TCC
TCC
TCC
2068 , 0
(8)
Onde:
D: Dimetro (mm);
K: fator de vazo do esguicho (
2 / 1
. min /
mca L );
Cd: Coeficiente de descarga do esguicho (0,98).
No momento da coleta tambm se utilizou uma tabela de marcao dos valores
encontrados para efetuar a comparao dos resultados encontrados no local com os resultados
dos clculos da obra.
3.3 COMPARAO DOS DADOS
Por fim, foram analisados os dados obtidos no dimensionamento em relao aos
encontrados no local para cada hidrante, mostrando por meio de porcentagem qual foi esta
variao.
40
4. RESULTADOS OBTIDOS
4.1 1 EDIFICAO ANALISADA: BOATE COM REA DE 1.856,19 m
4.1.1 Dimensionamento da rede de hidrantes
Para maior entendimento, a Planta Isomtrica da edificao encontra-se no Anexo A.
A edificao analisada classificada, de acordo com o Cdigo de Segurana Contra
Incndio e Pnico do Estado do Paran (2012), como Local de Reunio de Pblico (F-6).
Alm disso, para a ocupao da edificao, a mesma possui uma carga de incndio de 600
MJ/m, conforme NPT 014 (Carga de incndio nas edificaes e reas de risco, 2012).
Com os dados que caracterizam a edificao, analisando-se a NPT 022 (Sistemas de
hidrantes e mangotinhos, 2012) verificou-se a Aplicabilidade dos Tipos de Sistema
apresentado neste trabalho no Quadro 2, conforme caractersticas da edificao j definida.
Para a mesma, o sistema adotado o Tipo 3. Conforme o Quadro 1 para o sistema do Tipo 3,
a rede de hidrantes deve possuir esguicho regulvel DN 40 mm, com mangueiras de incndio
DN 40 mm no mnimo, com comprimento mximo de 30 metros caso o hidrante seja interno e
aceitvel at 60 metros caso o hidrante seja externo.
De acordo com a NPT 022, no dimensionamento de sistemas com mais de um
hidrante simples deve ser considerado o uso simultneo dos dois jatos de gua mais
desfavorveis. Alm disso, deve considerar-se em cada jato de gua a vazo mnima obtida no
Quadro 1, para o tipo de edificao que nesse caso de 200 L/min, sendo a edificao
composta por hidrantes duplos, que possuem 2 sadas de gua, possuindo cada uma a mesma
vazo, presso e velocidade. A vazo mnima de projeto deve ser 400 L/min.
Tendo em vista os requisitos j vistos anteriormente, a rede de hidrantes da boate foi
redimensionada adaptando a sequncia de dimensionamento apresentada por Brentano (2007).
A rede de hidrantes instalada possui as seguintes caractersticas:
Abastecimento de gua por: Piscina com 27.000 litros = 27m, todo o detalhamento da
rede bem como seus hidrantes est descrito na planta isomtrica no Anexo A;
Dimetro da rede de suco: 2.1/2 (63 mm) ferro galvanizado;
Dimetro da rede de recalque: 2.1/2 (63 mm) ferro galvanizado;
Mangueiras: tipo 2 com 30 e 60 metros, divididas em lances de 15 metros;
Esguicho: Regulvel 1.1/2 (40 mm) MR Mecnica Reunida
41
Bomba de incndio: tipo - Centrfuga
marca - Schneider
modelo BC-23 1.1/4 R
potncia 20 cv
rotor 228 mm
Hidrante: tipo duplo com vlvula angular (Figura 12)
Figura 12: Detalhe do hidrante duplo de parede
(Fonte: AUTOR, 2013)
O hidrante mais desfavorvel deve atender duas exigncias impostas pela NPT 022. A
primeira a utilizao de 2 esguichos, sendo que cada esguicho deve proporcionar a vazo
mnima de 200 L/min. A segunda exigncia que durante o uso desse hidrante cada esguicho
proporcione um jato de no mnimo 10 metros de alcance na posio jato slido. Assim sendo,
primeiramente foram pegos os grficos de desempenho do esguicho instalado, para saber em
quais condies o esguicho deve estar para atender essas duas exigncias.
