Fundamentos Da Musculação
Fundamentos Da Musculação
Fundamentos Da Musculação
CONCEITOS
FIBRAS MUSCULARES
PRINCPIOS ESPECFICOS
AVALIAO FSICA
CRITRIOS DE PRESCRIO
MTODOS E SISTEMAS DE TREINAMENTO
FATORES DE INFLUNCIA NEUROGNICOS E MIOGNICOS
ABDOMEM
AGACHAMENTO E JOELHO
ALONGAMENTO E HIPERTROFIA
AMPLITUDE DE MOVIMENTO
EMAGRECIMENTO E MUSCULAO
NMERO IDEAL DE REPETIES
TREINO IDEAL
Sistemas Energticos
O ATP
Composto qumico denominado Adenosina Trifosfato, que armazenado nas
clulas musculares
O ATP consiste em um componente de adenosina e 3 partes denominadas grupo
fosfato.
Como o ATP fornecido a cada clula muscular?
Existe uma quantidade limitada de ATP em cada clula muscular;
O ATP est sendo utilizado e regenerado constantemente.
So trs processos comuns produtores de energia para a elaborao do ATP:
1) O sistema ATP-CP, ou fosfagnio;
2) A gliclise anaerbia, ou sistema do cido ltico;
3) O sistema de oxignio.
Sistema ATP-CP (do fosfagnio) ou Anaerbio Altico
A fosfocreatina armazenada nas clulas musculares. Ela semelhante ao ATP
por tambm possuir uma ligao de alta energia no grupo fosfato.
A quantidade de ATP disponvel a partir do sistema fosfagnio equivale a uma
quantidade entre 5,7 e 6,9 kcal, no representando muita energia para ser
utilizada durante o exerccio.
Ex.: As reservas de fosfagnio nos msculos ativos sero esgotadas
provavelmente aps apenas 10 segundos de exerccio extenuante, como ao dar
um pique de 80 metros.
O sistema do fosfagnio representa a fonte de energia disponvel mais rpida do
ATP para ser usado pelo msculo:
1) no depende de uma longa srie de reaes qumicas;
2) no depende do transporte do oxignio que respiramos para os msculos que
70%
80%
90%
100%
RECUPERAO
10 a 15 seg.
02 a 05 min.
30 a 90 min.
12 a 48 horas
12 a 48 horas
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Iniciantes;
Retorno ao treino;
Condicionamento fsico geral;
manuteno;
aumento do gasto calrico.
Srie alternada
Os exerccios de cada grupo muscular devem ser trabalhados de maneira
alternada, evitando assim fadiga localizada.
Ex.: Srie Alternada por segmento ( 2/4/6 )
1. Supino Reto 3 x 15
2. Leg Press 3 x 20
3. Puxador alto 3 x 15
4. Voador 2 x 15
5. Abdominais ( supra ) (2 x
20)
6. Desenvolvimento 3 x 12
7. Flexo de pernas 3 x 20
8. Puxador baixo 3 x 15
9. Rosca bceps 3 x 12
10. Lev. Frontal 3 x 12
11.Abdominais ( infra ) (2 x
20)
12.Trceps puxador 3 x 12
Localizada
Os exerccios de uma mesma articulao so realizados em seqncia,
sobrecarregando a musculatura em ao.
1. supino reto 3 x 12 8. trceps no puxador 3 x 10
2. voador 3 x 12
9. flexo de pernas 3 x 15
3. leg press 3 x 15
10. ponta de p 3 x 15
4. extenso de pernas
11. desenvolvimento 3 x 10
3 x 15
5. puxador alto 3 x 12 12. remada alta 3 x 10
6. remada baixa 3 x 13. abdominais (infra, supra,
12
rotao, inclinao)
7. rosca bceps 3 x 10
Mtodo da srie dividida
Neste mtodo os exerccios sero divididos em 2 ou mais sesses de treinamento,
possibilitando trabalhar os grupos musculares de forma mais completa.
a) Objetivo:
-aplicao adequada da sobrecarga;
-especializao do treinamento;
b) A diviso possibilita um maior perodo de recuperao p/ cada grupo muscular
c) Aplicao:
-Fins competitivo;
-Falta de tempo.
d) Permite uma melhor aplicao do Volume/Intensidade.
Formas de aplicao(GODOY,1994:44):
- 4 sesses / semana - com uma freqncia de 2 sesses no consecutivas, por
grupo muscular. Ex.: Segunda/Quinta - Tera/Sexta.
