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REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Luiz Incio Lula da Silva

Presidente da Repblica

ABETA

CIP PRODUES
Projeto Grfico e Editorial

MINISTRIO DO TURISMO Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho

Ministro do Turismo

Gustavo Timo Raquel Mller

Coordenador Geral

Nena Oliveira
Coordenao

Secretrio Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo

Frederico Silva da Costa

Coordenadora de Qualificao

Diretora do Departamento de Qualificao e Certificao e de Produo Associada ao Turismo

Francisca Regina Magalhes Cavalcante Luciano Paixo Costa

Alvaro Barros Julia Castro Leonardo Roenick

Equipe Executiva

Jussara Boscolo Victor Oliveira

Atendimento

Leonardo Martins Ricardo Campelo

Design

Coordenador-Geral de Qualificao e Certificao

Daniel Spinelli ASSOCIAO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE ECOTURISMO E TURISMO DE AVENTURA ABETA Jean-Claude Marc Razel
Presidente Conteudista

Daniel Lyrio
Finalizao

Daniel Spinelli
Vice-Presidente

Eduardo Coelho Gelderson Pinheiro Israel Waligora Patrick Muller

Diretoria

Denilson de Lima Fernando Jorge Buso Massimo Desiati Otto Hassler Paulo Spinelli Thomas Schrner
Colaborao

Eli Borges
Produo

Eneida Santana
Reviso

FOTOS | ILUSTRAES

Massimo Desiati
Reviso

Srgio Beck M294 Manual de boas prticas de rafting / ABETA e Ministrio do Turismo. Belo Horizonte: Ed. dos autores, 2009. 68 p. (Srie Aventura Segura) ISBN: 978-85-62714-09-2 1. Turismo de aventura. 2. Rafting. I. Associao Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura. II. Ministrio do Turismo. CDD: 338.4791 CDU: 380.8

Edio Tcnica

Alex Ribondi Alvaro Barros Carlos Zaith Felipe Arago Jr. Guto Merkle Ion David Joo Carlos Ramalho Jr. Marcelo Skaf Massimo Desisti Mauro Dal Posso Rafael Marques Roberto Pires Robson Nunes Samuel Berger Thomas Schrner William Leo

Bibliotecria responsvel: Maria Aparecida Costa Duarte CRB/6 1047

mudana de comportamento dos turistas, que hoje buscam novas experincias aliadas ao contato com a natureza, fez crescer significativamente a oferta de produtos de Turismo de Aventura e Ecoturismo. Esse aumento, associado ao crescimento da demanda nacional e internacional por tais experincias, levou o Ministrio do Turismo a considerar o Turismo de Aventura (TA) um segmento prioritrio para investimentos em organizao e estruturao da atividade. Melhorar a qualidade, a segurana e a competitividade dos profissionais e empresas do segmento so os objetivos do Programa Aventura Segura, iniciativa do Ministrio do Turismo em parceria institucional com o SEBRAE Nacional e executado pela ABETA Associao Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (TA). O Programa abrange um conjunto de aes de fortalecimento institucional, gerao e disseminao de conhecimento, qualificao de pessoas e empresas, subsdio certificao para condutores e empresas e formao de grupos voluntrios de busca e salvamento (GVBS), alm de iniciativas de fortalecimento da responsabilidade socioambiental e de uma campanha de conscientizao do consumidor. A implementao do Programa Aventura Segura vem proporcionando uma transformao profunda e abrangente nos destinos, empresas e profissionais de Turismo de Aventura e Natureza do pas, quer seja na conscincia do trabalho que desempenham, quer seja na qualidade do servio que oferecem. O Programa, iniciado em dezembro de 2005 e em curso no momento da publicao destes manuais, em maro de 2008, qualificou milhares de pessoas, envolveu centenas de empresas e foi a semente e o propulsor de uma nova cultura de qualidade, segurana e gesto no Turismo de Aventura. O conjunto de Manuais de Boas Prticas que o programa apresenta uma das principais etapas da meta de gerao e disseminao de conhecimento no setor. Esses documentos representam uma iniciativa pioneira na forma de abordar, organizar e formalizar o conhecimento relacionado gesto empresarial e tcnica dos empreendimentos e negcios de Turismo de Aventura no Brasil. Os manuais so ainda uma conquista das empresas, dos profissionais e de todos os tcnicos que trabalharam para construir e organizar o conhecimento disponvel sobre Turismo de Aventura no Brasil e no mundo, desde o incio das atividades dos Grupos de Trabalho na ABETA, passando pelo processo de normalizao e pela definio das boas prticas empresariais e tcnicas para o segmento. Eles fazem parte da estratgia do Ministrio do Turismo, do SEBRAE Nacional e da ABETA de realizar aes que tenham capacidade de transformar a realidade atravs do acesso ao conhecimento e informao. O Programa Aventura Segura mostrou que o Turismo de Aventura e Natureza, quando bem executado e gerido por todos os atores (pblicos e privados) envolvidos, tem a capacidade de ser um vetor de desenvolvimento sustentvel dos territrios/destinos. Isso ocorre por meio da organizao social e institucional, do envolvimento da comunidade, da capacidade de liderana da iniciativa privada e, por consequncia, da gerao de emprego e renda que as aes propiciam. Esperamos que estes manuais se tornem uma contribuio para que o Turismo de Aventura e Natureza seja, mais do que j foi citado, um vetor de desenvolvimento do bem, com nfase na conservao da natureza e em atividades prazerosas e igualmente responsveis e seguras , fazendo empresrios, profissionais e turistas felizes.

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Foram elaborados 10 Manuais de Boas Prticas, nos seguintes temas relacionados ao Turismo de Aventura: 1. Gesto Empresarial 2. Sistema de Gesto da Segurana ABNT NBR 15331 3. Competncias Mnimas do Condutor ABNT NBR 15285 4. Arvorismo 5. Caminhada e Caminhada de Longo Curso 6. Canionismo e Cachoeirismo 7. Escalada 8. Espeleoturismo 9. Fora-de-estrada 10. Rafting les foram produzidos como documentos informativos, precisos do ponto de vista empresarial e tcnico, de agradvel leitura e fcil entendimento para os profissionais do Turismo de Aventura no Brasil. Tambm pretendem ser referncia permanente de leitura para seu pblico-alvo, ref letindo o melhor do conhecimento e da experincia do segmento hoje no pas; documentos que traduzem a personalidade dos melhores profissionais do setor, em edies tcnica e graficamente cuidadosas e especiais. Os Manuais de Boas Prticas que voc est recebendo so resultado do Programa Aventura Segura, um desafio e uma oportunidade de criar referncia e marcar a histria do desenvolvimento do segmento no Brasil. Foram formulados a partir de aes iniciadas em Grupos de Trabalho GTs, formados no mbito da ABETA. Esses GTs se configuraram na primeira iniciativa de organizao do conhecimento e das prticas que eram realizadas pelas empresas de Turismo de Aventura no Brasil. O contedo tcnico organizado por tais grupos foi tambm a base de desenvolvimento das normas de Turismo de Aventura, elaboradas no mbito da ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Os manuais tm como desafio avanar sobre o contedo das normas, fazendo uma espcie de traduo da linguagem formal que as caracteriza e trazendo, ainda, referncias e informaes a partir de uma abordagem de gesto empresarial do negcio Turismo de Aventura e Natureza. Essa demanda foi identificada pela carncia de literatura, no pas, que trate do tema empresarial relacionado gesto do Turismo de Aventura e Natureza. Foram convidados a participar da elaborao desses documentos especialistas, empresrios e alguns dos melhores profissionais do segmento. Eles dividiram seus conhecimentos e agregaram seus pontos de vista para que o contedo pudesse expressar a diversidade e a complexidade do negcio Turismo de Aventura e Natureza. Consideramos que o desafio foi cumprido, com a conscincia de que sempre preciso aprimorar esse trabalho e de que as prximas edies sero melhores. O que se apresenta aqui um conjunto de conhecimento e informao aplicado, preciso e indito em nossa rea. A Associao Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA) a referncia nacional de organizao empresarial nos segmentos de Ecoturismo, Turismo de Aventura e Natureza. Sua misso tornar essas atividades viveis econmica, social e ambientalmente, visando, principalmente, satisfao de seus clientes. Entre os seus associados, esto operadoras, meios de hospedagem, atrativos organizados e empresas de treinamento em atividades de aventura e natureza. A entidade rene mais de 230 associados, que so as principais empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura do pas. A ABETA responsvel pela gesto e execuo do Programa Aventura Segura, em parceria com SEBRAE Nacional e Ministrio do Turismo. A definio dos temas dos manuais foi baseada na relevncia dos assuntos para todo o segmento de Turismo de Aventura de maneira transversal. Isso explica os manuais sobre Gesto Empresarial, Gesto da Segurana e Competncias Mnimas do Condutor os dois ltimos baseados nas normas tcnicas mais importantes para o Turismo de Aventura. Tambm levou-se em conta as atividades mais oferecidas e praticadas no Brasil. Os trs manuais transversais seguiro uma orientao especfica do tema e das normas tcnicas que abordam. Os outros tm uma orientao de abordagem comum relacionada aos aspectos empresariais, tcnicos, de segurana, socioambientais e sobre as normas existentes.

Boa leitura!
Para crticas, sugestes e elogios

abeta@abeta.com.br

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ABNT NBR 15398 Turismo de Aventura Condutores de caminhada de longo curso Competncias de pessoal Publicada em 25/Set/2006 ABNT NBR 15399 Turismo de Aventura Condutores de espeleoturismo de aventura Competncias de pessoal Publicada em 30/Out/2006 Grupo de Trabalho de Rafting atua atravs de uma lista de discusso, que iniciativa voluntria para organizao, desenvolvimento de normas e diretrizes do rafting como atividade turstica de aventura. Esta lista de discusso tem como objetivo fortalecer as ideias e os interesses comuns dos empresrios e profissionais atuantes na atividade turstica de rafting, buscando solues para o desenvolvimento do mercado de forma profissional, com qualidade, segurana e sustentabilidade. Todas as mensagens devem tratar sobre assuntos que sejam pertinentes a organizao e desenvolvimento do Rafting no Brasil. Os participantes da lista devem obrigatoriamente ser empresrios, profissionais, representantes de entidades esportivas, esportistas, fabricantes e comerciantes de equipamentos, ou instrutores de cursos tcnicos da rea comercial ou esportiva relacionada atividade de rafting. Tambm podem participar representantes do Poder Pblico, gestores de Unidades de Conservao e representantes de organizaes do terceiro setor, que tenham interesse no tema proposto. Para participar, envie um email com seus dados e de sua empresa, solicitando a incluso para abeta@abeta.com.br ABNT NBR 15400 Turismo de Aventura Condutores de canionismo e cachoeirismo Competncias de pessoal Publicada em 11/Dez/2006 ABNT NBR 15453 Turismo de Aventura Turismo fora-de-estrada em veculos 4 x 4 ou bugues Requisitos para produto Publicada em 29/Dez/2006 ABNT NBR 15500 Turismo de Aventura Terminologia Publicada em 10/Set/2007 ABNT NBR 15503 Turismo de Aventura Espeleoturismo de aventura Requisitos para produto Publicada em 16/Jun/2008 ABNT NBR 15505-1 Turismo com atividades de caminhada Parte 1: Requisitos para produto Publicada em 18/Fev/2008 ABNT NBR 15505-2 Turismo com atividades de caminhada Parte 2: Classificao de percursos Publicada em 18/Fev/2008 ABNT NBR 15507-1 Turismo equestre Parte 1: Requisitos para produto Publicada em 09/Jun/2008 ABNT NBR 15507-2 Turismo equestre Parte 2: Classificao de percursos Publicada em 09/Jun/2008 ABNT NBR 15509-1 Cicloturismo Parte 1: Requisitos para produto Publicada em 13/Ago/2007 ABNT NBR ISO 24801-1 Servios de mergulho recreativo Requisitos mnimos relativos segurana para o treinamento de mergulhadores autnomos Parte 1: Nvel 1 Mergulhador supervisionado Publicada em 28/Jan/2008 ABNT NBR ISO 24801-2 Servios de mergulho recreativo Requisitos mnimos relativos segurana para o treinamento de mergulhadores autnomos Parte 2: Nvel 2 Mergulhador autnomo Publicada em 28/Jan/2008 ABNT NBR ISO 24801-3 Servios de mergulho recreativo Requisitos mnimos relativos segurana para o treinamento de mergulhadores autnomos Parte 3: Nvel 3 Condutor de mergulho Publicada em 28/Jan/2008 ABNT NBR ISO 24802-1 Servios de mergulho recreativo Requisitos mnimos relativos segurana para o treinamento de instrutores de mergulho autnomo Parte 1: Nvel 1 Publicada em 28/Jan/2008 ABNT NBR ISO 24802-2 Servios de mergulho recreativo Requisitos mnimos relativos segurana para o treinamento de instrutores de mergulho autnomo Parte 2: Nvel 2 Publicada em 28/Jan/2008 ABNT NBR ISO 24803 Servio de mergulho recreativo Requisitos para prestadores de servios de mergulho autnomo recreativo Publicada em 28/Jan/2008

