisado atravs de instrumentos especiais, este mostrar que formado por
juno de partculas (molculas), que, por sua vez, tambm so formadas por juno
de outras partculas (tomos), que, por sua vez, so formados por outras partculas etc,
etc, etc...
Isso ns aprendemos, at um determinado ponto, nas prprias escolas.
Agora veja bem! Quando voc se expe ao RAIO X, por exemplo, o "raio" ultrapassa as
camadas superficiais (e outras nem to superficiais) de sua pele e choca-se com outras
camadas de tecido, no interior de seu corpo (justamente as que se revelam na chapa,
como por exemplo os ossos).
Uma parte desse "raio" atravessa seu corpo de um lado ao outro, e tudo isso ocorre
sem que voc sinta nem uma pontinha de dor, sem que haja qualquer traumatismo.
Como isso acontece? Como um "raio" pode atravess-lo e voc nada sentir?
O que acontece, caro irmo, que esse "raio", que no passa de uma forma de
energia, consegue atravessar seus tecidos justamente pelos espaos que no vemos,
mas que existem entre os tomos de suas clulas (veja ilustrao abaixo), e imprimir
numa chapa fotogrfica colocada do outro lado, a forma dos tecidos que ele no
conseguiu transpassar.
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H que se observar dois fatos, embora no se possa dizer que so de regra geral, para
se estudar casos como os acima expostos:
1. O enlace esprito/matria no se configurou totalmente: podemos reconhecer esse
fato observando a sade fsica dessas pessoas que costuma ser relativamente dbil.
No raramente, indivduos dessa natureza podem ter tendncias neurticas e/ou
desajustadas como se sentissem que esto num lugar que no o deles. Ainda
pelo fato acima mencionado, podemos observar que a mente desses indivduos
costuma se mostrar superior da mdia (justamente pelo fato da mente espiritual
exercer um domnio maior sobre o crebro animal); em compensao, a sade fsica
costuma ser mais frgil que a normal.
2. O esprito, por experincias adquiridas em vidas anteriores, consegue sublimar a
mente carnal, fazendo com que o subconsciente aflore e lhe traga experincias (ainda
que ele no as identifique bem ) de vidas passadas: poderamos identificar esse caso,
observando as tendncias comportamentais desse indivduo. Seres dessa categoria
tendem normalmente ao equilbrio, quase sempre so vidos por novos conhecimentos
e do menos valor ao que h de material do que os seres considerados normais.
Teoricamente, esse esprito teria conseguido, pelo menos em parte, o domnio sobre as
tendncias rudes e animais da matria emque habita. Nesse caso, por no ter havido
"falha" no enlace, a sade do indivduo tende a ser normal.
Existem ainda situaes patolgicas que podem desencadear esse processo mas,
sejam elas quais forem, tero quase sempre incio, ou como causa primeira, o
desequilbrio entre esprito e matria e, consequentemente, o desequilbrio energtico,
o que pode provocar um sem nmero de doenas. Ao se instalarem, essas doenas
podem fazer crer serem elas motivo, e no apenas conseqncia, de um processo
energtico desequilibrado que, por sua vez, no tendo sido causado por qualquer
agente fsico (vrus, bactrias, etc.), no deixa de ser tambm uma conseqncia de
um enlace frgil.
Como energia que somos em essncia, participamos ativa ou passivamente de todos
os processos energticos que compem e/ou modificam o Universo, mas claro,
somos atuados mais fortemente pelas variaes energticas desse planeta ao qual
estamos presos em matria e at mesmo em esprito.
O exemplo mais notvel de que me lembro no momento o da influncia das FASES
DA LUA nas mars, no ciclo menstrual feminino, no crescimento das plantas e, at
mesmo, como j se estuda, na alterao do comportamento de seres humanos.
Como energia dotada de conscincia que somos, temos o privilgio de podermos,
nossa vontade e f, manipular consciente e at inconscientemente outros tipos de
energia nossa volta, para o que h a necessidade de uma vontade muito forte e uma
f inabalvel, ou seja: crer totalmente naquilo que se pensa ou se est fazendo (isso
tambm era uma lio de Jesus, lembra-se?). Mas, a bem da verdade, o que posso
afirmar com total segurana que, mesmo que no haja tanta f assim, nossos
pensamentos sempre geram, por menores que sejam, pequenos focos de energia.
Esses focos de energia, dependendo de quanto o pensamento gerou, podem at ser
vistos por videntes sob a forma de pequenas massas energticas, s vezes na forma
de bolas, outras vezes como pequenas "nuvens" volta das pessoas.
Esses "foquinhos" energticos, aos quais damos o nome de energia-pensamento,
podem, pela fora desse mesmo pensamento, tomar forma, de maneira que, se uma
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Vou tomar como exemplo uma gira de Umbanda, mas advirto que voc pode adaptar
minhas explicaes para entender prticas espirituais, inclusive das Igrejas
Evanglicas que fazem curas, etc.
Vamos considerar um grupo de 10 pessoas e partir do princpio de que TODAS ESTO
UNIDAS POR UM MESMO IDEAL. Isso a base de tudo!
Criada a egrgora como j vimos antes (pela unio dos pensamentos direcionados aos
mesmos fins), cada vez mais energias de mesma sintonia so atradas para o
ambiente. Essas energias somadas, atuam imediatamente nas pessoas que ali esto,
e, em alguns casos, se for bem forte, j comeam a operar alguns "milagres", desde
que as pessoas estejam em estado de recepo (concentradas no ritual e ansiando por
receberem um bem).
As entidades (a eu j estou falando de seres espirituais) afins penetram e at so
atradas para o interior.
Entidades inferiores tendem a ser barradas por uma fora invisvel (a energia) que a
princpio incompatvel com suas vibraes (isso se tudo estiver "correndo bem").
Se uma entidade inferior for atrada para dentro da egrgora, ela fica de certa forma
subjugada pela fora desta e, desse modo, se consegue lhes dar um melhor
encaminhamento para outros planos espirituais.
As entidades afins usam parte dessa energia para auxiliar os que ali esto, na medida
de suas possibilidades.
A tcnica usada nos terreiros de Umbanda e Candombl para formar a egrgora inicial
(quando os grupos so bem dirigidos), est baseada nos rituais de "abertura".
J nas Igrejas Evanglicas e outras, consiste basicamente nas pregaes, que fazem
com que os adeptos se concentrem ou dirijam seus pensamentos de acordo com
a "pregao".
Se voc for um estudioso e no carregar preconceitos, notar que nessas "pregaes"
h sempre um direcionamento do raciocnio dos ouvintes, de forma a faz-los
pensar positivamente e acreditarem firmemente na possibilidade de alcanarem
os bens que foram procurar. Nesse momento, embora nem saibam s vezes,
esto gerando a egrgora.
Fazer com que a assistncia participe ativamente, pensando positivamente, deve ser
parte obrigatria de TODAS as giras de Umbanda.
Essa, no entanto, uma prtica esquecida e o que vemos em muitos terreiros uma
assistncia quase que sempre alheia, s participando em alguns momentos, de
preferncia quando vm de encontro ao que lhes interessa.
Dessa egrgora, como j disse, so retiradas as energias para a realizao dos
trabalhos, o que vale dizer que, se essa energia no for forte o suficiente, o mnimo que
pode acontecer acontecer nada.
Por outro lado, se a corrente ou egrgora das "giras" no for suficiente, vrias
complicaes podem acontecer, com o passar do tempo, sendo que o dirigente, por ser
o centro maior das atenes e para quem convergem as maiores quantidades de
energia ali geradas (e mesmo as trazidas pelos assistentes), quem sofre, por assim
dizer, as maiores conseqncias dos trabalhos realizados sem a devida segurana.
Veja abaixo alguns tipos de complicaes que podem ocorrer.
Complicaes que podem ocorrer ainda dentro da sesso:
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Essa aura, em sntese, uma massa energtica proveniente do interior do prprio ser e
formada pelas energias queesse ser produz, ou gera.
Por ser uma energia basicamente produzida pelo ser, traz em si as impresses de tudo
o que ocorre com esse ser, seja fisicamente, mentalmente ou espiritualmente, ou seja,
ela reflete aquilo que acontece com o ser em diversos nveis e, desse modo, capaz
de apresentar variaes se o indivduo est doente (fsico), se est calmo ou com raiva
(mental), ou se est sofrendo ataques de nvel espiritual.
Todas as doenas provocam impresses na aura e h ainda os casos de doenas que
ainda no chegaram matria, mas que j se mostram na aura por modificaes dos
tons de certas cores (energias).
