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Como Se Altera o Granito

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EXTERNATO FREI LUS DE SOUSA BIOLOGIA E GEOLOGIA ANO LETIVO 2012/2013

COMO SE ALTERA O GRANITO?


Relatrio da atividade laboratorial

Rben Rodrigues

CATARINA SILVA, RITA REBOCHO, RBEN RODRIGUES E SARA LOBO ALMADA, 11 DE MARO DE 2013

Externato Frei Lus de Sousa

Biologia e Geologia Ano Letivo 2012/2013

NDICE Resumo ............................................................................................................................... 2


Introduo ........................................................................................................................... 3 O Granito ......................................................................................................................... 3 Composio mineralgica do granito e as suas influncias na cor, brilho e dureza da rocha........................................................................................................................................ 3 As condies de formao do granito e as suas influncias na textura da rocha .......... 4 A Meteorizao do Granito............................................................................................... 4 A Meteorizao Fsica do Granito................................................................................. 5 A Meteorizao Qumica do Granito ............................................................................. 6 Caulinizao ............................................................................................................. 7 Oxidao................................................................................................................... 7 Antes da atividade ........................................................................................................... 7 Protocolo experimental ........................................................................................................ 9 Material ............................................................................................................................ 9 Procedimento ................................................................................................................... 9 Observaes ....................................................................................................................... 9 Concluso ......................................................................................................................... 11 Bibliografia......................................................................................................................... 13

Como se altera o granito Catarina Silva, Rita Rebocho, Rben Rodrigues e Sara Lobo

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RESUMO
A atividade laboratorial pretendia analisar as diferenas entre uma amostra de granito so e outra amostra de granito alterado, como forma de percecionar, em termos prticos, os processos de meteorizao fsica e qumica. Verificaram-se diferenas entre a dureza, brilho e cor das amostras analisadas. Concluiuse que estas alteraes seriam resultado quer da meteorizao fsica do macio original (com aumento da superfcie de exposio aos agentes externos) quer da meteorizao qumica, mais concretamente, da caulinizao, em que um dos minerais primrios do granito o feldspato reage com o cido carbnico, formando um mineral de argila a caulinite.

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INTRODUO
Esta atividade laboratorial surgiu no mbito do estudo da meteorizao fsica e qumica do granito e teve como objetivo compreender o efeito da meteorizao nas caractersticas da rocha, atravs da anlise comparada de uma amostra de granito s e de outra alterada.

O GRANITO
O granito (Figura 1) uma rocha magmtica intrusiva ou plutnica, que tem como minerais primrios o feldspato e o quartzo, podendo ter associados outros minerais, como algumas micas, piroxena, anfbola e olivina.
Figura 1 - Amostra de granito.
in http://www.infoescola.com/wpcontent/uploads/2010/06/granito2.jpg

COMPOSIO MINERALGICA DO
GRANITO E AS SUAS INFLUNCIAS NA COR, BRILHO E DUREZA DA ROCHA Os feldspatos so uma famlia de minerais da qual entram na composio mineralgica do granito, os minerais de ortclase (Figura 2) e de microclina (Figura 3), que tm a mesma composio qumica, KAlSi3O8, mas tm uma estrutura cristalina diferente. O quartzo (Figura 4), que quimicamente dixido de silcio (SiO2), um mineral halocromtico, cujos cristais conferem um pequeno brilho vtreo a algumas amostras de granito. Em termos mdios, a abundncia relativa de quartzo no granito de 40%. Estes nmeros so explicados pelo
in http://www.mineralsrodrigues.com/fo lder/0507.jpg

Figura 2 - Ortclase.
in http://www.dct.uminho.pt/pnpg/trilho s/pitoes/paragem3/ortoclase.jpg

Figura 3 - Microclina.
in http://www.forominerales.com/forum/files/microclina_1_186.j pg

Figura 4 - Quartzo ametista.

