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Sebenta de Epidemiologia

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INSTITUTO POLITCNICO DE VIANA DO CASTELO

ESCOLA SUPERIOR DE SADE

Sebenta de
Epidemiologia
ANO LECTIVO 2012/2013

Lus Leal
1B N13280

CONCEITOS BSICOS
Definio
Segundo Cayolla da Mota (1991), a Epidemiologia ... A cincia e a tcnica
bsicas do diagnstico de situao, do estabelecimento de prioridades dos problemas
de sade, da pesquisa de fatores determinantes desses problemas, do planeamento e
da orientao cientifica das medidas apropriadas de interveno (no sentido da sua
reduo) controlo e eliminao ou da sua preveno) e, e finalmente da avaliao da
eficcia e eficincia dessas medidas
mbito disciplinar ao longo dos tempos
1.Estudo de patologias transmissveis
(ex. tuberculose , febre tifide, varola)
2. Patologias degenerativas
(ex. cardiopatias, tumores, crebro -vasculares )
3. Agravos e Doenas sociais (cronicidade)
(ex. sida, hepatite b, asma, diabetes, doenas oncolgicas)
4. Patologias infeciosas
Conhecimentos: preveno, tratamento
Novos problemas de sade
- Agressividade
- Ambiental e social
- Efeitos colaterais e indesejveis
5. Aumento da vida mdia das populaes
Patologias da idade adulta e 3 idade
- Cancro, arteriosclerose, diabetes...
Finalidades da Epidemiologia
a) Contribuir para a definio de melhores diagnsticos: identificar melhor as doenas
e contribuir para a sua classificao.
b) Identificar a magnitude da doena e/ou da sade numa populao definida ;
identificar os grupos de risco e, em consequncia, definir os programas e projetos de
sade a implementar (teraputicos ou interveno comunitria).
c) Pesquisa da causa pela qual aparece e persiste uma doena numa comunidade;
isso constitui o fundamento lgico de qualquer medida preventiva
d) Avaliar a eficcia dos programas de sade (preveno, cuidado, mudanas de
conduta, reabilitao
e) Proceder vigilncia epidemiolgica.
Aplicaes da Epidemiologia
Formulao de polticas e conceo de programas e projetos
Tomada de decises individuais
Completar o quadro clnico
Investigao sobre as causas de doenas
Prevenir e tratar a doena
Melhorar a eficincia e eficcia da interveno em sade

Papel do Enfermeiro em Epidemiologia


Determinar fatores especficos identificadores duma doena como problema de
sade pblica;
Estabelecer prioridades de interveno em sade/enfermagem;
Participar na alocao de recursos de acordo com a situao e a magnitude do
problema.
Supervisionar o trabalho mantendo uma adequada coordenao e continuidade das
aes entre diferentes nveis de servio.
Participar na avaliao de medidas de controlo de uma ou mais doenas,
estabelecendo decises e ajustes;
Formao de tcnicos para executar normas de controlo;
Co-coordenar o processo de interveno para maior xito das aes de sade.
Interveno Epidemiolgica
- Cincia
Corpo de Conhecimentos
Mtodo Cientfico
- Observao exata;
- Interpretao racional:
- Explicao racional:
inteligente
sensata
- Sistematizao cientfica.

Epidemiologia - cincia bsica da Sade Pblica

(Cates 1982 )

1. Cincia quantitativa
Probabilidade
Estatstica
Metodologias de investigao
2. Raciocnio Causal
Formulao e teste de hipteses
Ocorrncia e preveno da morbi-mortalidade
3. Instrumento de ao concertada
Promoo e proteo a sade
Raciocnio causal
Dose de censo comum prtico
Bases Cientficas da Epidemiologia
1. Objeto Prprio
- Compreenso das determinantes de sade
2. Finalidade
- Identificao, Caraterizao e Quantificao das determinantes
3. Procedimentos Originais
- Anlise e validao dos resultados caractersticos.

