Sistema Normalização Contabilistica - TOC
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
Actualizado em 2009-07-15
Dois anos mais tarde, foi publicado o Decreto-Lei n.º 238/91, de 2 de Julho, que transpôs para a
ordem jurídica interna o tratamento contabilístico de consolidação de contas, em consonância com o
estabelecido na Directiva n.º 83/349/CEE (Sétima Directiva) e introduziu novos ajustamentos ao POC
de 1989, que consistiram em algumas modificações e no aditamento dos capítulos 13 e 14,
respeitantes a normas de consolidação de contas e demonstrações financeiras consolidadas,
respectivamente.
Outras alterações relevantes ao POC de 1989 foram introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 44/99, de 12
de Fevereiro, que acolheu o sistema de inventário permanente e a demonstração dos resultados por
funções, e pelo Decreto-Lei n.º 79/2003, de 23 de Abril, que introduziu a demonstração dos fluxos de
caixa, pelo Decreto-Lei n.º 88/2004, de 20 de Abril, que estabeleceu as condições de aplicação do
justo valor, transpondo para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º 2001/65/CE, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 27 de Setembro.
O Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro, transpôs para a ordem jurídica interna a Directiva n.º
2003/51/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de Junho, relativa à modernização das
directivas contabilísticas, que alterou as Directivas n.ºs 78/660/CEE, 83/349/CEE, 86/365/CEE e
91/674/CEE, do Conselho, relativas às contas anuais e às contas consolidadas de certas formas de
sociedades, bancos e outras instituições financeiras e empresas de seguros visando assegurar a
coerência entre a legislação contabilística comunitária e as normas internacionais de contabilidade
(NIC), em vigor desde 1 de Maio de 2002. Através deste decreto-lei, o Estado Português exerceu a
opção prevista no artigo 5.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 19 de Julho, com respeito à aplicação das normas internacionais de contabilidade.
O Regulamento (CE) n.º 1606/2002 veio estabelecer a adopção e a utilização, na Comunidade, das
normas internacionais de contabilidade - International Accounting Standards (IAS) e International
Financial Reporting Standards (IFRS) e interpretações conexas - International Financial Reporting
Interpretations Committee (SIC/IFRIC), dando, assim, resposta às crescentes necessidades em
matéria de relato financeiro no contexto das profundas alterações ocorridas nos últimos anos na
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Assim, e por força da orientação estratégica em matéria contabilística da União Europeia esboçada
com a apresentação, pela Comissão Europeia, em Novembro de 1995, do documento
«Harmonização contabilística - uma nova estratégia relativamente à harmonização internacional» e
do subsequente impulso político dado no Conselho de Lisboa, em Março de 2000, que estabeleceu a
criação de serviços financeiros plenamente integrados, a União Europeia (UE) decidiu adoptar as
normas internacionais de contabilidade do International Accounting Standards Board (IASB).
Tendo desempenhado durante anos um papel fundamental no panorama nacional, o POC tem-se
revelado, desde há algum tempo, insuficiente para as entidades com maiores exigências qualitativas
de relato financeiro, para além de carecer de revisão técnica no que concerne, nomeadamente, a
aspectos conceptuais, critérios de reconhecimento e mensuração, conceito de resultados, bem como
em relação aos modelos das demonstrações financeiras individuais e consolidadas.
Entende-se, assim, facilmente, que à luz das profundas alterações verificadas nos últimos 25 anos,
os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, que nos domínios conceptual e
instrumental transitam de 1977, já não respondem adequadamente às exigências contemporâneas e
que por, conseguinte, importa proceder à sua modificação.
Assim, a normalização contabilística nacional deverá aproximar-se, tanto quanto possível, dos novos
padrões comunitários, por forma a proporcionar ao nosso país o alinhamento com as directivas e
regulamentos em matéria contabilística da UE, sem ignorar, porém, as características e
necessidades específicas do tecido empresarial português.
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funções e por naturezas), de alterações no capital próprio e dos fluxos de caixa, assim como um
modelo orientador para o anexo.
O «Código de contas», traduzido numa estrutura codificada e uniforme de contas, que visa acautelar
as necessidades dos distintos utentes, privados e públicos, e alimentar o desenvolvimento de
plataformas e bases de dados particulares e oficiais.
A «Norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades» (NCRF-PE), que, de forma
unitária e simplificada, contempla os tratamentos de reconhecimento, de mensuração, de
apresentação e de divulgação que, do cômputo dos consagrados nas NCRF, são considerados
como os pertinentes e mínimos a ser adoptados por entidades cuja dimensão não ultrapasse dois
dos três limites seguintes: a) total do balanço: € 500.000; b) total de vendas líquidas e outros
rendimentos: € 1.000.000; c) número de trabalhadores empregados em média durante o exercício:
20.
Tendo em conta as entidades a que se destina o SNC, no processo de adaptação das normas
internacionais de contabilidade houve a preocupação de, sem distorcer a homogeneidade, a
qualidade e a coerência globais, eliminar tratamentos pouco ou nada aplicáveis à realidade nacional
e evitar níveis de exigência informativa porventura excessivos.
Por outro lado, é criada uma norma especificamente destinada às entidades de menor dimensão
que, assente na mesma filosofia de conceitos e orientada pelos mesmos requisitos técnicos de
referência, permite delimitar e simplificar num único documento, mais acessível e de mais fácil
aplicação, as exigências contabilísticas mais comuns a esse universo.
Assegura-se, assim, inteira compatibilidade e coerência entre os normativos aplicáveis aos seguintes
três grandes grupos de entidades que operam em Portugal:
Empresas com valores cotados que aplicam directamente as normas internacionais de contabilidade;
É criada, deste modo, uma estrutura que pretende assegurar a coerência horizontal entre as normas,
e, quanto às entidades a que se aplica, viabilizar uma fácil comunicabilidade vertical sempre que
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Foram ouvidos, a título facultativo, a Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários, o Banco de
Portugal e o Instituto de Seguros de Portugal.
Assim:
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
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Artigo 1.º
Objecto
É aprovado o Sistema de Normalização Contabilística, doravante designado por SNC, anexo ao
presente decreto-lei e que dele faz parte integrante.
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Artigo 2.º
Definições
Para efeitos do presente decreto-lei, considera-se:
d) «Subsidiária» uma entidade, ainda que não constituída sob a forma de sociedade, que é
controlada por uma outra entidade, designada por empresa mãe.
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Artigo 3.º
Âmbito
1- Com excepção das entidades abrangidas pelo n.º 1 do artigo 4.º e pelo artigo 5.º, o SNC é
obrigatoriamente aplicável às seguintes entidades:
d) Empresas públicas;
e) Cooperativas;
2- Até que sejam publicadas normas para as entidades sem fins lucrativos, são abrangidas pelo
SNC outras entidades que, por legislação específica, se encontrem sujeitas ao Plano Oficial de
Contabilidade, doravante designado POC, ou venham a estar sujeitas ao SNC.
3- O disposto nos artigos 6.º a 8.º não prejudica o regime constante do Decreto-Lei n.º 147/94, de
25 de Maio, e não se aplica às entidades abrangidas pelo n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º
36/92, de 28 de Março.
Anotações Tipo
Artigo 9.º SNC
Artigo 10.º SNC
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Artigo 4.º
Aplicação das normas internacionais de contabilidade
Actualizado em 2009-09-25
2- As entidades obrigadas a aplicar o SNC, que não sejam abrangidas pelo disposto no número
anterior, podem optar por elaborar as respectivas contas consolidadas em conformidade com
as normas internacionais de contabilidade adoptadas nos termos do artigo 3.º do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, desde que as suas
demonstrações financeiras sejam objecto de certificação legal das contas.
3- As entidades cujas contas sejam consolidadas de acordo com o disposto no n.º 1 podem
elaborar as respectivas contas individuais em conformidade com as normas internacionais de
contabilidade adoptadas nos termos do artigo 3.º do Regulamento (CE) n.º1606/2002, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, ficando as suas demonstrações financeiras
sujeitas a certificação legal das contas. [Rectificado pela Declaração de Rectificação n.º
67-B/2009, de 11 de Setembro]
4- As entidades obrigadas a aplicar o SNC, mas que estejam incluídas no âmbito da consolidação
de entidades abrangidas pelo n.º 2, podem optar por elaborar as respectivas contas individuais
em conformidade com as normas internacionais de contabilidade adoptadas nos termos do
artigo 3.º do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de
Julho, ficando as suas demonstrações financeiras sujeitas a certificação legal das contas.
5- As opções referidas nos n.ºs 2 a 4 devem ser globais, mantendo-se por um período mínimo de
três exercícios.
6- O período referido no número anterior não se aplica às entidades que, tendo optado pela
aplicação de normas internacionais de contabilidade, passem a estar incluídas no âmbito da
consolidação de entidades que não as adoptem.
7- A aplicação das normas internacionais de contabilidade a que se refere o presente artigo não
prejudica que, para além das informações e divulgações inerentes a estas normas, as entidades
abrangidas sejam obrigadas a divulgar outras informações previstas na legislação nacional.
Anotações Tipo
Artigo 3.º SNC
Artigo 5.º SNC
Artigo 9.º SNC
Anexo - Sistema de Normalização Contabilística SNC
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Artigo 5.º
Competência das entidades de supervisão do sector financeiro
1- Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 4.º, é da competência:
Anotações Tipo
Artigo 3.º SNC
Artigo 9.º SNC
Anexo - Sistema de Normalização Contabilística SNC
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Artigo 6.º
Obrigatoriedade de elaborar contas consolidadas
1- Qualquer empresa mãe sujeita ao direito nacional é obrigada a elaborar demonstrações
financeiras consolidadas do grupo constituído por ela própria e por todas as subsidiárias, sobre
as quais:
i) Tenha a maioria dos direitos de voto, excepto se for demonstrado que esses direitos não
conferem o controlo;
ii) Tenha o direito de designar ou de destituir a maioria dos titulares do órgão de gestão de
uma entidade com poderes para gerir as políticas financeiras e operacionais dessa
entidade;
iii) Exerça uma influência dominante sobre uma entidade, por força de um contrato
celebrado com esta ou de uma outra cláusula do contrato social desta;
iv) Detenha pelo menos 20% dos direitos de voto e a maioria dos titulares do órgão de
gestão de uma entidade com poderes para gerir as políticas financeiras e operacionais
dessa entidade, que tenham estado em funções durante o exercício a que se reportam
as demonstrações financeiras consolidadas, bem como, no exercício precedente e até
ao momento em que estas sejam elaboradas, tenham sido exclusivamente designados
como consequência do exercício dos seus direitos de voto;
v) Disponha, por si só ou por força de um acordo com outros titulares do capital desta
entidade, da maioria dos direitos de voto dos titulares do capital da mesma.
2- Para efeitos do disposto nas subalíneas i), ii), iv) e v) da alínea b) do número anterior, aos
direitos de voto, de designação e de destituição da empresa mãe devem ser adicionados os
direitos de qualquer outra subsidiária e os das subsidiárias desta, bem como os de qualquer
pessoa agindo em seu próprio nome, mas por conta da empresa mãe ou de qualquer outra
subsidiária.
3- Para os mesmos efeitos, aos direitos indicados no número anterior devem ser deduzidos os
direitos relativos:
a) Às partes de capital detidas por conta de uma entidade que não seja a empresa mãe ou
uma subsidiária; ou
b) Às partes de capital detidas como garantia, desde que os direitos em causa sejam exercidos
em conformidade com as instruções recebidas ou que a posse destas partes seja para a
entidade detentora uma operação decorrente das suas actividades normais, em matéria de
empréstimos, com a condição de que os direitos de voto sejam exercidos no interesse do
prestador da garantia.
4- Ainda para os efeitos do disposto nas subalíneas i), iv) e v) da alínea b) do n.º 1, à totalidade
dos direitos de voto dos titulares do capital da entidade subsidiária devem deduzir-se os direitos
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de voto relativos às partes de capital detidas por essa entidade, por uma subsidiária desta ou
por uma pessoa que actue no seu próprio nome, mas por conta destas entidades.
Anotações Tipo
Artigo 3.º SNC
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Artigo 7.º
Dispensa da elaboração de contas consolidadas
1- Uma empresa mãe fica dispensada de elaborar as demonstrações financeiras consolidadas
quando, na data do seu balanço, o conjunto das entidades a consolidar, com base nas suas
últimas contas anuais aprovadas, não ultrapasse dois dos três limites a seguir indicados:
2- A dispensa da obrigação de elaborar contas consolidadas só ocorre quando dois dos limites
definidos no número anterior se verifiquem durante dois exercícios consecutivos.
3- Não obstante o disposto nos números anteriores, é ainda dispensada da obrigação de elaborar
contas consolidadas qualquer empresa mãe que seja também uma subsidiária, quando a sua
própria empresa mãe esteja subordinada à legislação de um Estado membro da União Europeia
e:
a) Seja titular de todas as partes de capital da entidade dispensada, não sendo tidas em
consideração as partes de capital desta entidade detidas por membro dos seus órgãos de
administração, de direcção, de gerência ou de fiscalização, por força de uma obrigação
legal ou de cláusulas do contrato de sociedade; ou
a) A entidade dispensada, bem como todas as suas subsidiárias, serem consolidadas nas
demonstrações financeiras de um conjunto mais vasto de entidades cuja empresa mãe
esteja sujeita à legislação de um Estado membro da União Europeia;
5- As dispensas referidas nos n.ºs 1 e 3 não se aplicam caso uma das entidades a consolidar seja
uma sociedade cujos valores mobiliários tenham sido admitidos ou estejam em processo de vir
a ser admitidos à negociação num mercado regulamentado de qualquer Estado membro da
União Europeia.
Anotações Tipo
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Anotações Tipo
Artigo 3.º SNC
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Artigo 8.º
Exclusões da consolidação
1- Uma entidade pode ser excluída da consolidação quando não seja materialmente relevante
para a realização do objectivo de as demonstrações financeiras darem uma imagem verdadeira
e apropriada da posição financeira do conjunto das entidades compreendidas na consolidação.
2- Quando duas ou mais entidades estejam nas circunstâncias referidas no número anterior, mas
sejam, no seu conjunto, materialmente relevantes para o mesmo objectivo devem ser incluídas
na consolidação.
b) As partes de capital desta entidade tenham sido adquiridas exclusivamente tendo em vista a
sua cessão posterior, e enquanto se mantenham classificadas como detidas para venda.
4- Uma subsidiária não é excluída da consolidação pelo simples facto de as suas actividades
empresariais serem dissemelhantes das actividades das outras entidades do grupo.
Anotações Tipo
Artigo 3.º SNC
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Artigo 9.º
Pequenas entidades
1- A «Norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades» (NCRF-PE),
compreendida no SNC, apenas pode ser adoptada, em alternativa ao restante normativo, pelas
entidades, de entre as referidas no artigo 3.º e excluindo as situações dos artigos 4.º e 5.º, que
não ultrapassem dois dos três limites seguintes, salvo quando por razões legais ou estatutárias
tenham as suas demonstrações financeiras sujeitas a certificação legal de contas:
d) Sempre que os limites sejam ultrapassados num determinado exercício, a opção deixa de
poder ser exercida a partir do segundo exercício seguinte, inclusive;
e) Sempre que os limites deixem de ser ultrapassados num determinado exercício, a entidade
pode exercer a opção a partir do segundo exercício seguinte, inclusive.
3- Nos casos em que uma pequena entidade integre o perímetro de consolidação de uma entidade
que apresente demonstrações financeiras consolidadas, aquela não pode aplicar o regime
previsto na NCRF-PE.
Anotações Tipo
Artigo 11.º SNC
Anexo - Sistema de Normalização Contabilística SNC
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Artigo 10.º
Dispensa de aplicação
Ficam dispensadas do previsto no artigo 3.º as pessoas que, exercendo a título individual qualquer
actividade comercial, industrial ou agrícola, não realizem na média dos últimos três anos um volume
de negócios superior a € 150.000.
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Artigo 11.º
Demonstrações financeiras
1- As entidades sujeitas ao SNC são obrigadas a apresentar as seguintes demonstrações
financeiras:
a) Balanço;
e) Anexo.
2- As entidades a que se refere o artigo 9.º são dispensadas de apresentar a demonstração das
alterações no capital próprio e a demonstração dos fluxos de caixa, podendo apresentar
modelos reduzidos relativamente às restantes demonstrações financeiras.
3- Adicionalmente, pode ser apresentada uma demonstração dos resultados por funções.
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Artigo 12.º
Inventário permanente
1- As entidades a que seja aplicável o SNC ou as normas internacionais de contabilidade
adoptadas pela UE ficam obrigadas a adoptar o sistema de inventário permanente na
contabilização dos inventários, nos seguintes termos:
a) Proceder às contagens físicas dos inventários com referência ao final do exercício, ou, ao
longo do exercício, de forma rotativa, de modo a que cada bem seja contado, pelo menos,
uma vez em cada exercício;
b) Identificar os bens quanto à sua natureza, quantidade e custos unitários e globais, por forma
a permitir a verificação, a todo o momento, da correspondência entre as contagens físicas e
os respectivos registos contabilísticos.
2- A obrigação prevista no número anterior não se aplica às entidades nele referidas que não
ultrapassem, durante dois exercícios consecutivos, dois dos três limites indicados no n.º 2 do
artigo 262.º do Código das Sociedades Comerciais, deixando essa dispensa de produzir efeitos
no exercício seguinte ao termo daquele período.
3- Cessa a obrigação a que se refere o n.º 1, sempre que as entidades nele referidas deixem de
ultrapassar, durante dois exercícios consecutivos, dois dos três limites referidos no n.º 2 do
artigo 262.º do Código das Sociedades Comerciais, produzindo esta cessação efeitos a partir
do exercício seguinte ao termo daquele período.
5- Ficam ainda dispensadas do estabelecido no n.º 1 as entidades nele referidas cuja actividade
predominante consista na prestação de serviços, considerando-se como tais, para efeitos deste
artigo, as que apresentem, no período de um exercício, um custo das mercadorias vendidas e
das matérias consumidas que não exceda € 300.000 nem 20% dos respectivos custos
operacionais.
7- Não obstante o disposto no número anterior, podem voltar a beneficiar das dispensas previstas
na alínea d) do n.º 4 e no n.º 5 as actividades e as entidades neles referidas em relação às
quais deixem de se verificar, durante dois exercícios consecutivos, os requisitos estabelecidos
para a concessão da dispensa, produzindo efeitos a partir do exercício seguinte ao termo
daquele período.
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Artigo 13.º
Referências ao Plano Oficial de Contabilidade
Todas as referências ao Plano Oficial de Contabilidade previstas em anteriores diplomas devem
passar a ser entendidas como referências ao SNC.
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Artigo 14.º
Ilícitos de mera ordenação social
1- A entidade sujeita ao SNC que não aplique qualquer das disposições constantes nas normas
contabilísticas e de relato financeiro cuja aplicação lhe seja exigível e que distorça com tal
prática as demonstrações financeiras individuais ou consolidadas que seja, por lei, obrigada a
apresentar, é punida com coima de € 500 a € 15.000.
2- A entidade sujeita ao SNC que efectue a supressão de lacunas de modo diverso do aí previsto
e que distorça com tal prática as demonstrações financeiras individuais ou consolidadas que
seja, por lei, obrigada a apresentar, é punida com coima de € 500 a € 15.000.
3- A entidade sujeita ao SNC que não apresente qualquer das demonstrações financeiras que
seja, por lei, obrigada a apresentar, é punida com coima de € 500 a € 15.000.
4- Caso as infracções referidas nos números anteriores sejam praticadas a título de negligência,
as coimas são reduzidas a metade.
5- Na graduação da coima são tidos em conta os valores dos capitais próprios e do total de
rendimentos das entidades, os valores associados à infracção e a condição económica dos
infractores.
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Artigo 15.º
Norma revogatória
1- São revogados:
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Artigo 16.º
Produção de efeitos
O presente decreto-lei entra em vigor no primeiro exercício que se inicie em ou após 1 de Janeiro de
2010.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 23 de Abril de 2009. - José Sócrates Carvalho Pinto
de Sousa - Fernando Teixeira dos Santos - Alberto Bernardes Costa.
Publique-se.
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ANEXO
Sistema de Normalização Contabilística
Actualizado em 2009-09-25
1 - Apresentação:
1.1 - O novo modelo de normalização contabilística, que agora é criado, sucede ao Plano Oficial de
Contabilidade (POC) e é designado por Sistema de Normalização Contabilística (SNC). Este
Sistema, à semelhança do POC, não é de aplicação geral, conforme decorre dos artigos 4.º e 5.º do
presente decreto-lei.
1.3 - O SNC, que assimila a transposição das directivas contabilísticas da UE, é composto pelos
seguintes instrumentos:
1.4 - Sempre que o SNC não responda a aspectos particulares de transacções ou situações, que se
coloquem a dada entidade em matéria de contabilização ou de relato financeiro, ou a lacuna em
causa seja de tal modo relevante que o seu não preenchimento impeça o objectivo de ser prestada
informação que, a presente, de forma verdadeira e apropriada, a posição financeira numa certa data
e o desempenho para o período abrangido, fica desde já estabelecido, tendo em vista tão somente a
superação dessa lacuna, o recurso, supletivamente e pela ordem indicada:
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2.1.1 - As BADF de finalidades gerais estabelecem os requisitos globais que permitem assegurar a
comparabilidade quer com as demonstrações financeiras de períodos anteriores da mesma entidade,
quer com as demonstrações financeiras de outras entidades. O reconhecimento, a mensuração, a
divulgação e os aspectos particulares de apresentação de transacções específicas e outros
acontecimentos são tratados nas NCRF.
a) Activos;
b) Passivos;
c) Capital próprio;
g) Fluxos de caixa.
Esta informação, juntamente com outra incluída nas notas do anexo, ajuda os utentes das
demonstrações financeiras a prever os futuros fluxos de caixa da entidade e, em particular, a sua
tempestividade e certeza.
a) Um balanço;
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2.1.7 - As políticas contabilísticas inapropriadas não deixam de o ser pelo facto de serem divulgadas
ou assumidas em notas ou outros materiais explicativos.
2.1.8 - A informação acerca dos fluxos de caixa de uma entidade, quando usada juntamente com as
restantes demonstrações financeiras, é útil se proporcionar aos utentes das mesmas uma base para
determinar a capacidade da entidade para gerar dinheiro e equivalentes e para determinar as
necessidades da entidade de utilizar esses fluxos de caixa. As decisões económicas que sejam
tomadas pelos utentes exigem uma avaliação da capacidade de uma entidade de gerar dinheiro e
seus equivalentes e a tempestividade e certeza da sua geração.
2.2 - Continuidade:
2.2.1 - Aquando da preparação de demonstrações financeiras, o órgão de gestão deve fazer uma
avaliação da capacidade da entidade de prosseguir encarando-a como uma entidade em
continuidade. As demonstrações financeiras devem ser preparadas no pressuposto da entidade em
continuidade, a menos que o órgão de gestão pretenda liquidar a entidade ou cessar de negociar, ou
que não tenha alternativa realista a não ser adoptar uma dessas alternativas O órgão de gestão deve
divulgar as incertezas materiais relacionadas com acontecimentos ou condições que possam lançar
dúvidas significativas acerca da capacidade da entidade de prosseguir como uma entidade em
continuidade. Quando as demonstrações financeiras não sejam preparadas no pressuposto da
continuidade, esse facto deve ser divulgado, juntamente com os fundamentos pelos quais as
demonstrações financeiras foram preparadas e a razão pela qual a entidade não é considerada
como estando em continuidade.
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2.3.1 - Uma entidade deve preparar as suas demonstrações financeiras, excepto para informação de
fluxos de caixa, utilizando o regime contabilístico de acréscimo (periodização económica).
[Rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 67-B/2009, de 11 de Setembro]
2.3.2 - Ao ser usado o regime contabilístico de acréscimo (periodização económica), os itens são
reconhecidos como activos, passivos, capital próprio, rendimentos e gastos (os elementos das
demonstrações financeiras) quando satisfaçam as definições e os critérios de reconhecimento para
esses elementos contidos na estrutura conceptual. [Rectificado pela Declaração de Rectificação n.º
67-B/2009, de 11 de Setembro]
2.4.1 - A apresentação e a classificação de itens nas demonstrações financeiras devem ser mantidas
de um período para outro, a menos que:
a) Seja perceptível, após uma alteração significativa na natureza das operações da entidade
ou uma revisão das respectivas demonstrações financeiras, que outra apresentação ou
classificação é mais apropriada, tendo em consideração os critérios para a selecção e
aplicação de políticas contabilísticas contidas na NCRF aplicável; ou
2.4.2 - Uma entidade altera a apresentação das suas demonstrações financeiras apenas se a
apresentação alterada proporcionar informação fiável e mais relevante para os utentes das
demonstrações financeiras e se for provável que a estrutura revista continue, de modo a que a
comparabilidade não seja prejudicada. Ao efectuar tais alterações na apresentação, uma entidade
reclassifica a sua informação comparativa de acordo com o referido no ponto 2.7 - Informação
comparativa.
2.5.1 - Cada classe material de itens semelhantes deve ser apresentada separadamente nas
demonstrações financeiras. Os itens de natureza ou função dissemelhante devem ser apresentados
separadamente, a menos que sejam imateriais. Considera-se que as omissões ou declarações
incorrectas de itens são materiais quando podem, individual ou colectivamente, influenciar as
decisões económicas dos utentes tomadas com base nas demonstrações financeiras. A
materialidade depende da dimensão e da natureza da omissão ou do erro, ajuizados nas
circunstâncias que os rodeiam. A dimensão ou a natureza do item, ou uma combinação de ambas,
pode ser o factor determinante.
2.6 - Compensação:
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2.6.1 - Os activos e passivos, e os rendimentos e gastos, não devem ser compensados, excepto
quando tal for exigido ou permitido por uma NCRF.
2.6.3 - O rédito deve ser mensurado tomando em consideração a quantia de quaisquer descontos
comerciais e abatimentos de volume concedidos pela entidade. Uma entidade empreende, no
decurso das suas actividades ordinárias, outras transacções que não geram rédito, mas que são
inerentes às principais actividades que o geram. Os resultados de tais transacções são
apresentados, quando esta apresentação reflicta a substância da transacção ou outro
acontecimento, compensando qualquer rendimento com os gastos relacionados resultantes da
mesma transacção. Por exemplo:
2.7.1 - A menos que uma NCRF o permita ou exija de outra forma, deve ser divulgada informação
comparativa com respeito ao período anterior para todas as quantias relatadas nas demonstrações
financeiras. A informação comparativa deve ser incluída para a informação narrativa e descritiva
quando seja relevante para a compreensão das demonstrações financeiras do período corrente.
2.7.4 - Quando as quantias comparativas sejam reclassificadas, uma entidade deve divulgar:
a) A natureza da reclassificação;
28
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
2.7.5 - Quando for impraticável reclassificar quantias comparativas, uma entidade deve divulgar:
b) A natureza dos ajustamentos que teriam sido feitos se as quantias tivessem sido
reclassificadas.
3.1 - São publicados, através de portaria do membro do Governo responsável pela área das
finanças, com a faculdade de delegar, os modelos para as seguintes demonstrações financeiras:
a) Balanço;
3.3 - São igualmente publicados através de portaria do membro do Governo responsável pela área
das finanças, com a faculdade de delegar, os modelos reduzidos de demonstrações financeiras a
utilizar pelas entidades que, nos termos do artigo 9.º do presente decreto-lei, possam adoptar a
«Norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades», a que se refere o capítulo 6.
4 - Código de contas:
4.1 - É publicado através de portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças,
com a faculdade de delegar, o Código de Contas (CC), que se pretende seja um documento não
exaustivo, contendo no essencial:
c) Notas de enquadramento.
4.2 - O CC deve, também, ser adoptado pelas entidades que, nos termos do artigo 9.º do presente
29
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
decreto-lei, possam aplicar a «Norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades»,
a que se refere o capítulo 6, e pode, ainda, ser utilizado pelas entidades que se encontrem
obrigadas, ou que tenham a opção de aplicar as normas internacionais de contabilidade adoptadas
pela UE, nos termos do Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
19 de Julho.
5.1 - As NCRF constituem uma adaptação das normas internacionais de contabilidade, adoptadas
pela UE, tendo em conta o tecido empresarial português e o facto de algumas entidades se
encontrarem obrigadas ou terem a opção de aplicar as citadas normas internacionais, nos termos do
Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho. Assim, o
conjunto das NCRF pode não contemplar algumas normas internacionais e as NCRF podem
dispensar a aplicação de determinados procedimentos e divulgações exigidos nas correspondentes
normas internacionais, embora garantindo, no essencial, os critérios de reconhecimento e de
mensuração contidos nestas normas.
5.2 - As NCRF são propostas pela CNC e publicadas através de avisos no Diário da República,
depois de homologadas pelo membro do Governo responsável pela área das finanças, com a
faculdade de delegar, sendo de aplicação obrigatória a partir da data de entrada em vigor indicada
em cada uma delas.
6.1 - Para as entidades que cumpram os requisitos do artigo 9.º do presente decreto-lei é proposta
pela CNC e publicada através de aviso no Diário da República, depois de homologada pelo membro
do Governo responsável pela área das finanças, com a faculdade de delegar, a norma contabilística
e de relato financeiro para pequenas entidades (NCRF-PE). Esta norma é de aplicação obrigatória
para as entidades que, de entre aquelas, não optem pela aplicação do conjunto das NCRF.
6.3 - Sempre que a NCRF-PE não responda a aspectos particulares de transacções ou situações,
que se coloquem a dada entidade em matéria de contabilização ou de relato financeiro, ou a lacuna
em causa seja de tal modo relevante que o seu não preenchimento impeça o objectivo de ser
prestada informação que, de forma verdadeira e apropriada, traduza a posição financeira numa certa
data e o desempenho para o período abrangido, fica desde já estabelecido, tendo em vista tão
somente a superação dessa lacuna, o recurso, supletivamente e pela ordem indicada:
Às NCRF e NI;
7.1 - Sempre que as circunstâncias o justifiquem e para esclarecimento e, ou para orientação sobre
o conteúdo dos restantes instrumentos que integram o SNC serão produzidas normas interpretativas
(NI).
7.2 - As NI são propostas pela CNC e publicadas através de aviso no Diário da República, depois de
homologadas pelo membro do Governo responsável pela área das finanças, com a faculdade de
30
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
delegar, sendo de aplicação obrigatória a partir da data de entrada em vigor indicada em cada uma
delas.
31
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
Código de Contas
Actualizado em 2009-09-15
Assim:
Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das Finanças, ao abrigo do disposto nos n.ºs 3.1 e 4.1
do anexo do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, o seguinte:
Artigo 1.º
É aprovado o Código de Contas, anexo à presente portaria, constituído pelas seguintes
componentes:
2) Código de contas; e
3) Notas de enquadramento.
Artigo 2.º
A presente portaria entra em vigor na data de início da vigência do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13
de Julho.
Pelo Ministro de Estado e das Finanças, Carlos Manuel Baptista Lobo, Secretário de Estado dos
Assuntos Fiscais, em 14 de Agosto de 2009.
32
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7 RENDIMENTOS 8 RESULTADOS
71 Vendas 81 Resultado líquido do período
72 Prestações de serviços ……
73 Variações nos inventários da produção 89 Dividendos antecipados
74 Trabalhos para a própria entidade
75 Subsídios à exploração
76 Reversões
77 Ganhos por aumentos de justo valor
78 Outros rendimentos e ganhos
33
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
2 - Código de Contas
1 MEIOS FINANCEIROS LÍQUIDOS *
11 Caixa
12 Depósitos à ordem
141 Derivados
143 Outros activos e passivos financeiros (justo valor através dos resultados)
21 Clientes *
……
34
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
... …
22 Fornecedores *
... …
... …
... …
23 Pessoal
35
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
2312 Ao pessoal
232 Adiantamentos
2322 Ao pessoal
……
237 Cauções
2372 Do pessoal
36
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
... …
25 Financiamentos obtidos
... ...
... ...
... ...
……
26 Accionistas/sócios
… ...
37
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
... …
28 Diferimentos *
29 Provisões *
291 Impostos
297 Reestruturação
31 Compras
311 Mercadorias
38
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
……
32 Mercadorias
... ...
... ...
331 Matérias-primas
333 Embalagens
... ...
... ...
... ...
351 Subprodutos
... ...
39
OTOC - Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas
Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
37 Activos biológicos
371 Consumíveis
3711 Animais
3712 Plantas
372 De produção
3721 Animais
3722 Plantas
……
382 Mercadorias
4 INVESTIMENTOS *
41 Investimentos financeiros *
... ...
... ...
40
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
... ...
... ...
……
4158 Outros
... ...
42 Propriedades de investimento
……
……
41
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
44 Activos intangíveis
441 Goodwill
... ...
……
45 Investimentos em curso
……
……
51 Capital *
... …
42
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54 Prémios de emissão
55 Reservas
……
56 Resultados transitados
……
579 Outros
……
593 Subsidios*
594 Doações
……
599 Outras
6 GASTOS *
43
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611 Mercadorias
621 Subcontratos
6224 Honorários
6225 Comissões
……
6228 Outros
623 Materiais
6238 Outros
6241 Electricidade
6242 Combustíveis
6243 Água
6248 Outros
44
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6258 Outros
6262 Comunicação
6263 Seguros
6264 Royalties
634 Indemnizações
45
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
6511 Clientes
652 Em inventários
67 Provisões do período *
671 Impostos
677 Reestruturação
681 Impostos
6813 Taxas
46
OTOC - Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas
Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
6841 Sinistros
6842 Quebras
……
6853 Alienações
……
6862 Alienações
……
6871 Alienações
6872 Sinistros
6873 Abates
……
688 Outros *
6882 Donativos
6883 Quotizações
47
OTOC - Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas
Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
……
……
……
6928 Outras
……
……
6988 Outros
7 RENDIMENTOS *
71 Vendas *
711 Mercadorias
... ...
