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Teoria Graus e intervalos da escala
2012- 12- 03 13:12:41 ZeDoBelo
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Iniciaremos aqui o est udo de um assunt o bsico para quem quer aprender a
compor suas prprias msicas ou deseja t irar de ouvido com f acilidade
qualquer msica que quiser.
Pode parecer dif cil no incio mas aos poucos t udo vai f icando mais repet it ivo
e f cil de lidar, assim como aplicao dos esquemas vai f icando nat ural.
O est udo dos int ervalos e graus ainda nos ajuda a f azer t ransposio de
t ons, que a alt erao do t om da msica para que ela se t orne mais
conf ort vel para t ocar e cant ar, adapt ando-se ao seu t om de voz ou
harmonizando-se com as melodias que voc consegue alcanar na voz.
Comearemos numerando as not as em sequncia. Observe o quadro abaixo.
Cuidado: est es nmeros NADA t m a ver com as casas ou cordas do violo.
Est amos numerando as not as da escala t endo em ment e as not as em
sequncia.
Observe que a not a D pode ser chamada de 1 e t ambm de 8. Por isso, o
t ermo oit ava. Oit ava a repet io da not a (nesse caso o D) aps
percorrida a dist ncia das set e not as da escala. Ent o, podemos concluir,
sem medo de errar, que depois do 7, pode vir o 1 de novo. Seria o 1 (a
primeira not a) de uma nova oit ava da escala. Mas no engesse o
pensament o nist o (nunca engesse a idia, pois na t eoria musical h muit a
relat ividade em jogo, t udo depende do pont os de vist a). Mais t arde, no
assunt o f ormao de acordes dissonant es, observaremos que o R, aps o
D(8), recebe o nmero 9, assim como o MI(10), o F(11), o L(13), et c. Mas
esse assunt o vir mais t arde.
Simplif icando uma regra prt ica:
A ident if icao dos graus da escala ser:
[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] e [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] e [1] [2] [3]
Vamos prat icar no violo, repet indo alguns dos exerccios de escala f eit os
ant eriorment e, agora dizendo os graus no lugar dos nomes. No esquea o
seguint e: ent re os graus 3(MI) e 4(F) e ent re os graus 7(SI) e 1(D), o espao
ent re as not as de uma casa apenas. Ent o: entre os graus 3 | 4, e entre os
graus 7 | 1 h distncia de uma casa apenas.
INTERVALOS
import ant e visualizar os graus no brao do violo porque a part ir deles
vamos const ruir o conceit o de int ervalos.
Um int ervalo a dist ncia ent re duas not as. Sendo o D a not a f undament al
da escala de D, dizemos que o R f az um int ervalo de segunda. Porque a
segunda not a da escala. Assim como o F f az int ervalo de quart a com o D.
O Sol f az int ervalo de quint a. O L f az int ervalo de sext a. O Si f az int ervalo de
st ima.
Os int ervalos simples da escala nat ural so:
D -> R (SEGUNDA MAIOR)
D -> MI (TERA MAIOR)
D -> F (QUARTA JUSTA)
D -> SOL (QUINTA JUSTA)
D -> L (SEXTA MAIOR)
D -> SI (STIMA MAIOR)
D -> D (OITAVA)
Est es so os int ervalos ent re as not as da escala nat ural. Os int ervalos
podem ser maiores, menores, just os, aument ados ou diminut os. Quando o
int ervalo f or maior que uma oit ava, ser chamado de int ervalo compost o,
f alaremos sobre eles mais adiant e.
Vamos f alar agora de cada um dos int ervalos simples.
INTERVALO DE 2(segunda)
Est e int ervalo ocorre na dist ncia de duas casas. Nat uralment e, ele est
ocorrendo ent re as not as D e R, ou F e Sol, ou L e Si, et c. Por out ro lado,
ent re o Mi e o F, a dist ncia ent re est as not as de uma casa ( int ervalo
nat ural de segunda menor). Da mesma f orma, ent re o Si e o D h int ervalo
de segunda menor (1 casa).
INTERVALO DE 3(tera)
Chamamos de t era porque o int ervalo envolve a passagem de t rs not as,
por exemplo D, R e Mi. Exist e nat uralment e um int ervalo de t era maior
ent re o D e o Mi(D[1], R[2] e Mi[3]). A t era maior t em a dist ncia de dois
t ons, ou seja, 2 casas de D a R, e mais 2 casas do R ao Mi. Ent re o F e o
L t ambm encont ramos est as mesmas dist ncias. Bast a numerar o F[1],
Sol[2] e L[3].