- 6 sesses / semana - com uma freqncia de 3 sesses no consecutivas, por
grupo muscular. Ex.: Segunda/Quarta/Sexta - Tera/Quinta/Sbado.
- 3 sesses consecutivas, seguidas de um dia de repouso, com freqncia de 2
sesses por cada grupo muscular.
Ex.: Segunda/Tera/Quarta - Sexta/Sbado/Domingo.
- Treinar grandes grupos musculares em uma sesso e os pequenos grupos em
outra;
Set
6 set
5 set
4 set
3 set
2 set
1 set
Volume (reps)
1
2
3
5
7
10
Set
6 set
5 set
4 set
3 set
2 set
1 set
Volume (reps)
10
7
5
3
2
1
Variantes
Em cada estao exercita-se com um tempo padro de 10 a 15 segundos,
seguidos de uma pausa de 30 a 90 segundos. A durao da pausa est
relacionada com o grau de intensidade da fora, que de aproximadamente 75%
da capacidade mxima do rendimento e ao efeito do treinamento desejado.
Cada exerccio efetua-se com no mximo 8 a 12 repeties, sem limite de tempo,
a uma velocidade submxima. A durao da pausa de no mnimo 30 segundos e
no mximo de 180 segundos. Igual a variante 1, cada exerccio realizado com
75%, da capacidade mxima do rendimento. Durante o intervalo, trabalha-se
exerccios de recuperao e de alongamento; estes so de especial importncia,
pois vo garantir o efeito do treinamento.
Quadro sintico do treinamento em circuito
Critrios
N de estaes
N de passagens
Repeties
Intervalo entre as
estaes
Intervalo entre as
passagens
Forma de execuo
INTENSIVO
4-8
2-3
6 - 12
EXTENSIVO
10 - 20
2-3
15 - 20
30" - 90"
30"
2 - 3
130"
Rpida
10 - 20 seg. por
estao
Durao do estmulo
10 - 30 min. Tempo
total
Fora rpida, fora
Efeito do treinamento explosiva, fora
mxima
Sistema Energtico
Anaerbio
predominante
moderada
15 - 30 seg. por
estao
15 - 40 min. Tempo
total
Fora - resistncia,
RML
Aerbio
Individual
Dois a dois
Grupos
c) Tipos de Exerccios
Geral
Especfico
Competio
d) Princpios de aplicao
Carga Fixa
O aluno dever procurar diminuir o tempo total de realizao do treino;
mais indicado para aplicaes individuais.
Tempo Fixo
O tempo em cada estao mantido fixo;
Aumenta-se a carga de trabalho;
mais indicado para o trabalho com grupos de alunos.
Vantagens:
Resultados mais rpidos;
Pode ser utilizado com o objetivo de perda de peso (Extensivo);
Motivao;
Respeito a individualidade, mesmo em trabalhos coletivos;
Economia de tempo;
Facilidade de controle e organizao.
Desvantagens:
Falta de especializao/especificidade;
uso prolongado do circuito no promove ganhos significativos de fora, podendo
ocorrer perda de massa muscular (YESSIS,1991. Citado por GODOY,1994:89).
Repetio Negativa
a) Trabalhar na fase excntrica da contrao muscular.
b) A fase concntrica no considerada.
c) Possibilidade de utilizar uma quantidade maior de peso na execuo do
exerccio;
d) Ocorrncia de "dor muscular tardia";
e) Aplicao:
Meio material
"Robot"
Bceps braquial
"Pulley"
Trceps
3 x 15
3 x 15
EXERCCIO
Supino inclinado
Supino reto
MUSCULATURA
SET X REP
ATIVADA
Peitoral maior, poro
3 x 10
clavicular
Peitoral maior, poro
esternal
SEQNCIA II
Remada
Mesa flexora
Rosca trceps
Hiperextenso da coluna
Vantagem:
Maior sobrecarga cardiovascular, resultando em uma maior aptido deste
sistema orgnico.
Tri-set
Os exerccios podem ser dispostos de forma a estimular um nico grupamento
muscular, ou vrios grupamentos.
Objetivo:
Atingir pores distintas do msculo ou grupo muscular. A seleo dos exerccios
dever ser feita, buscando um "isolamento", de cada poro.