Figura 5 - Micas (biotite e moscovite)


in http://geology.com/minerals/photos/bioti te-15.jpg

facto de o granito resultar do arrefecimento de magmas muito ricos em slica (magmas cidos). As micas (Figura 5) so um grupo de minerais, muito comuns na esmagadora maioria dos tipos de granito, que se caracterizam por uma baixa dureza. A biotite e a moscovite so das

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Externato Frei Lus de Sousa micas mais frequentes no granito. Destacam-se ainda os minerais ricos em ferro e magnsio os minerais ferromagnesianos a piroxena, a anfbola (Figura 6), a biotite e a olivina (Figura 7) que, por terem uma cor escura ( exceo da olivina, que apresenta cor verde), determinam a cor mais ou menos escura do granito, conforme existam mais ou menos na rocha. O facto de o granito ser uma rocha bastante ntegra e de se riscar com alguma dificul-

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Figura 6 - Anfbola.
in http://upload.wikimedia.org/wikipedi a/commons/9/9d/Amphibole.jpg

Figura 7 - Olivina.
in http://www.pitt.edu/~cejones/GeoI mages/1Minerals/1IgneousMineralz/Oli vine/Peridotite.jpg

dade, deve-se maioritariamente ao facto de a dureza relativa dos seus minerais primrios, os feldspatos (ortclase) e o quartzo, ser de 6 e 7 da escala de Mohs, respetivamente.

AS CONDIES DE FORMAO DO GRANITO E AS SUAS INFLUNCIAS NA TEXTURA DA


ROCHA Como rocha magmtica plutnica (Figura 8) que , o granito resulta do arrefecimento lento e gradual do magma, em profundidade. O magma que d origem ao granito muito rico em slica (SiO2) e, como em profundidade arrefece muito lentamente, os cristais (nomeadamente de quartzo) tm tempo de se desenvolver para dimenses macroscopicamente visveis, o que lhe confere uma textura mais heterognea que, por exemplo, o basalto (rocha magmtica vulcnica ou extrusiva). As elevadas condies de presso e temperatura em profundidade esto associadas sua gnese. No entanto, ao experimentarem condies ambientais substancialmente diferentes das registadas em profundidade, os seus minerais e a prpria rocha tendem a tornar-se instveis no novo meio.
Figura 8 - O granito uma rocha magmtica intrusiva, que se forma em profundidade. J o basalto uma rocha magmtica extrusiva, que se forma superfcie.
in http://www.cientic.com/imagens/qi/rochas/rochas10.png

A METEORIZAO DO GRANITO
Todas as rochas que se encontram superfcie, esto sujeitas aos agentes externos e por isso sujeitas a sofrer alteraes. A meteorizao precisamente o processo que designa a altera-

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o das rochas, por ao dos agentes de meteorizao como a gua, o vento, os seres vivos, a atmosfera, etc De acordo com o modo como se processa e em funo dos seus produtos, a meteorizao pode ser fsica ou qumica. Apesar de raramente ocorrerem separadamente e de at serem complementares, existem fronteiras bem definidas entre os dois tipos de meteorizao.

A METEORIZAO FSICA DO GRANITO


Falamos em meteorizao fsica, quando, por ao de foras mecnicas, se verifica alterao fsica da rocha com o aumento da desagregao da rocha original. Os agentes de meteorizao fsica so, por exemplo, os seres vivos, a gua, as variaes de temperatura e de presso. O granito, como todas as outras rochas, no indiferente meteorizao fsica. Acontece que a baixa presso e temperatura da superfcie contrastam com a presso litosttica e a temperatura elevadas sentidas em profundidades. Esta diferena substancial de presso e temperatura experimentada pelo granito, proporcionando-lhe uma expanso de volume descompresso o que origina uma rede de fraturas, a que se chamam diclases. Estas fissuras proporcionam um aumento da rea de exposio (Figura 9) aos agentes de meteorizao fsica e qumica.
Figura 9 - Uma intensa rede de diclases aumenta a rea superficial de uma rocha, o que proporciona uma maior exposio aos agentes externos.
in http://2.bp.blogspot.com/_sRg6mUUyg4/Sc54R_9utdI/AAAAAAAAAwE/FltxV641Mks/s400/sl_21.jpg

Como j se disse, a fracturao de grandes macios de granito, devido sua descompresso, leva a que o macio esteja mais exposto a meteorizao. medida que os vrios fragmentos vo sendo meteorizados, verificam-se dois fenmenos simultneos e complementares: Arredondamento dos blocos as arestas e os vrtices dos blocos entre as diclases vo sendo erodidas, verificando-se um arredondamento dos blocos. frequente encontrar-se um tipo de paisagem geolgica que resulta deste fenmeno, a que se chama caos de blocos (Figura 10); Arenizao como resultado tanto da meteorizao fsica como qumica, forma-se uma areia grantica em torno dos blocos e que depois pode ser sofrer sedimentaComo se altera o granito Catarina Silva, Rita Rebocho, Rben Rodrigues e Sara Lobo
Figura 10 - Caos de blocos, paisagem geolgica.
in http://1.bp.blogspot.com/4dx4prjbQNc/T0UO2Tj0DdI/AAAAAAAAAMg/oUfDqr2NTvY/s 1600/O+Caos+de+Blocos+(+Granito).jpg