72 Prestações de serviços *
721 Serviço A
722 Serviço B
... …
48
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
... …
……
75 Subsídios à exploração *
76 Reversões
76211 Clientes
7622 Em inventários
49
OTOC - Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas
Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
763 De provisões
7631 Impostos
7637 Reestruturação
……
7814 Royalties
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
7841 Sinistros
7842 Sobras
7852 Alienações
……
7862 Alienações
……
7871 Alienações
7872 Sinistros
……
788 Outros *
……
51
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Sistema de Informação do Técnico Oficial de Contas
7911 De depósitos
……
7923 De subsidiárias
……
7928 Outras
………
……
8 RESULTADOS
……
……
89 Dividendos antecipados
3 - Notas de enquadramento
Considerações gerais
As presentes notas de enquadramento têm o objectivo de ajudar na interpretação e ligação do
código de contas com as respectivas NCRF, funcionando como mero auxiliar aos preparadores da
informação financeira. Não se trata de uma ligação exaustiva entre o código de contas e as NCRF,
52
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14 - Instrumentos financeiros
Esta conta visa reconhecer todos os instrumentos financeiros que não sejam caixa (conta 11) ou
depósitos bancários que não incluam derivados (contas 12 e 13) que sejam mensurados ao justo
valor, cujas alterações sejam reconhecidas na demonstração de resultados. Consequentemente,
excluem-se desta conta os restantes instrumentos financeiros que devam ser mensurados ao custo,
custo amortizado ou método da equivalência patrimonial (classe 2 ou conta 41).
21 - Clientes
Regista os movimentos com os compradores de mercadorias, de produtos e de serviços.
Pela emissão da factura, estas verbas serão transferidas para as respectivas subcontas da rubrica
211 — Clientes c/c.
22 - Fornecedores
Regista os movimentos com os vendedores de bens e de serviços, com excepção dos destinados
aos investimentos da entidade.
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Respeita às compras cujas facturas, recebidas ou não, estão por lançar nas subcontas da conta 221
por não terem chegado à entidade até essa data ou não terem sido ainda conferidas. Será debitada
por crédito da conta 221, aquando da contabilização definitiva da factura.
1.ª fase - pelo processamento dos ordenados, salários e outras remunerações, dentro do mês a que
respeitem: débito, das respectivas subcontas de 63 - Gastos com o pessoal, por crédito de 231,
pelos quantias líquidas apuradas no processamento e normalmente das contas 24 - Estado e outros
entes públicos (nas respectivas subcontas), 232 - Adiantamentos e 278 - Outros devedores e
credores, relativamente aos sindicatos, consoante as entidades credoras dos descontos efectuados
(parte do pessoal);
2.ª fase - pelo processamento dos encargos sobre remunerações (parte patronal), dentro do mês a
que respeitem: débito da respectiva rubrica em 635 - Gastos com o pessoal - Encargos sobre
remunerações, por crédito das subcontas de 24 - Estado e outros entes públicos a que respeitem as
contribuições patronais;
3.ª fase - Pelos pagamentos ao pessoal e às outras entidades: debitam-se as contas 231, 24 e 278,
por contrapartida das contas da classe 1.
No fim do período será calculada, com base na matéria colectável estimada, a quantia do respectivo
imposto, a qual se registará a crédito desta conta por débito de 8121 - Imposto estimado para o
período.
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Regista os empréstimos por obrigações, sem prejuízo do referido na nota à conta 53.
Será debitada por crédito da conta 2711, aquando da contabilização definitiva da factura.
28 - Diferimentos
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Compreende os gastos e os rendimentos que devam ser reconhecidos nos períodos seguintes.
29 - Provisões
Esta conta serve para registar as responsabilidades cuja natureza esteja claramente definida e que à
data do balanço sejam de ocorrência provável ou certa, mas incertas quanto ao seu valor ou data de
ocorrência (vide NCRF 21 - Provisões, passivos contingentes e activos contingentes e NCRF 26 -
Matérias ambientais).
As suas subcontas devem ser utilizadas directamente pelos dispêndios para que foram
reconhecidas, sem prejuízo das reversões a que haja lugar.
Integra, também, os activos biológicos (animais e plantas vivos), no âmbito da actividade agrícola,
quer consumíveis no decurso do ciclo normal da actividade, quer de produção ou regeneração. Os
produtos agrícolas colhidos são incluídos nas apropriadas contas de inventários.
As quantias escrituradas nas contas desta classe terão em atenção o que em matéria de
mensuração se estabelece na NCRF 18 - Inventários, pelo que serão corrigidas de quaisquer
ajustamentos a que haja lugar, e na NCRF 17 - Agricultura.
Classe 4 - Investimentos
Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanência e que não se destinem a ser
vendidos ou transformados no decurso normal das operações da entidade, quer sejam de sua
propriedade, quer estejam em regime de locação financeira. Compreende os investimentos
financeiros, as propriedades de investimento, os activos fixos tangíveis, os activos intangíveis, os
investimentos em curso e os activos não correntes detidos para venda.
No caso de ser utilizado o modelo de revalorização nos activos fixos tangíveis e activos intangíveis,
poderão ser utilizadas subcontas que evidenciem o custo de aquisição/produção e as revalorizações
(positivas ou negativas).
Se a revalorização originar uma diminuição do valor do activo essa diminuição deve ser reconhecida
em conta apropriada de gastos (subcontas da conta 65) na parte em que seja superior ao excedente
de revalorização que porventura exista. Se originar um aumento do valor do activo esse aumento é
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41 - Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros que representem participações de capital são mensurados de acordo
com os métodos indicados no quadro seguinte, conforme NCRF 13 - Interesses em
empreendimentos conjuntos e investimentos em associadas, NCRF 15 - Investimentos em
subsidiárias e consolidação e NCRF 27 - Instrumentos financeiros:
O uso do método da equivalência patrimonial nas contas individuais de uma empresa-mãe que
elabore contas consolidadas deve ser complementado com a eliminação, por inteiro, dos saldos e
transacções intragrupo, incluindo rendimentos e ganhos, gastos e perdas e dividendos. Os
resultados provenientes de transacções intragrupo que sejam reconhecidos nos activos, tais como
inventários e activos fixos, são eliminados por inteiro. As perdas intragrupo podem indicar uma
imparidade que exija reconhecimento nas demonstrações financeiras consolidadas.
A participação numa entidade conjuntamente controlada poderá ser mensurada ou pelo método da
consolidação proporcional ou pelo método da equivalência patrimonial se o empreendedor não tiver
de elaborar contas consolidadas. Se o empreendedor elaborar contas consolidadas, então terá de,
nas suas contas individuais, mensurar a participação na entidade conjuntamente controlada pelo
método da equivalência patrimonial.
De acordo com o método da equivalência patrimonial, o custo de aquisição de uma participação será
acrescido ou reduzido:
57
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Para as entidades que optem por aplicar, de acordo com o § 2 da NCRF 27, a IAS 39, os activos
financeiros que sejam designados como disponíveis para venda, e cujas alterações de valor são
imputadas a capital próprio, podem ser distribuídos pelas diversas contas da classe 4 criando as
subcontas apropriadas.
419, 429, 439, 449, 459 e 469 - Perdas por imparidade acumuladas
Estas contas registam as diferenças acumuladas entre as quantias registadas e as que resultem da
aplicação dos critérios de mensuração dos correspondentes activos incluídos na classe 4, podendo
ser subdivididas a fim de facilitar o controlo e possibilitar a apresentação em balanço das quantias
líquidas. As perdas por imparidade anuais serão registadas nas subcontas da conta 65, e as suas
reversões (quando deixarem de existir as situações que originaram as perdas) são registadas nas
subcontas da conta 762. Quando se verificar o desreconhecimento dos activos a que respeitem as
imparidades, as contas em epígrafe serão debitadas por contrapartida das correspondentes contas
da classe 4. Estas contas poderão ser subdivididas em função das contas respectivas.
51 - Capital
Esta conta evidencia o capital subscrito, devendo ser deduzido, para efeitos de elaboração do
Balanço, o eventual saldo da conta 261 - Accionistas c/subscrição ou 262 - Quotas não liberadas.
Quando se proceder à venda das acções ou quotas próprias, para além de se efectuar o respectivo
crédito na conta 521, movimentar-se-á a conta 522 pela diferença entre o preço de venda e o valor
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nominal.
Simultaneamente, a conta 522 deverá ser regularizada por contrapartida da conta 599 - Outras
variações no capital próprio - Outras, de forma a manter os descontos e prémios correspondentes às
acções (quotas) próprias em carteira.
59
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593 - Subsídios
Inclui os subsídios associados com activos, que deverão ser transferidos, numa base sistemática,
para a conta 7883 - Imputação de subsídios para investimentos, à medida em que forem
contabilizadas as depreciações/amortizações do investimento a que respeitem.
Classe 6 - Gastos
Esta classe inclui os gastos e as perdas respeitantes ao período.
67 - Provisões do período
Esta conta regista os gastos no período decorrentes das responsabilidades cuja natureza esteja
claramente definida e que à data do balanço sejam de ocorrência provável ou certa, mas incertas
quanto ao seu valor ou data de ocorrência.
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Classe 7 - Rendimentos
Inclui os rendimentos e os ganhos respeitantes ao período.
71 - Vendas
As vendas, representadas pela facturação, devem ser deduzidas do IVA e de outros impostos e
incidências nos casos em que nela estejam incluídos.
72 - Prestações de serviços
Esta conta respeita aos trabalhos e serviços prestados que sejam próprios dos objectivos ou
finalidades principais da entidade. Poderá integrar os materiais aplicados, no caso de estes não
serem facturados separadamente. A contabilização a efectuar deve basear-se em facturação emitida
ou em documentação externa (caso das comissões obtidas), não deixando de registar os réditos
relativamente aos quais não se tenham ainda recebido os correspondentes comprovantes externos.
75 - Subsídios à exploração
Esta conta inclui os subsídios relacionados com o rendimento, conforme estabelecido na NCRF 22 -
Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do Governo.
Classe 8 - Resultados
Esta classe destina-se a apurar o resultado líquido do período, podendo ser utilizada para auxiliar à
determinação do resultado extensivo, tal como consta na Demonstração das Alterações no Capital
Próprio.
61
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Actualizado em 2009-09-15
Assim:
Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das Finanças, ao abrigo do disposto nos n.ºs 3.1 e 4.1
do anexo ao Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, o seguinte:
Artigo 1.º
São aprovados os modelos em anexo à presente portaria, para as seguintes demonstrações
financeiras:
Artigo 2.º
Para as entidades que, nos termos do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho,
apliquem a «Norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades» (NCRFPE), são
aprovados os seguintes modelos reduzidos de demonstrações financeiras, anexos à presente
portaria:
Artigo 3.º
A Comissão de Normalização Contabilística divulga, no respectivo sítio electrónico, notas
63
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Artigo 4.º
A presente portaria entra em vigor na data de início da vigência do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13
de Julho.
Pelo Ministro de Estado e das Finanças, Carlos Manuel Baptista Lobo, Secretário de Estado dos
Assuntos Fiscais, em 14 de Agosto de 2009.
64
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ANEXO N.º 1
Entidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
BALANÇO (INDIVIDUAL ou CONSOLIDADO) EM XX DE UNIDADE MONETÁRIA (1)
YYYYYYY DE 200N
DATAS
RUBRICAS NOTAS
31 XXX N 31 XXX N-l
ACTIVO
Activo não corrente
Activos fixos tangíveis
Propriedades de investimento
Goodwill
Activos intangíveis
Activos biológicos
Participações financeiras - método da equivalência
patrimonial
Participações financeiras - outros métodos
Accionistas/sócios
Outros activos financeiros
Activos por impostos diferidos
Activo corrente
Inventários
Activos biológicos
Clientes
Adiantamentos a fornecedores
Estado e outros entes públicos
Accionistas/sócios
Outras contas a receber
Diferimentos
Activos financeiros detidos para negociação
Outros activos financeiros
Activos não correntes detidos para venda
Caixa e depósitos bancários
Total do activo
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital próprio
Capital realizado
Acções (quotas) próprias
Outros instrumentos de capital próprio
Prémios de emissão
65
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Prémios de emissão
Reservas legais
Outras reservas
Resultados transitados
Ajustamentos em activos financeiros
Excedentes de revalorização
Outras variações no capital próprio
Resultado liquido do período
Interesses minoritários
Passivo
Passivo corrente
Fornecedores
Adiantamentos de clientes
Estado e outros entes públicos
Accionistas/sócios
Financiamentos obtidos
Outras contas a pagar
Diferimentos
Passivos financeiros detidos para negociação
Outros passivos financeiros
Passivos não correntes detidos para venda
Total do passivo
Total do capital próprio e do passivo
66
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ANEXO N.º 2
Entidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DOS RESULTADOS POR NATUREZAS
PERÍODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N UNIDADE MONETÁRIA (1)
PERÍODOS
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS
N N-l
Vendas e serviços prestados + +
Subsídios à exploração + +
Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, +/- +/-
associadas e empreendimentos conjuntos
Variação nos inventários da produção +/- +/-
Trabalhos para a própria entidade + +
Custo das mercadorias vendidas e das matérias - -
consumidas
Fornecimentos e serviços externos - -
Gastos com o pessoal - -
Imparidade de inventários (perdas/reversões) -/+ -/+
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) -/+ -/+
Provisões (aumentos/reduções) -/+ -/+
Imparidade de investimentos não -/+ -/+
depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões)
Aumentos/reduções de justo valor +/- +/-
Outros rendimentos e ganhos + +
- -
Outros gastos e perdas
67
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68
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ANEXO N.º 3
Entidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES
PERÍODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N UNIDADE MONETÁRIA (1)
PERÍODOS
RUBRICAS NOTAS
N N-1
Resultado bruto = =
Outros rendimentos + +
Gastos de distribuição - -
Gastos administrativos - -
Gastos de investigação e desenvolvimento - -
Outros gastos - -
Resultado operacional (antes de gastos de
financiamento e impostos) = =
69
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ANEXO N.º 4
Entidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NO PERÍODO N-l
P 1
A
P
A
D
R
E
A
O
2
R 3
R 4=2+3
O
R
R
D
E
O
5
P 6=1+2+3+5
(1) - O euro, admitindo-se, em função da dimensão e exigências, de relato, a possibilidade de expressão das quantias em milhares de euros
70
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Entidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NO PERÍODO N
Prestações
DESCRIÇÃO Notas suplementares Outras
Acções Prémios Ajustamentos Excedentes Resu
Capital e outros Reservas Outras Resultados variações
(quotas) de em activos de líquid
realizado instrumentos legais reservas transitados no capital
próprias emissão financeiros revalorização perí
de capital próprio
próprio
P 6
A
P
A
D
R
E
A
O
7
R 8
R 9=7+8
O
R
R
D
E
O
10
P 6+7+8+10
(1) - O euro, admitindo-se, em função da dimensão e exigências de relato, a possibilidade de expressão das quantias em milhares de euros
71
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ANEXO N.º 5
Entidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DE FLUXOS DE CAIXA
PERÍODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N UNIDADE MONETÁRIA (1)
PERÍODOS
RUBRICAS NOTAS
N N-1
Fluxos de caixa das actividades operacionais -
método directo
Recebimentos de clientes + +
Pagamentos a fornecedores - -
Pagamentos ao pessoal - -
Caixa gerada pelas operações +/- +/-
Pagamento/recebimento do imposto sobre o -/+ -/+
rendimento
Outros recebimentos/pagamentos +/- +/-
Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) +/- +/-
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Activos fixos tangíveis - -
Activos intangíveis - -
Investimentos financeiros - -
Outros activos - -
Recebimentos provenientes de:
Activos fixos tangíveis + +
Activos intangíveis Investimentos financeiros + +
Outros activos + +
Subsídios ao investimento + +
Juros e rendimentos similares + +
Dividendos + +
Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) +/- +/-
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos + +
Realizações de capita! e de outros instrumentos de + +
capital próprio
Cobertura de prejuízos + +
Doações + +
Outras operações de Financiamento + +
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos - -
Juros e gastos similares - -
Dividendos
72
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Dividendos - -
Reduções de capital e de outros instrumentos de - -
capital próprio
Outras operações de financiamento - -
Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) +/- +/-
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ANEXO N.º 6
ANEXO
(modelo geral)
O presente documento não constitui um formulário relativo às notas do Anexo, mas tão só uma
compilação das divulgações exigidas pelas NCRF.
Assim, cada entidade deverá criar a sua própria sequência numérica, em conformidade com as
divulgações que deva efectuar, sendo que as notas de 1 a 4 serão sempre explicitadas e ficam
reservadas para os assuntos identificados no presente documento. A partir da nota 5, inclusive, é
utilizada uma numeração sequencial correspondente à das NCRF. Para melhor enquadramento dos
textos constantes dessas notas, deve-se recorrer à leitura das normas respectivas.
1 - Identificação da entidade:
2 - Sede: __________________________________
2.1 - _____________________________________
2.2 - Indicação e justificação das disposições do SNC que, em casos excepcionais, tenham sido
derrogadas e dos respectivos efeitos nas demonstrações financeiras, tendo em vista a necessidade
de estas darem uma imagem verdadeira e apropriada do activo, do passivo e dos resultados da
entidade.
2.3 - Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos
conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior.
a) Forma como a transição dos PCGA anteriores para as NCRF afectou a posição financeira, o
desempenho financeiro e os fluxos de caixa relatados;
b) Reconciliação do capital próprio relatado segundo os PCGA anteriores com o capital próprio
segundo as NCRF, entre a data de transição para as NCRF e o final do último período apresentado
nas mais recentes demonstrações financeiras anuais, elaboradas segundo os PCGA anteriores;
c) Reconciliação do resultado relatado segundo os PCGA anteriores, relativo ao último período das
mais recentes demonstrações financeiras anuais, com o resultado segundo as NCRF relativo ao
mesmo período;
d) Reconhecimento ou reversão, pela primeira vez, de perdas por imparidade ao preparar o balanço
de abertura de acordo com as NCRF (divulgações que a NCRF 12 - Imparidade de Activos teria
exigido se o reconhecido dessas perdas por imparidade ou reversões tivesse ocorrido no período
que começa na data de transição para as NCRF);
e) Distinção, nas reconciliações das alíneas b) e c), entre correcção de erros cometidos segundo os
74
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f) As primeiras demonstrações financeiras de acordo com as NCRF são (não são) as primeiras
demonstrações financeiras apresentadas.
3.3 - Juízos de valor (exceptuando os que envolvem estimativas) que o órgão de gestão fez no
processo de aplicação das políticas contabilísticas e que tiveram maior impacte nas quantias
reconhecidas nas demonstrações financeiras: ____________________________________________
3.5 - Principais fontes de incerteza das estimativas (envolvendo risco significativo de provocar
ajustamento material nas quantias escrituradas de activos e passivos durante o ano financeiro
seguinte): _________________
4 - Fluxos de caixa:
4.1 - Comentário da gerência sobre a quantia dos saldos significativos de caixa e seus equivalentes
que não estão disponíveis para uso: _______________________
5.1 - Aplicação inicial da disposição de uma NCRF com efeitos no período corrente ou em qualquer
período anterior, ou com possíveis efeitos em períodos futuros:
c) Quantia de ajustamento relacionado com períodos anteriores aos apresentados, até ao ponto que
seja praticável: ______________________________________________________________________
5.2 - Alteração voluntária em políticas contabilísticas com efeitos no período corrente ou em qualquer
período anterior (sendo impraticável determinar a quantia de ajustamento), ou com possíveis efeitos
em períodos futuros.
b) Razões pelas quais a aplicação da nova política contabilística proporciona informação fiável e
mais relevante: ______________________________________________________________________
c) Quantia do ajustamento (até ao ponto que seja praticável) para o período corrente e cada período
anterior apresentado: ________________________________________________________________
d) Quantia de ajustamento relacionado com períodos anteriores aos apresentados (até ao ponto em
que seja praticável): __________________________________________________________________
75
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5.3 - Alterações em estimativas contabilísticas com efeito no período corrente ou que se espera que
tenham efeito em futuros períodos:
c) Quantia das correspondentes correcções no início do período anterior mais antigo apresentado:
___________
6 - Partes relacionadas:
a) Total de remunerações:
_______________________________________
76
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iii) Ajustamentos de dívidas de cobrança duvidosa relacionados com a quantia dos saldos
pendentes: ______
(Estas divulgações devem ser feitas separadamente para cada uma das seguintes categorias: (a)
empresa-mãe; (b) entidades com controlo conjunto ou influência significativa; (c) subsidiárias; (d)
associadas; (e) empreendimentos conjuntos nos quais se seja empreendedor; (f) pessoal chave da
gestão da entidade que relata ou da respectiva entidade-mãe; e (g) outras partes relacionadas)
7 - Activos intangíveis:
7.1 - Divulgações para cada classe de activos intangíveis, distinguindo entre os activos intangíveis
gerados internamente e outros activos intangíveis:
a) Se as vidas úteis são indefinidas ou finitas e, se forem finitas, as vidas úteis ou as taxas de
amortização usadas;
b) Os métodos de amortização usados para activos intangíveis com vidas úteis finitas;
c) A quantia bruta escriturada e qualquer amortização acumulada (agregada com as perdas por
imparidade acumuladas) no começo e fim do período;
d) Os itens de cada linha da demonstração dos resultados em que qualquer amortização de activos
intangíveis esteja incluída;
e) Uma reconciliação da quantia escriturada no começo e fim do período que mostre separadamente
as adições, as alienações, os activos classificados como detidos para venda, as amortizações, as
perdas por imparidade e outras alterações.
7.2 - Quantia escriturada de cada activo intangível avaliado como tendo uma vida útil indefinida e
razões que apoiam a avaliação de uma vida útil indefinida (com descrição do(s) factor(es) que
desempenhou(aram) um papel significativo na determinação de que o activo tem uma vida útil
indefinida).
7.3 - Descrição, quantia escriturada e período de amortização restante de qualquer activo intangível
individual materialmente relevante para as demonstrações financeiras.
7.4 - Activos intangíveis adquiridos por meio de um subsídio do governo e inicialmente reconhecidos
pelo justo valor. Indicação:
7.5 - Existência e quantias escrituradas de activos intangíveis cuja titularidade está restringida e as
quantias escrituradas de activos intangíveis dados como garantia de passivos.
77
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iii) Quantia escriturada que teria sido reconhecida se a classe revalorizada de activos intangíveis
tivesse sido mensurada após o reconhecimento usando o modelo de custo.
d) Quantia escriturada bruta e depreciação acumulada (agregada com perdas por imparidade
acumuladas) no início e no fim do período; e
8.2 - Existência e quantias de restrições de titularidade de activos fixos tangíveis dados como
garantia de passivos.
8.3 - Quantia de dispêndios reconhecida na quantia escriturada de cada um dos seguintes itens do
activo fixo tangível no decurso da sua construção: _____________
8.5 - Quantia incluída nos resultados, relativa a compensação de terceiros por itens do activo fixo
tangível com imparidade, perdidos ou cedidos.
8.6 - Depreciação, reconhecida nos resultados ou como parte de um custo de outros activos, durante
um período.
8.8 - Para os itens do activo fixo tangível expressos por quantias revalorizadas:
78
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d) Medida em que o justo valor dos itens foi determinado directamente por referência a preços
observáveis num mercado activo ou em transacções de mercado recentes numa base de não
relacionamento entre as partes ou foi estimado usando outras técnicas de valorização;
9.3 - Desdobramento das principais classes de activos e passivos classificados como detidos para
venda:
9.4 - Activos não correntes (ou grupos para alienação) classificados como detidos para venda, ou
vendidos, no período:
d) Perdas ou ganhos reconhecidos, relacionados com imparidade ou suas reversões (quantia e item
da demonstração dos resultados que os inclui): ________________
9.5 - Descrição dos factos e circunstâncias que, no período, levaram à decisão de alterar o plano de
vendas de activo não corrente (ou grupo para alienação):
10 - Locações:
b) Reconciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos da locação à data do balanço, e o
seu valor presente;
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c) Total dos futuros pagamentos mínimos da locação à data do balanço, e o seu valor presente, para
cada um dos seguintes períodos:
e) Total dos futuros pagamentos mínimos de sublocação que se espera receber por sublocações não
canceláveis à data do balanço;
f) Descrição geral dos acordos de locação significativos incluindo (pelo menos) o seguinte;
iii) Restrições impostas por acordos de locação, tais como as que respeitam a dividendos, dívida
adicional, e posterior locação.
a) Reconciliação entre o investimento bruto na locação à data do balanço, e o valor presente dos
pagamentos mínimos da locação a receber à data do balanço;
b) Investimento bruto na locação e valor presente dos pagamentos mínimos da locação a receber na
data do balanço, para cada um dos períodos seguintes:
e) Dedução acumulada para créditos incobráveis dos pagamentos mínimos da locação a receber;
a) Total dos futuros pagamentos mínimos da locação nas locações operacionais não canceláveis
para cada um dos seguintes períodos:
80
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b) Total dos futuros pagamentos mínimos de sublocação que se espera sejam recebidos nas
sublocações não canceláveis à data do balanço;
d) Descrição, em termos gerais, dos acordos de locação significativos incluindo (pelo menos) o
seguinte:
iii) Restrições impostas por acordos de locação, tais como as que respeitem a dividendos, dívida
adicional, e posterior locação.
a) Futuros pagamentos mínimos da locação sob locações operacionais não canceláveis no agregado
e para cada um dos períodos seguintes;
11.3 - Taxa de capitalização usada para determinar a quantia do custo dos empréstimos obtidos
elegíveis para capitalização.
12 - Propriedades de investimento:
12.3 - Critérios usados para distinguir propriedades de investimento de propriedades ocupadas pelo
dono e de propriedades detidas para venda no curso ordinário dos negócios.
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b) Indicação sobre se a determinação do justo valor foi suportada por evidências do mercado;
c) Indicação sobre se a determinação do justo valor foi ponderada por outros factores,
discriminando-os em caso afirmativo.
12.5 - Medida em que o justo valor da propriedade de investimento (tal como mensurado ou
divulgado nas demonstrações financeiras) se baseou numa valorização de um avaliador
independente que possui uma qualificação profissional reconhecida e relevante e que tem
experiência recente na localização e na categoria da propriedade de investimento que foi valorizada.
(Se não tiver havido tal valorização, esse facto deve ser divulgado).
d) Alteração cumulativa no justo valor reconhecido nos resultados com a venda de uma propriedade
de investimento de um conjunto de activos em que se usa o modelo do custo para um conjunto em
que se usa o modelo do justo valor.
a) Adições:
i) Por aquisições;
b) Activos classificados como detidos para venda ou incluídos num grupo para alienação classificado
como detido para venda e outras alienações;
82
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g) Outras alterações.
c) Quantia escriturada bruta e depreciação acumulada (agregada com as perdas por imparidade
acumuladas) no início e no fim do período;
iv) Activos classificados como detidos para venda ou incluídos num grupo para alienação classificado
como detido para venda e outras alienações;
v) Depreciações;
vi) Quantia de perdas por imparidade reconhecida e quantia de perdas por imparidade revertida
durante o período;
vii) Diferenças cambiais líquidas resultantes da transposição das demonstrações financeiras para
outra moeda de apresentação;
x) Outras alterações.
ou
ii) Explanação da razão pela qual o justo valor não pode ser determinado com fiabilidade;
iii) Intervalo de estimativas dentro do qual é altamente provável que o justo valor venha a recair.
13 - Imparidade de activos:
a) Quantia de perdas por imparidade reconhecidas nos resultados durante o período (com indicação
das linhas de itens da demonstração dos resultados em que essas perdas por imparidade estão
incluídas);
83
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b) Quantia de reversões de perdas por imparidade reconhecida nos resultados durante o período
(com indicação das linhas de itens da demonstração dos resultados em que essas perdas por
imparidade estão revertidas);
13.2 - Por cada perda material por imparidade reconhecida ou revertida durante o período para um
activo individual (incluindo goodwill), ou para uma unidade geradora de caixa:
c) Natureza do activo;
e) Indicação sobre se a quantia recuperável do activo (unidade geradora de caixa) é o seu justo valor
menos os custos de vender ou o seu valor de uso;
i) Base usada para determinar o justo valor menos os custos de vender (tal como, se o justo valor foi
determinado por referência a um mercado activo);
ii) A(s) taxa(s) de desconto usada(s) na estimativa corrente e anterior (se houver) do valor de uso.
13.3 - Perdas por imparidade agregadas e reversões agregadas de perdas por imparidade
reconhecidas durante o período:
a) Principais classes de activos afectadas por perdas por imparidade e principais classes de activos
afectadas por reversões de perdas por imparidade;
84
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a) Quantia agregada dos passivos contingentes seguintes (excepto quando a probabilidade de perda
é remota), separadamente da quantia de outros passivos contingentes:
ii) Parte nos passivos contingentes dos próprios empreendimentos conjuntos pelos quais se é
contingentemente responsável;
iii) Passivos contingentes que surjam porque se é contingentemente responsável pelos passivos dos
outros empreendedores do empreendimento conjunto.
e) Tendo sido usado o formato de relato linha a linha para a consolidação proporcional ou o método
da equivalência patrimonial:
a) Justo valor de investimentos em associadas para os quais são publicadas cotações de preços;
c) Razões pelas quais se concluiu existir influência significativa quando o contrário era presumível
pelo facto de se deter, directa ou indirectamente através de subsidiárias, menos de 20% dos votos
ou do potencial poder de voto da investida;
d) Razões pelas quais se concluiu não existir influência significativa quando o contrário era
presumível pelo facto de se deter, directa ou indirectamente através de subsidiárias, 20% ou mais
85
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e) Data de relato das demonstrações financeiras de cada associada (quando essas demonstrações
financeiras foram usadas na aplicação do método da equivalência patrimonial e foram de uma data
de relato ou de um período diferente da data de relato ou período do investidor, e foram a razão para
o uso de uma data de relato ou de um período diferente);
g) Parte não reconhecida nas perdas de cada associada, tanto para o período como
cumulativamente (situação do investidor descontinuar o reconhecimento da sua parte nas perdas da
associada);
h) Indicação das associadas que não foram contabilizadas usando o método da equivalência
patrimonial;
i) Informação financeira resumida das associadas (individualmente e em grupo) que não foram
contabilizadas usando o método da equivalência patrimonial (incluindo as quantias dos activos totais,
passivos totais, rendimentos e resultados).
i) Parte nos passivos contingentes de uma associada incorridos juntamente com outros investidores;
ii) Passivos contingentes que surjam pelo facto de se ser solidariamente responsável pela totalidade
ou parte dos passivos da associada.
15.1 - Para cada concentração de actividades empresariais (como adquirente) efectuada durante o
período (as informações seguintes podem ser divulgada em conjunto no caso de concentrações de
actividades empresariais, efectuadas durante o período de relato, que sejam individualmente
imateriais):
b) Data da aquisição;
d) Custo da concentração e descrição dos componentes desse custo, incluindo quaisquer custos
directamente atribuíveis à concentração. Quando os instrumentos de capital próprio são emitidos ou
passíveis de emissão como parte do custo, divulgar o seguinte:
ii) Justo valor desses instrumentos e a base para determinar esse justo valor. Se não existir um
preço publicado para os instrumentos à data da troca, devem ser divulgados os pressupostos
significativos usados para determinar o justo valor. Se existir um preço publicado à data da troca mas
que não foi usado como base para determinar o custo da concentração, esse facto deve ser
divulgado em conjunto com: as razões por que o preço publicado não foi usado; o método e os
pressupostos significativos usados para atribuir um valor aos instrumentos de capital próprio; e a
quantia agregada da diferença entre o valor atribuído aos instrumentos de capital próprio e o preço
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e) Detalhes de quaisquer unidades operacionais que se tenha decidido alienar como resultado da
concentração;
f) Quantias reconhecidas à data de aquisição para cada classe de activos, passivos e passivos
contingentes da adquirida, e, a menos que a divulgação seja impraticável, as quantias escrituradas
de cada uma dessas classes, determinadas de acordo com as NCRF, imediatamente antes da
concentração. Se essa divulgação for impraticável, esse facto deve ser divulgado, junto com uma
explicação;
g) Quantia de qualquer excesso reconhecida nos resultados, e a linha de item na demonstração dos
resultados na qual o excesso é reconhecido;
h) Descrição dos factores que contribuíram para um custo que resulta no reconhecimento do
goodwill - uma descrição de cada activo intangível que não tenha sido reconhecido separadamente
do goodwill e uma explicação sobre a razão pela qual não foi possível mensurar o justo valor do
activo intangível com fiabilidade - ou uma descrição da natureza de qualquer excesso reconhecido
nos resultados;
i) Quantia dos resultados da adquirida desde a data da aquisição incluída nos resultados da
adquirente do período, a não ser que a divulgação seja impraticável. Se essa divulgação for
impraticável, esse facto deve ser divulgado, junto com uma explicação.
15.3 - A menos que seja impraticável (caso que deverá ser explicado):
a) Quantia e explicação sobre qualquer ganho ou perda reconhecido no período corrente que:
ii) Seja de tal dimensão, natureza ou incidência que a divulgação se torne relevante para uma
compreensão do desempenho financeiro da entidade concentrada;
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b) Goodwill adicional reconhecido durante o período, com a excepção do goodwill incluído num
grupo de alienação que, no momento da aquisição, satisfaz os critérios para ser classificado como
detido para venda;
d) Goodwill incluído num grupo de alienação classificado como detido para venda e o goodwill
desreconhecido durante o período sem ter sido anteriormente incluído num grupo de alienação
classificado como detido para venda;
a) Natureza da relação entre a empresa-mãe e uma subsidiária quando a empresa-mãe não possuir,
directa ou indirectamente através de subsidiárias, mais de metade do poder de voto;
c) Data de relato das demonstrações financeiras de uma subsidiária quando tais demonstrações
financeiras forem usadas para preparar demonstrações financeiras consolidadas e corresponderem
a uma data de relato ou a um período diferente do da data da empresa-mãe, e a razão para usar
uma data de relato ou período diferente;
16.2 - Nas demonstrações financeiras individuais de uma empresa-mãe que, nos termos legais,
esteja dispensada de elaborar contas consolidadas:
a) Informar que a dispensa de consolidação foi usada; o nome e o país de constituição ou sede da
entidade que elabora demonstrações financeiras consolidadas; e a morada onde essas
demonstrações financeiras consolidadas podem ser obtidas;
88
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d) Quando utilizado o método do custo, descrição das restrições severas e duradouras que
prejudiquem significativamente a capacidade de transferência de fundos para a empresa detentora.
