Baixe no formato PDF, TXT ou leia online no Scribd
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 19
T e o r i a d e l l a C o l o r e
Accademia di Specializzazione Professionale
By Jonas Araujo Accademia di Specializzazione Professionale 7 8 9 8 5 5 7 7 9 0 3 3 7 Teoria das Cores Circulo Cromtico Estrela de Ostwald Escala de Reflexo Fundo de Clareamento Somatrio de cores Tcnicas de Apliacaes Parrucchiere Accademia Proibido a venda Parte integral do curso de formao profissional - mdulo - 3 Todos os direitos reservados Santo Andr - SP. - 2013 - 1 Edio Sumrio Introduo Teoria das cores .................................................................................................................... 2 Fisiologia da Viso ................................................................................................................ 3 3.a - Caractersticas da Viso / Efeitos Fisiolgicos da Iluminao ............................... 4 Os Melancitos / Os Pigmentos / Tricocroma .................................................................. 5 Formao da Cor Capilar .................................................................................................... 6 Tipos de Colorao Cosmticas. Colorao Cosmtica / Colorao Permanente ............................................................ 7 Colorao Semi Permanente .............................................................................................. 8 Colorao Demi Permanente / Colorao Temporria / Colorao de Oxidao Tom- Sobre Tom / Colorao Direta / Outros tipos de Coloraes / Colorao Matlica .. 9 Perxido de Hidrognio ....................................................................................................... 10 Agente Clareadores ............................................................................................................... 11 A Descolorao Ativos Utilizados nas Coloraes ....................................................................................... 11.a Clareamento Natural ......................................................................................................... 11.b Amnia .................................................................................................................................. 13 Estudo das cores 14 Colorimetria Nvel - 1 ............................................................................................................ 15 Esquema Cromtico ........................................................................................................... 15.a Esquema Monocromtico ................................................................................................. 15.b Esquema Analgico e Adjacente .................................................................................... 15.c Esquema Complementar ................................................................................................... 15.d Para Anotaes .................................................................................................... 16 Decifrando a Luz ....................................................................................................................17.a Estmulo ...................................................................................................................... 17.b Cor Pigmento .......................................................................................................................... 20 Percepo da Cor .............................................................................................................. 20.a Classificao das Cores .................................................................................................... 20.b Cor Complementar ............................................................................................................. 21 Cores Quentes...................................................................................................................... 21.a Cor Retiliniana ............................................................................................................. 21.b Cor Irisada ............................................................................................................................ 21.c Cor Dominante ...................................................................................................................... 22 Cor Local ................................................................................................................ 22.b Cor Cru ................................................................................................................................ 22.c Cor Falsa ............................................................................................................................... 22.c Cor Cambiante.................................................................................................................... 22.d Cor Inexistente ..................................................................................................................... 22.e Cor Diptrica .......................................................................................................................... 22.f Cor Catptrica ou Simplismente Cor ................................................................................ 22. g Cor Parptrica ...................................................................................................................... 22.h A LUZ ........................................................................................................................................ 22.i Estudo das Cores (LUZ) ............................................................................................................ 23 Vermelho ................................................................................................................... 23.a Amarel o ............................................................................................. 23.b Verde ............................................................................................................... 23.c Azul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23. d Violeta ........................................................................................................... 23.e Laranja ........................................................................................................... 24 Marrom, Ocre e Terra ......................................................................................................... 24.a ............................................................................................................................. 1 2 Branco ...................................................................................................................................... 26 Preto ...................................................................................................................................... 26.a Introduo ao Circulo Cromtico ,Cor Pigmento ...................................................................................................................... 26 .b Cor Primria ........................................................................................................................... 26.c Cor Secundria .................................................................................................................... 26.d Cores Anlogas ....................................................................................................................... 27 Cores Complementares ....................................................................................................... 27.a Cores Quentes ....................................................................................................................... 28 Cores Frias ............................................................................................................................. 28.a Cores Neutras ...................................................................................................................... 28.b Cores Neutras ...................................................................................................................... 28.c Visualizao das Cores .......................................................................................................... 29 Estrela de Oswald .................................................................................................................. 30 Escala Graduada ................................................................................................................... 31 Circulo Cromtico ( somatria ) ............................................................................................ 32