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Metodologia Epidemiolgica
- Sistema de raciocnio indutivo:
Efeitos para as causas;
Factos para as leis.
- Aplica um conjunto de mtodos
Identificar e caracterizar as doenas/problemas de sade
Fatores determinantes
Planos, programas e projetos

Premissas Bsicas da Epidemiologia


Os agravos sade no ocorrem ao acaso na populao
- A distribuio desigual, ao de fatores desigualmente distribudos
(populao).
- Conhecimento dos fatores determinantes das doenas permite a
interveno especfica aumento da eficcia das intervenes.
Tipos Bsicos de Epidemiologia
Epidemiologia Descritiva
Estuda a distribuio das doenas e agravos sade coletiva, alm de
avaliar a sua eficcia Estatstica.
Descreve as Pessoas (Quem adoeceu), o Lugar (Onde ocorreu a
doena) e o Tempo (Quando ocorreu a doena).
FORMULAO DE HIPTESES ETIOLGICAS
INFERNCIAS DIRETAS (Dificilmente)

Pessoas

Caractersticas
Sociodemogrficas
Idade
Sexo
Estado Civil
Ocupao
Nvel Socioeconmico
Estilo de Vida
Exerccio
Consumo
Caractersticas Fsicas
Grupo Sanguneo
Peso/ Altura
Permetro Abdominal
Caractersticas Familiares
Antecedentes
Ordem na Fratria

Lugar

Variveis geodemogrficas
Naturais atmosfricas (neo da
Pele), paisagens, fauna, flora
Artificiais urbanismo, poluio,
organizao dos espaos
Estudos (E)migrantes / F. Genticos
- Autctone
- Alctone
Variveis Geopolticas
Politico culturais e dinmicas
sociais
Acessibilidade aos servios de
sade
Nveis de certeza no diagnstico de
doenas
Semntica
Variveis administrativas
Aldeias
Distritos
NUTS

Caracterizao das ocorrncias


Dias, meses anos
Vigilncia epidemiolgica
Endemia/epidemia/pandemia
Distribuio no tempo/fatores de risco
Compreenso da etiologia
Evoluo no tempo
Tempo
Previso
Avaliao efetividade das medidas
Tipos de variaes
Tendncia histrica (ex. SIDA)
Variaes cclicas (ex. sarampo)
Variaes sazonais
Variaes irregulares

Epidemiologia Analtica
Hipteses etiolgicas (epidemiologia descritiva)

Associao: fator de risco suspeito e a doena


Teste de Hipteses:
Retrospetivos
Prospetivos
Epidemiologia Experimental
Experincias
(controlo de fatores)
Hipteses anteriores
Novos estudos

Tipos de Estudo:
Interveno Comunitria
Ensaios Clnicos

Questes ticas
Informao em Sade
Objetivos
- Desenvolver conceitos especficos em matria de informao em sade;
- Identificar os diferentes tipos de indicadores
- Conhecer as fontes mais comuns utilizadas nos estudos epidemiolgicos;
Dados
- Observao no organizada (nmeros, palavras, sons imagens, etc)
Informao
- Dados organizados, padronizados, agrupados e categorizados, com significado)
Conhecimento
- Informao contextualizada, relevante, autntica, relacionvel com a experincia

6
- Obter dados de diferentes fontes
- Processar/Transformar os dados
- Produzir informao/conhecimento relevante
- TOMAR DECISES
A forma como selecionamos e usamos a informao determina o
sucesso das decises que tomamos.
Um Problema de Sade define-se com Dados de:
- Mortalidade
- Morbilidade
- Deficincia/Incapacidade
- Acessibilidade Servios de Sade

So recolhidos atravs de:


- Inquritos/ Formulrios
- Indicadores
- Consensos
Indicadores
Demogrficos
Scioeconmicos
Nvel de Sade
Determinantes de Sade
Servios de Sade
Indicadores Demogrficos e Socioeconmicos
- Pirmide etria
- ndice de dependncia
- Taxa de natalidade
- Taxa de mortalidade
- Taxa de fertilidade
- Crescimento populacional
- Projees populacionais
- Nvel de escolaridade
- Distribuio por sectores de atividade
- Taxa de desemprego
- Populao abaixo do limiar de pobreza
- Alojamento sem saneamento bsico
Indicadores de Nvel de Sade
- Taxa de mortalidade especfica por causas
- Taxa de letalidade
- Taxa de mortalidade materna
- Taxa de mortalidade infantil
- Taxa de mortalidade neonatal
- Taxa de mortalidade perinatal
- Taxa de incidncia por doena
- Esperana de vida ao nascer
- Anos de vida potencialmente perdidos
- Esperana de vida com boa sade