ABNT NBR 15285 Turismo de Aventura Condutores Competncia de pessoal Publicada em 31/Out/2005 ABNT NBR 15286 Turismo de Aventura Informaes mnimas preliminares a clientes Publicada em 31/Out/2005 ABNT NBR 15331 Turismo de Aventura Sistema de Gesto da Segurana Requisitos Publicada em 30/Dez/2005 ABNT NBR 15334 Turismo de Aventura Sistema de Gesto da Segurana Requisitos de competncia para auditores Publicada em 30/Abr/2006 ABNT NBR 15370 Turismo de Aventura Condutores de rafting Competncias de pessoal Publicada em 31/Mai/2006 ABNT NBR 15383 Turismo de Aventura Condutores de turismo fora-de-estrada em veculos 4 x 4 ou bugues Competncias de pessoal Publicada em 24/Jul/2006 ABNT NBR 15397 Turismo de Aventura Condutores de montanhismo e de escalada Competncias de pessoal Publicada em 25/Set/2006

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Grand Canyon realizou a primeira viagem de rafting com finalidade comercial. Durante a 1 e 2 Guerras Mundiais, o exrcito americano ressuscitou os botes de borracha para us-los como botes salvavidas, mas foi s depois da 2 Guerra que o rafting tomou seu grande impulso. Os botes de neoprene excedentes no exrcito, muito similares aos de hoje, encontraram seu caminho nas mos de aventureiros por toda a Amrica do Norte. Nos anos 50, tivemos muita melhora nos equipamentos e a descoberta de novos roteiros, o que atraiu o interesse dos amantes dos rios. Durante os anos 60, tivemos grande evoluo, com uma srie de novos modelos e ideias que deram grande desenvolvimento ao rafting. A partir da dcada de 70, o esporte passou por um perodo de hibernao sem grandes novidades, mas, no incio dos anos 80, modelos primitivos de fundo auto-esvaziante (AE) estavam sendo trabalhados por Vladimir Kovalik, Rafael Gallo, a Companhia Metzler da Alemanha e alguns outros. Trabalhando no conceito de colcho flutuante, Jim Cassady, Randy Shelman e Glenn Lewman criaram o bote com fundo inflvel, costurado aos tubos principais, a cerca de 15 cm da gua, permitindo que a mesma sasse por buracos localizados prximos da costura. A primeira gerao de botes AE foi chamada de SOTAR (State Of The Art Raft), e tanto se popularizaram que hoje muitas empresas oferecem este equipamento. No Brasil, a histria do rafting bem mais recente. Os primeiros botes para corredeira chegaram em 1982, quando foi criada a TY-Y Expedio, primeira empresa de rafting do Brasil, fundada por Carlos Roberto Soares da Silva, o Carlinhos. No incio, operava no rio Paraba do Sul, transferindo depois a operao para o rio Paraibuna, ambos em Trs Rios RJ. Ao final de 1990, comearam a surgir outras empresas e as tcnicas evoluram atravs do intercmbio de remadores da equipe brasileira de canoagem, como Jos Roberto Puppo, Luis Augusto Merkle e Massimo Desiati, que durante as competies internacionais buscavam contatos com empresas de rafting norte-americanas e europeias e trouxeram este conhecimento tcnico e novos equipamentos para o pas, conseguindo assim um salto de qualidade na atividade, que at ento era praticada de forma bem amadora. Hoje o rafting atividade consolidada pelo pas, com cerca de 50 locais para a prtica, sendo metade deles nas regies Sul e Sudeste.

histria do rafting comea em 1842, quando o tenente Jonh Fremont, do exrcito americano, fez suas primeiras expedies usando um bote desenhado por Horace H. Day. O bote era construdo com 4 compartimentos separados de tecido com borracha da ndia e um fundo liso, suspenso e retangular, que o diferenciava de outros barcos. O nome deste bote era Air Army Boats. Fremont usou este bote para descer com certo sucesso corredeiras que teriam destrudo barcos de madeira e tambm virado em corredeiras um pouco fortes para rafteiros de primeira viagem. A primeira viagem registrada, de barco em corredeiras, foi 27 anos depois, em 1869, quando John Wesley Powel organizou a primeira expedio pelo rio Colorado, EUA, usando barcos com remo central. No comeo, os aventureiros no dispunham de nenhuma tcnica para manobrar nas corredeiras seus barcos rgidos e pesados, enfrentando problemas de capotamentos e choques com pedras. Por dcadas depois de Powel, os aventureiros do rio Colorado continuaram a usar os mesmos barcos de madeira e ainda hoje alguns exploradores mantm a tradio, at mesmo remando de costas para as corredeiras. Em 1896, Nataniel Galloway revolucionou as tcnicas de rafting com uma modificao muito simples: colocou o assento do bote virado para frente, possibilitando encarar as corredeiras de frente e facilitando as manobras. Finalmente, em 1909, a Julius Stones

Os remos mergulham na gua, mas sem muita convico. Aprendidos os comandos bsicos, aguardamos pela emoo prometida. De longe nos chega o vago bramido da primeira corredeira. Classe 3 - nos avisa o monitor sentado popa - hoje talvez 4, pelo volume do rio. Enfiando o p entre o fundo e a bisnaga, buscamos maior firmeza dentro do bote. E olhamos uns para os outros, tentando descobrir o que estamos, afinal, fazendo aqui? Graas a Deus, sou o segundo do lado direito - no trocaria de lugar com a menina minha frente, que disse j ter descido este rio umas 3 vezes. Ao grito do condutor, nos preparamos para a descida. E quando a gua frente despenca para dentro do turbilho de espuma, os remos comeam a se agitar freneticamente. Mal escuto os gritos agora distantes do condutor - Direita, r! Direita, r! comigo que ele est falando? Porque sinto at medo de me inclinar demais e ser engolido pela gua barrenta que se levanta quase mais alto do que o bote. Seguro o remo com fora, tentando corresponder aos comandos e remar para trs, mas no sei nem se a p de fato mergulhou nos borrifos. O rio parece um animal com vontade prpria. Vagamente observo um bloco passar pela lateral, em cmera lenta. Acho que todo mundo est berrando - ou ser apenas o eco das paredes ao redor? Mas, depois de um sculo, nos descobrimos flutuando em gua mais calma. Olhando ao redor, para ver se todos esto ainda a bordo, subitamente percebemos que j no somos mais estranhos. Um brado se levanta do rio, enquanto giramos o bote para observar a prxima turma a despencar pelo mesmo penhasco lquido.
Sergio Beck Jornalista

Fazer uma atividade de aventura envolve vrios tipos de emoo. Afinal, estar em contato com a natureza e enfrentando as suas foras, demais! Minha ltima aventura foi um rafting no Rio Ribeira, perto da minha cidade. E foi muito legal! O preparo dos instrutores, que alm de passar segurana, mostravam um esprito de equipe incrvel, deixou todos do bote ainda mais animados. Quando lembro do passeio, ainda consigo sentir a sensao do frio na barriga e da adrenalina a mil. Indico a todos meus amigos que ainda no foram e, com certeza, em breve eu mesma repetirei a dose. Mas agora quero um rafting com corredeiras mais fortes! No d pra esquecer tambm o contato com a natureza: avistamos lontras e outros animais durante o percurso, o que completou a aventura. Foi timo, mais que aprovado!
Rafaella Malucelli Jornalista

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qualidade da gesto de uma empresa determina, de forma direta, suas chances de sucesso no mercado. meio bvio, mas vale a pena repetir, que quanto melhor a gesto de um empreendimento, maiores suas possibilidades de ser bem sucedido. Uma empresa de rafting uma empresa como qualquer outra. E como em qualquer outra empresa, seu administrador deve ficar sempre atento prpria qualificao, da sua equipe administrativa (se houver) e implementao de ferramentas gerenciais eficazes. Como em outros segmentos, existem tambm algumas questes especficas que precisam ser consideradas - justamente por ser empresa de rafting. Algumas das mais importantes so:

Oscilaes na procura do produto, normalmente por razes climticas (por exemplo, frio ou chuvas), ambientais (por exemplo, nvel do rio muito baixo ou alto) ou oscilaes no prprio fluxo turstico ao destino onde a operao est localizada. Se no seu planejamento o empreendedor ignorar essas variaes, pode falir j na primeira baixa temporada. O desafio da empresa criar formas de reduzir a durao e intensidade destas pocas de baixa demanda, atravs de promoes e da explorao de mercados alternativos, escolas ou corporaes, por exemplo. Os efeitos negativos da sazonalidade tambm podem ser resolvidos de forma mais passiva, simplesmente repassando possveis custos de manuteno da baixa temporada, para a alta temporada. O empresrio de rafting deve visualizar seu negcio do ponto de vista de uma perspectiva anual, percebendo que o nico resultado que d uma fiel avaliao da empresa o resultado lquido do ano inteiro.

O consumidor de rafting especfico e muda de acordo com o nvel de dificuldade do rio operado. Conhecer o cliente adequado para cada tipo de operao imprescindvel para a orientao do plano de negcios da empresa. Lembre tambm que o pblico pode variar at com o nvel do mesmo rio, ao longo do ano.

Equipamentos se desgastam, deterioram, perdem validade ou condies de uso. O custo dessa depreciao deve ser considerado como custo fixo da empresa.

O rafting sozinho no tem o mesmo poder de venda de um produto que alie outros servios afins. Boas parcerias com outros empreendedores locais que tenham senso de cooperao podem fazer tremenda diferena na hora de compor um produto competitivo.

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Uma empresa de rafting consiste basicamente em trs (3) reas:

Formao de preo item muito polmico, pois considervel parte dos empresrios brasileiros de rafting ainda no sabe como calcular o preo de um produto, a no ser observando os da concorrncia (que muitas vezes tambm no fez sua lio de casa). Eis alguns itens que devem ser includos numa planilha de clculo de preo de venda e que so muitas vezes esquecidos: - depreciao do equipamento de rafting, para futura reposio - depreciao das instalaes, inclusive do escritrio - depreciao de veculos - custo fixo da empresa: aluguel, gua, luz, telefone, salrios fixos, pro-labores dos scios, contador, internet, manuteno do site, mensalidade da ABETA - remunerao dos condutores, incluindo despesas extras que a empresa subsidie, como de alimentao, transporte, hospedagem, cursos, aquisio de equipamentos - custos operacionais: material de limpeza, manuteno de equipamentos, veculos e instalaes, combustvel dos veculos - impostos: ISS, IRPJ, FGTS (impostos do Simples) - comisses, internas ou externas - outros custos que possam existir, de acordo com a estrutura da empresa

quem faz o atendimento e vende o produto. Para muitas empresas de rafting brasileiras, inclui tambm quem cuida da parte promocional e de comunicao.

a equipe que organiza os documentos, mantm os registros, cuida da parte financeira e se relaciona com bancos e fornecedores.
Para que uma empresa de rafting funcione, seu gerente deve integrar estas trs reas de forma que todas estejam comprometidas com os mesmos objetivos (qualidade, segurana, crescimento etc.). Esta integrao pode ser obtida atravs de reunies regulares com toda a equipe, boletins internos, transparncia da gesto, em resumo, muita comunicao!

a equipe que recebe o cliente e realiza a atividade com ele.

O bom gerenciamento de uma empresa de rafting tambm inclui acompanhar de perto todos os processos internos, bem como da operao, sentindo na pele o prprio servio que o cliente est recebendo, para que possa fazer as necessrias correes na empresa.

Uma das melhores formas de calcular preo de venda usando uma planilha de Excel, onde todas as variveis podem ser lanadas, ajustando-as ao nmero de clientes atendidos. preciso perceber que a margem de lucro bastante varivel, j que depende diretamente do nmero de clientes atendidos em cada operao ou a cada ms, o que dilui - mais ou menos - os custos da operao. Para a definio final do preo de venda, preciso levar em conta (tanto quanto possvel) uma estimativa de quantos clientes em mdia sero atendidos por ms. A planilha mostrar resultados variando de acordo com o nmero destes clientes e o preo de venda que foi determinado pelo empresrio. Uma boa relao Preo de Venda X Nmero de Clientes determinar o lucro possvel em um ms. Um erro de clculo nesse momento pode gerar grandes prejuzos empresa, forando-a a perder qualidade at fechar. Ou se no fecha, porque seu administrador foi baixando a qualidade e fica tentando tocar como d, o que tambm no sinal de boa sade empresarial. Para balizar o preo final de venda, pode-se ainda levar em conta: - a elasticidade da demanda, ou seja, quanto se venderia a mais se o preo baixasse. Muitas vezes esta expectativa de maior demanda ilusria e as empresas baixam preo sem obter qualquer resultado perceptvel (atualmente, as empresas de rafting mais lucrativas no Brasil no so necessariamente as mais baratas).