Esses so normalmente os casos em que certos rgos, ainda que enfraquecidos, no
chegaram ao ponto de provocarem as sndromes ou sintomas da doena que vir.
O mais importante no nosso caso, no entanto, saber que essa aura, por estar
envolvendo o ser, funciona tambm como uma barreira para a entrada de energias
estranhas (nocaso de estar equilibrada), como as ambientais (egrgoras), as enviadas
por outras pessoas e at mesmo contra a entrada de certas entidades que,
normalmente, no deveriam ali se intrometendo. A aura nosso escudo natural.
Entidades e energias estranhas sempre procuram atuar positiva ou negativamente na
aura, sabendo que o que ali se processa vai fatalmente se processar na matria mais
adiante. Isso acontece desde os chamados "passes" at os "trabalhos mandados", e
no poderia deixar de acontecer nos casos de obsesso, quando entidades visam,
como primeiro passo, o enfraquecimento desse escudo natural para que suas vontades
possam alcanar com mais facilidade os indivduos-alvo.
Vamos considerar agora uma pessoa normal, que tenha a sua aura equilibrada, e
faamos de conta que uma entidade resolveu assumir seu comando ou obsed-la.
Os motivos para isso poderiam ser vrios, mas podemos destacar assuntos mal
resolvidos em encarnaes passadas, um trabalhofeito, etc.
Qualquer futuro obsessor, por mais imbecil que seja, jamais far ataques violentos
desde o primeiro encontro. S fazem esses tipos de ataques entidades ou elementais
que vm para executar um trabalho e, tendo conseguido alcanar seus objetivos, saem
procura de novas vtimas.
O futuro (ainda) obsessor, normalmente faz um estudo de sua vtima, sente quais so
seus pontos fracos, (aqueles que causam o enfraquecimento da aura) e programa seus
ataques com esse objetivo.
Suponhamos que a pessoa muito vaidosa, adora ser elogiada, gosta de ganhar
presentes e mdium praticante. O que far o obsessor? Vai afast-la dos "amigos"?
Vai fazer com que perca tudo?
No! claro que no!
Vai arrumar um jeito de se apresentar como um de seus protetores, vai produzir
trabalhos que provoquem os elogios dos clientes, vai incentivar o recebimento de
presentes e outras adulaes, tudo para que a pessoa, cada vez mais, possa nele crer
e com isso, cada vez mais lhe abra a guarda (favorea sua entrada na aura).
Quanto mais puder ficar junto pessoa, dirigindo-lhe os atos, mais os elos que os une
se fortalecem, at porque, mdiuns nessa situao costumam ficar cegos a
qualquer tipo de aviso e, no raramente, dispensam a proteo e o trabalho com
outras entidades que antes eram sempre presentes (sim, porque a essa altura
elas j devem ter se afastado) pelo fato de no lhe trazerem tanta notoriedade.
Falar em Deus? Qualquer entidade pode falar e at dar conselhos, desde que isso
seja o que a pessoa queira ouvir no seria esse um obstculo para quem tem um
objetivo maior.
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A coisa vai crescendo a um tal ponto que, quando se d conta (se que isso chega a
acontecer), o obsedado no tem mais para onde correr. Os elos que criou com o
obsessor foram to grandes que ele capaz de dirigir cada passo de sua vida e decidir
o que deve ou no ser feito. O que pode advir da...
Todos ns sabemos, at por prtica, que quanto mais se trabalha com uma
determinada entidade, mais fcil fica o entrosamento entre mdium e esprito.
como se as energias se entrelaassem com mais facilidade, e as incorporaes ou
mensagens transmitidas por outras formas se tornassem cada vez mais cristalinas.
Se, ao invs de uma entidade positiva esse trabalho se der com uma de no muito
boas intenes....
O grande problema nesta forma de obsesso que o esprito atuante s mostra seu
real objetivo quando o mdium est totalmente sob sua vontade.
So alvos fceis para possveis obsessores:
1. Pessoas inseguras ou que possuam complexo de inferioridade: essas pessoas, se
atuadas por uma entidade que lhes passe a sensao de poder, de que tanto
necessitam, entregam-se "de corpo e alma", na maioria das vezes sem nem mesmo
fazerem um estudo sobre o que lhes est acontecendo.
2. Pessoas vaidosas: principalmente aquelas que vem nas prticas espirituais ou
esotricas uma forma de conseguirem a ateno de muitos. Alis, a vaidade
excessiva est muito ligada aos complexos de inferioridade.
3. Pessoas que possuam vcios por substncias que alterem seus estados de
conscincia como lcool, maconha, cocana, etc: essas drogas por si, j favorecem
aproximao de entidades interesseiras, porque produzem expanso e um
enfraquecimento cada vez maior da aura. Esse tipo de pessoas costuma at mesmo
ser o alvo preferido, pois a eles sempre se achegam entidades que comunguem com
esses hbitos e podem absorver, atravs das auras desses incautos, as substncias
nas quais eles so viciados.
Estranhou quando eu disse que elas podem absorver atravs da aura? Pois observe
bem!
A aura normalmente irradia para fora as energias que o ser gera, como j disse antes.
Essas energias so os produtos finais de vrios processos inclusive os metablicos, ou
seja, aquilo que o indivduo come ou bebe, reflete-se em sua aura, no como forma de
alimento, mas como uma energia especfica que se mistura a outras energias geradas.
Acontece que, as energias produzidas por processos metablicos, assim como as
geradas por atividade hormonal, principalmente as que dizem respeito ao sexo, so as
de mais baixo teor vibratrio (no quero dizer com isso que sejam negativas) e por isso
mesmo so procuradas por entidades (espritos e elementais) que delas sabem fazer
uso.
Quando um indivduo bebe lcool ou faz uso de outras substncias txicas que
modificam seu estado de conscincia, sua aura se expande, se abre, e se torna menos
densa, provocando aquele estado de relaxamento e at torpor (esse , inclusive, um
processo utilizado por algumas entidades que pretendem "tirar a conscincia de seus
aparelhos") . A partir da, qualquer entidade poder penetrar na aura e absorver (sugar)
a energia que pretender.
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Nesses casos, o mais indicado que, aps o devido atendimento espiritual, fale-se ao
ex-atuado sobre sua real situao e suas necessidades doravante. Caso ele ou ela no
aceite cumprir o necessrio, fica caracterizada sua m vontade e desdenho pelo autoprogresso, o que, por conseqncia, deixar livre o grupo medinico e seu(s)
dirigente(s) de qualquer responsabilidade futura.
De forma alguma pode um dirigente ou seu grupo querer impingir novos
comportamentos e/ou prticas com as quais o paciente no concorde, da mesma
maneira que, de forma alguma deve-se considerar no caridoso o mdium que se
negar a atender novamente pessoas que, por no se esforarem e no cumprirem
todo um tratamento determinado anteriormente, retornam sempre com os mesmos
"problemas" e, no raramente, com alguns outros mais.
Se voc participante ou dirigente, ou mesmo freqentador de Sesses Espirituais, j
deve conhecer aquelas pessoas que vivem de problemas em problemas, casos aps
casos e nunca se do por satisfeitas. Elas esto por a em todos os terreiros, igrejas,
templos, etc.
Tm sempre "casos srios" a serem resolvidos e, menor repreenso por parte de um
dirigente e at entidades por conta da falta de esforo pessoal, acham-se "largadas",
"desfeiteadas", "abandonadas" pela Religio e seus adeptos.
E casos de obsesso de encarnado sobre espritos? Voc conhece?
isso mesmo!
H encarnados to "titubeantes", to inseguros e quase sempre to vaidosos que, ao
conseguirem alcanar a boa vontade de certas entidades, tornam-se verdadeiros
obsessores destas.
H uns 15 anos atrs, conheci um casal, sobre quem se sabia, "era muito
espiritualizado".
A senhora era dona de uma boa vidncia e tinha como protetora uma cabocla que, no
s nos momentos de consulta necessria, mas a qualquer momento do dia, era
convocada a prestar socorro dupla.
Contava-nos o senhor, "com ares de quem entende do negcio", que a cabocla de sua
senhora era to positiva que era capaz de inform-la quando "um trabalho estaria por
ser feito" e que era figura importante na resoluo dos problemas mais intrincados.
Contava-nos tambm que tudo o que estivessem por fazer submetiam antes ao critrio
da entidade que, por sua vez, determinava a melhor forma.
Numa determinada ocasio chegou a nos dizer que, quando estava por atravessar uma
rua e o trnsito se encontrava muito problemtico, no tinha dvidas: invocava a
cabocla e o trnsito se descongestionava, para que pudesse passar (nunca esqueci
esta histria!).
