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Alan Myatt - Apologética Cristã

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Apologtica Crist I

I. Por que apologtica? A. O desafio do sculo XXI. Estamos enfrentando um novo milnio que vai comear daqui a cinco anos, se o Senhor no vier antes. Ser o terceiro porque Ele veio a primeira vez e fundou a Sua Igreja. Ele deixou com a Igreja, quer dizer Ele deixou conosco desde que ns somos a Igreja dEle, a tarefa de espalhar o Evangelho no mundo inteiro at que todos os povos tenham ouvido a mensagem da salvao. Tambm, essa tarefa inclui a responsabilidade de avanar o Seu Reino neste mundo como uma previso do Reino pleno que vir depois que Jesus voltar. Mas qual a situao da Igreja e como vai a tarefa dela depois de dois milnios? E, o que vai acontecer no prximo milnio? Com certeza h coisas boas e coisas ruins. Em vrios lugares o Evangelho est sendo rapidamente aceito e as igrejas evanglicas esto crescendo como jamais antes. Agora h mais crentes do que em qualquer outra poca da histria. Isso est acontecendo primariamente nos lugares aonde o Evangelho chegou recentemente ou onde houve muitos anos de perseguio aos crentes. Mas tambm, devemos notar que nos lugares onde a Igreja est crescendo, h maior crescimento de seitas, ocultismo, e outras negaes da f evanglica. importante entender que os pases historicamente mais fortes na f, os pases com a herana da reforma protestante, j tm abandonado a f por suas prprias idolatrias, como o materialismo e o hedonismo. Essas idolatrias so justificadas atravs de vrias filosofias que tm pelo menos uma coisa em comum. Todas elas rejeitam a noo de que o ortodoxo Evangelho de Jesus Cristo deva ser levado a srio pelo homem moderno. Agora estamos enfrentando uma situao grave. Mesmo que o Evangelho esteja alcanando cada vez mais pessoas, o nmero de habitantes no mundo est crescendo mais rapidamente ainda. Estamos perdendo terreno. Tambm, com o surgimento das seitas, religies falsas, e filosofias seculares, muitas pessoas que esto procurando alguma razo de ser, esto bloqueadas quanto a aceitar ou entender o Evangelho por causa das dvidas que se levantam. Ento, hoje em dia, a proclamao do Evangelho precisa ter respostas s dvidas, problemas, e alternativas que existiro no comeo do terceiro milnio. A apologtica ajuda nesse compromisso. B. O mandamento da Bblia. A prpria Bblia diz alguma coisa sobre esse compromisso. I Pedro 3:15 diz: Antes santificai em vossos coraes a Cristo como Senhor; e estai sempre preparados para responder com mansido e temor a todo aquele que vos pedir a razo da esperana que h em vs. Pedro est nos ensinando aqui que no basta somente dizer ao no-crente, Arrependete! Ns temos que falar isso, mas tambm, temos que falar o porqu. Quando algum nos pede o porqu de ns crermos e porque ele deve crer em Cristo, a Bblia exige que ns respondamos com respostas que mostrem a verdade de nossa f. Na anlise final, s existe uma razo vlida para aceitar a Jesus Cristo e se tornar cristo. porque o Cristianismo verdadeiro. A verdade do Cristianismo quer dizer que a f crist tem um alicerce racional. De fato, o Cristianismo a nica cosmoviso que racional. Deus no exige que ns tenhamos que nos suicidar

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intelectualmente para sermos crentes. Por isso Ele nos diz que temos que ter respostas para a esperana que temos. Portanto, preciso estudar apologtica. C. O exemplo dos profetas e apstolos. Na Bblia, quando a Palavra de Deus foi pregada, a pregao foi normalmente acompanhada por argumentos apologticos. Por exemplo, os profetas e apstolos usaram evidncias da presena e obra de Deus na histria para apoiar a proclamao do julgamento de Deus e do Evangelho. No Velho Testamento os milagres que Deus fez para conseguir a sada de Israel do Egito so evidncias usadas para verificar que s Deus deve ser servido em vez dos dolos (Ex. 20:2). No Novo Testamento o melhor exemplo de apologtica o sermo de Paulo em Atos 17. Ele enfrentou os filsofos gregos, mostrando um bom conhecimento das suas filosofias, inclusive as fraquezas delas. Nesse sermo Paulo negou pelo menos 20 propostas-chaves da filosofia grega e ofereceu em lugar dela a pessoa de Jesus Cristo. O exemplo de Paulo e de outros mensageiros de Deus na Bblia deve ser seguido pelos crentes hoje. II. O que apologtica? A. Definio Etimologicamente apologia quer dizer defesa; significa primariamente uma resposta de defesa contra alguma acusao, ou denncia. (Richardson, p. 17). Fazer apologia, ento, quer dizer responder aos assaltos contra a verdade da f crist. A apologtica definida como o estudo dos modos e meios usados na defesa da verdade crist. (Richardson, p. 31). A apologtica nos ensina a defender a cosmoviso crist. B. A ocasio da apologtica - A tarefa primria do cristo pregar o Evangelho. No produzir argumentos filosficos, nem mostrar os fatos da histria que concordam com a Bblia. O crente tem o desafio de apresentar de uma maneira bem clara o que o Evangelho de Cristo . Depois da pregao de Paulo em Atos 17 houve trs reaes. Algumas pessoas riram, outras disseram que gostariam de ouvir Paulo de novo num outro dia, e algumas aceitaram o Evangelho. Essas trs reaes so iguais quelas que ns vemos hoje em dia quando pregamos o Evangelho. Quando vierem, como sempre acontece, as objees ao Cristianismo, temos que respond-las. Para que respondamos adequadamente s perguntas e dvidas levantadas por pessoas que ainda no crem, temos que fazer apologia. Isso quer dizer que preciso estudar apologtica para ns nos prepararmos para encontros inevitveis que vm depois de se apresentar o Evangelho a algum. Uma outra ocasio da apologtica acontece quando os prprios crentes tm dvidas sobre a verdade do cristianismo e no sabem como respond-las. A apologtica fortalece a vida espiritual dos crentes atravs de respostas racionais e prticas que podem tirar as suas dvidas e estabeleclos num alicerce firme. A apologtica, ento, a atividade auxiliar, mas imprescindvel pregao e ensino do Evangelho e cosmoviso crist. No sermo de Atos 17, como foi feito em outros exemplos, Paulo usou argumento apologtico quando ele apresentou o Evangelho. A apologtica, na pregao dele, fazia parte naturalmente do evangelismo. No havia dicotomia entre os dois. III. A metodologia da apologtica. Ide, portanto, fazei discpulos de todas as naes, batizandoos em nome do Pai e do Filho e do Esprito Santo; ensinando-os a guardar todas as cousas que
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vos tenho ordenado... (Mt. 28:19-20). A responsabilidade do crente fazer discpulos. Isso quer dizer que preciso ganhar aos perdidos e ensinar aos crentes para que se tornem maduros. A metodologia da apologtica determinada pela natureza dessa obra e tambm, pelas reaes que vm depois de se pregar o Evangelho. A. O propsito ofensivo. No estou usando a palavra ofensivo aqui, no sentido de ofender, mas, no sentido de quando se fala sobre um jogo de futebol ou uma guerra. Eu ouvi falar que a melhor defesa uma boa ofensiva. Estou propondo aqui que a maneira melhor de se fazer apologtica pregar o Evangelho primeiro. Essa maneira combina com a nfase da pregao do Evangelho como prioridade do crente. Desde que qualquer apresentao do Evangelho represente um ataque contra o reino de Satans e contra o orgulho do homem, a pregao do Evangelho necessariamente um ataque contra a incredulidade. Mas, por que comear com o Evangelho? 1) A primeira razo que talvez a pessoa j esteja pronta para receber o Evangelho. Ao invs de gastar tempo discutindo filosofia, ser melhor compartilhar o plano de salvao para que a pessoa o aceite na hora. 2) Segunda: antes de comear a discutir apologtica com o incrdulo, ele precisa ter diante de si a natureza da escolha que ele dever fazer. Existe um abismo enorme entre o Evangelho de Cristo e o pensamento do homem natural. So duas coisas totalmente distintas. Ele precisa conhecer a gravidade da deciso que tem a fazer. Jesus exige que o pecador deixe tudo, tome a sua cruz, e O siga. No certo permitir que o pecador esteja enganado com a idia de que ele possa ficar com o paganismo e o pecado e ainda ser salvo atravs de apenas acrescentar Jesus quilo que ele j tem. Por isso, a primeira coisa a ser feita apresentar o mandamento de Deus para que o pecador venha a Jesus Cristo reconhecendo-O como Senhor e Salvador (Atos 17:30, Rom. 10:9-11). Antes de tudo, o pecador precisa entender a natureza do Evangelho (veja o excelente livro de John MacArthur, O Evangelho Segundo Jesus). B. O propsito negativo. Como ns vimos anteriormente, entre os que ouvem o Evangelho h trs respostas. (Algumas pessoas crem, outras riem, e outras querem continuar a conversa num outro dia. Atos 17:32-34) Inevitavelmente objees mensagem surgem nas mentes dos incrdulos. Essas objees so naturais no contexto da sua cosmoviso. Ns precisamos sempre lembrar que, o homem natural no aceita as cousas do Esprito de Deus, porque lhe so loucura; e no pode entend-las porque elas se discernem espiritualmente (1 Cor. 2:14). O pecador est cativo a uma filosofia falsa que controla a sua maneira de pensar. Do seu ponto de vista, ns, crentes, somos bobos. A tarefa do evangelismo exige que ns enfrentemos a filosofia falsa do incrdulo e a derrubemos com a verdade do Evangelho. Estou escolhendo essas palavras confrontadoras de propsito, pois, absolutamente necessrio que entendamos a natureza daquilo que encontramos ao falarmos do Evangelho com os perdidos. Como eu vou mostrar duma maneira ampla mais tarde, a cosmoviso do incrdulo uma anttese total da cosmoviso crist. O incrdulo no est buscando a Deus (Rom 3:10) mas, est detendo a verdade pela injustia (Rom. 1:18), tentando fugir de Deus, como Jonas. A apologtica faz uma anlise dos sistemas religiosos do incrdulo usados para fugir de Deus revelando suas fraquezas e destruindo a resistncia Palavra de Deus. O apologista, ento, faz uma desconstruo total dos sistemas pagos que os homens tm.

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C. O propsito positivo. Alm de destruir as filosofias e as religies falsas, tarefa da apologtica mostrar a superioridade da cosmoviso crist em cada rea da vida. A dicotomia entre credulidade e incredulidade fica mais clara ainda quando a capacidade do Cristianismo para resolver os problemas, aos quais o incrdulo no pode responder, for demonstrada. Nesse aspecto da obra de apologtica preciso tratar com as perguntas maiores da metafsica, tica, epistemologia, e teleologia. O alvo dessa abordagem no enxergar as filosofias e as religies do mundo como alternativas provveis e dizer que o Cristianismo apenas a religio com o grau de probabilidade maior do que as outras. O alvo comprovar que a cosmoviso da Bblia a nica possibilidade, e se no fosse a verdade, ento no existiria verdade. Todas as outras (religies e filosofias) levam o homem destruio do conhencimento, do significado, e da vida. A escolha Jesus ou o abismo. Ponto final. D. Os fins da apologtica. Os dois lados, positivos e negativos, correspondem aos fins da apologtica. A apologtica, obviamente, uma ferramenta indispensvel nas mos do evangelista. Mas, alm disso, a apologtica muito importante para estabelecer e fortalecer o crente na sua f. O Diabo est atacando a Igreja com toda fora que ele tem atravs das filosofias do evolucionismo, materialismo, comunismo, humanismo, ps-modernidade, ocultismo, e as demais religies do mundo. bem fcil o crente ficar confuso at ao ponto de ser enganado por uma seita. Alguns abandonaram a sua f por falta de respostas s dvidas levantadas pelos seus mestres. A apologtica, portanto, tem um papel especial na vida dos jovens crentes que vo estudar numa faculdade secular. Por todas essa razes, a Igreja no pode deixar de ensinar apologtica.