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Determinantes de Sade
Comportamentais
- Tabagismo
- Consumo de lcool
- Consumo de drogas ilcitas
- Comportamento sexual
- Prtica de exerccio fsico
- Aleitamento materno
- Hbitos alimentares
- Stress
Condies de vida e de trabalho
- Disponibilidade da habitao
- Taxa de criminalidade infantil
Recursos pessoais
- Suporte social
- Estratgias de cooping
Fatores ambientais
- Exposio passiva ao fumo do tabaco
- Exposio ao rudo /Radiaes
Desempenho dos servios de sade
Aceitao
- Satisfao dos utentes
Acessibilidade
- Cobertura mamografia 45-69 anos
Adequao
- Proporo de cesarianas
Eficincia
- Demora mdia
Segurana
-Taxa de infeo hospitalar
- Quedas
Fontes de dados para a construo de Indicadores de Sade:
- Censos;
- Estatsticas vitais e de registo da populao;
- Dados dos servios de sade.
A OMS referenciou as seguintes fontes principais de dados de vigilncia:
- Estatsticas de mortalidade
- Estatsticas de morbilidade
- Relatos de epidemias
- Relatrios da utilizao de laboratrios (provas laboratoriais)
- Relatrios de investigao de casos individuais
- Relatrios de investigaes de epidemias

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- Inquritos especiais (ex.. internamentos hospitalares,
- Registo de doenas e inquritos serolgicos)
- Informaes sobre reservatrios animais e vetores
- Dados demogrficos
- Dados ambientais
Inquritos
Instituto Nacional de Estatstica (INE)
Observatrio Nacional de sade ONSA
- ADELIA Acidentes Domsticos e de Lazer Informao Adequada
- Mdicos Sentinela
- ECOS - Em Casa Observamos Sade
- ICARO Importncia do Calor, Repercusses sobre os bitos
- Inqurito Nacional de Sade
FONTE, ANO
Consensos
Informadores Chave
Painel Delphi
Grupo Nominal
Brainstorming
Brainwriting
Sistemas de Informao dos Servios de Sade
SINUS Sistema de Informao para Unidades de Sade
- Controlo administrativo nas reas de consulta, urgncia/SAP,
gesto do carto do utente e registo administrativo
SAM Sistema de Apoio ao Mdico
- Prescrio electrnica de receiturio, MCDT, Baixas mdicas
- Fase II - Registo clinico, Interface com os hospitais
SONHO Sistema Integrado de Gesto Hospitalar
- Mdulo do bloco operatrio, internamento, consulta externa,
urgncia
CIPE/ SAPE Servio de Apoio Prtica de Enfermagem RMD
- SIARS Sistema de Informao da ARS
Sistemas de Informao dos Servios de Sade
ALERT/SU
ALERT P1 (CTH)
SIGIC
SIIMA Rastreios
Gesto de servios clnicos
Triagem de Manches
Outras
Sistemas de informao
Limites e potencialidades.

vacinao,

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Fontes de informao
Mortalidade: Certificados de bito (INE);
Morbilidade: CID 9/CID 10, ICPC, GDH (Internamento, ambulatrio);
Incapacidade: CIF, escala de Barthel (CCI), CIT (baixa);
Inqurito Nacional de Sade;
Outras: SVIG -TB, RORENO, escalas de risco, de avaliao de desenvolvimento
(europeias, americanas ... validadas!!), desemprego, RSI, etc..
ARS Norte - site: perfis de sade (regional e local/ACES), mortalidades,
morbilidades, carga global de doena, mortalidade evitvel, etc.
Proteo de Dados Pessoais
Lei 67/98 de 26 de Outubro
- Lei de Proteo de Dados Pessoais (transposio da diretiva 95/46/CE
de 24 de Outubro de 1995) proteo de pessoas singulares quanto ao
tratamento e livre circulao de dados pessoais
Lei 12/2005 de 26 de Janeiro
- Informao gentica pessoal e informao em sade
MODELOS DE SADE E DOENA
1. Modelo Biomdico
2. Modelo Histria Natural de Doena
3. Modelo Sistmico

1. Modelo Biomdico
Conceito de Doena (biolgicos):
Patologia etiopatogenia
Infeciosas
No infeciosa
Clnica - semiolgica e teraputica
Aguda
Crnica
Doena Infeciosa
Infeo
Doena contagiosa
Doena transmissvel
Propriedades dos Agentes Patognicos (relao Hospedeiro
Infecciosidade
Patogenicidade
Virulncia
Poder Imunognico
Formas de Doena Infeciosa
- Manifesta
- Fulminante
- Subclnica ou inaparente relevante

doena)

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Fases da Doena
Perodo de incubao
Perodo de transmissibilidade
Doenas No Infeciosas
- Multicausalidade
- Fatores etiolgicos
- Fatores de risco (Exgenos, Endgenos e Socioculturais)

Exposio
- Aguda
- Reiterada ou Intermitente
- Mltipla
Alteraes Celulares: Perodos de Latncia Longos
2. Modelo da Histria Natural da Doena
Trade Epidemiolgica
- Hospedeiro
- Agente
- Meio Ambiente
Os processos interativos que esto na gnese do estmulo patolgico
passando pela resposta humana at s alteraes inerentes doena
recuperao invalidez morte.

