Análise Do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado: para Que e A Quem Serve o Plano Diretor de Itaboraí?
Análise Do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado: para Que e A Quem Serve o Plano Diretor de Itaboraí?
Análise Do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado: para Que e A Quem Serve o Plano Diretor de Itaboraí?
So Gonalo
Agosto/2013
Monografia
apresentada
ao
Departamento de Geografia da
Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, como requisito parcial
obteno do ttulo de Licenciatura
Plena em Geografia.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________
Prof. Dr. Andrelino Campos (Orientador)
_______________________________________
Prof. Rodrigo Andrade Coutinho
_____________________________________
Prof. Astrogildo Luiz de Frana
AGRADECIMENTOS
10
RESUMO
O presente trabalho tem por finalidade analisar o Plano Diretor de Itabora, concebido
com o subttulo de Desenvolvimento Integrado de Itabora. Quanto as suas propostas
iniciais, tinha como perpectiva a implantao no perodo entre 2006 a 2012. Entretanto,
observamos que entre a inteno e a realidade da municipalidade, existe uma diferena
abissal, quase nada foi realizado. Um dos problemas a excluso do megaprojeto, o
Complexo Petroqumico do Estado do Rio de Janeiro (COMPERJ) que representa uma
grande transformao do ordenamento territorial de Itabora.
A anlise visa apontar as sucessivas faltas de perspectivas e/ou alternativas que no so
apresentadas pelo Plano Diretor de Itabora, que poderiam ser implementadas para sanar
e/ou servir como alternativa para minimizar os problemas existentes na cidade.
Para alm do megaprojeto (COMPERJ), h os impactos em relao a atrao de novos
capitais que buscam o municpio causando problemas estrutura urbana j frgil, j que
o Plano Diretor de Itabora no faz meno a nenhum outro empreendimento. Desta
forma, pensar um dos maiores aportes financeiro em estrutura industrial da histria da
PETROBRAS e os problemas decorrentes da questo urbana, tornam-se grandes
potencializadores de alterao no atual quadro na esfera poltica, administrativa, social e
econmica do municpio.
Portanto, o documento que deveria servir como balizamento para o futuro da cidade de
Itabora, se encontra inadequado para a real perspectiva do municpio para os prximos
anos, servindo atualmente apenas como uma mera formalidade legal e administrativa
exigida por Lei para que o municpio continue recebendo verba do Governo Federal,
no servindo assim para o seu principal objetivo, que o pensar, planejanejar e
organizar acidade a curto, mdio e longo prazo.
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ABSTRACT
This scholarly work is to analyze the Master Plan for Integrated Development of
Itabora, as its proposals planned to be implemented between the period 2006 to 2012,
and thus have a parameter entity in the proposals set out in the Master Plan and the
actual conditions the municipality in the spheres of responsibility of the Executive and
are included in the Plan.
The analysis aims at pointing out the successive failures of perspective and/or
alternatives that are not submitted by the Master Plan Itabora that could be
implemented to remedy and/or serve as an alternative to minimize the phenomenon
studied.
But also reflect on the new needs created as a reflection of the installation of the
Complexo Petroquimico do Estado do Rio de Janeiro (COMPERJ), as well as
investments that are already installed parallel in the county, since the Master Plan
Itabora makes no mention of what is the largest development in the history of
PETROBRAS, much less parallel to these developments and are great enhancers in the
current context of change in the political, administrative, social and economic council.
Therefore, the document should serve as a beacon for the future of the city of Itabora is
unsuitable for the real prospect of the city for the next few years, currently serving only
as a formality required by law and administrative law for the municipality to continue to
receive funding Federal Government does not serve well for your main goal.
Work keys: Urban planning, master plans, urban management, Itabora, segregation.