42
A Figura 13 apresenta o grfico da relao vazo pela presso de entrada no esguicho
utilizado, sendo que para a vazo mnima necessria de 200 L/min no esguicho, geraria uma
presso de entrada de aproximadamente 4,5 kgf/cm, que equivale a 45,0 m.c.a.
Figura 13: Grfico 1 Vazo x Presso Entrada
(Fonte: REUNIDA, 2013)
Na Figura 14 tem-se o grfico de presso de entrada pelo alcance do jato, conforme
analisado anteriormente. Para a vazo mnima necessria no esguicho, esta geraria uma
presso na entrada do esguicho de 4,5 kgf/cm, assim, o esguicho com esssa presso de
entrada geraria um jato slido de 13 metros, atendendo portanto s exigncias impostas pela
NPT 022.
43
Figura 14: Grfico 2 Presso Entrada x Alcance
(Fonte: REUNIDA, 2013)
O fabricante do esguicho tambm fornece o grfico que relaciona a presso de entrada
pela presso de sada conforme Figura 15, sendo a diferena entre ambas a perda de carga
gerada pelo esguicho. Como mostrado, a presso de entrada para a vazo mnima ser de 4,5
kgf/cm e o mesmo ter uma presso de sada de aproximadamente 3,5 kgf/cm, o que
equivale a uma perda de carga de 1,0 kgf/cm.
Figura 15: Grfico 3 Presso Entrada x Presso Sada
(Fonte: REUNIDA, 2013)
44
Com a vazo e a presso conhecida, utiliza-se a Equao 2 para calcular o fator K do
esguicho:
2
2
K
Q
P
P
Q
K
2
2 1
2
. min / 81 , 29
45
200
mca L K K
Sendo a vazo diretamente proporcional presso e o valor de K um valor fixo,
entende-se que quanto maior a vazo, maior ser a presso. Desta maneira, o hidrante que
gerar menor vazo de gua com a bomba selecionada, ter menor presso dinmica e o
hidrante analisado que gerar maior vazo ser aquele com maior presso dinmica.
Com base nos dados expostos anteriormente, foi definido o hidrante HD 3 como o
mais desfavorvel para a edificao analisada. De acordo com os clculos, este o hidrante
que gera maior altura manomtrica.
Utilizou-se uma planilha de clculos desenvolvida de acordo com o mtodo de clculo
de Brentano (2007). O Quadro 6 mostra a planilha elaborada para auxiliar nos clculos do
dimensionamento do hidrante duplo HD 3 com 3 vazes para traar a curva da instalao,
sendo a vazo 1 a mnima estipulada pela NPT 022.
45
QUADRO 6: Planilha de dimensionamento do HD 3 - Boate
(Fonte: AUTOR, 2013)
46
Foram dimensionados todos os hidrantes para analisar as alturas manomtricas. Desta
maneira, conseguiu-se determinar a altura manomtrica do hidrante HD 3 e dos demais, sendo
que o HD 3 possui a maior altura manomtrica entre os hidrantes instalados e calculados para
a vazo mnima estabelecida por cdigo, caracterizando-se por ser o hidrante mais
desfavorvel. Seguindo o mesmo raciocnio viu-se tambm que o HD 2 o hidrante mais
favorvel, conforme apresentado nos resultados a seguir:
HD 1:
Q1=400 L/min (24m/h) Hm=66,14m.c.a.
HD 2:
Q1=400 L/min (24m/h) Hm=64,47m.c.a.
HD 3:
Q1=400 L/min (24m/h) Hm=69,80m.c.a.
HD 4:
Q1=400 L/min (24m/h) Hm=67,82m.c.a.