Objetivo
- Orientar o sentido das estratgias de preveno e controlo das
doenas e problemas de sade
Princpio
- Conhecimento epidemiolgico promotor da preveno
Patognese desconhecida
Alteraes bioqumicas, fisiolgicas e histolgicas

Meio Externo:
determinantes agentes

Meio Interno:
desenvolvimento da
doena

Doena
Fatores:
- Fsica;
- Biolgica;
- Sociopoltica

Fatores:
- Genticos;
- Congnitos;
- Imunitrios

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Evoluo dos Processos Patolgicos:
Perodo Pr-Patognica
Agentes
- Fsicos e qumicos
- Biopatognicos
- Nutricionais
- Genticos

Trs Nveis de Preveno*

Determinantes
- Econmicas;
- Culturais
- Ecolgicas;
- Biolgicas;
- Psicossociais.
Perodo Patognico
Nveis de evoluo
- Interao agente - sujeito
- Alteraes bioqumicas, histolgicas e fisiolgicas
- Sinais e sintomas
- Cronicidade, morte

*Nota!
- Preveno primria (Perodo Pr-Patognico)
Evitar ou remover a exposio de risco
Imunizao
- Preveno secundria (Perodo Patognico)
Deteo e tratamento precoce da doena rastreios
- Preveno terciria (Desenlace) (Perodo Patognico)
Reabilitao/Reintegrao precoce
Potenciao da capacidade funcional remanescente
Anlise do Modelo (Rouquerol)
Reconhecimento do processo sade-doena resulta da ao de
mltiplas e complexas fatores;
Determinao dos fenmenos da sade no se restringe
causalidade das patologias
HND no tem de natural

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3. Modelo Sistmico

Reservatrios
Agente
Patognico

Animais
Humanos
- Portadores ativos
- Portadores passivos

Modelo
Sistmico
Ambiente

Suscetibilidade

Relao hospedeiro / bioagente:

Resistncia
- Fatores intrnsecos
- Gentica
- Adquirida

Suscetibilidade
- Contrair a doena em contacto com o agente

Imunidade
- Ativa
- Passiva

Medindo processos de SADE- DOENA


Determinantes sociais da Sade - OMS, 2011
Condies:
Sociais
Econmicas
Polticas
Ambientais da sade
Maior parte da carga da doena
Iniquidades de sade
Estruturais:
Rendimento
Discriminao
Polticas e governao

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Nveis de Preveno
Preveno primordial
- Politicas Programas Estilos de vida
Preveno primria
- Evitar ou remover a exposio de risco
- Imunizao
Preveno secundria
- Deteo e tratamento precoce da doena -rastreios
Preveno terciria
- Reabilitao/Reintegrao precoce
- Potenciao da capacidade funcional remanescente
Preveno quaternria
- Evitar o intervencionismo / medicina defensiva
Tipos de Medidas
Taxas ou coeficientes
Razes
ndices ou propores
Unidade de tempo (normal/ 1 ano)
Unidade de espao (rea geogrfica: pas, distrito, cidade, etc.)
Taxas ou Coeficientes
Medem a ocorrncia de um dado acontecimento, durante um
determinado perodo de tempo, numa populao em risco
T= (X/Y) * k (Tempo/espao)

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Numa taxa o numerador (x) integra o denominador (Y)
K- potncia de base 10, sendo as mais frequentes 102 , 103, 105 (atender nas
comparaes)
Exemplo:
Numa empresa onde trabalham 800 operrios, ocorreu um
incndio. 20 Indivduos tiveram queimaduras do 2 grau.
Taxa de morbilidade = 20 / 800 x 100 = 2,5 %

