Resumo Das Fábulas de Esopo
Resumo Das Fábulas de Esopo
Resumo Das Fábulas de Esopo
A Raposa e as Uvas
Uma Raposa, morta de fome, viu alguns cachos de Uvas negras e maduras, penduradas nas grades de uma viosa videira. Ela ento usou de todos os seus dotes e artifcios para alcan-las, mas acabou se cansando em vo, pois nada conseguiu. Por fim deu meia volta e foi embora, e consolando a si mesma, meio desapontada disse: Olhando com mais ateno, percebo agora que as Uvas esto estragadas, e no maduras como eu imaginei a princpio. Moral da Histria: Para uma pessoa vaidosa difcil reconhecer as prprias limitaes, abrindo assim caminho para as desventuras.
O Co Raivoso
Um cachorro costumava atacar de surpresa, e morder os calcanhares de quem encontrasse pela frente. Ento, seu dono pendurou um sino em seu pescoo, pois assim podia alertar as pessoas de sua presena, onde quer que estivesse.
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O cachorro cresceu orgulhoso, e vaidoso do seu sino, caminhava tilintando-o pela rua. Um velho co de caa ento lhe disse: Por qu voc se exibe tanto? Este sino que carrega, acredite, no nenhuma honraria, mas antes disso, uma marca de desonra, um aviso pblico para que todas as pessoas o evitem por ser perigoso. Moral da Histria: Engana-se quem pensa que ser notrio ser honrado.
O Lobo e a Ovelha
Um lobo, muito ferido por mordidas de cachorros, repousava doente e muito machucado em sua toca. Como estava com fome, ele chamou uma ovelha que ia passando por perto, e pediu-lhe para trazer um pouco da gua de um regato que corria ao lado dela. Assim, - falou o lobo - se voc me trouxer gua, eu ficarei em condies de conseguir meu prprio alimento. Claro, - respondeu a ovelha - se eu levar gua para voc, sem dvida eu serei parte desse alimento. Moral da Histria: As palavras de um hipcrita so fceis de reconhecer.
O Cervo Doente
Um Cervo doente e incapaz de andar, repousava quieto em um pequeno pedao de pasto fresco. Seus companheiros, vieram ento em grande nmero para saber de sua sade, e cada um deles, servia-se vontade da escassa grama daquele reduzido pasto, que l estava para seu prprio sustento. Assim ele morreu, no da doena da qual padecia, mas por falta de alimento. Moral da Histria: As ms companhias sempre trazem mais infortnios que alegrias.
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O Corvo e o Jarro
Um Corvo que estava sucumbindo de tanta sede encontrou um Jarro, e na esperana de achar gua dentro, voou at l com muita alegria. Quando o alcanou, descobriu para sua tristeza, que o Jarro continha to pouca gua em seu interior, que era impossvel tir-la de dentro. Ele tentou de tudo para alcanar a gua que estava dentro do Jarro, mas como seu bico era curto demais, todo seu esforo foi em vo. Por ltimo ele pegou tantas pedras quanto podia carregar, e uma a uma colocouas dentro da Jarra. Fazendo isso, logo o nvel da gua ficou ao seu alcance do seu bico, e desse modo ele salvou sua vida. Moral da Histria: A necessidade a me de todas as invenes.
O Lobo e a Gara
Um Lobo, ao se engasgar com um pedao de osso, prometendo uma grande soma em dinheiro, contratou uma Gara, para que esta colocasse a cabea dentro da sua goela, e de l pudesse retir-lo. Quando a Gara retirou o osso e pediu o pagamento combinado, o Lobo, rosnando feroz, exclamou: ora, ora! Voc j foi devidamente recompensada. Ao ser permitido que sua cabea sasse a salvo de dentro da boca de um Lobo, voc foi muito bem paga. Moral da Histria: Ao servir a algum de m ndole, no espere recompensas, e ainda agradea caso vire as costas e v embora sem lhe fazer mal algum.