Que tal? No era tudo o que voc queria? J pensou ter uma caboclinha disposta a
executar todos os seus desejos? Isso Espiritismo?
Isso Umbanda?
Partindo-se do princpio de que todas as histrias eram verdadeiras, s nos resta
chegar concluso de que, se a cabocla no tinha "intenes outras" ao atender a
todas essas reivindicaes e servir de escrava para a dupla, sua bondade era tanta
que no se apercebia de que a estavam fazendo de "gnia particular", o que nada
acrescentava de valor aos seus padres evolutivos atuais e, ainda por cima, diminua
a possibilidade da dupla "aprender a andar com seus prprios ps" e,
consequentemente, evoluir.
Essa s uma passagem que ilustra a obsesso de encarnado para desencarnado.
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b) Que entidades verdadeiras, quando esto no comando, ensinam sim, mesmo que
em seu linguajar, diversas formas de limpeza astral traduzidas por banhos e
defumaes que visam a livrar consulentes e mdiuns das energias esprias e a
retonificar suas auras (e muitas coisas mais no domnio do esotrico, quase sempre
nas entrelinhas).
c) Que h muitas entidades e mdiuns totalmente despreparados para a misso de
dirigentes (Pais no Santo) nessas "umbandas" que se v por a. H uma grande parte
que acha que s porque "recebe uns espritos" j pode montar Terreiros e orientar
outros seres. Para esses, "os espritos sabem tudo e eles no precisam se preocupar".
Resultado? Um sem nmero de "terreiros e centros" que mais parecem grupos
folclricos, com desfiles de roupas, colares e cores de dar inveja a qualquer Escola de
Samba do segundo grupo. O fato de em algumas consultas, "as entidades"
conseguirem desvendar segredos da vidas de alguns, j o bastante para acharem
que esto cem por cento preparados. Esquecem-se de que por serem mdiuns, e por
isso mesmo sensitivos (pessoas que sentem, e nem por isso sempre
compreendem, as emanaes de outros) poderiam, se melhor treinados, desvendar
esses segredos at mesmo sem a presena de entidade alguma, e isso no
confirmaria que estivessem preparados para serem dirigentes de grupos espirituais
(cegos guias de cegos) e, principalmente, entrarem em demanda com o Baixo-Astral,
que no coisa com que se brinque.
Os rituais de desobsesso, expurgo, limpeza urica e outros mais, variam de Terreiro
para Terreiro e de Seita para Seita, mas eles existem e sempre devero existir para o
bem daqueles que se esforam no sentido de levar auxlio espiritual a quem quer que
seja, sob pena de serem eles amanh, os necessitados da vez.
Por que eu disse que variam de Terreiro para Terreiro, de Seita para Seita? Ser que
no existe um padro? No teriam todos os Terreiros de Umbanda que ter os mesmos
rituais? Se h tanta variao nos rituais, qual est certo e qual est errado?
Aguarde!
Certifique-se de que entendeu bem esse captulo e as mensagens que ele traz.
Anote suas dvidas e s depois passe para o captulo seguinte, quando trataremos
desse assunto.
Entender profundamente sobre obsesses fator primordial para quem se aventura na
prtica espiritual. Embora no nos tenhamos aprofundado tanto quanto pretendamos a
princpio, o que expusemos ao seu raciocnio j um bom comeo para compreender
sobre elas muito mais do que muito "pai no santo" lhe poderia ensinar.
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41
Quanto a inovar... Talvez para muitos "pseudos experts" e certamente para muitos
iniciantes, os conceitos aqui difundidos sejam inovadores, mesmo que pautados sobre
lgicas e ensinamentos seculares.
Derrubar vus sim! Esse meu principal objetivo, embora saiba de antemo que nem
todos os vus podem ser retirados, sob pena de "curto-circuito" geral em muitos
desavisados.
Na verdade, certos vus s podem ser retirados para os que realmente se
aprofundarem nos estudos esotricos (e no exotricos) da Umbanda. Esses vus so
retirados pelas entidades que j atingiram a condio de GUIAS (verdadeiros - no
todas as entidades s quais nos acostumamos a chamar de guias e que nem sempre
so), para seus afetos, e na medida em que consideram estarem eles prontos para
compreenderem.
Os vus que pretendo ir retirando so aqueles que enrazam o progresso mental dos
praticantes em pseudo ERS (segredos) que, luz do estudo e da lgica, tornam-se
simples e podem ajudar na compreenso de um sem nmero de outros "segredos".
Por que se mantm segredos sobre o que estamos aos poucos revelando?
Vrios podem ser os motivos e. entre eles. podemos destacar:
a) Ignorncia (ainda aqui no bom sentido): o dirigente que no tem conhecimento
suficiente, ao ser interpelado por um adepto apela logo para o tal "ER", ou a
"MIRONGA".
b) Necessidade de se fazer segredo de certos conceitos, para manter o adepto ligado
(quase sempre por medo) ao "pai no santo" (essa uma prtica comum e de valor
muito duvidoso). Essa prtica empregada h milnios por sacerdotes de quase todas
as religies e seitas que, para no darem as explicaes necessrias, pem a culpa no
ER, no DOGMA e outros "nomezinhos" que por certo inventam por a.
c) s vezes, porque a explicao de um acontecimento que parece simples aos olhos
comuns envolve a necessidade de tantas outras explicaes anteriores, que melhor
mesmo dizer que mironga, er, dogma etc, etc, etc.
Tudo isso posto, vamos ao que interessa, comeando por falar de prticas e rituais de
um modo geral, para tentarmos chegar concluso de quem tem os rituais e prticas
mais acertados.
Ser a Umbanda? Ser a Umbandombl?
Ser o Candombl? Ser a Universal do Reino de Deus?
Ser a Igreja Catlica? Ser O Kardecismo?
Quem estar certo afinal?
Quem o Deus verdadeiro?
Ser Olorun? Zambi? Jeov? Al?
Voc que estudioso e no se mantm preso a idias pr-concebidas sobre religio
alguma (e por isso mesmo chegou at aqui), j deve ter percebido que as prticas e
rituais das diversas seitas e religies so diferentes de Centro para Centro, de Terreiro
para Terreiro, e at de Igrejas para Igrejas que seguem uma nica doutrina (segundo
eles).
J se perguntou por que? J percebeu que, por mais que tentem, sempre h
diversificao de prticas e rituais nas mais variadas religies?
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Vamos comear por explicar o que religio pelo estudo da palavra que vem do latim
"RELIGARE" (RELIGAR).
Baseado na raiz da palavra e seu significado, conclumos que religio quer dizer
"RELIGAO". Com o que? Ora, com o que...
A palavra religio est diretamente envolvida com a religao daqueles que forem seus
adeptos ao que se compreende como DEUS (resumidamente explicando).
Mas que DEUS?
A Igreja Catlica diz que ao seu (Deus)!
Os judeus dizem que ao seu (Jeov)!
Os evanglicos dizem que ao seu (que no se sabe bem se o mesmo Deus Catlico
ou o Jeov do Antigo Testamento).
Os muulmanos no aceitam outro que no seja Al.
Para agradar a "gregos e troianos" h aqueles que dizem ser vrios nomes de um
mesmo Ser Superior, o que fatalmente no aceito pelos diversos adeptos at mesmo
porque, se voc se dedicar a estudar as doutrinas de cada uma dessas religies
(teoricamente ditadas pelo Ser Superior que as intuiu), ver que so to diferentes...
Na verdade, se no fossem, no haveria espao para tantas religies. Bastaria que
todos rezassem pela mesma cartilha. Ou ser que o nico Ser Superior ditou
doutrinas diferentes, em regies diferentes, apenas para causar essa diferena
entre religies...?
Pelo texto se conhece o escritor.
Pela pintura pode se conhecer a alma de um pintor.
Pela doutrina se percebe as intenes do Ser que a ditou! E se essas doutrinas so
diferentes, de se supor que no foram ditada pelo mesmo SER.
Vou adotar como nome desse Ser Superior a palavra DEUS (com todas as maisculas)
que a mais conhecida, mesmo nos meios Umbandistas.
Supor-se que no tenha havido uma causa primeira, geradora de todas as coisas (at
mesmo do chamado BIG BANG), e que essas coisas (todo o universo criado) tenham
surgido do NADA sem que para isso concorresse alguma fora superior (que os
Maons chamam de Grande Arquiteto do Universo), um tanto sem sentido.
Consideremos ento que a Energia criadora chama-se DEUS.