MOVIMENTO
ARTICULAR
Flexo de brao
Abduo de brao
Extenso horizontal
de brao
Set gigante
EXERCCIO
RECURSO
PORO
Elevao frontal
Elevao lateral
Elevao
posterior
Halteres
Halteres
Anterior
Mdia
Halteres
Posterior
a) Interpretaes e Julgamentos:
exemplo: na realizao de um teste no supino verificamos que o aluno no
consegue elevar o peso mnimo da mquina. A partir da julgamos que o referido
aluno apresenta um baixo grau de fora.
b) Classificao:
Ranquear os alunos de acordo com o desempenho no teste.
Exemplo: uma equipe de jogadores de futebol, onde ser estabelecido desde o
jogador mais forte at o mais fraco.
Metodologia da montagem do treinamento
Fatores a serem observados antes da aplicao de um teste :
1) Exame mdico;
2) Anamnese e objetivos do aluno ;
3) Avaliao postural;
4) Antropometria (peso, altura, circunferncias e dobras cutneas) ;
5) Avaliao neuro-motora e de resistncia aerbia e anaerbia (se necessrio).
Baseado no conceito de avaliao, o professor de Educao Fsica deve
interpretar e julgar qual o teste mais adequado para o seu aluno fundamentado
nos fatores acima relatados. Exemplo: aplicao do teste de 1-RM para
hipertensos (no adequado).
Como administrar um teste
Critrios de autenticidade cientfica Verificar se o teste vlido, confivel e
objetivo.
Validade quando o teste mede o que se prope a medir
Confiana reprodutibilidade dos resultados do teste. Mesmo avaliador.
Objetividade reprodutibilidade dos resultados do teste. Avaliadores diferentes.
Coeficiente de Correlao simbolizado pela letra r
Padronizao
O professor dever obedecer, criteriosamente, todos os procedimentos relatados
para o teste selecionado, para no afetar sua validade.
Exemplo: um teste de em que necessria a realizao de um aquecimento
prvio, e o mesmo no realizado.
pode ser determinada dividindo-se a fora final pela fora inicial, multiplicado por
100.
Tipos de dinammetro:
- Handgrip:
- Dinammetro dorsal e para membros inferiores.
Tensimetro
Instrumento utilizado para medir a fora isomtrica. Pode ser utilizado em 38
grupos musculares diferentes. utilizado um gonimetro para ajustar o cabo ao
ngulo desejado. O tensimetro produz um escore da presso exercida no cabo
durante uma contrao muscular mxima.
Plataforma de fora
montada em uma base slida contendo elementos sensitivos, colocados
estrategicamente na superfcie para que possa ser registrada a fora em 3 planos
(tridimensional). O sujeito executa um movimento ou resiste a uma fora externa,
resultando em uma contrao muscular e os elementos sensitivos captam as
variaes na presso. A fora que ser registrada corresponde a reaes iguais
ou opostas ao esfora necessrio para executar um movimento. A fora dinmica
transversa, vertical e frontal so amplificadas e registradas em forma de uma
curva contnua com base no tempo. A plataforma no somente utilizada para
mensurao da fora, como tambm para anlise biomecnica (MONTOYE, et all,
1996).
Eletromiografia
um teste especfico capaz de estimar:
a) a excitabilidade muscular. Importante em atividades desportivas de carter
neuromuscular;
b) a qualidade da contrao muscular estimada pelo potencial muscular recrutado;
c) a velocidade de influxo nervoso dentro de nervos motores ou sensitivos.
O teste de eletromiografia tambm pode ser executado durante o exerccio,
atravs de telemetria e pode ser correlacionado com a fadiga e o
sobretreinamento.
A vantagem da eletromiografia est no fato de se poder interpretar aqueles grupos
de msculos humanos cujo valor de tenso no pode ser determinado diretamente
(DAL MONTE & DRAGAN).
Ultra-som
IKAI e FUKUNAGA preconizaram um estudo no qual o brao estendido e
mergulhado num tanque de gua sendo a parte superior do mesmo envolvida por
um transmissor de ultra-som, Os impulsos refletidos so registrados sobre um
oscilgrafo. Uma vez que as ondas de ultra-som so refletidas de maneiras
diferentes pelos diversos tecidos, (pele, tecido adiposo, msculos e ossos), ser
possvel apresentar, desta maneira, um quadro do corte transversal dos membros.
(HOLLMANN & HETTINGER, 1989).