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Apologtica II A Estrutura de uma Cosmoviso O que uma cosmoviso? uma maneira de ver o mundo! Ela a interpretao que uma pessoa faz da realidade ulterior. o sistema de pressupostos que se usa para organizar e interpretar a sua experincia da vida. literalmente a sua viso do cosmos. Uma cosmoviso um conjunto de pressuposies (pressupostos que podem ser verdadeiros, verdadeiros em parte, ou totalmente falsos) que ns abraamos (conscientemente ou no, consistentemente ou no) acerca da composio bsica do nosso mundo. (James Sire The Universe Next Door.) I. A Estrutura de uma Cosmoviso

1. Pressupostos 2. Lgico ou Raciocinio 3. Dado 4. Concluses

A Razo

axiomas

Fatos C1...C2...C3...C4.. Cosmoviso

E1... E2... E3... E4... O Mar da Experincia II. Quatro provas da verdade surgem da estrutura de uma cosmoviso. 1. Suficincia dos pressupostos - Qual o ponto de referncia final? Os pressupostos bsicos so suficientes para a interpretao do universo? Prova da verdade - A cosmoviso que deixa perguntas maiores sem respostas no pode ser verdadeira. 2. Consistncia interna - A lei da no-contradio fundamental. A igual a A. A no igual a no A. Prova da verdade - Aquilo que uma contradio lgica no pode ser verdadeiro. Uma contradio lgica a afirmao e a negao de uma declarao (um proposio) no mesmo sentido e ao mesmo tempo.

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3. Ajusta-se aos fatos? - Consistncia com a experincia externa. Prova da verdade - Aquilo que no concorda com os fatos interpretados corretamente no pode ser verdadeiro. 4. Viabilidade existencial - Quais so as conseqncias prticas? possvel viver sem hipocrisia e construir uma civilizao nessa cosmoviso? Prova da verdade - Uma filosofia que no pode ser vivida autenticamente no pode ser verdadeira. V. Elementos de uma cosmoviso. 1. Uma cosmoviso tem quatro partes. a. Teoria do conhecimento - epistemologia. Como ns conhecemos o que verdadeiro? Razo e lgica (racionalismo), cincia e experincia dos sentidos (empirismo), intuio (misticismo), no h conhecimento (ceticismo)? Revelao? b. Teoria da existncia - ontologia. Qual a natureza do universo? espiritual (pantesmo), material (materialismo), ou os dois? Como explicar a unidade e a diversidade do universo? Qual a natureza de Deus e do homem? c. Teoria da ao - tica. Como devem as pessoas se comportar? O que o sumo bem? Como distinguir entre o bem e o mal? d. Teoria do fim ou alvo - teleologia. Qual o fim da vida e da criao? Por que ns estamos aqui neste universo? O que a Histria? A histria cclica ou vai numa linha em direo a um fim? 2. Fica bem claro que quando respondemos a essas perguntas teremos proposies. Uma cosmoviso consiste em vrias idias, proposies, ou seja doutrinas, que declaram os conceitos chaves do sistema. Para elaborar uma cosmoviso, preciso falar em doutrina. III. Cosmoviso Religio! Sua cosmoviso a sua religio. Portanto, no possivel separar a sua teologia da sua apologtica. O tipo de teologia que voc aceita influenciar fortemente a sua apologtica. Teologia Sistemtica uma elaborao da cosmoviso crist baseada na Bblia. Deve ficar claro agora que a doutrina absolutamente essencial na vida do crente para que ele possa ter uma cosmoviso correta e viver a sua vida de maneira a agradar a Deus. A apologtica importante para apoiar a doutrina crist. Por que doutrina importante? A. Doutrina importante para salvao. Joo 8:24: Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados; porque, se no crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados. Portanto, o prprio Jesus disse que a salvao depende de ter-se a doutrina correta. B. A condio da igreja evanglica hoje. 1. Uma vez falei com uma testemunha de Jeov e ele me disse que entre as milhares de portas em que ele bateu, ele sempre descobriu que as pessoas mais ignorantes sobre a sua f so os crentes.
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Quando algum dizia ser nascido de novo, esta TJ sempre deduzia que ele tinha um conhecimento superficial da Bblia. 2. O pressuposto de que o crente leigo no est interessado em teologia bem comum entre os pastores. Dizem que preciso pregar sermes prticos e pertinentes (como se a teologia da Palavra de Deus no fosse prtica ou pertinente) em vez de sermes de teoria. Mas toda prtica a prtica de alguma teoria, e se voc estiver ignorante da teoria, com certeza a sua prtica vai ser errada. Na minha opinio, a noo de evitar sermes de doutrina e teologia apenas uma tentativa de desculpar a preguia do pastor que no quer fazer o trabalho requerido para se preparar e ensinar doutrina. 3. A heresia da cabea contra o corao. Na psicologia moderna h uma distino entre a cabea e o corao. Dizem que a f verdadeira uma coisa do corao e no apenas a cabea. Os liberais, e at muitos evanglicos, acham que a f algo irracional, que o contrrio de conhecimento. A f vista como localizada nas emoes. Mas a Bblia no tem nada disso. Na Bblia no existe uma distino entre a cabea e o corao. F na Bblia altamente racional, as emoes no tm quase nada a ver com ela. 4. Mas uma heresia ligada a isso a noo de que os problemas da f so emocionais e devem ser tratados com terapia em vez de instruo e orientao nas doutrinas da Bblia. No estou negando a importncia da terapia crist, mas estou dizendo que a melhor terapia no basta sem o ensino da doutrina. s vezes a falta de apologtica pode at criar uma crise na vida do crente ao enfrentar questes importantes. 5. O fato que todos os crentes j so telogos. A nica pergunta para ser respondida : Ser que eles so telogos bons ou ruins? Parece que a maioria dos crentes so telogos ruins e a culpa disso fica plenamente nos ombros dos pastores. O crente deve ser um bom telogo e um apologista tambm. O pastor tem a responsabilidade de formar apologistas. C. E o que ser que Deus pensa desta situao? 1. A tarefa do pastor ensinar. Isso quer dizer ensinar a Palavra de Deus verso por verso e tambm de uma forma sistemtica. I Tm. 3:9 - O dicono deve estar guardando o mistrio da f... Ele no pode ter um conhecimento superficial. II Tm. 2:15 Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que no tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Tito 1:9 Retende firme a palavra fiel, que conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na s doutrina como para convencer os contradizentes. Tito 2:1 Tu, porm, fala o que convm s doutrina. No possvel ensinar doutrina a no ser que as doutrinas da Bblia estejam sistematizadas. Para obedecer ao que Paulo falou, preciso estudar e ensinar nas igrejas a teologia e apologtica. Em
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outras palavras, o pastor que no ensina teologia na sua igreja est desobedecendo ao Senhor. Ele est pecando, e um dia ele vai ter quer explicar a Deus por que ele pecou assim. 2. A doutrina necessria para crescer espiritualmente. Rm.12:1-2 - Para sermos transformados pelo renovao da mente, nossa mente deve se conformar s doutrinas da Bblia. 3. Sem doutrina verdadeira, o crente pode ser destrudo. I Tm. 6:3-5 - Doutrina falsa promove diviso na igreja. Tito 1:11 - Professores de doutrinas falsas podem arruinar vidas. A apologtica vacinao contra doutrina falsa. A concluso? Apologtica no uma opo!!! essencial!!!

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Apologtica III O Que a Cosmoviso Crist? I. Estrutura A. Epistemologia - Como que se obtm conhecimento de alguma coisa? Qual a natureza do conhecimento? 1) Raciocnio dedutivo - O mundo, como criado por Deus, corresponde s categorias lgicas e racionais tambm criadas por Deus e consistentes com Seu prprio carter racional. Podemos chegar verdade atravs do raciocnio, em conformidade com as leis da lgica, fundado em pressupostos verdadeiros. A lgica e a racionalidade, como matemtica, correspondem ao universo fsico porque Deus criou todas elas como uma unidade. (Gn. 1:1; Cl. 1:16-17) 2) Raciocnio indutivo - H uma correspondncia entre aquilo que percebido pela mente humana atravs dos sentidos e o que existe no mundo fsico. Deus criou a mente humana e tambm o mundo. Portanto, coisas em si podem ser conhecidas, mesmo que elas no sejam conhecidas completamente como Deus as conhece. (Gn. 1:19-20) 3) Viabilidade existencial - Deus criou o homem para uma vida autntica, livre de hipocrisia. O ser humano ter a sua realizao completa quando ele viver de conformidade com a vontade de Deus e a lei de Deus escrita em seu corao. A verdade pode ser conhecida porque ela vivel. (Sl. 1; Mt. 4:4) 4) Compreensivo - O cosmos um UNIVERSO, no um MULTI-verso. Isto significa que existe uma unidade na criao. Ento todas as coisas podem ser unidas numa explicao que abrange tudo. Todas as questes maiores tm respostas, mesmo que somente Deus tenha conhecimento completo. Deus o ponto de referncia final para toda predicao. (Pv. 1:7; 9:10; 15:33; Cl. 1:16-17) 5) Revelao - O conhecimento possvel porque Deus, o Criador de todas as coisas, nos d a correta interpretao delas. A realidade objetiva. Ela o que ela , no importa o que algum acredite sobre ela. O que verdadeiro para uma pessoa verdadeiro para todas. A verdade corresponde interpretao de Deus. Conhecer a verdade quer dizer pensar os pensamentos de Deus depois dEle. A Bblia a Revelao de Deus, consistindo de proposies, e verdadeira em tudo o que afirma, sejam os fatos da histria e cincia (o mundo fenomenal), sejam fatos metafsicos e espirituais (o assim chamado mundo noumenal). A Bblia o padro final para determinar a verdade. Prova da verdade - O que no concorda com a Bblia no pode ser verdadeiro. (Sl. 19; 119; Mt. 5:18; 2Tm. 3:16-17; 2Pd. 1:20-21). B. Ontologia - Qual a natureza do universo? 1) A distino entre o Criador e a criao - O primeiro versculo da Bblia afirma que existe uma distino radical entre o Criador e a criao no nvel do ser. Essa distino absolutamente fundamental para a cosmoviso crist e constitui a diferena bsica entre o Deus do Cristianismo
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e os deuses das demais religies. Existem dois tipos de ser; 1) o Ser de Deus, que original, eterno, infinito, e no foi criado e 2) o ser criado, incluindo tudo que no Deus; o resto do universo que finito, derivado, e dependente. O segundo inclui espao e tempo. (Gn. 1:1; Is. 4045; Jo 1:3) Deus sempre existiu como um Deus em trs pessoas. Deus pessoal e expressa amor eterno nos relacionamentos entre as trs pessoas da Trindade: Pai, Filho e Esprito Santo. Deus no precisa de coisa alguma. Ele no criou o universo por causa de alguma necessidade; Ele no precisa nem depende dele de maneira alguma. Deus no est em processo (como dizem os telogos do processo), mas o Criador do tempo (histria) e do espao (o universo fsico) tambm. (Lc. 3:21-22; Is. 44-45) 2) O mundo foi criado ex nihilo. Isso significa que o mundo foi criado do nada. No havia matria preexistente da qual Deus formou o mundo. Antes da criao s Ele existia. O universo no divino porque no foi criado da essncia de Deus. O universo no faz parte de Deus. Os dois no podem ser relacionados (identificados como a mesma coisa). So distintos. O universo foi criado num estado de perfeio e chamado de bom pelo Senhor. Como criao de Deus, ele tem grande valor e merece ser protegido e desenvolvido sem explorao nem abuso. (Gn. 1:1; 31) 3) O ser humano foi criado masculino e feminino igualmente imagem de Deus. Ele foi criado imediatamente, sem um processo de evoluo dos animais. Atributos especficos, os quais Deus tem, como intelecto, personalidade, criatividade, vontade, etc., foram doados ao ser humano, mesmo que duma forma finita. (Gn. 1:26-28) O ser humano foi criado sem pecado com uma natureza pura e perfeita. O pecado entrou na raa humana atravs da escolha de Ado e Eva em desobedecer a Deus. A essncia dessa rebelio consistiu no fato de que eles declararam a sua autonomia (independncia) de Deus. Eles deixaram de considerar Deus e a Sua Palavra como o ponto de referncia final para toda interpretao. Ao invs de depender de Deus para interpretar o mundo que Ele fez, eles deram ouvidos interpretao do Diabo. Eles se colocaram no lugar de Deus quando eles decidiram qual seria a verdadeira interpretao. Assim Ado e Eva assumiram o lugar de Deus como ponto de referncia final de interpretao, virtualmente declarando que eles mesmos foram os criadores do mundo. E acabaram discordando de Deus e O rejeitando. (Gn 3:1-7; Rm. 1:18-32) Desde ento todo ser humano nasce com uma natureza pecaminosa e continua asseverando a sua autonomia de Deus. Os homens so pecadores por natureza e por escolha. Gostam de pecar. A pior expresso dessa autonomia o desejo de se tornar um deus. Deus, sendo santo e justo, condena o pecado e os pecadores. No h ser humano nenhum que seja to bom ou tenha capacidade de fazer boas obras suficientes para merecer o favor de Deus. A salvao no pode ser ganha por obras. Todos os seres humanos merecem ser condenados ao inferno e serem punidos eternamente. O problema fundamental do ser humano, ento, uma questo tica. Ele um rebelde contra Deus. (Rm. 3: 10- 23) C. tica - Qual o sumo bem? Sede vs, pois, perfeitos, como perfeito o vosso Pai celestial. (Mt. 5:48). O prprio Deus o sumo bem na tica de Jesus, e o Seu carter o padro para julgar os deveres do homem. O bem aquilo que Deus determina. O que segundo a vontade de Deus
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certo e o que contra errado. Implicaes da doutrina da criao pela tica. O ser humano no independente eticamente. Deus tem o direito de dispor da criao dEle, inclusive dos seres humanos, como Ele quiser. Ele mesmo o padro de justia, verdade e o sumo bem. (x. 20:117; Pv. 21:1; Rm. 9:14-24; Mt. 6:33) O homem foi criado imagem de Deus. A prpria natureza humana uma revelao de Deus, com a lei de Deus escrita no corao do homem. O valor e o bem-estar do ser humano s pode ser achado em relao a Deus (Gn. 1:26-28; 9:6). No fim, a doutrina da criao significa que Deus, e somente Deus, o ponto de referncia final em tica. A localidade do ulterior nEle. (Prov. 1:7) O Imperativo Cultural - Gn. 1:28-30 - O mandado cultural o mandamento de Deus dado ao homem para dominar e sujeitar a terra e os animais. Ado comeou essa tarefa quando ele deu nomes aos animais. Se no fosse interrompida pela queda, a atividade cultural do homem teria continuado a desenvolver-se, espalhando o reino de Deus sobre a terra. O mandado cultural um mandamento positivo para cuidar da criao e desenvolver o pleno potencial dela. Arte, cincia, tecnologia, trabalho, e lazer esto todos includos nele. O mandado cultural o alicerce para entender o relacionamento entre o crente e a cultura. D. Teleologia -Deus o soberano Deus que o Senhor da histria. Deus planeja e controla a histria, segundo os profetas. Ele usa as naes para cumprir o seu plano. Is. 10:5. A histria teve um comeo definido e vai ter um fim. (Ap 21-22)