Religio, nesse caso, seria a religao do ser encarnado com suas razes criadoras e,
portanto, com esse DEUS, pouco importa por que caminhos sejam.
Nesse caso, desde que um grupo qualquer, em qualquer lugar do mundo, esteja
trabalhando sobre si para alcanar novos nveis de conhecimentos e prticas que os
leve na direo do CRIADOR, seguindo a doutrina que escolher, ele estar praticando
RELIGIO.
Por outro lado, se as prticas e rituais do grupo visam muito mais a busca dos
valores materiais, a despeito dos espirituais, a prtica deixa de ser de RELIGIO,
pois no procura a religao do ente encarnado com seu CRIADOR e sim com a
matria.
Visto por esse lado do prisma, todas as reunies Espritas, sejam de Umbanda,
Kardecistas e tambm os Candombls, bem assim como Cultos Evanglicos,
Catlicos, Muulmanos, etc, podem ser consideradas RELIGIO, desde que cumpram
o objetivo de tentar religar seus adeptos ao Poder Criador, ao DEUS UNIVERSAL.
Na busca pelo DEUS UNIVERSAL, vrias so as doutrinas ou cartilhas que podem ser
adotadas, mas sejam elas quais forem, devero sempre ensinar ao homem como
crescer espiritualmente para mais facilmente encontrar o seu caminho.
A funo da RELIGIO dar conhecimento de prticas e rituais que elevem o ser a
nveis superiores de conscincia. Somente atravs da elevao da conscincia do ser
encarnado, ele estar a caminho de encontrar-se com seu CRIADOR.
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V-se bem, por essa seqncia lgica, que no basta estar reunido e falando de Deus,
ou Jeov, ou Olorun, etc, que se est fazendo religio. H algo muito mais profundo
no sentido dessa palavra que, infelizmente, esquecido por muitos.
Estaremos fazendo religio sempre que nos predispusermos a "sair de dentro da
casca" e abrirmos nosso corao para o mundo, buscando, seja l por que prticas,
nossa elevao, e se possvel, a de outros seres com menos compreenso. Da
porque pregam tanto a chamada caridade que, na sua essncia, no deixa de ser
uma prtica em que a pessoa se esquece de seu "mundinho" por alguns
instantes que seja, no sentido de fazer um bem a outrem.
S o fato do encarnado se desprender de suas atribulaes e agir com amor por
alguns instantes j faz com que naqueles breves momentos seu EU esteja se
religando.
importante que se diga, no entanto, que, se a caridade no for feita de boa vontade,
com a verdadeira inteno de auxlio e com o conseqente desprendimento de si
mesmo, ela no estar funcionando como religao ou religio. o caso daqueles que
acham que, por darem esmolas nas ruas compraro o afeto de DEUS. Na maioria das
vezes, estaro acostumando o ser ali presente ao dinheiro fcil.
Caridade faria se o levasse, lhe desse bons tratos e orientao para que buscasse seu
prprio caminho na vida.
A verdadeira caridade aquela que faz com que o ser d a vara de pescar e, com
amor, ensine seu uso. Dar o peixe saciaria a fome momentaneamente. O aprendizado
do uso da vara de pesca d ao aflito a condio de conseguir aps, muitos outros
peixes com o que se alimentar ou negociar.
Considero religio explicado. Daqui para a frente, quando me referir religio, estarei
me referindo verdadeira religao.
Em relao s prticas e rituais utilizados pelos diferentes grupos ditos religiosos,
podemos dizer que elas acontecem mais pela interpretao que os dirigentes de cada
Templo, Igreja ou Terreiro d aos ensinamentos que lhe foram passados (normalmente
por quem lhes ensinou a doutrina que professam), e continuam sendo passados
(intuitivamente) pelo acompanhamento espiritual de cada um.
isso mesmo! No porque o encarnado no esprita que no recebe parte de seu
aprendizado de entidades espirituais no!
lgico que no admitem que sejam espritos! Seria "dar muita canja" aos chamados
espritas. A esses ensinamentos do s vezes o nome de "sopro divino", dizem que foi
o "esprito santo" quem lhes soprou...
Mas deixa pra l!
O que importa sabermos que, mesmo que leiam e preguem a mesma cartilha, voc
poder observar variaes nos cultos e missas de Templo para Templo de u'a mesma
religio.
Ora, se eles que tm como livro de consulta padro apenas um livro (que tem que ser o
mesmo para todos), variam, como que religiosos de outras linhas de evoluo, que
no tm um livro padro por onde se guiarem poderiam executar rituais exatamente
iguais?
Levemos em conta ainda que, em se tratando de grupos espritas, de contato
efetivo com entidades astrais, os ensinamentos costumam vir com muito mais
freqncia e normalmente adaptados condio de cada Centro ou Grupo de
Trabalho. E exatamente essa adaptao que faz com que as prticas e os rituais
sejam s vezes to diferentes.
Mas o problema no est na diferena? Est em saber quem est mais certo?
Pois a resposta : TODOS ESTARO CERTOS QUANDO SUAS PRTICAS E
RITUAIS SE DIRECIONAREM PARA O QUE SE CHAMA RELIGAO OU RELIGIO.
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ser dito, no com aquele ar de raiva ou de quem fala apostando em seu retorno, mas
torcendo at para que o dissidente (no bom sentido) encontre seu verdadeiro caminho,
seja ele qual for, afinal de contas, NINGUM DONO DE TODAS AS VERDADES e o
principal objetivo das religies e Seitas, como j foi dito, a EVOLUO do Ser
Encarnado, independentemente do caminho que ele escolher.
No vou expor ou analisar, nesse primeiro volume, os rituais que devem ou deveriam
ser seguidos pela Verdadeira Umbanda. Isso ficar para um prximo volume, at
porque, na essncia, j explicamos que, sejam eles quais forem, se conseguirem
sintonizar mdiuns e demais participantes com as vibraes (energias) positivas que
devem energizar os trabalhos, (qualquer tipo de), eles estaro trilhando o caminho
certo. Falaremos sim, e analisaremos algumas prticas Umbandistas e outras que,
embora muitos afirmem serem, no passam de crendices que ficaram enraizadas no
inconsciente coletivo criando TABUS e LENDAS que chegam a desfigurar a Umbanda,
quer como Seita, quer como Religio.
Para comear preciso que fique claro que:
1. Para se considerar Dirigente de um Grupo Umbandista necessrio que a pessoa
receba ensinamentos adequados (tanto Exotricos quanto Esotricos) e principalmente
os aprenda e os ponha em prtica.
2. De boas intenes, vaidosos e pretensiosos, o inferno est cheio.
3. Quando uma pessoa se predispe a assumir a responsabilidade de ser dirigente,
orientadora, pai ou me no santo de algum, deve ter em mente que, ainda que no
pretenda ou perceba, cria laos energticos, s vezes de difcil dissoluo,
principalmente se se meter a fazer a Iniciao com as bases Esotricas mais
profundas, o que inclui a necessidade de conhecer profundamente as prticas que
vai utilizar, bem assim como seus possveis efeitos colaterais, de forma a que possa
sempre ter uma sada para uma possvel demanda com o Baixo-Astral.
4. Entidades Espirituais no so obrigatoriamente conhecedoras de todas as
"mirongas" necessrias para todos os trabalhos, principalmente as que chegam
amide nos Terreiros, Mesas, etc, e por isso mesmo trabalham em falanges, como j
vimos. Mas, ainda assim, se os mdiuns no lhes derem chance de se expressarem
perfeitamente, pouco podero ensinar de proveitoso, de vez que mdiuns no
preparados corretamente, no raramente "brecam" mensagens quando sentem que
no esto de acordo com o que eles pensam ou aprenderam pela boca de outros.
Isso posto, vamos comear explicando o que Exotrico e o que Esotrico.
Para incio de conversa, tudo o que ESOTRICO, ou seja, todos os conhecimentos,
seja de que Seita ou Religio forem, algo NO ACESSVEL AO DOMNIO
PBLICO, ou seja, s ensinado a quem atinge certos graus de Iniciao dentro dos
caminhos que escolheu.
Para as prticas que chegam ao domnio pblico, se d o nome de EXOTRICAS, pois
normalmente no passam do superficial, utilizvel sem muitas conseqncias,
possivelmente nefastas.
O significado dessas duas expresses nem sempre do conhecimento dos iniciantes
de quaisquer grupos religiosos ou sectaristas e, por isso mesmo, aqui vai um ALERTA
aos menos avisados, que vem nas televises, rdios e revistas, um sem nmero de
"velas do amor", "gnominho da fortuna", "pedras da felicidade" e por a vai.