Com a definio do hidrante mais desfavorvel e mais favorvel verificou-se seu
comportamento com a bomba instalada no local, conforme dados sobre a bomba mencionada
anteriormente. Utilizou-se o grfico da curva de caracterstica da bomba do site do fabricante,
conforme mostra a Figura 16:
47
Figura 16: Curva da bomba instalada no local BC-23 R1.1/4 20 cv
(Fonte: SCHINEIDER, 2013)
Tendo em mos a curva da bomba existente no local, necessita-se lanar a curva da
instalao do hidrante HD 3 (mais desfavorvel) e HD 2 (mais favorvel). Porm, para traar
uma curva necessita-se de pelo menos 3 pontos, (3 valores com coordenadas de vazo x altura
manomtrica). Para isso, calcula-se a altura manomtrica do hidrante HD 3 e HD 2
novamente, para trs valores de vazo diferentes, conforme abaixo:
HD 3 Mais desfavorvel:
Ponto 1:
Q1=400 L/min=24 m/h Hm=69.80 mca;
Ponto 2:
Q2=450 L/min=27 m/h Hm=87,04 mca;
Ponto 3:
Q3=500 L/min=30 m/h Hm=106,22 mca.
HD 2 Mais favorvel:
Ponto 1:
Q1=400 L/min=24 m/h Hm=64.47 mca;
Ponto 2:
Q2=450 L/min=27 m/h Hm=79,73 mca;
Ponto 3:
48
Q3=500 L/min=30 m/h Hm=96,72 mca.
O catlogo da bomba ainda traz as coordenadas dos pontos que foram utilizados para
montar a curva da bomba referenciada em tabela, conforme Figura 17. Alm disso, para uma
melhor apresentao do lanamento da curva dos hidrantes analisados sobre a curva da
bomba, as mesmas foram digitalizadas de acordo com os pontos mencionados anteriormente.
Porm, cada curva dos hidrantes analisados ficou separada em grficos diferentes para maior
clareza dos dados, conforme Figuras 18 e 19:
Figura 17: Caractersticas hidrulicas da bomba existente
(Fonte: SCHINEIDER, 2013)
49
Figura 18: Curva da bomba com a curva do hidrante HD3 Boate
(Fonte: AUTOR, 2013)
Dessa maneira obteve-se que o hidrante mais desfavorvel - HD 3, no momento de uso
com os 2 esguichos, simultaneamente, apresenta com a bomba instalada uma vazo total de
26,8 m/h = 446,67 L/min, resultando em uma altura manomtrica de 85,83 m.c.a. e
proporcionando uma presso dinmica de entrada do esguicho, para metade da vazo
mencionada (240 L/min), de 56,11 m.c.a. de acordo com a Equao 2 apresentada nesse
trabalho em que leva-se em conta a vazo e o coeficiente K.
50
Figura 19: Curva da bomba com a curva do hidrante HD2 Boate
(Fonte: AUTOR, 2013)
O hidrante mais favorvel - HD 2, no momento de uso com os 2 esguichos,
simultaneamente, apresenta com a bomba instalada uma vazo total de 27,9 m/h = 465,00
L/min, resultando em uma altura manomtrica de 84,64 m.c.a. e proporcionando uma presso
dinmica de entrada do esguicho, para metade da vazo mencionada (232,50 L/min ), de
60,81 m.c.a. de acordo com a equao 2 que considera a vazo e o coeficiente K.
4.1.2 Coleta de dados
Na obra foram observados os hidrantes HD 2 e HD 3, para verificar a compatibilidade
dos dados calculados. Primeiramente, esticaram-se as mangueiras de incndio at um local
onde poderia ser realizada toda a medio (Figura 20). Aps isso, as mangueiras foram
conectadas aos registros de globo angular dos hidrantes analisados (Figura 21).
51
Figura 20: Mangueiras Esticadas - Boate
(Fonte: AUTOR, 2013)
Figura 21: Mangueiras Conectadas aos Registros de Globo Angular - Boate
(Fonte: AUTOR, 2013)
52
Aps esse procedimento, para se observar a presso de entrada no esguicho regulvel,
foi utilizado o medidor de presso dinmica fornecido pelo Corpo de Bombeiros, cujo
instrumento possui uma entrada e sada com unio tipo storz de 2.1/2. Conectou-se a
extremidade da mangueira de incndio de um hidrante em um lado do medidor e no outro o
esguicho regulvel, sendo o esguicho e a mangueira de dimetros menores que o medidor.