18 - Agricultura:
18.2 - Medidas ou estimativas não financeiras usadas na quantificação física de cada um dos grupos
de activos biológicos no fim do período.
18.4 - Justo valor menos os custos estimados no ponto de venda do produto agrícola colhido durante
o período, determinado no momento de colheita.
18.5 - Existência e quantias escrituradas de activos biológicos cuja posse seja restrita e quantias
escrituradas de activos biológicos penhorados como garantia de passivos.
18.8 - Activos biológicos mensurados, no fim do período, ao custo menos depreciação acumulada e
perdas por imparidade acumuladas:
c) Intervalo de estimativas dentro das quais é altamente provável que caia o justo valor;
f) Quantia escriturada bruta e depreciação acumulada (agregada com as perdas por imparidade
acumuladas) no início e no final do período.
18.9 - Activos biológicos previamente mensurados pelo seu custo (menos depreciação acumulada e
perdas por imparidade acumuladas) mas cujo justo valor se tornou fiavelmente mensurável durante o
período corrente:
c) Efeito da alteração.
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financeiras.
18.11 - Condições não cumpridas e outras contingências ligadas aos subsídios governamentais.
19 - Inventários:
19.1 - Políticas contabilísticas adoptadas na mensuração dos inventários e fórmula de custeio usada.
19.3 - Quantia de inventários escriturada pelo justo valor menos os custos de vender (no caso de
corretores/negociantes).
20 - Contratos de construção:
20.3 - Métodos usados para determinar a fase de acabamento dos contratos em curso.
a) Quantia agregada de custos incorridos e lucros reconhecidos (menos perdas reconhecidas) até à
data;
c) Quantia de retenções.
21 - Rédito:
21.2 - Quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período incluindo o
rédito proveniente de:
a) Venda de bens;
b) Prestação de serviços;
c) Juros;
90
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d) Royalties;
e) Dividendos.
c) Indicação das incertezas que se relacionam com a quantia ou momento de ocorrência de qualquer
exfluxo;
23.2 - Natureza e extensão dos subsídios do Governo reconhecidos nas demonstrações financeiras
e indicação de outras formas de apoio do Governo de que directamente se beneficiou.
23.3 - Condições não satisfeitas e outras contingências ligadas ao apoio do Governo que foram
reconhecidas.
24.1 - Quantia das diferenças de câmbio reconhecidas nos resultados (com excepção das
resultantes de instrumentos financeiros mensurados pelo justo valor através dos resultados).
24.2 - Diferenças de câmbio líquidas classificadas num componente separado de capital próprio e
reconciliação da quantia de tais diferenças de câmbio no começo e no fim do período.
91
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24.3 - Razão para o uso de uma moeda de apresentação diferente da moeda funcional (quando
aplicável).
24.4 - Razão para a alteração na moeda funcional (quando aplicável e em relação quer à entidade
que relata quer a uma unidade operacional estrangeira significativa).
a) Data em que as demonstrações financeiras foram autorizadas para emissão e indicação de quem
autorizou;
Indicação sobre se foram recebidas informações após a data do balanço acerca de condições que
existiam à data do balanço. Em caso afirmativo, indicação sobre se, face às novas informações,
foram actualizadas as divulgações que se relacionam com essas condições.
25.3 - Acontecimentos após a data do balanço que não deram lugar a ajustamentos.
a) Natureza do acontecimento;
b) Estimativa do efeito financeiro (ou declaração de que tal estimativa não pode ser feita).
c) Quantia de gasto (rendimento) por impostos diferidos relacionada com a origem e reversão de
diferenças temporárias;
d) Quantia de gasto (rendimento) por impostos diferidos relacionada com alterações nas taxas de
tributação ou com o lançamento de novos impostos;
e) Quantia de benefícios provenientes de uma perda fiscal não reconhecida anteriormente, de crédito
por impostos ou de diferença temporária de um período anterior usada para reduzir gasto de
impostos correntes;
f) Quantia dos benefícios de uma perda fiscal não reconhecida anteriormente, de crédito por
impostos ou de diferenças temporárias de um período anterior usada para reduzir gastos de
impostos diferidos;
g) Gasto por impostos diferidos provenientes de uma redução, ou reversão de uma diminuição
anterior, de um activo por impostos diferidos;
h) Quantia do gasto (rendimento) de imposto relativa às alterações nas políticas contabilísticas e nos
92
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erros que estão incluídas nos resultados porque não podem ser contabilizadas retrospectivamente.
26.2 - Imposto diferido e corrente agregado relacionado com itens debitados ou creditados ao capital
próprio.
26.3 - Relacionamento entre gasto (rendimento) de impostos e lucro contabilístico (em uma ou em
ambas das seguintes formas):
b) Reconciliação numérica entre a taxa média efectiva de imposto e a taxa de imposto aplicável, e
indicação da base pela qual é calculada a taxa de imposto aplicável.
26.5 - Quantia (e a data de extinção, se houver) de diferenças temporárias dedutíveis, perdas fiscais
não usadas, e créditos por impostos não usados relativamente aos quais nenhum activo por
impostos diferidos foi reconhecido no balanço.
26.7 - Por cada tipo de diferença temporária e com respeito a cada tipo de perdas por impostos não
usadas e créditos por impostos não usados:
a) Quantia de activos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço para cada período
apresentado;
26.9 - Quantia de um activo por impostos diferidos e natureza das provas que suportam o seu
reconhecimento (apenas quando a utilização do activo por impostos diferidos for dependente de
lucros tributáveis futuros em excesso dos lucros provenientes da reversão de diferenças temporárias
tributáveis existentes; e tenha sido sofrido um prejuízo quer no período corrente quer no período
precedente na jurisdição fiscal com que se relaciona o activo por impostos diferidos).
26.10 - Natureza das potenciais consequências do imposto sobre rendimento que resultariam do
pagamento de dividendos aos accionistas.
93
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27 - Matérias ambientais:
27.1 - Descrição das bases de mensuração adoptados, bem como dos métodos utilizados no cálculo
dos ajustamentos de valor, no que respeita a matérias ambientais.
a) Especificação das condições associadas à concessão de cada incentivo ou uma síntese das
condições, caso sejam semelhantes;
27.4 - Passivos de carácter ambiental, materialmente relevantes, incluídos em cada uma das
rubricas do Balanço.
c) Explicação dos danos e das leis ou regulamentos que exigem a sua reparação e as medidas de
restauro ou prevenção adoptadas ou propostas.
27.6 - Política contabilística adoptada no caso de dispêndios de longo prazo referentes ao restauro
dos locais, ao encerramento e desmantelamento. (Se foi utilizado o método da constituição gradual
de uma provisão, indicar a quantia total da provisão que seria necessária para cobrir todos esses
dispêndios a longo prazo).
27.7 - Quantia não descontada do passivo, bem como a taxa de desconto utilizada (caso tenha sido
utilizado o método do valor presente e o efeito do desconto seja materialmente relevante).
27.8 - Passivos contingentes de carácter ambiental (incluindo informações descritivas com pormenor
suficiente para que a natureza do seu carácter contingente seja entendida).
(Se as incertezas na mensuração forem de tal modo significativas que tornem impossível estimar a
quantia de um passivo de carácter ambiental, deve referir-se esse facto, juntamente com as razões
que o explicam e sempre que possível, com o intervalo de resultados possíveis).
27.9 - Quantia capitalizada, durante o período de referência, dos dispêndios de carácter ambiental
(caso possa ser estimada com fiabilidade).
(Sempre que aplicável, deve também divulgar-se qual a parte dessa quantia que diz respeito a
dispêndios destinados à remoção de agentes poluidores após a sua criação e qual a parte que
representa o dispêndio adicional de adaptação das instalações e ou do processo produtivo com vista
a provocar menos poluição (ou seja, que se relaciona com tecnologias ou práticas de prevenção da
poluição). Na medida em que seja possível e relevante, é apropriado apresentar uma discriminação
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27.10 - Quantia dos dispêndios de carácter ambiental imputados a resultados e base em que tais
quantias foram calculadas.
(Se relevante, deve ser apresentada uma subdivisão dos elementos que a entidade identificou como
dispêndios de carácter ambiental, de forma adequada à natureza e à dimensão das actividades da
entidade e aos tipos de problemas ambientais relevantes para a mesma. Na medida em que seja
possível e relevante, é apropriado apresentar uma discriminação dos dispêndios por domínio
ambiental).
27.11 - Dispêndios significativos incorridos com multas e outras penalidades pelo não cumprimento
dos regulamentos ambientais e indemnizações pagas a terceiros.
a) Licenças de emissão atribuídas para o exercício, para o período 2005-2007 e para os quinquénios
subsequentes;
28 - Instrumentos financeiros:
Políticas contabilísticas:
28.2 - Quantia escriturada de cada uma das categorias de activos financeiros e passivos financeiros,
no total e para cada um dos tipos significativos de activos e passivos financeiros de entre cada
categoria.
95
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g) Activos financeiros para os quais foi reconhecida imparidade, com indicação, para cada uma das
classes, separadamente, i) a quantia contabilística que resulta da mensuração ao custo ou custo
amortizado e ii) a imparidade acumulada.
28.3 - Bases de determinação do justo valor (e. g. cotação de mercado, quando ele existe, ou a
técnica de avaliação) para todos os activos financeiros e passivos financeiros mensurados ao justo
valor.
28.4 - Situações em que a mensuração fiável do justo valor deixou de estar disponível para um
instrumento de capital próprio mensurado ao justo valor por contrapartida em resultados.
Desreconhecimento:
28.5 - Activos financeiros transferidos para uma outra entidade em transacções que não se
qualificaram para desreconhecimento. Divulgação, para cada classe de tais activos financeiros:
Colateral:
28.6 - Activos dados em garantia ou penhor, como colateral de passivos ou passivos contingentes:
28.8 - Incumprimento, durante o período, dos termos de contratos de empréstimo além dos referidos
no parágrafo anterior (divulgar a informação exigida no parágrafo anterior, se tais incumprimentos
permitem ao credor exigir pagamento acelerado, a menos que os incumprimentos tenham sido
sanados, ou os termos do compromisso renegociados, até à data do balanço).
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28.10 - Total de rendimento de juros e total de gasto de juros (calculado utilizando o método da taxa
de juro efectiva) para activos e passivos financeiros não mensurados ao justo valor com
contrapartida em resultados.
28.11 - Quantia de perda por imparidade reconhecida para cada uma das classes de activos
financeiros.
Contabilidade da cobertura:
a) Descrição da cobertura;
c) Natureza do risco que esteja a ser coberto, incluindo uma descrição do item coberto.
28.13 - Para cobertura de risco de taxa de juro fixa ou risco de preço de mercadorias numa cobertura
de bens detidos:
28.14 - Para cobertura do risco de taxa de juro variável, risco de taxa de câmbio, risco de preço de
mercadorias num compromisso firme ou numa transacção futura de elevada probabilidade, ou num
investimento líquido numa operação no estrangeiro:
a) Períodos em é expectável que os fluxos de caixa ocorram e os períodos em que é expectável que
afectem os resultados;
b) Descrição de transacção futura para a qual a contabilização da cobertura foi previamente utilizada
mas que já não se espera mais que a transacção ocorra;
c) Quantia resultante da alteração de justo valor de instrumentos de cobertura que foi reconhecida no
capital próprio durante o período;
d) Quantia que foi removida do capital próprio e reconhecida no resultados do período, evidenciando
a quantia incluída em cada uma das linhas da demonstração de resultados.
28.15 - Indicação das quantias do capital social nominal e do capital social por realizar e respectivos
prazos de realização.
28.16 - Número de acções representativas do capital social, respectivas categorias e valor nominal.
28.17 - Reconciliação, para cada classe de acções, entre o número de acções em circulação no
início e no fim do período.
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28.18 - Quantias de aumentos de capital realizados no período e a dedução efectuada como custos
de emissão.
28.20 - Activos financeiros mensurados ao custo amortizado menos imparidade: termos significativos
e condições que afectam a quantia, o momento e segurança de fluxos de caixa futuros, incluindo
risco de taxa de juro, risco de taxa de câmbio e risco de crédito.
d) Quantia de ganhos ou perdas actuariais no período corrente e as políticas contabilísticas para tais
ganhos ou perdas actuariais.
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30.1 - ____________________________________
30.2 - ____________________________________
31 - Outras informações:
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ANEXO N.º 7
Entidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
BALANÇO EM XX DE YYYYYYY DE 200N (modelo UNIDADE MONETÁRIA (1)
reduzido)
DATAS
RUBRICAS NOTAS
31 XXX N 31 XXX N-l
ACTIVO
Activo não corrente
Activos fixos tangíveis
Propriedades de investimento
Activos intangíveis
Investimentos financeiros
Accionistas/sócios
Activo corrente
Inventários
Clientes
Adiantamentos a fornecedores
Estado e outros entes públicos
Accionistas/sócios
Outras contas a receber
Diferimentos
Outros activos financeiros
Caixa e depósitos bancários
Total do activo
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital próprio
Capital realizado
Acções (quotas) próprias
Outros instrumentos de capital próprio
Prémios de emissão
Reservas legais
Outras reservas
Resultados transitados
Excedentes de revalorização
Outras variações no capital próprio
Passivo corrente
Fornecedores
Adiantamentos de clientes
Estado e outros entes públicos
Accionistas/sócios
Financiamentos obtidos
Diferimentos
Outras contas a pagar
Outros passivos financeiros
Total do passivo
Total do capital próprio e do passivo
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ANEXO N.º 8
Entidade: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS (modelo reduzido)
PERÍODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N UNIDADE MONETÁRIA (1)
PERÍODOS
RENDIMENTOS E CASTOS NOTAS
N N-1
Vendas e serviços prestados + +
Subsídios à exploração + +
Variação nos inventários da produção +/- +/-
Trabalhos para a própria entidade + +
Custo das mercadorias vendidas e das matérias - -
consumidas
Fornecimentos e serviços externos - -
Gastos com o pessoal - -
Imparidade de inventários (perdas/reversões) -/+ -/+
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) -/+ -/+
Provisões (aumentos/reduções) -/+ -/+
Outras imparidades (perdas/ reversões) -/+ -/+
Aumentos/reduções de justo valor +/- +/-
Outros rendimentos e ganhos + +
-
Outros gastos e perdas -
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ANEXO N.º 9
Entidade:
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES (modelo reduzido)
PERÍODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N UNIDADE MONETÁRIA (1)
PERÍODOS
RUBRICAS NOTAS
N N-1
Resultado bruto = =
Outros rendimentos + +
Gastos de distribuição - -
Gastos administrativos - -
Gastos de investigação e desenvolvimento - -
Outros gastos - -
Resultado operacional (antes de gastos de
financiamento e impostos) = =
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ANEXO N.º 10
ANEXO
(Modelo reduzido)
O presente documento não constitui um formulário relativo às notas do Anexo, mas tão só uma
compilação das divulgações exigidas nos diversos capítulos que integram a NCRF-PE.
Assim, cada entidade deverá criar a sua própria sequência numérica, em conformidade com as
divulgações que deva efectuar, sendo que as notas de 1 a 4 serão sempre explicitadas e ficam
reservadas para os assuntos identificados no presente documento.
1 - Identificação da entidade:
2.1 - _____________________________________
2.2 - Indicação e justificação das disposições do SNC que, em casos excepcionais, tenham sido
derrogadas e dos respectivos efeitos nas demonstrações financeiras, tendo em vista a necessidade
de estas darem uma imagem verdadeira e apropriada do activo, do passivo e dos resultados da
entidade.
2.3 - Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos
conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior.
a) Uma explicação acerca da forma como a transição dos anteriores princípios contabilísticos
geralmente aceites para a NCRF-PE, afectou a sua posição financeira e o seu desempenho
financeiro relatados;
b) Uma explicação acerca da natureza das diferenças de transição que foram reconhecidas como
capital próprio.
2.5 - Caso uma entidade dê conta de erros cometidos segundo os PCGA anteriores, as
reconciliações exigidas nos parágrafos anteriores, devem distinguir entre a correcção desses erros e
as alterações às políticas contabilísticas.
104
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_______________________________________________
4.1 - Quando a aplicação de uma disposição desta Norma tiver efeitos no período corrente ou em
qualquer período anterior, salvo se for impraticável determinar a quantia do ajustamento, ou puder
ter efeitos em períodos futuros, uma entidade deve divulgar apenas nas demonstrações financeiras
do período corrente:
b) A natureza do erro material de período anterior e seus impactos nas demonstrações financeiras
desses períodos;
d) As razões pelas quais a aplicação da nova política contabilística proporciona informação fiável e
mais relevante, no caso de aplicação voluntária.
d) A quantia escriturada bruta e a depreciação acumulada (agregada com perdas por imparidade
acumuladas) no início e no fim do período; e
e) Uma reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período que mostre as adições, as
revalorizações, as alienações, as amortizações, as perdas de imparidade e suas reversões e outras
alterações.
a) A existência e quantias de restrições de titularidade e activos fixos tangíveis que sejam dados
como garantia de passivos;
5.3 - Se os itens do activo fixo tangível forem expressos por quantias revalorizadas, deve ser
divulgado o seguinte:
6 - Activos intangíveis:
6.1 - Uma entidade deve divulgar o seguinte para cada classe de activos intangíveis, distinguindo
entre os activos intangíveis gerados internamente e outros activos intangíveis:
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a) Se as vidas úteis são indefinidas ou finitas e, se forem finitas, as vidas úteis ou as taxas de
amortização usadas;
b) Os métodos de amortização usados para activos intangíveis com vidas úteis finitas;
c) A quantia bruta escriturada e qualquer amortização acumulada (agregada com as perdas por
imparidade acumuladas) no começo e fim do período;
d) Uma reconciliação da quantia escriturada no começo e fim do período que mostre separadamente
as adições, as alienações, as amortizações, as perdas por imparidade e outras alterações.
a) Para um activo intangível avaliado como tendo uma vida útil indefinida, a quantia escriturada
desse activo e as razões que apoiam a avaliação de uma vida útil indefinida. Ao apresentar estas
razões, a entidade deve descrever o(s) factor(es) que desempenhou(aram) um papel significativo na
determinação de que o activo tem uma vida útil indefinida;
6.3 - Uma entidade deve divulgar a quantia agregada do dispêndio de pesquisa e desenvolvimento
reconhecido como um gasto durante o período.
6.4 - Relativamente aos activos intangíveis de carácter ambiental, uma entidade deve divulgar:
a) Descrição dos critérios de mensuração adoptados, bem como dos métodos utilizados no cálculo
dos ajustamentos de valor, no que respeita a matérias ambientais;
d) Quantia dos dispêndios de carácter ambiental imputados a resultados e base em que tais quantias
foram calculadas.
e) Caso sejam significativos, os dispêndios incorridos com multas e outras penalidades pelo não
cumprimento dos regulamentos ambientais e indemnizações pagas a terceiros, por exemplo em
resultado de perdas ou danos causados por uma poluição ambiental passada.
7 - Locações:
7.1 - Para locações financeiras, os locatários devem divulgar para cada categoria de activo, a
106
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7.2 - Para locações financeiras e operacionais, os locatários devem divulgar uma descrição geral dos
acordos de locação significativos incluindo, pelo menos, o seguinte:
iii) Restrições impostas por acordos de locação, tais como as que respeitam a dividendos, dívida
adicional, e posterior locação.
c) A taxa de capitalização usada para determinar a quantia do custo dos empréstimos obtidos
elegíveis para capitalização.
9 - Inventários:
f) A quantia de qualquer reversão de ajustamento que tenha sido reconhecida como uma redução na
quantia de inventários reconhecida como gasto do período de acordo com o parágrafo 11.20;
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10 - Rédito:
b) A quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período incluindo o rédito
proveniente de:
i) Venda de bens;
iii) Juros;
iv) Royalties; e
v) Dividendos.
f) A quantia de qualquer reembolso esperado, declarando a quantia de qualquer activo que tenha
sido reconhecido para esse reembolso esperado;
h) Passivos de carácter ambiental, materialmente relevantes, que estejam incluídos em cada uma
das rubricas do Balanço.
11.2 - Para cada classe de passivo contingente à data do balanço, uma entidade deve divulgar uma
breve descrição da natureza do passivo contingente.
11.3 - Quando um influxo de benefícios económicos for provável, uma entidade deve divulgar uma
breve descrição da natureza dos activos contingentes à data do balanço.
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c) Condições não satisfeitas e outras contingências ligadas ao apoio do Governo que tenham sido
reconhecidas.
13.1 - Uma entidade deve divulgar a quantia das diferenças de câmbio reconhecidas nos resultados.
15 - Instrumentos financeiros:
15.1 - Uma entidade deve divulgar as bases de mensuração, bem como as politicas contabilísticas
utilizadas para a contabilização de instrumentos financeiros, que sejam relevantes para a
compreensão das demonstrações financeiras.
15.2 - Para todos os instrumentos financeiros mensurados ao justo valor, a entidade deve divulgar a
respectiva cotação de mercado.
15.3 - Se uma entidade tiver transferido activos financeiros para uma outra entidade numa
transacção que não se qualifique para desreconhecimento, a entidade deve divulgar, para cada
classe de tais activos financeiros:
c) As quantias escrituradas dos activos e de quaisquer passivos associados que a entidade continue
a reconhecer.
15.4 - Quando uma entidade tenha dado em garantia, penhor ou promessa de penhor activos
financeiros, deverá divulgar:
15.5 - Para empréstimos contraídos reconhecidos à data do balanço, uma entidade deve divulgar as
109
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situações de incumprimento.
15.6 - As sociedades anónimas devem divulgar o número de acções representativas do capital social
da entidade, as respectivas categorias e o seu valor nominal.
17.1 - ____________________________________
17.2 - ____________________________________
18 - Outras informações:
110
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Actualizado em 2009-09-09
Por Despacho n.º 589/2009/MEF do Senhor Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, de 14 de
Agosto de 2009, em substituição do Senhor Ministro de Estado e das Finanças, foi homologada a
seguinte Estrutura Conceptual do Sistema de Normalização Contabilística, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho:
Prefácio (parágrafo 1)
1- As demonstrações financeiras preparadas com o propósito de proporcionar informação que seja
útil na tomada de decisões económicas devem responder às necessidades comuns da maior
parte dos utentes
(c) Avaliar a capacidade de a entidade pagar e proporcionar outros benefícios aos seus
empregados;
As demonstrações financeiras são a maior parte das vezes preparadas de acordo com um
modelo de contabilidade baseado no custo histórico recuperável e no conceito da manutenção
do capital financeiro nominal. Isto não significa que outros modelos e conceitos não pudessem
ser mais apropriados, a fim de ir ao encontro do objectivo de proporcionar informações
específicas.
Finalidade (parágrafos 2 a 4)
111
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2- Esta Estrutura estabelece conceitos que estão subjacentes à preparação e apresentação das
demonstrações financeiras para utentes externos, seja pelas entidades que preparam um
conjunto completo de demonstrações financeiras, seja pelas pequenas entidades. O propósito
desta Estrutura Conceptual é o de:
(b) Ajudar a formar opinião sobre a aderência das demonstrações financeiras às NCRF;
(d) Proporcionar aos que estejam interessados no trabalho da CNC informação acerca da sua
abordagem à formulação das NCRF.
3- Esta Estrutura Conceptual não é uma NCRF e por isso não define normas para qualquer
mensuração particular ou tema de divulgação.
4- A CNC reconhece que em alguns casos pode haver um conflito entre esta Estrutura Conceptual
e uma qualquer NCRF. Nos casos em que haja um conflito, os requisitos da NCRF prevalecem
em relação à Estrutura Conceptual.
Âmbito (parágrafos 5 a 7)
5- Esta Estrutura Conceptual trata:
(b) Das características qualitativas que determinam a utilidade da informação contida nas
demonstrações financeiras;
(c) Da definição, reconhecimento e mensuração dos elementos a partir dos quais se constroem
as demonstrações financeiras; e
112
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entidade.
(c) Mutuantes - Os mutuantes estão interessados em informação que lhes permita determinar
se os seus empréstimos, e os juros que a eles respeitam, serão pagos quando vencidos.
(e) Clientes - Os clientes têm interesse em informação acerca da continuação de uma entidade,
especialmente quando com ela têm envolvimentos a prazo, ou dela estão dependentes.
(g) Público - As entidades afectam o público de diversos modos. Por exemplo, podem dar uma
contribuição substancial à economia local de muitas maneiras incluindo o número de
113
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10 - Se bem que nem todas as necessidades de informação destes utentes possam ser supridas
pelas demonstrações financeiras, há necessidades que são comuns a todos os utentes.
16 - A posição financeira de uma entidade é afectada pelos recursos económicos que ela controla,
pela sua estrutura financeira, pela sua liquidez e solvência, e pela sua capacidade de se
adaptar às alterações no ambiente em que opera. A informação acerca dos recursos
económicos controlados pela entidade e a sua capacidade no passado para modificar estes
recursos é útil na predição da capacidade da entidade para gerar no futuro caixa e equivalentes
de caixa. A informação acerca da estrutura financeira é útil na predição de futuras necessidades
de empréstimos e de como os lucros futuros e fluxos de caixa serão distribuídos entre os que
têm interesses na entidade; é também útil ao predizer que sucesso a entidade provavelmente
114
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115
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eles ocorram (e não quando caixa ou equivalentes de caixa sejam recebidos ou pagos) sendo
registados contabilisticamente e relatados nas demonstrações financeiras dos períodos com os
quais se relacionem. As demonstrações financeiras preparadas de acordo com o regime de
acréscimo informam os utentes não somente das transacções passadas envolvendo o
pagamento e o recebimento de caixa mas também das obrigações de pagamento no futuro e de
recursos que representem caixa a ser recebida no futuro. Deste modo, proporciona-se
informação acerca das transacções passadas e outros acontecimentos que seja mais útil aos
utentes na tomada de decisões económicas.
116
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32 - A informação pode ser relevante mas tão pouco fiável por natureza ou representação que o seu
reconhecimento pode ser potencialmente enganador. Por exemplo, se a validade e quantia de
uma reclamação por danos sob acção legal estiverem em disputa, pode ser inapropriado para a
entidade reconhecer no balanço a quantia inteira da reclamação, embora possa ser apropriado
divulgar a quantia e circunstâncias da reclamação.
34 - A maior parte da informação financeira está sujeita a algum risco de não chegar a ser a
representação fidedigna daquilo que ela pretende retratar. Isto não é devido a preconceito, mas
antes a dificuldades inerentes seja na identificação das transacções e outros acontecimentos a
serem mensurados seja na concepção e aplicação de técnicas de mensuração e apresentação
que possam comunicar mensagens que correspondam a essas transacções e acontecimentos.
Em certos casos, a mensuração dos efeitos financeiros dos itens poderá ser tão incerta que as
entidades geralmente não os reconhecerão nas demonstrações financeiras; por exemplo, se
bem que a maior parte das entidades gerem internamente trespasse (goodwill) no decorrer do
tempo, é geralmente difícil identificar ou mensurar com fiabilidade esse trespasse (goodwill).
Noutros casos, porém, pode ser relevante reconhecer os itens e divulgar o risco de erro que
rodeia o seu reconhecimento e a sua mensuração.
117
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41 - A necessidade de comparabilidade não deve ser confundida com a mera uniformidade e não
deve ser permitido que se torne um impedimento à introdução de normas contabilísticas
melhoradas. Não é apropriado que uma entidade continue a contabilizar da mesma maneira
uma transacção ou outro acontecimento se a política adoptada não estiver de acordo com as
características qualitativas da relevância e da fiabilidade. É também inapropriado que uma
entidade deixe as suas políticas contabilísticas inalteradas quando existam alternativas mais
relevantes e fiáveis.
119
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46)
46 - As demonstrações financeiras são frequentemente descritas como mostrando uma imagem
verdadeira e apropriada de, ou como apresentando apropriadamente, a posição financeira, o
desempenho e as alterações na posição financeira de uma entidade. Se bem que esta Estrutura
Conceptual não trate directamente tais conceitos, a aplicação das principais características
qualitativas e das normas contabilísticas apropriadas resulta normalmente em demonstrações
financeiras que transmitem o que é geralmente entendido como uma imagem verdadeira e
apropriada de, ou como apresentando razoavelmente, tal informação.
(a) Activo é um recurso controlado pela entidade como resultado de acontecimentos passados
e do qual se espera que fluam para a entidade benefícios económicos futuros;
(c) Capital próprio é o interesse residual nos activos da entidade depois de deduzir todos os
seus passivos.
51 - Ao avaliar se um item satisfaz a definição de activo, passivo ou capital próprio, é preciso dar
atenção à sua subjacente substância e realidade económica e não meramente à sua forma
legal. Por conseguinte, por exemplo, no caso das locações financeiras, a substância e realidade
económica são as de que o locatário adquire os benefícios económicos do uso do activo locado
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para a maior parte da sua vida útil em troca de registar uma obrigação de pagar por esse direito
uma quantia aproximada ao respectivo justo valor do activo e respectivo encargo financeiro.
Daqui que, a locação financeira dê origem a itens que satisfazem a definição de activo e
passivo e são reconhecidos como tais no balanço do locatário.
53 - Uma entidade emprega geralmente os seus activos para produzir bens ou serviços capazes de
satisfazer os desejos ou as necessidades de clientes; pelo facto de estes bens e serviços
poderem satisfazer esses desejos ou necessidades, os clientes estão preparados para
pagá-los, contribuindo assim para o fluxo de caixa da entidade. O próprio dinheiro presta um
serviço à entidade por causa da sua predominância sobre os outros recursos.
54 - Os benefícios económicos futuros incorporados num activo podem fluir para a entidade de
diferentes maneiras. Por exemplo, um activo pode ser:
55 - Muitos activos, por exemplo, activos fixos tangíveis, têm uma forma física. Porém, a forma física
não é essencial à existência de um activo; daqui que as patentes e os direitos de autor, por
exemplo, sejam activos se se espera que deles fluam benefícios económicos futuros para a
entidade e se eles forem controlados pela entidade.
56 - Muitos activos, por exemplo, as dívidas a receber e propriedades, estão associados a direitos
legais, incluindo o direito de propriedade. Ao determinar a existência de um activo, o direito de
propriedade não é essencial; por conseguinte, por exemplo, a propriedade detida sob locação é
um activo se a entidade controlar os benefícios que espera que fluam da propriedade. Se bem
que a capacidade de uma entidade de controlar benefícios seja geralmente a consequência de
direitos legais, um item pode no entanto satisfazer a definição de activo mesmo quando não
haja controlo legal. Por exemplo, o "know-how" obtido das actividades de desenvolvimento pode
satisfazer a definição de activo quando, ao conservar secreto esse "know-how", uma entidade
controle os benefícios que espera que dele fluam.
121
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58 - Há uma íntima associação entre dispêndios em que se incorrem e activos que se geram mas
ambos não coincidem necessariamente. Daqui que, quando uma entidade incorre em
dispêndios, isto possa proporcionar prova de que benefícios económicos futuros foram
procurados mas não é prova concludente de que um item que satisfaça a definição de activo
tenha sido obtido. Semelhantemente a ausência de um dispêndio relacionado não evita que um
item satisfaça a definição de activo e por conseguinte se torne um candidato ao reconhecimento
no balanço; por exemplo, itens que tenham sido doados à entidade podem satisfazer a
definição de activo.
60 - Deve distinguir-se entre uma obrigação presente e um compromisso futuro. Por exemplo, uma
decisão do órgão de gestão de uma entidade para adquirir activos no futuro não dá, por si
própria, origem a uma obrigação presente. Normalmente uma obrigação surge somente quando
o activo é entregue ou a entidade entra num acordo irrevogável para adquirir o activo. No último
caso, a natureza irrevogável do acordo significa que as consequências económicas da falha de
honrar o compromisso, por exemplo, por causa da existência de uma penalidade substancial,
deixa a entidade com pouca ou nenhuma margem para evitar o exfluxo de recursos para uma
outra parte.
61 - A liquidação de uma obrigação presente envolve geralmente que a entidade ceda recursos
incorporando benefícios económicos a fim de satisfazer a reivindicação da outra parte. A
liquidação de uma obrigação presente pode ocorrer de maneiras várias, por exemplo, por:
Uma obrigação pode também ser extinta por outros meios, tais como um credor abdicar ou
perder os seus direitos.
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65 - A criação de reservas é algumas vezes exigida pelos estatutos ou por outra legislação a fim de
dar à entidade e aos seus credores uma medida adicional de protecção dos efeitos de perdas.
Podem ser estabelecidas outras reservas se a legislação fiscal nacional conceder isenções de,
ou redução em, passivos fiscais quando sejam feitas transferências para tais reservas. A
existência e dimensão destas reservas legais, estatutárias e fiscais é informação que pode ser
relevante para as necessidades de tomada de decisão dos utentes. As transferências para tais
reservas são apropriações de resultados transitados, não sendo, por conseguinte, gastos.
66 - A quantia pela qual o capital próprio é mostrado no balanço está dependente da mensuração
dos activos e dos passivos. Normalmente, a quantia agregada do capital próprio somente por
coincidência corresponde ao valor de mercado agregado das acções da entidade ou à soma
que poderia ser obtida pela alienação quer dos activos líquidos numa base fragmentária quer da
entidade como um todo segundo o pressuposto da continuidade.
67 - As actividades comerciais, industriais e de negócios, são muitas vezes levadas a efeito por
meio de entidades tais como entidades em nome individual, parcerias, empreendimentos
conjuntos e variados tipos de entidades estatais de negócios. A estrutura legal e reguladora
para tais entidades é muitas vezes diferente da aplicável às sociedades. Por exemplo, podem
existir algumas restrições na distribuição aos proprietários ou a outros beneficiários de quantias
incluídas no capital próprio. Contudo, a definição de capital próprio e os outros aspectos desta
Estrutura Conceptual que tratam do capital próprio são apropriados para tais entidades.