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- o preo da concorrncia X a estratgia da sua empresa. Esta estratgia pode ser a mais barata. Tambm pode ser gaste um pouco mais e receba muito mais. Ou pode ser alta qualidade de atendimento e servio e preo compatvel com esse padro. preciso pensar com a cabea do cliente e considerar, no quanto custa o seu produto, mas quanto vale esta experincia para ele, para no generalizar sempre pelo menor valor - lembre que existe pblico para tudo. Quem vai responder se voc est com a estratgia certa ou errada sero os resultados, que devem ser continuamente monitorados, para eventuais correes de rumo, enquanto for possvel muito mais fcil acertar a estratgia de preo, quando a empresa j est h mais tempo no mercado, pois j possui um histrico de estratgias e resultados e conhece melhor a reao dos diversos tipos de pblico aos preos. Uma empresa que est apenas comeando, no pode tropear nesta hora. Muitas pessoas querem trabalhar com aventura, porque se sentem bem operando ao ar livre, em contato com o rio e a floresta ou porque gostam da atividade. Isto timo, mas no podemos esquecer que trabalho trabalho e precisa ser tratado com seriedade e profissionalismo. Ao selecionar pessoas para uma empresa de rafting, devemos levar em conta a adequao do profissional ao cargo que ocupar e sua disponibilidade nos finais de semana e feriados, que quando acontece a maioria das operaes comerciais. aconselhvel que o condutor de rafting atenda s Normas de Competncias para Condutores de Aventura (ABNT NBR 15285), bem como s Normas para Condutores de Rafting (ABNT NBR 15370). O candidato a uma vaga numa empresa de rafting deve, por exemplo: - saber nadar Depreciao um custo mensal que precisa ser considerado nas planilhas de custo fixo da empresa e, consequentemente, na formao do preo de venda, relacionado desvalorizao de equipamentos (veculos, botes, coletes, capacetes, remos, materiais de resgate), instalaes, entre outros. Essa desvalorizao provm do desgaste fsico e pode ser reduzida com adequada conservao e manuteno dos mesmos. No caso do rafting, um rio com mais pedras depreciar o material mais rapidamente que um rio em que os botes sofrem menos. At mesmo um bom acesso ao rio, para entrada e sada dos botes, faz diferena na conservao do equipamento. - possuir capacidade de liderana - ter facilidade de se exprimir verbalmente, de se comunicar com os clientes e de motiv-los Uma poltica de segurana, meio ambiente e qualidade deve ser um norte para que uma empresa poupe sua energia em seleo, treinamento e capacitao de pessoal.

A comercializao do rafting pode ser feita basicamente de duas formas:

recomendvel fazer uma lista de todos os itens que sofram depreciao e registrar o nmero de meses que dura cada um deles ou consultar os fornecedores e considerar o local e detalhes de utilizao, para poder calcular o valor total da depreciao mensal na empresa. E este valor deve at mesmo ser separado mensalmente, talvez guardado numa conta independente, especfica para renovao e reposio de equipamentos. Se a empresa no consegue separar mensalmente esse valor, sua lucratividade questionvel, e sua estratgia precisaria ser revista.

- quando a empresa de rafting comercializa seu servio diretamente ao cliente. As principais vantagens so a garantia de qualidade da informao que o cliente recebe, o comprometimento do atendente em relao ao produto que est vendendo e a reduo de custos com comissionamento de intermedirios. As principais desvantagens so que a promoo e comercializao (inclusive despesas de pessoal para este tipo de atendimento) dependem dos recursos da empresa. A abrangncia territorial tambm fica reduzida em comparao ao poder de abrangncia da cadeia de distribuio (operadores nacionais e agncias).

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mesmo demanda para sustentar mais uma empresa na mesma regio - quando a operadora de rafting se vale da cadeia de distribuio existente, comercializando atravs de grandes operadoras, que montam pacotes nos quais, por exemplo, o rafting integrado a outros produtos tursticos de uma regio. Ou quando oferece o produto a agncias de um destino, que por sua vez revendem o rafting ao pblico, ganhando comisso. Ou ainda disponibilizando seu servio para que agncias de receptivo, trabalhando na regio, montem pacotes incluindo o rafting. As duas opes so vlidas, mas tm caractersticas prprias. Ambas podem ser consideradas pela empresa, desde que ela pense tambm nas implicaes das estratgias adotadas, por exemplo, comissionamento para intermedirios, capacidade de abrangncia promocional com recursos prprios, pessoal capacitado etc. A comercializao de rafting traz ainda alguns aspectos para os quais a equipe comercial da empresa precisa ficar atenta. Alguns dos mais importantes so: - atender Norma de Informaes Mnimas Preliminares ao Cliente (ABNT NBR 15286) - alinhar as expectativas do cliente em relao experincia que est comprando. melhor no vender do que ter um cliente insatisfeito. Suas principais expectativas esto ligadas a nvel de dificuldade, durao da atividade, possibilidades climticas no destino, estrutura de apoio e acessos - avaliar a satisfao do cliente aps o servio, para descobrir formas de melhorar ainda mais o atendimento. Isso pode ser feito atravs de uma amostragem, por exemplo, submetendo um questionrio a 5 de cada 100 clientes - adequar todo o material promocional da empresa ao mesmo alinhamento em termos de informaes, segurana, valores etc. E ficar alerta, pois qualquer informao errada ou incompleta em material publicitrio ou de divulgao de responsabilidade da empresa e poder afetar sua idoneidade. escritrio e at mesmo uma lanchonete - perigos existentes no trecho a ser operado e como melhor evit-los - nvel de experincia e habilidade necessrias aos condutores para operar este rio - possibilidade e facilidade de acessos para entrada e sada do rio - viabilidade de implantao de uma base, com vestirios, garagem de equipamentos,

- necessidade de servios complementares (transporte local de clientes, alimentao) normalmente resolvidos atravs de parcerias locais - possibilidade de integrao com outros produtos tursticos afins (arvorismo, caminhadas, cavalgadas etc.) - promoo e comercializao: quanto custar a divulgao deste produto, quais os caminhos para motivar o pblico-alvo a compr-lo e de que forma o cliente concretizar esta compra Uma vez analisados estes e outros itens e confirmado que todos foram considerados no desenvolvimento do projeto, o passo seguinte certificar-se de que o produto no seja lanado sem que: - a equipe esteja treinada para operao segura neste rio, e preparada de acordo com as normas (ABNT NBR 15285 e ABNT NBR 15370) - todos os equipamentos necessrios para a operao estejam disponveis - exista um Sistema de Gesto da Segurana (ABNT NBR 15331) - a empresa esteja formalizada e registrada no Ministrio do Turismo - haja uma base adequada para receber os clientes, com vestirios e banheiros -a comunidade local esteja o mais envolvida possvel com o produto, por exemplo, atravs da prestao de servios complementares (transporte local, alimentao, hospedagem, servios de manuteno para a base), fornecimento de produtos ao turista (artesanato, produtos da regio), entre outras - outras questes sociais, culturais e ambientais estejam sendo consideradas, de forma a garantir a sustentabilidade do projeto

No desenvolvimento de um produto de rafting, alguns pontos devem ser levantados e avaliados antes mesmo de disponibilizar o servio. Ainda que parea bvio estudar a viabilidade do produto e ainda que custe tempo e dinheiro, interessante investir numa pesquisa de mercado, para evitar futuros problemas que possam comprometer o sucesso deste ou at prejudicar a empresa. Nessa etapa, alguns pontos devem ser considerados: - classificao das corredeiras do rio - qualidade da paisagem - qualidade da gua - real interesse da comunidade local pelo projeto turstico que se desenvolver por ali e disposio da mesma em participar desse processo - existncia de outras empresas j operando o mesmo produto e, nesse caso, avaliar se existe

Desenvolver destinos e produtos deve ser encarado como um processo contnuo, que depois de iniciado, no tem mais fim. como uma planta delicada, que exige cuidados especiais em todas as etapas de sua existncia.

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das despesas, para que esse movimento gere arrecadao para a regio Muitas empresas de rafting comprometem gravemente suas chances de sucesso quando se concentram exclusivamente no aspecto operacional, ignorando seu administrativofinanceiro. Nesse caso, acabam no fazendo a lio de casa, como conhecer o fluxo de caixa, implantar controles bancrios, controles financeiros, ficando sem isso vulnerveis e, muitas vezes, nem sequer sabendo se esto tendo lucro ou no. O Sebrae e outras instituies de ensino disponibilizam hoje muitos cursos para capacitar o empresrio e o gerente sem qualquer formao em administrao. Esses cursos preparam as pessoas para questes especficas que precisem ser implantadas na empresa. No caso do rafting, como existem caractersticas bem especficas de sazonalidade e depreciao de equipamentos, uma empresa sem boa gesto administrativo-financeira dificilmente sobreviver aos tropeos do mercado.

possvel dividir os clientes de rafting em diversos segmentos, de acordo com sua expectativa e motivao como consumidores. H clientes com perfil para descidas mais longas (de dia inteiro) ou at para expedies de mais de um dia. Outros buscam simplesmente um programa familiar ou entre amigos e esperam um contato mais descompromissado com a natureza. Muitos procuram ainda emoo e adrenalina, e querem experimentar corredeiras mais fortes. Seria impossvel listar todos estes perfis, mas o importante que o empresrio compreenda que existem diferentes pblicos. Com essa compreenso, pode-se entender melhor qual o tipo de cliente compatvel com o rio operado (e com o fluxo atual) e procurar ampliar ao mximo esse mercado-alvo, encontrando as motivaes que levariam cada tipo de turista a praticar a mesma atividade. Levando isso em conta, um mesmo trecho de rio pode ser operado de formas diferentes, por exemplo, atendendo um grupo de colegas de trabalho que veio confraternizar ou um grupo de turistas estrangeiros que chegou simplesmente para conhecer as belezas naturais da regio.

Um item importante na gesto de qualquer negcio so os controles, ou seja, indicadores de que o empresrio se vale, para certificar-se de que a empresa esteja no caminho certo e dando resultados satisfatrios. Alm dos controles e relatrios administrativos, j citados no Manual de Gesto Empresarial, o empresrio de uma empresa de rafting tambm deve acompanhar e ficar atento a: - registro de Acidentes/Incidentes - para que aes preventivas e corretivas possam ser sugeridas e aplicadas - controle do nmero de clientes que descem o rio, por dia e por ms - ajuda a monitorar a evoluo no atendimento da empresa. Esse controle (equivalente, por exemplo, taxa de ocupao nos hotis), cruzado com a quantidade de equipamentos disponveis, fornece informaes valiosas sobre a taxa de utilizao deste - controle de equipamentos - lista todos os equipamentos e seus prazos de validade. Ao final de cada operao emitido um relatrio dos equipamentos, reportando qualquer tipo de avaria, com o devido acompanhamento de conserto ou descarte - controle dos condutores que trabalharam em cada operao - atravs do qual, entre outras coisas, possvel gerar o pagamento deles, bem como dispor de um histrico de suas experincias - controle de caixa operacional, movimento de caixa - na operao pode existir um caixa separado do caixa principal da empresa. E nesse caso, um controle desse movimento por operao dar ao administrador a possibilidade de conferncia das movimentaes desse caixa. Lembrando ainda que um hbito importante sempre pedir notas fiscais

Um rio no pode ser modificado. Dependendo das caractersticas do local escolhido pela empresa para a implantao de sua operao de rafting, possvel traar o perfil (ou perfis) de consumidores para este produto. A partir da, todo o seu complemento deve ser alinhado de forma a manter uma identidade:

. o local do atendimento . o perfil dos condutores . a poltica de atendimento . os servios complementares ao roteiro . alimentao, outras atividades, hospedagem . o tipo de transporte local etc

Com a aplicao prtica da norma ABNT NBR 15286 de Informaes Mnimas Preliminares aos Clientes de Turismo de Aventura, a divulgao de um roteiro passa a seguir um padro de informaes que devem ser passadas aos clientes, antes mesmo da concretizao da compra. No que se refere a produtos de rafting, a empresa precisa ficar atenta para, alm das informaes estabelecidas pela norma, no esquecer de passar tambm: - nome do rio onde ser praticado o rafting - classificao do trecho do rio - durao aproximada da atividade - idade mnima - nmero mnimo e mximo de clientes - pr-requisitos (quando for o caso), como saber nadar, mnimo preparo fsico, experincia anterior - necessidades de equipamento pessoal a ser trazido, como, por exemplo, calado fechado, tipo de roupa, repelente, protetor solar etc

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EMPRESA

- incluindo o Termo de Conhecimento de Risco

CLIENTE
NOME:__________________________________________________ ________ NASCIMENTO: _____/_____/________ ENDEREO:______________________________________________________ CIDADE:____________________UF______PAS:_________________________ TEL.CELULAR: ____________ TEL. FIXO: ______________________ ________ E-MAIL: _____________________ ____________________________________ CPF: ________________ RG: ________________ PASSAPORTE: _____________

________________________________________pessoa jurdica de direito privado, com inscrio no CNPJ sob o n. (xxx) e endereo (xxx); Objeto: Atividade de Rafting no Rio xxxxxx Eu, CLIENTE, declaro para os devidos fins:
- Ter sido informado de que a atividade oferece/no oferece seguro de acidentes pessoais. - Ter sido informado dos riscos que as atividades de ____________________ oferecem. - Gozar de boa sade e ter informado, por escrito, qualquer condio mdica que possua, diferente da normalidade, bem como doenas pr-existentes e/ou uso de medicamentos. - Ter realizado o treinamento prvio para a atividade ___________________ e que durante este treino tive todas as minhas dvidas esclarecidas. - Entender e aceitar os riscos mencionados. - Ter cincia de que qualquer ato meu, contrrio s informaes recebidas e orientaes da equipe da CONTRATADA, podem causar danos minha integridade fsica, ao meio ambiente e a terceiros, os quais assumo integralmente.

