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05 - Sistemas Operacionais PDF

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INTRODUO AOS SISTEMAS OPERACIONAIS

Talvez nenhuma pessoa que leia este texto viveu os dias em que no havia sistemas operacionais. Hoje os
sistemas operacionais so usados em computadores que variam de tamanho a partir de gigantes "mainframes"
at pequenos computadores pessoais. Geralmente os sistemas operacionais fornecem a imagem de um
computador para o usurio bem mais do que o prprio hardware o faz. No campo da computao pessoal,
por exemplo, o sistema operacional Windows 95 tem se tornado um padro e um altssimo nmero de
fabricantes construiu seu hardware para suportar Windows. O usurio v o hardware composto pelo teclado
e pelo vdeo, mas a viso funcional fornecida pelo sistema operacional.

Todo computador tem, em seu nvel mais bsico de software, uma camada de inteligncia que d vida
mquina. Quando voc liga o computador, instrues internas orientam-no para encontrar e rodar o sistema
operacional, que continua a operar durante todo o tempo em que a mquina fica ligada. Esse programa
especial supervisiona a operao dos dispositivos de hardware do computador e coordena o fluxo de
controle e de dados.
Neste texto, exploraremos o sistema operacional - o que faz e como funciona. Discutiremos tambm os
ambientes grficos e as interfaces de linha de comando e veremos como eles se integram ao sistema
operacional.
1. O QUE UM SISTEMA OPERACIONAL?

Um sistema operacional nada mais do que um programa, mas um programa muito especial - talvez o mais
complexo e importante em um computador. O sistema operacional acorda o equipamento e faz com que ele
reconhea a CPU, a memria, o teclado, o sistema de vdeo e as unidades de disco. Alm disso, ele oferece
aos usurios a facilidade de se comunicar com o computador e serve de plataforma para a execuo de
programas aplicativos.

O sistema operacional uma das partes mais fundamentais do computador. Em um certo sentido, ele parte
integrante da mquina e to importante conhec-lo quanto o conhecer o prprio computador.
Certamente, voc pode usar um computador todos os dias sem saber que tipo de sistema operacional ele
usa, mas as pessoas que compram software e fazem, elas mesmas, a manuteno de seus sistemas precisam
estar mais bem informadas. Por exemplo, sempre que voc for comprar um novo software, ter de saber se
aquele produto funcionar com o seu computador e sistema operacional em particular. Algumas empresas de
software desenvolvem produtos para apenas certos tipos de sistema operacional ou apenas para
determinadas verses de sistema operacional.
Quando voc liga o computador, a primeira coisa que ele faz um autodiagnstico chamado autoteste
(POST - Power On Self Test). Durante o autoteste, o computador identifica a memria, discos, teclado,
sistema de vdeo e qualquer outro dispositivo ligado a ele. A prxima coisa que ele faz procurar o sistema
operacional a ser inicializado. O termo boot (inicializar) data dos primeiros anos de vida dos computadores;
uma forma abreviada de "bootstrap", que so as alas presas ao cano de uma bota para ajudar a calc-la.
Quando voc liga o computador, ele usa o primeiro programa executado para se levantar ("pool itself up by
its bootstraps", que significa levantar-se com o prprio esforo). Os micros procuram o sistema operacional
primeiro na unidade de disco principal; se eles encontram um disco inicializvel ("bootvel") naquela unidade,
usam aquele sistema operacional; caso contrrio, vo procur-lo no disco rgido principal.

Depois que o computador inicializa o sistema operacional, pelo menos parte dele mantida na memria o
tempo todo. Enquanto o computador est ligado, o sistema operacional tem quatro tarefas bsicas:

Proporcionar uma interface de linha de comando ou uma interface grfica para o usurio se
comunicar com o computador.
Gerenciar os dispositivos de hardware do computador.
Gerenciar e manter os sistemas de arquivos em disco.
Dar suporte a outros programas.
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1.1 INTERFACE COM O USURIO
A primeira funo do sistema operacional a ser analisada a interface do usurio. O sistema operacional
torna o complexo hardware do computador mais "amigvel ao usurio". Ele controla o hardware, processando
funes que os usurios no poderiam ter disponveis, e atuam como intermedirios entre os usurios e o
hardware.
Um programador de sistema operacional escreve e modifica os programas do sistema em mnimos detalhes.
Essa habilidade requer a compreenso real da operao interna do hardware do computador. Os
vendedores de computadores (companhias que constroem hardware de computador) fornecem programas
do sistema, de uso geral, para usurios de instalaes. Os programadores de sistemas nessas instalaes,
ento, adaptam os programas s necessidades do ambiente local.

Os programas aplicativos resolvem as necessidades de um usurio de processamento de dados. Uma grande
companhia poderia ter programas aplicativos para controlar o seu inventrio, preparar o seu estoque,
notificar seus clientes, dentre outras coisas.

Os programadores de aplicaes no precisam conhecer profundamente os trabalhos internos de um
computador. Em vez disso, eles devem entender as informaes necessrias a uma empresa e como usar um
computador para atender a essas necessidades.

As vrias formas de se "ver" um computador so ilustradas na
Figura 1. Os programadores de sistemas operacionais vem o
hardware e escrevem programas que dependem das
especificidades desse hardware. Os programadores de
aplicaes vem o sistema operacional e as facilidades que ele
oferece. Os usurios tm a viso fornecida pelos programas
aplicativos - esta deve ser a mais "amigvel" de todas as vises.
H duas categorias amplas de interfaces de sistema
operacional: interfaces de linha de comando e interfaces
grficas. Para usar o sistema operacional com a interface de
linha de comando, voc digita palavras e smbolos no teclado do
computador. Com a interface grfica com o usurio (usa-se
tambm a sigla GUI - Graphical User Interface), voc
seleciona aes usando o mouse, ou um dispositivo de indicao
semelhante, para dar cliques em figuras chamadas cones ou
para escolher opes em menus. Todo sistema operacional
oferece uma interface com o usurio, seja ela formada or
textos ou de natureza grfica.