Imagine se o mundo no tivesse cores, fosse todo em preto e branco. Como seria nossa vida? Como viveramos sem as cores que nos cercam? Sem as cores da natureza? Sem o colorido das flores? Pois , as cores fazem parte das nossas vidas, assim como o ar que respiramos e no entanto so poucas as vezes que paramos para contemplar o colorido de algo a nossa volta, ou analisar as cores de um determinado objeto, seja ele da grande natureza ou criado pelo homem. Apesar da influncia que as cores nos causam, o que sabemos a seu respeito? O que cor na verdade? As cores que percebemos so produzidas pela luz. A luz do sol, que composta pelas sete cores do arco-ris quando incidem em um objeto so absorvidas ou refletidas pelo mesmo, ou seja, algumas dessas cores so absorvidas, enquanto as outras so refletidas, e so essas que iro definir suas cores. A cor uma realidade sensorial, segundo os estudos de psicologia, qual no podemos fugir. Alm de atuarem sobre a emotividade humana, as cores produzem uma sensao de movimento, uma dinmica envolvente e compulsiva. (...) o amarelo transborda de seus limites espaciais com uma tal fora expansiva que parece invadir os espaos circundantes; o vermelho embora agressivo, equilibra-se sobre si mesmo; o azul cria a sensao do vazio, de distncia, de profundidade. (Farina, 1973) Algumas experincias psicolgicas tm provado que h uma reao fsica do indivduo diante da cor. Entretanto esse ainda um vasto campo a ser explorado. Fre (1960) in Fafina (1986) diz que a luz colorida intensifica a circulao sangunea e age sobre a musculatura no sentido de aumentar sua fora segundo uma seqncia que vai do azul, passando pelo verde, o amarelo e o laranja, culminando no vermelho. O efeito produzido pela cor to direto e espontneo que se torna difcil acreditar que ele conte apenas experincias passadas. Entretanto, cientificamente, nada comprova a existncia de um processo fisiolgico que explique o porqu dessa reao fsica do homem estimulao da cor. Afirma Lscher in Farina (1986), que experincias tm provado ser o vermelho puro excitante. Quando as pessoas so obrigadas a olhar por um determinado tempo para essa cor, observa-se que h uma estimulao em todo sistema nervoso: h uma elevao da presso arterial e nota-se que o ritmo cardaco se altera. Segundo ele, o vermelho puro atua diretamente sobre o ramo simptico do sistema neuro vegetativo. Afirma tambm que fitar o azul puro produz efeito exatamente contrrio: o ritmo cardaco e a respirao diminuem. Diante de tantos dados, acreditamos ser de fundamental importncia conhecermos as cores mais a fundo, pois com esses conhecimentos poderemos contribuir para a formao de um mundo melhor, pois como o "Paraso ser o mundo do Belo" (MOKITITI OKADA) no podemos imaginar tal mundo sem cores. Realizaremos, ento, um estudo para conhecermos melhor como as cores podem nos influenciar fsica e psicologicamente, como nosso organismo reage fisiologicamente perante elas, e como podemos, utilizando seus recursos contribuir para harmonizarmos o mundo transformando-o em "Paraso". INTRODUO Teoria das Cores Para conhecermos melhor as cores precisamos conhecer um pouco de sua teoria. As cores dividem-se em trs grupos que so, cores primrias, cores secundrias e cores tercirias. Cor primria: cada uma das trs cores indecomponveis que, misturadas em propores variveis, produzem todas as cores do espectro.(...) (vermelho, amarelo e azul). Cor secundria: a cor formada por duas cores primrias misturadas em partes iguais (verde, laranja e violeta). Cor terciria: a intermediria entre uma cor secundria e qualquer das duas primrias que lhe do origem. (Pedrosa, 1982) vermelho e o laranja. So cores frias: o amarelo-verde, o verde, o verde-azul, o azul, o azul-violeta e o violeta. As cores quentes tem uma capacidade de expresso e uma fora diferentes das cores frias. Para obter uns e outros, especialmente se deve usar em massas de grande extenso, tem que ter presente sua diversidade tanto como significado com em superfcie. Considerando os fatores psicolgicos as cores quentes podem se aplicar ao significados dos adjetivos: ensolarado, opaco, estimulante, denso, perto, pesado, seco. E as cores frias podem se aplicar ao significados dos adjetivos: sombrio, transparente, calmante, diludo, longe, leve, mido. Para Pedrosa (1982), os verdes, violceos, carmins e uma infinidade de tons podero ser classificados como cores frias ou como cores quentes, dependendo da percentagem de azuis, vermelhos e amarelos de suas composies. Alm disso, uma cor tanto poder parecer fria como quente, dependendo da relao estabelecida entre ela e as demais cores (...)" que as cercam. "Um verde mdio, numa escala de amarelos e vermelhos, parecer frio. O mesmo verde, frente a vrios azuis, parecer quente". Um fator fundamental para entendermos porque as cores nos influenciam tanto fsica como psicologicamente o de conhecermos um pouco do funcionamento do nosso organismo, e para isso precisamos estudar sobre o rgo da viso, pois atravs dele que podemos contempl-la. 2 Alm de primrias secundrias e tercirias, as cores apresentam outras caractersticas. As cores podem ser tambm quentes e frias. Segundo Fabris (1973), o calor de um tom no depende da diferena efetiva de radiaes, seno de uma ralao de sensaes sentidas pelo homem na viso das mesmas cores. Se pode explicar pelo fato de que estamos acostumados a consi derar como quentes as cores associadas, por exemplo, a idia de sol, fogo... e associar a cor verde-azul da gua sensao de frio. Por outro lado, continua ele, o calor de um tom relativo: o magenta parece frio relacionado um alaranjado; porm, parece quente relacionado um azul. As cores quentes so o amarelo, o amarelo-alaranjado, o alaranjado, o Fisiologia da Viso: Para Fabris (1973), "a cor um elemento sugestivo e indispensvel que nos apresenta a natureza e o objetos criados pelo homem e d a imagem completa da realidade." Qualquer pessoa sente despertar suas fantasias ao olhar ou ler a palavra cor. A cor produz grade prazer ao esprito e aos olhos, que para ver necessitam tanto da cor como da luz, continua ele. E para que se ocorra esse processo como que nossa viso se comporta? Em primeiro lugar a luz o elemento essencial para que a cor exista, sem ela, no h cor. Ao receber o estmulo da luz, "os olhos alimentam o crebro com informao codificada em atividade neural cadeias de impulsos eltricos a qual, pelo seu cdigo e pelos padres de atividade cerebral, representa objetos". (Gregory,1979). O rgo da viso , entre os rgos do sentido, considerado o mais importante. Para Goldman, (1964), 87% dos estmulos que chegam ao nosso crebro vo atravs da viso, ficando a audio com 7%, o olfato 3%, o tato 1,5% e o paladar com 1,5%. Da conclui-se que as nossas reaes e sensaes ocorrem em maior parte pelo estmulo da viso ao nosso sistema nervoso central atravs do crebro. Segundo Iida (1990) a sua estrutura assemelha-se a de uma cmara fotogrfica. A luz passa atravs da pupila, que uma abertura da ris. 3 Globo Ocular em corte (Imagem Cambrige. 1984) Essa abertura pode variar para controlar a quantidade de luz que penetra no olho, ou seja, aumenta na penumbra e diminui cada vez mais quanto maior for a luz que nela incide. No fundo do olho fica a retina, nela esto as clulas fotossensveis, que so sensveis a luz e cor e transforma os estmulos luminosos em sinais eltricos, que so conduzidos ao crebro pelo nervo tico, onde se produz a sensao visual, chamadas de cones e bastonetes. Os cones s funcionam com maior nvel de iluminao e so responsveis pela percepo das cores, alm da percepo de espao de acuidade visual. Os bastonetes j so sensveis a baixos nveis de iluminao e no destinguem cores, mas apenas os tons cinza, do branco ao preto. Tais caractersticas podem ser percebidas quando passamos de um ambiente escuro para o claro, por exemplo, na sada do cinema, h um ofuscamneto temporrio, que dura um ou dois minutos, at que os cones comecem a funcionar normalmente. Do claro para o escuro a adaptao mais demorada. Nesse caso, so os cones que deixam de funcionar, para aumentar a sensibilidade dos bastonetes. Caractersticas da Viso. Acuidade visual: a capacidade para discriminar pequenos detalhes. Ela depende de muitos fatores, como por exemplo: iluminao e tempo de exposio. No entanto , luzes muito fortes prejudicam a acuidade, porque provocam a contrao da pupila. Acomodao e convergncia: a capacidade de cada olho em focalizar objetos a vrias distncias. O cristalino, uma lente que situa-se atrs da ris (fig. 2), fica mais grosso e curvo para focalizar objetos prximos e mais delgado par focalizar objetos distantes. Com o avano da idade o cristalino vai perdendo sua flexibilidade, ficando mais duro, dificultando dessa forma a focalizao de objetos prximos. Percepo de cores: a percepo das cores s ocorre quando h luz. A luz definida como sendo uma energia fsica que se propaga atravs de ondas eletromagntcas composta pelas cores do arco-ris. Quando a luz incide em um objeto ela refletida seletivamente. A luz refletida tem uma composio diferente da luz e essa diferena a responsvel pelo aparecimento de cores. Quando se diz que uma superfcie vermelha significa que ela absorve todos os demais comprimentos de onda e reflete s o vermelho. Quando um objeto iluminado por luzes artificiais, a cor pode mudar porque o espectro (arco-ris) diferente da luz solar. Assim, as cores ditas "reais" so aquelas que o olho humano percebe normalmente quando os objetos so iluminado pela luz solar EFEITOS FISIOLGICOS DA ILUMINAO Os fatores que influem na discriminao da viso so: quantidade de luz, tempo de exposio e contraste entre figura e fundo. Quantidade de luz: a quantidade de luz vai influenciar diretamente na discriminao do objeto, a sua quantidade deve ser dosada para que no seja pouca ou em excesso, pois, o excesso tambm atrapalha a visualizao, principalmente se estiver incidindo diretamente no viso do observador. Tempo de exposio: o tempo de exposio para que um objeto possa ser discriminado depende do seu tamanho, contraste e nvel de iluminao. Se os objetos forem pequenos e o contraste for baixo, o tempo necessrio poder crescer sensivelmente. Contraste entre figura e fundo: a diferena de brilho entre figura e fundo chamada de contraste. Se no houver esse contraste, a figura ficar camuflada e no ser visvel. Para se obter contrate entre figura e fundo um dos fatores a ser considerado o ofuscamento. Quando um objeto mais brilhante que o fundo, ele facilmente percebido, mas se ocorrer o inverso, haver uma reduo da eficincia visual devido ao ofuscamento. 