III-021 BIOFILTRO AERADO SUBMERSO APLICADO AO TRATAMENTO DE EFLUENTE DE CAMPUS UNIVERSITRIO: AVALIAO DA EFICINCIA E DO POTENCIAL DE FIXAO DE BIOFILME EM UM MEIO

O SUPORTE ALTERNATIVO.

Adilson Moacir Becker Junior(1) Graduando em Engenharia Ambiental UNISC, membro do grupo de Pesquisa em Reciclagem de Plsticos, bolsista FAPERGS. Adriane Lawisch Rodrguez Doutora em Engenharia/TU-Berlim-Alemanha, Mestre em Engenharia Metalrgica e de Materiais pela Escola de Engenharia da UFRGS; Engenheira Qumica pela Escola de Engenharia da PUCRS. Professora do Departamento de Engenharia, Arquitetura e Cincias Agrrias, Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC. Chanteli Dalpisol Graduanda em Qumica Industrial UNISC, membro do grupo de Pesquisa em Reciclagem de Plsticos, bolsista PUIC. Mebur Bardini Graduando em Engenharia Ambiental UNISC, membro do grupo de Pesquisa em Reciclagem de Plsticos. Cludia Mendes Mhlmann Mestre em Cincias - rea de Concentrao Fsica - pela Univesidade Federal de Santa Caterina - UFSC, Professora do Departamento de Qumica e Fsica, Universidade de Santa Cruz do Sul-UNISC. Endereo(1): Rua Vereador Ivo Cludio Wiegel, 276 Bairro Universitrio Santa Cruz do Sul RS 96815542 Brasil Tel: (51)3717-6230 e-mail: adilsonbecker.jr@gmail.com RESUMO Frente necessidade de novas tecnologias de tratamento de efluentes, avanam cada vez mais pesquisas relacionadas aos processos biolgicos de tratamento. Entre estes, o Biofiltro Aerado Submerso tem destaque, no qual consiste em um reator com meio suporte de enchimento submerso, visando a aderncia dos microrganismos. O presente trabalho visa avaliar a possibilidade de aplicao de um Biofiltro Aerado Submerso para tratamento de efluente da Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC. Foi utilizado um reator de acrlico em escala laboratorial, com altura total de 50 cm, dimetro de 10 cm e volume til de 2 litros. A estrutura interna do reator composta por materiais de enchimento obtidos a partir de Poliprileno (PP) ps consumo e 10% resduo de erva mate. O sistema funcionou em batelada, sendo que a cada doze horas foi trocado 500 a 700 mL de efluente tratado por efluente bruto. A avaliao do processo foi realizada em funo de aspectos visuais, como formao de biofilme e avaliao de parmetros fsico-qumicos, tais como DBO5, pH e turbidez. Alm disso, trabalhou-se com uma metodologia para avaliao das massas dos corpos de enchimento usados no meio suporte, a fim de se obter as variaes de perda de massa aps a utilizao e o percentual de biomassa aderida. Dentre os resultados obtidos, destaca-se uma boa aderncia dos microrganismos nos meios suportes e, consequentemente, em um tratamento confirmado sob aspecto visual. Alm disso, os ensaios confirmaram uma reduo de DBO5 de aproximadamente 80% e reduziram em mdia 97% em relao turbidez. J em relao s avaliaes de massa, obteve-se uma variao de 3,54 % por corpo de prova para biomassa aderida e uma mdia de 1,10% de perda de massa. Assim, com os resultados atingidos, confirma-se a possibilidade de aplicao dos materiais de suporte utilizados, bem como uma boa eficincia de tratamento no reator. Todavia, salienta-se a dificuldade devido baixa carga orgnica do efluente, caracterstico de efluentes de universidades. PALAVRAS-CHAVE: Biofiltros, Meio Suporte, Efluente, Resduos Plsticos, Biomassa Aderida. INTRODUO O crescimento dos centros populacionais tem levado ao consumo excessivo de gua e gerao de elevados volumes de efluentes domsticos e industriais. Ao serem despejados com suas caractersticas poluentes causam alteraes fsicas, qumicas e biolgicas nos corpos receptores e, consequentemente, a sua poluio. Com isso, torna-se necessrio o estudo de alternativas de tratamento para diminuir a poluio da gua oriunda dos lanamentos de esgoto in natura.
