TÉCNICAS TRAUMA - Grupo Trauma CFP
TÉCNICAS TRAUMA - Grupo Trauma CFP
TÉCNICAS TRAUMA - Grupo Trauma CFP
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1. INTRODUÇÃO ............................................................................. 2
4. ROLAMENTO ............................................................................ 10
5. LEVANTAMENTO ...................................................................... 17
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13.4..............................................Imobilização da perna, tornozelo e pé
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1. INTRODUÇÃO
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2. ESTABILIZAÇÃO CERVICAL COM ALINHAMENTO
MANUAL DA CABEÇA
Técnica
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A cabeça deve ser mantida alinhada e imobilizada manualmente, em posição neutra, até que a
vítima se encontre imobilizada adequadamente com os dispositivos apropriados, devendo
permanecer assim até à chegada ao hospital.
Abordagem posterior com a vítima sentada (falta FOTO da vitima com a cabeça
desalinhada)
Um elemento coloca-se por trás da vítima e coloca as suas mãos, lateralmente, sobre os
pavilhões auriculares, sem movimentar a cabeça. Os polegares são colocados contra o occipital e os
indicadores, horizontalmente, em direcção à região peri-orbitária. Os dedos mínimos são colocados
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imediatamente abaixo do ângulo da mandíbula. Os restantes dedos são colocados lateralmente na
face da vítima.
Deve ser aplicada a pressão necessária para conseguir controlar a cabeça e mantê-la numa
posição estável.
Se a cabeça não está alinhada numa posição neutra, o Técnico de Emergência Médica mobiliza
lentamente a cabeça até conseguir o alinhamento (excepto nas situações referidas nas contra-
indicações).
No final, o elemento pode aproximar os seus braços e apoiá-los no banco, nos apoios de
cabeça ou no seu tronco, para se manter mais estável. FOTO
Colocando-se lateralmente à vítima, um elemento começa por colocar uma das mãos na região
occipital, passando o braço sobre o ombro da vítima. Com a sua mão em chave polegar/indicador,
apoia a referida região, de modo a evitar que a cabeça mexa.
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Ao mesmo tempo, utilizando a chave polegar/indicador, cuidadosamente coloca a outra mão
de cada lado da face da vítima, apoiando-se imediatamente abaixo da região malar (abaixo do nariz,
passando sobre o lábio superior). Os restantes dedos são colocados junto ao indicador de forma que
o dedo mínimo seja colocado imediatamente abaixo do ângulo da mandíbula.
Se a cabeça não está alinhada numa posição neutra deve-se mobilizá-la lentamente, até
conseguir o alinhamento (excepto se existir contra-indicação).
Deve ser exercida a força suficiente para suportar e estabilizar a cabeça. O elemento que está
a executar a técnica pode, de seguida, encostar os seus dois antebraços no tronco da vítima para
obter um suporte adicional.
Nota: Esta técnica pode ser também utilizada quando se é necessária abordar lateralmente
uma vítima deitada em decúbito dorsal. FOTO
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Se a cabeça não está alinhada numa posição neutra deve-se mobilizá-la lentamente, até
conseguir o alinhamento (excepto se existir contra-indicação).
Tem de ser mantida a força suficiente para suportar e estabilizar a cabeça.
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3. APLICAÇÃO DO COLAR CERVICAL
Técnica
O primeiro elemento deve fazer ou manter, de acordo com a posição e a situação da vítima, o
alinhamento e a imobilização da cabeça e coluna cervical, em posição neutra, deixando liberto o
pescoço, para que seja mais fácil a aplicação do colar cervical.
O segundo elemento procederá à escolha do tamanho do colar cervical, seguindo as
orientações do fabricante. Os passos da sua aplicação dependem do tipo de colar e das instruções
de colocação (consultar folheto respectivo). No entanto, se possível, deve-se optar por um colar de
duas peças e quatro apoios.
Nestes colares, primeiro ajusta-se a parte anterior ao pescoço da vítima. De seguida, coloca-se
a parte posterior do colar (base), procedendo-se então ao ajuste final.
O colocar cervical deve ser aplicado antes da colocação do colete de extracção, previamente à
realização de um levantamento ou antes de fazer o rolamento de uma vítima em decúbito dorsal.