Figura 1 - As vrias formas de se "ver" um
computador

1.1.1 INTERFACE DE LINHA DE COMANDO

O DOS, sistema operacional mais usado em todo o mundo, tem uma interface de linha de comando - isso
significa que o usurio controla o programa digitando comandos no aviso de comando (prompt). No DOS, o
aviso de comando padro a letra da unidade de disco atual seguida do sinal maior que (C>). A maioria dos
usurios de DOS, no entanto, altera o aviso de comando para refletir no apenas a unidade atual, mas
tambm o diretrio atual. O aviso de comando indica que o sistema operacional est pronto para aceitar um
comando. Para digitar um comando, voc usa o teclado a fim de digitar palavras e smbolos. Se digitar um
comando incorretamente, o sistema operacional responder com uma mensagem indicando que ele no
compreendeu seu comando. Isso acontece com freqncia, mesmo com usurios bastante versados na
linguagem de comandos. Um mero erro de ortografia no comando gera uma mensagem de erro. Quando isso
acontece, voc simplesmente redigita o comando corretamente.
Voc pode emitir um comando que pea para o computador exibir os nomes dos arquivos contidos em uma
unidade de disco ou o nome de um programa que deseja executar. Por exemplo, voc pode digitar "DIR" no
aviso de comando e depois pressionar a tecla Enter para exibir a lista dos arquivos contidos na unidade de
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aviso de comando e depois pressionar a tecla Enter para exibir a lista dos arquivos contidos na unidade de
disco atual.
Se seu editor de texto favorito se chama "WORD", voc digita WORD no aviso de comando e depois
pressiona Enter para execut-lo. Esse processo de digitar caracteres e pressionar a tecla Enter o modo
usado para emitir (ou inserir) comandos com uma interface de linha de comando.

O KERNEL E O SHELL Os programadores que desenvolvem sistemas operacionais usam a metfora de
uma semente para descrever a estrutura dos programas que escrevem. As funes centrais de um sistema
operacional so controladas pelo kernel (n cleo), enquanto a interface com o usurio controlada pelo
shell (casca) - veja a Figura 2. Por exemplo, a parte mais importante do sistema operacional DOS um
programa chamado "COMMAND.COM". Esse programa tem duas partes. O kernel, que permanece na
memria o tempo todo, contm o cdigo de mquina de baixo nvel que controla o gerenciamento do
hardware para outros programas que precisam desses servios e para a segunda parte do programa
COMMAND.COM - o shell. O shell, que no DOS tambm chamado de interpretador de comandos, assume o
controle da tela, recebe as inseres do usurio pelo teclado, interpreta-as e atua sobre elas. O
interpretador de comandos a parte do programa que cria a interface de linha de comando.
Nos sistemas DOS, pelo menos parte do programa COMMAND.COM sempre fica na memria,
proporcionando aos programas os servios de baixo nvel de gerenciamento de hardware e de discos.
Entretanto, as funes de baixo nvel do sistema operacional e as funes de interpretao de comandos
so separadas, portanto possvel substituir o interpretador de comandos padro do MS-DOS por outro
diferente. Em outras palavras, voc pode manter o kernel do DOS em execuo, mas usar uma interface
diferente com o usurio. Isso exatamente o que acontece quando voc carrega o Microsoft Windows.
Quando voc digita "WIN" no aviso de comando do DOS, o programa Windows assume o lugar do shell,
substituindo a interface de linha de comando por uma interface grfica com o usurio.
Fig 2 - O kernel o ncleo do distema operacional e sempre permanece na memria do computador

O JOGO DO SHELL Muitos shells diferentes podem usar o kernel do DOS. Por exemplo, o NDOS
(Norton DOS) um shell de linha de comando que aprimora o interpretador de comando que existe em
COMMAND.COM. H tambm outras interfaces grficas, como DesqView. Existe at uma interface grfica
que vem com o DOS: chama-se DOS Sbell.
Em certas situaes, pode ser til avanar uma etapa no jogo do shell, substituindo temporariamente o shell
de linha de comando original do DOS por um shell alternativo. Por exemplo, alguns programas aplicativos tm
um recurso que permite ao usurio retornar temporariamente linha de comando do sistema operacional.
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um recurso que permite ao usurio retornar temporariamente linha de comando do sistema operacional.
Em geral, voc chama esse recurso escolhendo uma opo de menu como "Shell" ou "DOS Shell". Essa uma
maneira conveniente de sair temporariamente de um programa para copiar um arquivo ou executar outra
tarefa e voltar de forma rpida para a aplicao sem precisar carregar novamente os arquivos de programa
e de dados. Na verdade, porm, esse recurso executa outra cpia de COMMAND.COM (ou NDOS.COM).
Quando a segunda cpia do sistema operacional entra em execuo, o interpretador de comando assume o
controle da tela e do teclado e espera a insero do usurio como se fosse a primeira cpia. A nica
diferena que o programa aplicativo continua na memria. Para voltar a ele, voc digita "exit" no aviso de
comando do DOS. Esse comando encerra a segunda cpia de COMMAND.COM e devolve o controle ao
programa aplicativo.

1.1.2 INTERFACE GRFICA DO USURIO

Muitas pessoas pensam que o avano mais significativo no mundo dos computadores, desde que os
fabricantes comearam a produzir mquinas em torno de microprocessadores, foi o desenvolvimento da
nterface grfica do usuro (GUI - Graphical User lnterface). Finalmente, os computadores seriam
capazes de trabalhar da maneira como as pessoas trabalham, em termos visuais.
O Macintosh, que ofereceu o primeiro sistema operacional grfico com sucesso comercial, foi obra de
Steve jobs, um dos co-fundadores da Apple Computer. A inspirao de jobs para o Macintosh veio de uma
viagem a Paio Alto Research Center (PARC), da Xerox, no final da dcada de 1970. jobs ficou to
impressionado com um computador que ele viu no PARC, chamado "Alto", que jurou desenvolver um produto
comercial seguindo aquelas mesmas linhas. A primeira personificao do seu sonho foi o computador Lisa, que
no obteve muito sucesso, mas ofereceu uma oportunidade de aprendizado sobre como produzir um
computador totalmente grfico.

TRABALHANDO EM UM AMBIENTE DE JANELAS Desde o advento do Macintosh, algo que todas as
interfaces grficas tm em comum o conceito de janelas. Uma janela pode conter um projeto no qual voc
est trabalhando, um painel para a insero de informaes ou informaes geradas por um programa ou
comando. Algumas janelas possuem controles que voc pode usar para alterar seu tamanho ou forma, ou
para visualizar as informaes nelas contidas.
A Figura 3 mostra um processador de texto em
execuo em uma janela do Microsoft Windows
95 em um PC. Se voc der um clique no quadrinho
(boto minimizar), no canto superior direito da
tela, a janela ser minimizada, o que reduz seu
tamanho e exibe a tela do sistema operacional. Se
voc der um clique duplo no boto restaurar do
editor de texto, a janela antes reduzida voltar
ao tamanho e forma originais.

Fig 3 - Nos ambientes que oferecm uma interface grfica,
o
programa roda em uma janela, ou caixa retangular, na
tela.