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O tratamento biolgico de efluentes, processo mais comumente empregado para a realidade brasileira, consiste na reproduo das condies ideais dos fenmenos naturais que ocorrem na autodepurao dos rios e no solo, na qual os microrganismos so responsveis pela estabilizao da matria orgnica e nutrientes. O desenvolvimento de reatores justifica-se para aumentar a velocidade das reaes sob condies controladas e, assim, diminuir o tempo do processo. [SEITENFUS, 2007] O processo de Biofiltro Aerado Submerso (BAS), classificado como um processo biolgico, constitudo por um tanque preenchido com um material poroso ou estruturado submerso, atravs do qual efluente e ar fluem permanentemente. [GONALVES, 2002]. O fluxo de ar nos BAS s vivel no fluxo ascendente, devido ao estado de permanente imerso do meio suporte. Portanto, existem duas possibilidades de fluxo hidrulico: cocorrente e contra-corrente, sendo este ltimo o utilizado no presente trabalho. A biofiltrao um processo que utiliza microrganismos imobilizados em um leito fixo de material poroso. Os reatores com biomassa aderida a um meio suporte garantem elevados tempos de reteno de slidos, sem que para isso se faa necessrio a recirculao de lodo. [FONTANA, 2007]. Alm disso, Gonalves (2002) cita que os meios suportes devem ter caractersticas tais quais possibilitem a fixao dos microrganismos. Todavia, para que essa adeso de microrganismos acontea nos materiais de enchimento, seguem-se trs processos: adsoro, adeso e aderncia. Essa fixao depende da comunidade microbiana, como tambm de suas atividades metablicas e a superfcie disponibilizada. [WIJEYEKOON, 2004, apud ALMEIDA, 2007]. O biofilme aderido dado pela adeso microbiana, que a partir da reproduo dos microrganismos, h produo de substncias polimricas, formando uma matriz gelatinosa heterognea no material. [LESSARD e LE BIHAN, 2003, apud ALMEIDA, 2007]. Alm da problemtica de efluentes lquidos, tem-se a necessidade gerir resduos slidos corretamente, buscando o aumento do tempo de vida dos resduos da atualidade, reutilizando e reciclando-os quando possvel. Surgem assim alternativas de elaborao de novos materiais, como compsitos, onde se tem a mistura de uma matriz polimrica com um resduo que confira a este novo material um acrscimo nas propriedades ou mesmo uma reduo no seu valor econmico, enfatizando tambm a sustentabilidade do processo. O presente trabalho tem, portanto, como objetivo, dar sequncia aos estudos realizados com materiais compsitos de Polipropileno (PP) Ps Consumo e Resduo de P de erva mate como alternativa em processos BAS, utilizando-os como materiais suporte no sistema. Concomitantemente ao potencial de fixao, o trabalho visa analisar a eficincia do processo biolgico aplicado ao tratamento de efluentes de campus universitrio. MATERIAIS E MTODOS Os materiais de enchimento foram obtidos utilizando-se Polipropileno (PP) ps consumo como matriz, juntamente com um resduo de uma indstria de erva-mate como material de reforo/carga. Optou-se por trabalhar com compsitos com teor de resduo 10%. Dentre as estruturas possveis para serem utilizadas como enchimento encontram-se estruturas Intalox Saddle; Anel de Pall e Anel de Rasching. A Figura 1 mostra as estruturas que foram feitas a partir do compsito e com a geometria semelhante quelas descritas por MYCOCK como a) Intalox Saddle b) Anel de Pall e, c) Anel de Rasching. a b c