Riscos envolvidos nas atividades:

- Queda de objetos pessoais, como mquinas fotogrficas, equipamentos de filmagem, culos de sol ou de grau, bons, entre outros. OBS: Conforme o objeto (mquina fotogrfica, cmera de vdeo), pode-se proibir lev-lo ou, no mnimo, esclarecer o cliente do risco de perda. - Riscos gerais de passeios na natureza, tais como picadas de insetos, animais peonhentos, queda de rvores, mau tempo, entre outros. - Leses leves, graves ou gravssimas, pelo no cumprimento das orientaes da equipe da CONTRATADA. - Escorreges, escoriaes, arranhes, pequenas queimaduras, entre outros. - Cair na gua e bater em pedras e/ou afogamento. (Neste tpico cabe um detalhamento criterioso feito pela equipe da empresa de Turismo de Aventura, j que aqui lanamos riscos genricos, sendo que os riscos especficos de cada rio devem ser levantados e transcritos para este documento, de forma completa e abrangente. Sem isto, seu documento ficar imprprio para o uso).

INFORMAES IMPORTANTES, EXIGIDAS PARA SUA SEGURANA TIPO SANGNEO___________________ ALGUMA ALERGIA? _______________________________________________ PROBLEMA DE SADE QUE DEVA SER RESSALTADO? ____________________ ALGUMA INCAPACIDADE FSICA OU MENTAL? _________________________ ALGUMA RESTRIO ALIMENTAO? ______________________________ ALGUM MEDICAMENTO CONTROLADO OU DE USO CONTNUO? __________ 1. NOME E TELEFONE PARA CONTATO COM AMIGO OU PARENTE, CASO SEJA NECESSRIO: ___________________________________________________

Informaes gerais:
- O treino aqui mencionado apenas para que voc se familiarize com os equipamentos e procedimentos que sero utilizados, no sendo considerado um curso. - Voc deve fazer uma alimentao leve. A contratao aqui feita no oferece alimentao, ento seja precavido, alimente-se com antecedncia e leve lanche caso pretenda fazer alguma refeio no local do evento. - Para a boa realizao da atividade, voc dever estar usando roupas________ (Detalhar as roupas adequadas e equipamentos individuais que devam ser levados pelos turistas, bem como quaisquer outras informaes relevantes quanto vestimenta do turista). - Lanar neste campo quaisquer outras informaes importantes no que se refere segurana, ao horrio de incio e trmino das atividades.

Tel.: _________________________________________________ _____ ___ ___ PRODUTO TURSTICO ADQUIRIDO___________________________________

Local e data Cliente: _________________________________________________ Empresa: ________________________________________________

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seguras, espera-se que se precise usar menos ainda), o acionamento das coberturas de seguros pessoais acaba sendo um procedimento que gera dvida e, s vezes, at desleixo dentro das empresas de Turismo de Aventura. Cuidado para no cometer o mesmo erro. Devido preocupao em precaver os empreendedores do Turismo de Aventura dos possveis aborrecimentos que podem ocorrer na gesto de seu empreendimento, em linhas gerais, traamos algumas caractersticas e dicas para a aquisio de um seguro que satisfaa as necessidades especiais do Turismo de Aventura. Os seguros de responsabilidade civil e patrimonial compreendem os seguros pessoais, os seguros corporativos e os patrimoniais. Os seguros pessoais tm como objetivo resguardar o segurado de eventos que podem causar danos ao seu patrimnio e guarda identidade com a pessoa fsica do indivduo. A sua cobertura normalmente cobre os eventos de morte acidental, invalidez total ou parcial e despesas mdico-hospitalares. altamente recomendvel a utilizao desse tipo de seguro, sendo o ideal incluir o valor do mesmo no preo do roteiro. Essa modalidade de seguro permite que em atividades de baixo risco (floating, por exemplo) tambm possa ser oferecido, mas com a diversificao de ser um produto opcional. Os seguros corporativos cobrem despesas decorrentes de custos de indenizao por responsabilidade civil nos casos de acidentes, decorridos em virtude da imprudncia, negligncia ou impercia do empreendedor ou das pessoas que esto sob a sua responsabilidade, tendo como vtimas os usurios do servio oferecido. Essa modalidade utilizada pela empresa e funcionrios a ela legalmente ligados, independente se o cliente esteja coberto pelo seguro pessoal. J os seguros patrimoniais protegem o patrimnio da empresa e dos empreendedores. importante lembrar que o seguro serve como uma medida de segurana ao empreendedor, mas no deve ser classificado como a melhor forma de resolver uma problemtica, pois o fato de manter um seguro no evita que um incidente acontea. necessrio que o seguro seja complementado com outras medidas, como treinamento de guias, manuteno de equipamentos, aplicao da norma de gesto de segurana, dentre outras. Para que a empresa possa ficar tranquila quanto ao acionamento do seguro, indispensvel que o empreendedor mantenha junto ao seu plano de emergncia os procedimentos de acionamento do seguro. Tambm recomendvel que o empreendedor tenha uma cpia da aplice de seguro, disponvel em papel ou no site, para que os clientes possam consultar, se assim o quiserem. Verificar se foi repassado seguradora os dados dos indivduos segurados antes do programa comear uma medida de grande importncia. Existe histrico, no Brasil, de listas de segurados passadas no mesmo horrio do acidente, gerando uma grande dificuldade para a empresa de turismo em conseguir reembolsar o cliente. Esse procedimento de envio de listas de segurados deve ser muito bem definido e documentado. Por ser um item que raramente se usa (e com a adoo de prticas mais Ateno! Sempre verifique junto ao corretor a cobertura dos seguros que voc contrata. A arrasadora maioria de seguros de viagem oferecidos no Brasil no cobre atividades de aventura. E nem todos os agentes de seguro dominam esse detalhe, que para nosso setor crucial. Exija documentos que comprovem a cobertura. Tambm importante saber que existem seguros especficos que cobrem a atividade de aventura em si, mas no quaisquer acidentes ocorridos durante o resto do dia (no restaurante ou no transporte, por exemplo). Tenha conscincia disso, para j antecipadamente deixar isso claro ao cliente ou at mesmo oferecer um seguro complementar para o restante do dia. Em todos os casos, importante ter o auxlio de um corretor que tenha experincia no segmento do Turismo de Aventura, haja vista que poucas seguradoras oferecem seguros especiais para a atividade. Ainda com o corretor especializado que sero vistas as peculiaridades de cada produto, pois esse profissional deve indicar os eventos acobertados pelo seguro a ser adquirido.

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ara efeitos da norma ABNT NBR 15370, o rafting definido como descida de rios com corredeiras em botes inflveis. A operao comercial do rafting como produto de Turismo de Aventura pressupe que a realizao da atividade seja feita por uma empresa formalizada e cadastrada no Ministrio do Turismo. E tambm que a operao seja feita com todos os equipamentos necessrios e adequados, que a equipe de trabalho seja especializada e atenda s normas de competncias ABNT NBR 15285 e ABNT NBR 15370. E finalmente, que siga procedimentos operacionais, administrativos e de segurana, alguns deles estabelecidos na norma ABNT NBR 15331 de Sistema de Gesto da Segurana.

O equipamento que encabea esta lista obviamente o bote ou botes, especficos para rafting. Vm depois os equipamentos individuais para cada cliente: colete de flutuao, capacete e remo (tantos conjuntos quantos clientes e de preferncia alguns a mais disponveis em diferentes tamanhos). Ento temos tambm os equipamentos para o condutor: um colete de flutuao de resgate, capacete, remo, faca, fita tubular com mosqueto (flip-line), mosqueto de trava, cabo de resgate e cordeleta - para cada condutor. Por ltimo, temos equipamentos de segurana e resgate: caiaque de corredeiras ou caiaque inflvel (duck), estojo de primeiros socorros, estojo de reparos, um estojo de resgate (com cordas e polias, para montar sistemas de reduo, de travessia, e outros), lanterna e equipamento de comunicaes (rdio, celular ou celular via satlite).

A base do tecido dos botes feita de uma trama de polyester ou nylon. O polyester mais elstico, o nylon, mais forte. A expresso mais comum para definir a resistncia do material o dernier, que representa o peso em gramas de 9 metros lineares do tecido. Obviamente, quanto maior o dernier, mais forte o material (e tambm mais pesado). J a cobertura dos tecidos pode ser dividida em duas categorias bsicas: borracha (Hypalon e neoprene) e plastmeros (PVC e uretano). Dentro destas categorias temos muita variao. Hypalon, produzido pela DuPond, entre as borrachas, mais leve, resiste bem a abraso e aos raios UV. Os botes em Hypalon so mais fceis de dobrar e guardar, por serem mais flexveis que os de PVC e uretano - mas agarram mais nas pedras. Neoprene similar ao Hypalon s que mais pesado e menos resistente a abraso. A vantagem que este material mantem muito bem a presso, tem grande resistncia aos raios UV e fcil de consertar.

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O PVC comparvel ao Hypalon, em resistncia abraso e aos raios UV, mas muito mais leve. mais rgido e, dentro do rio, mantm melhor sua forma. Depois de muitos anos de uso, no entanto, o PVC comea a se desprender do tecido, enfraquecendo o material. Uma vantagem do PVC a possibilidade de se soldar criando uma unio inseparvel. J o Uretano muito resistente e durvel, provavelmente mais que o PVC ou Hypalon. Ele possui as vantagens do Hypalon e pode ser soldado como o PVC. Pode tambm ser usado como uma tinta, para cobrir arranhes ou criar uma camada de proteo, porm bem mais caro.
Essa a lista sugerida para um estojo de reparo de descida. O estojo deve ficar acondicionado em local estanque e, para conservar as caractersticas dos materiais, deve ficar guardado em local seco e protegido de sol e areia.

- os botes modernos mais utilizados vo de 3,65m (12 ps) at 5,50m (18 ps) de comprimento. A largura do bote aproximadamente a metade do comprimento. Botes maiores so mais estveis, mas mais difceis de manobrar, enquanto os menores so menos estveis, mas mais fceis de manobrar. A escolha vai de acordo com o rio e o objetivo do grupo. - o tubo deve ser proporcional ao tamanho do bote, mas pode variar de poucos centmetros para criar maior estabilidade ou mais emoo. - os botes so geralmente simtricos, com as pontas levantadas, para enfrentar as corredeiras tanto de frente como de traseira, mas existem os botes assimtricos que facilitam o trabalho do guia, mas tm pior performance em corredeiras. - a altura das pontas que ajuda a superar obstculos como ondas e refluxos, mas quando em excesso provoca muito balano, diminuindo sua velocidade. - a parte do bote que fica na gua. Quanto menor a linha dgua, mais fcil de manobrar e mais difcil de manter o bote andando em linha reta.

