INTRODUO

O objetivo deste trabalho prtico da construo de fontes de alimentao lineares aprimorar os conhecimentos adquiridos sobre semicondutores e fontes de alimentao, implementando um dispositivo que possa ser utilizado em uma bancada pessoal de trabalho. O projeto composto de duas partes distintas: onte varivel de tenso, de !" at #!", com corrente nominal de $%& onte simtrica de '(" e )(", como corrente nominal de #%. %mbas as fontes tinham que possuir proteo e sinalizao contra curto)circuito.

FONTE DE ALIMENTAO REGULADA COM SADA VARIVEL

*sta etapa trata da primeira parte do projeto que descreve a projeo e monta+em da onte de %limentao com ,a-da "arivel. % sa-da devera variar de !" a #!", com corrente m.ima i+ual ou superior a $%, limitao automtica de corrente, proteo contra curto)circuito e sinalizao. /entre as especifica0es, foi e.plicitado que no poder-amos utilizar Circuitos Integrados, apenas componentes discretos. ,e+ue abai.o o modelo bsico de estruturao de uma fonte com re+ula+em de tenso:

/escreveremos a+ora cada um dos blocos do modelo e como implementamos no circuito: Fonte de Tenso e Corrente Continua : a fonte da ener+ia que pretendemos controlar. 1ode ser estruturada com um transformador 2redutor de tenso3 se+uido de uma ponte retificadora estruturada com diodos.

 Referencial de tenso: a parte do circuito que ira informar ao sistema qual a tenso inicial a ser re+ulada e fornecer uma corrente para a re+ulao, alm de ajudar a polarizar o amplificador de erro. 4tilizaremos no nosso circuito chamado de +erador de corrente constante, que utilizar um transistor, controlado por um divisor de tenso, com um resistor. Amplificador de Erro: 1arte do sistema que ira 5+erenciar6 o controle do re+ulador. %travs do referencial de tenso fornecer corrente ao re+ulador e ter uma referencia de sa-da atravs da amostra de tenso de sa-da. Regulador: 1rincipal componente da fonte. 7ransistor que ir re+ular toda a corrente e tenso do sistema. Amostra de tenso: conjunto que 5informa6 a tenso de sa-da para o amplificador de erro, independente da car+a aplicada na sa-da. 4saremos um conjunto de resist8ncias e potenci9metro para construir este conjunto. Carga: :onsumidor final da ener+ia re+ulada. 1ara testes utilizamos diversos tipos de resist8ncias. "amos projetar cada bloco por vez, para depois termos o todo. %+ora visamos somente a fonte, sem o circuito de proteo e sinalizao. ,e+ue abai.o dia+rama:

;o dia+rama acima temos: "s# < onte "cc com #="& /$ < /iodo >ener para referencia de tenso& ?# < ?esistor pra polarizao do /$&

?$ < ?esistor para definir uma corrente do %mplificador de *rro& @# < 7ransistor que controla a corrente do %mplificador de *rro& ?! < ?esistor para polarizar @! e /# em caso de curto)circuito& @$ < 7ransistor /arlin+ton que tem a funo ?e+uladora& @! < 7ransistor que tem funo de %mplificador de *rro& ?A e ?( < ?esistores que tem funo amostra de tenso& 1# < %lem de re+ular a tenso, ajuda na amostra de tenso& /# < /iodo >ener polariza e refer8ncia tenso para @!& :ar+a < ?esistor utilizado para simular car+a. O @$ precisa de uma corrente re+uladora na base para poder re+ular o emissor. :orrente essa que fornecida por ?$ e controlada @#. /# e ?# fornecem corrente para @#. @! controla o e.cesso da corrente que no absorvida pela base de @$. O controle de @! feito com a corrente em sua base, proveniente do 1#. 1# faz parte do conjunto de resist8ncias que comp0e a %mostra de 7enso, juntamente ?A e ?(. ?A que dimensionado de acordo com a tenso no emissor de @!. % tenso no emissor de @! definida pelo /#. @ue conseqBentemente ir definir a tenso m-nima da sa-da da onte ?e+uladora.

Dimensionamento do Regulador
1ara dimensionar o re+ulador 2@$3 usaremos as especifica0es de tenso e corrente da fonte: 7enso: !" at #!"& :orrente m-nima: $%. /essa forma temos uma potencia m.ima de $CD. 1ot8ncia esta que suprida pela maioria dos 57E1s6, porem para utilizar uma corrente de comando menor, utilizaremos um 5/arlin+ton6, pois tem um +anho +rande e e.i+e uma corrente de base bai.a. F :omponente escolhido: TIP 141 F :omponente dispon-vel semelhante: TIP 142 1ara $% no emissor de @$ precisamos de $m% na base pois GH#III.