MENUS, CONES E CAIXAS DE DILOGO A facilidade de uso da interface um grande problema
para os desenvolvedores de software. Em geral, a facilidade de uso medida pelo grau de intutividade da
interface. Com uma interface intuitiva, voc deve ser capaz de usar um sistema com eficcia, mesmo que
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interface. Com uma interface intuitiva, voc deve ser capaz de usar um sistema com eficcia, mesmo que
nunca o tenha visto antes. O modo como a interface funciona deve ser bvio. Esse tipo de interface
chamado amgvel. Criar uma boa interface especialmente difcil, porque ela tem de ser simples o bastante
para que usurios inexperientes a compreendam, mas suficientemente sofisticada para no retardar os mais
experientes.

Um dos componentes mais importantes no
desenvolvimento das interfaces grficas vem
sendo a evoluo dos sistemas de menu como meio
de oferecer opes de comando aos usurios.
Menu uma lista de comandos que o usurio pode
emitir em um determinado contexto. Por exemplo,
o menu inicial de um programa de contabili dade
pode pedir ao usurio para escolher a rea geral
com a qual o contador deseja trabalhar (por
exemplo, Contas a Pagar, Contas a Receber ou
Razo Geral). Depois que o usurio escolhe "Contas
a Receber", outro menu pode aparecer na tela,
pedindo que o usurio informe o que ele deseja
fazer na rea Contas a Receber: inserir faturas
ou atualizar o arquivo de clientes.
Os menus tm evoludo ao longo dos anos,
deixando de ser listas numeradas de comandos
para se transformarem nas interfaces grficas
dos nossos dias. Os sofisticados sistemas de menu
encontrados nas interfaces grficas usam menus
drop-down (suspensos) e caixas de dilogo (ou
menus pop-up). O sistema de menus drop-down tem
uma barra de menu na parte superior da tela e
essa barra exibe os tipos de comando disponveis
sob cada opo. Quando voc seleciona um dos
comandos da barra de menu, um menu aparece
abaixo do comando selecionado. A Figura 4 mostra
um menu drop-down.

Fig 4 - Os programa com interfaces grficas
apresentam
barras de menu na parte superior da tela. Os usurios
fazem
suas opes por meio do teclado ou mouse.

Os menus drop-down so igualmente fceis de usar com o mouse ou com o teclado. Para usurios de teclado,
uma letra de cada comando da barra de menu sublinhada. O sublinhado indica a tecla de acionamento, ou
tecla de comando no Macintosh. Se voc pressionar uma tecia especial juntamente com a tecia de
acionamento, poder escolher aquela opo do menu sem nem mesmo chamar o menu correspondente.
Aprender quais so as teclas de acionamento dos comandos usados com freqncia permite que voc os
emita com maior rapidez.

As caixas de dilogo (tambm chamadas painis ou
menus pop-up, dependendo do ambiente) so menus
de finalidade especfica sensveis ao contexto em que
so usados. Por exemplo, em certos programas, voc
pode selecionar um texto e dar um ciique em um
boto do mouse para ver surgir na tela um menu
especial que lhe permita definir os atributos daquele
texto, como tamanho, fonte ou cor (veja a Figura 5).
As interfaces mais intuitivas usam objetos e smbolos
chamados cones, com os quais todo mundo j est
familiarizado, inclusive as pessoas que nunca usaram uni
computador antes. Por exemplo, todos sabem o que
uma lata de lixo. bastante bvio que um cone
Fig 5 - Os programas recebem as informaes
digitadas
pelo usurio por meio de painis pop- up ou caixas
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uma lata de lixo. bastante bvio que um cone
representando uma lata de lixo na tela do computador
serve para jogar coisas fora. Voc pode descartar
alguma coisa, arrastando o cone do item desejado at
o cone da lata de lixo. Quando voc soltar o boto do
mouse, o objeto desaparecer dentro da lata.
pelo usurio por meio de painis pop- up ou caixas
de
dilogo, que permite ao usurio definir os atributos
do
texto em uma rea selecionada da tela.

1.2 - GERENCIANDO O HARDWARE

Apesar de a interface com o usurio ser a funo mais visvel do sistema operacional, ele tem vrias outras
funes importantes. Uma delas gerenciar o modo como o hardware usado. Quando os programas so
executados, eles precisam usar a memria do computador, o monitor, as unidades de disco e,
ocasionalmente, outros dispositivos, tais como as portas de E/S. O sistema operacional serve de
intermedirio entre os programas e o hardware (veja a Figura 6).
Fig. 6 - Os programas geralmente possuem uma interface prpria com ousurio. Eles assumem o controle da
tela, teclado e mouse, mas ainda precisam usar o kernel do sistema operacional para se comunicar com esses
dispositivos de hardware e com a memria e as unidades de disco do computador.
Independentemente do tipo de interface que o seu computador tenha com o usurio (linha de comando ou
grfica), o sistema operacional intercepta os comandos para usar a memria e outros dispositivos, anota
quais programas tm de acessar quais dispositivos e assim por diante. Por exemplo, se voc pedir para o
sistema operacional relacionar os arquivos de um diretrio, o software que interpreta o comando enviar
uma solicitao CPU do computador na forma de uma interrupo.
Quando voc digita o comando de diretrio no aviso de comando do sistema operacional ou d um clique em
uma pasta em uma interface grfica, o sistema operacional interpreta a ao como um comando para
relacionar os arquivos que esto armazenados naquele diretrio ou pasta. A lgica do programa no kernel
responde interrompendo a CPU e instruindo-a a ir at a unidade de disco especificada e recuperar os nomes
dos arquivos que forem encontrados no diretrio ou pasta. O sistema operacional intercepta o fluxo de
dados (os nomes dos arquivos) que est retomando da unidade de disco e exibe-o na tela (veja a Figura 8.12).
E esse o motivo pelo qual o kernel sempre tem de estar na memria ele tem de estar l para dizer CPU
como usar os outros dispositivos de hardware.