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o e diagnese, formando uma rocha sedimentar detrtica. Os vrios agentes de meteorizao fsica, no granito como noutras rochas, tm o efeito de aumentar a desagregao da rocha. A gua, ao circular por entre as fissuras do granito, pode: Congelar, se as temperaturas estiverem abaixo de 0C, aumentando de volume e formando gelo que pressiona as fissuras, aumentando a desagregao da rocha (crioclastia); Evaporar e/ou promover a precipitao das substncias dissolvidas, se as temperaturas forem elevadas ou se o equilbrio qumico se deslocar no sentido da precipitao das substncias. Em qualquer um dos casos, o precipitado promove o alargamento das diclases aumentando a desagregao da rocha (haloclastia).

Figura 11 - Crioclastia.
in http://4.bp.blogspot.com/_Ass4GXUO6X8/Sc7VzugZ0sI/AAAAA AAAATo/hS7e-PDTzWQ/s400/crioclastia.jpg

Figura 12 - Haloclastia.
in http://4.bp.blogspot.com/RPJ6EGCKgmc/TyWMnjjDjmI/AAAAAAAAAAc/KxNnuMBefMw/s1600/digitalizar000 8.jpg

Os seres vivos so grandes agentes de alterao das rochas. Os lquenes, por exemplo, fixam-se nas rochas e nas suas fissuras, aumentando a sua desagregao. A supracitada descompresso (alvio da presso) e as contraes e dilataes trmicas (diferenas de temperatura termoclastia Figura 13) tambm contribuem para a desagregao da rocha.

A METEORIZAO QUMICA DO GRANITO


A meteorizao qumica o fenmeno de transformao de minerais noutros minerais ou substncias, mais estveis nas condies ambientais em que se encontram. Os produtos da meteorizao qumica podem ser solveis,
Figura 13 - Termoclastia.
in http://4.bp.blogspot.com/_Ass4GXUO6X8/ Sc7XdAPT_pI/AAAAAAAAAUo/_1Nc6MN dSg4/s400/termoclastia.jpg

sendo removidos pela gua, ou insolveis, ficando no local original e constituindo novos minerais. Existem vrios agentes de meteorizao qumica mas os mais importantes so a chuva e a atmosfera oxidante.

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CAULINIZAO
Na atmosfera, as molculas de gua (H2O) que compem a fase lquida deste subsistema terrestre reagem com o dixido de carbono (CO2), formando cido carbnico (H2CO3). () ( ) ( ) O cido carbnico, em soluo aquosa, dissocia-se nas suas unidades estruturais: os ies de hidrognio (H+) e os ies de hidrogenocarbonato (HCO3-). ( ) ( ) ( ) Quando a gua da chuva, que contm o cido carbnico dissociado, contacta com o granito, mais concretamente com os seus minerais de feldspato (KAlSi3O8), dada a sua instabilidade superfcie, os ies de hidrognio (H+) vo substituir os ies potssio (K+) na estrutura cristalina do mineral, formando compostos solveis slica (SiO2), ies potssio (K+) e ies hidrogenocarbonato (HCO3-) e um composto insolvel a caulinite (Al2Si2O6(OH)4 um mineral de argila Figura 14) que menos coerente, o que contribui para a meteorizao fsica. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) A este processo chama-se caulinizao um processo de meteorizao qumica por ao da gua, sendo designada como um processo de hidrlise.
Figura 14 - Caulinite.
in http://upload.wikimedia.org/wikipedia/co mmons/9/94/KaolinUSGOV.jpg

OXIDAO
Apesar de as piroxenas e outros minerais ferromagnesianos como a biotite e a olivina, entrarem em propores inferiores a 20% na maioria das amostras de granito, importante registar que a alterao qumica do granito no detida em exclusivo pela caulinizao a oxidao , portanto, um processo de meteorizao que pode afetar o granito quimicamente. Quando os minerais que contm ferro, entram em contacto com a atmosfera oxidante, tendem a formar xidos de ferro, sendo que o io ferroso (Fe2+) passa frrico (Fe3+). A piroxena, presente em algumas amostras de granito, transformada em hematite, atravs deste processo.