Figura 1 Estruturas obtidas para material de enchimento.

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O BAS foi elaborado conforme a configurao demonstrada na Figura 2:

Figura 2 - Configurao dos reatores de bancada. 1) Compressor de ar. 2) Distribuidor de ar. 3) Canal de entrada de ar. 4) Corte. 5) Vista Superior do corte. A metodologia utilizada foi baseada no trabalho elaborado por MAGRI (2007). Foi utilizado um reator feito de acrlico, com altura total de 50 cm, dimetro igual a 10 cm e volume til de 2 litros. A vazo de ar foi obtida atravs de um compressor de ar da marca BOYU, com uma vazo indicada de 4 L/min. A fim de controlar a quantidade de Oxignio Dissolvido (OD), foi utilizado um Oxmetro Alfakit, modelo AT 150. Para a composio interna do reator, optou-se pelas estruturas do tipo Anel de Pall, conforme Figura 3. Utilizou-se 256 gramas de material de enchimento, sendo que cada meio suporte representa, em mdia, 1,60 gramas.

Figura 3 Estrutura do tipo Anel de Pall utilizada no sistema. Na Figura 4 tem-se o reator em preparao e em utilizao, respectivamente.

Figura 4 Reator BAS antes e durante o tratamento.

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Para a inoculao do sistema foi elaborada uma mistura de 25% de Lodo Ativado, proveniente de uma Estao de Tratamento de Efluentes (ETE) em atividade, e 75% do Efluente a ser tratado, originado da UNISC. O sistema funcionou em batelada, sendo que duas vezes por dia, em mdia, retirava-se uma quantidade de efluente (de 500 a 700 mL), para reintroduo de efluente como fonte nova de substrato para os microrganismos. Para manuteno de uma populao microbiana com uma idade mdia, estabeleceu-se um mecanismo de limpeza dos biofiltros a cada 15 dias, bem como retirada do lodo em excesso em um ciclo de 10 a 12 dias. A avaliao da eficincia do processo foi realizada em funo de aspectos visuais, como formao de biofilme e avaliao de parmetros fsico-qumicos, tais como DBO5 (Demanda Bioqumica de Oxignio), pH e turbidez. Para avaliao de massa do material de enchimento utilizado, foi adotada uma metodologia de pesagem de todos os meios suportes trabalhados. Dividiu-se o reator em trs zonas, de modo a avaliar separadamente cada zona em relao s massas dos materiais de enchimento. RESULTADOS E DISCUSSES O reator foi operado durante 130 dias. A partir do inculo, a aclimatao do sistema durou aproximadamente quatro semanas, perodo pouco superior ao encontrado por REBAH et al. (2010). Posteriormente a isto, foi possvel perceber a aderncia dos microrganismos nos materiais de suporte. Esta caracterstica tambm foi de encontro a uma maior eficincia visual no tratamento, podendo relacionar a incidncia dos microrganismos com o funcionamento correto do reator. A Figura 5 exemplifica o resultado obtido.

Figura 5 A. Reator com considervel incidncia de massa microbiolgica aderida e B. Detalhe para incidncia da massa microbiolgica Apesar das variaes nas caractersticas do efluente de entrada, caracterstico de Estaes de Tratamento de Campus Universitrios [VERSIANI, 2005], obteve-se um tratamento considervel sob aspecto visual, conforme pode ser visto na Figura 6.

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Figura 6 Comparao visual entre efluente tratado e bruto. Nos ensaios, foi obtida DBO5 mdia de entrada equivalente a 146 mg L-1, enquanto que para valor de sada obteve-se uma mdia de 26,63 mg L-1. O sistema apresentou eficincias de 65 a 90%, com uma mdia de 78%. Todavia, essa variao deve-se a variabilidade na carga orgnica de entrada. Os resultados comentados podem ser visualizados na Tabela 1. Tabela 1 Resultados das anlises de DBO5. DBO5 Efluente Bruto DBO5 Efluente Tratado (mg L-1) (mg L-1) 188,50 24,50 115,00 31,00 210,50 26,00 70,00 25,00 146,00 26,63

Data 20/04 13/05 10/06 30/06 Mdia

Eficincia (%) 87,00 73,00 87,60 64,30 78,00

Para os ensaios de turbidez, foram obtidas mdias de 125,95 NTU e 3,43 NTU respectivamente para entrada e sada do sistema, gerando uma eficincia mdia de 97% na remoo de turbidez, conforme Tabela 2. Tabela 2 Resultados das anlises de turbidez. Data 20/04 13/05 10/06 30/06 Mdia Turbidez Efluente Bruto (NTU) 88,32 193,78 138,13 83,56 125,95 Turbidez Efluente Tratado (NTU) 1,35 2,24 3,77 6,37 3,43 Eficincia (%) 98,50 98,80 95,50 95,40 97,00