Dimensionamento do Amplificador de Erro

O amplificador de erro ir desviar a corrente da base do @$, proveniente da fonte de corrente constante, para que ocorra a devida re+ula+em. * ir desviar J(I. a corrente de base de @$. :omo dados teremos:

:orrente K.ima: J(I. $m% H 100mA

1ara ter uma resposta mais rpida usaremos um transistor $;!I(( que tem um GH$I)LI. 4tilizamos GJ(I. F :omponente escolhido: 2N3055 ;o emissor ir-amos usar um /iodo >ener, para polarizar o transistor, porem o menor diodo >ener que disponibilizamos o #;AL$= que tem uma tenso de !"!. :omo a tenso de emissor, deste transistor, mais a tenso do transistor definem a menor tenso no circuito, optamos por utilizar dois diodos #;AII# em serie, desta forma ter-amos $"# na base do @!. F :omponente escolhido: $. 1N4001

Dimensionamento da Fonte de Corrente Constante

onte de corrente constante parte do conjunto de referencia de tenso. * ir fornecer uma corrente constante para o @$2re+ulador3. :omo e.iste a necessidade de uma corrente polarizao maior, para que haja a re+ulao com o amplificador de erro, usaremos uma corrente de emissor J(I. a corrente na base de @$.

:orrente Mase @$: 2mA :orrente de +erador de corrente)constante: J(I. $m% J 100mA

1rimeiramente dimensionaremos o /$, para saber a tenso aplicada em ?$. 1ara termos uma tenso m-nima na entrada, o dN ter uma tenso de #I", pois na pior das hipOtese, acreditamos que no teremos menos de #I" na entrada. F :omponente escolhido: 1N4740. "amos dimensionar primeiramente ?$ que tem uma tenso aplicada de #I". 1or tanto, se temos a corrente e a tenso, acharemos facilmente a resist8ncia: ? H * P E, lo+o, #("$ P (Im% H !!IQ /esta forma escolhemos F :omponente escolhido: R 330 10!".

4ma vez que j temos o resistor fica fcil escolher o transistor, pois temos a corrente. 1ara no trabalharmos com uma corrente alta na pr)re+ulao optamos por um GJ#(I. #IIm% P #(I J I,Lm% %ssim foi fcil definir o transistor. F :omponente escolhido: #C$3%.

Dimensionamento da Amostra de Tenso

% amostra de tenso serve para alem de re+ular a corrente no amplificador de erro. % corrente na base de @! deve:

:orrente Mase @$: 2mA&

1or tanto para termos uma resposta mais rpida atribu-mos uma corrente de J(. nos resistores que iro amostrar a tenso. % tenso m.ima seria #!", e a m-nima seria !". 1or tanto nosso dimensionamento deve atender Rs duas situa0es e todas as intermediarias, desta forma utilizamos ! resistores fi.os e um potenci9metro para cobrir todo o intervalo.

:orrente na referencia em !": 10mA& 7enso aplicada na base de @!: 2'1V /iferena de tenso aplicada e tenso na base: 0'(V

1or tanto para termos estas tens0es e corrente de #Im%, precisaremos de: F :omponente escolhido ?A: (0 . F :omponente escolhido ?(: 210 . F :omponente dispon-vel semelhante ?A: 100 F :omponente dispon-vel semelhante ?(: 220 &

Dimensionamento da Proteo
:onforme foi e.i+ido, a fonte deveria ter uma proteo de curto)circuito, com sinalizao:

:orrente de :urto):ircuito: 2A

1or tratar)se de uma fonte re+ulado por transistor, iremos desviar a corrente de base do re+ulador para caso de :urto):ircuito.

7endo uma corrente de :):St bai.a, usaremos um simples transistor para desvio desta corrente. F :omponente escolhido ?(: #C337 :omo esta proteo mais eficaz com controle na sa-da, colocamos em serie com a o ?e+ulador um resistor, antes da amostra de tenso. @uando o resistor estiver transpondo $% 2corrente definida de :):St3 sua queda de tenso deve ser I.L", tenso que o transistor escolhido entra em funcionamento: F :omponente escolhido resistor proteo: 0'33 10!" 1ara comandar a sinalizao de :):St, precisamos de uma corrente maior, por isso utilizamos um transistor que tem um +anho maior, neste caso al+o prO.imo de GJ(II. F :omponente escolhido: #C54% 1ara a sinalizao propriamente dita utilizaremos um T*/ e um resistor de =$I Q que desencadeia uma queda de tenso de #C", e fornece para o led uma corrente de $m%. F :omponente escolhido: LED F :omponente escolhido: %00 F :omponente dispon-vel semelhante: %20 /esta forma a priori teremos o se+uinte circuito com os se+uintes componentes e as respectivas correntes.