12
SUMRIO
Resumo
INTRODUO
ITABORA: SUAS CARACTERSTICAS, HISTRIA E
CICLOS ECONMICOS
1.1 A diviso da municipalidade
1.2 Os ciclos econmicos e a Histria de Itabora:
O PROJETO COMPERJ, E SEUS REFLEXOS EM
INVESTIMENTOS PARALELOS E PRIVTIZAES
2.1 O projeto COMPERJ
2.2 Novos investimentos e privatizao dos servios
OS
CAMINHOS
DO
PLANO
DIRETOR
DE
DESESVOLVIMENTO INTEGRADO DE ITABORA
3.1 O que plano diretor
3.2 Planejamento urbano no Braisl
3.3 A mercadoria Itabora
3.4 Sobre a Lei
3.4.1 Apresentao
3.4.2 Dilogo ou monlogo com os muncipes?
3.4.3 Da conceituao
3.4.4 Da poltica urbana do municpio
3.4.5 Da funo social da propriedade urbana
3.4.6 Do turismo
3.4.7 Da educao
3.4.8 Da sade
3.4.9 Do saneamento bsico
3.4.10 Da segurana pblica
3.4.11 Da poltica ambiental
3.4.12 Dos resduos slidos
3.4.13 Da habitao
3.4.14 Da circulao viria dos transportes
3.4.15 Do uso e ocupao do solo
3.4.16 Das macrozonas
Dos instrumentos e indutores do uso social da
3.4.17
propriedade
3.4.18 Dos instrumentos de regulamentao fundiria
CONCLUSO
BIBLIOGRAFIA
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Lista de mapas
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Lista de Grficos
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Lista de Fotos
Convento So Boa Ventura
Lagoa de So Jos
Igreja de So Joo Batista
Cmara Municipal de Itabora
Jornal O GLOBO de 9 de Agosto de 2011
Jornal Meia Hora de 25 de Abril de 2010
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INTRODUO
A crise do planejamento urbano: Mesmo eleitos
pelo voto direto, os prefeitos, em sua maioria ainda
esto inescapavelmente amarrados aos interesses e
ao modo de governar da minoria dominante, em
que se destacam em nvel urbano, os interesses do
capital imobilirio .
(VILLAA, Flvio. 1995)
16
Para tal, ser feita uma anlise entre o que proposto em Lei para ser executado
at o ano de 2012 e o quadro da condio real do municpio, bem como as alteraes
e/ou negligncias por parte do poder pblico municipal, que possam gerar
oportunidades de agentes privados se apropriarem, burlarem ou manipularem essas
falhas na Lei para beneficiarem seus interesses e investimentos, tal como ser apontado
no decorrer do trabalho.
O Plano Diretor de Itabora foi aprovado pela Cmara Municipal em de 27 de
Setembro de 2006, e a divulgao oficial da instalao do Plo Petroqumico do Rio de
Janeiro no municpio de Itabora foi feita em 22 de Maro de 2006, ou seja, o Plano
Diretor do municpio no leva em considerao COMPERJ, o maior empreendimento
realizado em seu territrio, nem seus efeitos colaterais, como maior alterador do cenrio
scio-econmico da cidade.
Portanto, o documento regulador e balizador das polticas urbanas do municpio
foi elaborado tendo uma perspectiva diferente da que ser gerada no perodo ps
COMPERJ .
No mapa abaixo nota-se que se tem uma perspectiva de Itabora ser o municpio
que receber a maior quantidade de investimento privado no estado do Rio de Janeiro
no binio 2010 a 2012, recebendo um montante de 14,6 bilhes de reais.
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Mapa 1
18
Com toda a oferta de empregos que est prevista para ser gerada, e o
fortalecimento da economia local, existe uma grande possibilidade de que haja migrao
para toda a regio envolvida no projeto do COMPERJ e principalmente uma migrao
ainda maior para a cidade onde o COMPERJ vem se instalando, a cidade de Itabora.
Porm, com a chegada dessa populao, que em sua maioria formada por
trabalhadores da contruo civil, ou seja, trabalhadores braais, que em sua maioria se
instalam em repblicas pagas pelas empresas que os contratam, ou em casas simples
alugadas de forma particular, acabar gerando toda uma nova demanda de infraestrutura
no municpio, logo, toda ela necessita ser revista, uma vez que, a dinmica do municpio
sofrer significativas mudanas, como destaca o estudo realizado pela Federao das
Indstrias do Estado do Rio de Janeiro, a FIRJAN sobre o COMPERJ.