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O Leo e o Rato
Um Leo, que dormia sossegado foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto. Com um bote gil ele o capturou, e estava pronto para matlo, quando o Rato suplicou: ora, se o senhor me poupasse, tenho certeza que poderia um dia retribuir sua bondade. Rindo por achar ridcula a idia, ele resolveu libert-lo. Aconteceu que, pouco depois, o Leo caiu numa armadilha colocada por caadores. Preso ao cho, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se. O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou, roeu as cordas e libertou-o dizendo: o senhor riu da idia de que eu jamais seria capaz de ajud-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu; Mas agora sabe que mesmo um pequeno Rato capaz de retribuir um favor a um poderoso Leo. Moral da Histria: Os pequenos amigos podem se revelar os melhores aliados.
O Leo Apaixonado
Um Leo pediu a filha de um lenhador em casamento. O Pai, mesmo contrariado, mas com medo do Leo, viu que podia se aproveitar da ocasio para livrar-se desse problema. Ele disse que concordaria em t-lo como genro, mas com uma condio; Este deveria deixar-lhe arrancar suas unhas e dentes, pois sua filha tinha muito medo de ambos. Feliz da vida o Leo concordou. Feito isso, ele tornou a fazer seu pedido, mas o lenhador, que j no mais o temia, pegou um cajado e expulsou-o de sua casa, mandando-o de volta para a floresta. Moral da Histria: Para resolvermos um problema, devemos primeiro conhec-lo bem, depois poderemos enfrent-lo.
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O Gato e o Galo
Um gato capturou um galo, e ficou imaginando como achar uma desculpa, qualquer que fosse, para que seu desejo de devor-lo fosse justificado. Acusou ele ento de causar aborrecimentos aos homens, j que cantava noite e no os deixava dormir. O galo se defendeu dizendo que fazia isso em benefcio dos homens, e assim eles podiam acordar cedo para irem ao trabalho. O gato respondeu; "Apesar de voc ter uma boa desculpa eu no posso ficar sem jantar." E assim comeu o galo. Moral da Histria: Quem mau carter, sempre vai achar uma desculpa para legitimar suas aes.
O Ladro e o Co de Guarda
Um ladro veio noite para assaltar uma casa. Ele trouxe consigo vrios pedaos de carne, para que pudesse acalmar um feroz Co de Guarda que vigiava a casa. A carne serviria para distra-lo, de modo que no chamasse a ateno do seu dono com latidos. Cachorro Assim que o ladro jogou os pedaos de carne aos seus ps, o disse:
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se voc estava querendo calar minha boca, cometeu um grande erro. To inesperada gentileza vinda de suas mos, apenas serviu para me deixar ainda mais atento. Sei que por trs dessa cortesia sem motivo, voc deve ter algum interesse oculto para beneficiar a si mesmo e prejudicar meu dono. Moral da Histria: Gentilezas inesperadas a principal caracterstica de uma pessoa com ms intenes.
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O Carvalho e os Juncos
Um grande carvalho arrancado do cho pela fora de forte ventania, foi arrastado rio abaixo pela correnteza. Levado pelas guas, ele cruza com alguns Juncos, e em tom de lamento diz: gostaria de ser como vocs, que de to esguios e frgeis, no so de modo algum afetados por estes fortes ventos. Eles responderam: voc lutou e competiu com o vento, e conseqentemente foi destrudo. Ns ao contrrio, nos curvamos diante do mais leve sopro de ar, e por esta razo permanecemos inteiros e a salvo. Moral da Histria: Para vencer o mais forte, no devemos usar a fora e sim a gentileza e a humildade.
Por fim encontrou uma Raposa, e tentou amedront-la tambm. Mas Raposa to logo escuta o som de sua voz, exclama: eu provavelmente teria me assustado, se antes no tivesse escutado seu zurro. Moral da Histria: Um tolo pode se esconder com belas roupas, mas suas palavras diro a todos quem na verdade .