1.3 GERENCIANDO O SISTEMA DE ARQUIVOS

Aqui ainda no sero examinados os detalhes de como a controladora de disco e a unidade de disco
trabalham juntas para armazenar bits e bytes de dados em um disco, mas no levamos em considerao os
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trabalham juntas para armazenar bits e bytes de dados em um disco, mas no levamos em considerao os
dados que o sistema operacional pede para o computador ler e armazenar. Os sistemas operacionais
agrupam os dados em compartimentos lgicos para armazen-los em disco. Esses grupos de dados so
chamados arquivos. Os computadores armazenam informaes em arquivos. Os arquivos podem conter
instrues de programas ou dados criados ou usados por um programa.
A maioria dos programas vem com inmeros arquivos - alguns chegam at a conter uma centenas deles. Esses
programas tambm permitem que voc crie seus prprios conjuntos de dados e armazene-os como arquivos,
cujos nomes voc mesmo atribui.
O sistema operacional mantm a lista dos arquivos contidos em um disco. Nos computadores IBM PC e
compatveis, cada unidade de disco tem um diretrio prprio identificado pela letra atribuda unidade.
Voc se lembra de que as unidades de disco flexvel geralmente so as unidades A e B, enquanto as unidades
de disco rgido eni geral so as unidades C, D etc. No MS-DOS, utilizamos o comando DIR para visualizar o
diretrio de uma unidade que no esteja sendo usada no momento: voc inclui a letra seguida de dois-pontos
depois do comando DIR:
DIR A:
Esse comando exibe os arquivos armazenados no disquete que est na unidade A. Em um ambiente grfico,
voc d um clique no cone que representa a unidade de disco flexvel do seu computador (em geral, uma
pequena imagem de um disquete) e aparece na tela uma janela com a lista dos arquivos.

Quando voc comear a usar um computador, ver que logo acumular uma grande quantidade de arquivos
de editores de texto, planilhas, bancos de dados e outros tipos. Isso um problema. Quando h centenas de
arquivos em um disco, pode levar tempo para encontrar o arquivo desejado. Para evitar essa perda de
tempo, voc precisa usar outra maneira oferecida pelo sistema operacional para organizar seus arquivos em
grupos menores, mais lgicos. O recurso que os sistemas operacionais oferecem para tanto o
subdiretrio, ou pastas dentro de pastas.
Subdiretrio um diretrio adicional que voc pode criar- Quando voc relaciona o diretrio principal de
um disco, chamado dretro-raiz, os nomes dos subdiretrios aparecem na listagem como os nomes dos
arquivos. A nica diferena que, ao lado do nome do subdiretrio, o comando DIR exibe <DIR>, indicando
que aquele o nome de um subdiretrio. A Figura 8.14 mostra uma listagem do diretrio-raiz de um disco
rgido. Os arquivos vm acompanhados do seu tamanho em bytes e da data e hora em que foram modificados
pela ltima vez. Voc tambm pode ver vrios subdiretrios na lista, na qual aparece <DIR> no lugar do
tamanho do arquivo.
Para organizar seu disco logicamente, voc deve armazenar os arquivos relacionados em um mesmo
subdiretrio ou pasta que tenha um nome significativo. Os subdiretrios e pastas podem conter outros
subdiretrios e pastas, portanto possvel criar uma hierarquia (ou rvore) que se ramifique a partir do
diretrio-raiz. A Figura 7 mostra uma hierarquia de subdiretrios em um PC. A rvore do diretrio contm
vrias ramificaes de subdiretrios organizadas logicamente para armazenar arquivos que se relacionem a
projetos diferentes.

1.4 - APOIO A PROGRAMAS
Outra importante funo de um sistema operacional oferecer servios a outros programas. Quase
sempre, esses servios so semelhantes queles que o sistema operacional oferece diretamente aos
usurios. Por exemplo, quando voc quiser que seu editor de texto recupere um documento com o qual est
trabalhando, o editor relacionar os arquivos no diretrio que voce especificar.
Para tanto, o programa recorre ao sistema operacional para relacionar os arquivos. O sistema operacional
passa, ento, pelo mesmo processo de criar uma lista de arquivos, quer tenha recebido instrues
diretamente de um usurio ou de um programa aplicativo. Mas, quando o pedido vem de um aplicativo, o
sistema operacional envia os resultados de seu trabalho ao programa aplicativo, e no, tela do computador.
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Alguns dos servios que um sistema operacional oferece so: salvar arquivos em disco, ler arquivos do disco
para a memria, verificar o espao disponvel no disco ou na memria, alocar memria para armazenar dados
de um programa, ler toques de teclas do teclado e exibir caracteres ou grficos na tela. Quando os
programadores escrevem programas para computadores, eles incorporam nos programas instrues que
solicitam esses servios ao sistema operacional. Essas instrues so denominadas chamadas ao sstema
operaconal (system calls), porque o programa precisa chamar o sistema operacional para que este oferea
o servio ou as informaes solicitadas.

2. CATEGORIAS DE SISTEMAS OPERACIONAIS

Agora que voc j sabe o que so sistemas operacionais, vamos examinar vrias maneiras de classific-los,
que no pelo tipo de interface com o usurio. Os sistemas operacionais so criados com muitos objetivos em
mente. Entre as questes mais bsicas no projeto de um sistema operacional esto:

O sistema operacional deve ser capaz de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo?
O sistema operacional deve funcionar com apenas um usurio, ou deve aceitar vrios usurios
simultaneamente?
O sistema operacional deve ser capaz de usar mais de uma CPU?
A capacidade que um sistema operacional tem de controlar mais de uma nica tarefa ao mesmo tempo chama-
se multitarefa. O sistema operacional que permite que mais de um usurio use o computador em um
determinado momento chama-se multiusuro. O sistema operacional que usa mais de uma CPU chama-se
sstema multprocessador. Nesta seo, exploraremos em maior detalhe o funcionamento desses tipos de
sistemas operacionais.

2.1 - SISTEMAS OPERACIONAIS MONOTAREFAS (MONOPROGRAMAO)