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da
realidade
municipal,
tendo
em
vista
chegada
do
20
COMPERJ
os
apontamentos
de
como
foi
pensado
esse
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Capitulo 1
Mapa 2
23
24
Mapa 3
25
A hidrografia desses dois rios tem destaque para o rio Duques, contribuinte do
Cacerib e o rio Aldeia, contribuinte do rio Macacu. Quanto ao rio Macacu,
importante ressaltar que ele, o maior desta bacia hidrogrfica o principal rio da regio
e tem como afluentes mais expressivos os rios Guapia, direita e Casserib, Aldeia e
Imb, esquerda. Corta, ao longo de seu curso, as terras da Fazenda Macac, onde
predominam em torno s reas de pastagem e em outro trecho as runas do Convento de
So Boa Ventura de Macacu. Suas guas so barrentas e frias. Extenso navegvel
apenas para barcos de pequeno porte, destinados pesca. No possui praias, nem locais
propcios para banhos, uma vez que suas guas so imprprias devido as despejo de
esgoto sanitrio.
O municpio situa-se sobre as regies de plancies costeiras (planices situada ao
longo do litoral), de tabuleiros costeiros (elevao de cume mais ou menos nivelado
prximo ao litoal) e de colinas e macios costeiros.
A regio em que o municpio se encontra classificada como de clima tropical
quente (temperatura mdia superior a 18C) e sub-quentes (entre 18C e 15C) e subtipos, super midos (sem ms seco) e mido (um trs meses seco).
H no municpio remanescentes de floresta ombrfila densa, bem como uma
grande rea de manguezal, sedo que esta ltima faz parte da APA de Guapimirim, com
14.340 hectares (143,4Km), abarcando os municpios de Guapimirim, Itabora, Mag e
So Gonalo.
O municpio de Itabora tem uma rea de 429,03 Km2, ocupando 7,5% da rea
da Regio Metropolitana. Segundo o IBGE, Itabora em 2005 tinha uma populao
estimada em 216.657 habitantes, distribudos em oito distritos, so eles, Itabora, Porto
das Caixas, Itamb, Sambaetiba, Visconde de Itabora, Cabuu, Manilha e Pachecos,
sendo os distritos de Itabora, Manilha e Itamb os maiores concentradores de populao
do municpio, possuindo quase 160 mil habitantes, j os demais distritos apresentam
pequenos ncleos urbanos e vastas reas de uso rural.
O distrito de Itabora (Centro) , segundo o IBGE em 2000 concentra cerca de 90
mil habitantes, sendo ento o distrito mais populoso do municpio de Itabora. O distrito
de Itabora detm a Prefeitura Municipal, a Cmara de Vereadores, o Teatro Municipal
Joo Caetano, a Casa da Cultura Helosa Alberto Torres e a Igreja Matriz de So Joo
Batista, alm de centralizar a na Avenida 22 de Maio a maior parte do comrcio do
26
No distrito de Itamb o destaque nas caractersticas fsicas de solos, uma vez que,
por se tratar de uma regio de bacia sedimentar proporciona arenitos argilosos, que so
usados como matria prima para o setor de cermica do municpio. Outra caracterstica
do distrito de Itamb so os manguezais na foz do Rio Cacerib, manguezais esses que
fazem parte da rea de Preservao Ambiental (APA) de Guapimirim. J trs pontos de
atrao histrico-turstico-cultural do distrito so, o stio arqueolgico da Vila Nova de
So Jos del Rei, o cemitrio indgena e a igreja de So Barnab.
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Mapa 4
28
distrito
de
Cabuu,
apesar
de
apresentar
uma
caracterstica
29
Foto 2
Para se entender como se deu o processo que levou a cidade de Itabora a ter as
atuais caractersticas scio-poltica-econmicas, ser explanado um breve histrico da
cidade.