Será colocado a seguir à remoção do capacete ou após um rolamento, se a vítima se encontrar em
decúbito ventral.
Não esquecer de examinar o pescoço da vítima antes da colocação do colar cervical de modo a
identificar eventuais lesões ou alterações relevantes.
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2 – Aplicar a peça anterior
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6 – Apertar a peça posterior
O primeiro elemento mantém sempre o alinhamento em posição neutra (segundo o eixo nariz-
umbigo-pés) e a imobilização da cabeça.
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4. ROLAMENTO
Técnica
A técnica tem de ser adaptada de acordo com a posição em que a vítima se encontra.
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O plano duro, com a base dos apoios laterais de cabeça já montada e fixa, é colocado por um
quarto elemento a 45° contra o dorso da vítima, fixando-o no bordo lateral. A base dos apoios
laterais deve ficar alinhada com a cabeça.
Uma vez o plano no chão, a vítima é centrada neste. Para isso, o elemento que colocou o plano
mantém-se do mesmo lado mas passa a apoiar a vítima colocando os braços do lado oposto. Este
ajuda a deslizar a vítima, puxando-a para si enquanto os 2º e 3º elementos apoiam firmemente do
seu lado e a empurram. Todos os passos são executados de forma coordenada e à voz de comando
do 1º elemento.
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Existe uma técnica alternativa para centrar as vítimas: “técnica de centrar em V” (útil quando
a vítima está exageradamente descentrada). O elemento que colocou o plano fica do mesmo lado e
apoia a vítima do seu lado. Os outros elementos mantêm o apoio do seu lado. Ao comando de quem
está à cabeça todos fazem deslizar o corpo para baixo no plano numa discreta diagonal (membros
inferiores mais para o centro). De seguida todos deslizam, para cima, centrando no plano. A
estabilização da cabeça com alinhamento em posição neutra deve ser feita sem tracção.
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Na vítima em decúbito ventral, o colar cervical só deverá ser colocado depois da vítima estar
em decúbito dorsal e nunca antes. Se possível, a vítima deve ser sempre rolada na direcção
contrária àquela para onde a sua face inicialmente está voltada.
O 1º elemento vai ao lado para onde a vítima será rolada e tenta estender o braço o mais
possível na direcção cefálica.
Existem duas técnicas distintas para rolar a vítima. Para se optar por uma delas, a escolha
depende de vários factores, por exemplo:
• Espaço disponível.
• Experiência da equipa.
• Tamanho/peso da vítima.
• Menor número de movimentos possível.
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1ª Alternativa:
O 1º elemento (o 2º encontra-se à cabeça), depois de posicionar o braço da vítima em direcção
cefálica, do lado para onde esta vai rolar, ajoelha-se a nível da região dorsal da vítima e agarra, com
uma mão, o ombro mais distante e, com outra mão, alinha o braço ao longo do corpo e segura o
punho e a anca. O 3º elemento ajoelha-se lateralmente ao 1º, ao nível das coxas, e agarra o braço e
o flanco e, com a outra mão, os membros inferiores da vítima. Ao retirar os pontos de apoio da
vítima, deve-se evitar que o corpo se movimente.
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À voz de quem comanda, encosta-se a vítima ao plano e posteriormente os 1º e 3º elementos
retiram sucessivamente as mãos, colocando-as do lado oposto do corpo da vítima (pela frente),
continuando a suportar desta forma o peso. FOTO
Deve-se seguidamente descer o plano até ao solo, com movimentos suaves, tendo os
elementos que obrigatoriamente ir recuando à medida que vão baixando o plano, evitando que a
vítima deslize. Pede-se a quem introduziu o plano que o fixe contra a vítima e o vá baixando de
forma controlada. Centra-se a vítima no plano tal como foi descrito na técnica anterior, mas desta
vez o elemento que introduziu o plano sai da posição em que se encontrava e passa para o lado
oposto, começa por alinhar o membro superior e, à voz de comando, ajuda a centrar.
Logo que a vítima esteja correctamente posicionada e alinhada, pode ser substituída a
imobilização manual pela colocação do colar cervical e respectivos apoios laterais de cabeça.