ANTES DA ATIVIDADE
O macio grantico de Sintra (Figura 15) um dos mais conhecidos macios granticos da regio de Lisboa, que se ter instalado h aproximadamente 95 M.a., tendo atualmente 10 quilmetros de comprimento por 5 quilmetros de largura. Este macio, por foras tectnicas e por eroso dos estratos sedimentares sobrejacentes, aflorou superfcie. Desde ento tem, como todas as outras rochas que esto expostas superfcie, estado sobre a ao dos agentes de me-

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Externato Frei Lus de Sousa teorizao fsica e qumica.

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Figura 16 - Lagoa Azul, Sintra.


in http://ipt.olhares.com/data/big/222/2229819.jpg

Figura 15 - Reconstruo do passado geolgico da regio.


in http://geohistorialx.webnode.pt/serra-de-sintra2/ascensaodomacico/

comum a existncia de lagoas nos macios granticos devido existncia de grande quantidade de partculas argilosas, resultantes da meteorizao qumica do granito. A quantidade substancial destes minerais, como a caulinite, que se caracterizam por serem impermeveis, faz com que haja reteno da gua da chuva, formando lagoas. No caso concreto do macio grantico de Sintra, a Lagoa Azul (Figura 16), um bom exemplo de uma lagoa deste tipo, de onde alis provm as amostras de granito que foram analisadas nesta atividade laboratorial. Com esta atividade, esperamos, observar diferenas substanciais entre a cor e dureza das amostras de granito so e alterado, que vamos analisar, devido aos fenmenos de meteorizao fsica e qumica que a amostra alterada ter sofrido.

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PROTOCOLO EXPERIMENTAL
MATERIAL
Caixas de Petri contendo amostras de granito so e alterado, provenientes da Lagoa Azul, na Serra de Sintra; Bisturi; Dois gobels contendo gua;

PROCEDIMENTO
1) Observaram-se as caractersticas macroscpicas das amostras de granito so e alterado, no que respeita cor e brilho. Registaram-se as observaes; 2) Exerceu-se uma ao mecnica sobre ambas as amostras de granito, com o auxlio do bisturi, observando-se e registando-se as alteraes. 3) Colocou-se cada uma das amostras num gobel, contendo gua, observando-se e registando-se todas as alteraes. 4) Procedeu-se limpeza e arrumao de todo o material utilizado.

OBSERVAES
Os ensaios realizados com as amostras de granito permitiram-nos construir a Tabela 1.
Tabela 1 - Resumo das observaes

Teste Cor

Granito So Cor-de-rosa, branco, cinzento e preto

Granito Alterado Alaranjado (Trreo)

Bao, com alguns Brilho pontos com brilho vtreo


Figura 17 - Amostra de granito so
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Bao
Figura 18 - Amostra de granito alterado
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Dureza

No se desintegra
Figura 19 - Ao mecnica sobre a amostra de granito so
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Desintegra-se facilmente
Figura 20 - Ao mecnica sobre a amostra de granito alterado
Rben Rodrigues

Alteraes na gua

Tom acastanhado, Sem alteraes


Figura 21 - Amostra de granito so imersa
Rben Rodrigues

partculas em suspenso
Figura 22 - Amostra de granito alterado imersa
Rben Rodrigues

Da anlise macroscpica da amostra de granito so (Figura 17) foi possvel identificar uma tonalidade cor-de-rosa e branca, misturada com alguns tons escuros. Pde-se ainda observar alguns cristais visveis, que conferiam um brilho vtreo a certas partes da amostra. No que respeita anlise da amostra de granito alterado (Figura 18) observou-se que este apresentava uma cor prxima do laranja e do amarelo, denotando uma cor trrea. Os cristais observados na amostra de granito so no eram evidentes nesta amostra. Quando se exerceu uma ao mecnica sobre as amostras de granito, utilizando o bisturi, verificou-se que a amostra de granito so no se desintegrava (Figura 19), ao contrrio da amostra de granito alterado, que se desfazia com facilidade (Figura 20). Quando se colocou a amostra de granito so dentro de gua, no se verificaram alteraes (Figura 21). No entanto, quando efetuado o mesmo procedimento com a amostra de granito alterado, verificou-se uma alterao na tonalidade da gua (Figura 22) para um tom acastanhado, observando-se a presena de partculas em suspenso.