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Apologtica IV Metodologia A questo da metodologia basicamente a questo da epistemologia. Nosso alvo avaliar as vrias cosmovises que esto competindo pela lealdade do povo. Mas para fazer isso precisaremos uma base de conhecimento. Como que eu posso conhecer a verdade? Qualquer sistema de apologtica um sistema de epistemologia, embora seja mais que isso tambm. Ele mais porque um outro alvo do sistema a comunicao da cosmoviso crist. Para comunicar preciso um ponto de contato com o no-crente. Portanto, qualquer sistema de apologtica, para ser completo, deve ter pelo menos as seguintes partes: 1) Um ponto de partida lgico, 2) um ponto de contato com o descrente, ou seja, terreno comum, 3) provas da verdade, 4) o papel do raciocnio, 5) a base da f em Deus, Cristo e a Bblia. O significado destes aspectos de uma apologtica deve ficar claro ao explicar as metodologias abaixo. Existe muito debate sobre a metodologia adequada para defender a f, mas elas podem ser resumidas dentro de trs grupos maiores. A. A apologtica tradicional 1) Os evidencialistas tomam a postura de que a melhor maneira de se comprovar a existncia de Deus e a veracidade da Bblia apelar para a evidncia da histria. Eles apontam para a evidncia da ressurreio de Jesus, por exemplo, como a prova de que Ele Deus. O evidencialismo caracterizado pela tendncia de se asseverar que a verdade do Cristianismo pode ser demonstrada como sendo altamente provvel. Os evidencialistas comeam a partir do empirismo e a abordagem deles pode ser analisada assim: a) Ponto de partida lgico - O empirismo comea a partir do dado emprico para construir uma cosmoviso. Ele pressupe que exista uma correspondncia entre a realidade exterior e as percepes interiores na mente humana e que os cinco sentidos so confiveis. Outros pressupostos incluem a unidade da experincia, a regularidade das leis da natureza e causalidade. claro que o evidencialismo no depende apenas dos fatos, mas tambm de alguns pressupostos metafsicos, embora nem todos os empiristas admitam isso. b) Terreno comum - Os evidencialistas dizem que a coisa que temos em comum com o nocrentes so os fatos. Um fato um fato, eles dizem. Eles pressupem que os fatos so os mesmos para todo mundo que eles tm o mesmo significado. Alguns evidencialistas admitem que temos em comum com os descrentes as formas lgicas do raciocnio humano. c) Prova da verdade -Algo verdadeiro se ele consistente com os fatos. Por isso eles do muita nfase aos fatos histricos: a ressurreio de Jesus, etc. Para eles a evidncia exige um veredito. (Da, o ttulo do livro de Josh McDowell).

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d) O papel do raciocnio - Os evidencialistas dependem da lgica indutiva. Eles tentam raciocinar a partir dos fatos (a ordem no universo, a ressurreio) para os princpios metafsicos (a existncia de Deus, a divindade de Cristo). e) A base da f - Certeza absoluta impossvel, segundo os evidencialistas. O melhor que podemos esperar um alto grau de probabilidade. Eles dizem que entre as vrias cosmovises possveis, o cristianismo o mais provvel e deve ser aceito. Quais so os problemas do evidencialismo? Os evidencialistas insistem que apologtica no pode comear a partir do pressuposto do Deus da Bblia. A epistemologia deles, ento, comea no mesmo lugar da epistemologia do descrente. Os dois pressupem que o universo pode ser interpretado pela mente humana sem referncia a Deus. Os princpios para interpretar o mundo existem no prprio mundo. Mas, se o descrente pode descobrir a verdade e interpretar o universo sem Deus, ento por que ele precisa de Deus? E como que o evidencialista sabe que existe uma correspondncia entre as percepes na sua mente e o mundo exterior dele? A no ser que ele possa resolver os problemas inerentes epistemologia do mpirimo, o apologista no pode comprovar a possibilidade do conhecimento. Sem uma base de conhecimento no possvel comprovar a existncia de Deus. Minha avaliao que o evidencialismo pode ser muito til contanto que ele seja colocado num arcabouo de pressupostos suficientes para o sustentar. O evidencialismo s no basta para comprovar o cristianismo. 2) Racionalismo - O racionalismo uma epistemologia que tenta conhecer a verdade dedutivamente. Vrios filsofos (Anselmo, Descartes) tentaram o comprovar cristianismo atravs do racionalismo. a) Ponto de partida lgico - O racionalismo comea a partir de axiomas ou pressupostos que no podem ser negados. O cogito ergo sum (penso, logo, existo) de Descartes um exemplo. b) Terreno comum - O ponto de contato entre os no-crentes a validade universal das leis da lgica: a lei da no-contradio, a lei da identidade, e a lei do meio excludo. Estas leis compem a estrutura da mente humana e definem as possibilidades na realidade. A lei da no-contradio - Uma proposio no pode ser afirmada e negada ao mesmo tempo, no mesmo sentido, e ainda ser verdadeira. A lei da identidade - A =A A no igual a no-A A lei do meio excludo - ou A = B ou A no = B, no existe uma terceira opo, por exemplo, ou Scrates um homem ou no um homem. No pode ser um ente que seja parcialmente homem. c) Prova da verdade - A consistncia lgica a prova da verdade final. d) O papel do raciocnio - O processo de raciocinar, segundo o racionalismo, deduzir as concluses que se seguem logicamente dos axiomas. A razo puramente dedutiva. e) A base da f crist a certeza dos silogismos lgicos.
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Problemas? O problema do racionalismo que os argumentos so apenas to bons como os pressupostos. Um argumento pode ser vlido e ainda falso por ter falsos pressupostos. O racionalismo pretende construir um argumento com pressupostos fundamentados no mundo finito e concluir com um Deus infinito. Mas pressupostos finitos (pensou, logo existo, etc.) no so suficientes para chegar a um Ser Infinito. O raciocnio, para ser suficiente, deve comear a partir de um ponto de referncia infinito. 3) Misticismo a) Ponto de Partida lgico - Testemunho pessoal sobre sua experincia de Deus. b) Terreno comum - No existe terreno comum porque os no-crentes no podem entender o que eles no experimentaram. c) Prova da verdade - A auto-autenticao da experincia. O mstico responde aos incrdulos ao dizer: Jesus mudou a minha vida. A prova final a realidade de um encontro com Deus. d) O papel do raciocnio - A razo pode interpretar a experincia, mas ela incapaz de avaliar a verdade da experincia. As vezes o raciocnio visto como um obstculo a uma experincia de Deus. e) A base da f - Os msticos dizem que eles tm uma certeza psicolgica. A f irracional. Problemas? Os Mrmons tm a sua experincia, os Hindus, e todas as outras religies tambm. A experincia precisa de um ponto de referncia objetivo para valid-la. B. Metodologias recentes: 1) Os verificacionalistas combinam os mtodos tradicionais e ainda acrescentam outras provas. Eles propem que a probabilidade da veracidade da religio crist pode ser aumentada atravs da viabilidade existencial. Um sistema que no vivel ao nvel prtico considerado improvvel. a) Ponto de partida lgico - Eles propem a existncia de Deus como uma hiptese que precisa ser testada. b) Terreno comum - Os verficacionalistas dizem que todos os homens tm em comum os fatos da experincia, as leis da lgica, a busca de valores e as leis morais. c) Prova da verdade - Consistncia sistemtica, ou seja, aquilo que corresponde aos fatos (com menos problemas do que outros sistemas), sem contradies lgicas, e pode ser vivido sem hipocrisia o mais provvel. d) O papel do raciocnio - A razo humana o juiz que verifica a hiptese atravs da lgica e experincia.

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e) A base da f - A probabilidade intelectual e a certeza moral so as bases da f, segundo os verificacionalistas. O cristianismo a cosmoviso mais provvel e esta probabilidade to alta que exige certeza moral. Problemas? O verficacionalismo uma combinao do empirismo, o racionalismo e o misticismo. Comeando com os pontos de partida finitos que estes sistemas tm, ele sofre as mesmas fraquezas. 2) Os pressuposicionalistas discordam, dizendo que os apstolos no pregavam que a veracidade da Palavra de Deus era apenas provvel. Eles atacavam a estrutura do pensamento dos pecadores e ns devemos fazer o mesmo. Ento os pressuposicionalistas procuram expor os pressupostos dos incrdulos e demonstrar a sua insuficincia. Atravs da destruio dos alicerces do pensamento pago, as idolatrias do mundo so derrubadas e o Evangelho apresentado como a nica esperana. a) Ponto de partida lgico - Os pressuposicionalistas comeam onde a Bblia comea, com o pressuposto do Deus Trino da Bblia e a inerrncia das Escrituras. b) Terreno comum - O ponto de contato com o descrente o fato de que ele uma criatura de Deus, feito imagem dEle e que ele mora no mundo que Deus criou. No existe terreno comum entre o sistema (epistemologia) do descrente e do crente, porque a interpretao do mundo feita pelo descrente pressupe que Deus no existe. Mas o descrente no consistente com os seus prprios pressupostos. Ele aceita vrias verdades que ele roubou do sistema cristo. Podemos aproveitar este terreno comum para falar com eles. Por exemplo, os humanistas aceitam relativismo tico e negam que existem absolutos morais, mas quando algum rouba o carro deles, eles instistem que roubar errado. c) Prova da verdade - As reivindicaes da Bblia so auto-autenticadas. No fim, a prova da verdade do sistema cristo que, se no fosse verdadeiro, no existiria verdade. Os pressupostos da cosmoviso crist so necessrios para qualquer predicao. d) O papel do raciocnio - O crente pode se colocar no lugar do no-crente para mostrar-lhe os resultados do seu sistema no-cristo. O crente usa a razo para desconstruir a cosmoviso do no-crente e revelar os seus absurdos e problemas. Alm disso, o crente mostra que a Bblia contm uma cosmoviso que suficiente para resolver os problemas da epistemologia, da tica, da ontologia, e da teleologia. e) A Base da f - No fim das contas, a Palavra de Deus e a autoridade de Deus so as bases da f crist. Os pressuposicionalistas dizem que a veracidade da f crist absoluta. 3) Nesta srie de palestras vou usar uma metodologia pressuposicionalista, chamada apologtica atravs da cosmoviso. Isso quer dizer que eu vou criar um argumento a favor do cristianismo e atacar o sistema do incrdulo atravs de uma comparao entre eles e usar os recursos dos trs sistemas mencionados antes. Vou asseverar que a Bblia tem que ser pressuposto como a inerrante Palavra de Deus se o ser humano quer chegar ao conhecimento da verdade e no reduzir toda a sua vida a um caos. A minha abordagem sobre o assunto, portanto, ter mais em

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comum com os pressuposicionalistas, embora eu v usar muito do trabalho dos demais apologistas.