Quando for possível, completa-se a imobilização da vítima no plano duro (colocação de cintos ao
longo do corpo). FOTO
2ª Alternativa:
O 1º elemento (2º encontra-se à cabeça), depois de esticar em direcção cefálica o braço da
vítima do lado para onde esta vai rolar, ajoelha-se ao nível do tórax da vítima mas, neste caso,
posiciona-se pela parte anterior da mesma (voltado para a face). Apoia com uma mão o seu ombro
mais próximo e, depois de alinhar o braço ao longo do corpo, introduz a outra mão de forma a
segurar o punho e o flanco.
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O 3º elemento coloca-se lateralmente ao 1º, ajoelhando-se ao nível dos membros inferiores da
vítima e cruza o seu braço mais próximo com o do 1º elemento, apoiando o braço/tronco e a outra
mão fica abaixo dos joelhos. Ao retirar os pontos de apoio da vítima, deve-se evitar que o corpo se
movimente.
De seguida alguém introduz o plano duro na diagonal (“em cunha”) pela parte posterior da
vítima, fixando-o.
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Ao comando de quem lidera, encosta-se a vítima ao plano e de seguida os outros elementos
substituem sucessivamente as mãos para os mesmos pontos de apoio do lado oposto do corpo da
vítima. Quem ficou a fixar o plano duro mantém-se nessa posição e, à voz de quem está à cabeça,
desce o plano duro até ao solo.
Centra-se a vítima no plano, como foi já descrito, mas desta vez o elemento que introduziu o
plano permanece nesse mesmo local, uma vez que já se encontra do lado oposto aos outros
elementos.
Logo que a vítima esteja correctamente posicionada sobre o plano duro, pode ser colocado o
colar cervical e a vítima imobilizada definitivamente.
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5. LEVANTAMENTO
Técnica
Um levantamento deve sempre ser executado após a colocação do colar cervical, mantendo o
alinhamento e a imobilização manual da cabeça em posição neutra.
Quem fica junto à cabeça comandará os movimentos e ao seu lado, de preferência à sua
esquerda, deverá ficar outro elemento que conhece bem a execução da técnica (elemento da
equipa).
A estatura e a força dos elementos que vão colaborar devem ser avaliadas rapidamente e
estes devem ser dispostos lateralmente à vítima, tentando equilibrar alturas e força física
simetricamente (de quem fica frente-a-frente).
De preferência, o elemento à esquerda coloca a primeira-mão (a sua mão direita) sobre o
tórax, ao nível dos ombros da vítima. O seu joelho direito deverá ficar levantado para melhor
suportar o peso da vítima. Sendo assim, deverá ser dada a ordem a todos para colocarem o joelho
esquerdo no chão e as mãos dispostas alternadamente ao longo e por cima do corpo da vítima, para
anteverem a sua correcta localização durante o levantamento. É importante referir a todos que o
braço do lado do joelho levantado deve ficar posicionado junto à face interna da coxa, para maior
estabilidade.
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Os elementos mais próximos de quem comanda devem suportar o peso do tórax e abdómen da
vítima, os restantes dois elementos suportam a região da bacia e membros inferiores.
O último braço, o mais caudal, deverá ficar abaixo dos joelhos da vítima e apoiar as duas
pernas.
Depois de fornecidas as indicações necessárias, quem comanda deve dar a ordem: ”Colocar
mãos!” Seguidamente dará a indicação para: ”Introduzir mãos!”
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Quem comanda, dá indicação para ser introduzido o plano, tendo atenção à posição da cabeça
e dando as orientações necessárias para que esta fique centrada na base dos apoios laterais de
cabeça. ”Colocar plano duro!”
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Retirar as mãos e colocar os apoios laterais de cabeça.
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6. MACA “SCOOP”
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Um elemento agarra o ombro mais distante e a anca da vítima, rolando-a ligeiramente para si
à voz de comando de quem está a imobilizar a cabeça, de modo a facilitar a introdução de metade
da maca pelo outro elemento. Sem necessidade de mudar de posição, estes dois elementos
alternam o procedimento de modo a ser introduzida a outra metade da maca.