4 A COR: OS MELANCITOS, A MELANINA A epiderme, os plos e os cabelos so coloridos. Os pigmentos melannicos, que absorvem especialmente os raios luminosos, so responsveis pelas variaes de cor. Na papila drmica, os melancitos, clulas especiais, secretam grnulos de pigmentos absorvido pelas clulas da vizinhana: Os queratincitos. Uma unidade de melanizao constitui-se de um melancito cercado de 30 queratincitos, aproximadamente. Ela repousa sobre uma membrana basal. A fabricao da melanina plos melancitos desencadeia uma serie de reaes qumicas. A partir da Tirosina, molculas presentes nos melancitos, desenvolvem uma srie de reaes qumicas sob a influncia de uma enzima (Tirocinasse). Aps oxidaes sucessivas, sendo que a primeira a de tirosina pela tirocinasse, chega ao 5-6 Diidroxi-indol, o precursor da melanina. Esse precursor vai por sua vez ser a origem de uma nova srie de reaes que resulta por fim, na melanina. O 5-6 Diidroxi-indol pode ser isolado e reproduzido. Os melancitos se assemelham a uma estrela do mar e os seus ramos, os dendritos, servem para injetar os gros de melanina nos queratincitos. Em seguida, esses gros de melanina se distribuem no crtex. Quanto maior for atividade melanocitria no crtex mais escuro sero os cabelos. OS PIGMENTOS Os pigmentos de melanina antigamente eram classificados em dois grupos distintos: 1- Os pigmentos granulosos ou EUMELANINAS, que variam do preto ao vermelho escuro, que conferem aos cabelos cores sombrias. 2- Os pigmentos difusos ou FEOMELANINAS, que variam do vermelho brilhante ao amarelo plido, conferem cores claras aos cabelos. E o grau de concentrao dos pigmentos granulosos ou difusos que explicam a variedade das cores naturais dos cabelos. Porm, Prota e Thomsom, em seus ensaios, no ano de 1976 isolaram um outro grupo de pigmentos faeomelannicos, chamados: * TRICOCROMAS * Antigamente conhecido como (tricossiderina), responsveis pelas tonalidades ruivas... A cor dos cabelos se modifica. Em geral, a cor torna-se mais escura com a idade, e, em seguida os cabelos brancos aparecem progressivamente. Essa evoluo parte do princpio de que o ritmo de produo de melanina no constante. Com o passar dos anos, ocorre primeiro uma intensificao e em seguida, uma diminuio da produo e na maioria dos casos a interrupo da formao de pigmento. A interrupo da produo de melanina explica o desaparecimento da cor. muito provvel que a ausncia, em certos melancitos, do cido aminado, tirosina, e a deficincia ou a inibio da enzima tirocinasse, sejam uma das principais causas desse embranquecimento denominada cancie. Uma outra forma de clarear, vem atravs da gua. O ar e o sol, tambm clareiam ligeiramente aportando alguns reflexos a fibra capilar devido presena do oxignio. A gua por sua vez provoca uma leve oxidao nos pigmentos granulosos, as molculas de oxignio penetram atravs das cutculas atingindo as clulas corticais. Uma clula fusiforme, com uma largura de 2 a 5 micrmetros e comprimento e de aproximadamente 100 micrmetros. . 5 Formao da cor capilar. 6 Atravs do andrgeno chamado 5-6 dihidroxiindol forma-se a Tirosina que por sua vez transformam-se nas clulas pigmentarias que formam os melancitos que formam as melaninas (granulosos e difusos). Essas melaninas divide-se em trs partes Eumelaninas (granulosos) Feomelaninas (difusos) Tricocroma (tricosiderina) Melanossomos Granuloso - Difuso Clula Cortical Cabelo Mongolide Cabelo Caucasiano Cabelo Negride Colorao Cosmtica: Ativos utilizados em colorao: Hidrxido de Amnio, Amnia, Amonaco: agente alcalinizante utilizado em tinturas permanentes responsvel pela abertura da cutcula, possibilita a entrada dos pigmentos artificiais e do agente oxidante no interior do fio. MONOETANOLAMINA, MEA, ETA: agente alcalinizante utilizado em coloraes permanentes responsvel pela abertura da cutcula, possibilita a entrada dos pigmentos artificiais e do agente oxidante no crtex. Pode ser utilizado no lugar da Amnia ou em conjunto com a mesma. Obs.: Normalmente est presente em coloraes que dizem que no utilizam Amnia, no entanto estes produtos contm a Monoetanolamina que atua da mesma maneira que a Amnia. Perxido de Hidrognio: agente oxidante utilizado em Cremes Oxidantes ou OX responsvel pela fixao dos pigmentos artificiais no crtex e pela descolorao dos pigmentos naturais presentes no cabelo. A COLORAO PERMANENTE D colorido clareando, podendo ser utilizada tambm no mesmo tom ou em tom mais escuro e recobre as cs. Esse tipo de processo necessita de trs tipos de reagentes que entrem em atividade: 1- A amnia.(NH3) gs ou (NH4OH) amnia hidrolisada, tem duas funes importantes. 1-1 Aumentar a espessura da fibra capilar, ou seja, abrir as cutculas do cabelo para possibilitar a penetrao dos precursores. 1-2 Liberar o ( O ) oxignio contido no oxidante. 2- O Oxidante (H2O2) tambm desempenha duas: 2-1 Agir sobre os pigmentos do cabelo para clare-los e oxid-los. 2-2 Oxidar os precursores para revelarem os corantes. 3- Os precursores que se classifica em duas categorias: 3-1 Pigmentos Permanentes: pigmentos artificiais utilizados em tinturas permanentes so os agentes formadores da cor artificial no cabelo quando na presena do agente alcalinizante (Hidrxido de Amnio/Amnia ou Monoetanolamina) e na presena do agente oxidante (Perxido de Hidrognio). Exemplos de pigmentos permanentes: p-fenilenodiamino, m-aminofenol, resorcinol, 4- amino 2-hidroxitolueno. 7 Visualizao dos gros de pigmento na parte cortical da haste capilar. Colorao semipermanente Neste tipo de substncia, os colorantes possuem molculas extremamente pequenas, que penetram na haste at o crtex. Esse tipo de pigmento tem uma certa compatibilidade com a queratina, isso permite que a colorao tenha maior durabilidade no se perdendo em poucas lavadas. Trata-se de um colorante que no implica em sobre posio a uma outra colorao no mesmo tom ou mais escura. Entretanto, no permite o uso de tonalidades mais claras em bases mais escuras. O maior problema que o formulador encontra para produzir outras tonalidades, que nem todos os pigmentos que so utilizados tem a mesma afinidade com a queratina. Por este motivo que algumas tonalidades vem a desbotarem mais rpidas que outras. Os cabelos danificados e porosos nos mostram com maior clareza este fato. Para obter uma maior penetrao e durabilidade de alguns tons devem aumentar a temperatura e/ou o tempo de exposio do cabelo ao produto. - Este tipo de colorao acrescenta seus benefcios: Aportar ao tom naturais diversos reflexos desde naturais (Tons Fundamentais) ou fantasias (Tons Cosmticos). Matizar tons contrrios. Restaurar tonalidade branca. Pigmentos Semi-permantes: pigmentos utilizados em coloraes semi-permanentes, so considerados pigmentos diretos no necessitam de agente oxidante e agente alcalinizante para formar a cor do cabelo. So molculas pequenas sendo assim so fixadas nas cutculas e no crtex. As colorao semi-permanentes no fornecem clareamento aos cabelos. Exemplos de pigmentos semi-permanentes: 4-nitro o- fenilenodiamino; 2-amino 5-nitrofenol 1-amino 4-metil amino antraquinona. nitro o-fenilenodiamino; 2-amino 5-nitrofenol 1-amino 4-metil amino antraquinona. A COLORAO DEMI-PERMANENTE Este outro tipo de colorao oxidativa, que se denomina tom- sobre-tom quando contm um baixo teor de oxidao. Este tipo de oxidao caracteriza-se por um agente alcalino que no contm lcali (amonaco). E sim, MONOETANOLIAMINA. Um ativo de baixa alcalinidade fazendo com que o fio de cabelo no sofra um processo mais agressivo, ou seja: - Com seu baixo peso molecular (seus colorantes so bem menores que os de uma colorao permanente). - Com uma fixao de cor aproximadamente de 20 lavadas, desbotando gradativamente. OBS: O uso demasiado faz com que este processo passe de Semi-Permanente para permanente (ou cumulativo). COLORAO TEMPORRIA Colorao que se elimina em uma s lavada. Utiliza-se de colorantes catinicos de maior peso molecular, e por esse motivo no tem poder de fixao e no penetram no crtex, permanecendo somente sobre as cutculas do cabelo. E utilizada para intensificar um tom ou matiz-lo apenas at a prxima lavada. Exemplos de pigmentos temporrios: Amarelo CI 13065, Vermelho CI 16250, Azul Bsico CI 42140. A COLORAO DE OXIDAO TOM-SOBRE-TOM Essa colorao contm corantes que funcionam como as das demais coloraes permanentes. Entretanto, no contem amnia e o agente alcalino utilizado tem uma potncia mais fraca, o que explica o fato deste tipo de substncia no clarear a fibra. Como resultado temos o colorido no mesmo tom, ou em tom mais escuro. Convm a todos os tipos de cabelo, e recobre em sua maioria 50% das cs. Colorao suave de grande durabilidade, ela se mistura com seu revelador especfico (oxidante extra suave) H2O2 a 3%. 