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(a) Rendimentos são aumentos nos benefícios económicos durante o período contabilístico na
forma de influxos ou aumentos de activos ou diminuições de passivos que resultem em
aumentos no capital próprio, que não sejam os relacionados com as contribuições dos
participantes no capital próprio;
(b) Gastos são diminuições nos benefícios económicos durante o período contabilístico na
forma de exfluxos ou deperecimentos de activos ou na incorrência de passivos que resultem
em diminuições do capital próprio, que não sejam as relacionadas com distribuições aos
participantes no capital próprio.
74 - Os ganhos, incluem, por exemplo, os que provêm da alienação de activos não correntes. A
definição de rendimentos também inclui ganhos não realizados; por exemplo, os que
provenham da revalorização de títulos negociáveis e os que resultem de aumentos na quantia
escriturada de activos a longo prazo. Quando os ganhos sejam reconhecidos na demonstração
dos resultados, eles são geralmente apresentados em separado porque o seu conhecimento é
útil para o propósito de tomar decisões económicas. Os ganhos são muitas vezes relatados
líquidos de gastos relacionados.
75 - Várias espécies de activos podem ser recebidos ou aumentados através dos rendimentos;
exemplos incluem o dinheiro, dívidas a receber e bens e serviços recebidos por troca de bens e
serviços fornecidos. Os rendimentos podem também resultar da liquidação de passivos. Por
exemplo, uma entidade pode fornecer bens e serviços a um mutuante em liquidação de uma
obrigação para reembolsar um empréstimo por liquidar.
77 - As perdas representam outros itens que satisfaçam a definição de gastos e podem, ou não,
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81 - Um item que satisfaça a definição de uma classe deve ser reconhecido se:
(a) For provável que qualquer benefício económico futuro associado com o item flua para ou da
entidade, e
(b) O item tiver um custo ou um valor que possa ser mensurado com fiabilidade.
82 - Ao avaliar se um item satisfaz estes critérios e por isso se qualifica para reconhecimento nas
demonstrações financeiras, é necessário ter em atenção as condições de materialidade
tratadas nos parágrafos 29 e 30. A inter-relação entre os elementos significa que um item que
satisfaça a definição e os critérios de reconhecimento de um dado elemento, por exemplo, um
activo, requer automaticamente o reconhecimento de um outro elemento, por exemplo,
rendimento ou um passivo.
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demonstrações financeiras. Por exemplo, quando for provável que uma dívida a receber devida
por uma entidade venha a ser paga, é justificável então, na ausência de provas em contrário,
reconhecer a dívida a receber como um activo. Para uma grande população de dívidas a
receber, porém, é considerado provável algum grau de não pagamento; daqui que seja
reconhecido um gasto que represente a redução esperada de benefícios económicos.
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93 - Os gastos são reconhecidos na demonstração dos resultados com base numa associação
directa entre os custos incorridos e a obtenção de rendimentos específicos. Este processo,
geralmente referido como o balanceamento de custos com réditos, envolve o reconhecimento
simultâneo ou combinado de réditos e de gastos que resultem directa e conjuntamente das
mesmas transacções ou de outros acontecimentos; por exemplo, os vários componentes de
gastos constituindo o custo dos produtos vendidos são reconhecidos ao mesmo tempo que o
rendimento derivado da venda dos produtos. Porém, a aplicação do conceito de balanceamento
segundo esta Estrutura Conceptual não permite o reconhecimento de itens no balanço que não
satisfaçam a definição de activos ou passivos.
94 - Quando se espere que surjam benefícios económicos durante vários períodos contabilísticos e
a associação com rendimentos só possa ser determinada de uma forma geral ou
indirectamente, os gastos são reconhecidos na demonstração dos resultados na base de
procedimentos de imputação sistemáticos e racionais. Isto é muitas vezes necessário ao se
reconhecerem os gastos associados com o consumo de activos tais como os activos fixos
tangíveis, o trespasse (goodwill), as patentes e as marcas; em tais casos, o gasto é referido
como depreciação ou amortização. Estes procedimentos de imputação destinam-se a
reconhecer gastos nos períodos contabilísticos em que os benefícios económicos associados
com estes itens se consumam ou se extingam.
96 - Um gasto é também reconhecido na demonstração dos resultados nos casos em que seja
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(a) Custo histórico. Os activos são registados pela quantia de caixa, ou equivalentes de caixa
paga ou pelo justo valor da retribuição dada para os adquirir no momento da sua aquisição.
Os passivos são registados pela quantia dos proventos recebidos em troca da obrigação, ou
em algumas circunstâncias (por exemplo, impostos sobre o rendimento), pelas quantias de
caixa, ou de equivalentes de caixa, que se espera que venham a ser pagas para satisfazer
o passivo no decurso normal dos negócios.
(b) Custo corrente. Os activos são registados pela quantia de caixa ou de equivalentes de caixa
que teria de ser paga se o mesmo ou um activo equivalente fosse correntemente adquirido.
Os passivos são registados pela quantia não descontada de caixa, ou de equivalentes de
caixa, que seria necessária para liquidar correntemente a obrigação.
(c) Valor realizável (de liquidação). Os activos são registados pela quantia de caixa, ou
equivalentes de caixa, que possa ser correntemente obtida ao vender o activo numa
alienação ordenada. Os passivos são escriturados pelos seus valores de liquidação; isto é,
as quantias não descontadas de caixa ou equivalentes de caixa que se espera que sejam
pagas para satisfazer os passivos no decurso normal dos negócios.
(d) Valor presente. Os activos são escriturados pelo valor presente descontado dos futuros
influxos líquidos de caixa que se espera que o item gere no decurso normal dos negócios.
Os passivos são escriturados pelo valor presente descontado dos futuros exfluxos líquidos
de caixa que se espera que sejam necessários para liquidar os passivos no decurso normal
dos negócios.
(e) Justo valor. Quantia pela qual um activo poderia ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista
relacionamento entre elas.
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101 - A selecção por uma entidade do conceito apropriado de capital deve basear-se nas
necessidades dos utentes das suas demonstrações financeiras. Por conseguinte, um conceito
financeiro de capital deve ser adoptado se os utentes das demonstrações financeiras
estiverem principalmente interessados na manutenção do capital nominal investido ou no
poder de compra do capital investido. Se, porém, a principal preocupação dos utentes for a
capacidade operacional da entidade, deve ser usado um conceito físico de capital. O conceito
escolhido indica o objectivo a ser atingido na determinação do lucro, mesmo que possam
existir algumas dificuldades de mensuração para tornar o conceito operacional.
(a) Manutenção do capital financeiro. Por este conceito um lucro só é obtido se a quantia
financeira (ou dinheiro) dos activos líquidos no fim do período exceder a quantia financeira
(ou dinheiro) dos activos líquidos do começo do período, depois de excluir quaisquer
distribuições aos, e contribuições dos, proprietários durante o período. A manutenção do
capital financeiro pode ser mensurada quer em unidades monetárias nominais quer em
unidades de poder de compra constante.
(b) Manutenção do capital físico. Por este conceito um lucro só é obtido se a capacidade física
produtiva (ou capacidade operacional) da entidade (ou os recursos ou os fundos
necessários para conseguir essa capacidade) no fim do período exceder a capacidade
física produtiva no começo do período, depois de excluir quaisquer distribuições aos, e
contribuições dos, proprietários durante o período.
103 - O conceito de manutenção do capital está ligado à forma como uma entidade define o capital
que procura manter. Proporciona a ligação entre os conceitos de capital e os conceitos de
lucro porque proporciona o ponto de referência pelo qual o lucro é mensurado; é um pré
requisito para distinguir entre o retorno sobre o capital da entidade e o retorno do seu capital;
só os influxos de activos em excesso das quantias necessárias para manter o capital podem
ser vistos como lucro e por conseguinte como um retorno sobre o capital. Daqui que o lucro
seja a quantia residual que permanece após os gastos (incluindo os ajustamentos da
manutenção do capital, quando apropriados) terem sido deduzidos dos rendimentos. Se os
gastos excederem os rendimentos a quantia residual é um prejuízo.
104 - O conceito de manutenção do capital físico requer a adopção da base de mensuração pelo
custo corrente. O conceito de manutenção do capital financeiro, porém, não requer o uso de
uma base particular de mensuração. A selecção da base segundo este conceito está
dependente do tipo de capital financeiro que a entidade está a procurar manter.
105 - A diferença principal entre os dois conceitos de manutenção do capital é o tratamento dos
efeitos das alterações dos preços nos activos e passivos da entidade. Em termos gerais, uma
entidade tem mantido o seu capital se tiver tanto capital no fim do período como tinha no
começo do mesmo.
106 - Pelo conceito de manutenção do capital financeiro quando o capital seja definido em termos
de unidades monetárias nominais, o lucro representa o aumento do capital monetário nominal
durante o período. Por conseguinte, os aumentos dos preços dos activos detidos durante o
período, convencionalmente referidos como ganhos de detenção, são, conceptualmente,
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lucros. Podem, porém, não ser reconhecidos como tal até que os activos sejam alienados
numa transacção de troca. Quando o conceito de manutenção do capital financeiro seja
definido em termos de unidades de poder de compra constante, o lucro representa o aumento
de poder de compra investido durante o período. Por conseguinte, apenas aquela parte do
aumento nos preços dos activos que exceda o aumento no nível geral de preços é vista como
lucro. O resto do aumento é tratado como ajustamento da manutenção do capital e, daqui,
como parte do capital próprio.
107 - Pelo conceito de manutenção do capital físico quando o capital seja definido em termos da
capacidade produtiva física, o lucro representa o aumento nesse capital durante o período.
Todas as alterações de preços que afectem os activos e passivos da entidade são vistas como
alterações na mensuração da capacidade física produtiva da entidade; daqui que sejam
tratadas como ajustamentos da manutenção do capital, que fazem parte do capital próprio, e
não como lucro.
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Normas Interpretativas
Actualizado em 2009-09-09
Por Despacho n.º 586/2009/MEF do Senhor Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, de 14 de
Agosto de 2009, em substituição do Senhor Ministro de Estado e das Finanças, foram homologadas
as seguintes Normas Interpretativas do Sistema de Normalização Contabilística, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho:
Norma Interpretativa 1
Consolidação - Entidades de Finalidades Especiais
Esta Norma Interpretativa decorre da SIC 12 - Consolidação - Entidades de Finalidades Especiais,
adoptada pelo texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Questão (parágrafos 1 a 7)
1- Uma entidade pode ser criada para cumprir um objectivo restrito e bem definido (por exemplo,
efectuar actividades de locação, de pesquisa e desenvolvimento ou uma titularização de activos
financeiros). Tal entidade de finalidade especial ("EFE") pode tomar a forma de uma sociedade,
uma parceria ou um trust. As EFEs são muitas vezes criadas com acordos jurídicos que
impõem limites estritos e por vezes permanentes aos poderes de tomada de decisão do seu
órgão de gestão ou trustee sobre as operações da EFE. Frequentemente, estas cláusulas
especificam que a política que guia as actividades contínuas da EFE não podem ser
modificadas, a não ser pelo seu criador ou patrocinador (isto é, funcionam no chamado
"autopilot").
2- O patrocinador (ou a entidade a favor de quem a EFE foi constituída) frequentemente transfere
activos para a EFE, obtém o direito de usar activos detidos pela EFE ou executa serviços para a
EFE, embora outras partes ("fornecedores de capital") possam proporcionar o financiamento da
EFE. Uma entidade que efectue transacções com uma EFE (frequentemente o criador ou o
patrocinador) pode em substância controlar a EFE.
3- Um interesse de benefícios numa EFE pode, por exemplo, tomar a forma de um instrumento de
dívida, de um instrumento de capital próprio, de um direito de participação, de um interesse
residual ou de uma locação. Alguns interesses de benefícios podem simplesmente proporcionar
ao detentor uma taxa de retorno fixada ou declarada, enquanto outros dão ao detentor direitos
ou o acesso a outros benefícios económicos futuros das actividades da EFE. Na maioria dos
casos, o criador ou o patrocinador (ou a entidade a favor de quem a EFE foi criada) retém um
interesse de benefícios significativo nas actividades da EFE, mesmo que possa possuir pouco
ou nenhum do capital próprio da EFE.
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que sejam controladas pela entidade que relata. Porém, a Norma não proporciona orientação
específica sobre a consolidação de EFE.
5- A questão que se coloca é em que circunstâncias uma entidade deve consolidar uma EFE.
7- Uma transferência de activos de uma entidade para uma EFE pode qualificar-se como uma
venda por essa entidade. Mesmo se a transferência se qualificar como uma venda, as
disposições da NCRF 15 e esta Norma Interpretativa podem significar que a entidade deve
consolidar a EFE. Esta Norma Interpretativa não trata das circunstâncias em que se deve
aplicar o tratamento de venda à entidade ou da eliminação das consequências de tal venda
após a consolidação.
9- No contexto de uma EFE, o controlo pode surgir por via da predeterminação das actividades da
EFE (operando em «autopilot») ou de outra forma. O decreto-lei que aprovou o Sistema de
Normalização Contabilística (SNC) indica várias circunstâncias que resultam em controlo
mesmo em casos em que uma entidade possua metade ou menos do poder de voto de outra
entidade. De forma similar, pode existir controlo mesmo em casos em que uma entidade possui
pouco ou nenhum do capital próprio da EFE. A aplicação do conceito de controlo exige, em
cada caso, julgamento no contexto de todos os factores relevantes.
10 - Além das situações descritas no decreto-lei que aprovou o SNC, as circunstâncias seguintes,
por exemplo, podem indiciar um relacionamento em que uma entidade controla uma EFE e
consequentemente deve consolidar a EFE (dá-se orientação adicional no apêndice a esta
Norma Interpretativa):
b) Em substância, a entidade tem os poderes de tomada de decisão para obter a maioria dos
benefícios das actividades da EFE ou, ao estabelecer um mecanismo de «autopilot», a
entidade delegou estes poderes de tomada de decisão;
c) Em substância, a entidade tem direitos para obter a maioria dos benefícios da EFE e pode
por conseguinte estar exposta a riscos inerentes às actividades da EFE; ou
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A1. Os exemplos do parágrafo 10 desta Norma Interpretativa destinam-se a indicar situações que
devem ser consideradas ao avaliar um determinado acordo à luz do princípio da substância
sobre a forma. A orientação dada nesta Norma Interpretativa e neste apêndice não se destina a
ser usada como uma "lista de verificações exaustiva" das condições que têm de ser
cumulativamente satisfeitas a fim de exigir a consolidação de uma EFE, sendo apenas
exemplificativa.
A2. Actividades
As actividades da EFE estão, em substância, a ser conduzidas a favor da entidade que relata,
que directamente ou indirectamente criou a EFE de acordo com as suas necessidades
específicas de negócio.
São exemplos:
a) A EFE está especialmente empenhada em proporcionar uma fonte de capital a longo prazo
para uma entidade ou na contribuição de fundos para suportar as operações centrais ou
principais continuadas de uma entidade; ou
A dependência económica de uma entidade sobre a entidade que relata (tais como relações de
fornecedores com um cliente significativo) não conduz, por si mesma, a controlo.
A entidade que relata tem, em substância, poderes de tomada de decisão para controlar ou
para obter o controlo da EFE ou dos seus activos, incluindo determinados poderes de tomada
de decisão que apareceram após a constituição da EFE. Tais poderes de tomada de decisão
podem ter sido delegados ao estabelecer um mecanismo "autopilot".
São exemplos:
A4. Benefícios
A entidade que relata tem, em substância, direito de obter a maioria dos benefícios das
actividades da EFE por via dos estatutos, de contrato, de acordo, ou de procuração, ou outro
qualquer esquema, acordo ou instrumento. Tais direitos a benefícios na EFE podem ser
indicadores de controlo quando sejam especificados a favor de uma entidade que está
comprometida em transacções com uma EFE e que a entidade existe para ganhar esses
benefícios a partir do desempenho financeiro da EFE.
São exemplos:
a) Direitos à maior parte de quaisquer benefícios económicos distribuídos por uma entidade na
forma de futuros fluxos de caixa líquidos, ganhos, activos líquidos, ou outros benefícios
económicos; ou
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A5. Riscos
Pode ser obtida uma indicação de controlo pela avaliação dos riscos de cada parceiro que entre
em transacções com uma EFE. Frequentemente, a entidade que relata garante um retorno ou
protecção de crédito directa ou indirectamente por via da EFE a investidores externos que
proporcionam substancialmente todo o capital da EFE. Como consequência da garantia, a
entidade retém riscos residuais ou de propriedade e os investidores são, em substância,
apenas mutuantes porque é limitada a sua exposição a ganhos e perdas.
São exemplos:
b) Os fornecedores de capital não têm direitos aos futuros benefícios económicos da EFE;
c) Os fornecedores de capital não estão substantivamente expostos aos riscos inerentes aos
activos líquidos subjacentes ou às operações da EFE; ou
Norma Interpretativa 2
Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso
Esta Norma Interpretativa decorre da NCRF 12 - Imparidade de Activos.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
a) Uma estimativa do fluxo de caixa futuro, ou, em casos mais complexos, da série de fluxos
de caixa futuros que a entidade espera obter de um activo;
c) O valor total do dinheiro, representado pela taxa corrente de juro sem risco do mercado;
e) Outros factores (tais como a falta de liquidez), por vezes não identificáveis, que os
participantes do mercado reflectiriam ao apreçar os fluxos de caixa futuros que a entidade
espera obter do activo.
2- Esta Norma Interpretativa apresenta duas abordagens para calcular o valor presente, qualquer
delas podendo ser usada para estimar o valor de uso de um activo, dependendo das
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a) As taxas de juro usadas para descontar fluxos de caixa devem reflectir pressupostos que
sejam consistentes com os inerentes aos fluxos de caixa estimados. Por exemplo, uma taxa
de desconto de 12% pode ser aplicada a fluxos de caixa de um empréstimo a receber. Essa
taxa reflecte as expectativas acerca de futuros incumprimentos de empréstimos com
características particulares. Os mesmos 12% não deveriam ser usados para descontar
fluxos de caixa esperados porque esses fluxos de caixa já reflectem pressupostos acerca
de futuros incumprimentos.
5- Em algumas circunstâncias, tais como as que em activos comparáveis possam ser observados
no mercado, uma abordagem tradicional é fácil de aplicar. Para activos com fluxos de caixa
contratuais, ela é consistente com a forma como os participantes do mercado descrevem os
activos, como em "uma obrigação a 12%".
135
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devem ser semelhantes às do activo a mensurar. Portanto, a pessoa que mensura deve fazer o
seguinte:
b) Identificar outro activo no mercado que pareça ter fluxos de caixa semelhantes;
c) Comparar os conjuntos de fluxos de caixa dos dois itens para assegurar que sejam
semelhantes (por exemplo, são ambos conjuntos de fluxos de caixa contratuais, ou um é
contratual e o outro um fluxo de caixa estimado?);
d) Avaliar se há um elemento num item que não esteja presente no outro (por exemplo, um é
menos líquido que o outro?); e
8- A abordagem pelo fluxo de caixa esperado também permite o uso de técnicas de valor presente
quando a tempestividade dos fluxos de caixa for incerta. Por exemplo, um fluxo de caixa de
1.000 UM pode ser recebido num ano, dois anos ou três anos com probabilidade de 10%, 60%
e 30%, respectivamente. O exemplo abaixo mostra a computação do valor presente esperado
para essa situação.
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a) A quantia estimada recai algures entre 50 UM e 250 UM, mas nenhuma quantia nesse
intervalo é mais provável do que qualquer quantia, com base nessa informação limitada, o
fluxo de caixa esperado estimado é de 150 UM [(50+250)/2];
b) A quantia estimada recai algures entre 50 UM e 250 UM e a quantia mais provável é 100
UM. Contudo, as probabilidades associadas a cada quantia são desconhecidas. Com base
nessa informação limitada, o fluxo de caixa estimado é de 133,33 UM [(50+100+250)/3];
Em cada caso, é provável que o fluxo de caixa esperado estimado proporcione uma melhor
estimativa do valor de uso do que o mínimo, o mais provável ou o máximo tomados
individualmente.
12 - A aplicação de uma abordagem pelo fluxo de caixa esperado está sujeita a um constrangimento
baseado na relação custos/benefícios. Em alguns casos, uma entidade pode ter acesso a
muitos dados que podem ser capazes de desenvolver muitos cenários de fluxos de caixa.
Noutros casos, uma entidade pode não ser capaz de desenvolver mais do que demonstrações
gerais acerca da variabilidade de fluxos de caixa sem incorrer em custos substanciais. A
entidade precisa de equilibrar o custo da obtenção de informação adicional face à fiabilidade
adicional que essa informação trará à mensuração.
13 - Alguns defendem que as técnicas pelo fluxo de caixa esperado não são apropriadas para
mensurar um único irem ou um item com um número limitado de possíveis desfechos.
Oferecem um exemplo de um activo com dois possíveis desfechos: uma probabilidade de 90%
de que o fluxo de caixa seja 10 UM e uma probabilidade de 10% de que o fluxo de caixa seja
1.000 UM. Observam que o fluxo de caixa esperado nesse exemplo é de 109 UM e criticam
esse resultado como não sendo representativo de qualquer das quantias que poderão ser
pagas em última instância.
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16 - Quando uma taxa de um activo específico não estiver directamente disponível no mercado, uma
entidade usa substitutos para estimar a taxa de desconto. A finalidade é estimar, tanto quanto
possível, uma avaliação do mercado:
a) Do valor temporal do dinheiro para os períodos até ao fim da vida útil do activo:
b) Dos factores (b), (d) e (e) descritos no parágrafo 1, até ao ponto em que esses factores não
originaram ajustamentos para atingir os fluxos de caixa estimados.
17 - Como ponto de partida na determinação de tal estimativa, a entidade deve ter em conta as
seguintes taxas:
a) O custo médio ponderado de capital da entidade determinado pelo uso de técnicas tais
como o Modelo de Apreçamento de activos de Capital (Capital Asset Pricing Model);
a) Para reflectir a forma como o mercado avaliaria os riscos específicos associados aos fluxos
de caixa estimados do activo; e
b) Para excluir os riscos que não sejam relevantes para os fluxos de caixa estimados do activo
ou para os quais os fluxos de caixa tenham sido ajustados.
Devem ser considerados riscos, tais como o risco de país, o risco de moeda e o risco de preço.
20 - O parágrafo 21 da NCRF 12 - Imparidade de Activos exige que a taxa de desconto usada seja
uma taxa antes dos impostos. Portanto, quando a base usada para estimar a taxa de desconto
for após os impostos, essa base é ajustada para reflectir uma taxa antes dos impostos.
21 - Uma entidade usa normalmente uma taxa de desconto única para a estimativa do valor de uso
de um activo. Porém, uma entidade usa taxas de desconto separadas para períodos futuros,
distintos quando o valor de uso for sensível a uma diferença nos riscos para períodos distintos
ou à estrutura de prazos das taxas de juro.
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Actualizado em 2009-09-10
Por Despacho n.º 587/2009/MEF do Senhor Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, de 14 de
Agosto de 2009, em substituição do Senhor Ministro de Estado e das Finanças, foi homologada a
seguinte Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades do Sistema de
Normalização Contabilística, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho:
1.1 - Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem como objectivo estabelecer os
aspectos de reconhecimento, mensuração e divulgação extraídos das correspondentes
NCRF, tidos como os requisitos mínimos aplicáveis às pequenas entidades tal como são
definidas pelo decreto-lei que instituiu o SNC, adiante designadas por pequenas
entidades.
2- Âmbito
2.1 - Esta Norma deve ser aplicada pelas entidades que cumpram os requisitos sobre
pequenas entidades, desde que não optem por aplicar o conjunto completo das Normas
Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF).
2.2 - Sempre que na presente norma existam remissões para as Normas Internacionais de
Contabilidade, entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia nos
termos do Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de
19 de Julho e, em conformidade com o texto original do Regulamento (CE) n.º
1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
2.3 - Sempre que esta Norma não responda a aspectos particulares que se coloquem a dada
entidade em matéria de contabilização ou relato financeiro de transacções ou situações,
ou a lacuna em causa seja de tal modo relevante que o seu não preenchimento impeça
o objectivo de ser prestada informação que, de forma verdadeira e apropriada, traduza a
posição financeira numa certa data e o desempenho para o período abrangido, a
entidade deverá recorrer, tendo em vista tão-somente a superação dessa lacuna,
supletivamente e pela ordem indicada:
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3.1 - Como referido no ponto 1.1, a presente norma tem como objectivo estabelecer os
aspectos de reconhecimento, mensuração e divulgação aplicáveis às pequenas
entidades. Dada a estrutura da norma, considerou-se útil a inclusão na mesma de um
conjunto de disposições relativas a reconhecimento que nela são recorrentemente
utilizadas. Naturalmente, que, a bem da coerência do modelo, os conceitos em causa
baseiam-se na Estrutura Conceptual para a Preparação e Apresentação das
Demonstrações Financeiras.
3.3 - Um activo é reconhecido no balanço quando for provável que os benefícios económicos
futuros fluam para a entidade e o activo tenha um custo ou um valor que possa ser
mensurado com fiabilidade.
3.4 - Um passivo é reconhecido no balanço quando for provável que um exfluxo de recursos
incorporando benefícios económicos resulte da liquidação de uma obrigação presente e
que a quantia pela qual a liquidação tenha lugar possa ser mensurada com fiabilidade.
3.6 - Os gastos são reconhecidos na demonstração dos resultados quando tenha surgido
uma diminuição dos benefícios económicos futuros relacionados com uma diminuição
num activo ou com um aumento de um passivo e que possam ser mensurados com
fiabilidade. O reconhecimento de gastos ocorre simultaneamente com o reconhecimento
de um aumento de passivos ou de uma diminuição de activos (por exemplo, o acréscimo
de direitos dos empregados ou a depreciação de equipamento).
4.2 - Cada componente das demonstrações financeiras deve ser identificado claramente.
Além disso, a informação seguinte deve ser mostrada de forma proeminente e repetida
quando for necessário para a devida compreensão da informação apresentada:
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c) A moeda de apresentação; e
Balanço
Activos correntes
4.5 - Um activo deve ser classificado como corrente quando satisfizer qualquer dos seguintes
critérios:
c) Espera-se que seja realizado num período até doze meses após a data do balanço;
ou
d) É caixa ou equivalente de caixa, a menos que lhe seja limitada a troca ou uso para
liquidar um passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
4.6 - Esta Norma usa o termo não corrente para incluir activos tangíveis, intangíveis e
financeiros cuja natureza seja de longo prazo.
4.7 - O ciclo operacional de uma entidade é o tempo entre a aquisição de activos para
processamento e sua realização em caixa ou seus equivalentes. Quando o ciclo
operacional normal da entidade não for claramente identificável, pressupõe-se que a
sua duração seja de doze meses.
Passivos correntes
4.8 - Um passivo deve ser classificado como corrente quando satisfizer qualquer um dos
seguintes critérios:
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c) Deva ser liquidado num período até doze meses após a data do balanço; ou
4.9 - Alguns passivos correntes, tais como dívidas a pagar comerciais e alguns acréscimos
de custos relativos a empregados e outros custos operacionais, são parte do capital
circulante usado no ciclo operacional normal da entidade. Tais itens operacionais são
classificados como passivos correntes mesmo que estejam para ser liquidados mais de
doze meses após a data do balanço. O mesmo ciclo operacional normal aplica-se à
classificação dos activos e passivos de uma entidade. Quando o ciclo operacional
normal da entidade não for claramente identificável, pressupõe-se que a sua duração
seja de doze meses.
4.10 - Uma entidade classifica os seus passivos financeiros como correntes quando a sua
liquidação estiver prevista para um período até doze meses após a data do balanço,
mesmo que:
Resultados do período
4.12 - Todos os itens de rendimentos e de gastos reconhecidos num período devem ser
incluídos nos resultados a menos que um outro capítulo o exija de outro modo.
4.14 - Uma entidade não deve apresentar itens de rendimento e de gasto como itens
extraordinários, quer na face da demonstração dos resultados quer no anexo.
Anexo
Estrutura
4.16 - O anexo deve:
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b) Divulgar a informação exigida pelos capítulos desta Norma que não seja
apresentada na face do balanço, e da demonstração dos resultados; e
4.17 - As notas do anexo devem ser apresentadas de uma forma sistemática. Cada item na
face do balanço e da demonstração dos resultados, que tenha merecido uma nota no
anexo, deve ter uma referência cruzada.
b) Outras políticas contabilísticas usadas que sejam relevantes para uma compreensão
das demonstrações financeiras.
143
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5.5 - Caso uma entidade dê conta de erros cometidos segundo os PCGA anteriores, as
reconciliações exigidas nos parágrafos anteriores, devem distinguir entre a correcção
desses erros e as alterações às políticas contabilísticas.
6.2 - Na ausência de uma disposição desta Norma que se aplique especificamente a uma
transacção, outro acontecimento ou condição, e após utilizadas as disposições
supletivas previstas no ponto 2.3 acima, o órgão de gestão fará juízos de valor no
desenvolvimento e aplicação de uma política contabilística que resulte em informação
que seja:
6.3 - Ao fazer os juízos de valor descritos no parágrafo 6.2, o órgão de gestão deve consultar
e considerar a aplicabilidade das seguintes fontes, por ordem indicada:
144
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6.4 - Uma entidade deve seleccionar e aplicar as suas políticas consistentemente para
transacções semelhantes, outros acontecimentos e condições, a menos que
determinado capítulo desta Norma especificamente exija ou permita a categorização de
itens para os quais possam ser apropriadas diferentes políticas. Se um outro capítulo
exigir ou permitir tal categorização, uma política contabilística deve ser seleccionada e
aplicada consistentemente a cada categoria.
6.8 - Até ao ponto em que uma alteração numa estimativa contabilística dá origem a
alterações em activos e passivos, ou se relacione com um item do capital próprio, ela
deve ser reconhecida pelo ajustamento da quantia escriturada do item de capital
próprio, activo ou passivo relacionado no período da alteração.
Divulgações
6.10 - Quando a aplicação de uma disposição desta Norma tiver efeitos no período corrente ou
em qualquer período anterior, salvo se for impraticável determinar a quantia do
ajustamento, ou puder ter efeitos em períodos futuros, uma entidade deve divulgar
apenas nas demonstrações financeiras do período corrente:
145
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Reconhecimento
7.1 - O custo de um item de activo fixo tangível deve ser reconhecido como activo se, e
apenas se, cumprir as condições de reconhecimento definidas no capítulo 3 acima.
7.3 - Podem ser considerados no Activo por uma só quantidade e quantia fixa, os itens
imobilizados que, no seu conjunto, satisfaçam simultaneamente as seguintes condições:
7.4 - Partes de alguns itens do activo fixo tangível poderão necessitar de substituições a
intervalos regulares. Uma entidade deve reconhecer na quantia escriturada de um item
do activo fixo tangível o custo da peça de substituição desse item quando o custo for
incorrido, se os critérios de reconhecimento forem cumpridos. A quantia escriturada das
peças que são substituídas é desreconhecida de acordo com as disposições de
desreconhecimento deste capítulo.
Mensuração
7.5 - Um item do activo fixo tangível que seja classificado para reconhecimento como um
activo deve ser mensurado pelo seu custo.
7.7 - Exemplos de dispêndios que não fazem parte do custo de um item do activo fixo
146
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tangível são:
c) Custos de condução do negócio numa nova localização ou com uma nova classe de
clientes (incluindo custos de formação de pessoal); e
7.8 - Uma entidade deve aplicar o modelo de custo do parágrafo 7.9. Nos casos em que
existam diferenças significativas entre a quantia escriturada segundo o modelo do custo
e o justo valor dos activos, uma entidade poderá, alternativamente utilizar o modelo de
revalorização do parágrafo 7.10 como sua política contabilística e deve aplicar essa
política a uma classe inteira de activos fixos tangíveis.
7.9 - No modelo do custo, após o reconhecimento como um activo, um item do activo fixo
tangível deve ser escriturado pelo seu custo menos qualquer depreciação acumulada e
quaisquer perdas por imparidade acumuladas.
Depreciação
7.13 - Cada parte de um item do activo fixo tangível com um custo que seja significativo em
relação ao custo total do item deve ser depreciada separadamente.
7.14 - O gasto de depreciação em cada período deve ser reconhecido nos resultados a menos
que seja incluído na quantia escriturada de um outro activo.
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7.16 - O valor residual e a vida útil de um activo devem ser revistos pelo menos no final de
cada ano financeiro e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a(s)
alteração(ões) deve(m) ser contabilizada(s) como uma alteração numa estimativa
contabilística de acordo com o capítulo 6 desta Norma.
7.17 - A depreciação de um activo começa quando este esteja disponível para uso, i.e. quando
estiver na localização e condição necessárias para que seja capaz de operar na forma
pretendida. A depreciação de um activo cessa na data em que o activo for
desreconhecido. Consequentemente, a depreciação não cessa quando o activo se
tornar ocioso ou for retirado do uso a não ser que o activo esteja totalmente depreciado.
Contudo, segundo os métodos de uso da depreciação, o gasto de depreciação pode ser
zero enquanto não houver produção.
7.18 - Na determinação da vida útil de um activo uma entidade deve considerar todos os
seguintes factores:
Método de depreciação
7.19 - O método de depreciação usado deve reflectir o modelo por que se espera que os
futuros benefícios económicos do activo sejam consumidos pela entidade.
7.20 - Pode ser usada uma variedade de métodos de depreciação para imputar a quantia
depreciável de um activo numa base sistemática durante a sua vida útil. Estes métodos
incluem o método da linha recta, o método do saldo decrescente e o método das
unidades de produção.
Imparidade
7.22 - Para determinar se um item do activo fixo tangível está ou não com imparidade, uma
entidade deve aplicar a NCRF 12 - Imparidade de Activos. Essa Norma explica como
uma entidade revê a quantia escriturada dos seus activos, como determina a quantia
recuperável de um activo e quando reconhece ou reverte o reconhecimento de uma
perda por imparidade.
Desreconhecimento
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7.23 - A quantia escriturada de um item do activo fixo tangível deve ser desreconhecida:
a) No momento da alienação; ou
7.25 - Aquando da data de alienação de um item do activo fixo tangível uma entidade deve
aplicar os critérios referidos no capítulo 12 para reconhecimento do rédito (§ 12.5 e
seguintes).