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O levantamento da vítima neste equipamento depende do número de elementos disponíveis. O
desejável será que dois elementos se coloquem lateralmente e um quarto aos pés, enquanto o
primeiro continua a imobilizar a cabeça (total de quatro elementos).
Com a vítima no local definitivo, a maca é aberta, começando pela cabeça. Depois de abertos
os dois fechos, deve-se executar um movimento lateral para fora e para cima, retirando
alternadamente as duas metades.
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7. IMOBILIZAÇÃO EM PLANO DURO
Nota: Deve ser utilizado apenas durante o tempo indispensável pois o uso
prolongado pode provocar úlceras de pressão. A imobilização de uma vítima em
plano duro só estará completa quando colocados os apoios laterais de cabeça e
respectivos três cintos ao longo do corpo (ou cinto tipo “aranha”).
Técnica
A base dos apoios laterais de cabeça deve estar previamente colocada no plano duro.
O primeiro elemento deve colocar-se por trás da vítima e imobilizar a cabeça de forma a
garantir o alinhamento da coluna cervical enquanto o segundo coloca o colar cervical.
O passo seguinte é a colocação dos apoios laterais de cabeça. Existem duas alternativas para
a sua colocação. Podem ser colocados em simultâneo ou um de cada vez. Para isso deve-se ter em
conta a colaboração do doente.
Se o doente se encontra não colaborante, idealmente o primeiro elemento deverá continuar a
garantir o alinhamento posicionando-se por trás e o outro elemento coloca os apoios (blocos).
Entram em cunha e encostados aos ombros da vítima, devendo os orifícios dos apoios ficar ao nível
das orelhas. As mãos do primeiro elemento passam para fora dos apoios e continuam a fixar a
cabeça, mantendo o alinhamento e ajudando no ajuste dos cabrestos de fixação.
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Coloca-se primeiro o cabresto que fica na região frontal, que se prende na parte lateral inferior
da base dos apoios, devendo-se ajustar ambos os lados em simultâneo, de modo a evitar rotações
ou movimentos desnecessários. Por último, coloca-se o cabresto que fica ao nível do mento,
cruzando-o com o primeiro e fixando-se superiormente.
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8. COLETE DE EXTRACÇÃO
Técnica:
O colete deve ser colocado idealmente por três elementos, se estes estiverem presentes. No
entanto, é igualmente possível executar a técnica eficazmente com recurso a apenas dois
elementos. Uma vez que existem equipas constituídas apenas por este número de elementos (ex.
equipa da VMER), a técnica vai ser descrita com recurso a dois elementos.
O 1º elemento fica a imobilizar a cabeça e o 2º pode apoiar a vítima ao nível do tórax (se esta
se encontrar inconsciente debruçada sobre uma estrutura). À voz de comando do elemento que fica
à cabeça, ambos executam coordenadamente o alinhamento da vítima, ficando o 1º elemento
sozinho a manter a imobilização. Em seguida, o 2º elemento procede à colocação de um colar
cervical.
O primeiro fica a manter o alinhamento e o segundo elemento abre o colete tendo o cuidado
de guardar os “cabrestos” (recomenda-se os bolsos) e a almofada em local favorável à sua próxima
utilização.
O segundo elemento fica pela parte posterior do colete e coloca a mão mais próxima da vítima
numa das “abas inferiores” e a mais distante numa “aba superior”, segurando conjuntamente as
precintas dos membros inferiores que entretanto foram desprendidas dos seus locais de fixação.
Introduz-se lateralmente, deslizando-o pelas costas da vítima, passando as abas e as precintas
dos membros inferiores para cada um dos lados da vítima, com ajuda do terceiro elemento se
estiver presente. Pode ser necessário um pequeno movimento, realizado por quem está a imobilizar
a cabeça, projectando para a frente o tronco da vítima para permitir que o colete deslize.
Faz-se o ajuste das abas às axilas e ao tórax e fixam-nas de seguida, primeiro a precinta do
meio, seguidamente a inferior. O ajuste deve ser feito com o cuidado de segurar a precinta a meio
do tórax com uma mão e traccionando com a outra logo a seguir ao fecho.
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Se necessário coloca-se a almofada para preencher a curvatura cervical, no espaço entre o
colete de extracção e a coluna cervical.