O desenho do piso tem enorme influncia na performance do bote. Um piso comum retm toda a gua no compartimento de passageiros, deixando-o muito pesado. Para mant-lo leve e manobrvel, a gua teria que ser retirada manualmente. Se entre uma corredeira e outra no houver um remanso ou piscina para dar um tempo e esgot-lo, pode ser um bote perigoso. Se for possvel parar entre as corredeiras, o fundo comum funciona perfeitamente. J os pisos AE (auto-esvaziantes) funcionam bem em qualquer tipo de corredeira, mantendo o bote leve e manobrvel. Em corredeiras com grande volume de gua, aconselhvel que o bote esvazie, mas lentamente, o que ajuda na estabilidade.

*para o(s) tipo(s) de tecido do(s) bote(s) da empresa / **para preparao da cola / ***para passar em cima do remendo aps colado

Quando algum bote usar armao s reservas e chave de fenda ou de para remo central, levar parafuso onvel na base (que conta com luz boca. Para o estojo de reparo disp eltrica), acrescentar um aquecedor.

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Esse assunto que deixa claro a importncia de se ter na operao profissionais competentes e preparados, e em cada descida, pelo menos um lder de descida, com vasta experincia e conhecimento tcnico de rafting. A diferena bsica entre uma descida de praticantes experientes e uma descida com turistas o nvel de segurana e de cuidado extra que se deve ter. Mesmo os procedimentos de segurana de uma descida entre rafteiros cautelosos devem ser redobrados, quando se leva pessoas com pouca ou nenhuma experincia na gua. Alguns deles so: conferir se todos os clientes esto corretamente equipados, coletes e capacetes bem ajustados, com calados apropriados, cabelos longos presos, e sem brincos, anis, colares ou pulseiras. Um check-list dos equipamentos da descida tambm garante que nada ficar para trs (como o estojo de primeiros socorros, por exemplo). obrigatria uma completa instruo de segurana aos clientes, antes de entrar na gua. j na gua, nos primeiros momentos da descida, devem ser treinados alguns dos procedimentos dados nesta instruo, procedimentos de remada, de segurana e, se possvel, at de como resgatar um companheiro cado na gua. os condutores devem, obviamente, dominar as principais tcnicas de remada e lemes, que possibilitem a adequada conduo do bote nas corredeiras. os condutores devem tambm entender e saber controlar a velocidade do bote, de acordo com as caractersticas da corredeira. Por exemplo, para vencer ondas, mais velocidade, e para isso uma linha de descida mais reta, com remadas mais fortes e aproveitando a correnteza ao mximo. J para uma corredeira com muitas pedras, que exige mais manobras, menos velocidade, mais concentrao no posicionamento do bote, usando mais a remada r ou, algumas vezes, at mesmo sem remar, usando obstculos naturais, como remansos e reversos, para frear o bote. saber (ou no) aproveitar adequadamente as foras do rio ir deixar os participantes menos ou mais cansados. Normalmente os clientes que descem com um condutor que se preocupa com este gerenciamento da energia, se cansam bem menos do que com um que no esteja atento a este item. Gerenciar bem a energia da

equipe pode fazer muita diferena numa situao de emergncia ou mesmo em descidas mais longas. Um exemplo de gerenciamento de energia descansar quando o bote est na corrente (como as sadas no final de corredeiras), para remar s na hora em que a gua est mais parada. Ensinar e incentivar a remada correta e sincronizada, alm de proporcionar mais domnio do bote, tambm uma forma de poupar a energia dos participantes.

( direita ou esquerda) um procedimento usado para evitar que o bote tombe ou que fique preso numa pedra. Ao ouvir este comando do condutor, todos devem rapidamente se jogar para a parte alta (ou direita ou esquerda) do bote. Em rios onde este movimento possa ser necessrio, o procedimento deve ser previamente explicado e treinado, to intensamente quanto maior for a classificao da corredeira onde se encontra o obstculo. (Trip Leader) normalmente o condutor com mais experincia, e que far o papel de coordenador da descida, sendo responsvel por algumas decises, como controle da velocidade de descida e verificao dos procedimentos de segurana. com o barulho do rio e a distncia entre os botes (que deve sempre ser a menor possvel), a comunicao verbal fica prejudicada. Por isso importante que a equipe se mantenha em constante contato visual, trocando informaes por sinais ou por apitos. (Veja box com protocolo de sinais e sonoros).

pouco a expectativa O uso de apitos no rio quebra um trazer, sendo por am poss tes clien de contemplao da natureza que os ia. ssr nece ida apenas na med isso recomendvel que sejam usados
(reconhecimento) a precauo de parar para observar e estudar as possibilidades de rotas numa corredeira ou num trecho qualquer do rio, antes de se comprometer com a descida. Esse procedimento de segurana muito usado por canostas e rafteiros antes de uma primeira descida esportiva, em corredeiras mais fortes, em nveis de rio pouco conhecidos. Mas tambm pode ser feito numa descida comercial, para que os condutores chequem suas rotas, verifiquem se no h novos obstculos (troncos presos, por exemplo) ou a qualquer momento em que um condutor sinta vontade de examinar a corredeira antes de descer.

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o procedimento de carregar o bote por terra, contornando uma corredeira que ser evitada. Dependendo da corredeira, possvel usar cordas para puxar apenas o bote, enquanto os integrantes passam andando pela margem. No rafting comercial, esse procedimento deve ser realizado com redobrada ateno, pois as pedras na margem so normalmente escorregadias e existe o risco de pessoas escorregarem para dentro do rio ou carem e se machucarem. importante que nesse momento os condutores passem aos clientes os procedimentos de segurana especficos e fiquem atentos ao movimento do grupo.

ler o rio uma das principais tarefas dos condutores de rafting. Ler o rio consiste em identificar lugares ou trechos onde se possa ficar com o bote estabilizado e antecipar o que vai acontecer com a gua, do ponto onde se est at outro ponto novamente seguro para parar.

Sempre olhe rio abaixo!!! Quanto mais longe voc enxergar, mais eficaz ser sua linha.

entender o que vai acontecer com a gua, depende principalmente do conhecimento da hidrologia e da dinmica de rios, ou seja, dos efeitos da combinao de gua, desnvel (que d velocidade gua), pedras e da forma dos obstculos.

A portagem normalmente o momento em que os participantes esto mais expostos a quedas, plantas com espinhos e at mesmo animais peonhentos. Planeje sua descida dando tempo suficiente para fazer qualquer portagem com calma. Ter que executar uma portagem com pressa, apenas aumenta as chances de algum se machucar.

o aumento do nvel de gua, que normalmente ocorre devido a chuvas ou ao controle do nvel de alguma represa, provoca mudanas significativas no comportamento do rio, por isso torna-se necessrio monitorar este nvel, por meio de uma rgua permanentemente fixada. A localizao adequada da rgua fundamental, pois o rio pode receber, mais abaixo, um af luente de outra cabeceira, provocando diferenas na previso de dificuldades encontradas. Nveis de rio desconhecidos devem ser explorados pelos condutores, antes de serem comercializados.

a gua que se movimenta rio abaixo de um obstculo, circula em sentido contrrio ao da corrente principal, efeito provocado pela corrente contornando o objeto: pedra, tronco ou irregularidade na margem. a linha que determina o contato entre a correnteza principal e o remanso cria uma dificuldade em cruzar de um lado para o outro (do remanso para a correnteza e vice-versa). Nessa linha, encontram-se normalmente redemoinhos que, conforme o tamanho, podem sugar nadadores (pessoas que caram na gua). so causadas pela convergncia de correntes, por um aumento no desnvel no rio ou por obstculos no fundo ou nas margens. Diferentes das ondas do mar, que dissipam energia ao arrebentarem, as ondas de um rio conservam energia enquanto a gua est fluindo por elas. Muitas vezes encontradas em sequncia (srie de ondas), elas podem variar em tamanho, forma, altura, espaamento e fora. so efeitos hidrulicos gerados por uma corrente que passa por cima de um obstculo (como uma pedra ou um degrau) e, ao mergulhar atrs dele, puxa a gua rio acima, num movimento circular de eixo horizontal. O principal perigo, conforme seu tamanho e fora, prender botes ou pessoas, fazendo-os girar indefinidamente. so elevaes na gua, formadas pela presso da correnteza contra um obstculo submerso (como uma pedra ou uma parede na curva do rio).

imo) que permitem Conhea os nveis (m ximo e mn clientes e tenha um plano B. Enfrente operaes seguras. Divulgue isso aos programa ou des necessrias para cancelar um com serenidade todas as dificulda ) do que t-lo caso o um cliente frustrado (se for acionar o plano B. melhor perder machucado (ou morto!).
esse um item fundamental para encontrar a melhor forma de distribuir os clientes dentro do bote e conhecer as limitaes da equipe. At mesmo linhas de descida mais ou menos controladas podem ser definidas a partir da anlise desse desempenho. As atividades realizadas num remanso e o estilo de comunicao do condutor tambm podem variar com o perfil da equipe. Equipes de clientes j mais experientes muitas vezes pedem um programa mais pesado ou mais imaginativo. Quanto mais o profissional do rafting se desenvolve nesse sentido, mais atento ele estar s caractersticas (e expectativas) das equipes que conduz.

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so tocas de pedra abaixo da superfcie, que podem sugar e prender pessoas ou equipamentos, e que devem ser evitados. a presso da gua sobre troncos e galhos atravessados na correnteza gera um dos obstculos mais perigosos num rio. A melhor forma de no ser sugado para debaixo de uma galhada, quando um nadador no consegue se desviar dela, nadar agressivamente, subindo na mesma. Ainda assim, geralmente um obstculo potencialmente mortal!
- piv em torno do prprio centro, normalmente usando os comandos esquerda-r/ direita-r, combinados com as remadas tcnicas do condutor. Serve para dar ou corrigir o direcionamento do bote, em relao corredeira.

O domnio no uso de ns, de sistemas de ancoragem e de reduo de carga fundamental para um bom condutor de rafting. Os ns citados abaixo so os mais usados durante uma operao comercial e essenciais na montagem de qualquer sistema de resgate: oito duplo simples, oito duplo guiado, volta do fiel, UIAA, pescador duplo, prussik, n de fita, lais de guia, oito direcional, volta redonda.

- o deslocamento do bote realizando uma travessia, perpendicularmente corrente, para nova posio direita ou esquerda do ponto inicial. Um ferry comea com um giro posicionando o bote em ngulo em relao corrente, para que a equipe reme contra a corrente, aproveitando a prpria fora desta para se deslocar para o lado. Os ferries tanto podem ser com a proa apontada rio acima (remando para frente) como com a popa apontada rio acima (remando de r). Durante todo o ferry, o condutor estar atento ao ngulo da manobra (em relao corrente), fazendo as necessrias correes, e intensidade da remada, sempre considerando a corrente, o obstculo que est tentando evitar e o ponto onde quer chegar.

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O sistema de classificao usado pela Federao Internacional de Rafting (IRF) padro no mundo todo. Ele leva em conta que os rios variam de fluxo e de comportamento. Um rio classe 2 pode ocasionalmente virar um classe 4, depois de intensas chuvas. Assim, todas as corredeiras deveriam ser inspecionadas antes da descida. Esta classificao deve ser utilizada como uma diretriz na graduao de rios:

Fluxo de gua com pequenas ondas, mas desobstrudo e sem dificuldades tcnicas. Bom para iniciantes. Corredeiras diretas, com linhas de descida claras e evidentes, sem a necessidade de reconhecimento. Remansos e ondas estouradas podem ser fortes, mas ondas, pequenos obstculos e outras obstrues menores podem ser evitadas. Bom para iniciantes. Corredeiras com ondas moderadas e irregulares, que podem ser difceis de evitar. Ondas, refluxos e dificuldades tcnicas so maiores. Pode haver saltos e grandes obstrues. O principal fator de diferenciao dessas corredeiras que o remador ter que buscar e reconhecer uma linha de descida para evitar obstculos e perigos. Os condutores necessitam ser adequadamente qualificados. A linha de descida pode no ser facilmente identificada e ir geralmente exigir cuidadosa inspeo, desde o bote at a margem do rio. Corredeiras intensas, poderosas, mas previsveis, so mais abundantes e podero conter grandes ondas, quedas, refluxos e outras obstrues. A classe 4 est presente em uma ampla variedade de rios, desde aqueles com corredeiras curtas e grandes quedas, como naqueles com corredeiras em sequncia e extensas, portanto h uma enorme variao na dificuldade. Genericamente, quanto maior a continuidade do fluxo de gua, menos frequentes so os remansos para parar e ter espao para estabilizar. Os condutores devem ser adequadamente qualificados, o que significa terem nvel de especialista. Corredeiras extremamente difceis, com rotas que demandam grande preciso e tcnica para serem transpostas. Refluxos, correntezas e ondas sero poderosas, e essencial um reconhecimento prvio. Quando operadas comercialmente, os condutores precisam ser certificados como especialistas. Todos os anteriores levados ao extremo. As corredeiras so normalmente intransponveis, sendo possveis de transpor apenas em condies especficas.