8 COLORAO DIRETA J este tipo de colorao contm algumas peculiaridades adversas outras coloraes. No contm nenhuma base oxidativa para seu uso, e podemos classific-la em dois tpicos: * Colorao Semi-Permanente * Colorao temporria OUTROS TIPOS DE COLORANTES Existem ainda mais dois tipos de colorantes atualmente utilizados: 1- Colorante Vegetal E um colorante muito utilizado ainda hoje, criando alguns danos fibra capilar. Como um enrugamento e conseqente enrijecimento devido ao depsito de uma substncia conhecida como LAUSONIA" que confere ao cabelo um tom vermelho-alaranjado. Outro colorante utilizado a camomila, que contm um outro reagente qumico denominado "APIGENINA" que confere ao cabelo uma tonalidade amarelada. COLORAO METLICA So utilizados em tinturas progressivas e atuam depositando os sais metlicos no cabelo. Os metais so incompatveis com o agente oxidante (Perxido de Hidrognio) utilizado nas tinturas permanentes e tambm so incompatveis com produtos de relaxamento. Prxido de Hidrognio (gua oxigenada) A estabilidade do perxido obtida por acidificantes prevenindo assim a quebra prematura por seu altamente instvel. Quando o hidrognio se decompem libera gua e Oxignio. O termo VOLUME refere se a quantidade de gs de OXIGNIO que liberado durante o processo qumico. J nas emulses reveladoras sua formao de Perxido de Hidrognio, gua , agentes Emulsionantes de consistncia, Alcois Graxos, Alcanolamidas e Fenis Etoxilados Aqulicos. Ps. So de difceis estabilidade, por isso, o uso de Fenacetina, cido Fosfrico, cido Etidrnico como principais agente ESTABILIZANTES; importante lembrar que os Perxidos de Hidrognio tem o seu pH baixo e no possui poder sozinho de dilatar as camadas cuticulares. * Nunca deixe a embalagem prximo de outro produtos para evitar a contaminao do OX, evite exposio a LUZ, sujeiras, leos, etc., isso para que no entre em decomposio. 9 10 Soluo de Perxido de Hidrognio Porcentagem de Perxido de Hidrognio em ( gua Volume de Perxido 3% Perxido / Lt de gua 6% Perxido / Lt de gua 9% Perxido / Lt de gua 12% Perxido / Lt de gua 30% Perxido / Lt de gua 35% Perxido / Lt de gua Volume 10 Volume 20 Volume 30 Volume 40 Volume 100 Volume 130 10 Volumes 20 Volumes 40 Volumes 88% gua 94% gua 97% gua 3% perxido 6% perxido 12% perxido Perceba que 30 ml de OX de 40v contm a mesma quantidade de Perxido de Hidrognio ativo que em 60 ml de 20v, a nica diferena entre essas duas medidas est na quantidade de gua, mas o valor do desprendimento de O2 a mesma, com isso podemos afirmar que: As duas medidas de OX tem o mesmo poder de colorir e clarear igualmente. 11 88% gua 94% gua 30 ml 12 % Perxido 60 ml 6 % Perxido 40 Volumes 20 Volumes D = (Desprendimento ) Vl = (Volumagens) Q = (Quantidade em ml) D = Q . Vl Q = D / Vl O2 Clculo de Desprendimento do Oxignio Agente Clareadores. Os Descolorantes e os Super Aclarantes necessitam de um pH super elevados para que haja uma grande decomposio do Perxido de Hidrognio e ocorra a descolorao da haste capilar. Os descolorantes e os Clareadores possuem um pH entre 9,5 a 11. A DESCOLORAO Pode-se provocar tambm o clareamento do cabelo, saindo do tom escuro para um mais claro, atravs de uma reao qumica chamada polimerao. Esta reao provoca uma oxidao mais intensa dos pigmentos granulosos que desaparecem progressivamente. Em seguida os pigmentos difusos, por sua vez, so eliminados. Esse fenmeno explica o fato de que determinados cabelos, se despigmentem adquirindo ou uma cor avermelhada, ou uma cor amarelada, alis, todas as cores intermedirias so possveis. Essa diferena chamada de fundo de clareamento.Se os cabelos clareiam, eles tambm podem ser coloridos por diferentes mtodos. Ativos utilizados em colorao: Hidrxido de Amnio, Amnia, Amonaco: agente alcalinizante utilizado em tinturas permanentes responsvel pela abertura da cutcula, possibilita a entrada dos pigmentos artificiais e do agente oxidante no interior do fio. MONOETANOLAMINA, MEA, ETA: agente alcalinizante utilizado em coloraes permanentes responsvel pela abertura da cutcula, possibilita a entrada dos pigmentos artificiais e do agente oxidante no crtex. Pode ser utilizado no lugar da Amnia ou em conjunto com a mesma. Obs.: Normalmente est presente em coloraes que dizem que no utilizam Amnia, no entanto estes produtos contm a Monoetanolamina que atua da mesma maneira que a Amnia. Perxido de Hidrognio: agente oxidante utilizado em Cremes Oxidantes ou OX responsvel pela fixao dos pigmentos artificiais no crtex e pela descolorao dos pigmentos naturais presentes no cabelo. Clareamento Natural: O sol, o ar e a gua clareiam parcialmente os cabelos deixando uma tonalidade quente, dessa forma a gua dilata o dimetro do cabelo, por sua vez a molcula de oxignio penetram no crtex onde ativado pelo calor do Sol afetando os pigmentos granulosos destruindo a parte perifrica do crtex dando uma oxidao suave. J na descolorao cosmtica os pigmentos granulosos desaparecem lentamente e em seguida so os pigmento difusos que so eliminados gradativamente, por esse motivos que determinados cabelos adquirem tonalidades avermelhadas a alaranjadas que chamamos d fundo de clareamento. Na colorao a AMONIA tem duas funes: Aumentar o volume (dimetro) da haste capilar, melhor dizendo dilatar as camadas cuticulares possibilitando assim a penetrao dos precursores. O que so os PRECURSORES? Classifica-se em 2 (duas) categorias: - as bases de oxidao que so responsveis pela intensidade da cor e pelo cobertura dos fios brancos.
1 - 12 J os ACOPLADORES possibilitam as variaes de reflexos ( dourados, cinzas, cobres, etc..). Esse dois grupos se fundem para criar as cores. A Amnia. A amnia um gs incolor com um odor forte e peculiar, altamente inflamvel e implantado na elaborao de fertilizantes, fibras plsticas, produtos de limpeza, explosivos, etc.. Adicionada em meio aquoso forma o Hidrxido de Amnio (NH4OH) usado nos produtos cosmticos. Auxilia na liberao de oxignio dos oxidante para que o perxido faa a polimerao dos pigmento a sua fixao no crtex capilar. Ps. quanto maior for a volumagem do perxido aliado ao hidrxido de amnio, maior ser a reduo das cadeias de cistinas (enxofre). O tempo de pausa no pode ser determinado, isso depender e cada tralha a ser realizado e o padro tnico de cada cabelo. Para que haja essas reaes qumicas so necessrios: - veculo: base da frmula, seja ela aquosa, gel ou p. - Alcalinizantes: dilatadores da camada cuticular, potencializador (Alcalinizante toda a substncia qumica que provoca a transformao de uma substncia qumica em base ou lcali). - Antioxidante: mantm a formulao estabilizada, 1- Precursores ou Intermedirios, so agente (pigmentos) formadores da cor. 2- Acopladores se fundem aos precursores compondo e formando os tons fantasias. 3- Base Oxidativa que promovem a oxidao dos pigmento revelando as suas nuances. Como Ler uma Nuance. - Primeiro nmero indica a altura de tom - O segundo nmero indica o reflexo principal. - o terceiro nmero indica o reflexo secundrio 6.43 Estudo das Cores 13 olisamento, podendo causar danos no cabelo como quebra e queda. Exemplo de sais metlicos: Nitrato de Chumbo, Acetato de Chumbo, Nitrato de Prata. Colorimetria Nvel - 1 Esquema Cromtico. Por que gostamos de determinadas cores e de outras no? Por que gostamos mais de uma determinada composio de cores e outras no? Segundo Goldman (1964), gostamos ou no de uma determinada cor, porque em algum momento passamos por uma situao agradvel ou desagradvel onde aquela cor estava presente, seria a mesma relao que temos com, por exemplo, a msica e o perfume. Apesar de procurarmos seguir a intuio na combinao de cores, existe algumas dicas que podemos seguir como por exemplo observar a grande natureza, que perfeita em suas composies, outra forma seguir o crculo das cores e tentar combin-las. Partindo do crculo podemos encontrar trs esquemas de combinaes bsicas: monocromtica, anloga ou adjacente e complementar. Esquema monocromtico: o esquema em que utilizamos apenas um cor em vrios tons. Este esquema utilizado quando se quer obter uma integrao maior e homogeneidade. Porm, se muito utilizado, pode tornar-se montono. Anotaes: 15 16 FIG. 1 Esquema monocromtico Esquema anlogo ou adjacente: o