Divulgações
7.27 - As demonstrações financeiras devem divulgar:
7.29 - Se os itens do activo fixo tangível forem expressos por quantias revalorizadas, deve ser
divulgado o seguinte:
8- Activos intangíveis
8.1 - Os critérios estabelecidos no capítulo relativo a activos fixos tangíveis, aplicam-se aos
activos intangíveis, incluindo os de carácter ambiental, sem prejuízo do a seguir
descrito.
Reconhecimento
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8.2 - Um activo intangível deve ser reconhecido se, e apenas se, for identificável, e cumprir
as condições de reconhecimento definidas no capítulo 3 acima.
Mensuração inicial
8.4 - Um activo intangível deve ser mensurado inicialmente pelo seu custo, o qual deve ser
determinado como preconizado para os activos tangíveis.
8.6 - Não deve ser reconhecido nenhum activo intangível proveniente de pesquisa, ou da fase
de pesquisa de um projecto interno, sendo os correspondentes dispêndios reconhecidos
como um gasto quando forem incorridos.
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8.9 - Podem existir direitos ou outros elementos de natureza semelhante adquiridos por
motivos associados ao impacto das actividades da entidade sobre o ambiente (por
exemplo, patentes, licenças, autorização de poluição e direitos de emissão). Se tiverem
sido adquiridos a título oneroso, e, além disso, satisfizerem os critérios necessários ao
seu reconhecimento como activo, tal como estabelecido no parágrafo 8.8., devem ser
capitalizados e amortizados sistematicamente ao longo das suas vidas económicas
úteis esperadas. Caso não satisfaçam esses critérios, devem ser imputados a
resultados.
8.11 - Os dispêndios de carácter ambiental relacionados com danos que ocorreram num
exercício anterior não podem qualificar-se como ajustamentos de exercícios anteriores
mas devem pelo contrário ser registados como gastos no exercício corrente.
8.12 - Uma entidade reconhecerá como gasto os seguintes itens, os quais nunca deverão ser
reconhecidos como activo:
b) Dispêndio com actividades de arranque, a não ser que este dispêndio esteja incluído
no custo de um item de activo fixo tangível de acordo com o capítulo 7 - Activos
Fixos Tangíveis. Os custos de arranque podem consistir em custos de
estabelecimento tais como os custos legais ou de secretariado incorridos no
estabelecimento de uma entidade legal, dispêndios para abrir novas instalações ou
negócio ou dispêndios para iniciar novas unidades operacionais ou lançar novos
produtos ou processos;
8.13 - O dispêndio com um item intangível que tenha sido inicialmente reconhecido como um
gasto não deve ser reconhecido como parte do custo de um activo intangível em data
posterior.
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8.14 - Após o reconhecimento inicial, um activo intangível deve ser contabilizado pelo modelo
do custo tal como definido no parágrafo 7.9.
Vida útil
8.16 - Uma entidade deve avaliar se a vida útil de um activo intangível é finita ou indefinida e,
se for finita, a duração de, ou o número de produção ou de unidades similares
constituintes, dessa vida útil. Um activo intangível tem uma vida útil indefinida quando,
com base numa análise de todos os factores relevantes, não houver limite previsível
para o período durante o qual se espera que o activo gere influxos de caixa líquidos
para a entidade.
8.17 - A vida útil de um activo intangível que resulte de direitos contratuais ou de outros
direitos legais não deve exceder o período dos direitos contratuais ou de outros direitos
legais, mas pode ser mais curta dependendo do período durante o qual a entidade
espera usar o activo. Se os direitos contratuais ou outros direitos legais forem
transmitidos por um prazo limitado que possa ser renovado, a vida útil do activo
intangível deve incluir o(s) período(s) de renovação apenas se existir evidência que
suporte a renovação pela entidade sem um custo significativo.
Valor residual
8.19 - O valor residual de um activo intangível com uma vida útil finita deve ser assumido como
sendo zero a menos que:
ii) seja provável que tal mercado exista no final da sua vida útil.
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Retiradas e alienações
8.23 - Um activo intangível deve ser desreconhecido no momento da alienação ou quando não
se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação.
Divulgações
8.24 - Uma entidade deve divulgar o seguinte para cada classe de activos intangíveis,
distinguindo entre os activos intangíveis gerados internamente e outros activos
intangíveis:
b) Os métodos de amortização usados para activos intangíveis com vidas úteis finitas;
a) Para um activo intangível avaliado como tendo uma vida útil indefinida, a quantia
escriturada desse activo e as razões que apoiam a avaliação de uma vida útil
indefinida. Ao apresentar estas razões, a entidade deve descrever o(s) factor(es)
que desempenhou(aram) um papel significativo na determinação de que o activo
tem uma vida útil indefinida;
8.27 - Relativamente aos activos intangíveis de carácter ambiental, uma entidade deve
divulgar:
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9- Locações
9.1 - Uma locação é classificada como locação financeira se ela transferir substancialmente
todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade. Uma locação é classificada como
locação operacional se ela não transferir substancialmente todos os riscos e vantagens
inerentes à propriedade.
Classificação de locações
9.2 - A classificação de uma locação como financeira ou operacional depende da substância
da transacção e não da forma do contrato. Exemplos de situações que podem
normalmente conduzir a que uma locação seja classificada como uma locação
financeira são:
b) O locatário tem a opção de comprar o activo por um preço que se espera que seja
suficientemente mais baixo do que o justo valor à data em que a opção se torne
exercível tal que, no inicio da locação, seja razoavelmente certo que a opção será
exercida;
c) O prazo da locação abrange a maior parte da vida económica do activo mesmo que
o título de propriedade não seja transferido;
e) Os activos locados são de uma tal natureza especializada que apenas o locatário os
pode usar sem que sejam feitas grandes modificações.
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9.4 - Os exemplos e indicadores enunciados nos parágrafos 9.2 e 9.3 nem sempre são
conclusivos. Se for claro com base noutras características que a locação não transfere
substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse, a locação é
classificada como locação operacional.
Locações financeiras
Reconhecimento inicial
9.5 - No começo do prazo de locação, os locatários devem reconhecer as locações
financeiras como activos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao justo
valor da propriedade locada ou, se inferior, ao valor dos pagamentos mínimos da
locação, cada um determinado no início da locação. Quaisquer custos directos iniciais
do locatário, tais como de negociação e de garantia, são adicionados à quantia
reconhecida como activo.
Mensuração subsequente
9.6 - Os pagamentos mínimos da locação devem ser repartidos entre o encargo financeiro e
a redução do passivo pendente. O encargo financeiro deve ser imputado a cada período
durante o prazo da locação. As rendas contingentes devem ser debitadas como gastos
nos períodos em que foram incorridas.
Locações operacionais
9.8 - Os pagamentos de uma locação operacional devem ser reconhecidos como um gasto
numa base linear durante o prazo da locação.
Divulgações
9.9 - Para locações financeiras, os locatários devem divulgar para cada categoria de activo, a
quantia escriturada líquida à data do balanço.
9.10 - Para locações financeiras e operacionais, os locatários devem divulgar uma descrição
geral dos acordos de locação significativos incluindo, pelo menos, o seguinte:
155
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iii) Restrições impostas por acordos de locação, tais como as que respeitam a
dividendos, dívida adicional, e posterior locação.
Locações operacionais
Reconhecimento
9.11 - Os locadores devem apresentar os activos sujeitos a locações operacionais nos seus
balanços de acordo com a natureza do activo.
9.12 - O rendimento proveniente de locações operacionais deve ser reconhecido numa base
linear durante o prazo da locação, salvo se outra base sistemática for mais
representativa do modelo temporal em que o benefício do uso do activo locado seja
diminuído por incentivo concedido pelo locador.
9.14 - Os custos directos iniciais incorridos pelos locadores ao negociar e aceitar uma locação
operacional devem ser adicionados à quantia escriturada do activo locado e
reconhecidos como um gasto durante o prazo da locação na mesma base do
rendimento da locação.
9.15 - A política de depreciação para activos locados depreciáveis deve ser consistente com a
política de depreciação normal do locador para activos semelhantes, e a depreciação
deve ser calculada de acordo com as disposições referentes a activos intangíveis e a
activos fixos tangíveis.
9.16 - Para determinar se um activo locado ficou em imparidade, uma entidade aplica a NCRF
12 - Imparidade de Activos.
Divulgações
9.18 - Os locadores devem fazer as seguintes divulgações para as locações operacionais:
156
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Reconhecimento
10.2 - Os custos de empréstimos obtidos devem ser reconhecidos como um gasto no período
em que sejam incorridos, excepto nos casos em que sejam capitalizados de acordo com
o parágrafo 10.3.
10.6 - Na medida em que os fundos sejam pedidos de uma forma geral e usados com o fim de
obter um activo que se qualifica, a quantia de custos de empréstimos obtidos elegíveis
para capitalização deve ser determinada pela aplicação de uma taxa de capitalização
aos dispêndios respeitantes a esse activo. A taxa de capitalização deve ser a média
ponderada dos custos de empréstimos obtidos aplicável aos empréstimos contraídos
pela entidade que estejam em circulação no período, que não sejam empréstimos
contraídos especificamente com o fim de obter um activo que se qualifica. A quantia dos
custos de empréstimos obtidos capitalizados durante um período não deve exceder a
quantia dos custos de empréstimos obtidos incorridos durante o período.
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Início da capitalização
10.8 - A capitalização dos custos de empréstimos obtidos como parte do custo de um activo
que se qualifica deve começar quando:
c) As actividades que sejam necessárias para preparar o activo para o seu uso
pretendido ou venda estejam em curso.
Suspensão da capitalização
10.10 - A capitalização dos custos dos empréstimos obtidos deve ser suspensa durante os
períodos extensos em que o desenvolvimento das actividades a que se refere o
parágrafo 10.8 (c) seja interrompido.
Cessação da capitalização
10.11 - A capitalização dos custos dos empréstimos obtidos deve cessar quando
substancialmente todas as actividades necessárias para preparar o activo elegível para
o seu uso pretendido ou para a sua venda estejam concluídas.
10.12 - Quando a construção de um activo que se qualifica for concluída por partes e cada parte
estiver em condições de ser usada enquanto a construção continua noutras partes, a
capitalização dos custos de empréstimos obtidos deve cessar quando todas as
actividades necessárias para preparar essa parte para o seu pretendido uso ou venda
estejam concluídas.
Divulgações
10.13 - As demonstrações financeiras devem divulgar:
11 - Inventários
Mensuração de inventários
11.1 - Os inventários devem ser mensurados pelo custo ou valor realizável líquido, dos dois o
mais baixo.
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actuais.
Custos de compra
11.3 - Os custos de compra de inventários incluem o preço de compra, direitos de importação
e outros impostos (que não sejam os subsequentemente recuperáveis das entidades
fiscais pela entidade) e custos de transporte, manuseamento e outros custos
directamente atribuíveis à aquisição de bens acabados, materiais e de serviços.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes deduzem-se na
determinação dos custos de compra.
11.4 - Uma entidade pode comprar inventários com condições de liquidação diferida. Quando
o acordo contenha efectivamente um elemento de financiamento, esse elemento, por
exemplo uma diferença entre o preço de compra para condições de crédito normais e a
quantia paga, é reconhecido como gasto de juros durante o período do financiamento.
Custos de conversão
11.5 - Os custos de conversão de inventários incluem os custos directamente relacionados
com as unidades de produção, tais como mão de obra directa. Também incluem uma
imputação sistemática de gastos gerais de produção fixos e variáveis que sejam
incorridos ao converter matérias em bens acabados. Os gastos gerais de produção fixos
são os custos indirectos de produção que permaneçam relativamente constantes
independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e manutenção de
edifícios e de equipamento de fábricas e os custos de gestão e administração da
fábrica. Os gastos gerais de produção variáveis são os custos indirectos de produção
que variam directamente, ou quase directamente, com o volume de produção tais como
materiais indirectos.
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imateriais. Quando seja este o caso, eles são muitas vezes mensurados pelo valor
realizável líquido e este valor é deduzido do custo do produto principal. Como
consequência, a quantia escriturada do produto principal não é materialmente diferente
do seu custo.
d) Custos de vender.
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11.14 - O método de retalho é muitas vezes usado no sector de retalho para mensurar
inventários de grande quantidade de itens que mudam rapidamente, que têm margens
semelhantes e para os quais não é praticável usar outros métodos de custeio. O custo
do inventário é determinado pela redução do valor de venda do inventário na
percentagem apropriada da margem bruta. A percentagem usada toma em
consideração o inventário que tenha sido marcado abaixo do seu preço de venda
original. É usada muitas vezes uma percentagem média para cada departamento de
retalho.
Fórmulas de custeio
11.15 - O custo dos inventários de itens que não sejam geralmente intermutáveis e de bens ou
serviços produzidos e segregados para projectos específicos deve ser atribuído pelo
uso da identificação específica dos seus custos individuais.
11.16 - O custo dos inventários, que não sejam os tratados no parágrafo anterior, deve ser
atribuído pelo uso da fórmula "primeira entrada, primeira saída" (FIFO) ou da fórmula do
custeio médio ponderado. Uma entidade deve usar a mesma fórmula de custeio para
todos os inventários que tenham uma natureza e um uso semelhantes para a entidade.
Para os inventários que tenham outra natureza ou uso, poderão justificar-se diferentes
fórmulas de custeio.
11.18 - Os materiais e outros consumíveis detidos para o uso na produção de inventários não
serão reduzidos abaixo do custo se for previsível que os produtos acabados em que
eles serão incorporados sejam vendidos pelo custo ou acima do custo. Porém, quando
uma diminuição no preço dos materiais constitua uma indicação de que o custo dos
produtos acabados excederá o valor realizável líquido, os materiais são reduzidos
(written down) para o valor realizável líquido. Em tais circunstâncias, o custo de
reposição dos materiais pode ser a melhor mensuração disponível do seu valor
realizável líquido.
11.19 - Em cada período subsequente é feita uma nova avaliação do valor realizável líquido.
Quando as circunstâncias que anteriormente resultavam em ajustamento ao valor dos
inventários deixarem de existir ou quando houver uma clara evidência de um aumento
no valor realizável líquido devido à alteração nas circunstâncias económicas, a quantia
do ajustamento é revertida (i.e. a reversão é limitada à quantia do ajustamento original)
de modo a que a nova quantia escriturada seja o valor mais baixo do custo e do valor
realizável líquido revisto. Isto ocorre, por exemplo, quando um item de inventários que é
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escriturado pelo valor realizável líquido, porque o seu preço de venda desceu, está
ainda detido num período posterior e o seu preço de venda aumentou.
11.21 - Alguns inventários podem ser imputados a outras contas do activo, como por exemplo,
inventários usados como um componente de activos fixos tangíveis de construção
própria. Os inventários imputados desta forma a um outro activo, são reconhecidos
como um gasto durante a vida útil desse activo.
Divulgações
11.22 - As demonstrações financeiras devem divulgar:
12 - Rédito
12.1 - Este capítulo respeita ao tratamento contabilístico do rédito proveniente das transacções
e acontecimentos seguintes:
a) Venda de bens;
b) Prestação de serviços; e
c) Uso por outros de activos da entidade que produzam juros, royalties e dividendos.
Mensuração do rédito
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12.2 - O rédito deve ser mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber, a
qual, em geral, é determinada por acordo entre a entidade e o comprador ou utente do
activo, tomando em consideração a quantia de quaisquer descontos comerciais e de
quantidade concedidos pela entidade.
Venda de bens
12.4 - O rédito proveniente da venda de bens deve ser reconhecido quando tiverem sido
satisfeitas todas as condições seguintes:
12.6 - Se a entidade retiver significativos riscos de propriedade, a transacção não é uma venda
e o rédito não é reconhecido. Uma entidade pode reter um risco significativo de
propriedade de muitas maneiras. São exemplos de situações em que a entidade pode
reter os riscos significativos e vantagens de propriedade:
a) Quando a entidade retenha uma obrigação por execução não satisfatória, não
coberta por cláusulas normais de garantia;
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Prestação de serviços
12.7 - Quando o desfecho de uma transacção que envolva a prestação de serviços possa ser
fiavelmente estimado, o rédito associado com a transacção deve ser reconhecido com
referência à fase de acabamento da transacção à data do balanço. O desfecho de uma
transacção pode ser fiavelmente estimado quando todas as condições seguintes forem
satisfeitas:
12.9 - Quando o desfecho da transacção que envolva a prestação de serviços não possa ser
estimado com fiabilidade, o rédito somente deve ser reconhecido na medida em que
sejam recuperáveis os gastos reconhecidos.
Divulgações
12.12 - Uma entidade deve divulgar:
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i) Venda de bens;
iii) Juros;
iv) Royalties; e
v) Dividendos.
13.2 - Neste capítulo o termo «contingente»é usado para passivos e activos que não sejam
reconhecidos porque a sua existência somente será confirmada pela ocorrência ou não
ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da
entidade.
13.3 - Consideram-se:
a) Provisões - são obrigações sempre que se possa efectuar uma estimativa fiável, são
reconhecidas como passivos porque são obrigações presentes e é provável que um
exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será necessário para
liquidar as obrigações; e
c) activos contingentes - que não são reconhecidos como activos pois são possíveis
activos provenientes de acontecimentos passados e cuja existência somente será
confirmada pela ocorrência ou não ocorrência de um ou mais acontecimentos
futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade.
Reconhecimento
Provisões
13.4 - Provisões, incluindo as de carácter ambiental, só devem ser reconhecidas quando
cumulativamente:
165
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a) Uma entidade tenha uma obrigação presente (legal ou construtiva) como resultado
de um acontecimento passado;
13.5 - Nos raros casos em que não seja claro se existe ou não uma obrigação presente,
presume-se que um acontecimento passado dá origem a uma obrigação presente se,
tendo em conta toda a evidência disponível, for mais provável do que não que tal
obrigação presente exista à data do balanço.
b) No caso de uma obrigação construtiva, quando o evento (que pode ser uma acção
da própria entidade) crie expectativas válidas em terceiros de que ela cumprirá a
obrigação.
13.7 - Para que um passivo se qualifique para reconhecimento precisa de haver não somente
uma obrigação presente mas também a probabilidade de um exfluxo de recursos que
incorporem benefícios económicos para liquidar essa obrigação. Um exfluxo de recursos
ou outro acontecimento é considerado como provável se o acontecimento for mais
provável do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o acontecimento
ocorrerá for maior do que a probabilidade de isso não acontecer. Quando não for
provável que exista uma obrigação presente, uma entidade divulga um passivo
contingente, a menos que a possibilidade de um exfluxo de recursos que incorporem
benefícios económicos seja remota.
Passivos contingentes
13.9 - Uma entidade não deve reconhecer um passivo contingente.
Activos contingentes
13.11 - Uma entidade não deve reconhecer um activo contingente.
166
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Mensuração
13.13 - A quantia reconhecida como uma provisão deve ser a melhor estimativa do dispêndio
exigido para liquidar a obrigação presente à data do balanço.
13.14 - A melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente é a quantia
que uma entidade racionalmente pagaria para liquidar a obrigação à data do balanço ou
para a transferir para uma terceira parte nesse momento. Tal quantia pode ser apurada
com recurso ao método estatístico do valor esperado quando esteja envolvida uma
grande população de itens, ou a consequência possível da ocorrência quando esteja em
causa um acontecimento único.
13.17 - Quando o efeito do valor temporal do dinheiro for material, a quantia de uma provisão
deve ser o valor presente dos dispêndios que se espera que sejam necessários para
liquidar a obrigação.
13.18 - Os acontecimentos futuros que possam afectar a quantia necessária para liquidar uma
obrigação devem ser reflectidos na quantia de uma provisão quando houver evidência
objectiva suficiente de que eles ocorrerão.
13.20 - Os ganhos da alienação esperada de activos não devem ser tidos em consideração ao
mensurar uma provisão.
13.21 - Quando se esperar que algum ou todo o dispêndio necessário para liquidar uma
provisão possa ser reembolsado por uma outra parte, o reembolso deve ser
reconhecido quando, e somente quando, seja virtualmente certo que o mesmo será
recebido se a entidade liquidar a obrigação. O reembolso deve ser tratado como um
activo separado, não devendo a quantia reconhecida para o reembolso exceder a
quantia da provisão.
13.22 - Na demonstração dos resultados, o gasto relacionado com uma provisão pode ser
apresentado líquido da quantia reconhecida do reembolso que lhe esteja associado.
13.23 - As provisões devem ser revistas à data de cada balanço e ajustadas para reflectir a
melhor estimativa corrente. Se deixar de ser provável que será necessário um exfluxo
de recursos que incorporem benefícios económicos futuros para liquidar a obrigação, a
provisão deve ser revertida.
13.24 - Quando seja usado o desconto, a quantia escriturada de uma provisão aumenta em
167
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cada período para reflectir a passagem do tempo. Este aumento é reconhecido como
um gasto financeiro.
13.25 - Uma provisão deve ser usada somente para os dispêndios relativos aos quais a
provisão foi originalmente reconhecida.
13.26 - Não devem ser reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras, uma vez que
estas não satisfazem a definição de passivo nem os critérios gerais de reconhecimento
estabelecidos.
13.27 - Se a entidade tiver um contrato que seja oneroso, a obrigação presente segundo o
contrato deve ser reconhecida e mensurada como uma provisão.
13.28 - Este capítulo define um contrato oneroso como um contrato em que os custos
inevitáveis de satisfazer as obrigações segundo o contrato excedem os benefícios
económicos que se espera venham a ser recebidos segundo o mesmo. Os custos
inevitáveis segundo um contrato reflectem o menor do custo líquido de sair do contrato,
que é o mais baixo do custo de o cumprir e de qualquer compensação ou de
penalidades provenientes da falta de o cumprir.
Divulgações
13.30 - Para cada classe de provisão, uma entidade deve divulgar:
13.31 - Para cada classe de passivo contingente à data do balanço, uma entidade deve divulgar
uma breve descrição da natureza do passivo contingente.
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13.32 - Quando um influxo de benefícios económicos for provável, uma entidade deve divulgar
uma breve descrição da natureza dos activos contingentes à data do balanço.
Subsídios do Governo
14.1 - Os subsídios do Governo, incluindo subsídios não monetários, só devem ser
reconhecidos após existir segurança de que:
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14.2 - A maneira pela qual um subsídio é recebido não afecta o método contabilístico a ser
adoptado com respeito ao subsídio. Por conseguinte, um subsídio é contabilizado da
mesma maneira quer ele seja recebido em dinheiro quer como redução de um passivo
para com o Governo.
14.4 - Uma vez que o subsídio do Governo seja reconhecido, qualquer contingência
relacionada será tratada de acordo com o capítulo 13 - Provisões, Passivos
Contingentes e Activos Contingentes.
14.5 - Os subsídios do Governo não reembolsáveis relacionados com activos fixos tangíveis e
intangíveis devem ser inicialmente reconhecidos nos Capitais Próprios e
subsequentemente imputados numa base sistemática como rendimentos durante os
períodos necessários para balanceá-los com os gastos relacionados que se pretende
que eles compensem. Consideram-se subsídios não reembolsáveis quando exista um
acordo individualizado de concessão do subsídio a favor da entidade, se tenham
cumprido as condições estabelecidas para a sua concessão e não existam dúvidas de
que os subsídios serão recebidos.
14.7 - Um subsídio do Governo pode tornar-se recebível por uma entidade como
compensação por gastos ou perdas incorridos num período anterior. Um tal subsídio é
reconhecido como rendimento do período em que se tornar recebível, com a divulgação
necessária para assegurar que o seu efeito seja claramente compreendido.
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Apoio do Governo
14.12 - São exemplos de apoio do Governo que não podem de uma maneira razoável ter valor
atribuído, os conselhos técnicos e de comercialização gratuitos, a concessão de
garantias e os empréstimos sem juros ou a taxas de juros baixos.
14.13 - O significado do benefício nos exemplos atrás pode ser tal que a divulgação da
natureza, extensão e duração do apoio seja necessária a fim de que as demonstrações
financeiras não sejam enganosas.
Divulgações
14.14 - Devem ser divulgados os assuntos seguintes:
Reconhecimento inicial
15.1 - Uma transacção em moeda estrangeira é uma transacção que seja denominada ou exija
liquidação numa moeda estrangeira, incluindo transacções que resultem de:
a) Quando uma entidade compra ou vende bens ou serviços cujo preço seja
denominado numa moeda estrangeira;
c) Quando uma entidade por qualquer forma adquire ou aliena activos ou incorre ou
liquida passivos, denominados numa moeda estrangeira.
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transacção.
a) Os itens monetários em moeda estrangeira devem ser transpostos pelo uso da taxa
de fecho;
b) Os itens não monetários que sejam mensurados em termos de custo histórico numa
moeda estrangeira devem ser transpostos pelo uso da taxa de câmbio à data da
transacção;
c) Os itens não monetários que sejam mensurados pelo justo valor numa moeda
estrangeira devem ser transpostos pelo uso das taxas de câmbio que existiam
quando os valores foram determinados.
Divulgações
15.6 - Uma entidade deve divulgar a quantia das diferenças de câmbio reconhecidas nos
resultados.
16.2 - Para as finalidades deste capítulo, o termo "impostos sobre o rendimento" inclui todos
os impostos baseados em lucros tributáveis incluindo as tributações autónomas, que
sejam devidos em qualquer jurisdição fiscal.
Mensuração
16.4 - Os passivos (activos) por impostos correntes dos períodos correntes e anteriores devem
ser mensurados pela quantia que se espera que seja paga (recuperada de) às
autoridades fiscais, usando as taxas fiscais (e leis fiscais) aprovadas à data do balanço.
172
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Apresentação
Compensação
16.6 - Uma entidade deve compensar activos por impostos correntes e passivos por impostos
correntes nas suas demonstrações financeiras se, e somente se, a entidade:
Gasto de impostos
16.7 - O gasto (rendimento) de impostos relacionado com o resultado de actividades ordinárias
deve ser apresentado na face da demonstração dos resultados.
Divulgações
16.8 - Devem ser divulgados separadamente:
17 - Instrumentos financeiros
17.1 - Este capítulo aplica-se a todos os instrumentos financeiros com excepção de:
173
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g) Locações, a não ser que a locação resulte numa perda para o locador ou locatário
como resultado dos termos do contrato que se relacionem com:
Reconhecimento
17.2 - Uma entidade deve reconhecer um activo financeiro, um passivo financeiro ou um
instrumento de capital próprio apenas quando se torne uma parte das disposições
contratuais do instrumento.
17.3 - Uma entidade deve reconhecer instrumentos de capital próprio no seu capital próprio
quando emite tais instrumentos e os subscritores fiquem obrigados a pagar dinheiro ou
entregar qualquer outro recurso em troca dos referidos instrumentos de capital próprio.
17.4 - Na medida em que as partes de capital sejam subscritas mas nenhum dinheiro ou outro
recurso tenha sido recebido, nenhum aumento de capital próprio deverá ser
reconhecido.
17.6 - Se uma entidade adquirir ou readquirir os seus próprios instrumentos de capital próprio,
esses instrumentos ("quotas /acções próprias") devem ser reconhecidos como dedução
ao capital próprio. A quantia a reconhecer deve ser o justo valor da retribuição paga
pelos respectivos instrumentos de capital próprio. Uma entidade não deve reconhecer
qualquer ganho ou perda na demonstração de resultados decorrente de qualquer
compra, venda emissão ou cancelamento de acções próprias.
Mensuração
17.7 - Uma entidade deve mensurar os seguintes instrumentos financeiros ao custo menos
perda por imparidade:
17.9 - Se um instrumento de capital próprio que vinha sendo mensurado nos termos do
parágrafo anterior deixar de estar negociado em mercado líquido e regulamentado, a
quantia escriturada à data da ocorrência desse facto, torna-se, a quantia de custo.
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Imparidade
17.11 - À data de cada período de relato financeiro, uma entidade deve avaliar todos os activos
financeiros que não sejam mensurados ao justo valor por contrapartida de resultados.
Se existir uma evidência objectiva de imparidade, a entidade deve reconhecer uma
perda por imparidade na demonstração dos resultados.
d) Seja provável que o devedor irá entrar em falência ou qualquer outra reorganização
financeira;
17.15 - Se, num período subsequente, a quantia de perda por imparidade diminuir, a entidade
deve reverter a imparidade anteriormente reconhecida. Da reversão não poderá resultar
uma quantia escriturada do activo financeiro que exceda aquilo que seria o custo do
referido activo, caso a perda por imparidade não tivesse sido anteriormente
reconhecida. A entidade deve reconhecer a quantia da reversão na demonstração de
resultados.
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i) Desreconhecer o activo; e
Divulgações
17.19 - Uma entidade deve divulgar as bases de mensuração, bem como as politicas
contabilísticas utilizadas para a contabilização de instrumentos financeiros, que sejam
relevantes para a compreensão das demonstrações financeiras.
17.20 - Para todos os instrumentos financeiros mensurados ao justo valor, a entidade deve
divulgar a respectiva cotação de mercado.
17.21 - Se uma entidade tiver transferido activos financeiros para uma outra entidade numa
transacção que não se qualifique para desreconhecimento, a entidade deve divulgar,
para cada classe de tais activos financeiros:
17.22 - Quando uma entidade tenha dado em garantia, penhor ou promessa de penhor activos
financeiros, deverá divulgar:
17.23 - Para empréstimos contraídos reconhecidos à data do balanço, uma entidade deve
divulgar as situações de incumprimento.
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18.2 - Os benefícios dos empregados aos quais este capítulo se aplica são os seguintes:
18.4 - Um empregado pode proporcionar serviços a uma entidade numa base de tempo
completo, de tempo parcial, permanente, acidental ou temporária. Para os fins deste
capítulo, os empregados incluem directores e outro pessoal de gerência.
Reconhecimento e mensuração
18.6 - Quando um empregado tenha prestado serviço a uma entidade durante um período
contabilístico, a entidade deve reconhecer a quantia não descontada de benefícios a
curto prazo que espera ser paga em troca desse serviço:
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18.8 - Segundo alguns planos de participação nos lucros, os empregados só recebem uma
parte do lucro se permanecerem na entidade durante um período especificado. Tais
planos criam uma obrigação construtiva à medida que os empregados prestam serviço
que aumenta a quantia a ser paga se permanecerem ao serviço até ao final do período
especificado. A mensuração de tais obrigações construtivas reflecte a possibilidade de
alguns empregados poderem sair sem receberem pagamentos de participação nos
lucros.
18.9 - Uma entidade pode não ter obrigação legal de pagar uma gratificação. Não obstante,
em alguns casos, uma entidade tem a prática de pagar gratificações. Em tais casos, a
entidade tem uma obrigação construtiva porque não tem alternativa realista senão de
pagar a gratificação. A mensuração da obrigação construtiva deve reflectir a
possibilidade de alguns empregados poderem sair sem receberem a gratificação.
18.10 - Uma entidade pode fazer uma estimativa fiável da sua obrigação legal ou construtiva
segundo um plano de participação nos lucros ou de gratificações quando, e só quando:
18.11 - Uma obrigação segundo planos de participação nos lucros e de gratificações resulta do
serviço dos empregados e não de uma transacção com os proprietários da entidade.
Por conseguinte, uma entidade reconhece o custo de planos de participação nos lucros
e de gratificações não como uma distribuição do lucro líquido mas como um gasto.
b) Outros benefícios a longo prazo dos empregados (licença sabática, jubileu, entre
outros).
18.14 - Este capítulo não trata das situações descritas no § 18.13 as quais, se existirem, serão
reguladas pela NCRF 28 - Benefícios de Empregados.
Divulgações
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19 - Data de Eficácia
19.1 - Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do primeiro período que se inicie em ou
após 1 de Janeiro de 2010.
Apêndice I - Definições
Termos/expressões Definições
Acontecimento que cria É um acontecimento que cria uma obrigação legal ou construtiva,
obrigações que faça com que uma entidade não tenha nenhuma alternativa
realista senão liquidar essa obrigação.
Acontecimentos após a São aqueles acontecimentos, favoráveis e desfavoráveis, que
data do balanço ocorram entre a data do balanço e a data em que as demonstrações
financeiras forem autorizadas para emissão, pelo órgão de gestão.
Podem ser identificados dois tipos de acontecimentos:
a) Aqueles que proporcionem prova de condições que existiam
à data do balanço (acontecimentos após a data do balanço
que dão lugar a ajustamentos); e
b) Aqueles que sejam indicativos de condições que surgiram
após a data do balanço (acontecimentos após a data do
balanço que não dão lugar a ajustamentos).
Incluem-se aqui os acontecimentos que ocorram após o anúncio
público de resultados ou de outra informação financeira
seleccionada.
Actividade Agrícola É a gestão por uma entidade da transformação biológica de activos
biológicos, em produto agrícola ou em activos biológicos adicionais,
para venda.
Actividade empresarial É um conjunto integrado de actividades conduzidas e de activos
geridos com a finalidade de proporcionar:
a) Um retorno aos investidores; ou
b) Custos mais baixos ou outros benefícios económicos directa
e proporcionalmente aos participantes. Uma actividade
empresarial geralmente consiste em inputs, processos
aplicados a esses inputs e produções resultantes, que são,
ou serão, usadas para gerar réditos. Se existir goodwill num
conjunto transferido de actividades e activos, deve
presumir-se que o conjunto transferido é uma actividade
empresarial.
Actividades de São as actividades que têm como consequência alterações na
financiamento dimensão e composição do capital próprio contribuído e nos
empréstimos obtidos pela entidade.
Actividades de investimento São a aquisição e alienação de activos a longo prazo e de outros
investimentos não incluídos em equivalentes de caixa.
Actividades operacionais São as principais actividades produtoras de rédito da entidade e
outras actividades que não sejam de investimento ou de
financiamento
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Termos/expressões Definições
Activo É um recurso:
a) Controlado por uma entidade como resultado de
acontecimentos passados; e
b) Do qual se espera que fluam benefícios económicos futuros
para a entidade.
Activo biológico É um animal ou planta vivos.