Apologtica V Paulo em Atenas (Atos 17:16-34) A Bblia nos d um exemplo da metodologia apologtica de Paulo no discurso no Arepago de Atos 17. Paulo enfrentou as filosofias gregas e demonstrou como elas podem ser abordadas para declarar claramente o evangelho como a nica alternativa. Da cabe a ns examinarmos o discurso para aprendermos qual era a atitude de Paulo em relao s filosofias gregas e como o evangelista deve utilizar a apologtica na pregao do evangelho. v. 16-17 A cidade estava cheia de dolos. Atenas era conhecida por ter mais dolos que o resto da Grcia. Petrnio calculou que existia 30 mil deuses nas ruas e prdios pblicos. Paulo ficou revoltado no seu esprito e foi para a sinagoga, como sempre fazia, para discutir com os judeus e os gregos. Mas ele no deixou de pregar na praa tambm. v. 18-21 Os esticos e epicureus ouviram Paulo e disputavam com ele. Os filsofos reconheceram que Paulo estava pregando uma doutrina nova e estranha. Em vez de assimilar a nova doutrina, eles perceberam que era bem diferente das idias deles. Os epicureus eram ateus e materialistas. O propsito deles era livrar o homem do medo dos deuses atravs da negao da sua realidade. Eles negavam a vida depois da morte (e o juzo final) e devem ter ficado escandalizados com a noo da ressurreio. Segundo os epicureus, a realidade ltima consiste apenas em matria composta de tomos. Os deuses eram simplesmente smbolos. Os esticos eram pantestas. Eles acreditavam que o logos, ou Deus, era uma energia que permeava tudo e que dava ordem e estrutura ao universo. O logos guiava a sorte dos homens e tudo que acontecia alm da vontade do homem no podia ser mudado. Portanto, os homens no devem se preocupar com as coisas alm do seu controle mas devem aceit-las sem ficar perturbados. O que ser, ser. Eles acreditavam na unidade da humanidade e na paternidade de Deus. Os filsofos chamavam Paulo de paroleiro (spermologoi) que quer dizer vagabundo ou uma pessoa que no presta. Obviamente eles no respeitaram a doutrina de Paulo, mas pelo menos eles estavam abertos para ouvir mais sobre ela. Da, eles o levaram para o Arepago. v. 22 Paulo reconheceu a religiosidade do povo ateniense como um fato, mostrando um nvel do entendimento deles. v. 23 O Deus desconhecido. Era muito comum eles terem altares aos deuses desconhecidos, para o caso de um deus ficar irado por no ter recebido sacrifcios. Paulo no identificou o Deus verdadeiro com nenhum dos deuses gregos, mas com franqueza disse que eles estavam
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ignorantes desse Deus. O propsito de Paulo foi anunciar este Deus. O que segue, pois, deve ser entendido como uma exposio do verdadeiro Deus. Paulo no adaptou o seu conceito de Deus s idias dos filsofos, mas colocou perante eles a anttese completa entre o paganismo e o cristianismo. O discurso um ataque frontal contra a cosmoviso grega. Podemos ver pelo menos 25 proposies de Paulo que contradizem idias comuns entre os gregos antigos. (1) Paulo respondeu sim pergunta: Ser que Deus pode ser conhecido? Isso uma refutao dos cticos gregos e dos epicureus, que negavam a existncia de Deus. (2) Paulo no comeou com uma prova da existncia de Deus (v. 24). Ele pressups a realidade de Deus, mas no qualquer Deus; o Deus Criador. Contra os materialistas, asseverou que Deus realmente existe. (3) Paulo declarou a distino entre a criao e o Criador. Os deuses dos gregos no eram transcendentes no sentido de serem separados do universo. Para eles o universo em si era ltimo, mas para Paulo s Deus era. O pantesmo, o politesmo e o atesmo estavam excludos do pensamento paulino. (4) Deus Senhor do cu e da terra. Ele no apenas um smbolo, nem o cosmos em si. A implicao que Ele pessoal, e enquanto os gregos tinham deuses pessoais, a realidade ltima era impessoal na sua filosofia. Com certeza, nem a realidade ltima dos gregos, nem os deuses, eram considerados seres soberanos sobre a terra. Paulo introduziu uma estranha idia de Deus, que contradisse tudo em que os gregos acreditavam. (5) Deus no habita em templos. Alguns filsofos gregos concordaram com essa reivindicao, mas a existncia dos muitos templos em Atenas deu bastante testemunho ao fato de que a maioria dos gregos localizaram os seus deuses a. Paulo defendeu a onipresena de Deus. (6) Paulo declarou a asseidade ou independncia de Deus (v. 25). Deus no precisa de nada mas completo em si. Os rituais religiosos, pois, no acrescentam nada a Deus. A religiosidade do povo grego era irrelevante para o verdadeiro culto a Deus. Mais uma vez Paulo destacou a distino entre o Criador e a criatura. (7) Deus a origem da vida. Segundo os epicureus a vida era a forma mais alta de organizao da matria. A vida tinha uma origem impessoal, segundo eles. Para os esticos a origem de tudo, o logos, era tambm impessoal. Paulo declarou que na origem da vida e de todas as outras coisas estava um Deus infinito e pessoal. (8) Paulo atacou o racismo e o elitismo, e tambm colocou todas as pessoas no mesmo nvel quando declarou a unidade da raa em Ado (v. 26). Os esticos aceitavam a unidade da raa humana no sentido fsico. Outros gregos no acreditavam nessa unidade, mas faziam uma distino entre eles mesmos e os brbaros. Alm disso, alguns gregos (gnsticos) distinguiam entre trs classes de homens: os homens da carne, os homens da alma, e os homens do esprito. Os homens da carne eram incapazes de entender coisas espirituais, os homens da alma tinham alguma capacidade para entender mas apenas at certo ponto, e os homens espirituais (naturalmente os gnsticos) tinham uma superioridade que lhes permitia acesso ao conhecimento oculto da sua religio.

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(9) Deus fez o homem para cumprir um propsito. O homem no existe por acaso mas a sua existncia tem significado. Paulo fez uma aluso ao imperativo cultural que Deus deu ao homem, para ele se multiplicar e encher a terra. (10) A histria predestinada por Deus. Na rea da teleologia, a histria tem um fim determinado por Deus. Especificamente, antes da criao, Deus determinou os tempos e os lugares em que os povos habitariam a terra. A histria, portanto, no pode ser cclica e no era determinada por um destino cego e impessoal, nem era resultado do acaso. Contra essas especulaes dos gregos, Paulo afirmou que a histria controlada pelo plano do Deus pessoal. (11) Deus soberano sobre os lugares e tempos onde habitam os povos (v. 27). Deus colocou os povos nos seus lugares para que eles O buscassem. A cidade-estado grega no divina e no merece obedincia absoluta, como Scrates dizia. S Deus merece tal obedincia. (12) O homem tem a responsabilidade de buscar a Deus. Paulo pressups que todas as pessoas fossem capazes de conhecer a Deus. Isso constituiu mais uma negao da idia de que algumas pessoas so inerentemente superiores no mbito espiritual. (13) Deus no est longe de cada um de ns. Deus est interessado no homem. Os epicureus, sendo ateus, e os esticos, sendo pantestas, achavam que a realidade ltima no tinha nenhum interesse nos seres humanos. (14) Paulo citou dois poetas gregos para mostrar que mesmo na sua religio pag, os gregos tinham recebido alguma coisa da revelao de Deus (v. 28). Os gregos deturparam esta revelao, atribuindo a Zeus as coisas de Deus. Mesmo assim, as idias de que o prprio Deus seja o ambiente em que tudo existe e a origem de todos os homens no eram noes totalmente estranhas. Paulo colocou contedo cristo nas palavras dos poetas gregos. (15) Paulo revelou a irracionalidade da religio grega (v. 29), mostrando que a sua prtica era inconsistente com a sua teoria. Desde que somos gerados por Deus, no faz sentido fabricar imagens das divindades, como se fosse possvel criar um deus. Deus no pode ser representado por uma imagem. Paulo atacou fortemente a idolatria grega. (16) Deus misericordioso (v. 30). Deus est disposto a esquecer o que os homens fizeram na sua ignorncia, contanto que eles se arrependam e voltem para Ele. Ao contrrio dos deuses gregos, o Deus verdadeiro se importa com o homem. (17) Deus fala. Deus pode se comunicar com o homem atravs de proposices racionais. O universo no fechado. Existe uma revelao de Deus e essa revelao vem com autoridade absoluta. A interpretao da realidade ulterior no descoberta por dentro do prprio universo, mas os princpios para interpretar o universo vm de fora dele. Deus o ponto de referncia ltimo na rea da epistemologia. (18) Deus manda que eles se arrependam. O ser humano no autnomo. Deus tem o direito de mandar nele. Paulo estava pressupondo que eles fossem pecadores. A salvao no vem por meio da filosofia, do conhecimento oculto, nem de rituais religiosos. A piedade dos gregos no era gnosis, mas ignorncia.
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(19) Deus determinou um dia para julgar o mundo (v. 31). Deus controla a histria, inclusive o futuro. Ele pode intervir na histria. A histria caminha para um fim determinado por Deus. O tempo linear, no cclico. (20) Paulo declarou que Deus julgar o mundo com justia. Deus o padro da justia. O sumo bem definido pelo carter de Deus. Contra Scrates, Deus no ama o bom porque bom em si, mas o bom bom porque Deus o ama. Os deuses gregos sempre mudavam e faziam coisas imorais, mas o Deus verdadeiro tem um carter moral que sempre foi consistente. Deus, portanto, o ponto de referncia final na tica. (21) Paulo introduziu o conceito da encarnao quando ele disse que o juzo de Deus ser exercido por um homem. A encarnao nica, no existem muitos deuses na forma de homem, mas s Jesus Cristo. A salvao est disponvel somente atravs dEle. (22) Deus deu certeza a todos por meio de um ato na histria. Para os gregos, a histria no tinha nada a ver com a verdade religiosa. Paulo colocou a idia hebraica da histria diante dos gregos e declarou que os eventos da histria so importantes em relao s coisas eternas. (23) A veracidade do evangelho no uma questo de probabilidade, mesmo que seja uma probabilidade muito alta. Paulo no pregou que a evidncia do evangelho de 95% e deve ser aceito. Ele disse que era absolutamente verdadeiro sem nenhuma possibilidade de ser falso. O futuro no consiste em possibilidade pura, mas controlado por Deus. (24) A prova do evangelho um evento especfico: a ressurreio corporal de Jesus. Paulo negou o conceito grego da relao entre o corpo e a alma. Alguns gregos acreditavam na reencarnao, e outros (os epicureus), que a pessoa deixa de existir depois da morte. Os gnsticos acreditavam numa evoluo espiritual que exigia a sada do corpo. A noo de uma ressurreio fisca era incompreensvel. (25) Entre os que se converteram, Lucas notou um homem e uma mulher (v. 34). No contexto, isso extraordinrio porque os gregos no consideravam as mulheres iguais espiritualmente aos homens. Concluso - Nos versculos 32-34 Lucas relata os resultados da pregao de Paulo. Estas trs reaes incluam todas as possibilidades. Alguns rejeitaram a mensagem, achando que era tolice. Alguns quiseram pensar na mensagem e continuar a discusso. Finalmente, alguns outros aceitaram a mensagem, sendo convencidos pelo argumento. Paulo colocou diante dos gregos, sem ambigidade, uma escolha entre Cristo e o paganismo. Comeando a partir de pressupostos bblicos, ele respondeu s reivindicaes maiores da filosofia e religio gregas mostrando a superioridade do cristianismo. Ele fez uma comparao entre duas cosmovises e desafiou os gregos a aceitarem a Cristo. A questo relevante para ns : Como aplicaremos esse exemplo a uma apologtica contempornea?