O povoamento colonial na regio, onde se encontra hoje a cidade de Itabora
comea em 1567, ou seja, dois anos depois da fundao da cidade de So Sebastio do
Rio de Janeiro.
30
O nome Itabora oriundo dos povos indgenas que viviam na regio e quer
dizer pedra bonita escondida na gua .
Nesse perodo a Coroa Portuguesa cedia propriedades chamadas sesmarias, e os
seus interesses em ceder essas propriedades se fundamentava na estratgia da ocupao
da colnia e da preocupao de gerar condies para que os colonos gerarem produtos
que pudessem ser explorados pela elite portuguesa.
Em Itabora, nos grandes engenhos que dispunham de grande nmero de
escravos, se produzia o acar e tambm o melado e a rapadura, j os pequenos
produtores possuidores das chamadas engenhocas se dedicavam a produo de
aguardente.
Pensando nisso que o local em que hoje a cidade foi concedida pela Coroa
Portuguesa em forma de uma sesmaria para o escrivo da Fazenda Real, Miguel de
Moura, cujo o historiador Jos Matoso Maia Forte (1984), d as seguintes
caractersticas:
A primeira sesmaria que encontramos bem caracterizada foi a de
Miguel de Moura, que obteve 9.000 braas de largo, em meio ao rio
Macacu, e 12.000 braas para o serto. A segunda, de 6.000 braas
de largura e 9.000 de comprimento para o serto do mesmo rio, onde
acabavam as de Miguel Moura, foi doada a Cristvo de Barros. A
concesso ou o registro data de 29 de outubro de 1567.2
Miguel de Moura, aps algum tempo doou suas terras para os padres da
Companhia de Jesus, jesutas esses que segundo Joaquim Norberto de Sousa e Silva
(1854), fundaram por volta do ano de 1584, onde hoje o distrito de Itamb, o
Aldeamento de So Barnab.
Joaquim Norberto de Sousa e Silva (1854) caracteriza assim o aldeamento de
So Barnab:
A fundao da aldeia de So Barnab remonta-se ao sculo de
descobrimento do Brasil [XVI]. Fundada em princpio em Cabuu,
sob a direo dos jesutas, tiveram os ndios a ventura de serem em
1584 doutrinados pelo padre Jos de Anchieta, que a descansara, de
volta das pescarias de Marica, onde, segundo dizem, fizera-se
notvel pelos muitos milagres que obrou. (...) O inconveniente do
stio, pela insalubridade do clima, foi causa mais do que suficiente
para os jesutas a transferissem; assentaram-se pois num stio mais
sadio, a pequena distncia da primeira, nas vizinhanas do Rio
Braas uma medida nutica que equivale a 1,8288m, o que se convertermos o tamanho das sesmarias
para Km, temos a primeira sesmaria com 361,297Km e a segunda sesmaria com 180.566Km .
31
SILVA, Joaquim Norberto de Sousa, Memria histrica e documentada das aldeias de ndios da
provncia do Rio de Janeiro. IN: Revista do Instituto Histrico e Geogrfico Brasileiro, 3 srie, n14,
segundo trimestre de 1854. Rio de Janeiro 1954 p 136.
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Foto 3
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Foto 4
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nome por tomar a regio do rio Macacu, e como a mortandade populao estava muito
alta os sobreviventes mudavam-se da regio para fugir da febre.
Com o assoreamento dos rios e o esvaziamento da populao da Vila de Santo
Antnio de S, esse entreposto que outrora era prspero comea a perder sua
importncia.
O nmero de vtimas gerado pela Febre do Macacu foi to grande e o xodo dos
sobreviventes para outras localidades atingiu tal proporo, que o Presidente da
Provncia, Honrio Hermeto Carneiro Leo, futuro Marqus do Para, chegou a insinuar
na Assemblia em 1842 que seria melhor extinguir a freguesia da Vila de Santo Antnio
de S:
A Vila de Santo Antnio de S, quase completamente abandonadas
de habitantes, tendo ser sujeita a jurisdio do Juiz Municipal de
Itabora, conviria extinguir-se, reunindo duas de suas freguesias
Vila de Itabora e uma de Mag.4
FORTE, Jos Matoso Maia. Vilas fluminenses desaparecidas. Itabora: Prefeitura Municipal, 1984.