Em relao ao pH, a mdia de entrada do efluente bruto ficou em torno de 8, enquanto que a mdia de sada do reator foi aproximadamente 7. O OD foi monitorado na parte superior do reator e tambm no efluente de sada, buscando-se valores entre 2 e 5 mg L-1, variando de acordo com a DBO5 de entrada. Em estudo realizado por ZUCCO (2009), composto por BAS com suporte de caroos de pssego para tratamento de efluente vincola, obteve-se eficincia de remoo na turbidez igual a 73%, considerando-se um valor de entrada mdio igual a 132 NTU e de sada 35 NTU. LUZIA (2009) desenvolveu um trabalho com filtros aerbios para tratamento de lixiviado de aterro, utilizando como enchimento brita n 3 e bambu. Com os reatores, foi obtida remoo mdia de 59% e 50% de DBO5, respectivamente, para meio suporte de bambu e brita n 3, considerando-se um valor de entrada mdio de 370 mg L-1. DELGADO (2009) trabalhou com reatores em sequencia (tanque sptico, reator anaerbio e aerbio), o autor obteve uma reduo global de 97% da DBO5 de seu efluente. Assim sendo, esta configurao proposta pode se utilizada para aumentar a eficincia do processo.
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Para um BAS em escala real espera-se uma reduo de em torno de 95% da DBO 5. [VON SPERLING, 2005]. Todavia, justifica-se que, no ensaio piloto deste trabalho, houve uma entrada de DBO 5 relativamente baixa, dificultando eficincias maiores. Nota-se que o efluente de sada, entretanto, ficou sempre numa faixa prxima de DBO5. Conforme descrito na etapa de metodologia, os materiais suportes foram quantificados e pesados em trs situaes diferentes: Pesagem aps retirada do sistema; Pesagem aps secagem 24h 60 C; e Pesagem aps lavagem e secagem 24h 60 C. Para comparao, foram pesados 30 corpos de enchimento de fora do sistema, a fim de se obter o valor mdio inicial das massas (peso branco). Para tal metodologia, o reator foi dividido em trs zonas, sendo: Zona 3 Parte Superior; Zona 2 Parte Intermediria e Zona 1 Parte Inferior do reator (Figura 7)

Figura 7 Zonas do Reator BAS. Na Tabela 3 tm-se os resultados obtidos para as massas mdias unitrias dos corpos de enchimento. Tabela 3 Massas mdias unitrias obtidas nas anlises de massa. Zonas Mdia Geral Zona 1 - Inferior Zona 2 - Intermediria Zona 3 - Superior M. 1 (g) 2,7846 2,9573 2,9897 2,4068 M. 2 (g) 1,5912 1,6023 1,5937 1,5777 M. 3 (g) 1,5368 1,5383 1,5314 1,5406 Massa Inicial (g) 1,5539 1,5539 1,5539 1,5539

*M. 1 Massa aps a retirada do material, massa molhada; M.2 Massa aps secagem do material em estufa, com microrganismos aderidos preservados; M.3 Massa aps lavagem e novamente secagem do material em estufa, para limpeza total dos corpos de enchimento. M.I Massa mdia obtida dos corpos de enchimento sem participao no processo (Peso Branco). A seguir, na Tabela 4, possvel analisar a variao de massa decorrente das diferenas entre M.2 e M.3, totalizando a quantidade de biomassa aderida por corpo de enchimento.

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Tabela 4 Anlise de Biomassa aderida nos corpos de enchimento Zonas Geral ZONA 1 - Inferior ZONA 2 - Intermediria ZONA 3 - Superior M. 2 (mg) 1591,2 1602,3 1593,7 1577,7 M. 3 (mg) 1536,8 1538,3 1531,4 1540,6 Variao de Massa (%) 3,54% 4,16% 4,07% 2,41% Biomassa Aderida (mg) 54,44 63,99 62,26 37,07

Na Tabela 5, relaciona-se a M.3 com a Massa Inicial, de modo a verificar a variao de massa dos corpos de enchimento e a representao percentual desta. Tabela 5 Anlise de Perda de Massa nos corpos de enchimento Zonas Geral ZONA 1 - Inferior ZONA 2 - Intermediria ZONA 3 - Superior M. 3 (mg) 1536,8 1538,3 1531,4 1540,6 Massa Inicial (mg) 1553,9 1553,9 1553,9 1553,9 Variao de Massa (mg) 17,11 15,58 22,46 13,28 Variao de Massa (%) 1,10% 1,00% 1,45% 0,85%

Por fim, na Tabela 6, tm-se as quantidades de corpos de enchimento por zona e em todo o reator, relacionadas com as massas totais do sistema. Atravs destes valores busca-se a quantificao de perda relativa em escala maior. Utilizou-se a massa mdia dos corpos de enchimento unitrios multiplicada pelo nmero destes por zona, para obter o comparativo de perda de massa. Tabela 6 Nmero total e massa acumulada do sistema por zonas Zonas Geral Zona 1 Zona 2 Zona 3 Nmero total 150 46 52 52 M. 1 (g) 416,65 136,03 155,46 125,16 M. 2 (g) 238,62 73,71 82,87 82,04 M. 3 (g) 230,51 70,76 79,63 80,11 M. Inicial (g) 233,08 71,48 80,80 80,80 Biomassa Aderida (g) 8,11 2,94 3,24 1,93 Perda de Massa (g) 2,57 0,72 1,17 0,69