Foram utilizadas redues de 2.1/2 x 1.1/2 tipo storz. Na Figura 22, mostra-se como fica o
medidor acoplado na mangueira e com o esguicho na outra extremidade.
Figura 22: Medidor de presso acoplado a mangueira e ao esguicho - Boate
(Fonte: AUTOR, 2013)
Com isso, foi aberto o hidrante duplo a ser analisado com os 2 esguichos em uso
simultneo para se ler qual presso se obtm na entrada do esguicho. Nas Figuras 23 e 24
apresenta-se o hidrante em uso com esguicho regulvel para jato slido e o alcance que
proporcionava o jato.
53
Figura 23: Uso do hidrante com esguicho em posio jato slido - Boate
(Fonte: AUTOR, 2013)
Figura 24: Alcance do jato slido - Boate
(Fonte: AUTOR, 2013)
54
Nesse momento foi lido o valor no manmetro do medidor de presso e medido o
alcance do jato para cada hidrante analisado, sendo este valor a presso de entrada no
esguicho. Aps isso se calculou a vazo pela Equao 7, utilizando o dimetro equivalente do
esguicho regulvel em relao a um tronco cnico agulha (Equao 8) e a presso de sada do
esguicho obtido no grfico da Figura 15. Os dados obtidos esto no Quadro 7.
mm D D 13 , 12
98 , 0 2068 , 0
81 , 29
QUADRO 7: Dados coletados na obra - Boate
(Fonte: AUTOR, 2013)
4.1.3 Comparao dos dados
Com todos os dados de cada hidrante em mos montou-se um quadro comparativo de
cada hidrante para uma dimenso das variaes obtidas dos dados calculados em relao ao
encontrado no local da obra, conforme apresentado no Quadro 8:
55
QUADRO 8: Comparao dos dados e variao dos mesmos - Boate
(Fonte: AUTOR, 2013)
Com isso verificou-se que houve uma variao para menos nos valores encontrados no
local da obra em relao aos dados obtidos em dimensionamento.
4.2 2 EDIFICAO ANALISADA: INDSTRIA COM REA DE 8.447,62 m
4.2.1 Dimensionamento da rede de hidrantes
A Planta Isomtrica da edificao em questo encontra-se no Anexo B.
A edificao analisada classificada de acordo com Cdigo de Segurana Contra
Incndio e Pnico do Estado do Paran (2012), como Indstria de Raes Balanceadas (I-2).
A mesma possui uma carga de incndio de 800 MJ/m, conforme NPT 014 (Carga de incndio
nas edificaes e reas de risco, 2012).
Com os dados que caracterizam a edificao, consultou-se a NPT 022 (Sistemas de
hidrantes e mangotinhos, 2012) analisando-se os requisitos impostos pela mesma.
Primeiramente foi vista a Aplicabilidade dos Tipos de Sistemas apresentado neste trabalho no
Quadro 2. Conforme as caractersticas da edificao, ela classificada como Tipo 3. Com o
tipo do sistema adotado, tem-se a necessidade de entender o que significa este sistema. De
acordo com o Quadro 1 em sistemas do Tipo 3, a rede de hidrantes deve possuir esguicho
regulvel DN 40 mm, com mangueiras de incndio DN 40 mm com comprimento mximo de
30 metros caso o hidrante seja interno e at 60 metros caso o hidrante seja externo. A vazo
mnima necessria no esguicho do hidrante mais desfavorvel 200 L/min, de acordo com a
NPT 022. No dimensionamento de sistemas com mais de um hidrante simples deve ser
56
considerado o uso simultneo dos dois jatos de gua mais desfavorveis. Alm disso, deve ser
considerado em cada jato de gua a vazo mnima obtida no Quadro 1 que 200 L/min para a
referida edificao. Como a edificao composta por hidrantes duplos, que possuem 2 sadas
de gua, possuindo a mesma vazo, presso e velocidade, a vazo mnima de projeto deve ser