Observe que a numerao vai se t ornando relat iva. O grau 1 depende de que
not a voc elege para comear a escala. Lembre-se do circulo das not as,
onde voc prat ica t odas as escalas possveis: D a D, R a R, Mi a Mi
Ent o, cada vez que recomea uma nova escala voc numera a primeira not a
como 1 da nova escala e assim por diant e. Na escala de R voc t er R[1],
Mi[2], F[3], et c
Agora observe o seguint e: ent re o Mi e o Sol. Voc t em 1 casa(meio t om)
ent re o Mi e o F, mais 2 casas(um t om) ent re o F e o Sol. Somamos com
est e int ervalo ent re Mi e Sol 3 casas, ou seja, um t om e meio. Est e int ervalo
de t era chamaremos de Tera Menor.
Resumindo, sempre que a t era envolver os int ervalos Mi->F e Si->D(1
casa), ns t eremos t era menor.
Observe a t abela das t eras:
Teras Dist ncias ent re as not as Int ervalos
D->MI D->R(2 casas) R->Mi(2 casas) Tera Maior
R->F R->Mi(2 casas) Mi->F(1 casa) Tera Menor
MI->SOL Mi->F(1 casa) F->Sol(2 casas) Tera Menor
F->L F->Sol(2 casas) Sol->L(2 casas) Tera Maior
SOL->SI Sol->L(2 casas) L->Si(2 casas) Tera Maior
L->D L->Si(2 casas) Si->D(1 casa) Tera Menor
SI->R Si->D(1 casa) D->R(2 casas) Tera Menor
Decore o circulo das t eras e dominar t udo o que se ref ere a f ormao de
acordes:
INTERVALO DE 4 (quarta)
O int ervalo D->F um exemplo de int ervalo de quart a, pois cont m quat ro
not as [ d->r->mi->f ]. Quais so os out ros int ervalos de quart a que
exist em na escala diat nica?
Veja a t abela:
Quart a Dist ncia ent re as not as Int ervalo
D->F D->R->Mi->F Quart a Just a
R->SOL R->Mi->F->Sol Quart a Just a
MI->L Mi->F->Sol->L Quart a Just a
F->SI F->Sol->L->Si Quart a Aument ada
SOL->D Sol->L->Si->D Quart a Just a
L->R L->Si->D->R Quart a Just a
SI->MI Si->D->R->Mi Quart a Just a
Observe que o int ervalo F->Si quart a aument ada. Realment e, se voc
execut ar as duas not as ao mesmo t empo o som que sai dif erent e do
int ervalo de quart a just a. Toque o F da corda6 casa1 e o Si da corda5 casa2
para escut ar o som da quart a aument ada.
INTERVALO DE 5(QUINTA)
Seguindo o raciocnio, o int ervalo de quint a ser aquele em que est cont idas
5 not as, por exemplo D->Sol [ D->R->Mi->F->Sol ]. O int ervalo de quint a
muit o t il na f ormao de acordes, assim como o int ervalo das t eras.
Todas as bandas de rock e punk-rock f azem uso diret o dos int ervalos de
quint a, muit as delas s do que necessit am o int ervalo de quint a em seus
acordes. Est e int ervalo f orma o que os americanos chamam de power chord.
Toque o D da corda5 casa3 e o Sol da corda4 casa5 e t er o power chord
C5. Da mesma f orma o G5 se mont a sobre o Sol corda6 casa3 e R corda5
casa5.
Exist em as quint as just as, como est as acima, mas t ambm exist e a quint a
diminut a. Observe o quadro abaixo:
Quint a Dist ncia ent re as not as Int ervalo
D->SOL D->R->Mi->F->Sol Quint a Just a
R->L R->Mi->F->Sol->L Quint a Just a
MI->SI Mi->F->Sol->L->Si Quint a Just a
F->D F->Sol->L->Si->D Quint a Just a
SOL->R Sol->L->Si->D->R Quint a Just a
L->MI L->Si->D->R->Mi Quint a Just a
SI->F Si->D->R->Mi->F Quint a Diminut a
O int ervalo Si->F(quint a diminut a) o inverso do int ervalo F->Si(quart a
aument ada).
Decore o crculo das quint as para dominar f ormao de acordes. O cliclo de
quint as t ambm serve para dominar a modulao de t ons, como veremos
mais adiant e quando f alarmos das sequencias de sust enidos e bemis para
f ormao de t onalidades. Observe que o ciclo de quint as em sent ido ant i-
horrio result a no ciclo de quart as.
INTERVALO DE 6(SEXTA)
O int ervalo de sext a muit o usado em acordes dissonant es. O acorde G6 por
exemplo, um acorde de Sol Maior, sobre o qual se acrescent a a not a Mi,
que o int ervalo de sext a.
O int ervalo de sext a passa por seis not as, por exemplo, D->L [ D->R-
>Mi->F->Sol->L ]. Os int ervalos de sext a podem ser maiores ou menores,
conf orme a incidncia dos semit ons Mi-F e do Si-D.