esquema que utilizamos duas ou trs cores vizinhas no crculo das cores. Este esquema utilizado quando se quer obter uma sensao de profundidade, movimento, volume, luz e sombra. FIG. 2 Esquema anlogo ou adjacente Esquema anlogo ou adjacente: o esquema que utilizamos duas ou trs cores vizinhas no crculo das cores. Este esquema utilizado quando se quer obter uma sensao de profundidade, movimento, volume, luz e sombra. . FIG. 3 Esquema complementar Esquema complementar: esquema que utilizamos duas cores diametralmente opostas no crculo das cores. Este esquema o mximo de contraste que podemos obter entre duas cores, causa impacto visual, d um certo ar dramti co. Duas cores complementares juntas (lado a lado) tem sua intensidade aumentada, para diminuir essa intensidade utiliza-se o branco, o preto ou o cinza. o Tamanho dos objetos: outro fator muito importante a ser considerado o tamanho dos objetos, pois, mesmo que seja de uma cor considerada pesada, pode tornar-se mais leve se colocado ao lado de outro objeto de cor suave porm em dimenses maiores que ele. Devemos ento, em um esquema utilizar as cores puras e pesadas em propores menores que as suaves e leves. Diferentes fontes de luz: (Farina, 1986) s vezes a cor dos objetos pode ficar extremamente alterada pelo tipo de luz que os atinge. Uma lmpada de neon, por exemplo vai emitir, na maior parte, raios vermelhos. Emite to poucos raios verdes ou azuis que os objetos, que sob uma outra fonte natural de luz, seriam verdes ou azuis, iro parecer pretos, por absorverem raios vermelhos. Os comprimentos de onda das lmpadas fluorescentes vo produzir uma luz semelhante do Sol, mas a distribuio dos comprimentos de onda diferente, alm de conter poucos comprimentos de ondas vermelhas. Uma bola vermelha dentro de uma sala iluminada com luz fluorescente, parecer marrom. (fig. 9) FIG. 9 numa sala iluminada com luz fluorescente, a mesma bola parecer marrom. (Farina, 1986) Qualquer ambiente, incluindo todos seus elementos materiais (mveis, cortinas, carpetes etc.), muda efetivamente de cor conforme sua suas fontes de luz. At mesmo espaos enquadrados na escala do cinza, especificamente do branco ao cinza-escuro ( em paredes, carpetes), sujeitam-se a certa mudana, como empalidecer a cor da ctis das pessoas sob um farol de luz de mercrio. A cor, por no ser uma caracterstica dos objetos, muda conforme o tipo de luz que recebe. E a beleza de uma cor, seja qual for, depende dessa fonte de luz. Mesmo luz do dia, uma pea colorida modifica seu aspecto se o dia se apresenta azul-ensolarado ou nublado. Um eficiente fluxo luminoso pode gerar maravilhosos contrastes em lugares de grande afluncia de pblico, supermercados e shopping-centers, por exemplo, e com excelentes reprodues de cores. Contraste simultneo: objetos da mesma cor, sobre fundos diferentes, aparecero com diferenas de intensidade e claridade. Da mesma forma, uma cor ao lado de outra mais escura, parecer mais clara do que realmente , enquanto se torna ainda mais escura pela aproximao daquela mais clara. (Iida, 1990) Segundo experincias de Fabris (1973), uma cor ao lado de sua complementar parece mais acentuada, brilhante formoso; porm ao mesmo tempo, ambos resultam em mais difcil leitura. Este desagradvel fenmeno se poderia corrigir fazendo que uma das cores seja muito mais clara, ou mesclando uma pequena proporo de um no outro. esquerda, uma bola vermelha numa sala iluminada por luz natural, direita, 17 Porm, para combinarmos as cores no ser suficiente s nos basearmos no crculo e os esquemas, existe outros fatores que devem ser considerados. Ao utilizarmos um esquema devemos sempre considerar fatores como: peso das cores, o tamanho dos objetos, as diferentes fontes de luz, contraste simultneo. Peso das cores: as cores, alm de todas as suas caractersticas psicolgicas, exercem diferentes efeitos fisiolgicos sobre o organismo humano e tendem, assim a produzir vrios juzos e sentimentos. Aparentemente, damos um peso s cores. Na realidade, olhando para uma cor damos um valor-peso, mas somente um peso psicolgico. (fig. 4) 18 FIG. 4 Sensaes de peso e distncias sugeridas pelas cores. (Fabris. 1973) "Em experincias realizadas, foram atribudos pesos diferentes a objetos iguais, mas cada um desses pintado numa cor: preto, vermelho, prpura, cinza, azul, verde, amarelo, branco. Colocaram-se, a certa distncia um do outro, os oito objetos, quase iguais na composio, mas todos do mesmo tamanho, sendo cada um deles de cor diferente. As pessoas presentes foram informadas de que os objetos expostos possuam um peso que variava de 3 a 6 kg. O resultado provou a existncia de um peso aparente, devido cor. Entre o preto e o branco, colocados nos dois extremos, registrou-se a diferena de 2,5 kg. Na realidade, todos os objetos eram do mesmo peso: 4 kg."(Farina, 1986) Podemos ver no crculo proporcional de Newton (Fabris, 1973) essas propores entres as cores primrias e secundrias (fig.7), e suas relaes entre as complementares (fig. 8). FIG. 7 Crculo proporcional de Newton. (Fabris, 1973) FIG. 8 Propores das cores. (Fabris, 1973) Rodeado pelo preto um tom parece mais acentuado, brilhante e chamativo; rodeado por branco tende, ao contrrio, a ser mais diludo, menos evidente, porque fica mais iluminado e disperso seu tom pelas radiaes que refletem o suporte branco; Um cinza ao lado de uma cor tende a tomar o tom complementar da cor a que de aproxima; um cinza junto a um amarelo render a tomar o tom da complementar violeta; um cinza junto a um vermelho toma o tom da complementar azul; um cinza junto a um azul toma o tom do vermelho, complementar do azul. Nem sempre estas influencias tendem a favorecer a legibilidade. Conhecendo o princpio e avaliando os resultados, no difcil dar-se conta da maior ou menor utilidade do fenmeno. O contraste amarelo-preto o primeiro a ser visto grande distncia; o contraste branco-preto tem um valor mdio. A visibilidade do contraste vermelho-verde no tem bom resultado - pois irrita o olho pela ao simultnea das complementares - e pssima da verde-azul. (fig. 10) Segundo estas experincias, resulta que os elementos escuros sobre fundo claro se percebem melhor que os claros sobre fundo escuro; frisemos tambm que o conhecido preto sobre fundo brando e vice-versa, no gozam de tanta visibilidade como se faz presumir o freqente uso que fazemos deles. (Fabris, 1973) Decifrando as Cores: A COR A cor no tem existncia material: apenas sensao produzida por certas organizaes nervos sob a ao da luz mais precisamente, a sensao provocada pela ao da luz sobre o Horgan da viso. Seu aparecimento est condicionado, portanto, existncia de dois elementos: a luz (objeto fsico, agindo como estmulo) e o olho (aparelho receptor, funcionando como decifrador do fluxo luminoso, decompondo-o ou alterando-o atravs da funo seletora da retina). Em vrios idiomas existem vocbulos perecemos para diferenciar a sensao cor da caracterstica luminosa (estmulo) que a provoca. Em ingls, a sensao colour vision e o estmulo, hue. Em francs, teinte designa o estmulo, qualificando-o, em oposio ao dado subjetivo couleur. Em portugus, o melhor termo para essa caracterstica do estmulo matiz, diferenciando-a da sensao denominada cor. Em linguagem corrente, Estmulo. Os estmulos que causam as sensaes cromatinas esto divididos em dois grupos: o das cores-luz e o das cores-pigmento.Cor-luz, ou luz colorida, a radiao luminosa visvel que tem como sntese aditiva a luz branca. Sua melhor expresso a luz solar, por reunir de forma equilibrada todos os matizes existentes na natureza. As faixas coloridas que
19 FIG. 10 Visibilidade dos contrastes distncia. (Fabris, 1973) As faixas coloridas que compem o espectro solar, quando tomadas isoladamente, uma a uma, denominam-se luzes monocromticas. Cor Pigmento. a substncia material que, conforme sua natureza, absorve, refrata e reflete os raios luminosos componentes da luz que se difunde sobre ela. a qualidade da luz refletida que determina a sua denominao. O que faz com que chamemos um corpo de verde sua capacidade de absorver quase todos os raios da luz branca incidente, refletindo para nossos olhos apenas a totalidade dos verdes. Se o corpo verde absorvesse integralmente as outras faixas coloridas da luz (azul, vermelho e os raios derivados dessas), e o mesmo ocorresse com o vermelho, absorvendo as faixas verdes e azuis, e com o azul, absorvendo a totalidade dos raios vermelhos e verdes, a sntese subtrativa seria o preto. Como isso no ocorre, a mistura das cores-pigmento produz um cinza escuro, chamado cinza-neutro, por encontrar-se equidistante das caris que lhe do origem. Quem primeiro explicou cientificamente a colorao dos corpos foi Newton, denominando-a de cores permanentes dos corpos naturais. Suas experincias basearam-se na observao do cina-bre (vermelho) e do azul-ultramarino, iluminados inicialmente por diferentes luzes homogneas, e depois por luzes compostas. Da concluiu que os corpos aparecem com diferentes cores que lhes so prprias, sob a luz branca, porque refletem algumas de suas faixas