Activo contingente É um possível activo proveniente de acontecimentos passados e
cuja existência somente será confirmada pela ocorrência ou não
ocorrência de um ou mais acontecimentos futuros incertos não
totalmente sob o controlo da entidade.
Activos «corporate» São activos excepto goodwill que contribuam para os fluxos de
caixa futuros de várias unidades geradoras de caixa.
Activo corrente É um activo que satisfaça qualquer dos seguintes critérios:
a) Se espera que seja realizado, ou se pretende que seja
vendido ou consumido, no decurso normal do ciclo
operacional da entidade;
b) Esteja detido essencialmente para a finalidade de ser
negociado
c) Se espere que seja realizado num período de doze meses
após a data do balanço; ou
d) Seja caixa ou um activo equivalente de caixa a menos que
lhe seja limitada a troca ou o uso para liquidar um passivo
pelo menos doze meses após a data do balanço
180
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Termos/expressões Definições
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Termos/expressões Definições
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Termos/expressões Definições
183
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Termos/expressões Definições
Benefícios dos empregados São todas as formas de remuneração dadas por uma entidade em
troca do serviço prestado pelos empregados.
Benefícios por cessação de São benefícios dos empregados pagáveis em consequência de:
emprego (terminus). a) A decisão de uma entidade cessar o emprego de um
empregado antes da data normal da reforma; ou de
b) Decisão de um empregado de aceitar a saída voluntária em
troca desses benefícios.
Benefícios pós emprego São benefícios dos empregados (que não sejam benefícios de
cessação de emprego e benefícios de compensação em capital
próprio) que sejam pagáveis após a conclusão do emprego.
Caixa Compreende o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem.
Colheita É a separação de um produto de um activo biológico ou a cessação
dos processos de vida de um activo biológico.
Começo do prazo da É a data a partir da qual o locatário passa a poder exercer o seu
locação direito de usar o activo locado. É a data do reconhecimento inicial
da locação (i.e. o reconhecimento dos activos, passivos,
rendimentos ou gastos resultantes da locação, conforme for
apropriado).
Componente de uma São unidades operacionais e fluxos de caixa que possam ser
entidade claramente distinguidos, operacionalmente e para finalidades de
relato financeiro, do resto de uma entidade.
Compromisso firme É um acordo vinculativo para a troca de uma quantidade
especificada de recursos a um preço especificado numa data ou em
datas futuras especificadas.
Compromisso firme de É um acordo com uma parte não relacionada, vinculando ambas as
compra partes e normalmente legalmente imponível, que:
a) Especifique todos os termos significativos, incluindo o preço
e a tempestividade das transacções; e
b) Inclua um desincentivo por não desempenho que é
suficientemente grande para tornar o desempenho altamente
provável.
Concentração de É a junção de entidades ou actividades empresariais separadas
actividades empresariais numa única entidade que relata.
Concentração de É uma concentração de actividades empresariais em que todas as
actividades empresariais entidades ou actividades empresariais concentradas são em última
envolvendo entidades ou análise controladas pela mesma parte ou partes antes e após a
actividades empresariais concentração, sendo que o controlo não é transitório.
sob controlo comum.
Consolidação proporcional É um método de contabilização em que a parte de um
empreendedor em cada um dos activos, passivos, rendimentos e
ganhos e gastos e perdas de uma entidade conjuntamente
controlada é combinada linha a linha com itens semelhantes das
demonstrações financeiras do empreendedor ou relatada como
linhas de itens separadas nas demonstrações financeiras do
empreendedor
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Termos/expressões Definições
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Termos/expressões Definições
Custo considerado É a quantia usada como substituto para o custo ou para o custo
depreciado numa data determinada. Uma depreciação ou
amortização posterior assume que a entidade tinha inicialmente
reconhecido o activo ou o passivo numa determinada data e que o
seu custo era igual ao custo considerado.
Custos de empréstimos São os custos de juros e outros incorridos por uma entidade
obtidos relativos aos pedidos de empréstimos de fundos.
Custo de juros É o aumento durante um período no valor presente de uma
obrigação de benefícios definidos que surge porque os benefícios
estão um ano mais próximo da liquidação.
Custo de serviços É o aumento no valor presente da obrigação de benefícios definidos
passados quanto ao serviço de empregados em períodos anteriores,
resultantes no período corrente da introdução de, ou alterações a,
benefícios pós-emprego ou outros benefícios a longo prazo dos
empregados. O custo de serviços passados pode ser ou positivo
(quando os benefícios sejam introduzidos ou melhorados) ou
negativo (quando os benefícios existentes sejam reduzidos).
Custo do serviço corrente É o aumento no valor presente da obrigação de benefícios definidos
resultante do serviço do empregado no período corrente.
Custos de transacção São custos incrementais que sejam directamente atribuíveis à
aquisição, emissão ou alienação de um activo ou passivo financeiro.
Um custo incremental é aquele que não seria incorrido se a
entidade não tivesse adquirido, emitido ou alienado o instrumento
financeiro.
Custos de vender São os custos incrementais directamente atribuíveis à alienação de
um activo (ou grupo para alienação), excluindo custos de
financiamento e gastos de impostos sobre o rendimento.
Custos directos iniciais São custos incrementais que são directamente atribuíveis à
negociação e aceitação de uma locação, excepto os custos
incorridos pelos locadores fabricantes ou negociantes.
Data de acordo É a data em que um acordo substantivo entre as partes
concentradas é alcançado e, no caso de entidades publicamente
cotadas, anunciado ao público. No caso de uma Oferta Pública de
Aquisição (OPA) hostil, a data mais recente em que um acordo
substantivo entre as partes concentradas é celebrado é a data em
que um número suficiente dos proprietários da adquirida aceitou a
oferta do adquirente para que este obtenha o controlo sobre a
adquirida.
Data de acordo para uma É a data em que um acordo substantivo entre as partes
concentração de concentradas seja celebrado e, no caso de entidades cotadas em
actividades empresariais bolsa, anunciado ao público. No caso de uma Oferta Pública de
Aquisição (OPA) hostil, a data mais recente em que tiver sido
atingido um acordo substantivo entre as partes que se concentram é
a data em que um número suficiente dos proprietários da adquirida
tenham aceite a oferta do adquirente para que este obtenha o
controlo daquela.
Data de aquisição É a data em que a adquirente obtém efectivamente o controlo sobre
a adquirida
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Termos/expressões Definições
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Termos/expressões Definições
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Termos/expressões Definições
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Termos/expressões Definições
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Termos/expressões Definições
Interesse minoritário É a parte dos resultados e dos activos líquidos de uma subsidiária
atribuível a interesses de capital próprio que não sejam detidos,
directa ou indirectamente através de subsidiárias, pela
empresa-mãe.
Instrumento de capital É qualquer contrato que evidencie um interesse residual nos activos
próprio de uma entidade após dedução de todos os seus passivos.
Instrumento de cobertura É um derivado designado ou (apenas para a cobertura de risco de
alterações nas taxas de câmbio de moeda estrangeira) um activo
financeiro não derivado designado ou um passivo financeiro não
derivado cujo justo valor ou fluxos de caixa se espera que
compense as alterações no justo valor ou fluxos de caixa de um
item coberto designado.
Instrumento financeiro É um contrato que dá origem a um activo financeiro numa entidade
e a um passivo financeiro ou instrumento de capital próprio noutra
entidade.
Inventários São activos:
a) Detidos para venda no decurso ordinário da actividade
empresarial;
b) No processo de produção para tal venda; ou
c) Na forma de materiais ou consumíveis a serem aplicados no
processo de produção ou na prestação de serviços.
Investidor num É um participante de um empreendimento conjunto e que não tem
empreendimento conjunto controlo conjunto sobre esse empreendimento conjunto.
Investimento bruto na É o agregado de:
locação a) Os pagamentos mínimos da locação a receber pelo locador
segundo uma locação financeiro; e
b) Qualquer valor residual não garantido que acresça ao
locador.
Investimento líquido Numa unidade operacional estrangeira é a quantia relativa ao
interesse da entidade que relata nos activos líquidos dessa unidade
operacional.
Investimento líquido na É o investimento bruto na locação descontado à taxa de juro
locação implícita na locação.
Item coberto É um activo, passivo, compromisso firme, transacção prevista
altamente provável ou investimento líquido numa unidade
operacional estrangeira que. (a) expõe a entidade ao risco de
alterações no justo valor ou nos fluxos de caixa futuros; (b) foi
designado como estando coberto.
Itens monetários São unidades monetárias detidas e activos e passivos a receber ou
a pagar num número fixado ou determinável de unidades
monetárias.
Justo valor É a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo
liquidado, entre partes conhecedoras e dispostas a isso, numa
transacção em que não exista relacionamento entre elas
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Termos/expressões Definições
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Termos/expressões Definições
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Pagamentos mínimos da São os pagamentos durante o prazo da locação que o locatário vai
locação fazer, ou que lhe possam ser exigidos, excluindo a renda
contingente, custos relativos a serviços e impostos a serem pagos
pelo, e reembolsados ao, locador, juntamente com:
a) No caso do locatário, quaisquer quantias garantidas pelo
locatário ou por uma parte relacionada com o locatário; ou
b) No caso do locador, qualquer valor residual garantido ao
locador:
i) Pelo locatário;
ii) Por uma parte relacionada com o locatário; ou
iii) Por um terceiro não relacionado com o locador, que seja
financeiramente capaz de satisfazer tal garantia.
Contudo, se o locatário tiver a opção de comprar o activo por um
preço que se espera que seja suficientemente mais baixo do que o
justo valor na data em que a opção se torne exercível para que, no
início da locação, seja razoavelmente certo que ela será exercida,
os pagamentos mínimos da locação compreendem os pagamentos
mínimos a pagar durante o prazo da locação até à data esperada do
exercício desta opção de compra.
Parte relacionada Uma parte está relacionada com uma entidade se:
a) Directa, ou indirectamente através de um ou mais
intermediários, a parte:
i) Controlar, for controlada por ou estiver sob o controlo
comum da entidade (isto inclui relacionamentos entre
empresas-mãe e subsidiárias e entre subsidiárias da
mesma empresa-mãe);
ii) Tiver um interesse na entidade que lhe confira influência
significativa sobre a mesma; ou
iii) Tiver um controlo conjunto sobre a entidade;
b) A parte for uma associada ou um empreendimento conjunto
em que a entidade seja um empreendedor (ver NCRF 13 —
Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos
em Associadas);
c) A parte for membro do pessoal chave da gestão da entidade
ou da sua empresa-mãe;
d) A parte for membro íntimo da família de qualquer indivíduo
referido nas alíneas (a) ou (c);
e) A parte for uma entidade sobre a qual qualquer indivíduo
referido nas alíneas (c) ou (d) exerce controlo, controlo
conjunto ou influência significativa, ou que possui, directa ou
indirectamente um significativo poder de voto; ou
f) A parte for um plano de benefícios pós-emprego para
benefício dos empregados da entidade, ou de qualquer
entidade que seja uma parte relacionada dessa entidade
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Termos/expressões Definições
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Termos/expressões Definições
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Termos/expressões Definições
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Termos/expressões Definições
Vida económica É:
a) O período durante o qual se espera que um activo seja
economicamente utilizável por um ou mais utentes; ou
b) O número de unidades de produção, ou similares, que se
espera que seja obtido a partir do activo por um ou mais
utentes.
Vida útil É:
a) O período durante o qual uma entidade espera que um
activo esteja disponível para uso; ou
b) O número de unidades de produção ou similares que uma
entidade espera obter do activo.
Nas pequenas entidades, o processo de transição do SNC em base POC para o novo SNC, pode ser
desenvolvido nos seguintes termos:
5- Uma possível sistematização dos procedimentos referidos nos parágrafos 2 e 3, pode ser a
seguinte:
i) Quanto aos activos e passivos que já eram reconhecidos nos termos do POC e das
Directrizes Contabilísticas e que satisfaçam as respectivas definições e critérios de
reconhecimento descritos na NCRF-PE, os mesmos devem ser reclassificados. Exemplos
desta situação podem encontrar-se, designadamente, quanto aos saldos de caixa,
depósitos à ordem, clientes, fornecedores e estado e outros entes públicos;
ii) Quanto aos activos e passivos que, por força da aplicação do POC e das Directrizes
Contabilísticas não se encontravam no Balanço, mas que passam a satisfazer as
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iii) Quanto aos activos e passivos que encontrando-se no Balanço por força da aplicação do
POC e das Directrizes Contabilísticas, não satisfaçam as respectivas definições e critérios
de reconhecimento descritos na NCRF PE, devem ser desreconhecidos. Exemplos desta
situação são, designadamente, alguns intangíveis, tais como as despesas de instalação e
as de investigação.
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Actualizado em 2009-09-15
Pelo Despacho n.º 588/2009/MEF do Senhor Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, de 14 de
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Agosto de 2009, em substituição do Senhor Ministro de Estado e das Finanças, foram homologadas
as seguintes Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro do Sistema de Normalização
Contabilística, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho:
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafos 1 e 2)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever as bases
quanto à estrutura e conteúdo do balanço, da demonstração dos resultados, da demonstração
das alterações no capital próprio e do anexo. A demonstração dos fluxos de caixa é
desenvolvidamente tratada na NCRF 2.
2- Não se encontram contempladas nesta Norma as matérias objecto dos capítulos "Âmbito",
"Definições" e "Considerações Gerais" da IAS 1 - Apresentação de Demonstrações Financeiras,
uma vez que estão vertidas no capítulo 2 (Bases para a Apresentação de Demonstrações
Financeiras) do Sistema de Normalização Contabilística (SNC).
Âmbito (parágrafo 3)
3- Esta Norma deve ser aplicada a todas as demonstrações financeiras de finalidades gerais
preparadas e apresentadas de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro.
5- Esta Norma usa por vezes o termo "divulgação" num sentido lato, englobando itens
apresentados na face do balanço, na demonstração dos resultados, na demonstração das
alterações no capital próprio e na demonstração dos fluxos de caixa, assim como no anexo. As
divulgações também são exigidas por outras Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro.
8- Cada componente das demonstrações financeiras deve ser identificado claramente. Além disso,
a informação seguinte deve ser mostrada de forma proeminente e repetida quando for
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(a) O nome da entidade que relata ou outros meios de identificação, e qualquer alteração nessa
informação desde a data do balanço anterior;
(c) A data do balanço ou o período abrangido pelas demonstrações financeiras, conforme o que
for apropriado para esse componente das demonstrações financeiras;
(e) O nível de arredondamento, que não pode exceder o milhar de unidades da moeda referida
em d) usado na apresentação de quantias nas demonstrações financeiras.
(b) O facto de que não são inteiramente comparáveis quantias comparativas da demonstração
dos resultados, da demonstração das alterações no capital próprio, da demonstração de
fluxos de caixa e das notas do anexo relacionadas.
11 - Uma entidade deve divulgar as quantias que se espera sejam recuperadas ou liquidadas num
prazo superior a doze meses para cada linha de item de activo e de passivo que combine
quantias que se espera sejam recuperadas ou liquidadas:
12 - Quando uma entidade fornece bens ou serviços dentro de um ciclo operacional claramente
identificável, a classificação separada de activos e passivos correntes e não correntes na face
do balanço proporciona informação útil ao se distinguir os activos líquidos que estejam
continuamente em circulação, como capital circulante, dos que são usados nas operações de
longo prazo da entidade. Essa classificação também realça os activos que se espera que sejam
realizados dentro do ciclo operacional corrente, bem como os passivos que devam ser
liquidados dentro do mesmo período.
13 - A informação acerca das datas previstas para a realização de activos e de passivos é útil na
avaliação da liquidez e solvência de uma entidade. Para alguns instrumentos financeiros é
exigida a divulgação das datas de maturidade de activos financeiros e de passivos financeiros.
Os activos financeiros incluem dívidas a receber comerciais e outras e os passivos financeiros
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incluem dívidas a pagar comerciais e outras. A informação sobre a data prevista para a
recuperação e liquidação de activos e de passivos não monetários tais como inventários e
provisões é também útil, quer os activos e passivos sejam ou não classificados como correntes
ou não correntes. Por exemplo, uma entidade deve divulgar a quantia de inventários que espera
que sejam recuperados a mais de doze meses após a data do balanço.
(a) Espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido, no decurso
normal do ciclo operacional da entidade;
(c) Espera-se que seja realizado num período até doze meses após a data do balanço; ou
(d) É caixa ou equivalente de caixa, a menos que lhe seja limitada a troca ou uso para liquidar
um passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço.
15 - Esta Norma usa a expressão "não corrente" para incluir activos tangíveis, intangíveis e
financeiros cuja natureza seja de longo prazo.
(a) Se espere que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;
(c) Deva ser liquidado num período até doze meses após a data do balanço; ou
(d) A entidade não tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo
menos doze meses após a data do balanço.
18 - Alguns passivos correntes, tais como dívidas a pagar comerciais e alguns acréscimos de custos
relativos a empregados e outros custos operacionais, são parte do capital circulante usado no
ciclo operacional normal da entidade. Tais itens operacionais são classificados como passivos
correntes mesmo que estejam para ser liquidados mais de doze meses após a data do balanço.
O mesmo ciclo operacional normal aplica-se à classificação dos activos e passivos de uma
entidade. Quando o ciclo operacional normal da entidade não for claramente identificável,
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19 - Outros passivos correntes não são liquidados como parte do ciclo operacional normal, mas está
prevista a sua liquidação para um período até doze meses após a data do balanço ou estão
essencialmente detidos para a finalidade de serem negociados. Exemplos disto são os passivos
financeiros classificados, como detidos para negociação, descobertos em bancos e a parte
corrente de passivos financeiros não correntes, dividendos a pagar, impostos sobre o
rendimento e outras dívidas a pagar não comerciais. Os passivos financeiros que proporcionem
financiamento numa base a longo prazo e cuja liquidação não esteja prevista para um período
até doze meses após a data do balanço são passivos não correntes, sujeitos aos parágrafos 22
e 23.
20 - Uma entidade classifica os seus passivos financeiros como correntes quando a sua liquidação
estiver prevista para um período até doze meses após a data do balanço, mesmo que:
(a) O prazo original tenha sido por um período superior a doze meses; e
21 - Se uma entidade esperar, e tiver a possibilidade de, refinanciar ou substituir ("roll over") uma
obrigação durante pelo menos doze meses após a data do balanço, ela classifica a obrigação
como não corrente, mesmo que fosse devida dentro de um período mais curto. Contudo,
quando o refinanciamento ou a substituição ("roll over") da obrigação não depender do critério
da entidade (por exemplo, se não houver um acordo de refinanciamento), o potencial de
refinanciamento não é considerado e a obrigação é classificada como corrente.
23 - Contudo, o passivo é classificado como não corrente se o mutuante tiver concordado, até à data
do balanço, em proporcionar um período de graça a terminar pelo menos doze meses após a
data do balanço, dentro do qual a entidade pode rectificar o incumprimento e durante o qual o
mutuante não pode exigir o reembolso imediato.
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26 - Linhas de itens adicionais, títulos e sub totais podem ser apresentados na face do balanço
quando tal apresentação for relevante para uma melhor compreensão da posição financeira da
entidade.
27 - Uma entidade deve divulgar, ou na face do balanço ou no anexo, outras subclassificações das
linhas de itens apresentadas, classificadas de uma forma apropriada para as operações da
entidade.
(a) Os itens do activo fixo tangível são desagregados em classes de acordo com a NCRF 7 -
Activos Fixos Tangíveis;
(b) As contas a receber são desagregadas em contas a receber de clientes comerciais, contas
a receber de partes relacionadas, pré-pagamentos e outras;
(d) As provisões são desagregadas em provisões para benefícios dos empregados e outros
itens; e
(e) O capital social e as reservas são desagregados em várias rubricas, tais como capital,
reserva legal e outras reservas.
(i) A quantidade de acções emitidas e inteiramente pagas, e emitidas mas não inteiramente
pagas;
(iii) Quantidade de acções da entidade detidas pela própria entidade ou por subsidiárias ou
associadas; e
(b) Uma descrição da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do capital próprio.
30 - Uma entidade sem capital por acções, deve divulgar informação equivalente à exigida no
parágrafo 29.
31 - Uma entidade deve divulgar a desagregação dos montantes inscritos em caixa e em depósitos
bancários.
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34 - Linhas de itens adicionais, títulos e sub totais podem ser apresentados na face da
demonstração dos resultados, quando tal apresentação for relevante para uma melhor
compreensão do desempenho financeiro da entidade.
35 - Uma entidade não deve apresentar itens de rendimento e de gasto como itens extraordinários,
quer na face da demonstração dos resultados quer no anexo.
(a) Reestruturações das actividades de uma entidade e reversões de quaisquer provisões para
os custos de reestruturação;
40 - As alterações no capital próprio de uma entidade entre duas datas de balanço reflectem o
aumento ou a redução nos seus activos líquidos durante o período. Com a excepção das
alterações resultantes de transacções com detentores de capital próprio agindo na sua
capacidade de detentores de capital próprio (tais como contribuições de capital, reaquisições de
instrumentos de capital próprio da entidade e dividendos) e dos custos de transacção
directamente relacionados com tais transacções, a alteração global no capital próprio durante
um período representa a quantia total de rendimentos e gastos, incluindo ganhos e perdas,
gerada pelas actividades da entidade durante esse período (quer esses itens de rendimentos e
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(a) Apresentar informação acerca das bases de preparação das demonstrações financeiras e
das políticas contabilísticas usadas;
(b) Divulgar a informação exigida pelas NCRF que não seja apresentada na face do balanço,
na demonstração dos resultados, na demonstração das alterações no capital próprio ou na
demonstração dos fluxos de caixa; e
(c) Proporcionar informação adicional que não seja apresentada na face do balanço, na
demonstração dos resultados, na demonstração das alterações no capital próprio ou na
demonstração dos fluxos de caixa, mas que seja relevante para uma melhor compreensão
de qualquer uma delas.
44 - As notas do anexo devem ser apresentadas de uma forma sistemática. Cada item na face do
balanço, na demonstração dos resultados, na demonstração das alterações no capital próprio e
na demonstração dos fluxos de caixa, que tenha merecido uma nota no anexo, deve ter uma
referência cruzada.
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(b) Outras políticas contabilísticas usadas que sejam relevantes para uma compreensão das
demonstrações financeiras.
47 - Uma entidade deve divulgar, no resumo das políticas contabilísticas significativas ou outras
notas, os juízos de valor, com a excepção dos que envolvam estimativas, que o órgão de
gestão fez no processo de aplicação das políticas contabilísticas da entidade e que tenham
maior impacto nas quantias reconhecidas nas demonstrações financeiras.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de exigir informação acerca
das alterações históricas de caixa e seus equivalentes de uma entidade por meio de uma
demonstração de fluxos de caixa que classifique os fluxos de caixa durante o período em
operacionais, de investimento e de financiamento.
Âmbito (parágrafo 2)
2- Uma entidade deve preparar uma demonstração de fluxos de caixa de acordo com os requisitos
desta Norma e deve apresentá-la como parte integrante das suas demonstrações financeiras
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Definições (parágrafos 3 a 6)
3- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
Equivalentes de caixa: são investimentos financeiros a curto prazo, altamente líquidos que
sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a
um risco insignificante de alterações de valor.
6- Os fluxos de caixa excluem movimentos entre itens que constituam caixa e seus equivalentes
porque estes componentes são parte da gestão de caixa de uma entidade e não parte das suas
actividades operacionais, de investimento e de financiamento. A gestão de caixa inclui o
investimento de excessos de caixa nos equivalentes de caixa.
8- A classificação por actividades proporciona informação que permite aos utentes determinar o
impacto dessas actividades na posição financeira da entidade e nas quantias de caixa e seus
equivalentes. Esta informação pode ser também usada para avaliar as relações entre estas
actividades.
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10 - Os fluxos de caixa das actividades operacionais são principalmente derivados das principais
actividades geradoras de réditos da entidade. Por isso, eles são geralmente consequência das
operações e outros acontecimentos que entram na determinação dos resultados da entidade.
Exemplos de fluxos de caixa de actividades operacionais são:
Algumas transacções, tal como a alienação de um elemento do activo fixo tangível originam
ganhos ou perdas que são incluídos na demonstração dos resultados. Contudo, os fluxos de
caixa relacionados com estas transacções são classificados como pertencentes a actividades
de investimento.
11 - Uma entidade pode deter títulos e empréstimos para finalidades do negócio, situação em que
são similares a inventários adquiridos especificamente para revenda. Por isso, os fluxos de
caixa provenientes da compra e venda de títulos para negociar ou comercializar são
classificados como actividades operacionais. De forma semelhante, os adiantamentos de caixa
e empréstimos feitos por instituições financeiras são geralmente classificados como actividades
operacionais desde que se relacionem com as principais actividades geradoras de rédito dessa
entidade.
(a) pagamentos de caixa para aquisição de activos fixos tangíveis, intangíveis e outros activos
a longo prazo. Estes pagamentos incluem os relacionados com custos de desenvolvimento
capitalizados e activos fixos tangíveis auto construídos;
(b) recebimentos de caixa por vendas de activos fixos tangíveis, intangíveis e outros activos a
longo prazo;
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(g) Pagamentos de caixa para contratos de futuros, contratos de forward, contratos de opção e
contratos de swap, excepto quando os contratos sejam mantidos para as finalidades do
negócio, ou os pagamentos sejam classificados como actividades de financiamento; e
(b) Pagamentos de caixa por aquisição de acções (quotas) próprias, redução do capital ou
amortização de acções (quotas);
(e) Pagamentos de caixa por um locatário para a redução de uma dívida em aberto relacionada
com uma locação financeira.
15 - Este método proporciona informação que pode ser útil na estimativa de fluxos de caixa futuros.
A informação acerca das principais classes de recebimentos brutos (de caixa) e de pagamentos
brutos (de caixa) pode ser obtida quer:
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(b) Pelo ajustamento de vendas, custo das vendas e outros itens da demonstração dos
resultados relativamente a:
(iii) Outros itens pelos quais os efeitos de caixa sejam fluxos de caixa de investimento ou de
financiamento.
(a) Recebimentos e pagamentos (de caixa) por conta de clientes quando o fluxo de caixa
reflicta as actividades do cliente e não os da entidade; e
(b) Recebimentos e pagamentos (de caixa) dos itens em que a rotação seja rápida, as quantias
sejam grandes e os vencimentos sejam curtos.
19 - Os fluxos de caixa de uma subsidiária estrangeira devem ser transpostos às taxas de câmbio
entre a moeda funcional e a moeda estrangeira às datas dos fluxos de caixa.
20 - Os fluxos de caixa denominados numa moeda estrangeira são relatados de maneira consistente
com a NCRF 23 - Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio. Esta permite o uso de uma
taxa de câmbio que se aproxime da taxa real. Por exemplo, uma taxa de câmbio média
ponderada de um período pode ser usada para registar transposições de moeda estrangeira ou
a transposição dos fluxos de caixa de uma subsidiária estrangeira. Porém, a NCRF 23 não
permite o uso da taxa de câmbio à data do balanço quando sejam transpostos os fluxos de
caixa de uma subsidiária estrangeira.
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23 - A quantia total de juros pagos durante um período deve ser divulgada na demonstração de
fluxos de caixa quer tenha sido reconhecida como um gasto na demonstração dos resultados
quer tenha sido capitalizada de acordo com a NCRF 10 - Custos de Empréstimos Obtidos.
24 - Os juros pagos e juros e dividendos recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa
operacionais porque entram na determinação dos resultados. Alternativamente os juros pagos e
os juros e dividendos recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa de financiamento
e fluxos de caixa de investimento respectivamente porque são custos de obtenção de recursos
financeiros ou retornos do investimento.
25 - Os dividendos pagos podem ser classificados como fluxos de caixa de financiamento porque
são um custo da obtenção de recursos financeiros. Alternativamente, os dividendos pagos
podem ser classificados como um componente de fluxo de caixa das actividades operacionais a
fim de ajudar os utentes a determinar a capacidade de uma entidade de pagar dividendos a
partir dos fluxos de caixa operacionais.
28 - Uma entidade que relate os seus interesses numa entidade conjuntamente controlada usando a
consolidação proporcional, incluirá na sua demonstração consolidada de fluxos de caixa a sua
parte proporcional dos fluxos de caixa da entidade conjuntamente controlada. Uma entidade
que relate tal interesse usando o método da equivalência patrimonial inclui na sua
demonstração de fluxos de caixa os fluxos de caixa que respeitem aos seus investimentos na
entidade conjuntamente controlada, e distribuições e outros pagamentos ou recebimentos entre
ela e a entidade conjuntamente controlada.
30 - Uma entidade deve divulgar, agregadamente, no que respeita tanto a aquisições como a
alienações de subsidiárias ou de outras unidades empresariais durante o período cada um dos
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seguintes pontos:
(b) A parte da retribuição da compra ou da alienação liquidada por meio de caixa e seus
equivalentes;
(d) A quantia dos activos e passivos que não sejam caixa ou seus equivalentes na subsidiária
ou unidade empresarial adquirida ou alienada, resumida por cada categoria principal.
33 - Algumas actividades de financiamento e de investimento não têm um impacto directo nos fluxos
correntes de caixa se bem que afectem a estrutura do capital e do activo da entidade. A
exclusão das transacções que não sejam de caixa da demonstração de fluxos de caixa é
consistente com o objectivo dessa demonstração porque esses elementos não envolvem fluxos
de caixa no período corrente. Exemplos de operações que não sejam de caixa são:
(a) A aquisição de activos quer pela assunção de passivos directamente relacionados ou por
meio de uma locação financeira;
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Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é assegurar que as primeiras
demonstrações financeiras de uma entidade de acordo com as Normas Contabilísticas e de
Relato Financeiro (NCRF) contenham informação que:
(c) Possa ser gerada a um custo que não exceda os benefícios para os utentes.
Âmbito (parágrafos 2 e 3)
2- Uma entidade deve aplicar esta Norma nas suas primeiras demonstrações financeiras de
acordo com as NCRF.
Definições (parágrafo 4)
4- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
Balanço de abertura de acordo com as NCRF: é o balanço de uma entidade (publicado ou não)
à data de transição para as NCRF.
Custo considerado: é a quantia usada como substituto para o custo ou para o custo depreciado
numa data determinada. Uma depreciação ou amortização posterior assume que a entidade
tinha inicialmente reconhecido o activo ou o passivo numa determinada data e que o seu custo
era igual ao custo considerado.
Data de transição para as NCRF: é a data de início do primeiro período para o qual a entidade
apresenta as suas primeiras demonstrações financeiras de acordo com as NCRF.
PCGA anteriores: correspondem à base de contabilidade que um adoptante pela primeira vez
utilizava imediatamente antes de adoptar as NCRF.
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6- Uma entidade deve usar as mesmas políticas contabilísticas, de acordo com as NCRF, no seu
balanço de abertura e nas suas primeiras demonstrações financeiras.
7- Com as excepções referidas nos parágrafos 9 a 11, uma entidade deve, no seu balanço de
abertura de acordo com as NCRF:
(a) Reconhecer todos os activos e passivos cujo reconhecimento seja exigido pelas NCRF;
(b) Não reconhecer itens como activos ou passivos se as NCRF não permitirem esse
reconhecimento;
(c) Reclassificar itens que reconheça segundo os PCGA anteriores como um tipo de activo,
passivo ou componente do capital próprio, mas que são um tipo diferente de activo, passivo
ou componente do capital próprio segundo as NCRF; e
8- As políticas contabilísticas que uma entidade usa no seu balanço de abertura de acordo com as
NCRF podem diferir daquelas que usou para a mesma data utilizando os PCGA anteriores. Os
ajustamentos resultantes derivam de acontecimentos e transacções anteriores à data da
transição para as NCRF. Por conseguinte, uma entidade deverá reconhecer esses
ajustamentos directamente nos resultados transitados (ou, se apropriado, noutro item do capital
próprio) à data da transição para as NCRF.
(g) Locações.
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11 - Esta Norma proíbe a aplicação retrospectiva das seguintes matérias de outras NCRF, nos
termos estabelecidos nos parágrafos 27 a 34A e o último período do 34B da IFRS 1 - Adopção
pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, em conformidade com o
texto original do Regulamento (CE) 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro:
(c) Estimativas; e
(d) Activos classificados como detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas.
(a) A reconciliação do seu capital próprio relatado segundo os PCGA anteriores com o seu
capital próprio segundo as NCRF, entre:
(ii) O final do último período apresentado nas mais recentes demonstrações financeiras
anuais da entidade, elaboradas segundo os PCGA anteriores
(b) A reconciliação do lucro ou perda relatado segundo os PCGA anteriores, relativo ao último
período das mais recentes demonstrações financeiras anuais da entidade, com o lucro ou a
perda segundo as NCRF relativo ao mesmo período; e
(c) Caso se tenham reconhecido ou revertido quaisquer perdas por imparidade pela primeira
vez ao preparar o balanço de abertura de acordo com as NCRF, a entidade deve apresentar
as divulgações que a NCRF 12 - Imparidade de Activos teria exigido se a entidade tivesse
reconhecido essas perdas por imparidade ou reversões no período que começa na data de
transição para as NCRF.
15 - Caso uma entidade apresente uma demonstração de fluxos de caixa segundo os PCGA
anteriores, deve também explicar os ajustamentos materiais na demonstração de fluxos de
caixa.
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18 - Se uma entidade não apresentou demonstrações financeiras relativas aos períodos anteriores,
as suas primeiras demonstrações financeiras de acordo com as NCRF devem divulgar esse
facto.