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Apologtica VI A Queda e a Estrutura da Mente Cada I. A questo da RELIGIO. H muitas definies da religio mas, entre elas, um aspecto comum que todas elas tentam explicar o mundo e oferecer uma cosmoviso que abranja toda a experincia dos seus adeptos. Portanto, podemos entender a religio de uma pessoa como a sua cosmoviso. Ela fundamentada na resposta da pessoa sua prpria existncia no mundo criado por Deus (revelao geral). As questes bsicas so as seguintes: Qual a natureza do ser ulterior? e qual a base ulterior do todo conhecimento? Trataremos, agora, as questes da epistemologia e da ontologia para vermos o que a Bblia diz sobre elas. Existem vrios argumentos usados para comprovar a existncia de Deus. importante observar que a Bblia no tenta oferecer provas assim. No primeiro versculo declarado: No princpio criou Deus os cus e a terra. A existncia de Deus algo pressuposto e declarado. Alm disso, o Deus pressuposto no apenas qualquer Deus. Ele o Criador de todas as coisas. Portanto, Ele distinto da criao e soberano sobre a criao. Como Criador do universo, Deus tambm o primeiro intrprete da criao. Como Criador Deus no interpreta a criao atravs do empirismo, como se fosse algo que j existia e foi descoberto, pesquisado, e depois interpretado. O universo nunca existiu sem interpretao. A interpretao do universo veio primeiro, antes da criao, no plano eterno de Deus. A criao realizou o plano que Deus tinha antes de criar o universo. Na interpretao de todas as coisas, portanto, Deus a autoridade final. A interpretao de Deus do universo est na Palavra de Deus, a Bblia. Ela o nico alicerce que funciona para sustentar a possibilidade do conhecimento, ou seja, a correta interpretao do universo. O problema : quem a autoridade ulterior? No fim das contas, a autoridade da Bblia reside no auto-testemunho da prpria Bblia porque no existe nenhuma outra autoridade ulterior por meio do qual a Bblia possa ser medida. A Bblia a autoridade final e ulterior para todo conhecimento. Em relao questo da autoridade, somente h duas possibilidades: possvel que a criatura responda atravs do reconhecimento do Deus Trino, pressupondo que Ele seja o ponto de referncia final para todo significado, ou que ela construa o seu prprio significado atravs da considerao de si mesma como o ponto de referncia final para interpretar a realidade. O ser humano s tem duas escolhas: Ele pode optar por depender de Deus ou pela autonomia. II. O problema da ULTERIORIDADE. Na anlise final, portanto, as duas possibilidades implicam que existem somente duas religies. A primeira a religio da Bblia, que localiza o ulterior na interpretao de tudo em Deus. A segunda a religio da autonomia da criatura, que localiza o ulterior em algum aspecto da criao. No fim, a mente do ser humano tem a ltima palavra nesse sistema. Mesmo que haja uma multido de variaes na segunda opo, os
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pressupostos bsicos so iguais. Estes correspondem aos pressupostos da cosmoviso religiosa que foi proposta pela serpente no jardim do den. Esses pressupostos fluem da estrutura da mente pag, como tambm fluem os problemas filosficos e prticos que tm amaldioado o mundo desde a queda. Tendo a sua origem no pensamento da serpente (o diabo), a segunda viso da realidade poderia ser chamada de cosmoviso demonaca. A pergunta fundamental : Os princpios de interpretao do mundo esto localizados no mundo em si (na mente humana) ou em Deus, como revelado na Sua Palavra? Qual o ponto de referncia final? Qual a LOCALIDADE DO ULTERIOR? III. A QUEDA envolveu mudanas radicais nas quatro reas que definem qualquer cosmoviso: conhecimento (epistemologia), existncia (ontologia), ao (tica), e alvo do universo (teleologia). Isso quer dizer que com a chegada da palavra da serpente, Ado e Eva enfrentaram dois universos diferentes e contraditrios.
Cosmoviso No. 1 (Interpretao de Deus) Cosmoviso No. 2 (Interpretao de Satans - Gn. 3:121) 1. assim que Deus disse? (v. 1) A clareza da revelao de Deus questionada, implicando que Deus no capaz de se revelar. A interpretao de Deus somente uma possibilidade, ou hiptese, para ser verificada mediante um critrio fora dEle. Os princpios para a interpretao do universo existem no mundo independentemente de Deus. 2. ...nem nele tocareis... (v. 3) Deus no falou que eles no poderiam tocar no fruto ou na rvore. Eva negou a CLAREZA da Palavra de Deus atravs da sua interpretao que mudou a Palavra. Ela negou a SUFICINCIA da Palavra acrescentando um outro requerimento. A mudana da Palavra por Eva constituiu uma negao da INERRNCIA da Palavra de Deus. Sem uma interpretao inerrante de Deus, a interpretao do ser humano o ponto de referncia final para conhecer a verdade (autonomia epistemolgica). 3. Certamente no morrereis. (v. 4) Uma negao total da Palavra de Deus segue naturalmente os pressupostos anteriores. Deus no controla o universo e Ele no faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade. (Ef. 1:11). O pecador no vai morrer, porque o futuro possibilidade pura e indeterminada. O futuro criado atravs do soberano livre-arbtrio do ser humano (autonomia metafsica ou ontolgica). O princpio ltimo que determina o futuro o acaso. 4. Porque Deus sabe que... (v. 5). O Deus da Bblia no um Deus bondoso mas Ele um tirano que no quer compartilhar coisas boas como o homem.

1. Como Criador, Deus controla e interpreta o universo. ...certamente morrers. (Gn. 2:2). Deus controla o futuro absolutamente para que, neste caso, todos os pecadores morram. A interpretao certa do mundo est na Sua Palavra (Pv. 1:7; 9:10; 15:33).

2. Como Criador, Deus, necessariamente, capaz de dar uma revelao bastante CLARA para ser entendido, SUFICIENTE para cumprir os fins dEle e providenciar as necessidades do homem, e INERRANTE (Sl. 19, 119; Pv. 30:5; 2Tm. 3:16-17) O ser humano depende de toda palavra que sai da boca de Deus. (Mt. 4:4) para a interpretao correta do mundo.

3. Deus conhece e determina o curso da histria (Is. 41:21-29; Pv. 21:1). Ele fez o mundo de tal maneira que os pecadores morrem (Rm. 3:23). Nada acontece por acaso e o futuro do ser humano depende da vontade de Deus (Pv. 16:33; At 17:26; Rm. 9:20-21).

4. Deus amor (1Jo 4:8) e providencia tudo de que os seus filhos precisam (Mt. 6:25-34).

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22 5. vossos olhos se abriro... (v. 5). O conhecimento secreto e oculto a chave para a vida plena. Portanto, o progresso espiritual conseguido atravs do misticismo, da feitiaria, de organizaes ocultas e secretas, e at pela orientao de espritos.

5. O conhecimento de Deus vem atravs da Palavra de Deus e de um relacionamento pessoal com Ele. A mente nunca desvalorizada, mas tem que ser renovada mediante a Palavra (Rm 12:1-2). proibido se envolver com o ocultismo, seja ele do tipo que for (Dt. 18:9-14).

6. S h um Deus e jamais haver outro (Is. 43:10). Deus imutvel (Tg. 1:17). O fim do homem conhecer, glorificar, e servir ao nico Deus. A salvao viver com Ele para sempre (1Tss. 4:17; Ap 22:1-5)

6. ...sereis como Deus... (v. 5). O fim ltimo da vida se tornar um deus. No h distino entre o Criador e a criatura. O alvo da vida humana promover ou descobrir sua prpria divindade. Deus (o cosmos, etc.) tambm est evoluindo, crescendo e aprendendo mais e mais. Salvao quer dizer subir na escala da existncia (autonomia teleolgica). 7. ...conhecendo o bem e o mal. (v. 5). O homem determina o bem e o mal. No h uma lei moral absoluta que exista fora da mente do ser humano. Toda tica relativa (autonomia tica). 8. ...boa para se comer, e agradvel aos olhos, e... desejvel para dar entendimento ... (v. 6). A motivao da ao (tica) tornou-se ...a concupiscncia da carne, a concupiscncia dos olhos e a soberba da vida. (1Joo 2:16). Da para frente o homem viveria para buscar seu prprio prazer.

7. Deus o sumo bem e a Palavra de Deus a fonte do conhecimento do bem e do mal. A lei de Deus o padro absoluto (x. 20:1-17).

8. Deus deu a Ado e Eva o imperativo cultural. Gn. 1:28-30 - O imperativo cultural o mandamento de Deus dado ao homem para dominar e sujeitar a terra e os animais. A motivao de ao do homem era desenvolver o reino de Deus na terra como representante de Deus. Ado e Eva eram responsveis em funcionar como intrpretes do mundo (profetas), em se relacionar pessoalmente com Deus (sacerdotes), e em reinar sobre o mundo (reis). 9. O pecador se sente culpado porque ele culpvel objetivamente. O homem perdeu os papis de profeta, sacerdote e rei. O pressuposto de autonomia significa que a sua interpretao do mundo seria errada, o seu relacionamento com Deus seria rompido, e a terra seria maldita e que ela resistiria ao domnio do homem. O homem no pode cobrir o pecado dele. Somente Deus pode fazer isso, atravs do derramamento do sangue de um substituto (Gn 3:21). Deus prometeu um Salvador que resgataria o homem (Gn 3:15).

9. ...e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. Com a autonomia, veio um sentido de ansiedade, rompimento com Deus e falta de paz. A salvao conseguida por meio de obras humanas (Gn. 3:7). Iniciou-se a tendncia de se fugir da responsabilidade de suas prprias aes, culpando-se os outros (Gn. 3:12-13).

Temos nessa apresentao as duas cosmovises nas formas puras. Na realidade, existem vrias tentativas a sintetiz-las. Alm disso, as contradies inerentes na cosmoviso pag fazem com que o incrdulo enfatize um aspecto ou outro, sempre buscando, mas nunca achando, o equilbrio e a consistncia no pensamento dele. Apesar das diferenas superficiais, todas as filosofias pags tm uma raiz comum. A cosmoviso do diabo fundamentada na negao da distino entre o Criador e a criatura. A mente cada se recusa a reconhecer que Deus ulterior, preferindo buscar o ponto de referncia final no mundo, e adorar e servir criatura antes que ao Criador (Rm. 1:25). Os resultados dessa deciso tm sido desastrosos, quer na vida intelectual, quer na vida

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prtica. Na prxima aula vamos ver a incoerncia da cosmoviso pag, o dilema prtico que ela traz, e como somente o Deus da Bblia pode resgatar o homem do caos que ele provocou.

