A Revolucao Liberal de 1820
A Revolucao Liberal de 1820
A Revolucao Liberal de 1820
Antecedentes
Ideias principais:
Monarquia Absoluta; Revoluo Francesa; Invases Francesas; Ideias de Liberdade, Igualdade e Fraternidade .
O Movimento Revolucionrio
Razes que levaram Revoluo de 1820:
a) A Famlia Real e a Corte Portuguesa continuavam a viver no Brasil e parecia no desejarem regressar. O reino tinha ficado mais pobre e desorganizado com as Invases Francesas. Os Ingleses no saram de Portugal e controlavam quase todo o comrcio com o Brasil, o que prejudicava muito os comerciantes portugueses.
b)
c)
1818 fundado o Sindrio, no Porto, por Manuel Fernandes Toms. Ser esta organizao que planear a Revoluo de 1820. 1820 Eclode no Porto a Revoluo liberal, preparada pelo Sindrio [24 de Agosto]. Forma-se uma Junta Provisria do Governo Supremo do Reino, presidida pelo brigadeiro Antnio da Silveira Pinto da Fonseca. Primeiras eleies em Portugal, para as Cortes Constituintes [8 de Dezembro]. Estas cortes tomaro medidas legislativas para acabar com o Antigo Regime. 1821 Reunio das Cortes para preparao de uma Constituio [26 de Janeiro]. O rei D. Joo VI chega a Lisboa e antes de desembarcar recebe os representantes do governo e jura as bases da futura Constituio [3 de Julho]. 1822 As Cortes Constituintes votam a primeira Constituio portuguesa.
O prncipe D. Pedro solta o famoso "Grito de Ipiranga" (Independncia ou Morte), proclamando a independncia do Brasil [7 de Setembro]. Entra em vigor a primeira Constituio Portuguesa que pe fim ao regime absoluto [23 de Setembro]. 1823 Sublevao de D. Miguel, apoiada pela rainha, denominada de Vila-francada, visando restaurar o absolutismo em Portugal [27 a 31 de Maio]. 1824 Abrilada: golpe de estado absolutista, encabeado por D. Miguel. D. Miguel parte para o exlio em Viena [Maio]. 1826 Morre D. Joo VI e o Conselho de Regncia reconhece D. Pedro como rei. O rei D. Pedro IV outorga a Carta Constitucional a Portugal e abdica da coroa portuguesa em favor de sua filha D. Maria da Glria. D. Maria deveria casar com seu tio D. Miguel, que juraria a Carta. [29 de Abril]. Casamento de D. Maria II com D. Miguel, feito por procurao [29 de Outubro].
1828 D. Miguel jura fidelidade Carta Constitucional e a D. Pedro, regressa a Portugal e assume a regncia [22 de Fevereiro]. Pouco tempo depois faz-se proclamar rei absoluto pelas cortes e inicia a perseguio aos liberais. Emigrao/exlio de liberais devido ao terror miguelista. 1831 D. Pedro abdica do trono do Brasil [7 de Abril], regressa Europa (Ilha Terceira) e assume a regncia de Portugal, em nome de D. Maria II.
1832.
A 27 de Junho zarpa de Ponta Delgada uma esquadra comandada por D. Pedro IV. O seu objectivo: Portugal.
Na Ilha Terceira, que nunca aceitou o governo de D. Miguel, foram-se reunindo, em volta do antigo monarca D. Pedro, que tinha renunciado coroa portuguesa em favor da filha D. Maria, os refugiados e oposicionistas ao regime absolutista. E foi, portanto, dessa ilha que partiu a esquadra
A esquadra, comandada pelo almirante Rose George Sartorius, transportava cerca de sete mil e quinhentos homens que viriam a ficar conhecidos pela designao "Bravos do Mindelo". Entre eles contavam-se muitos mercenrios e auxiliares ingleses, franceses, belgas, polacos, italianos e alemes. Mas o grosso da coluna era composto por nacionais que integravam trs batalhes de Infantaria, um regimento provisrio de infantaria, quatro batalhes de caadores, um batalho de artilharia, voluntrios de D. Maria II, o batalho dos acadmicos, de que fazia parte Garrett, um batalho s de oficiais, um corpo de guias, um corpo de engenheiros e trs embries de corpos de cavalaria. A esquadra organizada por D. Pedro IV contava com as seguintes embarcaes: - duas fragatas (Rainha de Portugal e D. Maria II), - o brigue Conde de Vila Flor (que possua dezasseis peas de artilharia), - o brigue-escuna Liberal (com nove peas), - trs escunas (Terceira, Eugnia e Coquette com sete, dez e sete peas respectivamente), - a galera D. Amlia (que albergava D. Pedro), - cinco escunas (Faial, Graciosa, Prudncia, Esperana e 5. Bernardo), - a barca Regncia de Portugal, - e ainda dezenas de barcos de transportes, lanches e at um barco a vapor.
Ao anoitecer do dia 7 de Julho de 1832 instala-se o pnico entre as foras militares e as autoridades absolutistas do Porto. A esquadra liberal estava vista, para grande surpresa dos miguelistas que nunca haviam previsto uma invaso por este ponto do pas. No entanto, D. Pedro avana com a sua armada em direco a Vila do Conde. Era a que planeara o desembarque.
Na manh de 8 de Julho enviado a terra, para parlamentar com as foras militares a estacionadas, o major Bernardo de S Nogueira - futuro Marqus de S da Bandeira.
As negociaes so, no entanto, completamente estreis, sendo aquele emissrio recebido com ameaas de fuzilamento. Frustadas, pois, que foram estas tentativas de desembarque pacfico, decidido efectu-lo em p-de-guerra.
Tal ocorrer ao principio da tarde desse dia na Praia dos Ladres, em Arnosa de Pampelido, no limite das freguesias de Lavra e Perafita. D. Pedro dirige ento uma clebre proclamao aos seus homens Soldados! Aquelas praias so as do malfadado Portugal que se pode ler numa das faces do obelisco da Memria.
A Guerra Civil
As tropas liberais (D. Pedro) e absolutistas ( D. Miguel) ainda lutaram durante algum tempo, mas a 24 de julho de 1833 os liberais tomam Lisboa pondo fim Guerra Civil. A paz foi assinada em 1834 com a Conveno de vora Monte, segundo a qual D. Miguel foi obrigado a ir para o exlio e nunca mais regressou a Portugal.