Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Polissacarídeos e Fibras

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 14

Os polissacardeos so molculas formadas atravs da unio de vrios monossacardeos. Alguns apresentam em sua frmula tomos de nitrognio e enxofre.

Esse grupo de carboidratos formado por molculas que no possuem sabor adocicado, como nos outros grupos. Os polissacardeos so molculas muito grandes, em comparao com os outros carboidratos, por isso so consideradosmacromolculas. Os polissacardeos so insolveis em gua, o que de grande importncia para os seres vivos, pois desempenham funo estrutural e armazenadora de energia. A quitina, por exemplo, constituinte da parede celular de fungos e do exoesqueleto de artrpodes. Se ela fosse solvel, esses animais no poderiam entrar em contato com a gua que todo seu esqueleto amoleceria. No momento da digesto, para que essas molculas sejam absorvidas, necessrio que sejam quebradas em molculas menores, os monossacardeos. A reao de quebra ocorre atravs da hidrlise. Note que a reao de unio entre dois monossacardeos ocorre pelo processo inverso, reao por desidratao. As molculas de polissacardeos so polmeros, ou seja, as molculas que os constituem so idnticas ou semelhantes. Essas unidades so chamadas de monmeros.

Molcula de celulose Ilustrao: www2.ufp.pt Principais Polissacardeos estruturais Polissacardeo Celulose Funo Participa da composio da parede celular dos vegetais. o carboidrato mais abundante na natureza. Est presente na parede celular de fungos e no exoesqueleto dos atropodes. Possuem grupos amina (NH2) em sua cadeia.

Quitina

Principais Polissacardeos energticos Polissacardeo Amido Glicognio Funo Apresenta funo de reserva. encontrado em razes, caules e folhas. o carboidrato de reserva dos animais e dos fungos. armazenado nos msculos e no fgado dos animais.

Fontes Amabis, Jos Mariano. Biologia. Volume 1. Editora Moderna. CSAR E SEZAR. Biologia. Volume 1. Editora Saraiva
http://www.infoescola.com/bioquimica/polissacarideo/

POLISSACARDEOS So os carboidratos complexos, macromolculas formadas por milhares de unidades monossacardicas ligadas entre si por ligaes glicosdicas, unidas em longas cadeias lineares ou ramificadas. Os polissacardeos possuem duas funes biolgicas principais, como forma armazenadora de combustvel e como elementos estruturais. Os polissacardeos mais importantes so os formados pela polimerizao da glicose, em nmero de 3: - O Amido: o polissacardeo de reserva da clula vegetal, formado por molculas de glicose ligadas entre si atravs de numerosas ligaes a (1,4) e poucas ligaes a (1,6), ou "pontos de ramificao" da cadeia. Sua molcula muito linear, e forma hlice em soluo aquosa. - O Glicognio: o polissacardeo de reserva da clula animal. Muito semelhante ao amido, possui um nmero bem maior de ligaes a (1,6), o que confere um alto grau de ramificao sua molcula. Os vrios pontos de ramificao constituem um importante impedimento formao de uma estrutura em hlice. - A Celulose: o carboidrato mais abundante na natureza. Possui funo estrutural na clula vegetal, como um componente importante da parede celular. Semelhante ao amido e ao glicognio em composio, a celulose tambm um polmero de glicose, mas formada por ligaes tipo b (1,4). Este tipo de ligao glicosdica confere molcula uma estrutura espacial muito linear, que forma fibras insolveis em gua e no digerveis pelo ser humano.
http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const_ microorg/carboidratos.htm

Os carboidratos, tambm conhecidos por hidratos de carbono (hidrocarbonetos), glucdeos, glicdeos ou acares, pertencem classe de substncias orgnicas, cujas molculas so formadas por tomos de carbono, hidrognio e oxignio. Esses elementos, nas substncias mais simples, quimicamente se organizam na proporo de 1 / 2 / 1, isto : um tomo de carbono, para dois tomos de hidrognio, para um tomo de oxignio. Possuindo frmula molecular geral representada por C(H2O)n ou CnH2nOn, onde n simboliza a quantidade de carbonos na molcula. Podem ser classificados em trs grupos: Monossacardeos unidade mais simples dos glcideos (monmeros), no catabolizados pelo processo digestivo, reunindo a seguinte subdiviso: as trioses, molculas com trs tomos de carbonos (n as tetroses, molculas com quatro tomos de carbonos (n as pentoses, molculas com cinco tomos de carbonos (n e as hexoses, molculas com seis tomos de carbonos (n = = = = 3) 4) 5) 6) C 3 H6 O 3 ; C 4 H8 O 4 ; C 5H10O5; C 6H12O6;