O ambiente mais simples aquele onde um usurio executa um aplicativo de cada vez. Esses sistemas,usados
pela maioria dos usudos dos primeiros PCS, so chamados de monotarefa. Como o prprio nome implica, o
sistema operacional permite que apenas um programa (tarefa) seja executado de cada vez
(monoprogramvel).
Os sistemas monoprogramveis ou monotarefa se caracterizam por permitir que o processador, a memria,
e os perifricos fiquem dedicados a um nico usurio (monousurio).
Nesses sistemas, enquanto o programa aguarda por um evento, como a digitago de um dado, o processador
ficar ocioso sem realizar qualquer tarefa. A memria subutilizada caso o programa no a preencha
totalmente, e os perifricos, como discos e impressoras, esto dedicados a um nico usurio, nem sempre
utilizados de forma integral.
Sistemas monoprogramveis so de simples implementago, se comparados a outros sistemas, no tendo
muita preocupago com problemas de protego, pois s existe um usurio a utiliz-lo.
2.2 - SISTEMAS OPERACIONAIS MULTITAREFAS (OU AMBIENTE DE
MULTIPROGRAMAO)
Em ambientes de monoprogramao, quando o job que est sendo executado tem uma pausa, esperando que
uma operago em fita ou em qualquer outro perifrico I/O seja completada, a CPU simplesmente fica ociosa
at que a operago I/O seja encerrada. Em clculos cientficos pesados, as operaes de I/O no so
frequentes, e esse tempo ocioso insignificante. Em processamento de dados comerciais, as operages de
I/O consomem frequentemente entre 80 a 90 porcento do tempo total,exigindo alguma providncia sobre
isso.
A soluo dividir a memria em vrias partes, com um job diferente em cada parligo, como mostrado na
Fig. 8. Enquanto um job est esperando que uma operago 1/O seja conduida, um outro job pode usar a CPU.
Se vrios jobs podem ocupar a memria no mesmo instante, a CPU est sempre ocupada quase que em 100%
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Se vrios jobs podem ocupar a memria no mesmo instante, a CPU est sempre ocupada quase que em 100%
do tempo. Esses sistemas permitem que muitos jobs sejam executados "simultaneamente". claro que, com
um nico processador, apenas um job pode ser executado de cada vez, porm o sistema operacional
escalona o processador rapidamente entre os jobs, criando a iluso de que os jobs esto realmente sendo
executados ao mesmo tempo.
Nesse contexto, o conceito de "job" no obrigatoriamente equivalente a um programa. Num ambiente de
multiprogramago um programa inteiro ou uma parte do mesmo (uma procedure ou funo, por exemplo),
pode ocupar uma parlio de memria.
Figura 7 - Um sist ema de mult iprogramao com t rs jobs na memria
Mult it arefa Preempt iva x Mult it arefa Cooperat iva
O termo multitarefa refere-se capacidade que um sistema operacional tem de rodar mais de um
programa ao mesmo tempo. Os programadores usam dois esquemas para desenvolver sistemas operacionais
multitarefas. O primeiro requer cooperao entre o sistema operacional e os programas aplicativos. Os
programas so escritos para verificar periodicamente com o sistema operacional se h outros programas
precisando da CPU. Em caso positivo, eles abrem mo do controle da CPU para o programa seguinte. Esse
mtodo chama-se multtarefa cooperativa e usado pelo sistema operacional do Macntosh e dos
computadores DOS que executam o Microsoft Windows 3x.

O segundo mtodo chama-se multitarefa preemptiva. Nesse esquema, o sistema operacional mantm uma
lista dos processos (ou programas) que esto sendo executados. Quando cada processo da lista iniciado,
ele recebe do sistema operacional uma prioridade. A qualquer momento, o sistema operacional pode intervir
e modificar a prioridade de um processo, de fato reordenando a lista original. O sistema operacional
tambm mantm o controle do tempo gasto com qualquer processo antes de passar para o processo
seguinte. Na multtarefa preemptiva, o sistema operacional pode interromper o processo que est em
execuo e, a qualquer momento, reatribuir o tempo para uma tarefa com prioridade mais alta. UNIX,
OS/2, Windows NT e Windows 95 empregam a multitarefa preemptiva.
Na maioria das vezes, a diferena entre multitarefa cooperativa e preempt no terrivelmente importante
para o usurio. Por exemplo, se voc usa os recurso multitarefas de um computador apenas para imprimir
documentos em background, o para ordenar um banco de dados enquanto escreve uma carta, voc
provavelmente n est preocupado com o tipo de multitarefa que seu sistema usa. Por outro lado, certo
tipos de programa so mais sensveis ao tempo, especialmente as aplicaes em temp real (programas que
dependem de uma cronometragem precisa), como a transferncia de arquivos por meio de um programa de
comunicao, a abertura de registros de u banco de dados aos usurios de uma rede e a execuo ou
gravao de msicas o imagens de vdeo com aplicaes de multimdia. Para esses programas, o ritmo
crtico caso contrrio, poder haver perda ou distoro de dados.
2.2.1 - MULTITAREFA (MONOUSURIO)
Alguns sistemas monousurios proporcionam a multitarefa, ou seja, permitem que um usurio tenha mais de
uma atividade em execugo ao mesmo tempo. Suponha, por exemplo, que um usurio de computador pessoal
esteja executando um programa muito demorado, como a ordenaglio de um grande banco de dados, ou
recalculando uma grande planilha, ou ainda verificando a ortografia de um longo documento. Em vez de ficar
simplesmente esperando que a ordenago termine, o usurio pode utilizar o processador de texto para
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simplesmente esperando que a ordenago termine, o usurio pode utilizar o processador de texto para
escrever cartas. O processador de textos e o programa demorado devem compartilhar os recursos do
computador. Os pmjetistas do sistema operacional devem garantir que as duas atividades no entraro em
conflito. Um exemplo tpico de um sistema operacional monousurio, multitarefa, o Windows 95.
2.2.2 . SISTEMAS TIME-SHARING (MULTIUSURIO)
Quando os usurios interagem com o computador atravs de terminais (interaglio on-line) enquanto seus
jobs esto sendo executados, diz-se que eles so "usurios interativos". Sistemas operacionais em
~timesharing" fazem multi.programaglio com muitos usurios interativos. Sistemas com timesharing (tempo
compartilhado) devem fornecer respostas rpidas aos usurios interativos, sob pena do trabalho dos
usurios padecer.
Uma aplicaglio comum em sistemas timesharing o desenvolvimento de programas interativos em que os
programadores digitam seus prprios comandos, compilam e testam seus programas, fazem correes e
continuam este processo at que os seus programas sejam apropriadamente executados. Esses sistemas
possuem uma linguagem de controle que permite ao usurio comunicar-se diretamente com o sistema para
obter informages, como, por exemplo, verificar os arquivos que possui armazenados em disco. O sistema,
normalmente, responde em poucos segundos maioria desses comandos.
Para cada usurio, o sistema operacional aloca uma fatia de tempo (time.slice) do processador. Caso o
programa do usurio no esteja concludo nesse intervalo de tempo, ele substituido por um outro usurio,
e fica esperando por uma nova fatia de tempo. Uma estratgia para garantir tempo de resposta aceitvel
usar um temporizador (por hardware). Quando um usurio assume o pmcessador, o temporizador colocado
no valor mximo, ou "quantum", normalmente uma pequena fraglio de um segundo. Dentro deste quantum
muitas solicitages deste usurio podem ser atendidas. Se, entretanto, um clculo substancial que no pode
ser tratado dentro desse tempo est sendo executado, o quantum expirar, o temporizador gerar uma
interrupgo para ter a atenglio do processador, e o sistema operacional liberar o processador para o
prximo usurio.
No s o processador compartilhado nesse sistema, mas tambm a memria e os perifricos, como discos
e impressoras. O sistema cria para o usurio um ambiente de trabalho prprio, dando a impresso de que
todo o sistema est dedicado, exclusivamente, a ele.
Sistemas de tempo compartilhado so de implementaglio complexa, porm, se levado em considerao o
tempo de desenvolvimento e depuraglio de uma aplicaglio, aumentam consideravelmente a produtividade dos
seus usurios, reduzindo os custos de utilizao do sistema.
Um Exemplo de um Sist ema Mult iusurio