O primeiro elemento mantém o alinhamento e facilita na colocação dos cabrestos, mudando as
mãos para a parte exterior das abas laterais à medida que estas são ajustadas à face. Os cabrestos
são aplicados, começando pela colocação na região frontal, para que este prenda para baixo e
depois o do mento, que deverá cruzar com o primeiro e prender para cima.
Se a vítima ficar estável (colaborante) o primeiro elemento pode passar a ajudar o outro
elemento começando por colocar as precintas dos membros inferiores. Deve passa-las sob as
nádegas (pelo centro), por baixo das raízes das coxas, fazendo-as deslizar com movimentos em “zig-
zag” (tipo serra). Vindo as precintas de trás, estas devem passar por cima da outra coxa e prender
nos encaixes que se localizam nas abas contra-laterais.
Fixam de seguida o cinto superior (do tórax).
Por fim, segurando sempre antes do fecho com uma mão e traccionando com a outra na parte
a seguir àquele, ajustam-se todas as precintas tendo especial atenção para não comprometer a
ventilação da vítima.
Técnica:
As vítimas devem, idealmente, ser retiradas com a ajuda de um plano duro, colocado por um
ou mais elementos. As alternativas para a colocação do plano são várias. Existe a possibilidade de
extracção pela traseira da viatura ou pelos lados (portas). A decisão vai depender das circunstâncias
no local, a situação clínica do doente, as dificuldades de espaço, ou outras. Na ausência de quem
apoie o plano existe ainda a possibilidade de retirar-se a vítima, em “cadeira”.
No caso de se decidir remover a vítima pela parte lateral, o plano duro deve ser apoiado por
outros elementos presentes, enquanto os restantes rodam e suspendem (movimentos simultâneos)
a vítima, permitindo que o plano seja introduzido por baixo. Este movimento é conseguido com a
ajuda das pegas traseiras existentes no colete.
Todos os elementos devem aguardar que seja dada voz de comando antes de se proceder a
qualquer movimento do corpo da vítima. Esta coordenação dos elementos continua a ser da
responsabilidade de quem, desde o início da colocação do colete, esteve a manter o alinhamento em
posição neutra.
A vítima é colocada em cima do plano, fazendo-a deslizar sobre o mesmo com a colaboração
de todos, com movimentos coordenados.
O terceiro elemento mantém os membros inferiores da vítima sempre flectidos até que possam
ser aliviadas as respectivas precintas.
Uma vez a vítima deitada e centrada no plano, devem ser retiradas as precintas dos membros
inferiores e procede-se à avaliação da necessidade de aliviar, ou mesmo desapertar, a precinta
torácica (a superior).
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9. EXTRACÇÃO IMEDIATA COM UM ELEMENTO –
CHAVE DE RAUTEK
Nota: Não deverá nunca ser usada por “escolha” ou “preferência” dos profissionais, mas
apenas pelos critérios mencionados nas indicações da técnica.
Técnica
A técnica depende da posição da vítima, mas vamos aqui apenas reportar-nos à situação da
vítima sentada.
O elemento que vai aplicar a técnica deverá colocar-se lateralmente à vítima, olhando na
mesma direcção, enquanto que o seu braço que fica mais próximo da vítima entra sob a axila mais
afastada desta, fixando os dois punhos da vítima.
A outra mão, aberta em chave polegar-indicador, passa pela outra axila e apoia-se no maxilar
inferior tentando fixar da forma mais estável possível a coluna cervical e a cabeça da vítima contra a
face do Técnico de Emergência Médica e ombro.
Quando não é possível fixar os dois punhos (vítima obesa), deve-se fixar apenas o punho distal
da vítima.
Retira-se então a vítima apoiada contra o seu corpo e tentando manter o alinhamento da
coluna cervical. Aplica-se uma força de deslizamento até ao solo, para um local seguro (ou já para o
plano duro).
No momento em que se senta a vítima, a região dorso-lombar deve ser apoiada num membro
inferior do elemento que está a executar a técnica. Após este apoio, a mão que segura os punhos
deve ser retirada para a região occipital e a vítima deitada.