Apologtica VII A Mente Cada: Evoluo Csmica e a Escala da Existncia I. Agora ns podemos fazer um resumo da cosmoviso do incrdulo, fundamentada nas declaraes feitas pela serpente no jardim do den e aceitas por Ado e Eva. Essa cosmoviso corresponde quilo que o filsofo Aldous Huxley chamou de Filosofia Perene porque ela aparece em quase todas as culturas de uma forma ou outra. Ela to comum que no seria errado se dissssemos que a maneira natural do homem interpretar o universo. Esta cosmoviso existe em contraste com o ensino da Bblia sobre a criao e representa a interpretao pag do universo porque comea com o pressuposto de que o universo no criado mas auto-existente. A fonte dessa viso do universo est nos pressupostos bsicos da queda, fundamentada nas declaraes feitas pela serpente no jardim do den e aceitas por Ado e Eva. A. A essncia do universo - (ontologia) - Tudo o que existe faz parte de um Ser em geral. O Ser indeterminado (o acaso) e tambm capaz de ser controlado (determinismo impessoal e absoluto). Deus (se admitir que Ele existe) vive conosco num meio-ambiente comum de possibilidade pura. Ele apenas um aspecto do Ser em geral. Implicaes - Diz-se que aquilo que produzido no universo produzido por acaso. Para evitar reduzir o universo ao caos, que a noo de acaso implica, a ordem e a unidade aparente do universo so explicadas por uma lei mecnica de causalidade absoluta que se conforma s leis da matemtica e lgica, ou uma lei impessoal e espiritual de desenvolvimento. Os dois processos implicam que todos os acontecimentos so causados pelos eventos antecedentes num processo impessoal. O incrdulo ento tem um conceito da realidade definida pelas idias contraditrias de acaso e determinismo mecnico. Esse dilema chamado de o problema da unidade e multiplicidade (o Uno e o Mltiplo ou o nico e os Muitos), porque de um lado a realidade ltima vista como uma unidade absoluta e do outro lado vista com uma multiplicidade. B. Conhecimento - (epistemologia) - O local do princpio ltimo para interpretar a realidade est na mente humana. Nenhuma interpretao prvia existe. Deus somente um intrprete que enfrenta o universo da mesma maneira que o homem. Por outro lado, o ser humano tem capacidade de penetrar a realidade com sua prpria mente. A lgica humana o ponto de referncia final que unifica todo o conhecimento. Implicao - O problema do Uno e o Mltiplo (the One and the Many) surge no campo do conhecimento tambm. Se tudo fosse o mltiplo no haveria relacionamento algum entre os fatos individuais e seria impossvel
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conhec-los. Se o uno fosse a realidade ltima, ento, as coisas individuais desapareceriam e no seria possvel conhec-las. Destarte, o conhecimento da realidade seria impossvel. Sem uma interpretao que venha de um ponto de referncia infinito, de fora do universo finito, s existe as interpretaes relativas. C. Ao - (tica) - O padro da tica a experincia humana. No existe um padro do bem e do mal que seja absoluto. Implicaes - O problema da unidade e da multiplicidade surgiu no campo da tica tambm. Sem um ponto de referncia absoluto, cada pessoa se tornou uma lei em si mesma. O resultado relativismo absoluto. D. Alvos (teleologia) - O alvo maior do ser humano o projeto de defender o pressuposto da autonomia metafsica e de se tornar um deus. Implicaes - O alvo do ser humano se endeusar. Mas, o que vem por ltimo, o indivduo ou a comunidade? Se a prioridade fosse a realizao do indivduo, haveria anarquia e caos. Mas se fosse a sociedade, perder-se-ia a liberdade. II. A Grande Corrente de Ser (the Great Chain of Being) - ou - A Escala da Existncia (Evoluo Csmica) O que a realidade? Qual vem por ltimo, a unidade ou a diversidade? O problema do uno e do mltiplo tem sido o problema maior na histria da filosofia ocidental. Tambm o problema se manifesta nas religies no-crists. Sem um ponto de referncia fora da criao para proporcionar unidade experincia do homem, ele procura unidade no prprio mundo. Essa unidade criada pelo homem atravs da filosofia da Grande Corrente de Ser. Essa filosofia organiza todo Ser numa escala com unidade absoluta por cima e caos absoluto (ou no existncia) por baixo. A multiplicidade (todas as coisas particulares que existem) est localizada numa escada (ou uma corrente) entre o caos e a unidade. Todas as coisas esto evoluindo a partir dos nveis baixos de caos, desordem, e diversidade aos nveis altos de perfeio, ordem, e unidade. Como no sistema dos gnsticos, coisas espirituais e boas esto por cima e coisas materiais e ms esto por baixo na escala. Por exemplo, anjos esto acima dos seres humanos e os seres humanos esto acima dos cachorros, das rvores, e das pedras. Essa filosofia, ento, prope que todas as coisas existam numa hierarquia. Dependendo do sistema, se diz que tudo foi criado por Deus assim ou que as particulares emergiram do caos naturalmente e esto se evoluindo para a unidade (divindade). A filosofia da escala da existncia mais explcita nos sistemas de ocultismo como o espiritismo e a Nova Era. Tambm ela importante nas teorias modernas de evoluo biolgica, nas cosmologias da cincia de fsica, e at na teologia da igreja catlica. A diversidade de religies e filosofias pags contraditrias mostra que as interpretaes fundamentadas nesse sistema so instveis. Desde que o problema existe por causa dos pressupostos contraditrios da mente cada, no h soluo no arcabouo de qualquer cosmoviso no-crist. O incrdulo pressupe que o universo exista por acaso e a mente dele seja o ponto de referncia final para interpret-lo. Ele fica saltando entre os dois lados, unidade e multiplicidade, como uma bola de ping-pong, dependendo de qual lado lhe seja mais conveniente. Quando ele se sente ameaado pelo caos do acaso, ele vai para a unidade. Quando ele se sente ameaado pelo determinismo impessoal, ele vai para a multiplicidade. Mas ele nunca consegue fugir do dilema, porque um ponto de referncia finito no suficiente para interpretar o universo. Quanto mais o homem procurar significado em si mesmo como ponto de referncia final, mais ele vai perder o significado do universo e da sua prpria vida. Destarte, o pressuposto

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da autonomia (independncia) auto-destrutivo. O homem comea com o desejo de ser Deus e no fim ele acaba sem nada. III. A soluo bblica - A soluo da confuso e da futilidade da mente cada rejeitar a estrutura do pensamento do incrdulo e comear novamente. A pergunta, Que aspecto da realidade vem por ltimo, o nico ou os muitos, no uma pergunta vlida porque nenhum aspecto do universo ulterior. Somente o Deus trino da Bblia ulterior. O universo (inclusive o homem) dependente de Deus. A realidade ltima, o Deus da Bblia, igualmente uma unidade e uma diversidade. Ele existe em uma s essncia na forma de trs pessoas distintas. O Deus uno e o mltiplo criou o mundo na forma de uma unidade e de uma diversidade tambm. Os fatos (a multiplicidade) so reais e distintos. Porm, eles no existem por acaso e sem interpretao. Eles so relacionados uns com os outros mediante o plano soberano de Deus. Deus tem conhecimento exaustivo deles. A unidade do universo achada, portanto, no plano e no conhecimento do Deus trino. O universo somente faz sentido luz da cosmoviso crist.

O Problema da Mente Decada: O QUE A REALIDADE ULTERIOR? O Uno e o Mltiplo


Unidade: Universal Lgica Teoria Continuidade Alma Eternidade Forma Estado Causalidade Ordem Fatalidade Racionalismo Bem, Ser Cincia Razo (Conhecer) Cabea Multiplicidade: Particular Dados Prtica Descontinuidade Corpo Tempo Matria Individual Contingncia Caos Liberdade Irracionalismo Mal, no Ser Religio F (Crer) Corao

??????????????????? A TENSO ETERNA ???????????????????

A Resposta: EVOLUO CSMICA A Escala da Existncia


Catolicismo Candombl/ Umbanda Hindusmo Humanismo

Ser ltimo "O Um" Deus Unidade absoluta Anjos Santos O mundo (Maria, etc.) espiritual

Olorm

Deus (Energia, Matria e energia impessoal)

Os deuses Os deuses (Oxal, etc.) Espritos dos Espritos dos Mortos Mortos

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26 (Purgatrio) -------------------------------------------------------------------------------------O mundo O homem Pai/Me de O homem Os animais fsico (masculino) santo (branco) (O ser humano O Papa (masculino) macacos, (hierarquia da Os cavalos (feminino) aves, rpteis, etc.) igreja) Casta plantas Leigos iniciados (preto) os planetas, etc. (feminino) Sem casta tomos, etc. Freiras no-iniciados Animais Leigas Plantas A Terra Animais energia, caos A terra O ciclo Multiplicidade eterno absoluta No Ser Os Muitos Inferno Caos Caos (big bang)

Apologtica VIII A Existncia de Deus Existem vrias argumentos na histria da filosofia em prol da existncia de Deus, e tambm muitos contra. Agora discutiremos os argumentos mais importantes. I. Os argumentos tradicionais. A apologtica tradicional comea a partir de alguns pressupostos supostamente comuns entre o crente e o no-crente para provar a existncia de Deus. Eles pressupem a possibilidade de conhecimento racional fundamentado na natureza do ser humano, o universo em si, ou seja, eles comeam a partir de uma epistemologia em comum com o nocrente. A. O argumento ontolgico - Este argumento foi inventado por Santo Anselmo (1033-1109) e resumido por Geisler e Feinberg da seguinte maneira: (1) Deus , por definio, o Ser mais perfeito concebvel. (2) Ao Ser mais perfeito concebvel, no pode lhe faltar coisa alguma. (3) Mas se Deus no existisse, faltar Lhe-ia existncia. (4) Logo, Deus deve existir. John Frame resumia o argumento assim: Premissa 1: Deus tem todas as perfeies. Premissa 2: Existncia uma perfeio. Concluso: Logo, Deus existe. Alguns reclamaram que o argumento pode comprovar a existncia de qualquer coisa, uma ilha perfeita por exemplo, mas Anselmo respondeu que a existncia no , por definio, qualidade de uma ilha perfeita, mas uma qualidade de Deus por definio. Kant criticou o argumento

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observando que a existncia no um predicado de algo mas apenas uma declarao de um fato, a coisa ou existe ou no existe. Ento o argumento no valido. B. O argumento moral. Existe nos seres humanos um sentido moral. A lei moral comum e parece que ela exige a existncia de um absoluto moral. Mas se Deus no existe, no existe um absoluto moral. Logo, Deus deve existir. Padres morais exigem a existncia de padres morais absolutos, que exigem a existncia de Deus. Segundo o argumento moral, se Deus no existisse, todos as leis morais seriam apenas opinies subjetivas. Mas ningum, mesmo o relativista, acha que no exista nenhuma lei moral absoluta. Os relativistas, pelo menos, acham que o relativismo verdadeiro e que temos a obrigao moral de aceit-lo. Mas isso igual a dizer que existe uma lei moral absoluta. O relativismo moral uma contradio lgica. Logo, o relativismo deve ser falso. C. O argumento cosmolgico. Este argumento diz que o que contingente no pode ser autoexistente. O universo um ser contingente. Portanto, ele depende de algo mais para a sua existncia. O argumento tem duas formas. (1) Tudo que acontece no universo tem uma causa. (2) No pode haver uma regresso infinita de causas. (3) Logo, deve existir um "motor imvel", ou seja Deus. Uma verso islmica a seguinte: (1) Tudo que comea tem uma causa para comear. (2) O universo tem um comeo. (3) Logo, deve existir uma causa do comeo do universo que fora do universo, ou seja, Deus. D. O argumento teleolgico. Este argumento comea a partir da observao da ordem do universo. Desde que existe ordem no universo, se diz que ele no pode existir por acaso. (1) O universo tem evidncia de que foi planejado. (2) Tudo que planejado tem um planejador. (3) Logo, existe um planejador que planejou o universo, ou seja, Deus. Os ateus Stephen Jay Gould (The Pandas Thumb) e Richard Dawkins (The Blind Watchmaker), tm tentado mostrar que o universo tem exemplos de desordem inconsistente com o planejamento. Por outro lado, o fsico Hugh Ross (The Fingerprint of God, The Creator and the Cosmos), argumenta que muitos cientistas esto admitindo a existncia de Deus porque a evidncia muito forte. A forma clssica do argumento foi de William Paley, que disse que ao achar um relgio no campo, ningum imaginaria que passou a existir l por acaso. Todo mundo diria que deve existir um relojoeiro. O problema que essa analogia no funciona no caso do universo. Nossa experincia com relgios e relojoeiros nos mostra que o relgio tem um criador, mas no temos nenhuma experincia emprica que indica que o universo tem que ter um planejador. Talvez Kant
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estivesse certo quando disse que a ordem do universo no existe em si, mas a mente humana que impe uma estrutura nele. A existncia da ordem uma questo de interpretao, mas um ser finito (o ser humano) no pode ter uma interpretao compreensiva do universo. Tambm ele no pode transcender o universo para ver se existe um planejador do lado de fora dele. Para ter certeza de que o universo foi planejado, ele teria que ter uma interpretao exaustiva do universo, ou seja, ele teria que ser infinito. Mas ele no . Da, o ser humano finito precisa da interpretao de um Ser infinito para entender o planejamento do universo. Portanto, o planejamento aparente em si no uma prova da existncia de Deus, embora seja muito mais consistente com os pressupostos do cristianismo do que os do atesmo. Por exemplo, Hugh Ross cita os clculos do biofsico Harold Morowitz a respeito da dificuldade da origem da vida por acaso. Segundo Morowitz, se todos os elementos de uma clula viva estivessem num s lugar, a probabilidade, nas melhores condies, de eles se tornarem uma clula viva seria uma em 10100,000,000,000 (The Creator and the Cosmos, p. 139) II. O argumento transcendental. O argumento transcendental pergunta quais so as condies necessrias para justificar a possibilidade do conhecimento. Ele pressupe a existncia de Deus e na base deste pressuposto mostra que Deus a condio necessria para explicar e justificar o conhecimento. O lado negativo desse argumento aceitar, por fora do argumento, a posio do incrdulo, e mostrar que essa posio implica a destruio de todo o conhecimento, propsito e moralidade. A posio do no-crente termina no abismo. Qualquer interpretao do universo finito que tenha a sua origem dentro do universo finito ser sempre limitada. Existem muitas interpretaes finitas entre os filsofos, cientistas e outros. Todas essas interpretaes so opinies de seres finitos, mas quem vai determinar qual a melhor? Para ter conhecimento da realidade o homem precisa de uma interpretao do universo fundamentado no conhecimento infinito. A nica fonte possvel uma revelao de um Ser infinito. O lado positivo do argumento transcendental demonstrar que os pressupostos da cosmoviso crist so suficientes para satisfazer as necessidades intelectuais, ticas e prticas do ser humano finito. Veremos isso na discusso da veracidade da Bblia.