Dessa classe, as pentoses e as hexoses so as mais importantes para o organismo, desempenhando funo estrutural e energtica, na composio de acares como a riboses, desoxirribose (pentoses que iro compor os cidos nuclicos) e a glicose, frutose e galactose (hexoses fornecedoras de energia para o metabolismo celular). A frmula geral padro, diferenciando as molculas conforme o arranjo das ligaes entre os tomos. Dissacardeos substncias formadas da unio de dois monossacardeos, a partir da sntese por desidratao (retirada de uma molcula de gua), apresentando frmula estrutural geral: C(H2O)n H2O, (C6H10O5)n ou CnH2n-2On-1. Essa classe rene os acares: maltose (glicose + glicose), sacarose (glicose + frutose) e a lactose (glicose + galactose), encontrados respectivamente carboidratos encontrados em razes tuberosas (batata e mandioca) nas frutas (canade-acar) e no leite. Polissacardeos polmeros formados pela unio de vrios monossacardeos. A cada unidade inserida na cadeia de polissacardeo subtrada uma molcula de gua, tambm um processo de desidratao. Os principais polissacardeos so:

- o amido, substncia de reserva energtica dos vegetais, encontrada no caule e principalmente na raiz; - o glicognio, substncia de reserva energtica dos animais, encontrada nos msculos e no fgado; - celulose, carboidrato com maior biomassa da natureza, integrante da parede celular dos vegetais. Possui funo energtica e estrutural, dependendo do organismo pode ser degradada pela enzima celulase (produzida por alguns fungos, bactrias e protozorios), sendo a espcie humana desprovida de realizar sua digesto e conseqente absoro; - quitina, polissacardeo nitrogenado presente no exoesqueleto dos artrpodes (formiga, camaro, aranha, barata). - cido hialurnico, polissacardeo que efetua a maior adeso entre as clulas, considerada um cimento celular nos tecido animais. Por Tiago Dantas

http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/carboidratos.htm

POLISSACARDEOS Os polissacardeos (ou glicanos) so formados por longas cadeias de unidades de monossacardeos unidas entre si por ligaes glicosdicas. So portanto, substncias de alto peso molecular que podem chegar (em alguns casos) milhes. Podem ser de cadeia linear ou ramificada, raramente cclica. Polissacardeos podem ser hidrolizados parcial ou totalmente por cidos ou enzimas, resultando em oligossacardeos e monossacardeos. A anlise desses resduos formados na hidrlise proporciona informaes sobre a sequncia e posio dos monossacardeos, bem como, o tipo de ligaes entre eles. Polissacardeos de menor peso molecular so na sua maioria solveis em gua, e a solubilidade diminui com o aumento do peso molecular e com a maior ou menor facilidade com que as molculas desses compostos se associam outras. A maior solubilidade se deve a maior facilidade de hidratao. Os polissacardeos mais insolveis so aqueles encontrados nas paredes celulares e que desempenham funo estrutural. Os polissacardeos se encontram amplamente distribudos na natureza e possuem grande importncia por desempenharem funes como: - Materiais estruturais (nos vegetais: celulose, hemicelulose e pectina; nos animais: quitina) - Substncias de reserva (nos vegetais: principalmente o amido; nos animais: glicognio) - Substncias capazes de reter gua (nos vegetais: gar, pectinas e alginatos) Os polissacardeos so classificados como: Homopolissacardeos (homoglicanos): contm apenas um tipo de monossacardeo. Ex: amido, celulose e glicognio. Heteropolissacardeos (heteroglicanos): formados por dois ou mais tipos de diferentes de monossacardeos. Ex: cido hialurnico, heparina. AMIDO O amido a fonte de reserva mais importante nos vegetais e pode ser encontrado em razes, sementes e tubrculos. So fontes de amido: milho, arroz, batata, mandioca, feijo, trigo e outras. Os diferentes amidos apresentam diferentes funes e so utilizados na indstria de alimentos com diferentes propsitos, como: nutricional, tecnolgico, funcional, sensorial e esttico.