coloridas mais fortemente do que outras. Comumente, chamamos cores-pigmento as substncias corantes que fazem parte do grupo das cores qumicas. Segundo Goethe, cores qumicas "so as que podemos criar, fixar em maior ou menor grau e exaltar em determinados obje-tos e aquelas a que atribumos uma propriedade imanente Em geral se caracterizam por sua persistncia. Em razo do que antecede, em outros tempos designavam-se as cores qumicas com eptetos diversos: colores propii, corporei, ma-teriales, veri permanentes, fixi. PERCEPO DA COR O fenmeno da percepo da cor mais complexo que o da sensao. Se neste en- tram apenas os elementos fsico (luz) e fisiolgico (o olho), naquele entram, alm dos elementos citados, os ciados psicolgicos que alteram substancialmente a qualidade do que se v. Exemplificando, podemos citar o fato de um lenol branco nos parecer sempre branco, tanto sob a luz incandescente amarela como sob a luz violcea de mercrio, quando em realidade ele to amarelo quanto a luz incandescente, quando iluminado por ela, como to violceo quanto a luz de mercrio que o ilumina. Na maioria das vezes no atentamos para a diferena de colorao e continuamos a considerar branco o lenol, por uma codificao do crebro, que incorpora aos objetos, como uma de suas caractersticas fsicas, a cor apresentada por eles quando iluminados pela luz solar, transformando em valor subjetivo as cores permanentes dos corpos naturais. Na percepo distinguem-se trs caractersticas principais que correspondem aos parmetros bsicos da cor: matiz (comprimento de onda), valor (luminosidade ou brilho) e croma (saturao ou pureza da cor). CLASSIFICAO DAS CORES Apesar da identidade bsica de funcionamento dos elementos no ato de provocar a sensao colorida (os objetos fsicos estimulando o rgo visual), a cor apresenta uma infinidade de variedades, geradas por particularidades dos estmulos, dizendo mais respeito percepo do que sensao. Guiados plos dados perceptivos, os estudiosos do assunto puderam iniciar um levantamento de classificao e nomenclatura das cores, segundo suas caractersticas e formas de manifestaes. 20 o que resumidamente se segue. Cor geratriz ou primria cada uma das trs cores indecomponveis que, misturadas em propores variveis, produzem todas as cores do espectro. Para os que trabalham com cor-luz, as primrias so: vermelho, verde e azul-violetado. A mistura dessas trs luzes coloridas produz p branco, denominando-se o fenmeno sntese aditiva (ilust. 2). Para o qumico, o artista e todos os que trabalham com substncias corantes opacas (cores- pigmento, s vezes denominadas cores de refletncia ou cores-tinta) as cores indecom- ponveis so o vermelho, o amarelo e o azul. consideradas primrias, reduzindo-se assim para trs as quatro cores primrias de Leonardo da Vinci (vermelho, amarelo, verde e azul). Com a trade de cores-pigmento opacas o violeta s obtido pela estimulao simultnea de dois grupos de cones da retina. .Para tal estimulao os dois processos mais conhecidos so: primeiro, pela mistura ptica de luzes refletidas por pequenos pontos azuis e vermelhos colocados bem prximos uns dos outros nos trabalhos de pintura e artes grficas (ilust. 6), e segundo, pela mistura de luzes coloridas refletidas pelo vermelho e azul pigmentrios, em discos rotativos em movimento . A mistura das cores-pigmento vermelho, amarelo e azul produz o cinza-neutro por sntese subtrativa. Nas artes grficas, pintura em aquarela e para todos os que utilizam cor-pigmento transparente, ou por transparncia em retculas, as primrias so o magenta, o amarelo e o ciano. A mistura dessas trs cores tambm produz o cinza-neutro por sntese subtrativa (ilust. 4). A superposio de filtros coloridos magenta, amarelo e ciano, interceptando a luz branca, produz igualmente o cinza-neutro. Cor complementar Desde a poca de New-ton, adota-se em Fsica a formulao de que cores complementares so aquelas cuja mistura produz o branco. Segundo Helmholtz, excluindo-se o verde puro, todas as demais cores simples so complementares de uma outra cor simples, formando os seguintes pares: vermelho e azul-es-verdeado, amarelo e anil, azul e laranja. Em Fsica, cores complementares significam par de cores, complementando uma a outra. Cor secundria a cor formada em equilbrio ptico por duas cores primrias. Cor terciria a intermediria entre uma cor secundria e qualquer das duas primrias que lhe do origem. Cores quentes so o vermelho e o amarelo, e as demais cores em que eles predominem.Cores frias so o azul e o verde, bem como as outras cores predominadas por eles. Os verdes, violceos, carmins e uma infinidade de tons podero ser classificados como cores frias ou como cores quentes, dependendo da percentagem de azuis, vermelhos e amarelos de suas composies. Alm disso, uma cor tanto poder parecer fria como quente, dependendo da relao estabelecida entre ela e as demais cores de determinada gama cromtica. Um verde mdio, numa escala de amarelos e vermelhos, parecer frio. O mesmo verde, frente a vrios azuis, parecer quente. Cor natural a colorao existente na natureza. Para a reproduo aproximada de sua infinita variedade, na impresso grfica, alm das cores primrias, so necessrios o branco e o preto. Cor aparente ou acidental a cor varivel apresentada por um objeto segundo a propriedade da luz que o envolve ou a influncia de outras cores prximas. Cor induzida de uma cor indutora. Nessa induo reside a essncia da beleza cromtica. Em certa medida, podemos classificar como induo as manifestaes dos contrastes simultneos de cores, das mutaes cromticas e do fenmeno da cor inexistente. Cor retiniana a cor caracterizada pela maior participao da retina em sua produo, transmitindo ao crebro impresses que retm, alteram, sintetizam ou totalizam o efeito dos estmulos recebidos. So cores retinianas as imagens poste- riores, as misturas pticas, os efeitos de deslumbramento e as sensaes coloridas produzidas por presso base do globo ocular, etc. Cor irisada a que apresenta fulguraes anlogas s cores espectrais, comuns nas asas de borboletas e nas refraes de um modo geral. a colorao acidental de que se tinge uma cor sob a influncia 21 Cor dominante cromtica. Cor local conjunto de dados e circunstncias assessrios que numa obra de arte, caracteriza o lugar e o tempo. Cor crua a cor pura, que no apresenta gradaes. Cor falsa a que destoa do conjunto. Cor cambiante a que varia segundo o ngulo em que se coloca o observador em relao ao objeto cor. Cor inexistente a cor complementar formada de entrechoques de tonalidades de uma cor levadas ao paroxismo por ao de contrastes. Foi o nome dado pelo autor do livro Da Cor a Cor Inexistente, aplicao objetiva que fez, em trabalhos mostrados em agosto, setembro e outubro de 1967 (concluses bsicas de estudos desenvolvidos a partir de 1951), do efeito da percepo visual de cores de- nominadas "cores fisiolgicas" por Goethe, e de cores de contraste pela Comission Internacionale de Tclairage (Comisso Internacional de Iluminao). O elemento novo a possibilidade de controlar tecnicamente o fenmeno e enquadr-lo em bases prticas, de acordo com a distncia em que se coloque o observador e os vrios tons de cor da pintura observada, a qual deve tambm obedecer a padres de forma preestabelecidos. O domnio do fenmeno da cor inexistente possibilitou a revelao da essncia da harmonia cromtica, a sistematizao dos dados que influem no surgimento das cores induzidas e as relaes gerais que determinam as mutaes cromticas. Colorido, diz-se da distribuio das cores na natureza. Efeito da aplicao de cor- pigmento (ou cor tinta) sobre uma superfcie. Cor diptrica a produzida pela disperso da luz sobre os vrios corpos refratores: prisma, lminas delgadas (bolhas de sabo, manchas de leo sobre a gua), etc. Cor catptrica, ou simplesmente cor, a colorao revelada na superfcie dos corpos opacos pela absoro e reflexo dos raios luminosos incidentes. Cor parptrica a que aparece na superfcie dos corpos ocasionalmente, quase sempre de maneira fugaz, mas s vezes, tambm, com existncia mais duradoura. uma das formas das cores aparentes ou acidentais. Cor endptrica - a que surge no interior de determinados corpos transparentes, a exemplo do efeito do espato-de-islndia, ligada a fenmenos de birrefringncia. A Luz O elemento determinante para o aparecimento da cor a luz. O prprio olho, que a capta, fruto de sua ao, ao longo da evoluo da espcie. Para aprofundar as pesquisas das particularidades da luz, a Fsica divide seu estudo em duas disciplinas distintas: a primeira, ptica Geomtrica, trata da trajetria dos raios luminosos independentemente da natureza da luz; a segunda, ptica Fsica, busca a interpretao dos fenmenos que esto associados prpria natureza da luz, fundamentada nas radiaes eletromagnticas. At o sculo XVI l definia-se a luz como sendo "o que o nosso olho v, e o que causa as sen- saes visuais". Ainda hoje, certos compndios de Fsica a definem "como a radiao que pode ser percebida plos rgos visuais". Tal conceito revela-se insuficiente por apoiar-se exclusivamente no sentido humano para definir um fenmenos cujas