400 L/min.
Tendo em vista os requisitos j vistos anteriormente, a rede de hidrantes da indstria
foi redimensionada adaptando a sequncia de dimensionamento apresentado por Brentano
(2007). A rede de hidrantes instalada possui as seguintes caractersticas:
Abastecimento de gua por: Reservatrio elevado com volume total de 100.000 litros
= 27m, sendo 29,87m destinados reserva tcnica de incndio. Todo o detalhamento da
rede, bem como seus hidrantes est na planta isomtrica no Anexo B;
Dimetro da rede de suco: 4 (100 mm) ferro galvanizado;
Dimetro da rede de recalque: 4 (100 mm) e 3 (75 mm) ferro galvanizado;
Mangueiras: tipo 2 com variao no comprimento;
Esguicho: Regulvel 1.1/2 (40 mm) Tipo MR Mecnica Reunida;
Bomba de incndio: tipo - Centrfuga
marca - Schneider
modelo BC-23 1.1/4 R
potncia 20 cv
rotor 228 mm
Hidrante: tipo duplo com vlvula angular (conforme mostrado na Figura 4).
Como o esguicho o mesmo utilizado na edificao anteriormente analisada, o valor
do fator K continua sendo
2 1
. min / 81 , 29
mca L .
Todo o procedimento de clculo equivale ao apresentado anteriormente para anlise da
edificao utilizada como boate. Tambm utilizou-se o hidrante mais desfavorvel e o mais
favorvel para anlise da rede.
O hidrante HD 8 foi identificado como o mais desfavorvel para a edificao
analisada. De acordo com os clculos, este o hidrante que gera maior altura manomtrica.
Os Quadros 9 e 10 mostram as planilhas de clculos do dimensionamento do hidrante duplo
HD 8 em relao a vazo mnima estipulada pela NPT 022 (Sistemas de hidrantes e
mangotinhos, 2012).
57
QUADRO 9: Planilha de dimensionamento do HD 8 folha 1 - Indstria
(Fonte: AUTOR, 2013)
58
QUADRO 10: Planilha de dimensionamento do HD 8 folha 2 - Indstria
(Fonte: AUTOR, 2013)
59
Foram dimensionados todos os hidrantes para analisar as alturas manomtricas. Desta
maneira, conseguiu-se determinar a altura manomtrica do hidrante HD 8 e dos demais, sendo
que o HD 8 possui a maior altura manomtrica entre os hidrantes instalados e calculados para
a vazo mnima estabelecida por cdigo, caracterizando-se por ser o hidrante mais
desfavorvel. Seguindo o mesmo raciocnio observou-se que o HD 3 o hidrante mais
favorvel, conforme apresentado nos resultados a seguir.
HD 1:
Q=400 L/min (24m/h) Hm=63,33m.c.a.
HD 2:
Q=400 L/min (24m/h) Hm=60,79m.c.a.
HD 3:
Q=400 L/min (24m/h) Hm=56,71m.c.a.
HD 4:
Q=400 L/min (24m/h) Hm=57,54m.c.a.
HD 5:
Q=400 L/min (24m/h) Hm=57,15m.c.a.
HD 6:
Q=400 L/min (24m/h) Hm=57,61m.c.a.
HD 7:
Q=400 L/min (24m/h) Hm=65,71m.c.a.
HD 8:
Q=400 L/min (24m/h) Hm=66,31m.c.a.
Os dados sobre a bomba, bem como a curva caracterstica so os mesmos j
apresentados na anlise da edificao de uso de boate, j que a bomba da indstria a mesma.