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Tudo isso uma tremenda besteira, criada em nome de um pretenso Esoterismo (que
se fosse, j teria se tornado Exoterismo, s pelo fato de ter vindo a pblico), mas
que na verdade no passa de um "comrcio rasgado" de fetiches e amuletos, sem o
menor valor prtico, sendo que Esotrico muito menos.
Posso afianar inclusive que o contato com seres da Natureza, da forma que se
pretende estar fazendo, pode at trazer conseqncias bastante desagradveis para o
praticante que no tem conhecimento real sobre como lidar com esses seres, no caso
deles lhes trazerem aborrecimentos, o que pode acontecer de uma hora para outra.
Na verdade, as pessoas so levadas a pensarem que o contato com Slfos, Gnomos e
outros pequenos seres, sempre lhes ser positivo, quando isso a mais deslavada
MENTIRA.
So levadas a pensarem que o simples contato com pedras semi-preciosas pode lhes
trazer felicidade, amor ou seja l o que for, quando isso MENTIRA.
So levadas a pensarem que, se acenderem uma vela "especialmente preparada"
(mentira, elas so feitas em srie), sero capazes de alcanar a sade, etc, quando
os pseudo esotricos sabem que MENTIRA.
Qualquer Verdadeiro Esotrico sabe que, seja qual for o amuleto, s funcionar como
tal quando "energizado" por rituais de consagrao especiais, de forma a lig-lo com
a pessoa que dele far uso, e que nem de longe essas peas fabricadas em srie
teriam ou poderiam ter a fora que a elas se atribui.
Qualquer estudante do Verdadeiro Esoterismo, ainda que em seus primeiros passos,
sabe que "se chegarem a funcionar" em qualquer situao, ser to somente pela F
daqueles que deles fazem uso e que, sendo pela F, no tm que ser os amuletos
indicados pelos tais pseudo esotricos.
Na Umbanda, Umbandombl e Candombls, a despeito de tantos avisos feitos por
vrios bons pesquisadores, at os dias de hoje ainda vigoram as vendas das famosas
"guias de Ogun", "de Oxossi", dos ps secretos do tipo "arrasa quarteiro" e outras
bobagens mais que, na maioria das vezes, no passa de P de Giz (e at mesmo o
conhecido "p de mico") embrulhado em saquinhos especialmente preparados para
iludir os que esto sempre prontos para "fazerem das suas".
Anda-se por certas casas comerciais que vendem apetrechos para os cultos e
encontra-se at "assentamentos" prontinhos para serem usados nos rituais e j
endereados a este ou aquele orix.
Infelizmente, tenho que ser rude e lembrar o dito popular: "O que seria dos espertos
se no fossem os otrios"?
Quer ver mais uma?
Por volta de 1984 havia uma colega professora, passando por problemas de ordem
fsica e emocional, que procurou um certo pai no santo na cidade do Rio de Janeiro,
para que seu sofrimento fosse aliviado.
Aps as primeiras consultas, foi descoberto pelo "babalorix" que a colega deveria - no
linguajar dos ritos afros - dar um ob.
Feitos os preparativos, comprado o material e pago o servio, marcou-se o dia e a hora
para o ritual.
Para desespero de minha colega, seus parentes do norte (ela era proveniente de l)
chegaram em visita um dia antes, fato que, de certa forma, a impediria de concretizar o
ritual na data prevista, at porque, como "toda boa usuria", ela no queria que a
famlia soubesse que tinha recorrido a esse tipo de trabalhos.
O que fez minha colega? Telefonou para o "babalorix" explicando sua situao.
Tudo estaria bem, se no fosse a resposta que recebeu pelo outro lado da linha.
Segura essa, irmo!
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"No h problema algum. No dia e hora marcados deitarei uma filha de terreiro e
farei o ritual em sua inteno".
Foi o primeiro ritual de obi feito na inteno de que ouvi falar!
Esse fato s se tornou de meu conhecimento porque, lgico, o tal ob no surtiu efeito
algum e essa colega resolveu comentar comigo sua situao e sobre os "trabalhos"
que j fizera buscando solues.
At para mim, que sempre gostei de desafiar tabs, esse fato foi chocante. So coisas
como essas e outras mais, feitas por indivduos que visam o lucro a despeito dos
resultados, que vo desacreditando as Seitas e Religies.
Partindo para o lado da ironia, perguntei a ela se ele no poderia tambm "raspar, e
coroar" seus orixs, ou seja, fazer logo um servio completo atravs dessa filha de
terreiro.
E da? culpa do Candombl? culpa de todos os praticantes ou seria da hipocrisia,
da desonestidade desse pseudo babalorix?
O caso dela foi apenas um de que tomei conhecimento. Mas quantos "obis" para outras
pessoas esse sujeito realizou dessa forma?
Quantos mais foram iludidos dessa maneira?
Por falar em tabs, vou lhe contar uma "quebra" feita por mim que j pode ter sido at
realizada por outros mas que, certamente, vai contra aquelas coisas que "se aprende
como verdades absolutas" e que na verdade no tm qualquer embasamento, seja
espiritual, seja fsico, energtico, etc, mas que se voc for tentar explicar, muitos diro
que maluco.
Pois muito bem! Vou contar o fato e tentar explicar baseado em princpios fsicos que
acabam se refletindo nas esferas espirituais tambm.
Todos sabemos que nas passagens de ano (31/12 para 01/01), todo mundo procura
usar roupas claras, de preferncia brancas, achando que essa prtica lhes beneficiar
de alguma forma (ser?).
Na passagem de um certo ano para outro, tomei coragem e, sem que houvesse
qualquer determinao espiritual, resolvi me vestir de preto.
Coloquei uma cala preta, uma camisa preta e uma sandlia preta.
Gosto de ver aquelas sesses quase sempre folclricas, que acontecem nas praias da
cidade onde, em grande parte das vezes, o que se v um show de demonstraes
(verdade para quem quer verdade) com "incorporaes" inexistentes (basta ter um
pouquinho de vidncia), embora sempre me causem certa tristeza ver rituais e prticas
serem assim expostos. Na verdade vou assistir mesmo como se fosse um SHOW.
Todo de preto como estava, lgico que fui observado por muitos "passantes" e
freqentadores dos terreiros, sempre com um ar de, seno curiosidade, at mesmo de
receio.
Alguns amigos que encontrava e me perguntavam sobre o porque do "pretume",
respondia apenas que tinha sentido vontade.
No primeiro dia do ano, para no ficar diferente, preto total eram as minhas roupas.
Fui casa de uma senhora amiga, preocupado com sua filha que poderia, como era de
meu conhecimento, ter embarcado naquele "Bateau Mouche da Morte (foi exatamente
nessa passagem de ano).
L chegando, deparei-me com outra senhora, que vinha a ser a Ialorix do Terreiro que
minha amiga freqentava e que, ao me ver todo de preto, no podia ter ficado calada...
Tentar explicar a uma pessoa de certa idade, principalmente com "fartos
conhecimentos no santo" de que era um teste e que eu tinha o direito de execut-lo a
despeito da crena dela de que era altamente negativo, voc h de convir que "no
mole"...
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Tentei por algumas frases, fui contestado e at repreendido de certa forma, por ser eu
um esprita e ter feito aquela "asneira".
FOI UM DOS MELHORES ANOS QUE PASSEI EM TODOS OS SENTIDOS.
A explicao mais detalhada me veio muito depois e, se voc acompanhar o raciocnio,
poder entender porque o preto, que tantos temem, pode ser to positivo em certas
ocasies.
Vou procurar ser o menos complexo possvel.
Todos que estudaram fsica na escola sabem que os objetos que vemos coloridos,
assim so porque refletem a cor proveniente do espectro solar.
A luz solar na verdade uma mistura de um punhado de cores.
Dessa forma, se incidir sobre um objeto que reflita a luz vermelha, ns
o veremos como um objeto vermelho. Se incidir sobre um outro que reflita o azul, ns o
veremos como um objeto azul. Anote isso!
Sabemos, pela fsica tambm, que a LUZ UMA FORMA DE ENERGIA (anote isso
tambm!). Nesse caso, a luz uma forma de energia que podemos ver refletida em
todos os objetos que enxergamos.
Agora preste ateno!
Se voc veste uma roupa vermelha, isso quer dizer que voc est usando um objeto
que reflete (manda de volta) a energia vermelha, o que faz com que voc no a
absorva, ou absorva apenas parte dela, ou seja, de uma certa forma essa roupa
funciona como um escudo para a energia que se traduz visualmente pela cor vermelha.
Tudo bem at a?