Numa empresa de rafting, importante que todas as pessoas da equipe conheam a operao e a atividade, inclusive o pessoal do atendimento e vendas. A forma como uma pessoa que conhece a fundo a atividade, lida com as perguntas, informaes e demais rotinas da empresa, bem mais completa e adequada. Formar e manter uma equipe profissional ponto fundamental para o empresrio que deseja que sua empresa oferea servios com excelncia. Para isso, necessrio estar atento a itens que comeam j na na prpria seleo das pessoas, como: - definio do perfil ideal de profissional para o cargo - testes e entrevistas para verificao da adequao da pessoa ao cargo - treinamento para a funo - avaliao e acompanhamento - reciclagens No caso especial da equipe de condutores, para que a empresa esteja em conformidade com as normas do Turismo de Aventura, importante que haja treinamento constante. Para condutores de rafting, algumas sugestes de treinamento so: com nfase para atendimento a afogamentos, abordagem primria, imobilizaes, hipotermia e remoo de vtimas. a Rescue 3 International uma empresa da Califrnia, especializada em cursos de resgate em guas brancas, e sua certificao reconhecida em vrios pases (Existem outras empresas, mas apenas a Rescue 3 tem representantes no Brasil). Independente de se fazer ou no um curso com esta empresa, recomendvel que a equipe esteja sempre realizando treinamentos com a presena de pessoas experientes, fazendo simulaes de resgate, montagem de sistemas de reduo e de travessia de rios. na forma de reunies de preparao da equipe, para treinar e trocar informaes em relao aos procedimentos da empresa. Por exemplo: atendimento ao cliente e Sistema de Gesto da Segurana. treinamento de procedimentos tcnicos de conduo de bote etc.

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No decorrer de uma operao de rafting, os clientes recebem uma srie de informaes tcnicas, a comear pela colocao e uso correto dos equipamentos que recebem, sempre supervisados e checados pelos condutores. Depois so explicados os usos do remo e as diversas manobras a serem realizadas pela equipe, resumidas abaixo.

- Informaes sobre o rio (dados geogrficos, ambientais, caractersticas tcnicas e nvel de gua) Foto ou ilustrao de um rio visto de longe - Recomendaes quanto ao comportamento e trabalho de equipe. Foto de um bote remando sincronizado - Posio e fixao no bote. Ilustrao da distribuio de uma equipe no bote, com o condutor atrs - Como segurar e utilizar o remo - Ateno para a Zona T (empunhadura superior do remo) - Comandos de remada (frente, r, direita r, esquerda r, parou). Foto da equipe remando um comando que no seja frente/parou) - Comandos de segurana (piso, segura, peso acima). Foto de uma descida de corredeira em piso - Posio de corredeira. Ilustrao de posio de corredeira - Natao ativa, enfatizando a necessidade de nunca tentar ficar de p no meio do rio - Autoresgate (uso da corda lateral e de como subir no bote) - Autoresgate (uso do remo) - Procedimentos com cabo de resgate. Foto do cabo de resgate sendo lanado - Procedimentos com embarcao de segurana - Virada do bote. Foto do bote virando - Se ficar embaixo do bote - foto de uma mo saindo de debaixo do bote

final da instruo, Reforar os 3 principais itens de segurana ao mais importantes. Por exemplo: ajuda o cliente a memorizar as informaes p e nunca enrolar a corda na mo. nunca soltar a Zona T, nunca tentar ficar de

Logo aps a instruo, quando os clientes embarcam e comea a descida, momento dos condutores avaliarem a equipe e a melhor distribuio das pessoas no bote. Os comandos devem ser praticados at que a equipe os realize todos, de forma sincronizada. Conforme o grau de dificuldade do rio, tambm devem ser praticados os itens mais importantes da instruo, como procedimentos com cabo de resgate, a posio de corredeira e a forma de subir ao bote.

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egurana e resgate so assuntos de capital importncia em rios com corredeiras. E devem ser temas prioritrios no aperfeioamento de praticantes de rafting, especialmente de condutores. Existem empresas que oferecem cursos na rea. Deve ser enfatizada especialmente a Rescue 3 International, da Califrnia, que d cursos no Brasil, e certifica Tcnicos de Resgate em Corredeiras, em dois nveis. Para informaes sobre estes cursos no Brasil veja o site www.aguaselvagem.com.br De qualquer forma, segurana um processo de melhoria contnua e comea realizando um inventrio dos riscos e dos pontos perigosos. Como um rio acaba sendo usado dezenas de vezes, praticamente todo fim de semana, acaba tambm sendo praticamente decorado pelos condutores. Suas corredeiras, remansos e refluxos acabam sendo conhecidos por nomes prprios. Conhecidos acabam tambm sendo os pontos onde algum incidente j aconteceu ou pode facilmente acontecer. Esse conhecimento cria condies ideais para definir linhas onde botes e nadadores no devam passar. Serve tambm para estabelecer pontos de segurana adequados, onde condutores podem se posicionar com cabos de segurana mo, prontos a lan-los a quem tenha cado na gua. J num segundo tempo, os procedimentos de resgate estabelecidos por uma empresa, devem ser constantemente praticados e avaliados. O uso de caiaque ou bote de segurana imprescindvel em rios com corredeiras a partir de Classe 3, pois ajuda a elevar o nvel de segurana de uma descida, ajudando na sinalizao das melhores linhas e se colocando muito mais rapidamente em posio de resgatar eventuais nadadores. Rotas de fuga (em caso de cabea dgua, acidente ou mesmo um incidente qualquer) tambm devem ser estabelecidas. Planos de emergncia devem ser preparados e exaustivamente treinados, para que a equipe automatize sua reao a quaisquer imprevistos rpida e eficientemente. Estes planos devem ainda estabelecer: - um sistema de comunicao e a quem avisar - por onde evacuar (de acordo com as possveis localizaes de um acidente) quais os equipamentos de resgate e primeiros socorros necessrios - qual o esquema de remoo (ambulncia, helicptero, carro da empresa etc.) - para onde levar qualquer vtima de acidente (lista de hospitais, com telefones e capacidades tcnicas de atendimento) - procedimentos de acionamento do seguro

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Chega a ser redundante dizer que a equipe deve estar familiarizada com o uso de rdios ou com o uso do sistema de comunicao escolhido pela empresa. J a comunicao local depende muitas vezes de sinais visuais, que so compreendidos apesar do trovejar do rio. Para as principais comunicaes ligadas segurana e obstculos no rio, existem sinais j amplamente usados internacionalmente. E como eles sero compreendidos por condutores e praticantes de qualquer grupo de rafting, recomenda-se o uso destes mesmos sinais, como padro em toda a empresa de rafting. A equipe da empresa tambm pode desenvolver sinais operacionais prprios, para outras situaes como, por exemplo, para avisar que est atrasado ou que seus remadores esto cansados.

Os condutores no devem tampouco hesitar em lanar mo (em alto e bom som) dos comandos verbais de remada, coordenando o desempenho de sua equipe e o comportamento do bote especialmente em corredeiras crticas, onde se quer evitar clientes cados na gua! Estes comandos so: toda a equipe deve remar frente, de forma sincronizada. todos devem remar a r, de forma sincronizada. o lado esquerdo do bote deve remar a r e o lado direito deve remar frente. o lado direito do bote deve remar a r e o lado esquerdo deve todos devem parar de remar, colocando o remo no colo, sem soltar a empunhadura.

todos seguram na corda (por cima do remo) e deslocam o corpo para dentro do bote. todos devem sentar no piso do bote e segurar a corda. todos devem ir para o lado do bote que est subindo (normalmente onde est o obstculo). toda a equipe deve deslocar seu peso para o lado direito do bote. toda a equipe deve deslocar seu peso para o lado esquerdo do bote. toda a equipe deve deslocar seu peso para a proa do bote. toda a equipe deve deslocar seu peso para a popa do bote.

Para qualquer descida de Rafting, a equipe deve possuir um estojo bsico de primeiros socorros e condutores aptos para o uso do mesmo. importante o atendimento adequado de uma vtima em caso de um acidente ou um imprevisto, e um bom estojo far a diferena na qualidade do suporte vitima. Segue uma lista sugesto para descidas de curta durao:

- luvas de procedimento - ataduras de crepe - micropore - antissptico (spray) - tesoura - band-aids - cotonetes - mscara de RCP

- compressas de gaze - esparadrapo - colar cervical regulvel - talas moldveis - soro fisiolgico - pina - absorvente ntimo feminino

dentro do prprio Mantenha uma lista dos itens plastificada estojo, para conferncia.

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Acidentes no acontecem ao acaso, mas pela somatria de pequenos erros cometidos ao longo de um programa. Muita ateno deve ser dada aos momentos mais crticos da operao e que ofeream maiores riscos. Esses momentos variam de acordo com as caractersticas de cada operao. De uma forma geral, deve-se ficar atento a: - transportes locais (existe histrico de acidentes no transporte de operaes de rafting) - corredeiras rasas - locais onde o bote pode ficar preso - corredeiras com refluxos que podem prender botes ou pessoas - portagens - corredeiras com sumidouros - corredeiras longas ou em srie - galhadas (muitas vezes encontradas em curvas de rio) Os condutores devem saber realizar os seguintes procedimentos de resgate aqutico: - natao em corredeiras (Ativa e Passiva) - subir no bote sem auxlio de outras pessoas e puxar algum da gua para o bote - cruzar rios rasos e fundos - sistema de travessia de rios com cordas - uso de cordas e o domnio dos principais ns - uso do cabo de resgate - sistemas de ancoragens -sistema de reduo de foras para trao - tcnicas para desvirar o bote - reparos de emergncia em botes - tcnicas de conduo do bote sozinho

a maioria das pessoas tem a tendncia de ficar nervosa ou entrar em pnico na hora de um acidente, o que deixa o cenrio ainda mais perigoso. Quando o assunto resgate, algumas dicas de segurana devem ser seguidas: - uma pessoa deve assumir a coordenao do resgate. Sem uma coordenao, as aes ficam isoladas - em primeiro lugar, cuide da sua segurana. Mais uma vtima s tornar as coisas piores - agir sem planejar pode ser pior. Aja rpido, mas planeje suas aes - esteja atento para tomar decises que garantam a segurana dos demais presentes na cena do resgate (possivelmente clientes tambm). E sinalize rio acima, para evitar que outros botes entrem em cena, sem saber o que est acontecendo - lembre-se de que o rio dinmico e o nvel pode mudar em questo de minutos. E com o rio cheio, troncos e destroos podem ser trazidos pela corrente - no tire e no deixe que outra pessoa presente tire o seu equipamento de segurana (colete e capacete) - no se esquea dos back-ups, por exemplo, pessoas de prontido, rio abaixo, reforando a segurana - nunca se prenda a cordas quando estiver na gua, se no houver uma forma de se liberar da mesma (por isso os coletes dos condutores devem possuir um sistema de soltura rpida)

A procura por um bom curso de primeiros socorros para a equipe, deve levar em conta a atividade. Um curso que, metade do tempo, trata de remoo de vtimas de acidentes de trnsito, no ter muita utilidade para condutores de rafting. Busque sempre por um curso que aprofunde o treinamento de situaes que realmente podem acontecer durante o rafting: afogamento, remoo de vitimas de uma corredeira, reanimao, fraturas, luxaes, hipotermia etc.

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Para qualquer atividade no rio, um estojo de resgate para emergncias faz parte do equipamento tanto quanto faz o colete salva-vidas, o capacete, cabo de resgate ou os primeiros socorros. Mas qual o equipamento certo para colocar nesse estojo? Um estojo bsico (veja a lista no anexo) deve fornecer o material suficiente para poder montar os sistemas tcnicos mais comuns para o resgate em rios. Existe hoje grande variedade de equipamentos modernos e sofisticados, mas, na verdade, no precisamos escolher os itens mais caros. Para o trabalho no rio, recomenda-se uma boa mistura de equipamentos obrigatrios, mas prticos. Um exemplo talvez seja uma laada de prusik, que (sob certas circunstncias) possui qualidades e capacidades iguais ou superiores a quase todos os blocantes no mercado. Muito mais econmico, mais leve, flutua e tem uma maior resistncia ao deslize (se a corda estiver limpa). E ao contrrio da maioria dos blocantes, dificilmente danifica a corda. Outros itens do equipamento, entretanto, no oferecem alternativas: corda esttica, fitas tubulares para ancoragem, mosquetes com trava e as polias. Talvez se pudesse dispensar as fitas e polias, mas as vantagens de trabalhar com elas so grandes demais para descart-las. A quantidade e comprimento desse material (cordas, fitas, prusiks) dependem muito do carter do rio. Viagens em rios remotos, com corredeiras mais difceis ou com acesso limitado, certamente exigem maior quantidade dos itens mencionados e at mesmo equipamento adicional, que pode facilitar a construo de sistemas tcnicos alternativos. Alm do estojo de resgate coletivo, bastante recomendvel incluir um estojo individual para todos os guias (veja tambm a lista no anexo). Seguindo a regra que dificilmente h descidas com um bote apenas, e sem segurana, podemos concluir que numa viagem sempre h pelo menos dois acompanhantes treinados. Se eles esto equipados com o mnimo do material sugerido, no s existe material adicional em casos de emergncia, como tambm sempre h equipamento de resgate diretamente no local do incidente. Como qualquer tipo de equipamento para o rafting, o equipamento de resgate tem o seu preo e, infelizmente, sua vida til (mesmo que nunca tenha sido usado). importante revisar, aposentar e substituir o equipamento regularmente. Tratamento apropriado e manuteno cuidadosa podem prolongar o tempo de vida til deste equipamento. E claro, o maior e melhor estojo de equipamento no adianta nada, se no tiver o conhecimento para us-lo.