Estrutura do amido: O amido um homopolissacrdeo depositado nos cloroplastos das clulas. O amido ocorre na forma de grnulos, de formato arredondado e irregular, variando bastante em tamanho (2 a 100m). A forma e o tamanho dos grnulos so caractersticos de cada espcie de planta e so teis para identificar a origem de um amido ou de uma farinha.

Figura: Grnulos de amido Composio do amido: O amido constitudo por uma mistura de dois polissacardeos, a amilose e a amilopectina, em propores que variam com a espcie e o grau de maturao. A maioria dos amidos apresenta de 20 a 25% de amilose, contudo h excees, como na ervilha onde o amido contm 60% de amilose, alm das variedades de milho e outros cereais denominados cerosos, que possuem pouca ou nenhuma amilose. A amilose um polmero formado por longas cadeias predominantemente lineares de -Dglicopiranoses unidas por ligaes glicosdicas (14), como mostra a Figura abaixo; podendo conter de 350 a 1000 unidades de glicose em sua estrutura.

Figura: Amilose. J a amilopectina apresenta uma estrutura altamente ramificada, constituda por cadeias lineares de aproximadamente 20 a 30 unidades de -D-glicoses unidas por ligaes glicosdicas (14); enquanto as cadeias esto unidas entre si por ligaes

glicosdicas (16) nos pontos de ramificao. Na Figura abaixo pode ser observada a estrutura da amilopectina.

Figura: Amilopectina No grnulo de amido, a mistura de molculas lineares (amilose) e ramificadas (amilopectina) esto associadas em paralelo, ou seja, as cadeias lineares e ramificadas so mantidas juntas por pontes de hidrognio, resultando em regies cristalinas e micelas (amorfas).

Figura: Amido mistura de cadeias lineares (amilose) e ramificadas (amilopectina). GELATINIZAO DO AMIDO A umidade naturalmente existente no amido de aproximadamente 12 a 14%. Grnulos de amido no danificados so praticamente insolveis em gua fria. No entanto, se grnulos de amido so suspensos em gua e a temperatura desta gua gradualmente aumentada ocorre a penetrao da gua nos grnulos. Inicialmente a gua penetra nas regies amorfas (micelas), e com o maior aquecimento desta, penetra tambm nas regies cristalinas, que so destrudas deixando o grnulo transparente. Nesta temperatura, as ligaes entre as cadeias de amilose e amilopectina so rompidas e os gros de amido comeam a intumescer e formar solues consideravelmente viscosas

A temperatura na qual o grnulo de amido sofre estas modificaes (penetrao da gua com perda das regies cristalinas e rompimento entre amilose e amilopectina, comea a intumescer e a tornar-se viscoso) chamado de ponto de gelatinizao ou temperatura de gelatinizao. Como este ponto no bem definido utiliza-se normalmente o termo faixa de temperatura de gelatinizao. E esta faixa de gelatinizao varia para grnulos de amido de diferentes origens. Durante a gelatinizao o grnulo de amido incha, e a viscosidade da suspenso aumenta, formando uma pasta (gel) onde o grnulo apresenta mxima transparncia. Se o aquecimento continuado alm da temperatura de gelatinizao (quando a viscosidade mxima) ocorre a degradao do amido. medida que o amido gelatiniza, aumenta a suscetibilidade ao ataque de enzimas que hidrolizam o amido, alm disso, os grnulos inchados da pasta tambm podem ser facilemente quebrados ou desintegrados nos processos de moagem ou agitao intensa. RETROGRADAO DO AMIDO O fenmeno da retrogradao ocorre em funo do resfriamento de solues de amido gelatinizado. Com a reduo da temperatura durante o resfriamento do gel ocorre, portanto, a formao de ligaes intermoleculares resultanto na formao de de zonas cristalinas (que haviam sido destrudas na formao do gel) e liberao de molculas de gua que estavam ligadas as cadeias (sinrese). A retrogradao resulta na reduo de volume, aumento da firmeza do gel e sinrese. Esse fenmeno irreversvel e ocorre mais rapidamente em temperaturas prximas de 0oC (ou seja, acelerado pelo congelamento das solues). A retrogradao um processo complexo e depende de muitos fatores, tais como: o tipo de amido, concentrao, temperatura, tempo de armazenamento, pH, processo de resfriamento e presena de outros compostos. A retrogradao favorecida por baixas temperaturas e altas concentraes de amido. AMIDOS MODIFICADOS necessidade das indstrias de alimentos por amidos com diferentes propriedades levaram a produo de amidos modificados. Os amidos modificados so produtos obtidos a partir do amido, com a finalidade de atender as necessidades especficas da indstria de alimentos. Essas modificaes visam obter produtos em que as cadeias sejam menores, ou tenham suas ramificaes alteradas, resultando em amidos de maior resistncia.