Se considerarmos ainda aqui os conceitos dados pela fsica para a cor branca e a preta
veremos que a branca uma cor que reflete todas as cores do espectro (ou seja,
manda de volta todas as energias do espectro), e a negra significa ausncia total de
cor, e por isso mesmo funciona como elemento de atrao para todas as cores
e energias.
Isso , inclusive, provado na fsica pelos efeitos de absoro do que l chamado de
"corpo negro".
Todos os objetos negros absorvem, por exemplo calor (que uma outra forma de
energia), muito mais facilmente que os brancos e infinitamente melhor que os polidos
que as refletem muito mais. Se voc duvidar, experimente sair de preto em um dia de
bastante calor.
Depois troque a roupa para a cor branca e sinta a diferena.
Se voc conseguiu acompanhar at aqui, agora vai ser fcil entender.
Objetos negros absorvem energias com muito mais facilidade que os de qualquer
outra cor.
Alegria energia!
Bons pensamentos e desejos sinceros de sucesso geram formas-pensamento
condizentes, que so energias!
Todas aquelas festas e comemoraes pela passagem do ano e f num ano que se
inicia, cria nos ambientes e egrgoras favorveis, que so pura energia.
Aconteceu que, ao vestir preto, enquanto a maioria refletia as cores brancas e portanto
mandava de volta uma vasta gama de energias, eu as absorvia, ou seja, o preto
as absorvia e, por estar em contato com minha pele, eu era o beneficiado.
A cor preta jamais dever ser usada, pelo que expliquei acima, em ambientes de dor
(enterros, hospitais, etc), porque seu usurio fatalmente seria atuado pelas energias
negativas desses locais.
Em ambientes festivos, no entanto, ela pode ser usada perfeitamente por qualquer
pessoa, inclusive e at sabiamente (porque no?), por pessoas espiritualizadas.
51
mdium no esteja presente, pode vir a ser um problema para esse mdium, de vez
que as energias envolvidas no momento sero as da(s) entidade(s) e as do orientador
e no as do mdium.
Se houver confiana mtua no entanto...
J entrei demais no esotrico da coisa. Vou parando por aqui, por enquanto.
Vamos para o item "b", que sobre as oferendas com comidas e matanas, usadas em
Terreiros que se dizem de Umbanda Pura e tambm pelos Candombls.
Desde a mais longnqua antigidade os pr-humanos e os homens que surgiram
depois, sempre tentaram alcanar as benesses de seres superiores (que ns
conhecemos pela histria como deuses) atravs de presentes, que julgavam ser do
agrado destes.
Sem entrar muito profundamente na histria de cada religio, podemos ver aluses a
oferendas, inclusive com matana de animais, at mesmo no chamado Antigo
Testamento, tendo sido inclusive o fato de Jeov no ter aceito a oferenda de Caim to
bem quanto aceitou a de Abel, o que desencadeou o cime, inveja e posterior
assassinato de um pelo outro.
certo tambm que, com o passar dos tempos, muitos hbitos antes tidos como
fundamentais, foram se modificando em todas as Religies e Seitas, baseados na
pressuposio de que no teriam real fundamento porque o Deus que procuram no
pode mais ser ligado aos presentes materiais, como os que ento eram
oferecidos, no que todos esto cobertos de razo.
Como j disse antes, se entidades que no chegam a serem deuses, por terem
alcanado um nvel evolutivo maior, j no se prendem s coisas materiais, que dir
um Deus, seja ele quem for.
Por que ento as oferendas na Umbanda? Por acaso no seria para alcanar as
benesses dos Orixs e do prprio DEUS?
Vamos tentar conduzir seu raciocnio, ainda mais uma vez, da maneira mais
simplificada possvel, mas para isso comece por esquecer aquela forma de um senhor
de barbas, onipotente e onipresente, que sempre lhe tentaram impingir como se fosse
O Criador.
Preste ateno!
DEUS
Forma energtica primeira, da qual se formaram todas as coisas e Seres (que por
serem provenientes de uma Energia Me, no deixam de ser tambm formas
energticas mais densas ou menos densas), e no um SER PESSOAL que possa se
contatar com os encarnados como pensam alguns. Para os Maons, como j disse: "O
Grande Arquiteto do Universo".
ENERGIAS
Tudo no Universo energia, em estado de maior ou menor densidade, e com
diferentes formas de montagens de seus tomos e molculas.
Aps a chamada Criao, O DEUS UNIVERSAL continua a se desdobrar em uma
infinidade de energias que circulam por todo o Universo criado e no s pelo planeta
Terra que no nem nunca foi o Centro do Universo (em outros tempos eu estaria
na fogueira se afirmasse esse fato mais do que provado nos dias de hoje).
Se uma energia me se desdobra, sempre h as primeiras energias que partem dela e
que, depois tambm vo se desdobrando, interagindo e formando outros tipos de
energia. Veja se voc entende a figura abaixo.
54
Trata-se de uma figura que representa a refrao da luz solar atravs de um prisma. Ao
passar pelo prisma, a luz, anteriormente branca, se decompe em diversas outras
cores, sendo que as visveis para ns esto aqui representadas.
As trs primeiras cores que se formam so as que conhecemos como cores primrias
(indivisveis) que so o AZUL, o AMARELO e o VERMELHO.
Todas as outras se formam pela ao dessas trs cores, umas sobre as outras. Dessa
forma o VERDE composto pelo AMARELO com o AZUL, o LARANJA formado pela
soma do AMARELO com o VERMELHO, o VIOLETA formado pelo VERMELHO mais
o AZUL...
Assim como a luz (energia) do Sol, supe-se que essa energia me (ou pai, se voc
faz questo) em seu processo de desdobramento, decompe-se primeiramente em trs
energias primrias (lembra-se da Santssima Trindade?) que, posteriormente, por
interaes, geram mais quatro energias que voltam a interagir entre si e entre as
primrias, gerando outras energias... e por a vai.
Expliquei isso tudo para que voc entendesse o que ORIX, como visto pela
Verdadeira Umbanda.
Se fizermos uma analogia entre as cores da refrao solar e as energias primeiras que
se supe serem geradas pelo CRIADOR UNIVERSAL, as sete primeiras energias ou
cores seriam os Sete Primeiros Orixs gerados (ou RAIOS como so chamados em
outras filosofias), ou VIBRAES ORIGINAIS, o que indica que ORIXS, para a
Umbanda Verdadeira, so formas energticas de purssimo padro vibratrio,
impessoais como o prprio CRIADOR e, portanto, jamais receberiam oferendas
materiais como as que se vem.
Quem realmente recebe as oferendas ?
Respondeu certo quem disse: Os Elementais da Natureza.
Ah! Mas voc disse que eles poderiam at ser perigosos, em certas ocasies! E a,
como que fica?
Eu disse e torno a dizer que o trato com Elementais pode ser perigosssimo para os
que no sabem se precaver, e por isso mesmo que, na Umbanda, o trato com esses
seres feito atravs daqueles que realmente sabem e podem, com segurana,
determinar junto a eles as diretrizes desse ou daquele trabalho nossos Guias e
Protetores.
Somente iniciados avanados podem manter um certo relacionamento com esses
seres, sem correrem o risco de serem envolvidos por certos artifcios que eles to bem
sabem executar.
No que seja to difcil entrar em contato com eles, no! O problema est,
principalmente, na tendncia dos humanos quererem fazer desses seres os seus
"geninhos particulares" (como tentam fazer com entidades espirituais), pensando
que so mais inteligentes e podem compr-los com as oferendas que colocam em
certos lugares, sem se preocuparem com mais nada.
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e julgam no poderem mudar o que entendem como imutvel. Para esses eu s tenho
a dizer que, em 30 anos de Umbanda (estamos e 1999), ainda que fosse para salvar
vidas infestadas de elementais e larvas projetadas por certos quimbandeiros, eu jamais
tive de executar um sacrifcio animal.
Mesmo em rituais chamados por alguns de "troca de cabea" (isso para quem
entende da coisa), execues de animais nunca foram necessrias.
Como? Troca de cabea ritual especfico dos rituais de nao?
Ledo engano, meu irmo!
Esse tipo de ritual j era utilizado por civilizaes to antigas que j foram at extintas
e, em muitos casos, com sacrifcio de vida humana, para que as "divindades", em
troca, lhes proporcionassem bens nas mais variadas situaes de vida.