manifestaes ultrapassam nossas possibilidades sensitivas. a que ocupa a maior rea da escala em determinada relao 22 molculas num permanente fluxo de emisso e absoro de quanta inteiros. Um corpo s deixa de emitir luz quando se consegue deter o movimento de suas partculas. Tal imobilidade o leva a baixar de temperatura, atingindo o zero absoluto. O Estudo das (Luz) Em nenhuma outra poca a cor foi to largamente empregada como em nosso sculo. As grandes indstrias de corantes e de iluminao tornam cada vez mais ricas as possibilidades cromticas, por meio de novas tintas sintticas, plsticas e acrlicas, e de luzes incandescentes comuns, gs non, luzes de mercrio, fluorescentes, acrlicas, etc., ao mesmo tempo que no emprego esttico da cor surgem novas especialidades na comunicao visual. As mensagens de todos os tipos, sempre mais coloridas, inauguram uma era cultural em que a luz alucinante e psicodlica das grandes metrpoles parece ter como nico objetivo a poluio visual. Vermelho uma das sete cores do espectro solar, sendo por isso denominado cor fundamental ou primitiva. cor primria (indecompon-vel), tanto em cor-luz como em cor-pigmento. ?Possui elevado grau de cromaticidade e a mais saturada das cores, decorrendo da sua maior visibilidade em comparao com as demais. Seu escurecimento em mistura com o preto (escala de valor) tem como pontos intermedirios, entre o vermelho e o preto, vrios tons de marrom. Seu escurecimento sem perda de luminosidade (escala de tom) obtm-se com a mistura da prpura, violeta ou azul, dependendo do grau de escurecimento desejado. a nica cor que no pode ser clareada sem perder suas caractersticas essenciais. Clareado com a mistura do amarelo, produz o laranja e, dessaturado pela mistura com o branco, produz o rosa, cor eminentemente alegre e juvenil. A complementar do vermelho, em cor-luz, o ciano e, em cor-pigmento, o verde. Est situado na extremidade oposta do espectro em relao ao violeta e seu matiz de 700 m/n de comprimento de onda, aproximadamente. Sua aparncia mais bela e enrgica conseguida quando aplicado sobre fundo preto, funcionando como rea luminosa. Sobre fundo branco, torna-se escuro e terroso. Ao lado do verde, forma a dupla de cores complementares mais vibrante, atingindo at a brutalidade, dependendo das propores empregadas e da forma das reas coloridas. Aplicado em pequenas pores sobre fundo verde, agita-se e causa desagradvel sensao de crepitao. AMARELO Uma das faixas coloridas do espectro solar, o amarelo tambm cor fundamental ou primitiva. Em cor-pigmento, uma das trs cores primrias (indecomponveis), tendo por complementar o violeta. Em cor-luz, cor secundria, formada pela mistura do vermelho com o verde, sendo a complementar do azul. a mais clara das cores e a que mais se aproxima do branco numa escala de tons. a mais clara das cores e a que mais se aproxima do branco numa escala de tons. Nas experincias qumicas, surge do escurecimento progressivo do branco. Segundo Goethe, todo branco que escurece tende a tornar-se amarelo, assim como todo preto que clareia tende para a colorao azul. Na distino psicolgica de cores quentes e frias, o amarelo o termo de definio, por ser a cor quente por excelncia. Misturado ao vermelho, exalta-se, produzindo o laranja. Misturado ao azul, esfria-se e produz o verde. Escurecido com o preto (rebaixado), toma colorao esverdeada pouco agradvel, prxima do verde-oliva sombrio. Clareado com o branco (dessaturado), no perde subitamente as qualidades intrnsecas; a gama de tonalidades que vai se formando do amarelo ao branco guarda percentual mente as propriedades da cor original em relao quantidade de branco usado na mistura. pouco visvel quando aplicado sobre fundo branco por isso os pintores e decoradores con tornam a rea amarela com um filete escuro (debrum), tons. CORES 23 de tonalidades que vai se formando do amarelo ao branco guarda percentual mente as propriedades da cor original em relao quantidade de branco usado na mistura.para ressalt-la. Sobre fundo preto ganha fora e vibrao. Em contraste com o cinza se enriquece em qualidade cromtica e beleza. Na pintura, assume geralmente a funo de luz, quando se deseja representar as cores naturais numa tcnica de tons. Est situado entre as faixas laranja e verde do espectro e tem um comprimento de onda de 580m/ti, aproximadamente. VERDE O verde uma das trs cores primrias em cor-luz. Sua complementar o magenta. Misturado ao azul, produz o ciano, e ao vermelho, o amarelo. No espectro solar, encontra-se entre os matizes amarelos e azuis. Tem o comprimento de onda de 560 m/z, aproximadamente, e sua composio tricromtica indica 594.500 unidades de vermelho, para 995.000 de verde e 003.900 de azul. Situa-se no ponto mais alto da curva de; visibilidade. Em cor-pigmento, cor secundria ou binria, formada pela mistura do amarelo com o azul, sendo a complementar do vermelho. o ponto ideal de equilbrio da mistura do amarelo com o azul. As potncia l idades diametralmente opostas das duas cores claridade e obscuridade, calor e frio, aproximao e afastamento, movimento excntrico e movimento concntrico anulam-se e surge um repouso feito de tenses. Para Kandinsky, "o verde absoluto a cor mais calma que existe. No o centro de nenhum movimento. No se acompanha nem de alegria, nem de tristeza, nem de paixo. No solicita nada, no lana nenhum apelo. Esta imobilidade uma qualidade preciosa, e sua ao benfazeja sobre os homens e sobre as almas que aspiram ao repouso. A passividade o carter dominante do verde absoluto, mas esta passividade se perfuma de uno, de contentamento de si mesmo. AZUL Por ser a mais escura das trs cores primrias, o azul tem analogia com o preto. Em razo disto, funciona sempre como sombra na pintura dos corpos opacos, numa escala de tons. inde-componvel, tanto em cor-luz como em cor-pig-mento. Nas luzes coloridas, sua complementar o amarelo. Misturado ao vermelho, produz o ma-genta, e ao verde, o ciano. Em cor-pigmento, sua complementar o laranja. Com o vermelho produz o violeta e com o amarelo, o verde. Todas as cores que se misturam com o azul esfriam-se, por ser ele a mais fria das cores. Na natureza, as cores tendem a mesclar-se com o azul do ar atmosfrico, influindo nas mutaes cromticas, assunto abordado na Parte VI11 deste livro. Durante o Renascimento, vrios aspectos desse fenmeno foram estudados por Leonardo da Vinci, sob a denominao de perspectiva area. No crculo cromtico de Newton o azul aparece com um raio de ao de mais de 208 (agindo do verde ao violeta), ao passo que a influncia do amarelo atinge pouco mais de148 (do verde ao laranja). A no se leva em conta a contraditria influncia do azul e do amarelo na constituio do vermelho. O azul a mais profunda das cores o olhar o penetra sem encontrar obstculo e se perde no infinito. a prpria cor do infinito e dos mistrios da alma. Devido a afinidades intrnsecas, a passagem dos azuis intensos ao preto faz-se de forma quase imperceptvel. O azul , ainda, a mais imaterial das cores, surgindo sempre nas superfcies transparentes dos corpos. Por isso, na Antiguidade acreditava-se que ele era formado pela mistura do preto com o branco. VIOLETA Violeta o nome genrico que se d a todas as cores resultantes da mistura do vermelho com o azul, desde os azuis-marinhos que se avermelham at os carmins que se esfriam. Numa maior preciso vocabular, essas tonalidades so denominadas violceas, deixando-se a palavra violeta para o ponto de equilbrio ptico da mescla do vermelho com o azul. Este ponto tambm co-mumente chamado roxo. Em pigmento, cor se- cundria e complementa o amarelo. Rebaixado com o preto, torna-se desagradvel e 24 sujo. Escurecido pela mistura com o azul, esfria-se, oferecendo possibilidades tonais de extrema riqueza cromtica Em seus limites mais escuros, tem grande capacidade de disperso. Dessaturado com o branco, forma a extensa gama dos lilases, produzindo tonalidades de intensa luminosidade e beleza. Em luz colorida, a mescla equilibrada de azul e vermelho denominada magenta, tonalidade que se aproxima do violeta purpurino, sendo a cor que complementa o verde. O violeta a cor extrema do espectro visvel, confinando com os raios ultravioleta. Possui a mais alta freqncia e o menor comprimento de onda dentre todas as cores, cerca de 400 mju. Sua composio tricromtica de 014.310 unidades de vermelho para 000.396 de verde e 067.850 de azul. A maior parte dos corantes violeta fruto da mistura de vermelhos e azuis, mas h tambm alguns pigmentos puros, entre eles os de origem mineral, como o violeta-de- borgonha ou violeta: de-mangans (pirofosfato amonaco-mangnico), o violeta-de- cobalto, produzido pela calcinao fosfato de cobalto, e o violeta-de-ultramar. Em tons escuros, o violeta est ligado ideia de saudade, cime, angstia e melancolia, tornando-se deprimente. Em tons claros, alegre e aproxima-se das propriedades do rosa. A colorao violcea utilizada na arte dos brases a prpura. LARANJA Quando produzido por luzes coloridas, o laranja cor terciria, com a proporo ptica de 2/3 de vermelho e 1/3 de verde. Em pigmento, cor