Os amidos podem ser modificados qumica ou fisicamente e cada amido modificado pode adquirir diferentes propriedades e caractersitcas, em maior ou menor grau, prestando-se assim para usos especficos na indstria de alimentos. Alguns exemplos de modificaes a que os amidos podem ser submetidos: Pr-gelatinizao do amido (modificao fsica): aps a gelatinizaao o amido seco e pulverizado, o produto resultante dispersvel em gua fria e pode formar gis sem aquecimento. Usos: pudins e sopas instantneas e recheios de bolo (nos quais o cozimento no utilizado) e como espessante em recheios, molhos, e sopas. Dextrinizao (modificao qumica): resulta da hidrlise cida do amido. Esse tipo de amido modificado (dextrinas) apresenta maior solubilidade em gua fria que o amido comum e forma solues menos viscosas e gis mais duros em temperaturas mais baixas. Usos: em balas de gomas e confeitos. Oxidao (modificao qumica): o amido tratado com agente oxidante e suas hidroxilas livres so oxidadas a carboxilas. Os amidos oxidados formam gis mais claros e mais moles. Ligaes cruzadas (modificao qumica): resulta da introduo de ligaes ster nas hidroxilas entre as cadeias de amido. Esse amido denominado amido com ligaes cruzadas, evita que o grnulo aumente de volume e proporciona maior estabilidade ao calor e agitao e reduz sua tendncia ruptura. Usos: alimentos infantis, temperos de saladas, coberturas, com funo de espessar e estabilizar. Outros polissacardeos de interesse para a qumica de alimentos, bem como, indstria de alimentos: - CELULOSE: a substncia orgnica mais abundante na natureza, e assim como os outros materiais fibrosos, resistente s enzimas digestivas humanas, no sendo digerida. Um de seus papis ajudar no bom funcionamento do intestino, formando o bolo fecal. encontrada exclusivamente nas plantas e compreende a parte estrutural das folhas, caules, razes, sementes e cascas de frutas. - HEMICELULOSE: assim como a celulose a hemicelulose no digerida pelo organismo humano e atua como fibra alimentar. As hemiceluloses so polissacardeos complexos encontrados nas paredes celulares associados celulose e a lignina. Na indstria de alimentos so utilizados na fabricao de pes e bolos (farinha integral) pois auxiliam na capacidade de absoro de gua pela farinha, promovem a mistura e aumentam o volume. - PECTINA:tambm um polissacardeo indigervel, absorve gua formando gel, retarda o esvaziamento gstrico. Est presente principalmente na casca de frutas. Utilizada em gelia, marmelada, e como estabilizante em bebidas e sorvetes.

- GOMAS: so substncias extradas de algas marinhas, sementes, exsudados de rvores e do colgeno animal. As gomas dissolvem-se e dispersam-se em gua e aumentam a viscosidade; so utilizadas na indstria de alimentos como espessantes e podem ou no ser geleificantes. Exemplos: goma guar, goma arbica, goma carragena, goma xantana, gar-gar, alginato.

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAsh4AH/quimica-alimentoscarboidratos

POLISSACARDEOS
Amido: *Conceito: O amido uma longa molcula formada pela unio de muitas molculas de glicose. Ele pode ser representada pela formula ( C6H10O5)n e no possui sabor doce e ele pode ser facilmente testado utilizando-se uma soluo de iodo.

Glicognio: *Conceito: O excedente de glicose que passa para o sangue aps uma refeio no permanece nele caso contrrio, o individuo entraria em hiperglicemia. Esse excedente armazenado nos msculos e no fgado, na forma de outro polissacardeo de alfa- glicose, denominado de GICOGNIO.