Razo
Relao entre entidades diferentes no numerador e no denominador R =
X/Y, sendo que Y no representa a populao em risco.
Exemplo
Numa populao rural a taxa de mortalidade por AVC de 8 / 1000.
Numa populao urbana de 16 /1000.
A razo de mortalidade urbana relativamente rural ou razo de taxas :
(16/1000) / (8/1000) = 2,0

ndices ou Propores
So relaes em que o numerador constitudo pelo n absolutos de
eventos, sendo um subconjunto do denominador
Habitualmente apresentam-se sob a forma de %
Pode expressar ainda situaes multidimensionais, integrando num
nico valor
Diferentes aspetos ou indicadores
Exemplos: ndice de APGAR (avalia a vitalidade do RN, com base em 5
parmetros: Frequncia cardaca, F. Respiratria, tnus muscular, respostas a
estmulos e cor da pele)
7-10 Bom estado vital
4 - 6 Ligeira depresso
0 3 Hipoxia severa
Medidas de Morbilidade
TAXAS
- Velocidade de desenvolvimento da doena numa populao
PROPORES
- Indicam a frao da populao que est a ser afetada

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Relao entre a Incidncia e a Prevalncia
Prevalncia = Incidncia x Durao
Aumento da Prevalncia:
- Aumento de casos novos
- Aumento da sobrevida dos doentes incurveis
- Emigrao da populao saudvel
- Imigrao de pessoas suscetveis
- Melhoria das possibilidades de diagnstico
- Melhoria dos registos
Diminuio da Prevalncia:
- Menor durao da doena
- Alta letalidade
- Diminuio de casos novos
- Emigrao de casos
- Imigrao de pessoas saudveis
- Melhoria das possibilidades de cura
Mapa de pontos
Vigilncia (variao dos fatores de risco)
Ativa
Passiva
Qualidade de vida
Medidas de Mortalidade
Geral:
- T. de mortalidade geral
- Indicador de Swaroop e Wemura
- Indicador de Nelson de Morais
- Esperana de vida ao nascer
Especfica :
Por grupo etrio :
- taxa de mortalidade infantil
- taxa de mortalidade neo - natal
- taxa de mortalidade ps neo-natal
- taxa peri - natal
- taxa de mortalidade 1- 4 anos , etc.
Por doena ( por causa )
Por sexo ( ex . Mortalidade materna

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Indicador de Swaroop e Uemura ou Razo de Mortalidade Proporcional: Finalidades
Classificao da comunidade/pases
Distribuio de frequncias para Subdivises de uma rea
Anlise de Tendncias
- NIVEL I - 75 a 100% (Maior nvel de sade)
- NIVEL II - 50 a 74 %
- NIVEL III - 25 a 49 %
-NIVEL IV - inferior a 25 %

Indicador Nelson de Moraes ou curva de mortalidade proporcional por idade

Clculo da mortalidade proporcional nos grupos etrios pr-definidos:


< 1Ano
1- 4 Anos
5 - 19 Anos
20 - 49 Anos
50 Anos ou +
Procede-se construo grfica a partir das percentagens achadas.

A- Condies de sade e de vida Muito Baixas (N invertido)


B- Condies de sade e de vida Baixa (L ou J invertido)
C- Condies de sade e de vida Regulares (forma de U ou V)
D- Condies de sade e de vida Elevada ( forma de J)

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Segundo Swaroop, um coeficiente de mortalidade infantil baixo, sugere sob perspetiva
de sade pblica:
Um programa de vacinao adequado
Perspetiva Social
Nutrio da me e criana adequada
Fatores Ilegtimos/ gnero
Servio pr - natal satisfatrio
Nvel de sade alto
As doenas controladas
Legislao adequada administrao dos servios de sade.
Controle das determinantes ambientais (saneamento, gua, controle de
vetores, habitao.)
Polticas sociais e de Sade Promotoras da sade

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Indice Vital de Pearl (IVP)


IVP= (n de nascidos vivos numa rea e ano / n de bitos numa rea e ano)
IVP 1 crescimento da populao
IVP 1 diminuio da populao
Esperana de Vida ao Nascer
- N Mdio de anos que se espera que o recm-nascido possa viver, se no se
mantiverem as taxas de mortalidade.
Variaes: desenvolvimento social e tecnolgica estrutura da populao/idade
e sexo
MEDIDAS DE RISCO
NOES BSICAS
RISCO: Proporo de pessoas que no esto afetadas no inicio do estudo,
mas vm a desenvolver a doena INCIDNCIA
GRUPO DE RISCO: A probabilidade de ocorrer determinado fenmeno
maior (calculado com base em medidas), em funo de:
- Maior suscetibilidade
- Maior exposio
FATOR DE RISCO: Caracterstica (de natureza diversa) que, se presente e
ativa, aumenta claramente a probabilidade de uma determinada doena num
grupo de pessoas que tem o fator, quando comparado com um grupo de
pessoas que no o tem. Esto relacionados com processos de sade/ doena
sempre que possvel interessa evitar/gerir.
No constitui causa necessria e nem suficiente de doena.