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Apologtica IX Como posso saber que a Bblia a Palavra de Deus? I. A questo bsica - A pergunta fundamental ao falar com o incrdulo sobre a Bblia a base da autoridade ou a localidade do ulterior. Portanto, antes de falar com ele sobre a veracidade da Bblia, preciso colocar diante dele o desafio que ele necessariamente vai enfrentar ao rejeitar a Bblia. Na realidade, a pergunta no : Como voc (o crente) sabe que a Bblia verdadeira? A pergunta : Como voc (o incrdulo) sabe que ela no verdadeira? Conforme as duas religies das quais j tratamos em Gn 3, s existem duas atitudes acerca da Bblia. A primeira pressupe que toda a realidade deva ser interpretada luz da Bblia porque ela a inerrante palavra de Deus. A segunda atitude nega que a Bblia seja digna de confiana. Portanto, o padro para a interpretao do mundo seria localizado no mundo em si (Ser em geral). Um bom mtodo examinar as duas posies para saber as suas concluses. Qual seria o resultado? Primeiro vamos investigar o pressuposto da inerrncia da Bblia. II. A base da autoridade - A Bblia declara a sua autoridade. Hoje em dia h muitos, at alguns evanglicos, que alegam que a Bblia no declara a sua prpria inerrncia. Mas ao contrrio, a Bblia afirma com muita fora a doutrina da inerrncia da palavra de Deus. Veja os versculos seguintes: Sl. 19:7-11 - perfeito; Sl. 119:89 preservado no cu; Sl. 119: 144 - a verdade; Mt. 4:4as palavras da boca de Deus; Lc. 1:4 - infalvel; Jo 10:35, 2 Tm. 2:13 - no tem contradies; 2Tm. 3:16-17 - a fonte dela Deus, literalmente a Bblia respirada por Deus; 2Pd. 1:20-21 no um produto da vontade humana, mas de Deus. A doutrina da inerrncia o ensino da Bblia sobre a sua prpria natureza de que tudo que a Bblia afirma como verdade, verdadeiro, quer na rea da histria, quer nos fatos da natureza (cincia), quer na religio . O ensino de Jesus - Em Mt. 5:17-18 a Bblia nos d a opinio de Jesus acerca da veracidade da palavra de Deus: No penseis que vim destruir a lei ou os profetas; no vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, at que o cu e a terra passem, de modo nenhum passar da lei um s i ou um s til, at que tudo seja cumprido.
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A afirmao da Lei que dada no verso 18 uma afirmao forte da inerrncia da Bblia. A palavra lei pode funcionar como uma palavra tcnica que descreve a Lei de Moiss e tambm como uma referncia ao Velho Testamento, num sentido mais geral. Nesse ltimo, subentende-se que o Velho Testamento perfeito. Isso quer dizer que todas as proposies afirmadas no Velho Testamento so verdadeiras. Desde que elas so verdadeiras, o VT inteiro inerrante. A importncia dessa afirmao de Jesus no pode ser subestimada. O ser humano finito precisa de um ponto de referncia fora de si, para interpretar o mundo. Esse ponto de referncia Deus. Mas s conhecemos esse ponto de referncia, Deus, mediante a Sua revelao. A Bblia, portanto, foi dada para ser o ponto de referncia final para a interpretao do mundo. III. O cnon - Como ns sabemos que a Bblia tem os livros certos? A. O Velho Testamento - Os livros do VT j eram aceitos pelos judeus antes do tempo de Jesus. Eles eram classificados em trs divises: 1) A Lei - Gnesis, xodo, Levtico, Nmeros, Deuteronmio; 2) os Profetas - Josu, Juzes, Samuel, Reis, Isaas, Jeremias, Ezequiel, Os Doze; e 3) Os Escritos - Salmos, Provrbios, J, Cntico dos Cnticos, Rute, Lamentaes, Ester, Eclesiastes; Daniel, Esdras-Neemias, Crnicas. O VT de Jesus era igual ao VT que temos hoje. Jesus declarou todos esses livros como a escritura cannica em Lucas 24:44: So estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moiss, nos profetas e nos Salmos. Os Escritos eram chamados pelo nome do livro maior, os Salmos. Se ainda existe dvida, veja as palavras de Jesus em Lucas 11:51: desde o sangue de Abel at ao de Zacarias. Jesus citou o primeiro e o ltimo livro no VT, segundo a ordem dos livros na Bblia hebraica, dando a autoridade dEle ao inteiro contedo do VT. B. O Novo Testamento - O testemunho dos pais da Igreja mostra que os livros do VT e do NT eram reconhecidos como escritura pela maior parte da Igreja desde os dias dos apstolos. Pedro afirmou que as cartas de Paulo eram escritura (2 Pd. 3:15-16). Policarpo (um discpulo de Joo), Clemente, e Justino Mrtir, no sculo seguinte, aceitavam os livros do VT e do NT como Escritura. A necessidade de definir o cnon surgiu porque vrios hereges, como Marcio (140 A. D.), comearam a propagar alternativas. Desde que existiam livros esprios, os lderes da igreja decidiram publicar uma lista dos livros reconhecidos pela Igreja inteira. importante saber que o propsito era somente aceitar os livros que no poderiam ser excludos. Nas palavras de F. F. Bruce: quando finalmente um Conclio da Igreja - o Snodo de Hipona (393 A. D.) - elaborou uma lista dos vinte e sete livros do Novo Testamento, no lhes conferiu qualquer autoridade que j no possussem, mas simplesmente registrou a canonicidade previamente estabelecida. Para no ser excludo do cnon um livro tinha que ter a autoridade dos apstolos. Somente sete dos livros foram questionados: Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 Joo, Judas e Apocalipse. Eles no poderiam ser excludos porque eles vieram dos apstolos ou do crculo deles. IV. A integridade do texto da Bblia - A Bblia foi mudada? Uma acusao comum contra a Bblia que ela foi mudada, por acidente ou de propsito, e portanto, no possvel confiar nela. Os adeptos da Nova Era declaram que a Bblia foi mudada para tirar os ensinos sobre a reencarnao, que eles insistem estavam contidos nos manuscritos originais. O que diz a evidncia?

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A. O VT - Antes do descobrimento dos Rolos do Mar Morto, o mais antigo manuscrito do VT com o texto hebraico completo tinha uma data do dcimo sculo (900 A. D.). Um exemplo da preciso do processo de copiar os manuscritos que o manuscrito de Isaas (100 a. C.) nos Rolos do Mar Morto corresponde quase exatamente ao texto massortico de Isaas (916 A. D.). As diferenas so apenas questes de ortografia e no do sentido do texto. Os massoretas (quem copiava o texto) eram fanticos em relao fidelidade da preservao do texto. Eles tinham regras estritas sobre como copiar, inclusive contar cada palavra e cada letra da cpia para verificar se os nmeros correspondiam ao original. B. O NT - Nosso conhecimento da histria antiga fundamentado nas obras de vrios autores cujos livros sobreviveram em poucos manuscritos. Ex. - Csar - org. 100 - 44 a. C., nmero de manuscritos que temos hoje 10, cpia mais antiga 900 A. D.; Plato - 427-347 a. C., 7 manuscritos, cpia mais antiga 900 d.C.; Tcito - 100 d.C.; 20 manuscritos; cpia mais antiga 1100 d.C.; Aristteles 384-322 a. C, 49 manuscritos, cpia mais antiga 1100 d.C. No h historiador algum que questione a preservao desses documentos. Compare esses com os manuscritos do Novo Testamento. NT - 40-100 d.C., 24.000 manuscritos (5.300+ grego, 10.000+ Vulgata Latina, 9.300+ outras verses), cpia mais antiga 125 d.C. (fragmentos) 350 d.C. - NT inteiro. Os eruditos no estudo do NT concordam que dentre as variaes encontradas nos manuscritos nenhuma delas afeta o sentido do texto. Geisler e Nix estimam que menos de 2% do texto sejam passveis de dvida. Na opinio de Hort, a parte do texto em dvida no chega a 0,1%. O texto grego do NT que temos hoje virtualmente igual ao original. Concluso: Se algum rejeitar a integridade do texto do NT, ele ter que tambm rejeitar o testemunho inteiro da histria antiga. V. Vimos que a Bblia declara a sua inerrncia e que ela tem sido preservada durante as pocas da histria. Mas s isso no comprova que ela nem fidedigna nem a verdadeira Palavra de Deus. Que evidncia existe para apoiar a noo de que a Bblia o nico livro revelado por Deus? A. A Bblia concorda com os fatos? Podemos usar a prova emprica para verificar a veracidade da Bblia. 1. A evidncia da arqueologia - Josh McDowell mostra que os estudiosos reconhecem a veracidade da Bblia como um documento histrico por causa dos descobrimentos do sculo 20 no campo da arqueologia. Exemplos - VT - Desde 1974, 17.000 tabletes da cidade antiga de Ebla tm sido descobertos. Ebla era uma cidade do norte da Sria, que foi destruda em 2250 a.C. Duas crticas comuns contra o VT eram que durante a poca de Moiss (1400 a.C.) no existiam lnguas escritas e que a lei de Moses era mais desenvolvida do que seria possvel naquela poca. A biblioteca de Ebla revela que lnguas escritas existiam pelo menos mil anos antes de Moiss, e que a cidade de Ebla tinha uma lei bem avanada. NT - O arquelogo, Sir William Ramsey, comeou sua obra convencido de que as teorias dos liberais sobre o livro de Atos, que afirmavam que ele foi escrito no sculo 2 eram certas. Ele acreditava que o livro no era fidedigno como um guia da histria da igreja primitiva. Aps pesquisar muitos anos, ele mudou totalmente de opinio. Ele concluiu: ...em inmeros detalhes, a narrativa revela ser maravilhosamente verdadeira. (citado por McDowell, p. 89).