(FOTOS)
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10. REMOÇÃO DO CAPACETE
Técnica
A remoção do capacete é essencial para a avaliação correcta da vítima e deverá ser sempre
executada desde que existam no local pelo menos duas pessoas treinados na técnica. Esta pode
diferir em função do modelo do capacete. A técnica aqui descrita aplica-se ao capacete “integral”.
O capacete deve ser retirado na posição em que a vítima se encontra.
O segundo elemento, abre a viseira (se esta existir) e inspecciona à procura de situações que
requeiram actuação imediata, nomeadamente obstrução da via aérea. Em seguida abre/corta a
precinta do capacete (fita do queixo) e coloca-se numa posição estável, de preferência deitado
lateralmente ao longo do corpo da vítima, a olhar para a sua face. Este elemento aplica as mãos
abertas em chave polegar-indicador, uma sob o maxilar inferior e a outra em posição oposta na
região occipital, com o objectivo de fazer a imobilização melhor possível da cabeça e da coluna
cervical.
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O primeiro elemento, agarrando as precintas, coloca as mãos lateralmente ao capacete e tenta
promover o seu alargamento, removendo-o com movimentos firmes e suaves. É fundamental o aviso
do ressalto no nariz/orelhas e da saída do capacete, pois o outro elemento deve estar preparado
para suportar o peso da cabeça, mantendo-a imóvel.
Após saída do capacete o primeiro elemento volta a ser responsável por garantir a imobilização
da cabeça (aplicando as mãos como já foi descrito atrás) e, encontrando-se a vítima em decúbito
dorsal, passa a executar o alinhamento em posição neutra, tendo como pontos de referência o eixo
nariz-umbigo-pés. No entanto, o seu posicionamento e a colocação das mãos, quando a vítima não
se encontra em decúbito dorsal, devem prever a execução de outras técnicas, como um rolamento.
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Após o alinhamento da vítima, segue-se a colocação do colar cervical.
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11. IMOBILIZAÇÃO VERTICAL
Técnica
Nota: No caso de existir um terceiro elemento, este deverá apoiar a descida do plano duro e
imobilizar a cabeça da vítima logo que esta chegue ao chão.
A estabilização com alinhamento manual pode ser efectuada abordando a vítima por trás ou
pela frente. Entendemos que facilita a técnica, se quem vai ser responsável pela imobilização e
alinhamento (primeiro elemento) se coloque pela frente da vítima, tentando acalmá-la e explicando
o que se vai passar.
O segundo elemento escolhe qual o colar cervical mais adequado e coloca-o (aplicado antes da
descida da vítima até ao solo evita uma reacção natural por parte desta, que é a flexão da cabeça
por receio de cair).
De seguida, pega no plano duro e, com a coordenação/colaboração dos dois elementos este é
introduzido colocado atrás da vítima. Este movimento exige que o segundo elemento segure o plano
e se coloque lateralmente à vítima.
O segundo elemento começa por substituir uma das mãos do primeiro elemento, que se
encontra na face da vítima.
O primeiro elemento tem condições para posicionar-se igualmente lateral à vítima, podendo ter
necessidade de reposicionar a mão que fica na face. As mãos na face devem ser colocadas com os
dedos abertos e a palma de encontro à face da vítima. Assim, cada elemento faz igual pressão
(forças contra-laterais) conseguindo, deste modo, manter a estabilização e alinhamento manual.
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O plano duro também passa a ser apoiado pelos dois elementos e ajustado o mais possível ao
corpo da vítima. Cada elemento coloca a sua mão mais próxima da vítima debaixo da axila desta e
vai apoiar-se no orifício do plano que se encontra imediatamente acima daquele nível.
Nota: O antebraço dos elementos que vão baixar a vítima deve fazer uma ligeira pressão
sob o ombro desta e de encontro ao plano, de modo a controlar melhor a fase inicial da
descida.
Uma vez a vítima segura no plano, esta é descida até ao chão, juntamente com o plano duro.
Nota: No caso de existir um terceiro elemento, este deverá apoiar a descida do plano duro e
imobilização da cabeça da vítima logo que chegue ao chão.