35
Repblica em 15 de novembro de 1889, fato esse que ocorre pelo fato de os polticos
itaboraienses serem tradicionalmente ligados ao Partido Conservador, vinculado aos
saquaremas, representantes da elite senhorial, grandes proprietrios rurais.
E em 16 de janeiro de 1890 a ento Vila de So Joo de Itabora elevada a
categoria de cidade.
A cermica que sempre foi um produto presente em Itabora, e que j era
produzido pelos ndios antes mesmo da chegada dos colonos na regio, acabou sofrendo
mudanas com a chegada dos mesmos, isso porque os ndios que antes s produziam
cermica para seu prprio uso. Agora, estimulados pelos jesutas, comearam a produzir
cermica para vender, outra mudana foi a descaracterizao da cermica indgena para
os moldes das cermicas europias, uma vez que os consumidores eram os colonos
portugueses.
Com a chegada da Corte Portuguesa no Brasil no sculo XIX, a indstria da
cermica em Itabora tambm apresentou um grande impulso comercial, j que com a
chegada da corte, tambm vieram mudanas urbansticas que necessitavam de tijolos
para edificar as novas instalaes no Rio de Janeiro. Mas mesmo sendo um produto
sempre presente na economia da cidade, somente no sculo XX a cermica causaria
uma maior expresso e importncia na economia da cidade, tendo um quadro
econmico mais favorvel surgindo principalmente com a pavimentao de rodovia RJ
104 nos anos de 1942/43.
A produo e o consumo de tijolos e telhas aumentaram bastante devido a
intensa urbanizao que se tornava o modelo de sociedade no Brasil, que deixava de ser
rural para se tornar em uma sociedade urbana.
Porm o setor j apresentava sinais de decadncia no final da dcada de 70,
devido a no modernizao da produo e tambm pela escassez de lenha utilizada na
produo, que antes era abundante na regio, tornou-se cada vez mais cara devido
escassez.
No perodo entre as duas Grandes Guerras Mundiais, ocorreu o aumento do
preo do acar; por esse mesmo motivo foi criada a usina de Tangu, que inicialmente
produzia somente, acar e em 1945 tambm comeou a produzir lcool, chegando a
produzir 60 mil sacas de acar e 20 mil litros de lcool na dcada de 50, chegou a
empregar cerca de 600 trabalhadores e em 1977 foi transformada na CIBRAN.
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MAPA 5
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Captulo 2
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Mapa 6
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criadas,
alimentao, .
Dentre os investimentos, podem ser citados como ligados direta e indiretamente
a instalao do COMPERJ no municpio:
A linha trs do metr que sair do Centro da cidade de Niteri, atravs dos
veculos leves sobre trilhos, ter um trajeto que passa nas proximidades da Base de
Escoamento de So Gonalo e chegando nas proximidades do COMPERJ no bairro de
Guaxindiba em So Gonalo, o trecho entre as estaes Araribia (Niteri) e
Guaxindiba (So Gonalo) ser utilizado por aproximadamente 100 mil pessoas por dia
e contribuir para a diminuio do trafego de automveis na BR 101, facilitando assim
o escoamento de mercadorias pela mesma.
O trecho ter 22Km de extenso, 14 estaes, sendo 2 em superfcie e 12
elevadas, tendo o tempo de viagem entre as estaes de Araribia e Guaxindiba em 25
minutos.
45
Mapa 7
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Outro projeto tambm antigo do Governo Federal e Estadual que foi retomado e
sair do papel o Arco Metropolitano, que abranger as cidades de Itagua, Seropdica,
Japeri, Nova Iguau, Duque de Caxias, Mag, Guapimirim e Itabora.