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2. A evidncia da profecia cumprida - A Bblia tem muitas profecias detalhadas. Muitas delas fazem referncia a lugares especficos. Portanto, podemos comparar as profecias com a histria que se seguiu, para verificar se as profecias foram cumpridas. Exemplo: (veja McDowell, p. 379). Babilnia: a) ser como Sodoma e Gomorra (Is 13:19); b) jamais ser habitada de novo (Jr 51:26; Is 13:20); c) ali os rabes no armaro tendas (Is 13:20); d) l no haver rebanhos de ovelhas (Is 13:21); e) no se usam as pedras das runas para construir outras coisas (Jr 51:43); f) estar coberta de pntanos (Is 14:23). Babilnia era uma cidade grande e poderosa. Mas a cidade foi capturada por Ciro (veja Dn 8) e depois de uma srie de guerras a cidade ficou to prejudicada que o custo de a reconstruir era maior do que construir uma nova cidade. Isso foi feito 60 km. ao norte e Babilnia tornou-se um deserto. Hoje ainda um lugar sem habitantes a no ser animais selvagens. Ento a cidade foi destruda e abandonada como Sodoma e Gomorra. Ela jamais foi habitada de novo, nem por rabes nas tendas, que chamam o lugar de o deserto das guas, porque os rios transbordaram e o lugar se tornou um pntano. Todas as profecias foram cumpridas. A probabilidade disso tem sido calculada em 1 em 5x10 9, ou seja uma vez em 5.000.000.000. Em outras palavras, a probabilidade praticamente zero. Os exemplos podem ser acrescentados: Tiro (Ez 26), Sidom (Ez 28), Gaza (Am 1, Jr 47, Sf 2), Moabe (Ez 25). A probabilidade que todas essas profecias e as demais no VT fossem cumpridas to pequena que um absurdo supor que os cumprimentos tenham acontecido por acaso. B. A Bblia consistente consigo? No existem problemas e contradies? Geralmente as assim chamadas contradies na Bblia podem ser resolvidas facilmente com uma melhor anlise do contexto bblico, histrico, e cultural da passagem. Dois livros, o Manual Popular de dvidas, enigmas e "contradies" da Bblia, de Norman Geisler e Thomas Howe (So Paulo: Mundo Cristo, 1999) e Enciclopdia de Dificuldades Bblicas, de Gleason Archer (So Paulo: Vida, 1998), mostram que existem respostas razoveis aos problemas da Bblia. Alm disso, a histria da pesquisa bblica mostra que muitas dificuldades tm sido resolvidas atravs de novas informaes. luz disso melhor apostar na Bblia e no contra ela. VI. A Bblia e as grandes perguntas - A Bblia o nico alicerce que funciona para sustentar a possibilidade do conhecimento. O problema o que a autoridade ulterior? - A pergunta fundamental ao falar com o incrdulo sobre a Bblia : qual a autoridade final na rea do conhecimento (epistemologia)? Portanto, antes de falar com ele sobre a veracidade da Bblia, preciso colocar diante dele o desafio que ele necessariamente vai enfrentar ao rejeitar a Bblia. Na realidade, a pergunta no : Como voc (crente) sabe que a Bblia verdadeira? A pergunta: Como voc (incrdulo) sabe que tem conhecimento de qualquer coisa? No sistema cristo, a Bblia a base do todo o conhecimento. Se o incrdulo rejeitar a Bblia como base do conhecimento, ele estar obrigado a providenciar uma teoria que estabelea uma outra base. Se ele no tiver uma teoria vlida do conhecimento, ele no ter uma base ou um padro para julgar a veracidade da Bblia. Por isso, quando o incrdulo nega a veracidade da Bblia, o crente tem o direito de exigir que ele produza uma teoria alternativa. Se ele no conseguir, ele no ter direito algum em criticar o crente. Destarte, no incio da conversa o crente deve abrir a discusso para que ela inclua os dois lados. O problema de quem nega que Deus tenha dado uma revelao inerrante na Bblia que ele ficar sem um ponto de referncia para o conhecimento que transcende o universo finito e contingente. Ele aceita com o filsofo grego Strato de Lamcisus, que os princpios para interpretar o mundo existem no mundo em si. Mas o mundo em si admitido pelo incrdulo
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como sendo um resultado de processos controlados pelo acaso. O universo enfrenta o homem como uma coleo de fatos brutos e sem interpretao prvia. Mas num universo assim, nenhum fato seria relacionado com outro. Qualquer ponto de referncia derivado de dentro do universo finito, seria finito e relativo tambm. No existiria interpretao alguma que fosse objetiva e compreensiva. De fato, toda interpretao seria apenas a opinio subjetiva do intrprete. Pior ainda, se tudo fosse o resultado do acaso, ento no seria possvel identificar fato algum. Todos os fatos seriam somente acontecimentos ao acaso. Sem uma unidade no seria possvel, portanto, distinguir um fato de outro. Todos os fatos ficariam perdidos num abismo de puro acaso. Por outro lado, quando o incrdulo tenta unir os fatos pela negao de que os muitos so ulteriores, ele ainda perde os fatos numa unidade absoluta, porque se o mundo s fosse um, ento os muitos no existiriam. A concluso desse exerccio desagradvel que a partir do mundo s, no h possibilidade para justificar o conhecimento. Parece que sem um ponto de referncia inerrante, que venha de fora do universo finito, o ser humano tem que viver num universo sem sentido, sem conhecimento e sem significado.

Apologtica X Quem Jesus Cristo? I. A identidade de Jesus Cristo a pergunta mais importante que o incrdulo enfrenta. Ele tem que fazer uma deciso a respeito do seu relacionamento para com a pessoa de Jesus Cristo. Para ser salvo ele tem que entender quem Jesus. Todas as religies tm os seus fundadores e grandes lderes. Todos so iguais? Se no, ento, quais so as diferenas? II. A identidade de Jesus segundo o prprio Jesus. Jesus declarou a sua prpria divindade. Muitos telogos liberais negam que Jesus disse que Ele mesmo era Deus. Esses telogos tambm negam a fidedignidade da Bblia como um documento histrico, apesar da evidncia que j citamos anteriormente. Eles fazem isso porque eles tm um preconceito filosfico que diz que milagres so impossveis. Qualquer documento que relata milagres automaticamente classificado como mito. Comeam o estudo sobre Jesus com as mentes fechadas por causa do dogma filosfico deles. Os adeptos da Nova Era aceitam as declaraes de Jesus mas eles fazem uma reinterpretao e chegam concluso que Jesus era um grande guru. Eles aceitam que Ele era Deus mas falam que todos ns somos deuses iguais a Ele. A. Jesus era judeu. muito importante lembrar o contexto judaico de Jesus. Ele gastou a vida dEle inteira vivendo como judeu no meio dos judeus. Ele aceitou a cosmoviso do VT. Portanto, quando Ele falava em Deus sempre estava fazendo referncia ao Deus do VT. Quer dizer, o Deus
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de Jesus era o Deus pessoal e distinto da criao e no o Deus do pantesmo dos hindus. B. Declaraes de Jesus: Mc 14:61-64 - Jesus foi condenado porque Ele declarou a sua divindade. Jo 10:30-33. Jo 8:24; 58 - Jesus usou para si mesmo o nome de Deus, que foi revelado a Moiss no VT (x 3:14). Mt 8:2 - Jesus aceitou louvor e adorao. C. Explicaes - Muitas pessoas, que no aceitam a divindade de Jesus, acreditam que Ele foi um grande homem, com muita sabedoria. Mas esta atitude impossvel luz dos fatos. Se Jesus no era Deus, ento s h duas possibilidades; Ele era fraudulento e mentiroso ou era luntico. Mas quase ningum faz essas acusaes contra Ele porque fcil ver, mesmo atravs duma leitura superficial dos evangelhos, que Jesus era uma pessoa com uma tica pessoal do mais alto padro e que tambm Ele no agiu como um louco. Ento, a concluso de que Ele realmente era Deus inevitvel para quem estuda o assunto objetivamente. III. A ressurreio e outros milagres. Entre as provas mais fortes da divindade de Jesus esto os seus milagres. E dentre os milagres, a ressurreio o mais importante. Se podemos aceitar a ressurreio de Jesus dentre os mortos, ento fcil aceitar os outros milagres. Por isso, a historicidade da ressurreio atacada violentamente pelos incrdulos. Qualquer teoria acerca dos eventos do terceiro dia aps a morte de Cristo tem que explicar trs linhas de evidncia. 1) O tmulo vazio. 2) As aparies de Jesus a mais de 500 pessoas. 3) A mudana dos discpulos e o fato que eles acreditavam que Jesus estava vivo. Isso especialmente difcil de se explicar uma vez que eles ficaram apavorados e derrotados depois que Jesus foi morto. Apologtica XI O Problema do Mal Uma objeo que quase sempre surge, quando se prega o evangelho, o problema do mal. Se Deus bom, por que existe o mal? Esse problema no simplesmente uma questo intelectual, porque todo mundo ter a experincia da dor e do sofrimento, inclusive os crentes. Ao responder a essa questo, portanto, preciso abordar tanto as situaes pastorais quanto s dificuldades intelectuais. Realmente, impossvel separar as duas respostas. I. O problema: Geisler e Feinberg no seu livro, Introduo Filosofia, descrevem o problema assim: (1) Se Deus totalmente bom, destruir o mal (2) Se Deus onipotente, pode destruir o mal (3) Mas o mal no est destrudo (4) Logo, no h um Deus totalmente bom, onipotente A nvel prtico podemos dizer: (1) Um Deus totalmente bom no permitiria crianas inocentes sofrerem e morrerem (2) Um Deus onipotente pode evitar o sofrimento das crianas inocentes (3) Crianas inocentes sofrem (4) Deus no bom ou no onipotente, ou Deus no existe O incrdulo usa esses argumentos, portanto, para negar a existncia de Deus.
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II. Pressupostos - Muitas vezes o problema no a questo em si, mas os pressupostos ulteriores. A objeo supra tem dois problemas. A. Se o problema fosse resolvido mediante a negao da existncia de Deus, ento no seria possvel falar sobre o que o bem e o mal objetivamente. Se s existisse o mundo fsico, da matria e da energia, a realidade bsica seria impessoal. Mas num universo impessoal, no existe uma pessoa infinita, um referencial absoluto e pessoal. Quer dizer, todas as pessoas que existem so finitas. Agora, os conceitos do bem e do mal so interpretaes do mundo feitas por seres pessoais que podem refletir e pensar. O bem e o mal no podem existir na matria e na energia cruas. Portanto, sem um ser infinito e pessoal, as idias do bem e do mal seriam reduzidas a apenas opinies e preferncias dos vrios seres finitos que existem no universo. A declarao, errado matar uma pessoa, seria igual expresso eu no gosto de espinafre. Portanto, o problema do mal um problema cristo, porque fora do cristianismo, no possvel saber o que o bem e o mal. B. A colocao do problema anterior pressupe que existe um padro do sumo bem que seja ulterior ao prprio Deus. Noutras palavras, a proposio 1 pressupe que existe um padro do bom que Deus obrigado a obedecer e que esse padro diz que sempre errado permitir ao mal existir. Podemos resolver o problema filosfico por negar a primeira proposio. Isso possvel porque o pressuposto bsico do tesmo cristo que o prprio Deus o ponto de referncia final para qualquer predicao, inclusive todas as proposies ticas. No h padro algum mais ltimo do que Deus. Ele mesmo o padro ltimo do bem e do mal. Ento o que ele fizer bom, simplesmente porque Ele quem o faz. Ponto final. Destarte, um bem positivo que Deus permite ao mal existir, mesmo que eu no saiba e no entenda as razes que Ele tem. Se eu no gosto do que Ele faz, meu problema. O ser humano no competente para julgar a Deus. Em vez de impor meus padres a Deus, eu preciso me submeter a Ele. III. A resposta pastoral - De incio necessrio entender que enquanto a Bblia nos d esperana no meio do sofrimento da vida, ela no fala sobre tudo o que Deus est fazendo, nem no mundo nem em nossas prprias vidas. Enfim, o plano de Deus impenetrvel para ns. Pelo menos, antes de chegar ao cu, h muita coisa que ns no entenderemos. Talvez nesta vida agora no tenhamos a capacidade de entender. Mas se ns no entendemos essas coisas, ento de onde vem a esperana que Deus nos prometeu? fundamentada no carter de Deus. H trs aspectos do carter de Deus que so especialmente importantes para entender. Estes so a soberania de Deus, a justia de Deus, e o amor de Deus. A Soberania de Deus - Deus totalmente soberano sobre todas as coisas que acontecem. Deus tem um plano para a histria e Ele est realizando esse plano no universo que Ele criou. Isso quer dizer, no fim, nada acontece fora do plano de Deus. Mesmo que muitas coisas que Deus condena aconteam, essas coisas no acontecem por acaso, nem fora do controle de Deus. Deus permite o mal e o pecado existirem enquanto ele dirige tudo para realizar os Seus planos. Isso inclui tambm as aes de Satans, como se verifica na histria de J. Enquanto o crente nem sempre sabe porque ele est sofrendo, ele pode ter certeza de que o sofrimento no vem porque Deus fraco demais para fazer alguma coisa. O crente pode sempre descansar no conhecimento de que ele no como um navio numa tempestade no mar, batido em toda direo pelo vento fora de controle. Ele est nas mos de Deus.
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Deus Justo - Deus o padro de justia. Por definio todas as coisas que Deus faz so justas. Como Paulo escreveu, ningum tem o direito de reclamar contra ele. Ele tem o direito de fazer o que quiser com as criaturas dEle (Rm. 9:20-21). Ento ns no temos o direito de exigir que Deus aja da maneira mais justa para conosco, porque ele j est fazendo o que justo. Realmente, se Ele tivesse feito o que era justo para conosco, ns j estaramos no inferno. Ns precisamos ter a humildade de reconhecer que a nica coisa que ns merecemos dEle sermos condenados. O Amor de Deus - Alm de ser o soberano que tem o direito de fazer o que quiser, Deus tambm amor. Ele no faz as coisas arbitrariamente. As coisas que Ele faz so motivadas pelo amor que Ele tem por seu povo. por isso que Paulo tambm escreveu que m todas as coisas Deus trabalha para o bem daqueles que o amam(Rm. 8:28). O amor de Deus to grande que Ele mesmo se tornou homem, sofreu a dor deste mundo e morreu na cruz para nos salvar. Deus no ficou no cu, olhando nossa dor. Ele mesmo sofreu conosco. Ele entende nossa dor por experincia. Podemos falar com Ele e receber o conforto dEle. Alm disso, o plano dEle fazer algo de ns que muito alm do que ns podemos imaginar. Nosso sofrimento nos ajuda a nos tornarmos mais maduros. Ento, ns sabemos que o sofrimento desta vida vale a pena. Um outro princpio que a Bblia ensina que, no fim, Deus acabar com o mal de uma vez. Ento, como Geisler e Feinberg dizem, podemos modificar os argumentos supra assim: (1) Se Deus totalmente bom, derrotar o mal (2) Se Deus onipotente, pode derrotar o mal (3) O mal ainda no est derrotado (4) Logo, o mal ser derrotado um dia

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