Apêndice
(a) Reconhecimento de todos os activos e passivos, nos termos em que tal seja requerido pelas
NCRF;
(b) Desreconhecimento de activos ou passivos que, nos termos das NCRF não sejam de
reconhecer como tal;
(c) Reclassificação de itens que eram reconhecidos como determinado tipo de activo, passivo
ou capital próprio no âmbito dos PCGA anteriores, mas que devem ser reconhecidos como
um tipo diferente de acordo com as NCRF;
Reconhecimento
2- É expectável que, de acordo com as NCRF, muitas entidades reconheçam activos e passivos
que não eram reconhecidos como tal segundo os PCGA anteriores. Algumas áreas em que tal
pode ocorrer são, por exemplo:
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Desreconhecimento
3- Exemplos de activos ou passivos que, sendo como tal reconhecidos segundo os PCGA
anteriores, não o são de acordo com as NCRF, podem ocorrer, por exemplo, nas seguintes
áreas:
Reclassificação
4- Activos e passivos que podem ter de ser reclassificados referir-se-ão, por exemplo, a:
Mensuração
5- Poderão ter de ser mensurados segundo critérios diferentes itens relacionados,
designadamente, com:
(a) Goodwill;
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adoptada pelo texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafos 1 e 2)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever os critérios
para a selecção e alteração das políticas contabilísticas, bem como o tratamento contabilístico e
divulgação das alterações nas políticas contabilísticas e correcções de erros. A Norma
destina-se a melhorar a relevância e a fiabilidade das demonstrações financeiras de uma
entidade, e a sua comparabilidade ao longo do tempo e com as demonstrações financeiras de
outras entidades.
Âmbito (parágrafos 3 e 4)
3- Esta Norma deve ser aplicada na selecção e aplicação de políticas contabilísticas e na
contabilização de alterações nas políticas contabilísticas, alterações nas estimativas
contabilísticas e correcções de erros de períodos anteriores.
Definições (parágrafos 5 e 6)
5- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
223
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(a) Estava disponível quando as demonstrações financeiras desses períodos foram autorizadas
para emissão; e
(b) Poderia razoavelmente esperar-se que tivesse sido obtida e tomada em consideração na
preparação e apresentação dessas demonstrações financeiras.
(i) Proporcione provas das circunstâncias que existiam na(s) data(s) em que essas
quantias foram reconhecidas, mensuradas ou divulgadas;
(ii) Teria estado disponível quando as demonstrações financeiras desse período foram
autorizadas para emissão.
224
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(a) Relevante para a tomada de decisões económicas por parte dos utentes;
225
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(b) A aplicação de uma nova política contabilística para transacções, outros acontecimentos ou
condições, que não ocorreram anteriormente ou eram imateriais.
15 - A aplicação inicial de uma política para regularizar activos em conformidade com a NCRF 6 -
Activos Intangíveis ou a NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis é uma alteração numa política
contabilística a ser tratada como uma revalorização de acordo com a NCRF 6 ou NCRF 7 e não
de acordo com esta Norma.
(a) Uma entidade deve contabilizar uma alteração na política contabilística resultante da
aplicação inicial de uma Norma ou Interpretação de acordo com as disposições transitórias
específicas, se existirem nessa Norma ou Interpretação; e
(b) Quando uma entidade altere uma política contabilística na aplicação inicial de uma Norma
ou Interpretação que não inclua disposições transitórias específicas que se apliquem a essa
alteração, ou quando altere uma política contabilística voluntariamente, ela deve aplicar a
alteração retrospectivamente.
18 - Para a finalidade desta Norma, a aplicação antecipada de uma Norma ou Interpretação não é
uma alteração voluntária na política contabilística.
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alteração.
21 - Quando for impraticável determinar os efeitos específicos num período da alteração duma
política contabilística na informação comparativa para um ou mais períodos anteriores
apresentados, a entidade deve aplicar a nova política contabilística às quantias escrituradas de
activos e passivos no início do período mais antigo para o qual seja praticável a aplicação
retrospectiva, que pode ser o período corrente, e deve fazer um ajustamento correspondente no
saldo de abertura de cada componente do capital próprio afectado desse período.
23 - Quando uma entidade aplicar uma nova política contabilística retrospectivamente, ela aplica a
nova política contabilística à informação comparativa para períodos anteriores tão antigos
quanto for praticável. A aplicação retrospectiva a um período anterior não é praticável a menos
que seja praticável determinar o efeito cumulativo nas quantias dos balanços de abertura e de
fecho desse período. A quantia do ajustamento resultante relacionado com períodos anteriores
aos apresentados nas demonstrações financeiras é feita para o saldo de abertura de cada
componente do capital próprio afectado do período anterior mais antigo apresentado.
Normalmente o ajustamento é feito nos resultados transitados. Contudo, o ajustamento pode
ser feito noutro componente do capital próprio (por exemplo, para cumprir uma Norma ou
Interpretação). Qualquer outra informação sobre períodos anteriores, tal como resumos
históricos de dados financeiros, é também ajustada para períodos tão antigos quanto praticável.
24 - Quando for impraticável a uma entidade fazer a aplicação retrospectiva de uma nova política
contabilística, porque não pode determinar o efeito cumulativo da aplicação da mesma a todos
os períodos anteriores, deve, de acordo com o parágrafo 22, fazer a aplicação prospectiva
dessa nova política desde o início do período mais antigo em que tal seja praticável. Por isso,
ela ignora a parte do ajustamento cumulativo nos activos, passivos e capital próprio que surja
antes dessa data. A alteração numa política contabilística é permitida mesmo que seja
impraticável fazer a sua aplicação prospectiva a qualquer período anterior. Os parágrafos 45 a
48 proporcionam orientação quando for impraticável aplicar uma nova política contabilística a
um ou mais períodos anteriores.
(c) A quantia de ajustamento relacionado com períodos anteriores aos apresentados, até ao
ponto que seja praticável.
26 - Quando uma alteração voluntária em políticas contabilísticas tiver efeitos no período corrente ou
em qualquer período anterior, mas é impraticável determinar a quantia de ajustamento, ou
puder ter efeitos em períodos futuros, uma entidade deve divulgar:
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(b) As razões pelas quais a aplicação da nova política contabilística proporciona informação
fiável e mais relevante;
(c) A quantia do ajustamento para o período corrente e cada período anterior apresentado, até
ao ponto que seja praticável; e
(d) A quantia de ajustamento relacionado com períodos anteriores aos apresentados, até ao
ponto em que seja praticável.
(d) A vida útil de, ou o modelo esperado de consumo dos benefícios económicos futuros
incorporados em, activos depreciáveis; e
29 - Uma estimativa pode necessitar de revisão se ocorrerem alterações nas circunstâncias em que
a estimativa se baseou ou em consequência de nova informação ou de mais experiência. Dada
a sua natureza, a revisão de uma estimativa não se relaciona com períodos anteriores e não é a
correcção de um erro.
30 - Uma alteração na base de mensuração aplicada é uma alteração numa política contabilística e
não uma alteração numa estimativa contabilística. Quando for difícil distinguir uma alteração
numa política contabilística de uma alteração da estimativa contabilística, a alteração é tratada
como alteração numa estimativa contabilística.
31 - O efeito de uma alteração numa estimativa contabilística, que não seja uma alteração à qual se
aplique o parágrafo 0, deve ser reconhecido prospectivamente incluindo-o nos resultados do:
32 - Até ao ponto em que uma alteração numa estimativa contabilística dá origem a alterações em
activos e passivos, ou se relacione com um item do capital próprio, ela deve ser reconhecida
pelo ajustamento da quantia escriturada do item de capital próprio, activo ou passivo
relacionado no período da alteração.
228
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35 - Se a quantia do efeito em futuros períodos não for divulgada porque a estimativa do mesmo é
impraticável, uma entidade deve divulgar esse facto.
37 - Sem prejuízo do disposto no parágrafo 38, uma entidade deve corrigir os erros materiais de
períodos anteriores retrospectivamente ao primeiro conjunto de demonstrações financeiras
aprovadas após a sua descoberta:
(b) Se o erro ocorreu antes do período anterior mais antigo apresentado, reexpressando os
saldos de abertura dos activos, passivos e capital próprio para o período mais antigo
apresentado.
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deve reexpressar os saldos de abertura de activos, passivos e capital próprio para o período
mais antigo para o qual seja praticável a reexpressão retrospectiva (que pode ser o período
corrente).
42 - Quando for impraticável determinar a quantia de um erro (por exemplo, um erro na aplicação de
uma política contabilística) para todos os períodos anteriores, a entidade, de acordo com o
parágrafo 40, reexpressa a informação comparativa prospectivamente a partir da data mais
antiga em que tal seja praticável. Por isso, ela ignora a parte da reexpresão cumulativa dos
activos, passivos e capital próprio que surja antes dessa data. Os parágrafos 45 a 48
proporcionam orientação sobre quando é impraticável corrigir um erro para um ou mais
períodos anteriores.
(b) Até ao ponto em que tal seja praticável, a quantia de correcção para cada período anterior
apresentado;
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47 - Por isso, aplicar retrospectivamente uma nova política contabilística ou corrigir um erro de um
período anterior exige que se distinga a informação que:
(a) Proporcione provas de circunstâncias que existiam na(s) data(s) em que tiver ocorrido a
transacção, outro acontecimento ou condição; e
(b) Teria estado disponível quando as demonstrações financeiras desse período anterior foram
autorizadas para emissão.
Para alguns tipos de estimativas (por exemplo, uma estimativa de justo valor não baseada num
preço ou em contributos observáveis) é impraticável distinguir estes tipos de informação.
Quando a aplicação retrospectiva ou a reexpressão retrospectiva exija que se faça uma
estimativa significativa para a qual seja impossível distinguir estes dois tipos de informação, é
impraticável aplicar a nova política contabilística.
48 - Não deve ser usada percepção ao aplicar uma nova política contabilística a, ou ao corrigir
quantias para, um período anterior, quer ao fazer suposições sobre quais teriam sido as
intenções do órgão de gestão num período anterior, quer ao estimar as quantias reconhecidas,
mensuradas ou divulgadas num período anterior.
Por exemplo, quando uma entidade corrija um erro de um período anterior na mensuração de
activos financeiros previamente classificados como investimentos detidos até à maturidade, ela
não altera a respectiva base de mensuração para esse período. Num outro exemplo, quando
uma entidade corrija um erro de um período anterior ao calcular o seu passivo relativo a baixa
por doença acumulada dos empregados, ela ignora a informação sobre uma época de gripe
invulgarmente grave no período seguinte que, naturalmente, apenas foi conhecida depois das
demonstrações financeiras do período anterior terem sido autorizadas para emissão.
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Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever que, nas
demonstrações financeiras de uma entidade, se incluam as divulgações necessárias para
chamar a atenção para a possibilidade de que a sua posição financeira e resultados possam ter
sido afectados pela existência de partes relacionadas e por transacções e saldos pendentes
com as mesmas.
Âmbito (parágrafos 2 e 3)
2- Esta Norma deve ser aplicada ao:
(b) Identificar saldos pendentes entre uma entidade e as suas partes relacionadas;
(c) Identificar as circunstâncias em que é exigida a divulgação dos itens das alíneas (a) e (b); e
3- No conjunto das transacções e saldos pendentes com partes relacionadas, só não serão
objecto de divulgação as transacções e saldos pendentes intragrupo (empresa-mãe e
subsidiárias), tratando-se das demonstrações financeiras consolidadas.
5- Um relacionamento com partes relacionadas pode ter um efeito nos resultados e na posição
financeira de uma entidade. As partes relacionadas podem efectuar transacções que partes não
relacionadas não realizariam. Por exemplo, uma entidade que venda bens à sua empresa-mãe
pelo custo poderá não vender nesses termos a outro cliente. Além disso, as transacções entre
partes relacionadas podem não ser feitas pelas mesmas quantias que entre partes não
relacionadas.
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Membros íntimos da família: de um indivíduo são aqueles membros da família que se espera
que influenciem, ou sejam influenciados por esse indivíduo nos seus negócios com a entidade.
Podem incluir:
Parte relacionada: Uma parte está relacionada com uma entidade se:
(i) Controlar, for controlada por ou estiver sob o controlo comum da entidade (isto inclui
relacionamentos entre empresas-mãe e subsidiárias e entre subsidiárias da mesma
empresa-mãe);
(ii) Tiver um interesse na entidade que lhe confira influência significativa sobre a mesma; ou
(b) A parte for uma associada ou um empreendimento conjunto em que a entidade seja um
empreendedor (ver NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos
em Associadas);
(c) A parte for membro do pessoal chave da gestão da entidade ou da sua empresa-mãe;
(d) A parte for membro íntimo da família de qualquer indivíduo referido nas alíneas (a) ou (c);
(e) A parte for uma entidade sobre a qual qualquer indivíduo referido nas alíneas (c) ou (d)
exerce controlo, controlo conjunto ou influência significativa, ou que possui, directa ou
indirectamente um significativo poder de voto; ou
(f) A parte for um plano de benefícios pós-emprego para benefício dos empregados da
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entidade, ou de qualquer entidade que seja uma parte relacionada dessa entidade.
Pessoal chave de gestão: são as pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo
planeamento, direcção e controlo das actividades da entidade, directa ou indirectamente,
incluindo qualquer administrador (executivo ou outro) dessa entidade.
Remuneração: inclui todos os benefícios dos empregados Os benefícios dos empregados são
todas as formas de retribuição paga, a pagar ou proporcionada pela entidade, ou em nome da
entidade, em troca de serviços prestados à entidade. Também inclui as retribuições pagas em
nome da empresa-mãe da entidade com respeito aos serviços prestados à entidade. A
remuneração inclui:
(a) Benefícios de curto prazo de empregados no activo, tais como ordenados, salários e
contribuições para a segurança social, licença anual paga e pagamento de baixa por
doença, participação nos lucros e bónus (se pagáveis num período de doze meses após o
fim do período) e benefícios não monetários (tais como cuidados médicos, habitação,
automóveis e bens ou serviços gratuitos ou subsidiados);
(b) Benefícios pós-emprego tais como pensões, outros benefícios de reforma, seguro de vida
pós-emprego e cuidados médicos pós-emprego;
(c) Outros benefícios de longo prazo dos empregados, incluindo licença por anos de serviço ou
licença sabática, jubilação ou outros benefícios por anos de serviço, benefícios de invalidez
de longo prazo e, se não forem pagáveis na totalidade num período de doze meses após o
final do período, participação nos lucros, bónus e remuneração diferida;
9- Ao considerar cada possível relacionamento com partes relacionadas, deve prestar-se atenção
para a substância do relacionamento e não meramente para a forma legal.
(a) Duas entidades simplesmente por terem um administrador ou outro membro do pessoal
chave da gestão em comum, não obstante as alíneas (c) e (e) da definição de «parte
relacionada».
(ii) Sindicatos,
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(d) Um cliente, fornecedor, franchisador, distribuidor ou agente geral com quem uma entidade
transaccione um volume significativo de negócios meramente em virtude da dependência
económica resultante.
12 - Uma entidade deve divulgar a remuneração do pessoal chave da gestão no total e para cada
uma das seguintes categorias:
13 - Se tiver havido transacções entre partes relacionadas, uma entidade deve divulgar a natureza
do relacionamento com as partes relacionadas, assim como informação sobre as transacções e
saldos pendentes, necessária para a compreensão do potencial efeito do relacionamento nas
demonstrações financeiras. No mínimo, as divulgações devem incluir:
(c) Ajustamentos de dívidas de cobrança duvidosa relacionados com a quantia dos saldos
pendentes; e
14 - As divulgações exigidas no parágrafo 13 devem ser feitas separadamente para cada uma das
seguintes categorias:
(a) A empresa-mãe;
(c) Subsidiárias;
(d) Associadas;
235
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15 - Seguem-se exemplos de transacções que são divulgadas se forem feitas com uma parte
relacionada:
(d) Locações;
(i) Liquidação de passivos em nome da entidade ou pela entidade em nome de outra parte.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento
de activos intangíveis que não sejam especificamente tratados noutras Normas. Esta Norma
exige que uma entidade reconheça um activo intangível se, e apenas se, critérios especificados
forem satisfeitos. A Norma também especifica como mensurar a quantia escriturada de activos
intangíveis e exige divulgações especificadas acerca de activos intangíveis.
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Âmbito (parágrafos 2 a 7)
2- Esta Norma deve ser aplicada na contabilização de activos intangíveis, excepto:
(a) Activos intangíveis detidos por uma entidade para venda no decurso ordinário da actividade
empresarial (ver a NCRF 18 - Inventários e a NCRF 19 - Contratos de Construção);
(b) Activos por impostos diferidos (ver NCRF 25 - Impostos sobre o Rendimento);
(g) Activos intangíveis não correntes classificados como detidos para venda (ou incluídos num
grupo para alienação que esteja classificado como detido para venda), de acordo com a
NCRF 8 - Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais
Descontinuadas.
4- Alguns activos intangíveis podem estar contidos numa substância física tal como um disco
compacto (no caso de software de computadores), documentação legal (no caso de uma
licença ou patente) ou filme. Ao determinar se um activo que incorpore tanto elementos
intangíveis como tangíveis deve ser tratado segundo a NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis ou
como um activo intangível segundo esta Norma, a entidade usa o seu juízo de valor para avaliar
qual o elemento mais significativo. Por exemplo, o software de computador de uma máquina
ferramenta controlada por computador que não funcione sem esse software específico é uma
parte integrante do equipamento respectivo e é tratado como activo fixo tangível. O mesmo se
aplica ao sistema operativo de um computador. Quando o software não for uma parte integrante
do hardware respectivo, o software de computador é tratado como um activo intangível.
5- Esta Norma aplica-se, entre outras coisas, a dispêndios com publicidade, formação, arranque e
actividades de pesquisa e desenvolvimento. As actividades de pesquisa e desenvolvimento
destinam-se ao desenvolvimento de conhecimentos. Por isso, se bem que estas actividades
possam resultar num activo com substância física (por exemplo, num protótipo), o elemento
237
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6- No caso de uma locação financeira, o activo subjacente pode ser tangível ou intangível. Após o
reconhecimento inicial, um locatário contabiliza um activo intangível, detido sob uma locação
financeira, de acordo com esta Norma. Os direitos protegidos por acordos de licenciamento de
itens tais como filmes, vídeos, peças de teatro, manuscritos, patentes e copyrights são
excluídos do âmbito da NCRF 9 - Locações e caem dentro do âmbito desta Norma.
Activo: é um recurso:
(b) Do qual se espera que fluam benefícios económicos futuros para a entidade.
Activos monetários: são dinheiros detidos e activos a ser recebidos em quantias fixadas ou
determináveis de dinheiro.
Custo: é a quantia de caixa ou seus equivalentes paga ou o justo valor de outra retribuição dada
para adquirir um activo no momento da sua aquisição ou construção, ou, quando aplicável, a
quantia atribuída a esse activo aquando do reconhecimento inicial de acordo com os requisitos
específicos de outras NCRF.
Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento
entre elas.
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Pesquisa: é a investigação original e planeada levada a efeito com a perspectiva de obter novos
conhecimentos científicos ou técnicos.
Quantia depreciável: é o custo de um activo ou outra quantia substituta do custo, menos o seu
valor residual.
Quantia escriturada: é a quantia pela qual um activo é reconhecido no Balanço, após a dedução
de qualquer depreciação/amortização acumulada e de perdas por imparidade acumuladas
inerentes.
Valor específico para a entidade: é o valor presente dos fluxos de caixa que uma entidade
espera que resultem do uso continuado de um activo e da sua alienação no final da sua vida útil
ou em que espera incorrer ao liquidar um passivo.
Valor residual: de um activo é a quantia estimada que uma entidade obteria correntemente pela
alienação de um activo, após dedução dos custos de alienação estimados, se o activo já tivesse
a idade e as condições esperadas no final da sua vida útil.
Vida útil é:
(a) O período durante o qual uma entidade espera que um activo esteja disponível para uso; ou
(b) O número de unidades de produção ou similares que uma entidade espera obter do activo.
10 - Nem todos os itens descritos no parágrafo 9 satisfazem a definição de um activo intangível, i.e.
identificabilidade, controlo sobre um recurso e existência de benefícios económicos futuros. Se
um item que esteja dentro do âmbito desta Norma não satisfizer a definição de um activo
intangível, o dispêndio para o adquirir ou gerar internamente é reconhecido como um gasto
quando for incorrido. Porém, se o item for adquirido numa concentração de actividades
empresariais, faz parte do goodwill reconhecido à data da aquisição (ver parágrafo 67).
239
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11 - A definição de um activo intangível exige que o mesmo seja identificável para o distinguir do
goodwill. O goodwill adquirido numa concentração de actividades empresariais representa um
pagamento feito pelo adquirente em antecipação de benefícios económicos futuros de activos
que não sejam capazes de ser individualmente identificados e separadamente reconhecidos.
Os benefícios económicos futuros podem resultar de sinergias entre os activos identificáveis
adquiridos ou de activos que, individualmente, não se qualificam para reconhecimento nas
demonstrações financeiras mas pelos quais o adquirente está preparado para fazer um
pagamento na concentração de actividades empresariais.
(a) For separável, i.e. capaz de ser separado ou dividido da entidade e vendido, transferido,
licenciado, alugado ou trocado, seja individualmente ou em conjunto com um contrato,
activo ou passivo relacionado; ou
(b) Resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais, quer esses direitos sejam
transferíveis quer sejam separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.
14 - O mercado e o conhecimento técnico podem dar origem a benefícios económicos futuros. Uma
entidade controla esses benefícios se, por exemplo, o conhecimento estiver protegido por
direitos legais tais como copyrights, uma restrição de acordos de comércio (quando permitido)
ou por deveres legais dos empregados de manter a confidencialidade.
15 - Uma entidade pode ter uma equipa de pessoal habilitado e pode ser capaz de identificar
capacidades incrementais do pessoal que conduzam a benefícios económicos futuros
derivados da formação. A entidade pode também esperar que o pessoal continue a pôr as suas
capacidades ao seu dispor. Porém, geralmente uma entidade não tem controlo suficiente sobre
os benefícios económicos futuros provenientes de uma equipa de pessoal habilitado e da
formação para que estes itens satisfaçam a definição de um activo intangível. Por uma razão
semelhante, é improvável que uma gestão específica ou um talento técnico satisfaça a definição
de activo intangível, a menos que esteja protegido por direitos legais para usá-lo e obter dele os
benefícios económicos futuros esperados e que também satisfaça as outras partes da definição.
16 - Uma entidade pode ter uma carteira de clientes ou uma quota de mercado e esperar que,
devido aos seus esforços para criar relacionamentos e fidelizar clientes, estes continuarão a
negociar com a empresa. Porém, na ausência de direitos legais para proteger, ou de outras
formas controlar, o relacionamento com clientes ou a sua fidelidade para com a entidade, esta
geralmente não tem controlo suficiente sobre os benefícios económicos esperados derivados
do relacionamento e fidelização dos clientes para que tais itens (por exemplo, carteira de
clientes, quotas de mercado, relacionamento com clientes e fidelidade dos clientes) satisfaçam
a definição de activos intangíveis. Na ausência de direitos legais para proteger os
relacionamentos com os clientes, as transacções de troca dos próprios relacionamentos com os
clientes ou outros semelhantes (que não sejam como parte de uma concentração de
240
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actividades empresariais) constituem prova de que a entidade está, não obstante, capacitada
para controlar os benefícios económicos futuros esperados que fluam dos relacionamentos com
os clientes. Dado que essas transacções de troca também constituem prova de que os
relacionamentos com os clientes, em si mesmos, são separáveis, esses relacionamentos com
os clientes satisfazem a definição de activo intangível.
Estes requisitos aplicam-se aos custos incorridos inicialmente para adquirir ou gerar
internamente um activo intangível e aqueles incorridos posteriormente para adicionar a,
substituir parte de, ou dar assistência ao mesmo.
20 - A natureza dos activos intangíveis é tal que, em muitos casos, não há adições a um tal activo
ou substituições de parte do mesmo. Em conformidade, é provável que a maioria dos
dispêndios subsequentes mantenham os futuros benefícios económicos esperados
incorporados num activo intangível existente em vez de corresponder à definição de activo
intangível e aos critérios de reconhecimento nesta Norma. Além disso, é muitas vezes difícil
atribuir os dispêndios subsequentes directamente a um activo intangível em particular em vez
de à empresa como um todo. Portanto, apenas raramente os dispêndios subsequentes -
dispêndios incorridos após o reconhecimento inicial de um activo intangível adquirido ou após a
conclusão de um activo intangível gerado internamente - serão reconhecidos na quantia
escriturada de um activo. Consistentemente com o parágrafo 62, os dispêndios subsequentes
com marcas, cabeçalhos, títulos de publicações, listas de clientes e itens substancialmente
semelhantes (sejam comprados externamente ou gerados internamente) são sempre
reconhecidos nos resultados como incorridos. Tal acontece porque um tal dispêndio não pode
ser distinguido do dispêndio para desenvolver o negócio como um todo.
(a) For provável que os benefícios económicos futuros esperados que sejam atribuíveis ao
activo fluam para a entidade; e
241
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22 - Uma entidade deve avaliar a probabilidade de benefícios económicos futuros esperados usando
pressupostos razoáveis e sustentáveis que representem a melhor estimativa do conjunto de
condições económicas que existirão durante a vida útil do activo.
23 - Uma entidade usa o seu juízo de valor para avaliar o grau de certeza ligado ao fluxo de
benefícios económicos futuros que sejam atribuíveis ao uso do activo na base da evidência
disponível no momento do reconhecimento inicial, dando maior peso à evidência externa.
26 - Além disso, o custo de um activo intangível adquirido separadamente pode normalmente ser
mensurado com fiabilidade. Isto é particularmente assim quando a retribuição de compra for na
forma de dinheiro ou outros activos monetários.
(b) Qualquer custo directamente atribuível de preparação do activo para o seu uso pretendido.
(a) Custos de benefícios dos empregados directamente resultantes de levar o activo à sua
condição de funcionamento;
(b) Honorários resultantes directamente de levar o activo até à sua condição de funcionamento;
e
29 - Exemplos de dispêndios que não fazem parte do custo de um activo intangível são:
(b) Custos de condução do negócio numa nova localização ou com uma nova classe de
clientes (incluindo custos de formação de pessoal); e
242
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(a) Os custos incorridos enquanto um activo capaz de funcionar da forma pretendida ainda
esteja para ser colocado em uso; e
(b) Perdas operacionais iniciais, tais como as incorridas enquanto cresce a procura da
produção do activo.
32 - Se o pagamento de um activo intangível for diferido para além do prazo normal de crédito, o seu
custo é o equivalente ao preço a dinheiro. A diferença entre esta quantia e os pagamentos
totais é reconhecida como gasto de juros durante o período do crédito a não ser que seja
capitalizada de acordo com o tratamento de capitalização permitido na NCRF 10 - Custos de
Empréstimos Obtidos.
(b) Seja identificável, i.e. separável, ou decorra de direitos contratuais ou outros direitos legais.
243
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essa incerteza entra na mensuração do justo valor do activo, em vez de demonstrar uma
incapacidade de mensurar fiavelmente o justo valor. Se um activo intangível adquirido numa
concentração de actividades empresariais tiver uma vida útil finita, existe o pressuposto
refutável de que o seu justo valor possa ser mensurado com fiabilidade.
37 - Da mesma forma, os termos "marca" e "nome de marca" são muitas vezes usados como
sinónimos para marcas comerciais e outras marcas. Contudo, os primeiros são termos gerais
de marketing que são tipicamente usados para referir um grupo de activos complementares tais
como uma marca comercial (ou marca de serviço) e o seu nome comercial relacionado,
fórmulas, receitas e especialização tecnológica. O adquirente reconhece como activo único um
grupo de activos intangíveis complementares que compreenda uma marca se os justos valores
individuais dos activos complementares não forem fiavelmente mensuráveis. Se os justos
valores individuais dos activos complementares forem fiavelmente mensuráveis, um adquirente
pode reconhecê-los como um activo único desde que os activos individuais tenham vidas úteis
semelhantes.
38 - As únicas circunstâncias em que pode não ser possível mensurar fiavelmente o justo valor de
um activo intangível adquirido numa concentração de actividades empresariais são quando o
activo intangível resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais e ou:
(b) For separável, mas não houver história ou evidência de transacções de troca para os
mesmos activos ou semelhantes, e a estimativa de outra forma do justo valor estar
dependente de variáveis não mensuráveis.
39 - Os preços de cotação, num mercado activo, proporcionam a estimativa mais fiável do justo
valor de um activo intangível (ver também o parágrafo 77). O preço de mercado apropriado é
geralmente o preço corrente de oferta. Se os preços correntes de oferta não estiverem
disponíveis, o preço da transacção semelhante mais recente pode proporcionar um critério a
partir do qual se pode estimar o justo valor, desde que não tenha havido uma alteração
significativa nas circunstâncias económicas entre a data da transacção e a data à qual o justo
valor do activo seja estimado.
40 - Se não existir mercado activo para um activo intangível, o seu justo valor é a quantia que a
entidade teria de pagar, à data da aquisição, pelo activo numa transacção entre partes
conhecedoras não relacionadas e dispostas a isso, com base na melhor informação disponível.
Ao determinar esta quantia, uma entidade considera o desfecho de transacções recentes de
activos semelhantes.
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(b) Seja incorrido após a aquisição desse projecto deve ser contabilizado de acordo com os
parágrafos 53 a 61.
42 - A aplicação dos requisitos dos parágrafos 53 a 61 significa que o dispêndio subsequente num
projecto de pesquisa ou investigação em curso adquirido separadamente ou numa
concentração de actividades empresariais e reconhecido como activo intangível é:
(b) Reconhecido como um gasto quando incorrido se for dispêndio de desenvolvimento que não
satisfaça os critérios de reconhecimento como activo intangível do parágrafo 56; e
45 - Uma entidade determina se uma transacção de troca tem substância comercial considerando a
extensão em que espera que os seus futuros fluxos de caixa sejam alterados como resultado da
transacção. Uma transacção de troca tem substância comercial se:
(a) A configuração (i.e. risco, tempestividade e quantia) dos fluxos de caixa do activo recebido
diferir da configuração dos fluxos de caixa do activo transferido; ou
(b) O valor específico para a entidade relativo à parte das operações da entidade afectada pela
transacção se altera como resultado da troca; e
(c) A diferença identificada na alínea (a) ou na (b) for significativa em relação ao justo valor dos
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activos trocados.
Para a finalidade de determinar se uma transacção de troca tem substância comercial, o valor
específico para a entidade relativo à parte das operações da entidade afectada pela transacção
deve reflectir os fluxos de caixa após impostos. O resultado destas análises pode ser claro sem
que uma entidade tenha de efectuar cálculos detalhados.
46 - O parágrafo 21(b) especifica que uma condição para o reconhecimento de um activo intangível
é que o custo do activo possa ser fiavelmente mensurado. O justo valor de um activo intangível
para o qual não existam transacções de mercado comparáveis é fiavelmente mensurável se (a)
a variabilidade no intervalo de estimativas razoáveis do justo valor não for significativa para
esse activo ou (b) as probabilidades das várias estimativas dentro do intervalo possam ser
razoavelmente avaliadas e usadas para estimar o justo valor. Se uma entidade for capaz de
determinar com fiabilidade o justo valor tanto do activo recebido como do activo cedido, então o
justo valor do activo cedido é usado para mensurar o custo a não ser que o justo valor do activo
recebido seja mais claramente evidente.
48 - Em alguns casos, é incorrido dispêndio para gerar benefícios económicos futuros, mas isso não
resulta na criação de um activo intangível que satisfaça os critérios de reconhecimento desta
Norma. Tal dispêndio é muitas vezes descrito como contribuindo para o goodwill gerado
internamente. O goodwill gerado internamente não é reconhecido como activo porque não é um
recurso identificável (i.e. não é separável nem resulta de direitos contratuais ou de outros
direitos legais) controlado pela entidade que possa ser fiavelmente mensurado pelo custo.
49 - As diferenças entre o valor de mercado de uma entidade e a quantia escriturada dos seus
activos líquidos identificáveis em qualquer momento podem captar uma série de factores que
afectem o valor da entidade. Contudo, tais diferenças não representam o custo dos activos
intangíveis controlados pela entidade.
(a) Identificar se e quando existe um activo identificável que gere benefícios económicos futuros
esperados; e
(b) Determinar fiavelmente o custo do activo. Em alguns casos, o custo de gerar internamente
um activo intangível não pode ser distinguido do custo de manter ou aumentar o goodwill da
entidade gerado internamente ou do decorrer operacional do dia-a-dia.
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52 - Se uma entidade não puder distinguir a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento num
projecto interno para criar um activo intangível, a entidade trata o dispêndio nesse projecto
como se fosse incorrido somente na fase da pesquisa.
54 - Na fase de pesquisa de um projecto interno, uma entidade não pode demonstrar que existe um
activo intangível que irá gerar benefícios económicos futuros prováveis. Por isso, este dispêndio
é reconhecido como um gasto quando for incorrido.
(b) A procura de, avaliação e selecção final de, aplicações das descobertas de pesquisa ou de
outros conhecimentos;
(a) A viabilidade técnica de concluir o activo intangível a fim de que o mesmo esteja disponível
para uso ou venda.
(d) A forma como o activo intangível gerará prováveis benefícios económicos futuros. Entre
outras coisas, a entidade pode demonstrar a existência de um mercado para a produção do
activo intangível ou para o próprio activo intangível ou, se for para ser usado internamente,
a utilidade do activo intangível.
(f) A sua capacidade para mensurar fiavelmente o dispêndio atribuível ao activo intangível
durante a sua fase de desenvolvimento.
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(c) A concepção, construção e operação de uma fábrica piloto que não seja de uma escala
económica exequível para produção comercial; e
(d) A concepção, construção e teste de uma alternativa escolhida para materiais, aparelhos,
produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou melhorados.
59 - Para demonstrar como um activo intangível gerará benefícios económicos futuros prováveis,
uma entidade avalia os futuros benefícios económicos a serem recebidos do activo usando os
princípios da NCRF 12 - Imparidade de Activos. Se o activo gerar benefícios económicos
apenas em combinação com outros activos, a entidade aplica o conceito de unidades geradoras
de caixa tal como definido na NCRF 12.
61 - Os sistemas de custeio de uma entidade podem muitas vezes mensurar com fiabilidade o custo
de gerar internamente um activo intangível, tais como os ordenados e outros dispêndios
incorridos para assegurar copyrights ou licenças ou para desenvolver software de
computadores.