O sistema operacional multiusurio permite que mais de um usurio acesse o computador ao mesmo tempo.
claro que, para tanto, o sistema operacional multiusurio tambm tem de ser multitarefa. Entre todos os
sistemas operacionais que estamos abordando neste captulo, apenas o Unix capaz de trabalhar com vrios
usurios.

Como o Unix doi originalmente projetado para rodar em um minicomputador (o DEC PDP-8), ele foi, desde
sua concepo, multitarefa e multiusurio. Hoje, h verses dele produzidas para micros por empresas como
The Santa Cruz Operation, Microport, Esix, IBM e Sunsoft. A Apple tambm produz uma verso do Unix
para o Macintosh chamada A/UX. O maior distribuidor de Unix a Sunsoft. Ela produz Unix tanto para
micros quanto para a linha de estaes de trabalho e servidores RISC da Sun Microsystems.
O Unix permite que vrias pessoas usem o mesmo micro ao mesmo tempo de trs maneiras. A primeira
maneira de se conectar a um micro rodando o Unix a partir de outro computador com um modem. Essa
conexo parecida com aquela que voc estabelece quando usa um modem para discar para uma BBS ou
apenas para se conectar a um outro micro para transferir arquivos. A diferena que, quando voc disca
para um computador Unix, ele atende o telefone e apresenta-lhe uma solicitao de identificao - como se
voc estivesse sentado diante da mquina. Os usurios remotos podem identificar-se e rodar programas,
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voc estivesse sentado diante da mquina. Os usurios remotos podem identificar-se e rodar programas,
relacionar arquivos, enviar correios eletrnicos, ler os boletins informativos, tudo o que fariam caso
estivessem fisicamente em frente a um computador Unix. Para que tudo isso acontecesse com uma rede
DOS, voc precisaria de um micro extra na rede, exclusivo para essa funo - um micro que no fizesse
nada alm de rodar o software de comunicao e esperar o telefone tocar.

Outra maneira de efetuar conexo com um computador Unix por meio da ligao de terminais ao micro.
J discutimos as placas de interface serial que podem ser ligadas ao barramento do micro. Mencionamos
apenas as configuraes mais comuns que oferecem em geral uma ou duas portas seriais. Muitas empresas
fabricam placas seriais de vrias portas, capazes de oferecer 4, 8 ou at 16 portas seriais em uma nica
placa. Alm disso, o micro consegue acomodar vrias dessas placas, proporcionando muitas conexes seriais
ao computador. Os terminais so dispositivos baratos que consistem em um teclado e um monitor com
conexo serial que ligada placa de interface serial com um fio de telefone comum. Muitos sistemas PC
Unix baseados nos processadores 386, 486 e Pentium foram instalados em negcios nos quais o micro
usado simultaneamente por 20, 30 e at mais usurios.

A terceira maneira de usufruir do recurso multiusurio de um computador Unix por meio de uma rede. A
tpica rede DOS um conjunto de micros independentes que compartilham certos recursos comuns, incluindo
um disco rgido de grande capacidade. Mas os computadores continuam sendo monousurios e monotarefas
um usurio da rede no pode rodar um programa em outro micro da rede (mesmo que ningum o esteja
usando). Entretanto, os computadores Unix podem utilizar redes de forma diferente, fazendo uso dos
troncos das redes como meio de acesso ao computador Unix.

Com um computador Unix em uma rede, voc pode usar virtualmente qualquer tipo de computador para
fazer conexo, por meio da rede, a uma mquina Unix. Os PCs, Macintosh e outros computadores Unix
podem entrar em conexo com um computador Unix e no apenas acessar suas unidades de disco, mas
tambm usar sua CPU, memria e outros recursos para rodar programas ou processar dados. O nmero de
usurios que podem acessar um computador Unix por meio de uma rede s limitado pela licena de uso do
sistema Unix e pela largura de banda da rede.

2.3 - MULTIPROCESSAMENTO

Os sistemas operacionais de multiprocessamento gerenciam computadores que tm mais de um processador.
Computadores com multiprocessadores so, geralmente, mais confiveis do que sistemas de processador
nico - se um dos processadores falha, os outros podem continuar operando. Os multiprocessadores tambm
podem ajudar a crescer a performance - a quantidade de trabalho que um computador pode realizar numa
dada quantidade de tempo. Alguns multiprocessadores fornecem um processador em separado para cada
usurio; outros escalonam os processadores entre os usurios.
Existe muito interesse hoje no desenvolvimento de sistemas altamente confiveis que permeneam
trabalhando mesmo quando alguns componentes falham. Esses sistemas so algumas vezes chamados de
"sistemas tolerantes falhas" ou "sistemas sobreviventes" e so, comumente, implementados usando-se
multiprocessadores. Quando tais sistemas gerenciam funes crticas, os processadores em separado so,
geralmente, feitos para trabalharem em paralelo, processando clculos idnticos e comparando os
resultados. Os processadores podem usar um "esquema de voto" em que a deciso da maioria a escolhida
pelo computador. Os computadores da NASA operam dessa maneira.
Uma organizao popular de multiprocessador mostrada na figura 8. O processador mais potente,
conhecido como processador hospedeiro, trata as tarefas de clculos pesados. O processador menos
potente, conhecido como o "processador front-end", trata das comunicaes entre os terminais e o
processador hospedeiro liberando, ento, o processador hospedeiro dessa responsabilidade.
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Fig 8 - Um exemplo de organizao de multiprocessamento
Relacionada estritamente com multiprocessamento est a rede de computadores em que muitos
computadores so conectados numa rede de comunicao de dados. Um sistema operacional para a rede
permite que os usurios compartilhem os recursos de muitos computadores distintos.