Os rituais de "troca de cabea", como so conhecidos nos dias de hoje, so meras
adaptaes de rituais antigos onde, na sntese, se busca tirar de algum um certo mal,
atravs da transferncia da atuao que essa pessoa sofre, para um animal de duas
ou quatro patas que, segundo a regra, deve ser sacrificado a seguir para que sua
energia vital possa ser absorvida pelos elementais ou elementares (nesse caso,
verdadeiros vampiros) que atuavam no ser humano como obsessores.
O ritual em si, lgico que eu no ensinaria aqui e nem aconselho a qualquer iniciante
ou mesmo pseudos pais no santo a tentarem meter a mo nessa "cumbuca".
Esse um tipo de ritual perigosssimo, por colocar o mdium em contato direto com as
formas elementais do mais baixo grau, e que, por isso mesmo, s pode ser
perfeitamente executado por quem tenha recebido ordenao dos Espritos Guias
Verdadeiros e no aqueles que tenham sido "coroados" por serem amigos do pai ou
me no santo, sob pena de conseqncias nefastas.
Vamos parando por aqui!
os conceitos de HONESTIDADE e RESPEITO, pois sem isso, mais cedo ou mais tarde,
acabar por se tornar presa fcil do Baixo-Astral.
Isso posto, vamos adiante.
O que faz uma pessoa procurar o Espiritismo e, em nosso caso, a Umbanda?
Antes de prosseguirmos, vamos dar o real significado da palavra Espiritismo, para que
alguns apressadinhos no venham a dizer que Espiritismo s o Kardecismo como eu
j ouvi falar.
Espiritismo (est at no dicionrio) esprito + ismo palavra formada pelo radical
"esprito" (alma ou sopro imortal) mais o sufixo grego "ismo" (crena, escola ou
sistema): Doutrina fundamentada na crena da existncia de comunicaes, por
intermdio da mediunidade, entre vivos e mortos ou espritos encarnados e
desencarnados.
A Umbanda portanto, est enquadrada totalmente no conceito da palavra que no , de
forma alguma, privilgio Kardecista.
Veja bem! Se formos analisar os motivos que levam as pessoas a procurarem a
Umbanda (e at mesmo outros grupos religiosos), veremos que estaro
invariavelmente dentro de uma das seguintes situaes:
a) Esto com problemas de sade (ou tm algum conhecido nessa situao) e, no
procuraram ainda um mdico, seja por que motivo for, ou j o fizeram at
insistentemente, sem lograrem xito em suas tentativas;
b) Esto com dificuldades na vida amorosa, financeira ou familiar, provocadas por
perturbaes inexplicveis;
c) So curiosos e querem ver de perto esses "milagres" que dizem acontecer no
Espiritismo;
d) Esto passando por problemas que j detectaram como de fundo espiritual e
precisam de orientao;
e) Sentiram-se atrados sem que nem bem soubessem o motivo (caso bem mais raro).
Em qualquer caso acima citado, todos precisaro desde a primeira fase de seu
entrosamento com o culto, de orientaes claras que lhes possibilitem vislumbrar uma
possvel soluo para seus problemas, e para isso, os responsveis pelo Templo
devero estar cientes das responsabilidades que assumiro, a partir do momento em
que se predispuserem a ser seus orientadores.
Em se tratando de pessoas que, por quaisquer desses motivos, tenham realmente que
receber treinamento para trabalharem sua mediunidade (o termo esse mesmo
receber treinamento), h de se convir que a responsabilidade torna-se ainda maior
porque, uma pessoa que se entrega em confiana para que um dirigente ou pai no
santo venha a tratar de algo que pode mexer com seu EU mais profundo, o que pode
inclusive (se mal orientado) levar a pessoa loucura, tem que ser respeitada, aprender
a respeitar, ser tratada com honestidade e aprender a ser honesta com seus protetores,
seus semelhantes, seus Guias, etc.
A primeira lio que o mdium tem que aprender a da lealdade e da honestidade.
Conforme j disse em captulo anterior, o mdium que inicia seu caminho sem entender
o que ser honesto consigo mesmo e suas entidades j estar iniciando o caminho
com os ps na lama, e correndo o risco de afundar em bem pouco tempo.
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Ainda que mal comparando, se voc tivesse dvidas sobre uma determinada matria
na escola, a quem voc procuraria para san-las?
A quem entendesse melhor do que voc, ou a algum que estivesse numa srie abaixo
da sua? O que um aluno da primeira srie pode ensinar de positivo (na matria em
questo) para um aluno da terceira srie se ele ainda nem chegou l?
Exs so altamente positivos quando se trata de resolver trabalhos atravs de energias
bastante densas? Sim!
Exs so capazes de atuar sobre a matria fsica muito mais facilmente que uma
entidade do tipo "luminar"? Sim!
Exs so capazes de curas espirituais? Sim, sempre que esto trabalhando sob a
orientao positiva!
Exs conseguem contato medinico mais facilmente que entidades mais evoludas?
Sim!
Qualquer NO a perguntas como estas seria hipocrisia ou total desconhecimento sobre
como as energias mais densas ou menos densas podem atuar sobre a matria.
Se, no entanto, as perguntas fossem como as que se seguem:
Ex pode assumir o comando da orientao medinica de um filho no santo?
Ex pode orientar um mdium por caminhos de real evoluo espiritual?
Ex pode determinar como devero ser os trabalhos para a "coroao" de um mdium
de acordo com seu orix?
Ex pode assumir a "coroa" de um mdium como se fosse seu orix?
Para todas estas perguntas a resposta certa NO! A despeito de todo o carinho que
devemos ter para com essas entidades, preciso que fique bem claro que Ex vem na
Umbanda como auxiliar das verdadeiras entidades deste culto.
Se hoje em dia vemos por a, Fulano de Belzebu, Cicrano de Lalu e outros mais, pode
ter certeza de que, ainda que queiram se dizer umbandistas, jamais o foram ou sero.
Ex s assume comando quando o templo de Quimbanda. Nem nos rituais Afro de
raiz, Ex tem permisso para assumir a orientao de quem quer que seja, pois l eles
so considerados mensageiros dos Orixs.
Mas porque estou falando de Ex, quando o assunto preparao de mdiuns? Muito
simples e um tanto complicado como vamos ver.
Vamos considerar que um mdium procura um terreiro para se orientar, no que tange
sua mediunidade e, em l chegando, percebe-se que sua sensibilidade j despontou e
que urge que ele continue a freqentar as giras de desenvolvimento (quando elas
existem).
O que normalmente acontece a seguir que esse mdium passa a freqentar o terreiro
e nem sempre devidamente orientado pelo(s) seu(s) dirigente(s), para que comece a
estudar sobre as coisas que ali acontecem e que podem acontecer quando ele vai
abrindo a guarda para "o que der e vier", assim como, em conseqncia de um
desenvolvimento desorientado, comea a "dar a cabea" para qualquer tipo de
vibrao que se aproximar (voc pode at rir: eu j vi gente que se dizia
mediunizado pelo "cavalo de ogun") sem saber exatamente o que fazer ou como
fazer.
H alguns outros que, estando em giras de desenvolvimento, "no recebem quase
nada", mas quando se trata de uma gira de Ex...
Nos dois casos, o primeiro pela ignorncia (no bom sentido) e o segundo pela afinidade
(perigosa nessa etapa de desenvolvimento), o mdium corre perigo de comear "com o
p esquerdo", a no ser que, no primeiro caso, tenha um acompanhamento espiritual
bastante positivo que, desde o comeo assuma o comando de seu "aparelho".
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No segundo caso, aqueles que por afinidade se sentem melhor desde o incio em giras
de Exs e Bombogiras, pode significar que:
O mdium sofre atuao direta de espritos dessa categoria, sem que para isso
concorra sua vontade, o que impede que entidades de maior grau evolutivo se
aproximem. O orientador deve, nestes casos, providenciar o afastamento dessa(s)
entidade(s), para que os protetores reais possam se revelar.
O mdium seja um admirador dos Exs e Bombogiras, o que o sintoniza bem com
essas entidades e facilita-lhes a atuao, com conseqncias idnticas ao caso
anterior. O orientador deve fazer ver a esse filho que ele est dificultando uma possvel
ao dos seus VERDADEIROS GUIAS.
Durante as incorporaes com Exs e/ou Bombogiras o mdium se sinta mais
forte, mais seguro, o que o faz pensar serem eles os mais fortes e mais seguros.
O que ele no sabe que essa sensao acontece muito mais pelo tipo de energias
bastante densas que essas entidades trazem consigo do que pelo seus possveis
"poderes".