Dimensionamento da Proteo
oi e.i+ido uma sinalizao com as se+uintes caracter-sticas: ) *+ VO , $V - 5." /0+12+34 5m L+2 6+3m+789: ) *+ VO ; 12V - 5." /0+12+34 5m L+2 6+32+: ) *+ $V - 5." , VO , 12V - 5." /0+12+34 5m L+2 /m/3+79& %s sinaliza0es para os n-veis de tenso foram feitas sempre tomando como refer8ncia a tenso na sa-da, porque ela que determina quais Teds devero acender. Optamos por fazer com que R medida que a tenso fosse aumentando, os Teds fossem li+ando, sendo que no fim 2com "O U #!"3 todos os tr8s estivessem acesos. O funcionamento bastante simples, utilizamos diodos zener como refer8ncia, sendo que quando a tenso na sa-da atin+isse esse valor, transistores sero polarizados fazendo com que os Teds acendam. :omo para todos os transistores a corrente de coletor ser a corrente do Ted, utilizamos o mesmo transistor da sinalizao contra curto e o mesmo clculo do resistor. *nto, os circuitos de sinalizao ficaram desta maneira:

O circuito da fonte, apOs todas as modifica0es, e sem o circuito acima, que li+ado diretamente R sa-da da fonte, sendo usado apenas para fim ilustrativo, ficou desta maneira:

FONTE COM SADA FI<A

:onsiste em uma fonte simtrica com sa-da de '( a )( volts que fornea uma corrente i+ual ou superior a # ampere e que sinalize caso ocorra um curto)circuito na sa-da.

Modelo da fonte:
O modelo da fonte est representado na fi+ura abai.o.

onde: V"cc H tenso de alimentao da fonte& @E H transistores que definem as correntes de sa-da& >fc H >ener de refer8ncia de tenso para a fonte de corrente& ?e+ulador H circuitos inte+rados re+uladores de tenso.

Definies no circuito:
%ntes de realizar clculos al+uns valores e componentes devem ser definidos. % fi+ura a se+uir define as correntes no circuito.

onde: E# H corrente necessria para manter >fc na fai.a de operao& E$ H E# < E!. :omo E! J I, E$ J E#& E! H corrente de base de @fc& EA H E(& E( H EL ' E=. :omo E= sO e.iste caso EC tente ultrapassar #%, ento E( H EL& EC H corrente aplicada na car+a H #%. EL H corrente de base de @i& E= H corrente que desvia da base de @i, diminuindo assim EC&

EW H corrente no T*/ H $Im%& E#I H corrente de base de @lm& /efinidas as correntes poss-vel definir al+uns valores e componentes do circuito: "cc H '#=". "alor escolhido por ser maior que a tenso m.ima de sa-da mas no muito alto.

Clculos
% partir dos parXmetros, correntes e componentes definidos poss-vel calcular o restante dos dados:

Fonte de corrente

% fonte de corrente um circuito que fornece uma corrente estipulada, que nesse caso a EA. 1ortanto, para se dimensionar a fonte de corrente, necessrio saber o valor de E(. :omo E( H EL ' E=, E= H #% P Mcc@i, E= H $% P A( H AAm%. :omo a tenso em ?fc# a tenso do >fc# < I,L 2tenso "eb do @fc#3, ento a tenso em ?fc# H A,! < I,L H !,C" e a corrente nele AAm%. 1ortanto ?fc H A,!" P AAm% H #IIQ. ,ua pot8ncia A,!" . AAm% . $ H I,!= D. :onsiderando E# H A#m% por ser um valor que mantm o >ener na fai.a de re+ulao, ?zfc# H 2"cc < ">fc#3 P A#m% H 2#=" < A,!"3 P A#m% H !!I Q e sua pot8ncia #!,L . A#m% . $ H #D. 1ortanto esses so os valores dos componentes da fonte de corrente do circuito.

imitao de corrente:

O princ-pio do limitador de corrente o se+uinte. :om o valor da corrente m.ima que poder passar por ele, dimensiona)se o resistor ?#i para que a tenso sobre ele seja menor ou i+ual a I,L", pois assim o transistor @lm# no polariza e a corrente E= no e.iste. @uando a corrente sobre ?i# ultrapassar o limite a tenso sobre ele aumenta e polariza @lm#, que passa a conduzir e E=. %ssim EL diminui, fazendo com que a corrente EC diminua, assim como a tenso sobre ?i#, fazendo @lm# cortar e E= dei.ar de e.istir novamente. 1ortanto, sabendo que EC H #%, ?i H I,L" P #% H I,L Q. *scolhendo ?i H I,AL Q por ser um valor comercial, ento EC H #,A% e a pot8ncia de ?i H I,L" . #,A% . $ H #,WCD.

!inali"ao de curto#circuito
oi e.ecutado da mesma forma que o sinalizao da fonte fi.a.

Circuito resultante
:om as defini0es e os valores calculados o circuito final fica assim:

CONCLUSO
*ste trabalho foi muito produtivo, pois tivemos que pesquisar em diversas fontes para atin+irmos nossos objetivos. oi usado todo o conteYdo, desde a parte de diodo at a matria final sobre re+uladores. 1odemos notar tambm que na prtica al+uns valores diferem do calculado, o caso dos transistores, pois al+uns apresentavam seu G comuma variao +rande e +eralmente difere do valor de media alem de uma tenso entre base e emissor com um valor um pouco inferior a I,L " 2em torno de I,C( "3, o que necessitou de uma pequenas altera0es no circuito como um todo. Outra tarefa, que e.i+iu bastante pesquisa e concentrao, foi a falta de al+uns componentes no comrcio e no laboratOrio, e por isso tivemos que adaptar as fontes da melhor forma poss-vel.