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CONCLUSO
Com a realizao desta atividade laboratorial, tivemos oportunidade de observar, na prtica, as consequncias da meteorizao fsica e qumica do granito que estudmos nas aulas de Geologia. Observando macroscopicamente as amostras de granito que nos foram fornecidas (oriundas da Lagoa Azul, em Sintra), as diferenas entre o granito so e o granito alterado so evidentes, principalmente no que diz respeito sua cor. So vrios os fatores que nos fazem distanciar a amostra de granito alterado da amostra de granito so. Qualquer das diferenas observadas no ser decerto da exclusiva responsabilidade da meteorizao qumica ou da exclusiva responsabilidade da meteorizao fsica a amostra de granito alterado diverge da amostra de granito so, tanto devido meteorizao fsica, como devido meteorizao qumica, verificando-se uma complementaridade dos dois tipos de meteorizao. A meteorizao fsica ter contribudo para a alterao da amostra de granito devido fragmentao do macio original (rede de diclases), com consequente aumento da rea de exposio aos agentes externos, como a gua da chuva. O facto de o granito estar exposto gua das chuvas, que contm cido carbnico na sua composio, o principal fator para a meteorizao qumica do granito, transformando (como j explicado) os feldspatos que o constituem, em caulinite, um mineral de argila que atribui amostra alterada um tom alaranjado. Sendo a caulinite um mineral de argila (de dureza relativa 2/2,5), simples perceber as alteraes na dureza da rocha quando alterada pois a caulinite que (por ser insolvel) passa a constituir o novo mineral da rocha (caulinito), desagrega-se muito mais facilmente que os feldspatos, atribuindo assim um grau de dureza extremamente inferior amostra de granito alterado, quando comparado com a amostra de granito so, permitindo assim que esta se desintegre com um simples bisturi. O facto de, quando se imergiram as amostras, se terem registado diferenas entre a amostra de granito so (em que no se registaram alteraes) e a amostra de granito alterado (em que a gua ficou turva, acastanhada e com partculas em suspenso), deve-se fraca coeso da amostra de granito alterado, comparativamente com a amostra de granito so. Uma vez mais fraca, a amostra de granito alterada (com caulinite) tende a fragmentar-se em pequenas partculas que ficam em suspenso e do aquele tom gua, o que no se verifica na amostra de granito so. Quanto ao brilho, a meteorizao fsica e qumica ao contriburem para o aparecimento de novos minerais como a caulinite, conduzindo a que os cristais de quartzo visveis macroscopicaComo se altera o granito Catarina Silva, Rita Rebocho, Rben Rodrigues e Sara Lobo

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mente e que conferiam um brilho vtreo a certos pontos da amostra de granito so, sejam camuflados na amostra de granito alterado. No geral, podemos assim afirmar que a experincia decorreu com sucesso, embora ao longo da atividade, o grupo tenha experienciado alguns contratempos, como o facto de o gobel em que se encontrava a amostra de granito alterado ter sido quebrado acidentalmente. Apesar do sucedido foi possvel relacionar os contedos apreendidos nas aulas de Geologia com as observaes realizadas no laboratrio, sendo que estas coincidiram com o previsto teoricamente. Esta atividade foi igualmente importante, em termos humanos, por nos ter ajudado a trabalhar em grupo e a apurar a nossa capacidade de problematizao.

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BIBLIOGRAFIA
SILVA, Amparo Dias da; SANTOS, Maria Ermelinda; GRAMAXO, Fernanda et al. Terra, Universo de Vida 2 Parte: Geologia Biologia e Geologia 11. ano. 1 Edio (4 Reimpresso) Porto Editora, Porto, 2012, pp. 54-58 ISBN 978-972-0-42172-2 http://pt.wikipedia.org/wiki/Granito http://oficina.cienciaviva.pt/~pw054/vidro/AlteRochas.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Mica http://pt.wikipedia.org/wiki/Feldspato http://pt.wikipedia.org/wiki/Ortoclase http://pt.wikipedia.org/wiki/Microclina http://moodle.freiluisdesousa.pt/file.php/23/ppt_bio/rocha_sed_1.pdf http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/DIDATICOS/M%20RITA/aula09r.pdf http://geohistorialx.webnode.pt/serra-de-sintra2/ascensaodomacico/

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