O Boi e a R
Um Boi indo beber gua num charco pisou em uma ninhada de rs e esmagou uma delas. A me das Rs veio, e, dando pela falta de um dos seus filhos, perguntou aos seus irmos o que havia acontecido com ele. pata que era rachada no meio. A me se inflou toda e perguntou: - A besta era maior do que estou agora? - Pare me, pare de se inflar - Disse o seu filho - e no fique aborrecida por tentar, eu lhe asseguro, voc explodiria antes que conseguisse imitar o tamanho daquele Monstro. Moral da Histria: Muitas vezes, coisas insignificantes, nos desviam a ateno do verdadeiro problema. - Ele foi morto me; ainda a pouco uma grande besta com quatro enormes ps veio lagoa e pisou em cima dele com sua
As rvores e o Machado
Um homem foi floresta e pediu s rvores que estas lhe doassem um cabo para o seu machado. O conselho das rvores concordou com o seu pedido e deu a ele uma jovem rvore para este fim. Logo que o homem colocou o novo cabo no machado, comeou furiosamente a us-lo e em pouco tempo havia derrubado com seus potentes golpes, as maiores e mais nobres rvores da floresta. Um velho Carvalho lamenta quando a destruio dos seus companheiros j est bem adiantada, e diz a um Cedro seu vizinho: o primeiro passo significou a perdio
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de todas ns. Tivssemos respeitado os direitos daquela jovem rvore, ainda teramos os nossos prprios e o direito de ficarmos de p por muitos anos. Moral da Histria: Quem menospreza ou discrimina seu semelhante, no deve se surpreender se um dia lhe fizerem a mesma coisa.
A Mula
Uma mula, sempre folgada, pelo fato de no trabalhar e mesmo assim receber uma generosa quantidade de milho como rao, era orgulho s dentro do curral; se portava como se fosse o mais importante animal do grupo. Era pura vaidade e arrogncia. Senhora de si, dizia a si mesmo: meu pai com certeza foi um valoroso e Belo Raa Pura. Me sinto orgulhosa por herdar toda sua graciosidade, resistncia, esprito e beleza. Pouco tempo depois, ao ser levada uma longa jornada, como simples burro de carga, ao sentir-se muito cansada, exclama desconsolada: talvez tenha cometido um erro de avaliao. Meu pai pode Ter sido apenas um simples Asno. Moral da Histria: Ao desejar ser aquilo que no somos, estamos plantando em ns a semente da frustrao.
A Formiga e a Pomba
Uma Formiga foi margem do rio para beber gua, e sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar. Uma Pomba, que estava numa rvore sobre a gua observando a tudo, arranca uma folha e a deixou cair na correnteza perto da mesma. Subindo na folha a Formiga flutuou em segurana at a margem. Eis que pouco tempo depois, um caador de pssaros, oculto pelas folhas da rvore, se prepara para capturar a Pomba, colocando visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o perigo. A Formiga, percebendo sua inteno, d-lhe uma ferroada no p. Do susto, ele deixa cair sua armadilha de visgo, e isso d chance para que a Pomba desperte e voe para longe, a salvo. Moral da Histria: Quem grato de corao, sempre encontrar uma oportunidade para demonstrar sua gratido.
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que pudesse, a fim de que no fossem ambos capturados. O Asno com calma, falou: Por que eu deveria temer o inimigo? Voc acha provvel que o conquistador coloque em mim, alm dos dois cestos de carga que carrego, outros dois? - No. - Respondeu o Pastor. - Ento - Disse o animal - contanto que eu carregue os dois cestos que j possuo que diferena faz a quem estou servindo? Moral da Histria: Ao mudar o governante, para o pobre, nada muda alm do nome do seu novo senhor.
As Lebres e as Rs
As lebres, animais discretos por natureza, se sentiam oprimidas com tamanha timidez. Como viviam a temer a tudo e a todos, o tempo todo, resolveram dar um fim s suas angstias. Ento, de comum acordo resolveram por fim s suas vidas, concluindo que com isso resolveriam todos os seus problemas. Combinaram que iriam pular do alto de um penhasco, para as guas profundas de um lago. Assim correram todas de uma s vez para a beira do penhasco. Vrias Rs que repousavam beira do penhasco, ao escutarem o barulho das suas pisadas, tomadas pelo susto, fugiram pulando dentro dgua em busca de segurana. Ao ver o desespero das Rs em fuga, uma das Lebres disse suas companheiras: no faam isso que esto pretendendo amigos. Sabemos agora que existem criaturas mais medrosas que ns. Moral da Histria: uma iluso e egosmo, julgarmos que apenas ns temos problemas e que estes so os maiores do mundo.
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