Tendo em mos a curva da bomba existente no local, necessita-se lanar a curva da
instalao do hidrante HD 8 (mais desfavorvel) e do HD 3 (mais favorvel). Porm, para
60
traar uma curva necessita-se de pelo menos 3 pontos, (3 valores com coordenadas de vazo x
altura manomtrica). Para isso, calcula-se a altura manomtrica do hidrante HD 8 e HD 3
novamente, para trs valores de vazo diferentes, conforme a seguir:
HD 8 Mais desfavorvel:
Ponto 1:
Q=400 L/min=24 m/h Hm=66,31 mca;
Ponto 2:
Q=450 L/min=27 m/h Hm=83,71 mca;
Ponto 3:
Q=500 L/min=30 m/h Hm=103,05 mca.
HD 3 Mais favorvel:
Ponto 1:
Q=400 L/min=24 m/h Hm=56,71 mca;
Ponto 2:
Q=450 L/min=27 m/h Hm=71,77 mca;
Ponto 3:
Q=500 L/min=30 m/h Hm=88,55 mca.
Com os dados em mos foi traada a curva dos hidrantes HD 8 e HD 3 sobre a curva
da bomba (Figuras 25 e 26).
61
Figura 25: Curva da bomba com a curva do hidrante HD 8 Indstria
(Fonte: AUTOR, 2013)
Dessa maneira obteve-se que o hidrante mais desfavorvel - HD 8, no momento de uso
com os 2 esguichos, simultaneamente, apresenta com a bomba instalada uma vazo total de
27,2 m/h = 453,33 L/min, resultando em uma altura manomtrica de 84,93 m.c.a. e
proporcionando uma presso dinmica de entrada do esguicho, para metade da vazo
mencionada (226,67 L/min ), de 57,80 m.c.a. de acordo com a Equao 2.
.
62
Figura 26: Curva da bomba com a curva do hidrante HD 3 Indstria
(Fonte: AUTOR, 2013)
Obteve-se que o hidrante mais favorvel - HD 3, no momento de uso com os 2
esguichos, simultaneamente, apresenta com a bomba instalada uma vazo total de 29,1 m/h =
485,00 L/min, resultando em uma altura manomtrica de 83,33 m.c.a. e proporcionando uma
presso dinmica de entrada do esguicho, para metade da vazo mencionada (242,50 L/min ),
de 66,16 m.c.a., de acordo com a Equao 2.
4.2.2 Coleta de dados
Na obra foram observados os hidrantes HD 3 e HD 8, para verificar a compatibilidade
dos dados calculados. Repetiu-se todo o procedimento apresentado para a coleta de dados da
edificao analisada anteriormente (boate). Na Figura 27 apresenta-se um dos hidrantes com o
medidor de presso instalado funcionando com 2 esguichos na posio de jato slido. Na
Figura 28 est o esguicho trabalhando em meia neblina.
63
Figura 27: Esguicho na posio jato slido com o medidor - Indstria
(Fonte: AUTOR, 2013)
Figura 28: Esguicho regulvel na posio de meia neblina - Indstria
(Fonte: AUTOR, 2013)
64
Com isso foram lidos os valores das presses de entrada nos esguichos dos hidrantes
analisados. Tambm foi verificada a casa de mquinas e toda a instalao para funcionamento
dos hidrantes (Figura 29). Na Figura 30 est apresentado o outro hidrante analisado,
trabalhando com os esguichos na posio de jato slido.
Figura 29: Bomba centrfuga instalada para pressurizao dos hidrantes - Indstria
(Fonte: AUTOR, 2013)
65
Figura 30: Uso do hidrante com esguicho em posio jato slido - Indstria
(Fonte: AUTOR, 2013)
Depois de feito realizadas as leituras no manmetro do medidor de presso e medido o
alcance do jato para cada hidrante analisado, calculou-se a vazo pela Equao 7, utilizando o
dimetro equivalente do esguicho regulvel em relao a um tronco cnico agulha (Equao
8) e a presso de sada do esguicho obtido no grfico da Figura 15. Os dados obtidos esto no
Quadro 11.
mm D D 13 , 12
98 , 0 2068 , 0
81 , 29
QUADRO 11: Dados coletados na obra - Indstria
(Fonte: AUTOR, 2013)
66
4.2.3 Comparao dos dados
Com todos os dados de cada hidrante em mos montou-se um quadro comparativo de
cada hidrante para uma dimenso das variaes obtidas dos dados calculados em relao ao
encontrado no local da obra, conforme apresentado no Quadro 12.