Segue uma t abela resumo dos int ervalos de sext a, conf orme o modelo
diat nico das not as nat urais.
Sext a Dist ncia ent re as not as Int ervalo
D->L D->R->Mi->F->Sol->L Sext a Maior
R->SI R->Mi->F->Sol->L->Si Sext a Maior
MI->D Mi->F->Sol->L->Si->D Sext a Menor
F->R F->Sol->L->Si->D->R Sext a Maior
SOL->MI Sol->L->Si->D->R->Mi Sext a Maior
L->F L->Si->D->R->Mi->F Sext a Menor
SI->SOL Si->D->R->Mi->F->Sol Sext a Menor
INTERVALO DE 7(STIMA)
Os int ervalos de st ima so os mais usados em dissonncias de acordes.
Exist em as st imas maiores e menores, conf orme a incidncia dos semit ons
nat urais Mi-F e Si-D. Um acorde cuja cif ra seja C7M ou C7+ um acorde
com a st ima maior. No campo harmonico nat ural as st imas maiores vo
aparecer no acorde de grau I (D | cif ra C7M) e no acorde de grau IV (F | cif ra
F7M). As demais st imas sero t odas menores.
Segue a t abela das st imas.
St ima Dist ncia ent re as not as Int ervalo
D->SI D->R->Mi->F->Sol->L->Si St ima Maior
R->D R->Mi->F->Sol->L->Si->D St ima Menor
MI->R Mi->F->Sol->L->Si->D->R St ima Menor
F->MI F->Sol->L->Si->D->R->Mi St ima Maior
SOL->F Sol->L->Si->D->R->Mi->F St ima Menor
L->SOL L->Si->D->R->Mi->F->Sol St ima Menor
SI->L Si->D->R->Mi->F->Sol->L St ima Menor
INTERVALO DE 8(OITAVA)
O int ervalo da oit ava o mais f cil de observar, pois a mesma not a
repet ida aps passar por t odas as out ras. Exemplo de int ervalo de oit ava:
D->D [ D->R->Mi->F->Sol->L->Si->D ]
Todas as oit avas so just as. A oit ava um int ervalo import ant e para a
f ormao de acordes no violo, usada para ref orar o acorde.
O MODELO DIATNICO
A escala que est amos vendo, desde o incio, f ormada pelas not as nat urais
(D, R, Mi, F, Sol, L e Si), f orma um modelo chamado de escala diatnica.
O que caract eriza uma escala o espao (de casas, ent re uma not a e out ra,
no violo) que h ent re cada not a da sequencia. Voc vai lembrar que ent re
as not as SI e D exist e um espao de uma casa apenas, ent re D e R,
espao de duas casas. Est e espao se chama int ervalo, explicando a grosso
modo.
Em t eoria musical chamamos de intervalo a dist ncia ent re duas not as.
Como a t eoria musical uma disciplina que serve para t odos os inst rument os,
ent o f ala-se em int ervalos ao invs de casas, pois nem t odos os
inst rument os t m casas.
Lembre-se de que int ervalo implica que t enhamos duas not as para cont ar
qual int ervalo h ent re elas. Se t ocarmos uma not a D, por exemplo corda 5
casa 3, ainda no t emos nenhum int ervalo. Em seguida, t ocamos a not a R,
corda 4 solt a, agora t emos int ervalo ent re o D e o R.
Vimos na aula ant erior que t eremos int ervalos de 2, 3 maior ou 3 menor,
et c. Vamos deixar isso de lado nest e moment o, e at ent ar para as duas mais
import ant es unidades de dist ncias ent re as not as: o semit om e o t om.
O semitom o int ervalo de meio-t om (1 casa do violo).
Exist em dois semit ons nat urais na escala diat nica (escala limpa, sem
sust enidos nem bemis). Eles localizam-se ent re MI->F, e SI->D, ou 3->4
grau, e 7->8grau (nunca esquea dos graus da escala).
O int ervalo de tom a soma de dois semit ons (ou duas casas no caso do
violo). No conf unda com o t om da msica, que out ro conceit o. Est amos
f alando de semit om e t om int eiro.
Resumindo: 1 tom inteiro = semitom+semitom (distancia de 2 casas no
violo).
Por exemplo: D -> R, ou SOL -> L.
O esquema da escala diat nica ut iliza tons e semitons. Assim:
Memorize o modelo: [t om t om semit om t om t om t om semit om], ou [T T ST T
T T ST].
int eressant e t ambm voc pensar em dois blocos iguais, assim: [ T T ST ] +
[ T T ST ], sendo que est es dois blocos iguais T T ST est o separados por
1 Tom. Os blocos chamam-se 1 Tet racorde e 2 Tet racorde.
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