H ainda aqueles que, por sentirem o respeito e at o medo que essas entidades
costumam induzir nos menos avisados, atravs da incorporao, do vazo a alguns
possveis complexos que trazem guardados no recndito de suas almas com eles
sentem-se poderosos, intocveis. O orientador nesse caso, deve explicar a esses
filhos que esse poder induzido falso. Essa energia da entidade incorporante e
que o poder verdadeiro s chega para aqueles que alcanam o domnio da prpria
vontade, do prprio ser, conseguindo atravs disso, assumir as rdeas de sua prpria
vida.
Exs e Bombogiras, como j disse, encontram, no raramente, uma facilidade maior de
contato com os seres humanos e desse modo, quando pretendem assumir o comando,
o que no correto, agem como obsessores, transmitindo ao mdium a segurana
e as facilidades materiais que ele espera de uma entidade "positiva", e com isso
bloqueiam e fazem com que o prprio mdium bloqueie, os canais de comunicao
com as verdadeiras entidades guias. Da a importncia do mdium estar em contato
positivo com seus verdadeiros guias ANTES de comear a "dar cabea para Exs e
Bombogiras".
Mas voc poderia retrucar, dizendo que isso tudo no importante, porque Ex
consegue fazer trabalhos positivos, pode at curar, pode trazer segurana para o seu
protegido e, atravs disso tudo, pode estar fazendo a caridade que acabar fazendo
com que evolua, certo?
S que voc estar cometendo o maior dos erros, se pensar que Ex e Bombogira, a
menos que trabalhem sob orientao superior e/ou j tenham conseguido evoluir a
ponto de compreenderem que devem fazer isso tudo em funo de uma Evoluo que
devem perseguir, vo estar trabalhando para voc ou quem quer que seja de graa.
Fique sabendo que, na essncia, tanto Ex como Bombogira so entidades que
sequer pensam em evoluo. Normalmente esto ligados aos mesmos defeitos que
ns humanos encarnados e, como ns, acreditam que o que feito deve ser pago de
alguma forma (lembre-se: eles no so mais evoludos do que ns e tm os mesmos
defeitos e, s vezes, at mais defeitos do que ns). Como ser a cobrana e quando
ela vir um outro aspecto da questo. De incio, as cobranas dessas entidades
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Porque os erros que vemos hoje so ainda os erros que fazem parte do passado
de todas as religies.
Porque as pessoas procuram as religies, ainda nos dias de hoje, ou apenas para se
livrarem de males que as acompanham ou para conseguirem, atravs delas e de
supostos santos, ou seja que nome se lhes queiram dar, os bens materiais, a
notoriedade diante de outros por suas "posies de destaque" nos cultos, auferidas
por interesses no raramente mesquinhos, e at mesmo em cargos polticos
conseguidos pelos votos de pessoas que acham que, por conseguirem eleger
seus "representantes" estaro mais protegidas ou tero seus desejos satisfeitos
e, em se tratando de Umbanda, Umbandombl e principalmente Candombl, muitos
so os que se achegam para se exibirem com seus "guias", seus colares,
enfeites e o pseudo poder de suas entidades, esquecendo-se que, por trs e
acima de tudo isso, esto entidades que no so meros bonecos que aceitem
todas essas demonstraes como atitude de seres que queiram realmente
evoluir.
No entenderam ainda que para que haja religao (religio), preciso que o ser
humano saia dessa farsa em que se encontra e pare de achar que os seres
espirituais superiores tm que aceit-los como eles so e que "as portas do cu
esto abertas" para todas essas ignomnias que cometem em nome das
religies.
Entenda irmo, de uma vez por todas, que a verdadeira Umbanda (e acredito que
todas as outras) foi criada na Terra para tentar elevar a conscincia dos seres
encarnados para mundos alm desse material a que estamos presos temporariamente,
no sentido de nos libertarmos aos poucos, do excessivo apego ao que de material
existe, o que leva at mesmo ao fato de existirem desavenas e guerras, onde irmos
chegam a matar outros em nome de um DEUS, que pelo menos ao que se sabe,
atravs dos ensinamentos de Jesus, s quer que as pessoas se compreendam e se
amem. Pode haver maior contradio do que essa?
Nos preocupamos com esses aspectos da religio porque preciso que todos os que
nela se iniciam estejam cientes das responsabilidades que assumem, consigo e com
entidades mais e menos evoludas que, por certo, se apresentaro para acompanhlos pelos novos caminhos, bem como cientes devem estar de que, desde que
devidamente orientados, cada um responsvel pelas aes comportamentais que os
levaro s vitrias reais, ou ento a pseudo-vitrias temporrias, com conseqncias
s vezes funestas.
Irmo Dirigente, Pai no Santo, Babalorix ou outro qualquer nome que queira ter em
cargo de chefia, desde que o seja de fato, preste ateno:
Mais do que nunca, importante que as pessoas sejam corretamente orientadas nos
cultos que envolverem prticas com o "Mundo Invisvel". Todos ns sabemos que as
armadilhas do Baixo Astral existem, que no so meras lendas e que elas acontecem
at com o nome de Jesus diretamente envolvido.
Todos ns sabemos que os que hoje vm em busca de orientao, podero ser
amanh os que levaro esses conhecimentos a outros, dando continuidade e at
melhorando as formas de propagao de nossas doutrinas e cultos. E, desse modo,
de suprema importncia que os mdiuns que nos procuram sejam honestamente
orientados, recebam ensinamentos que sejam importantes para aperfeioarem seus
dotes medinicos, de tal forma que possam ter acesso positivo s entidades dos
diversos Planos Evolutivos e, principalmente, sejam levados a compreender que, uma
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vez iniciado seu caminho dentro da Umbanda ou qualquer outra religio, sinceridade,
honestidade, coragem e F devero ser as companheiras inseparveis que os tornaro
aptos a aprenderem com os que estiverem acima e ensinarem aos que estiverem
abaixo.
Cada Dirigente de grupo ou Terreiro deve ter em mente que, cada Ser que chega para
ser orientado como ele prprio um Ser da Criao e como tal, merece todo o
respeito, cuidado e considerao daqueles que se aventuram a serem Lderes.
Cada Dirigente de Terreiro tem o dever de orientar seus dirigidos, fazendo-os
compreender suas responsabilidades e deveres para com o grupo, as entidades, os
rituais praticados, consigo mesmo e, principalmente, com aqueles que vm em busca
de auxlio.
muito importante que cada mdium do Terreiro compreenda seu valor dentro do ritual
e saiba que, se cada um der o melhor de si, todos sero beneficiados. tambm muito
importante que esses mdiuns, iniciantes ou no, entendam que o grupo a que
pertencem to poderoso quanto o indivduo mais fraco que ali esteja (em outras
palavras e como costumamos ouvir: "a corrente to forte quanto o mais fraco de seus
elos"), e dessa forma, ainda que o Chefe do grupo "tenha grandes poderes
medinicos", se houver no grupo pessoas medrosas, vacilantes, despreparadas,
pessoas que por qualquer motivo possam ser presas fceis do Baixo Astral,
pode ter certeza: por essa(s) porta(s) que uma "derrubada" pode comear.
Raciocinando sobre tudo o que foi dito, veremos que:
1. Mdium iniciante dever sempre freqentar Sesses especiais onde vai comear a
aprender a ter contatos positivos com o Mundo Invisvel.
2. Mdiuns iniciantes no devem participar de Sesses de Trabalho antes de terem
preparao adequada, para que no comprometam a segurana do Terreiro e a sua
prpria.
3. Mdiuns iniciantes devem ser "trabalhados" para que consigam real contato com
suas entidades protetoras e guias, antes de se aventurarem a participar de trabalhos
pesados e at mesmo de Giras de Ex.
4. A preparao adequada de um mdium iniciante tem que incluir, obrigatoriamente, a
aprendizagem de conceitos como F, HONESTIDADE (em todos os sentidos),
CORAGEM (ausncia de medo), e PERSEVERANA.
to importante essa fase de preparao que a partir da que se poder formar
mdiuns de carter, conhecimentos e possibilidades medinicas exemplares, ou
pessoas com dotes medinicos, conhecimentos e carter deturpados por medos,
prepotncias, dvidas, inseguranas, e, como conseqncia, com atuaes espirituais
duvidosas, tanto no que diz respeito atuao em si (como no caso de animismo,
quando o mdium pensa estar atuado e no est), como em relao ao real valor das
entidades que realmente atuem sobre ele.
Se o mdium dado como "pronto" e verdadeiramente no est, longe de vir a ser
mais um auxiliar positivo para os trabalhos do grupo, ele fatalmente vir a ser o
"Ponto Fraco", por onde mais cedo ou mais tarde podero se infiltrar elementos
do Baixo Astral com todas as conseqncias.
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