Probabilidade de um acontecimento ocorrer, nomeadamente uma patologia:


- Risco Absoluto (RA)
- Risco Relativo (RR)
- Risco Atribuvel (RA)
- Odds Ratio (OR)

Risco Absoluto
RA Incidncia de uma doena
Pode indicar a magnitude do risco com determinada exposio
No tem como referncia o risco de doena nos indivduos no expostos
NO PERMITE COMPARABILIDADE (Risco) EXPLCITA
Pese embora, seja relevante:
- Orientaes tcnicas
- Polticas de sade pblica

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Estudos de caso e controles e os de coorte


Associao entre a exposio a um fator de risco e o aparecimento de patologia Se
existir associao, qual a fora?
Nos estudos de coorte:
Qual a razo entre o risco de doena em indivduos expostos e o risco de Doena
em indivduos no expostos?
Esta Razo o Risco Relativo (RR)
RR = Risco nos expostos / Riscos nos no expostos
RISCO RELATIVO - INTERPRETAO DO RR DE UMA DOENA

- RR = 1 O risco nos indivduos expostos igual ao risco nos no expostos


(no h associao)
- RR > 1 O risco nos indivduos expostos maior do que o risco nos no
expostos
(associao positiva, possivelmente causal)
- RR < 1 O risco nos indivduos expostos menor do que o risco nos no
expostos
(associao negativa, possivelmente protetora)

RISCO ATRIBUVEL
- Quantidade ou proporo da Incidncia da doena (risco da doena) que
pode ser atribuda a uma exposio especfica.
Potencial da preveno
RA = TX incidncia nos expostos Tx .de Incidncia nos no expostos

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Comparao Risco Relativo/Risco Atribuvel
Risco Relativo e o ODDS Ratio
- Fora da associao, relevante inferncia causal

Risco Atribuvel
- Relevncia na prtica clinica e em sade pblica

Tipos de Estudo
A - ESTUDOS OBSERVACIONAIS
Estudo descritivo
- Limita-se a descrever a doena
- 1 passo de uma investigao epidemiolgica estudos descritivos
puros raros
- Fonte importante para novos estudos
- Ex:: 1981- SIDA
Estudo analtico
- Relaes entre a sade e as outras variveis (+ Profundidade)
- Muito frequentes em epidemiologia
Estudo ecolgico
- teis para gerar hipteses
- Unidade de anlise grupos
- Comparao de populaes de diferentes lugares
- Sries temporais
EXEMPLO: Associao entre a venda de drogas antiasmticas e a
mortalidade Por asma em provncias da Nova Zelndia
-ASPECTOS PARA INVESTIGAO Estudo Transversal ou de Prevalncia
CONDICIONANTES
- Baratos
- Fceis de realizar
- Investigao de exposies mltiplas nos surtos outros
estudos
- Os estudos transversais medem a prevalncia
- Avaliao das necessidades de sade da populao (Estudo
de HABITOS E SADE)
- Repeties sucessivas destes estudos: - amostras estatisticamente
representativas - questionrios bem elaborados - uso de medidas padronizadas
TENDENCIAS

21

Doenas raras - tempo


Procura-se a causa da doena (exposio num perodo anterior)
SELEO DOS CASOS e dos controles :
-Preferencialmente casos novos
- controles com caractersticas semelhantes prevalncia da exposio
na comunidade em relao aos casos no atender ao NIVEL de Exposio Medias de exposio especificidades (exposio os chumbo aos 1-2 anos)

Caros
Amostra de tamanho acrescido em exposio raras
perda de participantes ao longo do tempo
Permitem o estudo de fatores de risco para vrias doenas

22
B- ESTUDOS EXPERIMENTAIS
Intervir nas determinantes da sade
Alterar o curso de uma patologia -TERAPEUTICA
Definio rigorosa de critrios
doentes (sinais, sintomas, outros)
indivduo expostos
VIS Interpretao resultados
Participantes
Ensaios clnicos randomizados pessoas doentes
Ensaios de campo pessoas saudveis
Ensaios comunitrios membros da comunidade

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