Construdo com o intuito de diminuir e facilitar o fluxo das principais vias da
Regio Metropolitana, uma vez que liga as cinco principais vias da regio (BR-101
norte, BR-116 norte, BR-040, BR-465 e BR-101 sul) e fornecer um acesso expresso ao
Porto de Itagua.
O Arco Rodovirio ter uma vasta rea de influncia, onde em Itabora, passar
nas proximidades do COMPERJ, em Duque de Caxias passar nas proximidades da
Refinaria de Duque de Caxias a REDUC, e em Itagua, chegando ao Porto de Sepetiba e
no Complexo Siderrgico de Itagua, alm do Complexo Industrial de Santa Crus.
O Arco Rodovirio do Rio de Janeiro ter uma extenso total de 122,9 Km,
tendo um investimento pbico previsto de 800 milhes de reais.
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Mapa 8
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Mapa 9
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Captulo 3
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FERNANDES. Edsio. Do Cdigo Civil ao Estatuto da Cidade. Valena et al (org) Mauad Editora
Ltda, 2008. p 3.
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Imagem 5
O mesmo especial trs outras matrias tais como Obras em ritmo acelerado ,
onde se destaca os investimentos estaduais e municipais em infra-estrutura para atender
a nova demanda de problemas antigos da populao, ou Uma revoluo urbana ,
que na verdade se trata de um boom imobilirio onde a prefeitura no age de forma a
evitar, ou coibir a especulao imobiliria, fazendo o uso correto, devido e necessrio
do prprio plano diretor. Em outra matria do mesmo especial onde afirma que Boa
56
57
3.4.1 Apresentao:
O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Itabora (PDDII), ou PLANITA foi aprovado como Lei complementar N 54, de 27 de Setembro de 2006 pela
Cmara Municipal de Itabora.
O PDDII contm 118 pginas e comea com a apresentao do nome do chefe
do Executivo Municipal, seu vice e seu Secretariado Municipal, alm do nome dos
coordenadores, tcnicos e equipe de apoio envolvidos no PDDII.
Um ponto positivo sobre o PDDII pode ser notado na apresentao dos
coordenadores e tcnicos envolvidos na elaborao do mesmo, onde pode se encontrar:
Dois advogados;
Sete arquitetos, sendo desses 5 urbanistas;
Dois administradores de empresas;
Dois gegrafos;
Um matemtico;
Um comunicador social;
Um tcnico em geoprocessamento;
Um estudante de administrao de empresas;
Um estudante de arquitetura e urbanismo;
Um estudante de engenharia civil;
Um estagirio de geografia e histria.
Ou seja, um quadro bem diversificado, abrangendo e concatenando vrias reas
de conhecimento.
Do ponto de vista jurdico a lei pode apresentar um ponto positivo na sua
elaborao, tal como sugeriu Edsio Fernandes (2008), uma vez que foram
estabelecidas as to necessrias pontes entre os estudos jurdicos e os estudos urbanos
ambientais, apresentando assim uma viso interdisciplinar do fenmeno da urbanizao,
dando conta da complexidade das questes e dos problemas jurdicos da cidade, tais
como zoneamento, uso do solo, imposto progressivo no tempo e etc.
Outro ponto aparentemente positivo sobre o PDDII, que em seu quadro de
coordenadores e tcnicos a maioria moradora do prprio municpio de Itabora, ou
seja, conhecem bem o cotidiano de problemas e as carncias do municpio.
58
3.4.3 Da conceituao:
J no corpo da Lei em si, na parte que se presta dar conceito ao Plano Diretor,
pode ser observado que o mesmo afirma no Captulo I, Art. 2, 2, item V, que a gesto
oramentria participativa deve ser elaborada e cumprida conforme os termos do artigo
4 da Lei Federal n 10.257, de 10 de julho de 2001, ou seja, o j citado Estatuto das
Cidades.