Celulose: *Conceito: um polissacardeo de beta-glicose e um importante material estrutural que forma a parede das clulas vegetais. *Curiosidade: Estima-se que cerca de 50% da matria orgnica existente em nosso planeta corresponde celulose. Ela no digerida pelo organismo humano, que no possui enzimas digestivas com tal finalidade. A celulose presente na madeira usada para a fabricao de papel, no algodo utilizada na fabricao de fibras txteis industriais destinada a confeco de roupas, cortinas e sacarias
http://krboidratos.zip.net/

O termo Fibras Alimentares ou Fibras Dietticas uma denominao genrica incluindo uma grande variedade de substncias que so: "Resduos de clulas vegetais que no so digeridas pela parte superior do tubo digestivo do homem. So compostas de celulose, oligossacardeos, pectina, goma e ceras". (Trowell e Burkitt, 1986). A passagem das fibras dietticas pelo trato digestivo resulta em diversos efeitos fisiolgicos importantes para a sade do ser humano. No entanto, nem todas as fibras atuam da mesma forma. As fibras alimentares compem-se fundamentalmente de 2 categorias, tecnicamente classificadas como: insolveis e solveis. Assim por exemplo, essas fibras encontram-se nas frutas, sendo que as fibras insolveis localizam-se na casca e no bagao enquanto as solveis compem a parte gelatinosa da polpa.

Fibras insolveis
As fibras insolveis so encontradas nos farelos de cereais, empregados em vrios produtos facilmente disponveis no mercado na forma de cpsulas, cereais matinais, flocos e mesmo biscoito. A ao fundamental destas fibras a acelerao do trnsito intestinal. Isto se deve extrema capacidade de reteno de gua destas mesmas pois, absorvendo a gua disponvel, aumentam em volume distendendo a parede do clon e facilitando a eliminao do bolo fecal. Interessante ressaltar que ao absorver a gua, estas fibras absorvem tambm eventuais agentes cancergenos, prevenindo o cncer de clon. Devido sua insolubilidade, elas no so fermentadas pela flora intestinal e, portanto, no so praticamente metabolizadas.

Fibras solveis
As fibras solveis esto presentes em vrios produtos que possuem exclusivamente este tipo de fibras com destaque para: a goma accia, a pectina e a goma xantana, mas tambm nos produtos citados acima, embora em quantidade muito menor das fibras insolveis. O primeiro aspecto importante das fibras solveis o aumento do tempo de exposio dos nutrientes no estmago, proporcionando uma melhora na digesto dos mesmos, em particular os acares e as gorduras. Este aspecto contribui na regularizao do metabolismo energtico para um melhor aproveitamento no desempenho de todas as atividades fsicas. As fibras solveis, assim como as insolveis, agem igualmente sobre a velocidade do trnsito intestinal, porm sem aumento da absoro de gua. As fibras solveis provocam reaes de fermentao, produzindo altas concentraes de substncias especficas denominadas de cidos graxos de cadeia curta (AGCC). Esses elementos so os principais promotores da motilidade do contedo fecal e regularizam o trnsito intestinal de forma suave. No intestino, os AGCC funcionam como fonte de energia para a mucosa e como agentes protetores de vrias doenas como:diarria, inflamaes intestinais e do cncer de clon. Por outro lado, as fibras solveis formam uma camada superficial suave ao longo da mucosa do intestino delgado e servem de barreira na absoro de alguns nutrientes, atrasando o metabolismo essencialmente dos acares e das gorduras. Isto contribui sobremaneira para a estabilizao do metabolismo energtico, controlando os aumentos bruscos da taxa de glicemia. Estudos j realizados comprovam tambm a que a ingesto de fibras solveis contribui na diminuio da taxa de colesterol.

Alm do mais, importante ressaltar uma das propriedades mais interessantes das fibras solveis. Estas no so digeridas no estmago mas no intestino aonde so expostas flora bacteriana (flora intestinal), material necessrio sua degradao. A fermentao destas fibras pelas bactrias da flora permite abaixar o pH deste meio, o que favorvel sade do organismo sob vrios aspectos. As fibras fermentadas convertem-se em nutrientes necessrios para um melhor desenvolvimento das bactrias biofidos e lactobacilos, aumentando favoravelmente a flora bacteriana. Um dos pontos mais positivos da formao desta superpopulao bacteriana benfica a inibio do crescimento de bactrias patognicas (malignas). Com isso, o sistema imunolgico do rgo tambm torna-se fortalecido, prevenindo casos de infeco gastro-intestinais e at mesmo de cncer de clon. A tabela orientativa sintetizada abaixo, expe os valores de fibras alimentares totais contidas em produtos a base de fibras conforme dosagem mxima*, desmembrados em fibras solveis e insolveis.