3 - ALGUNS CONCEITOS EM SISTEMAS OPERACIONAIS

Neste ponto abordaremos alguns conceitos empregados no tratamento de um sistema operacional que
normalmente so discutidos em sala de aula, em revistas sobre informtica, enfim, na discusso diria de um
ambiente de sistema de informago. Veremos que alguns tpicos so tcnicas utlizadas para a melhoria da
performance de um sistema opercaional.
3.1 - SISTEMAS BATCH
Os sistemas em batch (lote) caracterizam-se por terem seus programas, quando submetidos, armazenados
em disco ou fita, onde esperam para serem executados simultneamente. O processamento em batch pode
ocorrer num ambiente de monoprogramago, como nos primeiros sistemas batch em cartes (IBM 1620,
IBM l130), ou at em ambientes multiusurios onde o batch simulado numa fila em disco. Da se conclui que
um ambiente batch uma filosofia de processamento e no uma modalidade de sistema operacional.

Normalmente, os programas que so executados nesses sistemas no exigem interago com os usurios,
lendo e gravando dados em discos ou fitas. Ou seja, um usurio pode armazenar comandos em um arquivo,
coloc-lo em uma fila de batch do sistema operacional, e ento se desconectar do sistema e executar alguma
outra tarefa. O arquivo com os comandos, porm, permanece na fila e eventualmente tratado pelo
sistema.
Os usurios de processamento em batch, ao contrrio dos usurios interativos, no esperam respostas
;mediatas. O fato de eles colocarem o arquivo em uma fila e irem fazer outra coisa prova disso. Como
resultado, os programas em batch em geral tm prioridade mais baixa do que os interativos.

3.2 - PROTEO MEMRIA
Uma dificuldade com sistemas de multiprogramao a possibilidade de diversos usurios interferirem
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Uma dificuldade com sistemas de multiprogramao a possibilidade de diversos usurios interferirem
entre si ou com o sistema operacional. Mecanismos para proteo memria ajudam a prevenir-se dessas
ocorrncias. Um esquema comum o uso de "registradores de fronteira". Quando o sistema operacional
decide rodar um programa de um usurio especfico, ele primeiro carrega dois registradores com o maior e
o
menor endereos de memria desse programa do usurio (Figura 10). Se o programa que est sendo
executado tenta fazer referncia a um endereo de memria fora desses limites, o hardware pra a
referncia antes que qualquer dano possa ser feito a um dos programas ou dados dos outros usurios. O
hardware, ento, informa do problema ao sistema operacional. O sistema operacional termina o programa do
usurio e
lhe informa que houve uma falha, procurando fornecer informao suficiente para ajudar o usurio a
depurar o programa.
Fig 9 - Registradores de fronteira usados para proteo memria
.
3.3 - IMPRESSO VIRTUAL (SPOOLING)

Em sistemas de multiprogramao, muitos usurios devem compartilhar os perifricos de entrada/sada do
computador. Alguma dificuldade pode ocorrer se o sistema no tem impressoras suficientes para tratar
todos os pedidos de impresso de relatrios ao mesmo tempo. Alguns dos usurios tm, ento, de esperar
at que uma impressora torne-se disponvel.
A impresso virtual permite que um usurio rode seus programas mesmo se uma impressora no est
disponvel. Sempre que um programa do usurio tenta escrever na impressora, o mecanismo "spooling" do
sistema operacional intercepta o pedido e, em vez disso, escreve o dado no disco. Quando a impressora
torna-se disponvel, o arquivo em disco pode, ento, ser impresso. Como a sada em disco mais rpida que a
sada em impressora, a tcnica "spooling" faz os programas que usam impressoras (e outros perifricos
relativamente lentos) rodarem mais rapidamente.
A impresso virtual ocorre tambm em sistemas mono-usurio, permitindo um usurio rodar um programa ao
mesmo tempo em que um arquivo est sendo impresso. Essa a forma mais comum de multi-tarefas.

3.4 - SCHEDULING
Em sistemas operacionais multi-usurios, a deciso de qual usurio e quando obteria que recursos,
conhecido como "scheduling". O caso especial de "scheduling" em relao ao processador, liberando-o para o
prximo usurio, conhecido como "dispatching". O programa para produzir "scheduling" muito complexo e
requer um projeto cuidadoso.
Em sistemas timesharing, os usurios podem ser atendidos em um modo
conhecido como "round robin" em que os jobs so vistos como
arranjados em um crculo e o processador se move de job a job,
ordenadamente, em torno do crculo (figura 5). O modo "round robin"
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ordenadamente, em torno do crculo (figura 5). O modo "round robin"
considerado satisfatrio porque ele trata todos os usurios da mesma
maneira; no um esquema eficiente para dar prioridade a certos
usurios.
Um sistema que obriga prioridades pode conceder um servio precrio
para os usurios de baixa prioridade. O caso extremo, conhecido como
adiamento indefinido, ocorre quando um fluxo contnuo de usurios de
alta prioridade evita que os usurios de baixa prioridade recebam
qualquer servio. Alguns sistemas evitam esse problema, fazendo
crescer gradualmente as prioridades de usurios de baixa prioridade em
funo do tempo que eles esperam por servio.
Fig 10 - Schedulling Round Robin:
O processador se move de job a
job
em torno de um ciclo.

3.5 - DEADLOCK


Um srio problema com sis-temas multi-usurios que pode ocorrer
"deadlock" (paralizao total). Um exemplo simples mostrado na Figura
4. H dois usurios, Sam e Judy, e dois recursos, Disco1 e Disco2. Sam
est atualmente usando o Disco1 e Judy est usando o Disco2. Sam
precisa do Disco2 para continuar, porm ele no pode tlo porque Judy
est usando-o. Ao mesmo tempo, Judy necessita do Disco1 para
continuar mas no pode tlo porque Sam est usando-o. Nenhum dos
dois usurios liberar os discos, e a temos um "deadlock" - ningum
pode continuar.
"Deadlocks" de vrios tipos podem ocorrer em quase todos os sistemas
operacionais. Muitos desses podem ser prevenidos por projetos
cuidadosos, mas quando ocorre "deadlock", normalmente, o nico meio
de sair terminar um ou mais jobs que o provocaram, para liberar
recursos. Isso permite que os outros usurios tenham os recursos
necessrios e possam continuar, e assim, os jobs que foram terminados
podem ser re-executados.
Fig 11 - "Deadlock" produzido por
dois usurios
3.6 - PROGRAMAO EM TEMPO REAL
Sistemas em tempo real ("real time") so aqueles em que os computadores respondem imediatamente a
vrias ocorrncias. Eles so usados em sistemas de controle de processo industrial (como refinamento de
gasolina), sistemas de controle de trfego areo, sistemas de orientao de msseis e sistemas de
monitorao de pacientes, entre outros. O seu mais importante objetivo a "responsabilidade". Se um sinal
de uma refinaria de gasolina indica que a temperatura em um reservatrio est crescendo muito
rapidamente, o sistema operacional em tempo real deve responder rapidamente. No sistema de controle de
trfego areo em tempo real, se o sinal indica que dois avies esto numa rota de coliso, o sistema deve
responder
rapidamente para evitar um desastre. Num sistema em tempo real implantado, controlando um dispositivo
marcador de passos de um corao, uma resposta rpida a um sinal de perigo pode salvar a vida de um
paciente.
3.7 - MEMRIA VIRTUAL

