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1 - Fisiologia - Aparelho Digestivo

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2020 - 2022

FISIOLOGIA HUMANA
FISIOLOGIA HUMANA
Como o corpo humano funciona? Quais são os problemas de saúde que mais nos
afetam? Associe com estas apostilas as estruturas e seu funcionamento.

Esta subárea é composta pelos módulos:

1. Aparelho Digestivo
2. Sistemas Respiratório e Circulatório
3. Sistema Excretor
4. Sistema Endócrino
5. Sistema Nervoso
6. Órgãos dos Sentidos
7. Sistema Imunológico
SISTEMA DIGESTÓRIO

Chamamos de nutrição um conjunto de processos pelos quais as substâncias


denominadas nutrientes, presentes nos alimentos, são assimiladas pelas células.

A dieta de um ser vivo deve conter uma série de substâncias: nutrientes como
carboidratos, lipídeos, vitaminas, sais minerais, proteínas e água, que fornecerão a
energia necessária ao metabolismo do indivíduo.

As necessidades energéticas dos seres vivos são medidas em calorias. A quantidade de


calorias que um ser vivo gasta para se manter vivo é denominada taxa de metabolismo
basal. A quantidade de calorias necessárias para manter suas atividades diárias é a
taxa metabólica total.

A combinação de diferentes tipos de alimentos em uma dieta balanceada fornece ao


organismo os nutrientes necessários à manutenção das atividades metabólicas diárias.

Digestão é o processo através do qual os alimentos, que contêm moléculas orgânicas


complexas, são transformados em moléculas simples que podem ser utilizadas como
nutrientes pelas células. Esse processo se realiza com o auxílio de enzimas digestivas.

A digestão pode ser intracelular, quando ocorre exclusivamente dentro das células, com
a participação das enzimas dos lisossomos, (como acontece nos poríferos) e extracelular,
quando ocorre em uma cavidade digestiva, como nos celenterados, ou então, em um
tubo digestivo, como é o caso dos demais animais.

Entre os animais, encontramos dos tipos de sistema digestório: incompleto, quando só


existe boca, ou completo, quando aparece boca e ânus.

DIGESTÃO HUMANA
No homem, o tubo digestivo é formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino
delgado e intestino grosso. Como órgãos anexos temos as glândulas salivares, o fígado
e o pâncreas.

Na boca, o alimento sofre a ação dos dentes, da língua e da saliva. Os dentes trituram
os alimentos, partindo-os em pedaços menores facilitando a ação da enzima presente
na saliva.

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Sistema Digestório

Aparelho Bucal

As glândulas salivares, em número de três pares, secretam a saliva, uma solução


aquosa, de consistência viscosa, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além
de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere amido e outros polissacarídeos
decompondo-os até maltose. Os sais presentes na saliva mantêm o pH em torno de
6,7, ideal para a ação da amilase.

Devido a movimentos musculares o bolo alimentar atinge a faringe, de onde, com o


auxílio da língua, é empurrado em direção ao esôfago, num processo denominado
deglutição. Durante a passagem, a laringe se eleva e sua abertura, a glote, é fechada
pela epiglote, impedindo a entrada do alimento no trato respiratório. A passagem pelo
esôfago é feita através das contrações da parede muscular do órgão, os chamados
movimentos peristálticos.

Movimentos peristálticos

Na região de comunicação do esôfago com o estômago, uma válvula denominada


cárdia, controla a quantidade de bolo alimentar que entra no estômago. Chegando ali,
o pH do bolo alimentar, que estava neutro, será acidificado pelo suco gástrico (pH 2,0),

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para que a pepsina, enzima nele contida, possa agir sobre as proteínas do alimento,

Sistema Digestório
transformando-as em peptideos menores (quimificação). Além da pepsina, o suco
gástrico contém também renina, lipase e muco. A renina é encontrada em crianças e
coagula as proteínas do leite, facilitando sua digestão. O muco protege as paredes do
estômago contra a acidez do suco gástrico, resultante da produção de ácido clorídrico,
e a lipase, produzida em pequenas quantidades, ataca as gorduras. Essa mistura de
partículas alimentares parcialmente digeridas, junto com o suco gástrico damos o nome
de quimo.

Aparelho Digestório

Estômago e a formação do quimo

O estômago produz cerca de três litros de suco gástrico por dia. Essa secreção é
controlada tanto por impulsos nervosos como por estímulos hormonais. A visão, o cheiro
e o sabor dos alimentos estimulam nosso sistema nervoso central, e este estimula as
células do estômago a produzir suco gástrico.

A presença de alimento no estômago também estimula a secreção do hormônio gastrina


que, por sua vez, estimula a secreção de suco gástrico.

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O quimo sai do estômago e se dirige para a primeira porção do intestino delgado, o
Sistema Digestório

duodeno. Essa passagem é regulada pela válvula piloro.

Estômago- seus esfíncteres e secreções

No duodeno, o quimo, que tem pH ácido, deve ser alcalinizado, a fim de que as enzimas
possam agir. Para isso, o duodeno recebe o suco pancreático, a bile e produz o suco
entérico, que agirão ao mesmo tempo sobre o quimo.

O suco pancreático contém várias enzimas: a tripsina, a quimiotripsina, a maltase, a


amilase pancreática e a lipase pancreática. Essas enzimas agem sobre as proteínas e
peptídeos, sobre a maltose e sobre as gorduras. Além dessas, tem ainda as nucleases,
que agem sobre os ácidos nucleicos, transformando-os em nucleotídeos. A secreção de
bicarbonato de sódio pelo pâncreas é regulada pelo hormônio secretina, produzido pelas
células da parede do intestino delgado, cuja função é neutralizar a acidez do quimo.