Testes no-laboratoriais
Perimetria
A medida das circunferncias faz parte da antropometria, que a ...cincia que
estuda as medidas de tamanho, peso e propores do corpo humano. (POLLOCK
& WILMORE, 1993). Tais medidas so usadas, geralmente para predizer a
densidade corporal e o percentual de gordura corporal. A perimetria nem sempre
constitui um preditor para o ganho de fora. Isto pode ser verificado em um estudo
realizado por IKAI e FUKUNAGA (citado por MORITANI, 1979), onde eles
encontraram um ganho significante na fora nos estgios iniciais do treinamento,
sem acompanhamento de qualquer aumento significante na rea de seco
transversa da musculatura.
Segundo HOLLMANN & HETTINGER (1983), a perimetria tem uma correlao
elevada com o ganho de fora para praticantes de esportes de alto rendimento
que priorizam esta qualidade fsica (r = .93). Exemplo: halterofilistas. Nos
desportistas em geral, esta correlao de r = .80. J em pessoas no praticantes
de esporte, tem pouca ou nenhuma correlao com a fora.
As medidas circunferncias so as seguintes:
Ombro
Panturrilhas
Trax
Torno
zelos
Abdominal
Braos
Cintura
Antebra
os
Glteos
Punhos
Coxas
Fator de repetio
1.00
1.07
1.10
1.13
1.16
1.20
1.23
1.27
1.32
1.36
% 1-RM
Repeties
N de
sets
Fora mxima
esttica
> 100
6 a 20 contraes de 6 a 3 a 4
8 segundos de durao
1 a 2 minutos
Fora mxima
dinmica
80 100
1a8
3 a 5+
2 a 5 minutos
Fora explosiva
50 - 70
8 a 15
3a6
2 a 5 minutos
Fora de resistncia
<70
12 a 20
2a3
20 a 30 segundos
Hipertrofia
70 - 85
6 a 12
4a6
30 a 90 segundos
Selecionar o peso que julgamos (feeling) adequado para que o aluno realize no
exerccio o nmero de repeties desejadas.
Orientarmos o aluno a executar o nmero de repeties previstas no exerccio.
Avaliao:
Se o aluno realizou as repeties previstas mantendo a eficincia mecnica do
gesto motor, com um certo grau de esforo, provavelmente este peso o ideal
para o nmero de repeties desejadas.
Se o aluno apresentou facilidade na execuo das repeties estabelecidas, o
peso provavelmente insuficiente para o nmero de repeties desejadas.
Se o aluno no conseguir completar com sucesso as repeties objetivadas,
provavelmente o peso excede a sua condio para realizar o nmero de
repeties desejadas.
O aluno ser novamente testado nos casos b e c, com pesos maiores ou menores,
respectivamente, at que se chegue a um calor ideal para o mesmo, em funo do
nmero de repeties estipuladas.
Local: Sala de musculao
Equipamento: Mdulos ou aparelhos de musculao
Pontuao: o prprio valor do peso ideal para o nmero de repeties
desejadas.
Comentrios:
- normalmente utilizado na fase inicial dos programas de musculao.
- O peso utilizado no programa de adaptao serve como um referencial para a
realizao do teste de peso por repetio
- Pode ser aplicado para iniciantes adolescentes e sedentrios
- O teste poder ser interrompido pelo professor, caso este perceba logo ao incio
do teste, que o aluno realiza as repeties com extrema facilidade ou dificuldade.
Permitindo ento um intervalo de 5 minutos, ou passando para outros exerccios
que envolvam grupos musculares diferentes e retomando em seguida, quele
exerccio, acrescenta ou diminui respectivamente o peso, pedindo ao aluno que
reinicie o teste.
TESTE DE 12 a 15 RM
Baechle prope um teste de peso para 12 a 15 repeties, onde o peso de
trabalho ser determinada em funo do peso corporal multiplicado por uma
constante, de acordo com cada exerccio especfico.
Aquecimento - supino - P.C x 0.20 = peso de aquecimento.
Peso de trabalho - supino - P.C. x 0.35 = peso de trabalho (de 12 a 15 RM)
Se o aluno no conseguir realizar o nmero de repeties previstas, o peso ser
ajustado de acordo com a seguinte tabela.
TABELA 3 Ajuste de peso
Repeties
Ajuste de peso
completadas
<7
-7
89
-5
10 11
-2
12 15
0
16 17
+2
18 19
+5
> 20
+7
Fonte: BAECHELE,
1992.
Descrio:
Realizar dez saltos sucessivos, com os ps unidos, no menor tempo possvel.
O teste no deve ultrapassar dez segundos.
No pode ser realizado com sobressaltos
Realizar trs tentativas e registrar a melhor das trs
Local:
Pista ou sala com pelo menos trinta metros de extenso, demarcada de 50 em 50
centmetros.