Quadro Comparativo do Teor de Fibras nos Complementos Alimentares


Complemento Alimentar Farelo de Cevada Farelo de Milho Farelo de Trigo Farelo de Aveia Farelo de Ma Fibra de Soja Fibra de Pra Goma Accia# Fibras por categoria (g) Total de Fibras mximo* em 100g 1,30 1,60 0,90 1,50 1,50 1,70 Fibra Solvel (g) 0,13 0,03 0,14 0,18 0,37 0,26 Fibra Insolvel (g) 1,17 1,57 0,76 1,32 1,13 1,44 Dosagem de emprego mxima* (%) 2 2 2 2 2 2 2 50

1,76 0,19 1,57 42,50 42,50 Dosados pelo mtodo A.O.A.C. *limitao de dosagem na frmula devido aos problemas de textura (viscosidade alta, gosto desagradvel). Conforme a tabela acima, a Goma Accia#, principal ingrediente das Balas e Pastilhas VALDA, compese exclusivamente de fibras solveis.

Fibras alimentares
As fibras alimentares so os polissacardios vegetais da dieta, como celulose, hemiceluloses, pectinas, gomas, mucilagens e a lignina (no polissacardio) que no so hidrolisados pelo trato gastrointestinal humano. Caractersticas das Fibras Alimentares:

1) 2) 3) 4) 5)

Origem Vegetal; Carboidratos ou derivados de carboidratos (exceto a lignina); Resistncia hidrlise por enzimas digestivas; Fermentveis por bactrias dos clons; Atingem os clons intactas/hidrolisadas e fermentadas pela flora dos clons.

Tipos de Fibras Alimentares: Fibras Solveis: Pectinas, gomas, mucilagens e algumas hemiceluloses. A frao solvel das fibras traz benefcios sade, porque apresentam efeito metablico no trato gastrintestinal, retardam o esvaziamento gstrico e o tempo do trnsito intestinal, diminuem a absoro de glicose e colesterol. Protege contra o cncer colorretal. Fibras Insolveis: Celulose e algumas hemiceluloses. Fazem parte da estrutura das clulas vegetais e so encontradas em todos os tipos de substncia vegetal. Constitui uma parte muito pequena da dieta (1g/dia) e ocorre principalmente em frutos com casca comestvel e sementes. No se dissolvem na gua, aumentam o bolo fecal, aceleram o tempo de trnsito intestinal pela absoro de gua. Melhorando a constipao intestinal, anulando o risco de aparecimento de hemorroidas e diverticulites (inflamao da parede do intestino). Celulose: Frutas com cascas, farinha de trigo, farelos, sementes. Caractersticas: Retm gua nas fezes, aumenta o volume e o peso das fezes, favorece o peristaltismo dos clons, diminui o tempo de trnsito colnico, aumenta o nmero de evacuaes e insolvel em meio alcalino e solvel em cido. Hemicelulose: Gros de cereais, farelo de trigo, soja e centeio. Caractersticas: Aumenta o volume e o peso das fezes, favorece o peristaltismo dos clons, diminui o tempo de trnsito colnico, aumenta o nmero de evacuaes, e a maior parte solvel em gua. Pectina: Frutas ctricas, principalmente a casca rica em pectina, ma, batata, limo, laranjas, legumes e vegetais. Caractersticas: Forma matriz da parede celular em conjunto com a hemicelulose, tem alta capacidade hidroflica, retarda o esvaziamento gstrico, aumenta a excreo de cidos biliares, proporciona substrato fermentvel para as bactrias do clon, reduz a concentrao plasmtica de colesterol e solvel em gua. Gomas: Farelo de aveia, farinha de aveia, farelo de cevada. Caractersticas:Tm alta capacidade hidroflica, retardam o esvaziamento gstrico, proporcionam substrato fermentvel para as bactrias do clon, reduzem a concentrao plasmtica de colesterol, melhoram a tolerncia glicose e solveis em gua. Mucilagens: Sementes e algas (agar-agar). Caractersticas: Capacidade gelficante (formam um gel e arrastam gorduras, poluentes e metais pesados contidos nos alimentos), retardam o tempo de esvaziamento gstrico (dificultando picos glicmicos), proporcionam substrato fermentvel para bactrias do clon, reduzem o colesterol, melhoram tolerncia a glicose e fixam os cidos biliares. Lignina: Gro integral, ervilha, aspargos. Caractersticas: No carboidrato, resistente ao de enzimas e bactrias, fixa os cidos biliares e insolvel em meio cido.