binria, complementar do azul. Resultado da mistura do vermelho com o amarelo, em equilbrio ptico. Cor quente por excelncia, sintetiza as propriedades das cores que lhe do origem. Em comparao com cores mais frias, parece avanar em direo ao observador. Tem grande poder de disperso. As reas coloridas pelo laranja parecem sempre maiores do que so na realidade. Devido sua caracterstica luminosa, funciona s vezos como luz, ou meia-luz, nas escalas de tom. Por sua estrutura, no pode ser escurecido. Rebaixado com o preto, torna-se sujo, marchando no sentido das coloraes terrosas. Misturado ao vermelho, consegue-se um escurecimento tonal relativo, mas surge uma cor mais enrgica e agressiva que o laranja equilibrado (vermelho alaranjado). Clareado com amarelo, ilumina-se, aumenta em vibrao, mas perde em consistncia. Dessaturado com o branco, ganha em luminosidade, criando variada gama de tonalidades agradveis vista. Tem comprimento de onda de 620 m/i, aproximadamente, e sua composio tricromtica de 854.449 unidades de vermelho para 381.000 de verde e 000.190 de azul. Em substncia corante, os laranjas mais conhecidos so o de cdmio e o de cromo. A vasta gama de vermelhos e amarelos fornece, por mistura, grande quantidade de alaranjados que guarda as propriedades das cores originais. O flammeum, antigo vu de noivas, significava a perpetuidade do casamento. A pedra jacinto, de colorao alaranjada, era considerada como smbolo de fidelidade. Do ponto de vista mstico, encontra-se o laranja como fruto do ogro celeste e do gueule xintoniano, num equilbrio prestes a romper-se, ou na direo da revelao do amor divino, ou na da luxria. MARROM, OCRE E TERRAS. Os ocres e os marrons no existem como luzes coloridas, por serem amarelos sombrios ou quase trevas. Em pintura ou em artes grficas, essas tonalidades se obtm por mistura de amarelo e preto para a produo dos ocres e terras-de-sombra, ou amarelo, vermelho e preto, para os marrons avermelhados e terras-de-siena. Os ocres so arguas coloridas por propores variveis de xidos de ferro. Em estado natural, so amarelas ou marrons, mas se tornam vermelhas pelo efeito da calcinao. Por sua origem, essas tonalidades se chamam genericamente terras. 25 BRANCO Resultado da mistura de todos os matizes do espectro solar, o branco a sntese aditiva das luzes coloridas. Uma cor-luz e sua complementar produzem sempre o branco. Em pigmento, o que se chama branco a superfcie capaz de refletir o maior nmero possvel dos raios luminosos contidos na luz branca. J na Antiguidade o branco no era citado entre as cores principais, pelo que se depreende das observaes de Plnio. Nas gravuras em preto e branco, representa-se por um simples trao preto que delimita a rea branca, assumindo a significao simblica de pureza, inocncia, verdade, esperana e felicidade. Como reflexo de uma aspirao dominante, o branco encontra seu maior significado no sculo XX, representando a paz, principalmente a paz entre os povos. neste sentido que ele aparece na bandeira da Organizao das Naes Unidas (ONU), desenhando sobre fundo azul o globo terrestre e os ramos de louro que o cercam. PRETO O preto no cor. Seu aparecimento indica a privao ou ausncia da luz. Em condies normais, o preto absoluto no existe na natureza. O que distingue o pigmento chamado preto sua propriedade fsica de absorver quase todos os raios luminosos incidentes sobre ele, refletindo acenas quantidade mnima desses raios. Os corpos pretos s so plenamente percebidos plos bastonetes que formam a parte perifrica da reti- na. Num esforo de concentrao visual, sempre possvel distinguir leves tendncias colorao, mesmo nos pretos mais intensos. Teoricamente, o preto representa a soma das cores-pigmento na mistura que produz a sntese subtrativa, mas o que se denomina preto nessa sntese , a rigor, um cinza escuro, tambm chamado cinza-neutro, por no ser influenciado preponderantemente por nenhuma cor. O preto encontra sua maior fora e presena em oposio ao branco. Sendo um ponto extremo como o branco, tanto poder marcar o incio como o fim da gama cromtica, no que tange ao rebaixamento ou iluminao dos matizes na escala de valores. COR PIGMENTO (Biografia: Rose Ferreir) Introduo (Circulo Cromtico) COR PIGMENTO 1. Cores primrias As cores primrias, tambm conhecidas como "cores puras", so pigmentos naturais: vegetal (colorau) e mineral (cromo, cobalto etc.). No se formam pela mistura de outras cores. So elas: 2. Cores secundrias So cores resultantes da mistura de duas cores primrias na mesma proporo so elas: Primria + Primria = Secundria. Azul + Vermelho = Roxo. Azul + Amarelo = Verde. Vermelho + Amarelo = Laranja. 26 3. Cores Anlogas. 4. Cores Complementares. So aquelas que esto opostas no Crculo das Cores, so contrastantes entre si. - O vermelho complementar ao verde. - O azul complementar ao laranja. - O amarelo complementar ao roxo. Marrom Escuro Marrom Mdio Marrom Claro So aquelas que esto vizinhas no Crculo das Cores. So prximas entre si. Por exemplo: Amarelo + Laranja = Amarelo-alaranjado Amarelo + Verde = Amarelo-esverdeado Azul + Verde = Azul-esverdeado Azul + Roxo = Azul-arroxeado Vermelho + Laranja = Vermelho-alaranjado Vermelho + Roxo = Vermelho-arroxeado Observao: cores complementares (contrastantes) sempre possibilita maior destaque que uma composio com cores anlogas. uma composio com 27 Laranja Vermelho Roxo Azul Verde Amarelo Marrom 5 - Cores Quentes. So cores onde predominam os tons de vermelho, amarelo e laranja. Caracterizam-se como cores vibrantes, alegres, agressivas, sensuais etc., dando, inclusive, a sensao de calor. So cores associadas poca do vero. Vermelho Laranja Amarelo Obs. Para a obteno de uma cor quente, no poder haver na mistura tonalidades de cor fria. 6 - Cores Frias So cores onde predominam os tons de azul, verde e roxo. Caracterizam-se como cores melanclicas, tristes, que proporcionam a sensao de calma e recolhimento (aconchego) - portanto no so vibrantes. So cores associadas poca do inverno. Cinza Verde Violeta 7 - Cores Neutras So aquelas onde no h predomnio de tonalidades quentes ou frias. So cores neutras os tons de preto, branco, cinza, marrom e bege.
Preto Branco Cinza Bege / Marrom Cromar`` composio, dizemos tratar-se de uma policromia. significa colorir. Quando usamos vrias cores (mais do que trs) em uma 28 Visualizao das Cores 29 Cores Monocromticas Cores Complemantarias Cores Anlogas Cores Complemantarias - Divididas Cores Triaxiais
Cores Secundrias (pri mria + pri mria = secundria)
Estrela de Oswald 30 Laranja (Cobre) Amarelo (Dourado) Verde ( Cinza ou Mate) Vermelho Violeta (Irisado) Azul (Cinza ou Platino) Marrom Beges 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 100% Azul 100% Violeta 100% Vermelho 100% Laranja 100% Amarelo 70% 30% 70% 30% 70% 30% 70% 30% 70% 30% 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Tons Naturais Concentrao de Cor Cabelo Fundo de Clareamento Oxidante (H202) Preto Azulado Preto Profundo Castanho Escuro Castanho Mdio Tabela de cor para Colorao Clculo Castanho Claro Louro Escuro Louro Mdio Louro Claro Louro Clarssimo Louro Muito Claro 32 cobre 1 2 7 8 9 5 4 6 3 10 11 D o u r a d o M a t e
/
C i n z a Platino/ Cinza I r i s a d o V e r m e l h o cobre 1 2 7 8 9 5 4 6 3 10 11 D o u r a d o M a t e
/
C i n z a Platino/ Cinza I r i s a d o V e r m e l h o Altura de Tom Colorao Cor Fantasia Crculo para soma das Cores Biografia. Pesquisas - Referncias. Sociedade Brasileira de Pesquisas do Cabelo. USP Unicampi Google Wikipedia Tricologia (Wella) Atlas do Cabelo (Loreal) 1. Tobin DJ, Paus R. Graying: gerontobiology of the hair follicle pigmentary unit. Exp Gerontol 2001; 36:29-54. 2. Treb RM. Hair and aging. J Cosmetic Dermatol 2005; 4:60-72. 3. Norwood OT. Male pattern baldness: classification and incidence. South Med J 1975; 68:1359-65. 4. Norwood OT. Incidence of female androgenetic alopecia (female pattern alopecia). Dermatol Surg 2001; 27:53-4. 5. Treb RM. Molecular mechanisms in androgenetic alopecia. Exp Gerontol 2002; 37:981- 90. 6. Kaufman KD. Androgen metabolism as it affects hair growth in andogenetic alopecia. Dermatol Clin 1996; 14:697-711. 7. Wiedemeyer K, Lser C. Diseases on hair follicles leading to hair loss Part I: Nonscarring alopecias. Skinmed 2004; 3(4):209-214. 8. Wiedemeyer K, Lser C. Diseases on hair follicles leading to hair loss Part II Scarring alopecias. Skinmed 2004; 3(4):215-220. 9. Sampaio SAP, Rivitti EA, Dermatologia. Porto Alegre: Artes Mdicas, 2007. 10. Freedberg IM, Eisen AZ, Wolff K, Austen KF, Goldsmith LA, Katz SI. Fitzpatricks dermatology in general medicine. New York: McGraw Hill, 2003. 11. Champion RH, Burton JL, Burns DA, Breathnach SM, editors. Rook/Wilkinson/Ebling textbook of dermatology. 7. ed. New York: Blackwell Science, 2004. 12. Dawber R, Neste DV. Doenas dos cabelos e do couro cabeludo. 13. Pomey-Rey D. Hair and psychology. The science of hair care 1986:571-586. www.medicinanet.com.br/.../triconodose.htm www.sbcd.org.br/pagina.php Doenas ds Cabelos e do Couro Cabeludo ( Rodney Dawber / Dominique Van Neste)