Equipamento:
Cronmetro e trena
Pontuao:
- Medir a distncia entre a linha de partida e o ltimo ponto de contato dos ps
com o solo, mensurado em metros.
- Computar o tempo gasto para percorrer a distncia em segundos.
AAPU = P x D / T
Validade: r = .91 com MAP (potncia anaerbia mxima) - Wingate Test
Membros superiores
ARREMESSO DE MEDICINE BALL
Objetivo:
Mensurar a potncia (fora explosiva) dos membros superiores)
Descrio:
- Sentado em uma cadeira o aluno arremessar com as duas mos a bola de
medicine, a ,maior distncia possvel, mantendo os cotovelos o mais prximo do
tronco.
- Uma corda colocada na altura do peito do aluno, para mant-lo seguro ao
encosto da cadeira, eliminando, assim, a ao de embalo do tronco durante o
gesto motor.
Pontuao:
Medir a distncia entre os ps dianteiro da cadeira e o primeiro ponto de contato
da bola com o solo.
Validade: r = .77
Objetividade: r = .99
Equipamentos:
Cadeira, fita adesiva, trena, corda e uma bola de medicine ball de trs quilos.
Fatores Gerais:
Horrio e tempo para treinamento
Material
Idade
Sexo
Condio fsica inicial
Nmero de Exerccios por Sesso
Ordem Anatmica
Objetivo
80%
90%
100%
REPETIES
% PESO
FORA PURA
1-5
90-100
HIPERTROFIA
6-12
75-85
FORA EXPLOSIVA
8-15
60-75
FORARESISTNCIA
15- 30
40-60
do desenvolvimento da fora.
Quando se realiza um teste de 1-RM no incio do programa, o fator miognico est
sendo preponderante, j que ainda no ocorreu aprendizagem do movimento
(fator neural).
Se o seu objetivo avaliar a fora real deve-se esperar a melhora dos fatores
neurais e incio dos fatores hipertrficos, corroborando com BAECHLE (1992), que
diz que o teste de 1-RM deve ser realizado aps cinco semanas de treinamento .
inicial/final do movimento.
Aqui teramos novamente trs trabalhos distintos, com diferentes respostas
adaptativas bioqumicas e morfolgicas.
Sim, creio que consegui convenc-los que existem diferenas entre as diversas
maneiras de executar um movimento, mas (o que realmente interessa) como
manipular tudo isto para ficar "grande"? Bem... Sinto decepcion-lo, mas no
posso dar a frmula mgica (nem vend-la), no...no pare de ler o texto e nem
apague minha pgina da sua lista de favoritos, permita-me explicar.
Antes de sair por a dizendo que existe um nmero ideal de repeties para
hipertrofia necessrio que se conhea os provveis mecanismos de hipertrofia
(no se preocupe, no vou explicar isso detalhadamente....agora).
Respostas hormonais
Tempos de contrao moderados a altos e descasos curtos entre as sries
produzem maiores picos de GH, porm lembre-se que discutvel a influncia
deste hormnio na hipertrofia muscular. J os treinos de cargas altas com
perodos longos de descanso, liberam maiores quantidades de testosterona
(KRAEMER et al, 1990).
Hidratao celular (HUSSINGER, et al, 1993; WALDEGGER, et al, 1997;
MILLAR ; et al, 1997)
Para que se consiga um melhor fluxo sangneo local recomendvel no
prolongar muito os descansos e manter tempos de contrao suficientes para
originar os desequilbrios na homeostase necessrios a ocorrncia desta reao
(diminuio do pH, elevao do lactato...).
Microleses (RUSSELL et al, 1992; SCHULTZ et al, 1995)
As microleses so geradas principalmente por contraes excntricas, ento
"SEGURE A DESCIDA!". Agora algumas pequenas provocaes: pergunte-se (e a
pessoa que lhe falou sobre o assunto):
1) Por que as contraes excntricas geram mais microleses? Supondo que as
microleses causam hipertrofia ("atravs da supercompensao")
2) Por que cada vez que voc se machuca (por exemplo um rompimento,
distenso, corte...) esta supercompensao no visvel?
3) Seria, ento, possvel induzir hipertrofia por outros meios (impactos, cortes...)?
4) Como uma leso pode gerar esta supercompensao?
TEMPO DE CONTRAO X REPETIES
Note que eu falei em tempo de contrao e no repeties, prefiro usar este termo
e livrar-nos desta priso algbrica e da famigerada 3x10. Muitos autores atribuem