Degradao das fibras


A decomposio das fibras alimentares ocorre na maior parte no clon, onde as fibras sofrem a fermentao das bactrias anaerbicas. Funes das fibras no organismo 1) Estimulam a mastigao, e assim, a secreo da saliva e suco gstrico; 2) Enchem o estmago proporcionando uma sensao de saciedade; 3) Promovem regulao do tempo de trnsito intestinal, atrasando o esvaziamento gstrico, tornando mais lento a digesto e absoro; 4) No clon devido a sua capacidade de absorver gua, forma fezes volumosas e macias;

5) So substratos para fermentao por colnias de bactrias; 6) Atuam no metabolismo dos carboidratos no controle da glicemia formando um gel (pectina e goma) no intestino tornando mais lento a velocidade na qual a glicose entra na corrente sangunea; 7) Na absoro e na regulao de lpideos sanguneos as fibras insolveis se ligam aos sais biliares e reduzem a absoro das gorduras e colesterol; as fibras solveis diminuem especificamente o colesterol LDL; 8) So substratos para formao de cidos graxos de cadeia curta. Recomendaes nutricionais: A ingesto deve consistir em quantidades iguais de fibras solveis e insolveis, num total de 20 a 30g de fibras dirias, no mximo 35g ou 10 a 13g de fibras para cada 1000 Kcal ingeridas. O excesso de fibras interfere com a absoro de zinco e clcio, especialmente em crianas e idosos.

http://www.sonutricao.com.br/conteudo/macronutrientes/p7.php

Conhea as fibras alimentares e sua importncia


Por Bruna Iasi | 13/08/2010 - Atualizada s 07:30

Cereais matinais certamente ajudaro no funcionamento do intestino Foto: Jan Willem Geertsma/ Stock.Xchng 1 2

As fibras alimentares podem ser definidas como um conjunto de substncias derivadas de vegetais que so resistentes digesto e absoro no intestino delgado humano, com fermentao completa ou parcial no intestino grosso. Ou seja, a fibra uma parte do alimento que no absorvida e passa direto pelo intestino. As fibras so classificadas como solveis e insolveis conforme sua solubilidade em gua. As fibras solveis incluem a maior parte das pectinas, gomas, mucilagens e certas hemiceluloses, sendo encontradas principalmente nos legumes, aveia, leguminosas e frutas, particularmente as ctricas e a ma. Elas formam gis em contato com gua, aumentando a viscosidade dos alimentos parcialmente digeridos no estmago. As fibras insolveis incluem as celuloses, algumas pectinas, grande parte das hemiceluloses e a lignina, presentes nos derivados de gros inteiros, como os farelos, e tambm nas verduras. Essas fibras permanecem intactas durante todo o trato gastrointestinal.

Aes no organismo - As fibras solveis e insolveis apresentam aes diferentes no organismo. As solveis agem no intestino, reduzem o tempo de trnsito intestinal e aumentam a fermentao e proliferao das bactrias entricas no clon proximal. Alm disso, agem no intestino diminuindo a reabsoro da bile, estando relacionadas reduo das contraes sricas do LDL-colesterol (o famoso colesterol ruim) e esto relacionadas a uma melhor tolerncia glicose e controle do diabetes tipo dois. As fibras insolveis agem no clon proximal diminuindo a fermentao e no clon distal aumentando a absoro de gua e reduzindo o tempo de trnsito de transito intestinal. Assim, a eliminao fecal se torna mais fcil e rpida, auxiliando em quadros de obstipao. Uma importante funo relacionada s fibras insolveis a diminuio dos riscos de desenvolvimento de cncer. Essa funo est relacionada a trs fatores: a capacidade dessa fibra em reter substncias txicas ingeridas ou produzidas no trato gastrointestinal durante os processos digestivos; a reduo do tempo do trnsito intestinal, com reduo do tempo de contato da superfcie intestinal com substncias mutagnicas e carcinognicas e a formao de substncias protetoras pela fermentao bacteriana dos compostos de alimentao. Recomendao diria - A recomendao diria de 30g e as principais fontes so; cereais integrais, farelos de trigo, aveia, frutas (principalmente com bagao e casca) vegetais folhosos e gros. A nica contra indicao que seu consumo excessivo pode provocar perturbaes intestinais como gases e diarreias, o que pode resultar na eliminao de alguns princpios nutritivos essenciais.

http://webrun.uol.com.br/home/n/conheca-as-fibras-alimentares-e-suaimportancia/11178

Você também pode gostar