QUADRO 12: Comparao dos dados e variao dos mesmos - Indstria
(Fonte: AUTOR, 2013)
Verifica-se que houve uma variao para menos nos valores obtidos em
dimensionamento em relao aos dados coletados no local.
67
5. CONSIDERAES FINAIS
Houve variaes diferentes para ambas as edificaes analisadas.
No caso da boate, os resultados obtidos em dimensionamento foram maiores do que os
valores encontrados no local, porm houve alguns problemas para o acionamento da bomba,
como o fato dela em alguns momentos desligar, necessitando, portanto, ser acionada por
pressostato. Como o proprietrio fez algumas mudanas na configurao do pressostato para a
bomba funcionar, algumas medies neste local podem ter sofrido influncia e causado essa
variao em relao aos valores encontrados no dimensionamento.
J na indstria, os resultados obtidos em dimensionamento foram menores do que os
valores encontrados no local, sendo aceitvel essa variao uma vez que esta no foi uma
variao considervel. Alm disso, como os valores encontrados no local so maiores que os
de clculos, estariam a favor da segurana.
Tambm durante a elaborao deste trabalho, analisou-se a grande quantidade de
produtos que existem no mercado direcionados para rede de hidrantes com caractersticas
diferentes e que alteram totalmente o comportamento da rede, como por exemplo, os
esguichos, que possuem diversos modelos diferentes para um mesmo tipo, alm de possurem
vrias marcas e cada um com suas caractersticas que geram grandes mudanas na rede que
devem ser levadas em considerao.
Quando se dimensiona uma rede de hidrantes baseia-se em vrias frmulas e conceitos
estabelecidos pela hidrulica, porm difcil visualizar este comportamento por se tratar de
algo sem formato e homogneo.
Por tudo demonstrado nesse trabalho, v-se a importncia de estudos na rea de
preveno contra incndio com nfase na rede de hidrantes.
5.1 SUGESTES PARA TRABALHOS FUTUROS
Durante o desenvolvimento deste trabalho surgiram alguns questionamentos sobre os
dados de desempenho dos esguichos informados pelos fabricantes os quais poderiam ser
empregados em trabalhos futuros:
Realizao de testes em alguns esguichos para verificar a veracidade dos dados
fornecidos pelos fabricantes.
68
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 13714: Sistemas de
hidrantes e de mangotinhos para combate a incndio. Rio de Janeiro, 2000.
BRENTANO, T. A proteo contra incndios no projeto de edificaes. 1. ed. Porto
Alegre: T Edies, 2007.
NORMA DE PROCEDIMENTO TCNICO. NPT 022: Sistemas de hidrantes e de
mangotinhos para combate a incndio. Paran, 2012.
CDIGO DE SEGURANA CONTRA INCNDIO E PNICO CSCIP CBMPR.
Paran, 2012.
SEITO, A. I.; GILL, A. A.; PANNONI, F. D.; SILVA, R. O. S. B.; CARLO, U. D., SILVA,
V. P. A segurana contra incndio no Brasil. So Paulo: Projeto, 2008.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 5626: Instalao predial de
gua fria. Rio de Janeiro, 1998.
NORMA DE PROCEDIMENTO TCNICO. NPT 014: Carga de incndio das edificaes e
rea de risco. Paran, 2012.
NETTO, J. M. A.; FERNADEZ, M. F.; ARAUJO, R.; ITO, A. E. Manual de hidrulica. 8
ed. So Paulo, 1998.
69
ANEXOS
ANEXO A PLANTA ISOMTRICA DA BOATE
70
ANEXO B PLANTA ISOMTRICA DA INDSTRIA