Quanto mais ns usamos computadores, parece que mais aplicaes gostaramos de computar. Essa tendncia,
juntamente com o declnio de preo da memria, tem feito os usurios exigirem cada vez mais memria para
suportar suas aplicaes. Porm, a memria principal permanece cara se comparada com dispositivos de
memria auxiliar como disco e fita.
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Em sistemas de memria virtual, a distino entre memria principal e auxiliar desaparece, pelo menos at o
momento em que o usurio est sendo atendido. O sistema operacional cria a iluso de uma nica memria de
massa que bem maior do que a memria principal da mquina. De fato, comum a memria virtual do
computador ser de 100 a 1000 vezes maior do que sua memria principal. Uma desvantagem de sistemas de
memria virtual que os usurios pensam que a memria ilimitada, e por isso, tendem a escrever
programas maiores do que o necessrio.
J que um computador pode apenas executar instrues e referenciar dados que esto na sua memria
principal, sistemas de memria virtual devem mover partes de programas e dados nos dois sentidos, entre a
memria principal e a memria auxiliar. Esse movimento pode fazer com que os programas sejam executados
lentamente, da os sistemas operacionais tentarem minimizar o nmero de operaes que causam esse
movimento.

3.7.1- Segment ao

As tcnicas mais comuns para implementar memria virtual so a
segmentao e a paginao. Na segmentao, partes do programa ou dos
dados podem ser de tamanhos diferentes; na paginao, as partes so
todas do mesmo tamanho. A segmentao permite que cada parte que
est sendo movida represente um programa completo, toda uma
estrutura de dados, ou toda uma "procedure" (sub-rotina). Um segmento
corresponde exatamente a uma parte de um programa definida
significantemente. J que os segmentos so de tamanhos diferentes,
enquanto eles so carregados e descarregados da memria principal, as
sobras de espaos da memria variam em tamanho. Algumas vezes, muitos
espaos pequenos aparecem na memria principal, e eles podem ser to
pequenos que no so usados. Isso chamado de fragmentao e um
srio problema em sistemas de segmentao (Figura 12).
A recuperao de espao usado conhecida como "coleta de lixo"
("garbage collection") que pode ser realizada no sistema de
segmentao, compactando-se todas as reas ocupadas para uma
extremidade da memria tal que permanea uma nica grande rea
utilizvel.
Fig 12 - Sistema de
segmentao:
Alguns espaos disponveis na
memria
so muito pequenos para
acomodar um
segmento que chega.

3.7.2 - Paginao

A paginao (figura 7) ajuda a eliminar esse problema de fragmentao. Todas as partes de programas e
dados so do mesmo tamanho ("tamanho da pgina"). Quando uma nova pgina trazida para a memria
principal, ela pode ser colocada no espao desocupado por uma pgina anterior ("page frame"). Alguma
fragmentao ocorre em sistemas de paginao j que a ltima pgina de um programa raramente
preencher uma "page frame".

Algumas vezes todas as "page
frames" esto preenchidas, ento o
sistema operacional deve remover
uma pgina da memria principal para
abrir espao para uma pgina que
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abrir espao para uma pgina que
vem. O sistema operacional tenta
substituir pginas que no vm sendo
utilizadas de tal forma que elas no
sejam necessrias outra vez, em
breve.
Para que um programa seja
executado eficientemente num
sistema paginado, suas pginas mais
ativas devem ser deixadas na
memria principal. Se um espao
insuficiente est disponvel para este
objetivo, a ativao excessiva de
paginao ("trashing"), ocorre. Em
vez de fazer o trabalho usual, o
sistema operacional se auto-pagina
indefinidamente.
Fig 13 - Sistema de paginao
Alguns sistemas combinam paginao e segmentao. As partes lgicas do programa e colees de dados
correspondem aos segmentos, e cada segmento dividido em pginas de tamanho fixo por convenincia na
localizao das partes na memria principal.
4 - TENDNCIAS FUTURAS
A tecnologia de sistemas operacionais uma das reas de maior avango no mundo dos computadores. A cada
ano, os desenvolcedores de sistemas operacionais para computadores pequenos (basicamente Microsott,
IBM, Digital Research, Apple, Novell, Unix System Laboratories e a comunidade Unix como um todo) langam
verses novas e mais capazes de seus produtos. Entretanto, o aparecimento de um sistema operacional
completamente novo no assim to frequente. De todos os sistemas operacionais, os mais novos so o
Microsott Windows NT e o Windows 95. O impacto que o Windows NT e o Windows 95 causaram ao mundo
dos computadores ainda est sendo avaliado, mas causaram grande diferenga. O Microsott Windows NT
est se firmando como um sistema operacional amplamente usado em ambientes de rede e estages de
trabalho potentes, e o Windows 95 nos micros pessoais (em rede ou no) e domsticos. Ambos se encaixam
nos planos da Microsott de fomecer uma plataforma comum - em especial com a verso 4 do Windows NT
com a interface semelhante dowindows 95 - para interfaces com usurios e programas aplicativos em uma
ampla variedade de computadores - desde os palmtops at os multiprocessadores.
H no muito tempo, a indstria estava em polvorosa para saber quem ganhada a "guerra" entre os sistemas
operacionais e qual deles sobreviviria para tornar-se padro. Na verdade, no possvel que alguma
companhia ou sistema operacional isoladamente prevalega para suplantar todos os outros concorrentes -
como tambm no provvel que uma empresa automobilstica produza um carro to bom que coloque todos
os outros fora do mercado. lgualmente, as pessoas s vezes questionam os mritos de uma interface com o
usurio em relago a outra e esperam que a sua preferida torne-se padro - mas isso simplesmente no
acontecer. As pessoas so diferentes e gostam de ambientes diferentes para diferentes aplicages e
tarefas.
O resultado de toda essa conjectura bom para todos os usurios de computadores. Como sociedade,
estamos explorando a avenida que leva a uma maior facilidade de uso e melhor produtividade.




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