Emilia Maricato (1997) ressalta a experincia da ferramenta do Oramento
Participativo da seguinte forma:
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MARICATO, Emilia. . Brasil 2000: Qual planejamento urbano?. Cadernos IPPUR/UFRJ, Rio de
Janeiro, RJ, v. 11, n. 1 e 2, p 113, 1997
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Mapa 10
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3.4.6 Do turismo
3.4.7 Da educao
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Mapa 11
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Grfico 1
68
como
medida compensatria
ao
impacto
do
COMPERJ
no
b) como ser implantao da rede (uma tubulao para rede pluvial e outra para esgoto,
ou se manter o padro atual de apenas uma tubulao para as duas funes)?;
c) a rede far somente a coleta, ou haver instalao de ETEs para no despejar o esgoto
in natura em Maric?;
e) as obras sero restritas aos loteamentos regulares ou ser abrangente aos loteamentos
j fixados e no regulamentados do municpio?
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Imagem 6
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71
Meio Ambiente para implantar seus projetos imobilirios, um dos setores que mais
crescem e lucram atualmente em Itabora.
O Art. 71, pargrafo I afirma que diretriz para a poltica dos resduos slidos o
controle e a fiscalizao dos processos de gerao de resduos slidos, incentivando a
busca de alternativas ambientalmente adequadas.
Porm o Aterro Sanitrio de Itamb apresenta vrias irregularidades tais como,
apresentar lixo exposto, no recolher o chorume produzido por degenerao de material
orgnico, receber despejo de material industrial infectado e ainda estar sobre
investigao sobre o recebimento de material hospitalar contaminado.
A prpria Prefeitura de Itabora multou a empresa SELLIX Ambiental em R$
20.000.000,00 (vinte milhes de reais) por degradao do meio ambiente, mas mesmo
assim mantm contrato de depsito de lixo em seu aterro e paga a empresa somente para
varrer as ruas e recolher o lixo da cidade uma quantia aproximada de R$ 5.000.000,00
(cinco milhes de reais) anualmente.
Tal como j foi salientado no pitem 11.12, alm do problema com o Grupo
Prizma no Aterro Sanitrio de Itamb, a populao e a sociedade civil organizada de
Itabora tambm travou e ainda trava um intenso enfrentamento ao Centro de tratamento
de Resduos de Itabora, o CTR Itabora que teve sua manobra poltica para viabilizar o
empreendimento
justamente
alterando
zoneamento
aprovado
pelo
PDDII,
3.4.13 Da habitao:
72
73
a) coeficiente de Aproveitamento;
e) outorga Onerosa; e
f) potenciais Construtivos.
74
O Art. 181 se debrua sobre um importante ponto que pode servir para coibir,
bem como para evitar o processo de especulao imobiliria, j que poder exigir do
proprietrio do solo urbano no edificado, subutilizado, ou no utilizado, que promova
seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
Mais uma vez o texto da lei aponta os instrumentos indutores do uso social da
propriedade, mas no apresenta em seu corpo algumas deliberaes sobra a execuo do
mesmo, tal como o percentual a ser aplicado no IPTU progressivo no tempo, rgo
fiscalizador, parmetros que deixam a Lei com um vcuo de apontamentos de
responsabilidades do poder pblico municipal na execuo da mesma.
75
O Art. 224 afirma que o poder Executivo dever outorgar quele que, at 30 de
junho de 2001, residia em rea urbana de at 250 m (duzentos e cinqenta metros
quadrados), de propriedade pblica, por 5 (cinco) anos, ininterruptamente e sem
oposio, ttulo de Concesso de Uso Especial para Fins de Moradia em relao
referida rea ou edificao, desde que no seja proprietrio ou concessionrio de outro
imvel urbano ou rural, de acordo com artigo 1 da Medida Provisria n 2.220, de
2001.
Essa parte da Lei serve como base legal para os moradores da Vila Portuense em
Porto das Caixas, problema citado nesse trabalho no subcaptulo 11.4, bem como para
outros moradores da cidade que por ventura possam enfrentar os mesmos problemas
que os moradores da Vila Portuense, uma vez que assegura aos moradores da rea o
direito de permanecerem em suas casas. Vale lembrar que a comunidade em questo
existe a mais de 30 anos.
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Captulo 4
CONCLUSO
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