Um dos elementos assume sozinho a imobilização da cabeça, colocando uma mão ao nível do
maxilar inferior e outra na região frontal (polegar-indicador). O outro elemento passa a posicionar-se
por trás e imobiliza a cabeça colocando as mãos da forma já descrita para vítimas encontradas em
decúbito dorsal.
Nota: Com frequência a cabeça da vítima não fica apoiada na base dos apoios laterais, pelo
que deverá ser posteriormente centrada no plano (puxada acima) se possível com ajuda
de mais elementos, coordenados por quem se encontra a manter o alinhamento da
coluna cervical.
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12. IMOBILIZAÇÕES PROVISÓRIAS DOS MEMBROS
SUPERIORES
Vítima sentada
Um elemento ajusta o braço lateralmente e coloca o antebraço flectido para a frente do corpo.
Outro elemento aplica as ligaduras, apoiando o antebraço e imobilizando o braço contra o tórax.
Vítima deitada
Nesta situação (suspeita de lesão da coluna) não é possível utilizar ligaduras. O braço pode ser
igualmente posicionado contra o tórax, ou alinhado ao longo do corpo. Se vítima se encontra em
plano duro, o braço pode ser imobilizado aplicando, por exemplo, ligadura adesiva. Se for utilizada
uma maca de vácuo, o braço pode permanecer alinhado e os elementos devem-se certificar de que
fica correctamente ajustado.
Vítima sentada
Um elemento realiza tracção do braço e ajusta a sua face exterior a uma tala de madeira
almofadada colocada lateralmente, com o antebraço flectido para a frente do corpo. O outro
elemento aplica as ligaduras, imobilizando o braço contra a tala e depois contra o tórax, apoiando o
antebraço (suspenso ao peito).
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Com tala de Krammer:
Vítima deitada
Um elemento realiza tracção e alinhamento do braço, ajustando a sua face exterior a uma tala
de madeira almofadada. Outro elemento aplica as ligaduras, imobilizando o braço contra a tala e
permanecendo posteriormente junto ao corpo.
Vítima sentada
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Com tala de Krammer:
Vítimas deitadas
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Com tala de Krammer:
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13. IMOBILIZAÇÕES PROVISÓRIAS DOS MEMBROS
INFERIORES
Dois elementos farão a aplicação, lateralmente, de duas talas de madeira almofadadas, uma
interna e outra externa, ou noutra posição alternativa se houver ferida ou fractura exposta. Ambas
as talas deverão ultrapassar a planta do pé e a externa deverá ficar acima da bacia e a interna na
zona inguinal.
Os elementos devem começar a imobilização com ligaduras a nível da perna, em direcção à
zona da bacia.
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Perante a possibilidade de lesão vértebro-medular, não deverão ultrapassar a raiz da coxa,
devendo descer com a ligadura para completar a imobilização do membro. A primeira ligadura
(colocada a nível do pé e calcanhar para tracção), cruzará novamente no dorso do pé e as suas duas
extremidades farão um trajecto ascendente, em volta da ligadura e das talas já colocadas.
Se a vítima apenas apresentar fractura do fémur e for possível excluir lesão vértebro-medular,
a fixação das talas poderá ser feita até à região da bacia. Chegando à região inguinal, após fixar a
tala interna, a ligadura dirigir-se-á ao topo da tala externa e cruzará posteriormente a região dorso-
lombar para o lado oposto, cruzando depois a região abdominal em direcção à coxo-femural. Passará
de seguida por baixo, em direcção novamente à região inguinal, descendo com a ligadura para
completar a imobilização do membro, como descrito anteriormente.
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13.3. Imobilização do joelho
A imobilização deve ser feita na posição em que o membro é encontrado, se não for possível
fazer a sua extensão.
Um elemento ajusta o membro a duas talas de madeira almofadadas, colocadas lateralmente.
Outro elemento aplica as ligaduras, imobilizando a coxa e a perna contra as talas, apoiando depois o
membro.
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13.4. Imobilizações dos ossos da perna, tornozelo e pé
Um elemento ajusta o membro a duas talas de madeira almofadadas, colocadas lateralmente.
Outro elemento aplica as ligaduras, imobilizando da coxa ao pé, utilizando a técnica de tracção do
pé.
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