A lipase ataca as gorduras emulsificadas pelos sais biliares, decompondo-os em ácidos


graxos e glicerol. A bile é produzida no fígado e não contém enzimas. A secreção da bile

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é regulada pela presença do hormônio colecistoquinina produzido também por células

Sistema Digestório
da parede duodenal.

Fígado

O suco entérico está constituído pelas seguintes enzimas: erepsina, enteroquinase,


amilase, lactase, maltase, invertase e lipase que irão terminar de desdobrar os alimentos,
transformando-os em moléculas simples (quilificação). Essa massa agora recebe o
nome de quilo.

Durante a passagem do quilo pelo jejuno-íleo, os nutrientes serão absorvidos pelas


paredes do intestino, passando para os vasos sanguíneos e linfáticos (absorção). Essa
região tem sua superfície aumentada pelas vilosidades e microvilosidades.

O que sobra do quilo então é empurrado em direção ao intestino grosso, onde vai
acontecer a reabsorção da maior parte da água contida nele. A massa resultante irá
constituir as fezes, que serão eliminadas pelo ânus.

Intestino grosso

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Sistema Digestório

VOCÊ CONHECE ALGUÉM QUE SOFRE DESTE PROBLEMA?


O consumo de fibras com o auxílio da água ajuda a soltar o intestino e
impede que ele “seja preso”. Além disso, as fibras absorvem líquido e
ajudam a formar o bolo fecal, distendendo a parede do intestino e auxiliando
a evacuação.
Além do mais, o equilíbrio entre um corpo e uma mente saudável é essencial
no processo de aprendizagem.

Principais Enzimas Digestivas:


Local de secreção Enzimas e outros produtos Local de ação Alimento atacado Produtos da digestão
Glândulas Amilase salivar (ptialina) boca amido Maltose (dissacarídeo)
salivares
Glândulas HCl, pepsina e renina estômago proteínas Proteases e peptonas
gástricas
Fígado Bile (não é enzima) Intestino delgado lipídeos Emulsão de lipídeos
Amilase pancreática Amido Maltose

Tripsina, quimiotripsina, Proteoses e Peptideos e aminoácidos


Pâncreas carboxipeptidases peptonas
Intestino
(suco delgado
pancreático) Monoglicerídeos, ácidos
Lipase pancreática Lipídeos graxos e glicerol

nucleases Ácidos nucleicos nucleotideos


Monoglicerídeos, ácidos
Lipase entérica Lipídeos graxos e glicerol
Aminopeptidases e
Glândulas Peptideos Aminoácidos
erepsina Intestino
entéricas delgado
(suco entérico) Lactase Lactose Glicose e galactose
Maltase (dissacaridase) Maltose Glicose
invertase Sacarose Glicose e frutose

O sistema digestório dos demais animais está adaptado ao tipo de alimentação de cada
espécie. Assim como as aves possuem papo, pró-ventrículo e moela, os mamíferos
herbívoros estão dotados de um estômago dividido em quatro câmaras, adaptadas à
digestão de vegetais.
Observe as figuras abaixo:

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INTERSTÍCIO: O NOVO ÓRGÃO HUMANO

Sistema Digestório
Um estudo publicado na revista Scientific Reports mostrou que a rede de canais
cheios de fluidos nos tecidos conjuntivos não serve somente para preenchimento e
revestimento. Localizado logo abaixo da superfície da pele, o interstício interliga
diversas partes do corpo como o trato digestivo, pulmões, sistema urinário, músculos,
vasos sanguíneos, como se fosse uma rede. Entender como funcionam essas ligações
pode ser fundamental para compreender como alguns tipos de cânceres se espalham
rapidamente em um organismo.

Através de um exame de endoscopia de rotina, aquele em que o trato gastrointestinal


é explorado, a minúscula câmera utilizada revelou algo inédito para os cientistas: o
tecido conjuntivo e conectivo localizado ao redor de nossos órgãos não é uma camada
espessa, densa e compacta, como os cortes histológicos de laboratório demonstravam.
Esse tecido é um espaço aberto e cheio de líquido, sustentado por grossos feixes de
colágeno (proteína que forma as fibras que sustentam a pele) e elastina (proteína que
constitui as fibras elásticas do organismo). Essa rede de canais, cheia de líquido e feixes,
está presente no corpo inteiro e funciona como uma almofada protetora para os nossos
órgãos contra choques externos à medida que nos movemos.

Os pesquisadores acreditam que o interstício não é somente o espaço entre as células,


e que ele deve ser reclassificado como um órgão por conta de suas propriedades e
estruturas únicas altamente específicas. Entender melhor a sua estrutura e funcionamento
pode explicar o mecanismo utilizado pelas células cancerígenas para se espalhar pelo

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nosso corpo. De acordo com os cientistas responsáveis pelo estudo, em pacientes que
Sistema Digestório

possuem algum tipo de câncer maligno, as células cancerígenas poderiam deixar o


tecido de onde se originaram, vazar pela rede de canais e eventualmente contaminar o
sistema linfático, se espalhando. “Quando as células cancerígenas entram, é como se
estivessem em um toboáguas”, explicam os pesquisadores.
A nova missão dos cientistas agora é entender se o interstício é realmente uma janela
para a disseminação de tumores. Se for, através de uma análise mais detalhada, os
cientistas poderão detectar o câncer de maneira mais rápida do que a que é feita hoje e
barrar sua expansão pelo organismo.
Fonte: Scientific Reports.

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