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E mesmo assim, deve-se estar preparado para o pior. Os impactos de um acidente fatal podem ser menores para uma empresa, se ela est trabalhando dentro de todas as normas de segurana, no deixando espao para falhas operacionais nem de segurana. A preparao interna para uma fatalidade muito importante, mesmo que ningum queira admitir a possibilidade de um acidente grave. Deve-se destacar uma pessoa para fazer o contato com a famlia da vtima e acompanh-la nas semanas seguintes. Igualmente importante a escolha de uma pessoa (e somente uma) para contatos com imprensa, clientes e o trade. indispensvel um relatrio minucioso do ocorrido, a ser feito imediatamente aps o acidente, atravs de uma auditoria e de preferncia apresentado por um dos membros do comit de Rafting. Preparar estas pessoas e contatos em tempo de calmaria, ajuda a diminuir os problemas nas tempestades. Mas os votos (claro!) so de que nunca precisemos disso.

O rafting uma das atividades mais belas e emocionantes dentro do segmento do lazer. A sensao de estar envolvido por um dos elementos mais poderosos da natureza, vencendo as corredeiras dentro de um bote inf lvel, como integrante de uma equipe, fazem desta atividade uma das mais procuradas do Turismo Aventura, no pas e no mundo. A emoo sentida provocada pela sensao do risco a que cada praticante se submete. E o controle deste risco nossa maior responsabilidade. Obedecendo a todas as normas de segurana, podemos reduzir bastante os riscos de um acidente durante uma descida. O fundo do rio sempre estar fora do nosso controle e exatamente isso o maior fator de acidentes fatais em nossa atividade. A cada ano perdemos praticantes retidos em sumidoros ou presos pelas pedras ou galhos no fundo do rio. A atividade de rafting, mesmo ocorrendo num ambiente natural, lida com turismo de massa, porque geralmente podemos contar dez botes e 50 ou 60 pessoas, descendo as corredeiras. Cada empresa gosta de computar o nmero de clientes que j levou rio abaixo. E quanto maior este nmero, maior tambm o risco de acontecer um acidente grave. Hoje temos uma fatalidade a cada 100.000 praticantes (mais ou menos), o que quer dizer que cada empresa operando o rafting corre um risco bastante mensurvel. Cada empresrio deve estar consciente de que, mais cedo ou mais tarde, vai acontecer com sua empresa, e se preparar de todas as formas. O mais importante obedecer a todas as normas de segurana e, principalmente, usar o bom senso quando se trata da navegabilidade nas corredeiras. Cliente fora do bote nunca bom negcio, portanto, deve-se eliminar ao mximo as viradas e quedas de integrantes em corredeiras.

A norma ABNT NBR 15331 especifica os requisitos para um Sistema de Gesto da Segurana (SGS) para uma empresa que pretende melhorar o nvel de segurana de sua operao ou demonstrar sua capacidade de operar em conformidade com requisitos de clientes e normas. O entendimento da norma e um bom curso ou consultoria de SGS so necessrios para que se implante um sistema eficaz na empresa. No caso do rafting, na etapa tratamento dos riscos, o SGS ser bem mais efetivo se forem levadas em conta situaes especficas do rio, como, por exemplo, tratar o risco de cada ponto crtico da descida. O SGS deve considerar todos os tempos e espaos ocupados pelo cliente enquanto este est sob responsabilidade da empresa de rafting, como na base, no transporte etc.

mais informaes consu ltar o Manual de Boas Prticas de Sistema de Gesto da Segurana.

Para

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O uso de uma cartilha ou de imagens na instruo do cliente uma prtica adotada por algumas empresas de reconhecimento internacional e pode facilmente ser aplicada na sua operao. Alguns benefcios do uso da cartilha so: - reforo na compreenso do cliente em relao a questes mais crticas de segurana - facilidade de compreenso no caso de estrangeiros ou de pessoas com deficincia auditiva - possvel aproveitar um momento tranquilo antes da descida, por exemplo, durante o transporte local, para se passar a cartilha e tirar dvidas

Em 1991, guiava na ustria em minha segunda temporada. Aprendi muito dos meus companheiros mais experientes, e, no fim da temporada anterior, fui avaliado e me capacitaram para guiar o prximo trecho mais difcil uma seco com duas corredeiras de classe IV. A maior dificuldade talvez que se tratava de um rio com corredeiras rpidas e contnuas. Os botes tm que realizar certas manobras para evitar nadadores ou viradas, mas entre as duas corredeiras principais h um remanso para descansar. Num dia em julho, no meio da temporada, entramos no rio com 6 botes, 4 guias experientes e dois na sua segunda temporada, incluindo eu mesmo. O volume do rio foi considerado um pouco acima do normal e as ordens foram bem claras: ningum passe o trip leader no primeiro bote, ningum fique atrs do sweap boat, o ltimo bote, com o material de resgate. Os guias com menos experincia fiquem alternadamente entre os mais experientes, e as distncias entre os botes, que no passem de 2-3 comprimentos de bote. Prestar ateno aos botes na sua frente e aos botes atrs - procedimentos padres da empresa com qualquer nvel da gua. A primeira parte passou sem problemas e todos os botes chegaram ao remanso de descanso. Quando continuamos a descida, acabei sendo o primeiro bote e decidi frear, usando um refluxo para reentrar na minha posio. Lembrei que jamais corremos este refluxo, porque tem um reverso plano, comprido e feio. A idia foi entrar um pouco rio abaixo do refluxo e usar o reverso para girar e frear o bote, deixando o trip leader passar. Quando a proa entrou na parte do reverso, um cliente caiu do bote e desapareceu no refluxo. Tirei o meu cabo de resgate imediatamente, mas o homem no apareceu. A equipe congelou! Fiquei com medo, mas passei o nosso sinal de nadador para o prximo bote. Dez segundos depois, o trip leader da descida passou o refluxo por centmetros, olhou nada , mas tambm passou o sinal para o prximo guia, que cruzou poucos segundos depois. Por ter recebido o sinal, ele olhou no refluxo, inclinou-se para fora do bote e tirou o cara do reverso. Tudo isso aconteceu em menos de 30 segundos, mas pareceram vrios minutos. O nadador estava bem, muito assustado, mas vivo.

Voc far um rafting em guas brancas. Esta uma atividade de aventura sria em que o elemento risco est presente. Todo o equipamento que voc utilizar foi desenvolvido para garantir sua proteo e segurana.
Seguem algumas dicas que iro ajud-lo a desfrutar da experincia de fazer um rafting.

Um erro de guiada? Sim. Sorte? Sim e no. Porque graas filosofia de humildade e ao excelente treinamento dos nossos instrutores, rigidez e firmeza dos nossos lderes nas descidas, e especialmente confiana e segurana entre todos ns, que sempre estamos cuidando um do outro, o grupo, a equipe, salvou o dia. Depois daquela, quase encerrei minha carreira como guia de rafting, mas meus amigos me convenceram a guiar na descida seguinte. Falaram que seria a melhor maneira de passar este susto, crescer aprendendo, e assim, desci. Deu certo. Aprendi. Obrigado! Hoje 16 anos mais tarde, continua sendo uma grande lio para mim.

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s corredeiras normalmente se localizam em regies montanhosas do interior, perto de pequenas cidades ou comunidades rurais. A prtica do rafting nestas regies excelente oportunidade para desenvolver um turismo baseado na responsabilidade social. Pessoas menos favorecidas tm a oportunidade de se tornar prestadores de servio para empresas de rafting, limitando assim o xodo rural e dando maior valor prpria comunidade e cultura. Isso o exemplo de Taboquinhas, perto da cidade baiana de Itacar, onde pelo menos 25 jovens optaram por permanecer na comunidade como guias de rafting. As possibilidades, porm, vo muito alm da prpria atividade do rafting. Uma parte da comunidade est envolvida num projeto que visa a sustentabilidade da regio. Turistas podem conhecer as roas de cacau, conviver com a comunidade no dia-a-dia, na pescaria no rio, nas colheitas de cacau, na produo de farinha. Tambm experimentam confeccionar o berimbau, ter aula de capoeira e forr, alm das prprias atividades de Turismo de Aventura como rafting, rapel e tirolesa. Venda de artesanato local, pequenos restaurantes e pousadas das pessoas da prpria comunidade fecham o crculo para um desenvolvimento saudvel de uma comunidade do interior. O projeto destaca a cultura regional, preserva o meio ambiente e capacita jovens da comunidade para serem eles mesmos, empreendedores, sem abrir mo da profisso de pescador ou agricultor.

A relao de uma empresa com o meio ambiente comea por suas instalaes: a maneira como evita desperdcios, quanto utiliza de papel, se faz coleta seletiva de resduos e quanto utiliza de tcnicas sustentveis (coleta de gua da chuva, gerao alternativa de energia, uso responsvel de recursos naturais). A forma como planeja e opera seus servios, multiplicada pela sua frequncia no rio far muita diferena em relao a impactos ambientais. Duas entidades que estudam e divulgam os comportamentos de mnimo impacto em ambientes naturais so o Pega Leve (www.pegaleve.org.br) e a Leave no Trace (www. lnt.org em ingls). O Ministrio do Meio Ambiente tambm tem o programa Conduta Consciente em ambientes naturais, que pode ser pesquisado no site: www.mma.gov.br/ port/sbf/dap/comopart.html.

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Com o crescimento do Ecoturismo e do Turismo de Aventura, e, consequentemente, dos impactos provocados em ambientes naturais, surge a necessidade de adotarmos prticas de mnimo impacto. Assim ser possvel combinarmos as atividades de turismo e de conservao, respeitando tanto os ecossistemas, quanto as expectativas e a qualidade da experincia desfrutada pelos visitantes. Com novas atitudes, sua empresa pode contribuir para manter intocados os destinos ecotursticos, promover a educao ambiental e desenvolver uma conscincia de conservao e respeito ao meio ambiente. Para evitar o impacto do lixo e da deteriorao das reas frequentadas em que sua empresa opera, so necessrios alguns hbitos simples que do maior qualidade operao e agregam valor ao servio oferecido.

importante conscientizar os visitantes a respeitar animais e plantas, ensinando-os a no alimentar animais nativos e no destruir ninhos e plantas. Na natureza, tudo se inter-relaciona, qualquer alterao, por menor que seja, pode comprometer todo o ecossistema.

Incentive e pratique a convivncia positiva entre visitantes, condutores e a comunidade. Ao determinarmos os locais das operaes de rafting, a descida pode muitas vezes passar por lugares ainda isolados, onde vivem pessoas e comunidades ainda alheias existncia desse tipo de evento. A cordialidade entre visitantes e o respeito aos hbitos e costumes da populao que vive e trabalha no local visitado, fundamental para a sustentabilidade da operao. Esses so alguns procedimentos simples, mas que se observados atenciosamente podero melhorar a qualidade de vida de todos os envolvidos: os moradores locais, a equipe de trabalho e os clientes. E, principalmente, ajudaro na conservao desse grande patrimnio que herdamos e temos a responsabilidade de cuidar.

Um nmero grande de pessoas passando pelo mesmo local num curto intervalo de tempo causa impactos significativos no ecossistema, que pode levar muito tempo para se recuperar. Algumas consequncias so a eroso de trilhas e caminhos, prejuzos vegetao nativa, destruio de ninhos, tocas, locais de alimentao e bebedouros de animais. Escolha cuidadosamente os locais de entrada e sada das operaes, manejando trilhas e procurando locais onde o impacto seja o menor possvel.