*M. 1 Massa aps a retirada do material, massa molhada; M.2 Massa aps secagem do material em estufa, com microrganismos aderidos preservados; M.3 Massa aps lavagem e novamente secagem do material em estufa, para limpeza total dos corpos de enchimento. M.I Massa mdia obtida dos corpos de enchimento sem participao no processo (Peso Branco). M. Inicial (g) Massa relativa a multiplicao da mdia unitria inicial pelo nmero total de corpos de enchimento. Biomassa Aderida (g) Diferena entre M.2 e M.3. Perda de Massa (g) M. Inicial M.3

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CONSIDERAES FINAIS No presente trabalho verificou-se boa eficincia no tratamento do efluente sanitrio da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC. Alm disso, confirmou-se a possibilidade de utilizao de materiais alternativos para enchimentos em reatores de tratamento biolgico de efluentes. Notou-se considervel biomassa nos corpos de enchimento, ao passo que tambm se percebeu uma reduo de massa nos mesmos. Pode-se destacar tambm que, ao utilizar os corpos de enchimento citados, otimiza-se tambm o contato ar/lquido. Na sequncia do estudo sugere-se a realizao de comparativos de enchimento de materiais compsitos com um material polimrico inerte, de modo a avaliar a eficincia de tratamento concomitantemente a aderncia e perda de massa em dois reatores distintos. Tambm ser avaliada a propriedade dos meios suportes compsitos que propuseram uma eficincia de remoo relativa e ao mesmo tempo interagiram no interior do reator. Sugere-se tambm, para pesquisas futuras, a busca por fontes de carbono adicional para o efluente bruto, em virtude da alta variao das caractersticas do mesmo, consequncia direta da diluio por gua de chuva ou baixo ndice de movimentao populacional, problemtica frequente em campus universitrios. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

1. ALMEIDA, P. G. S. Efeito de diferentes tipos de meio suporte no desempenho de filtros biolgicos

percoladores aplicados ao ps-tratamento de efluentes de reatores UASB, com nfase na nitrificao. Escola de Engenharia da UFMG. Belo Horizonte, 2007. 2. DELGADO, C. T. Avaliao da Eficincia de Remoo de Matria Orgnica em Filtros Biolgicos Submersos Aerados. Anais do 25 congresso Brasileiro de Engenharia Sanitria e Ambiental ABES, 2009. 3. FONTANA, Hallan. Biofiltro Aerado Submerso preenchido com carvo granular: Desempenho tcnico e estudo de viabilidade econmia. Dissertao apresentada Escola de Engenharia de So Carlos da Universidade de So Paulo para obteno do ttulo de Mestre em Hidrulica e Saneamento. So Carlos SP, 2007. 4. GONALVES, R. F. et al. Ps-tratamento de efluentes de reatores anaerbios por reatores com biofilme. In: CHERNICHARO (Coor.). Ps-tratamento de efluentes de reatores anaerbios. Belo Horizonte: [s.n.], 2002. capitulo 4, p. 171-278. 5. LUZIA, M, R. Utilizao de Filtros Aerbios em escala de laboratrio para o tratamento do lixiviado do aterro metropolitano de Gramacho. Anais do 23 congresso Brasileiro de Engenharia Sanitria e Ambiental ABES, 2005. 6. MAGRI, E. M., Aplicao de Biofiltros Aerados Submersos com os meios suportes: Cascas de ostras e tampas de Polietileno no ps-tratamento de efluentes de um tanque sptico, Anais do 24 Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitria e Ambiental ABES, 2007. 7. QUADROS, V. A. Influncia do meio suporte na remoo de matria orgnica usando filtros biolgicos anaerbios. Anais do 25 congresso Brasileiro de Engenharia Sanitria e Ambiental ABES, 2009. 8. REBAH et. al. Performance of two combined anaerobicaerobic biofilters packed with clay or plastic media for the treatment of highly concentrated effluent. Desalination 253 (2010) 141146. 9. SEITENFUS, N et al. Biofiltro aerado submerso como alternativa de tratamento do efluente do Ncleo Biotecnolgico da Unoesc Campus de Videira. Evidncia, Joaaba (2007). 10. VON SPERLING, Marcos. Introduo qualidade das guas e ao tratamento de esgotos / Marcos Von Sperling 3. Ed. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitria e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; 2005. 11. ZUCCO, E. Uso de Biofiltro Aerado Submerso no Tratamento de Efluente Vincola com meio suporte de caroos de pssegos Estudo de caso na regio do meio-oeste catarinense. Anais do 25 congresso Brasileiro de Engenharia Sanitria e Ambiental ABES, 2009.

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