Falar em sustentabilidade hoje em dia no significa falar somente em reduo de impactos! A influncia ecolgica e social nos negcios tem efeitos econmicos cada vez mais profundos e a cada dia evolui a ideia de que o objetivo nico e exclusivo da empresa no somente produzir lucro. Obviamente, sem lucro nenhuma empresa se sustenta, mas cada vez mais a tica, a responsabilidade social e o meio ambiente so questes que devem preocupar empresas que pretendem ser slidas e diferenciarem-se no mercado. fundamental lembrar que tica nos negcios acontece quando cada empresa toma suas decises respeitando o direito, os valores e os interesses de todos aqueles que, de uma forma ou de outra, so afetados por ela. Com base nas 7 diretrizes estabelecidas pelo Instituto Ethos de Responsabilidade Social Empresarial tudo fica mais simples! Elas sintetizam, de maneira clara e objetiva, os aspectos que fazem parte de uma gesto socialmente responsvel: Valores, Transparncia e Governana | Pblico interno | Meio Ambiente | Fornecedores | Consumidores e Clientes | Comunidade | Governo e Sociedade Para mais informao consulte:
www.abeta.com.br/aventura-segura/socioambiental www.ethos.org.br

Nos locais onde se pratica rafting, essencial a criao de fossas sanitrias e coleta seletiva do lixo deixado pelos turistas. Onde no for possvel a construo deste tipo de melhoria, deve-se trazer todo o lixo de volta (inclusive o orgnico) para um local que possua a destinao correta.

Em terra, o correto seria urinar a uma distncia de no mnimo 60 metros de qualquer fonte de gua, longe de caminhos por onde naturalmente a gua da chuva escorre. Durante a descida do rio, a melhor opo urinar dentro do prprio, j que o volume de gua dilui a urina rapidamente. Quanto s fezes, devem ser enterradas a no mnimo 15 cm de profundidade e 60m de distncia de qualquer fonte dgua. Tape o buraco com terra e cubra com uma pedra, de modo que no seja remexido por animais.

Estimule entre seus clientes essas prticas, educando-o a no levar lembranas, como flores e plantas para casa, e no deixar marcas em rvores ou pedras.

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Em qualquer projeto de instalao e ampliao de um empreendimento, sempre necessrio lembrar do impacto social que esse progresso pode gerar. Uma forma muito simples de ficar atento a esse problema e encontrar solues para minimiz-lo, manter uma boa relao com a comunidade local. No caso do rafting, essa relao mais fcil de ser feita, pois se o projeto bem planejado, ele est fomentando a gerao de renda local e valorizando a identidade cultural do destino. Nesse caso, lideranas locais so pessoas chaves para compartilhar tomadas de deciso em relao a avanos empresariais. Outros segmentos da sociedade podem no estar diretamente envolvidos, mas necessrio que a empresa se conscientize de quem so e de que forma os impacta. Pescadores da comunidade, por exemplo, que podem ter sua atividade prejudicada com o movimento dos botes. Uma vez sabendo disso, possvel discutir e planejar alternativas de reduo desses impactos.

comunidade de alguma forma menos favorecida, assume um papel importante nesse processo de desenvolvimento. Pode assim criar uma forma de ajudar a alavancar a economia de uma regio. Para isso no virar s um discurso, dever ser muito consciente na forma como contrata os servios locais no que diz respeito a preos (no praticando valores muito baixos) e volumes (no prometendo quantidades que no for cumprir). Existem instituies que tm como finalidade o desenvolvimento e a capacitao de empreendedores locais. O empresrio do rafting pode fazer a articulao entre seus fornecedores atuais, fornecedores potenciais e essas instituies, para elevar o nvel de qualidade dos prestadores de servio do destino em que atua. Alguns exemplos de instituies que podem ajudar com capacitao so do Sistema S como o SEBRAE, o SENAC e o SENAR. Alm, claro, das Secretarias de Turismo do Estado.

Uma das formas de se conseguir sustentabilidade num projeto de rafting priorizando os fornecedores locais. importante que a empresa procure deixar a maior porcentagem possvel do valor faturado na prpria comunidade, atravs da contratao de tantos servios locais quanto possvel. Tambm valido dar espao, criando uma rede de parcerias, para que o turista frequente outros estabelecimentos na regio, contemplando a agricultura familiar, por exemplo. Para se conseguir isso, muitas vezes, ser preciso fazer um trabalho de base para se criar a conscincia de qualidade no atendimento, segurana e ganho, sem explorao do turista. Uma ficha de avaliao que o turista preenche ao final de um roteiro pode tambm contemplar a avaliao dos servios dos parceiros. Assim, possvel muni-los de informaes quanto a percepo do turista em relao ao seu trabalho. Na era do comrcio justo e do consumo responsvel, no s porque atrai uma fatia crescente de consumidores conscientes, mas, principalmente, porque atende necessidade de se reduzir as desigualdades sociais e econmicas, deve-se pensar no todo. Uma empresa de Turismo de Aventura, que pode estar lidando com uma

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dos atletas tanto fisicamente como tecnicamente, por esse motivo tem um peso maior na pontuao. As empresas de rafting devem conhecer, entender e aplicar as seguintes normas que dizem respeito a sua atuao:
ABNT NBR 15285 Turismo de Aventura Condutores Competncia de pessoal ABNT NBR 15286 Turismo de Aventura Informaes mnimas preliminares a clientes ABNT NBR 15331 Turismo de Aventura Sistema de Gesto da Segurana Requisitos ABNT NBR 15370 Turismo de Aventura Condutores de rafting Competncias de pessoal

Uma prova que foi abandonada desde 2001 a prova de resgate, que dava maior importncia para o treinamento dos atletas para situaes de resgate. Estamos trabalhando para que essa prova volte a acontecer nos campeonatos brasileiros.

Por Denilson de Lima - Supervisor de Rafting da CBCA - Confederao Brasileira de Canoagem indiscutvel o aprimoramento tcnico dos condutores em campeonatos de rafting, pois somente treino e prtica levam ao desenvolvimento profissional. Num campeonato, as descidas, a velocidade das tomadas de decises, as improvisaes, o aperfeioamento da leitura dos rios so fundamentais para um bom desempenho. Tambm h o conhecimento de novos rios, a troca de experincias entre as equipes e, principalmente, a formao do esprito de equipe como motivao profissional.

O campeonato de rafting composto hoje por trs provas.

Na primeira bateria eliminatria, as equipes competem individualmente em funo do tempo. As equipes que fazem o melhor tempo tero preferncia na prxima largada. Aps a primeira bateria eliminatria, as equipes competem em pares, lado a lado, simultaneamente. A vencedora classificada para uma prxima bateria, sucessivamente at restar apenas uma, a vencedora.

O objetivo da prova de Slalom cumprir um percurso que pode variar entre 300 e 600 metros delimitados por portas, no menor tempo possvel, com o mnimo de penalizaes. A largada dever ser realizada individualmente com intervalos de 1 a 4 minutos, conforme a necessidade, e a durao de uma nica descida deve ser entre 3 e 4 minutos. A ordem de largada dever obedecer, se possvel, o inverso do resultado geral da prova. Assim, a equipe com maior nmero de pontos at este momento largar por ltimo.

Esta prova consiste em descer um trecho delimitado do rio num percurso total que no pode ultrapassar 60 minutos. Esta prova a mais importante por exigir mais

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RAFTING

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O contato com a Natureza, suas cores especiais, o brilho da luz do sol no rio, a fora da mata que cerca o olhar para todas as direes, a presena das montanhas como guardis, a energia das guas contagiando a cada corredeira, nutrindo o esprito dos aventureiros com as ondas que passam pelo bote, mas que ficam no corao. Sair um pouquinho da correria da cidade grande, quebrar a rotina, reciclar as vibraes, relaxar, simplesmente dedicar um momento pra voc e por voc! Interagir com a diversidade humana, o alto astral caracterstico dos guias e a troca de experincias com as pessoas interessantes que se conhecem no bote! Os ensinamentos do cho que se move: o rio! A determinao da gua que segue em frente com a certeza do rumo que busca o mar, a capacidade de docilmente envolver e ser envolvida pelas pedras sem criar nenhum conflito, apenas fluindo pelo caminho que o universo lhe oferece, dosando entre a euforia das corredeiras e a tranquilidade do remanso, entre o inesperado dos trechos e a segurana de ser parte do universo! A adrenalina que corre nas veias mais intensas e explosivas por um lado, mas tambm oportunidades de conhecer melhor a gente mesmo: ... no suspiro que mistura agradecimento alvio alegria quero mais, ... nos gritos desvairados, ... na capacidade de confiar no ser humano: o guia, o grupo, voc mesmo! ... o silncio que paira nos remansos, a vontade de reverenciar a vida, ... olhar para dentro e sentir tudo isso pulsar como o ritmo da remada ! Vale conferir!
Rose Naiana Professora de Yoga

Na busca por informaes para esse manual, contei com a valiosa colaborao de diversas pessoas. Seus comprometimentos com o rafting e seus desprendimentos em relao a conhecimentos adquiridos em anos de experincia merecem louvor e meus sinceros agradecimentos. Nas oportunidades que tive de descer rios com alguns desses apaixonados por rafting, sempre aprendi observando seu comportamento e seu respeito pelos rios. Certamente os ganhos que o rafting brasileiro tiver com esse manual, ser em grande parte mrito desses profissionais: Denilson de Lima - supervisor de rafting Fernando Jorge Buso - condutor de rafting Massimo Desiati Otto Hassler Paulo Spinelli - condutor de rafting e socorrista Thomas Schrner

ADDISON, Graeme. White Water Rafting: The Essential Guide to Equipment and Techniques , 2000. ADDISON, Graeme. White Water: The Worlds Wildest Rivers, 2001. ABNT NBR 15285 Turismo de Aventura Condutores Competncia de pessoal Publicada em 31/Out/2005. ABNT NBR 15286 Turismo de Aventura Informaes mnimas preliminares a clientes Publicada em 31/Out/2005. ABNT NBR 15331 Turismo de Aventura Sistema de Gesto da Segurana Requisitos Publicada em 30/Dez/2005. ABNT NBR 15370 Turismo de Aventura Condutores de rafting Competncias de pessoal Publicada em 31/Mai/2006. INTERNATIONAL RAFTING FEDERATION IRF. River Grading System. JOHNSON, Jimmie. White Water Rescue Manual: Tactics and Techniques for Great River Adventures , 1994.

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O rafting utiliza termos especficos, principalmente para nomes de equipamentos, tcnicas e obstculos no rio, eis alguns deles: a prtica de se descer um trecho do rio com colete e capacete, sem embarcao. Usada em corredeiras fceis e profundas, com segurana reforada. corrente af lora na superfcie formando uma bolha. o que leva a carga do grupo inteiro, em situaes em que uma ou mais refeies sejam servidas no rio ou em descidas que envolvam pernoite. situao de alto risco, quando o bote fica preso numa corredeira forado pela presso da gua. subida repentina do nvel do rio, causada por uma grande quantidade de chuva em sua cabeceira. Situao possvel em rios com cabeceiras em serras e montanhas. corda adequadamente acondicionada dentro de um saco, pronta para ser lanada a qualquer nadador e traz-lo de volta ao bote. Possui diversos comprimentos, de acordo com o tipo de situao em que possa ser usada. opo mais segura de descida de uma corredeira. quando mais botes ou pessoas j se antecipadamente em posio de ocasionais nadadores, durante a de uma corredeira ou trecho um ou colocam resgatar descida do rio. o guia-chefe de uma descida, independente de quantos botes houver. Normalmente o condutor mais experiente e tem o poder de deciso numa descida. tambm chamado de V rio abaixo, rea da entrada de uma corredeira que tem a superfcie lisa demonstrando a entrada de um canal de gua. termo usado para se referir s pessoas que caram do bote. Onda estourando as ondas em desnveis maiores podem estourar, com a crista caindo de volta em direo base. uma quantidade de entulho (pedras e troncos) acumulado num determinado lugar do rio. Em caso de um resgate, onde equipamentos e nadadores tm maior chance de ficarem retidos. sistemas usados para se criar uma grande fora de trao atravs de um cabo, normalmente usados para arrancar um bote preso numa corredeira. Os mais utilizados so: sistema de trao alternativo que tem como uma das vantagens liberar parte do material aps a corda principal estar tensionada. Ver figura. Ilustrao do Pig Rig. sistema de trao normalmente usado pa ra t i ra r u m bote preso pela presso da gua. Ver figura. Ilustrao do Z-track. situao acidental ou intencional, quando o bote fica preso na hidrulica de um refluxo.

um caiaque inf lvel. fita tubular (ou chata ou mesmo um cabo) utilizada principalmente para desvirar o bote. Possui uma ala em cada ponta para a colocao de um mosqueto.

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