Uma entidade está a desenvolver um novo processo de produção. Durante 2005, os dispêndios
incorridos foram 1000 unidades monetárias (UM), das quais 900 UM foram incorridas antes de 1 de
Dezembro de 2005 e 100 UM entre 1 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezembro de 2005. A entidade
é capaz de demonstrar que, em 1 de Dezembro de 2005, o processo de produção satisfazia os
critérios de reconhecimento como um activo intangível. A quantia recuperável do know-how
incorporado no processo (incluindo os exfluxos de caixa futuros para concluir o processo antes de
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No fim de 2005, o processo de produção é reconhecido como um activo intangível por um custo de
100 UM (dispêndio incorrido desde a data em que os critérios de reconhecimento foram satisfeitos,
isto é, 1 de Dezembro de 2005). O dispêndio de 900 UM incorrido antes de 1 de Dezembro de 2005
foi reconhecido como um gasto porque os critérios de reconhecimento não foram satisfeitos até 1 de
Dezembro de 2005. Este dispêndio não faz parte do processo de produção reconhecido no balanço.
Durante 2006, o dispêndio incorrido foi de 2.000 UM. No fim de 2006, a quantia recuperável de
know-how incorporado no processo (incluindo os exfluxos de caixa futuros para concluir o processo
antes de estar disponível para uso) é estimado em 1.900 UM.
(a) Os custos dos materiais e serviços usados ou consumidos ao gerar o activo intangível;
(b) Os custos dos benefícios dos empregados associados à formação do activo intangível;
(d) A amortização de patentes e licenças que sejam usadas para gerar o activo intangível.
(a) Os dispêndios com vendas, gastos administrativos e outros gastos gerais a menos que
estes dispêndios possam ser directamente atribuídos à preparação do activo para uso;
(b) Ineficiências identificadas e perdas operacionais iniciais incorridas antes de o activo atingir o
desempenho planeado; e
(a) Faça parte do custo de um activo intangível que satisfaça os critérios de reconhecimento
(ver parágrafos 18 a 66); ou
(b) O item seja adquirido numa concentração de actividades empresariais e não possa ser
reconhecido como um activo intangível. Neste caso, o dispêndio (incluído no custo da
concentração de actividades empresariais) deve fazer parte da quantia atribuída ao goodwill
à data da aquisição (ver a NCRF 14 - Concentrações de Actividades Empresariais).
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(a) Dispêndio com actividades de arranque (i.e. custos de arranque), a não ser que este
dispêndio esteja incluído no custo de um item de activo fixo tangível de acordo com a NCRF
7 - Activos Fixos Tangíveis. Os custos de arranque podem consistir em custos de
estabelecimento tais como os custos legais ou de secretariado incorridos no
estabelecimento de uma entidade legal, dispêndios para abrir novas instalações ou negócio
(i.e. custos pré-abertura) ou dispêndios para iniciar novas unidades operacionais ou lançar
novos produtos ou processos (i.e. custos pré-operacionais).
(d) Dispêndios com a mudança de local ou reorganização de uma entidade no seu todo ou em
parte.
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revalorizada, que seja o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer amortização
acumulada subsequente e quaisquer perdas por imparidade acumuladas subsequentes. Para a
finalidade de revalorizações segundo esta Norma, o justo valor deve ser determinado com
referência a um mercado activo. As revalorizações devem ser feitas com tal regularidade que na
data do balanço a quantia escriturada do activo não difira materialmente do seu justo valor.
(a) A revalorização de activos intangíveis que não tenham sido previamente reconhecidos como
activos; ou
(b) O reconhecimento inicial de activos intangíveis por quantias que não sejam o custo.
77 - Não é vulgar que exista um mercado activo com as características descritas no parágrafo 8
para um activo intangível, se bem que isto possa acontecer. Por exemplo, em algumas
jurisdições, pode existir um mercado activo para licenças de táxis livremente transferíveis,
licenças de pesca ou quotas de produção. Contudo, pode não existir um mercado activo para
marcas, cabeçalhos de jornais, direitos de editar músicas e filmes, patentes ou marcas
comerciais, porque cada um de tais activos é único. Além disso, se bem que activos intangíveis
sejam comprados e vendidos, os contratos são negociados entre compradores e vendedores
individuais, sendo as transacções relativamente pouco frequentes. Por estas razões, o preço
pago por um activo pode não proporcionar evidência suficiente do justo valor de um outro. Além
disso, os preços não estão muitas vezes disponíveis publicamente.
(b) Eliminada contra a quantia bruta escriturada do activo e a quantia líquida reexpressa como
a quantia revalorizada do activo.
80 - Se um activo intangível numa classe de activos intangíveis revalorizados não puder ser
revalorizado porque não há qualquer mercado activo para esse activo, o activo deve ser
escriturado pelo seu custo menos qualquer amortização e perdas por imparidade acumuladas.
81 - Se o justo valor de um activo intangível revalorizado já não puder ser determinado com
referência a um mercado activo, a quantia escriturada do activo deve ser a sua quantia
revalorizada à data da última revalorização com referência ao mercado activo menos qualquer
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82 - O facto de já não existir um mercado activo para um activo intangível revalorizado pode indicar
que o activo pode estar com imparidade e que ele necessita de ser testado de acordo com a
NCRF 12 - Imparidade de Activos.
83 - Se o justo valor do activo puder ser determinado com referência a um mercado activo numa
data de mensuração subsequente, o modelo de revalorização é aplicado a partir dessa data.
88 - A contabilização de um activo intangível baseia-se na sua vida útil. Um activo intangível com
uma vida útil finita é amortizado (ver parágrafos 96 a 105), e um activo intangível com uma vida
útil indefinida não o é (ver parágrafos 106 a 109).
(a) O uso esperado do activo por parte da entidade e se o activo puder ser eficientemente
gerido por uma outra equipa de gestão;
(b) Os ciclos de vida típicos para o activo e a informação pública sobre estimativas de vida útil
de activos semelhantes que sejam usados de forma semelhante;
(d) A estabilidade do sector em que o activo opera e alterações na procura do mercado para os
produtos ou serviços produzidos pelo activo;
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(f) O nível de dispêndio de manutenção exigido para obter os benefícios económicos futuros
esperados do activo e a capacidade e intenção da entidade para atingir tal nível;
(g) O período de controlo sobre o activo e limites legais ou semelhantes sobre o uso do activo,
tais como as datas de extinção de locações relacionadas, e datas do termo do período de
concessão estabelecido nos Acordos de Concessão de Serviços; e
(h) Se a vida útil do activo está dependente da vida útil de outros activos da entidade.
90 - O termo "indefinida" não significa "infinita". A vida útil de um activo intangível reflecte apenas o
nível de dispêndio de manutenção futuro exigido para manter o activo no seu padrão de
desempenho avaliado no momento da estimativa da vida útil do activo, e a capacidade e
intenção da entidade para atingir tal nível. Uma conclusão de que a vida útil de um activo
intangível é indefinida não deve depender do dispêndio futuro planeado para além do exigido
para manter o activo nesse padrão de desempenho.
92 - A vida útil de um activo intangível pode ser muito longa ou mesmo indefinida. A incerteza
justifica estimar a vida útil de um activo intangível numa base prudente, mas isso não justifica
escolher uma vida que seja irrealisticamente curta.
93 - A vida útil de um activo intangível que resulte de direitos contratuais ou de outros direitos legais
não deve exceder o período dos direitos contratuais ou de outros direitos legais, mas pode ser
mais curta dependendo do período durante o qual a entidade espera usar o activo. Se os
direitos contratuais ou outros direitos legais forem transmitidos por um prazo limitado que possa
ser renovado, a vida útil do activo intangível deve incluir o(s) período(s) de renovação apenas
se existir evidência que suporte a renovação pela entidade sem um custo significativo.
94 - Podem existir tanto factores legais como económicos que influenciem a vida útil de um activo
intangível. Os factores económicos determinam o período durante o qual os benefícios
económicos futuros serão recebidos pela entidade. Os factores legais podem restringir o
período durante o qual a entidade controla o acesso a esses benefícios. A vida útil é o mais
curto dos períodos determinados por estes factores.
95 - A existência dos seguintes factores, entre outros, indica que uma entidade deveria ser capaz de
renovar os direitos contratuais ou outros direitos legais sem um custo significativo:
(b) Há evidência de que quaisquer condições necessárias para obter a renovação serão
satisfeitas; e
(c) O custo da renovação para a entidade não é significativo quando comparado com os
benefícios económicos futuros que se espera que fluam para a entidade a partir da
renovação.
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97 - Pode ser usada uma variedade de métodos de amortização para imputar a quantia depreciável
de um activo numa base sistemática durante a sua vida útil. Estes métodos incluem o método
da linha recta e o método da unidade de produção. O método usado é seleccionado na base do
modelo de consumo esperado dos futuros benefícios económicos incorporados no activo e é
aplicado consistentemente de período a período, a não ser que ocorra uma alteração no modelo
de consumo esperado desses futuros benefícios económicos. É muito raro haver, se é que há,
evidência persuasiva para apoiar um método de amortização para activos intangíveis com vidas
úteis finitas que resulte numa quantia de amortização acumulada inferior à do método da linha
recta.
(a) Haja um compromisso de um terceiro de comprar o activo no final da sua vida útil; ou
(i) O valor residual possa ser determinado com referência a esse mercado; e
(ii) Seja provável que tal mercado exista no final da sua vida útil.
100 - A quantia depreciável de um activo com uma vida útil finita é determinada após dedução do
seu valor residual. Um valor residual que não seja zero implica que uma entidade espera
alienar o activo intangível antes do fim da sua vida económica.
101 - Uma estimativa do valor residual de um activo baseia-se na quantia recuperável resultante da
alienação usando os preços prevalecentes à data da estimativa para a venda de um activo
semelhante que tenha atingido o final da sua vida útil e que tenha funcionado em condições
semelhantes àquelas em que o activo será utilizado. O valor residual é revisto pelo menos no
final de cada ano financeiro. De acordo com a NCRF 4 - Políticas Contabilísticas, Alterações
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102 - O valor residual de um activo intangível pode aumentar até uma quantia igual ou superior à
quantia escriturada do activo. Se assim for, o débito de amortização do activo é zero a menos
que, e até que, o seu valor residual diminua posteriormente para uma quantia abaixo da
quantia escriturada do activo.
104 - Durante a vida de um activo intangível, pode tornar-se evidente que a estimativa da vida útil é
inapropriada. Por exemplo, o reconhecimento de uma perda por imparidade pode indicar que o
período de amortização deve ser alterado.
105 - Com o decorrer do tempo, o modelo de benefícios económicos futuros que são esperados que
fluam para uma entidade provenientes de um activo intangível pode alterar-se. Por exemplo,
pode tornar-se evidente que um método de amortização de saldo decrescente seja apropriado
e não um método de linha recta. Um outro exemplo é se o uso dos direitos representados por
uma licença é diferido dependendo de acção sobre outros componentes do plano de negócio.
Neste caso, os benefícios económicos que fluem do activo só podem vir a ser recebidos em
períodos mais tardios.
107 - De acordo com a NCRF 12 - Imparidade de Activos, é exigido a uma entidade que teste a
imparidade de um activo intangível com uma vida útil indefinida comparando a sua quantia
recuperável com a sua quantia escriturada:
(a) Anualmente, e
(b) Sempre que haja uma indicação de que o activo intangível pode estar com imparidade.
109 - De acordo com a NCRF 12 - Imparidade de Activos, a reavaliação da vida útil de um activo
intangível como finita em vez de indefinida é um indicador de que o activo pode estar com
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(b) Quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação.
113 - A alienação de um activo intangível pode ocorrer numa variedade de formas, incluindo a
própria venda ou doação. Ao determinar a data da alienação desse activo, uma entidade
aplica os critérios da NCRF 20 - Rédito para reconhecer o rédito da venda de bens. A NCRF 9
- Locações aplica-se à alienação por venda e relocação.
115 - A retribuição recebível pela alienação de um activo intangível é reconhecida inicialmente pelo
seu justo valor. Se o pagamento do activo intangível for diferido, a retribuição recebida é
reconhecida inicialmente pelo equivalente ao preço a dinheiro. A diferença entre a quantia
nominal da retribuição e o equivalente ao preço a dinheiro é reconhecida como rédito de juros
de acordo com NCRF 20 - Rédito reflectindo o rendimento efectivo sobre a conta a receber.
116 - A amortização de um activo intangível com uma vida útil finita não cessa quando o activo
intangível já não for usado, a não ser que o activo tenha sido totalmente depreciado ou esteja
classificado como detido para venda (ou incluído num grupo de alienação que esteja
classificado como detido para venda), de acordo com a NCRF 8 - Activos Não Correntes
Detidos Para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas.
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(a) Se as vidas úteis são indefinidas ou finitas e, se forem finitas, as vidas úteis ou as taxas de
amortização usadas;
(b) Os métodos de amortização usados para activos intangíveis com vidas úteis finitas;
(c) A quantia bruta escriturada e qualquer amortização acumulada (agregada com as perdas
por imparidade acumuladas) no começo e fim do período;
(d) Os itens de cada linha da demonstração dos resultados em que qualquer amortização de
activos intangíveis esteja incluída;
(e) Uma reconciliação da quantia escriturada no começo e fim do período que mostre as
adições, as revalorizações, as alienações, os activos classificados como detidos para
venda, as amortizações, as perdas de imparidade e suas reversões e outras alterações.
(a) Para um activo intangível avaliado como tendo uma vida útil indefinida, a quantia
escriturada desse activo e as razões que apoiam a avaliação de uma vida útil indefinida.
Ao apresentar estas razões, a entidade deve descrever o(s) factor(es) que
desempenhou(aram) um papel significativo na determinação de que o activo tem uma vida
útil indefinida.
(c) Para os activos intangíveis adquiridos por meio de um subsídio do Governo e inicialmente
reconhecidos pelo justo valor (ver parágrafo 43):
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(iii) A quantia escriturada que teria sido reconhecida se a classe revalorizada de activos
intangíveis tivesse sido mensurada após o reconhecimento usando o modelo de custo
referido no parágrafo 73;
121 - Pode ser necessário agregar as classes de activos revalorizados em classes maiores para
finalidades de divulgação. Porém, as classes não são agregadas se isto resultar na
combinação de uma classe de activos intangíveis que inclua quantias mensuradas tanto
segundo o modelo de custo como o de revalorização.
123 - A quantia a divulgar incluirá assim, todos os gastos por natureza que sejam, face ao seu
destino, classificáveis como gasto de pesquisa e desenvolvimento (p.ex. gastos com pessoal
afecto à actividade de pesquisa e desenvolvimento; bens e serviços usados, amortizações,
quer dos bens do imobilizado utilizados na actividade de pesquisa e desenvolvimento, quer
dos gastos de pesquisa e desenvolvimento que tenham sido capitalizados).
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Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de
Contabilidade IAS 16 - Activos Fixos Tangíveis, adoptada pelo texto original do Regulamento (CE)
n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento
contabilístico para activos fixos tangíveis, para que os utentes das demonstrações financeiras
possam discernir a informação acerca do investimento de uma entidade nos seus activos fixos
tangíveis, bem como as alterações nesse investimento. Os principais aspectos a considerar na
contabilização dos activos fixos tangíveis são o seu reconhecimento e mensuração.
Âmbito (parágrafos 2 a 5)
2- Esta Norma deve ser aplicada na contabilização de activos fixos tangíveis excepto quando uma
outra Norma exija ou permita um tratamento contabilístico diferente.
(a) Activos fixos tangíveis classificados como detidos para venda de acordo com a NCRF 8 -
Activos não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas;
(b) Activos biológicos relacionados com a actividade agrícola (ver NCRF 17 - Agricultura);
(c) Activos relacionados com a exploração e avaliação de recursos minerais (ver NCRF 16 -
Exploração e Avaliação de Recursos Minerais); ou
(d) Direitos minerais e reservas minerais tais como petróleo, gás natural e recursos não
regenerativos semelhantes.
Contudo, esta Norma aplica-se aos activos fixos tangíveis usados para desenvolver ou manter
os activos descritos nas alíneas (b) a (d).
4- Outras Normas podem exigir o reconhecimento de um item do activo fixo tangível com base
numa abordagem diferente da usada nesta Norma. Por exemplo, a NCRF 9 - Locações exige
que uma entidade avalie o seu reconhecimento de um item do activo fixo tangível locado na
base da transferência de riscos e vantagens. Porém, em tais casos, outros aspectos do
tratamento contabilístico para estes activos, incluindo a depreciação, são prescritos por esta
Norma.
5- Uma entidade deve aplicar esta Norma a propriedades que estejam a ser construídas ou
desenvolvidas para futuro uso como propriedades de investimento, mas que não satisfaçam
ainda a definição de "propriedade de investimento" constante da NCRF 11 - Propriedades de
Investimento. Uma vez que esteja concluída a construção ou o desenvolvimento, a propriedade
torna-se propriedade de investimento e exige-se à entidade que aplique a NCRF 11. A NCRF
11 também se aplica a propriedades de investimento que estejam a ser novamente
desenvolvidas para uso futuro continuado como propriedades de investimento. Uma entidade
que use o modelo de custo para propriedades de investimento em conformidade com a NCRF
11 deve usar o modelo de custo desta Norma.
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Definições (parágrafo 6)
6- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
(a) Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para
arrendamento a outros, ou para fins administrativos; e
Custo: é a quantia de caixa ou seus equivalentes paga ou o justo valor de outra retribuição dada
para adquirir um activo no momento da sua aquisição ou construção ou, quando aplicável, a
quantia atribuída a esse activo aquando do reconhecimento inicial de acordo com os requisitos
específicos de outras NCRF.
Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento
entre elas.
Quantia depreciável: é o custo de um activo, ou outra quantia substituta do custo, menos o seu
valor residual.
Quantia escriturada: é a quantia pela qual um activo é reconhecido no Balanço, após a dedução
de qualquer depreciação/amortização acumulada e de perdas por imparidade acumuladas
inerentes.
Quantia recuperável: é a quantia mais alta de entre o preço de venda líquido de um activo e o
seu valor de uso.
Valor específico para a entidade: é o valor presente dos fluxos de caixa que uma entidade
espera que resultem do uso continuado de um activo e da sua alienação no final da sua vida útil
ou em que espera incorrer ao liquidar um passivo.
Valor residual: de um activo é a quantia estimada que uma entidade obteria correntemente pela
alienação de um activo, após dedução dos custos de alienação estimados, se o activo já tivesse
a idade e as condições esperadas no final da sua vida útil.
Vida útil: é:
(a) O período durante o qual uma entidade espera que um activo esteja disponível para uso; ou
(b) O número de unidades de produção ou similares que uma entidade espera obter do activo.
(a) For provável que futuros benefícios económicos associados ao item fluam para a entidade;
e
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9- Esta Norma não prescreve a unidade de medida para reconhecimento, i.e. aquilo que constitui
um item do activo fixo tangível. Assim, é necessário exercer juízos de valor ao aplicar os
critérios de reconhecimento às circunstâncias específicas de uma entidade. Pode ser
apropriado agregar itens individualmente insignificantes, tais como moldes, ferramentas e
bases, e aplicar os critérios ao valor agregado.
10 - Uma entidade avalia segundo este princípio de reconhecimento todos os seus activos fixos
tangíveis e custos de equipamento no momento em que eles sejam incorridos. Estes custos
incluem custos incorridos inicialmente para adquirir ou construir um item do activo fixo tangível e
os custos incorridos posteriormente para adicionar a, substituir parte de, ou dar assistência ao
mesmo.
11 - Podem ser considerados no Activo por uma só quantidade e quantia fixa, os itens imobilizados
que, no seu conjunto, satisfaçam simultaneamente as seguintes condições:
261
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14 - Partes de alguns itens do activo fixo tangível poderão necessitar de substituições a intervalos
regulares. Por exemplo, um forno pode exigir ser restaurado (com tijolos refractários) após uma
quantidade de horas de uso ou os interiores dos aviões tal como assentos e cozinhas de bordo
podem exigir substituição algumas vezes durante a vida da estrutura. Itens do activo fixo
tangível também podem ser adquiridos para efectuar uma substituição recorrente menos
frequente, tal como a substituição das paredes interiores de um edifício, ou para efectuar uma
substituição não recorrente. Segundo o princípio de reconhecimento do parágrafo 7, uma
entidade reconhece na quantia escriturada de um item do activo fixo tangível o custo da peça
de substituição desse item quando o custo for incorrido se os critérios de reconhecimento forem
cumpridos. A quantia escriturada das peças que são substituídas é desreconhecida de acordo
com as disposições de desreconhecimento desta Norma (ver parágrafos 66 a 71).
15 - A condição de continuar a operar um item do activo fixo tangível (por exemplo, uma aeronave)
pode ser a realização regular de inspecções importantes em busca de falhas,
independentemente de as peças desse item serem ou não substituídas. Quando cada
inspecção importante for efectuada, o seu custo é reconhecido na quantia escriturada do item
do activo fixo tangível como substituição se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos.
Qualquer quantia escriturada remanescente do custo da inspecção anterior (distinta das peças
físicas) é desreconhecida. Isto ocorre independentemente de o custo da inspecção anterior ter
sido identificado na transacção em que o item foi adquirido ou construído. Se necessário, o
custo estimado de uma futura inspecção semelhante pode ser usado como indicador de qual o
custo do componente de inspecção existente quando o item foi adquirido ou construído.
(a) O seu preço de compra, incluindo os direitos de importação e os impostos de compra não
reembolsáveis, após dedução dos descontos e abatimentos;
(b) Quaisquer custos directamente atribuíveis para colocar o activo na localização e condição
necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida;
(a) Custos de benefícios dos empregados (ver subsidiariamente a NCRF 28 - Benefícios dos
Empregados) decorrentes directamente da construção ou aquisição de um item do activo
fixo tangível;
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(e) Custos de testar se o activo funciona correctamente, após dedução dos proventos líquidos
da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o activo nessa localização e
condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e
(f) Honorários.
19 - Uma entidade aplica a NCRF 18 - Inventários aos custos das obrigações de desmantelamento,
remoção e restauração do local em que um item está localizado que sejam incorridos durante
um determinado período como consequência de ter usado o item para produzir inventários
durante esse período. As obrigações por custos contabilizados de acordo com a NCRF 18 ou
com a presente Norma são reconhecidas e mensuradas de acordo com a NCRF 21 - Provisões,
Passivos Contingentes e Activos Contingentes.
20 - Exemplos de custos que não são custos de um item do activo fixo tangível são:
(c) Custos de condução do negócio numa nova localização ou com uma nova classe de
clientes (incluindo custos de formação de pessoal); e
21 - O reconhecimento dos custos na quantia escriturada de um item do activo fixo tangível cessa
quando o item está na localização e condição necessárias para que seja capaz de funcionar da
forma pretendida. Assim sendo, os custos incorridos na utilização ou reinstalação de um item
não são incluídos na quantia escriturada desse item. Por exemplo, os custos seguintes não são
incluídos na quantia escriturada de um item do activo fixo tangível:
(a) Custos incorridos enquanto um item capaz de funcionar da forma pretendida ainda não
tenha sido colocado em uso ou esteja a ser usado a uma capacidade inferior à sua
capacidade total;
(b) Perdas operacionais iniciais, tais como as incorridas enquanto cresce a exigência da
produção do item; e
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custo de construir um activo para venda (ver NCRF 18 - Inventários). Por isso, quaisquer lucros
internos são eliminados para chegar a tais custos. De forma semelhante, o custo de quantias
anormais de materiais, de mão-de-obra ou de outros recursos desperdiçados incorridos na
autoconstrução de um activo não é incluído no custo do activo. A NCRF 10 - Custos de
Empréstimos Obtidos estabelece critérios para o reconhecimento do juro como componente da
quantia escriturada de um item do activo fixo tangível construído pela própria entidade.
25 - Um ou mais itens do activo fixo tangível podem ser adquiridos em troca de um activo ou activos
não monetários, ou de uma combinação de activos monetários e não monetários. O seguinte
exemplo refere-se simplesmente a uma troca de um activo não monetário por outro, mas
também se aplica a todas as trocas descritas na frase anterior. O custo de um tal item do activo
fixo tangível é mensurado pelo justo valor a não ser que (a) a transacção da troca careça de
substância comercial ou (b) nem o justo valor do activo recebido nem o justo valor do activo
cedido sejam fiavelmente mensuráveis. O item adquirido é mensurado desta forma mesmo que
uma entidade não possa imediatamente desreconhecer o activo cedido. Se o item adquirido não
for mensurado pelo justo valor, o seu custo é mensurado pela quantia escriturada do activo
cedido.
26 - Uma entidade determina se uma transacção de troca tem substância comercial considerando a
extensão em que se espera que os seus futuros fluxos de caixa sejam alterados como resultado
da transacção. Uma transacção de troca tem substância comercial se:
(a) A configuração (risco, tempestividade e quantia) dos fluxos de caixa do activo recebido
diferir da configuração dos fluxos de caixa do activo transferido; ou
(b) O valor específico para a entidade relativo à parte das operações da entidade afectada
pelas alterações na transacção como resultado da troca; e
(c) A diferença na alínea (a) ou (b) for significativa relativamente ao justo valor dos activos
trocados.
Para a finalidade de determinar se uma transacção de troca tem substância comercial, o valor
específico para a entidade relativo à parte das operações da entidade afectada pela transacção
deve reflectir os fluxos de caixa após impostos. O resultado destas análises pode ser claro sem
que uma entidade tenha de efectuar cálculos detalhados.
27 - Se uma entidade for capaz de determinar com fiabilidade o justo valor tanto do activo recebido
como do activo cedido, então o justo valor do activo cedido é usado para mensurar o custo do
activo recebido a não ser que o justo valor do activo recebido seja mais claramente evidente.
28 - O custo de um item do activo fixo tangível detido por um locatário segundo uma locação
financeira é determinado de acordo com a NCRF 9 - Locações.
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32 - O justo valor de terrenos e edifícios deve ser determinado a partir de provas com base no
mercado por avaliação que deverá ser realizada por avaliadores profissionalmente qualificados
e independentes. O justo valor de itens de instalações e equipamentos é geralmente o seu valor
de mercado determinado por avaliação..
33 - Se não houver provas com base no mercado do justo valor devido à natureza especializada do
item do activo fixo tangível ou se o item for raramente vendido, excepto como parte de um
negócio em continuação, uma entidade não pode utilizar o método de revalorização.
34 - A frequência das revalorizações depende das alterações nos justos valores dos activos fixos
tangíveis que estão a ser revalorizados. Quando o justo valor de um activo revalorizado diferir
materialmente da sua quantia escriturada, é exigida uma nova revalorização. Alguns itens do
activo fixo tangível sofrem alterações significativas e voláteis no justo valor, necessitando, por
conseguinte, de revalorização anual. Tais revalorizações frequentes são desnecessárias para
itens do activo fixo tangível apenas com alterações insignificantes no justo valor. Em vez disso,
pode ser necessário revalorizar o item apenas a cada três ou cinco anos.
35 - Quando um item do activo fixo tangível for revalorizado, qualquer depreciação acumulada à
data da revalorização é tratada de uma das seguintes formas:
(a) Reexpressa proporcionalmente com a alteração na quantia escriturada bruta do activo a fim
de que a quantia escriturada do activo após a revalorização iguale a quantia revalorizada.
Este método é muitas vezes usado quando um activo for revalorizado por meio da aplicação
de um índice para determinar o seu custo de reposição depreciado.
(b) Eliminada contra a quantia escriturada bruta do activo, sendo a quantia líquida reexpressa
para a quantia revalorizada do activo. Este método é muitas vezes usado para edifícios.
36 - Se um item do activo fixo tangível for revalorizado, toda a classe do activo fixo tangível à qual
pertença esse activo deve ser revalorizada.
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(a) Terrenos;
(c) Maquinaria;
(d) Navios;
(e) Aviões;
38 - Os itens integrados numa classe do activo fixo tangível são revalorizados simultaneamente a
fim de ser evitada a revalorização selectiva de activos e o relato de quantias nas
demonstrações financeiras que sejam uma mistura de custos e valores em datas diferentes.
Porém, uma classe de activos pode ser revalorizada numa base rotativa desde que a
revalorização da classe de activos seja concluída num curto período e desde que as
revalorizações sejam mantidas actualizadas.
41 - O excedente de revalorização incluído no capital próprio com respeito a um item do activo fixo
tangível pode ser transferido directamente para resultados transitados quando o activo for
desreconhecido. Isto pode implicar a transferência da totalidade do excedente quando o activo
for retirado ou alienado. Contudo, uma parte do excedente pode ser transferida quando o activo
for usado por uma entidade. Nesse caso, a quantia do excedente transferida seria a diferença
entre a depreciação baseada na quantia escriturada revalorizada do activo e a depreciação
baseada no custo original do activo. As transferências do excedente de revalorização para
resultados transitados não são feitas por via de resultados.
44 - Uma entidade imputa a quantia inicialmente reconhecida com respeito a um item do activo fixo
tangível às partes significativas deste e deprecia separadamente cada parte. Por exemplo, pode
ser apropriado depreciar separadamente a estrutura e os motores de uma aeronave, sejam eles
propriedade da entidade ou sujeitos a locação financeira.
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45 - Uma parte significativa de um item do activo fixo tangível pode ter uma vida útil e um método de
depreciação que sejam os mesmos que a vida útil e o método de depreciação de uma outra
parte significativa do mesmo item. Essas partes podem ser agrupadas ao determinar-se o gasto
de depreciação.
46 - Na medida em que uma entidade deprecie separadamente algumas partes de um item do activo
fixo tangível, também deprecia separadamente o resto do item. O remanescente consiste em
partes de um item que não são individualmente significativas. Se uma entidade tiver
expectativas variadas para essas partes, podem ser necessárias técnicas de aproximação para
depreciar o remanescente de uma forma que represente fielmente o padrão de consumo e ou a
vida útil dessas partes.
47 - Uma entidade pode escolher depreciar separadamente as partes de um item que não tenham
um custo que seja significativo em relação ao custo total do item.
48 - O gasto de depreciação em cada período deve ser reconhecido nos resultados a menos que
seja incluído na quantia escriturada de um outro activo.
51 - O valor residual e a vida útil de um activo devem ser revistos pelo menos no final de cada ano
financeiro e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a(s) alteração(ões)
deve(m) ser contabilizada(s) como uma alteração numa estimativa contabilística de acordo com
a NCRF 4 - Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros.
54 - O valor residual de um activo pode aumentar até uma quantia igual ou superior à quantia
escriturada do activo. Se assim for, o gasto de depreciação do activo é zero a menos que, e até
que, o seu valor residual diminua posteriormente para uma quantia abaixo da quantia
escriturada do activo.
55 - A depreciação de um activo começa quando este esteja disponível para uso, i.e. quando estiver
na localização e condição necessárias para que seja capaz de operar na forma pretendida. A
depreciação de um activo cessa na data que ocorrer mais cedo entre a data em que o activo for
classificado como detido para venda (ou incluído num grupo para alienação que seja
classificado como detido para venda) de acordo com a NCRF 8 - Activos não Correntes Detidos
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56 - Os futuros benefícios económicos incorporados num activo são consumidos por uma entidade
principalmente através do seu uso. Porém, outros factores, tais como obsolescência técnica ou
comercial e desgaste normal enquanto um activo permaneça ocioso, dão origem muitas vezes à
diminuição dos benefícios económicos que poderiam ter sido obtidos do activo.
Consequentemente, todos os factores que se seguem são considerados na determinação da
vida útil de um activo:
(a) Uso esperado do activo. O uso é avaliado por referência à capacidade ou produção física
esperadas do activo;
(b) Desgaste normal esperado, que depende de factores operacionais tais como o número de
turnos durante os quais o activo será usado e o programa de reparação e manutenção, e o
cuidado e manutenção do activo enquanto estiver ocioso;
(d) Limites legais ou semelhantes no uso do activo, tais como as datas de extinção de locações
com ele relacionadas.
57 - A vida útil de um activo é definida em termos da utilidade esperada do activo para a entidade. A
política de gestão de activos da entidade pode envolver a alienação de activos após um período
especificado ou após consumo de uma proporção especificada dos futuros benefícios
económicos incorporados no activo. Por isso, a vida útil de um activo pode ser mais curta do
que a sua vida económica. A estimativa da vida útil do activo é uma questão de juízo de valor
baseado na experiência da entidade com activos semelhantes.
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62 - Pode ser usada uma variedade de métodos de depreciação para imputar a quantia depreciável
de um activo numa base sistemática durante a sua vida útil. Estes métodos incluem o método
da linha recta, o método do saldo decrescente e o método das unidades de produção. A
depreciação pelo método da linha recta resulta num débito constante durante a vida útil do
activo se o seu valor residual não se alterar. O método do saldo decrescente resulta num débito
decrescente durante a vida útil. O método das unidades de produção resulta num débito
baseado no uso ou produção esperados. A entidade selecciona o método que reflicta mais
aproximadamente o modelo esperado de consumo dos futuros benefícios económicos
incorporados no activo. Esse método é aplicado consistentemente de período para período a
menos que ocorra uma alteração no modelo esperado de consumo desses futuros benefícios
económicos.
(a) As imparidades de itens do activo fixo tangível são reconhecidas de acordo com a NCRF 12
- Imparidade de Activos;
(c) A compensação de terceiros por itens do activo fixo tangível que estiverem com imparidade,
perdidos ou cedidos é incluída na determinação dos resultados quando a compensação se
tornar recebível; e
(d) O custo de itens do activo fixo tangível restaurados, comprados ou construídos como
reposições é determinado de acordo com esta Norma.
(b) Quando não se espere futuros benefícios económicos do seu uso ou alienação.
67 - O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do activo fixo tangível deve ser
incluído nos resultados quando o item for desreconhecido (a menos que a NCRF 9 - Locações
exija diferentemente numa venda e relocação). Os ganhos não devem ser classificados como
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rédito.
68 - A alienação de um item do activo fixo tangível pode ocorrer numa variedade de formas (p. ex.,
por venda, por celebração de uma locação financeira ou por doação). Aquando da alienação de
um item do activo fixo tangível uma entidade deve aplicar os critérios referidos na NCRF 20 -
Rédito, para reconhecimento do rédito. A NCRF 9 - Locações, aplica-se à alienação por "venda
seguida de locação".
(d) A quantia escriturada bruta e a depreciação acumulada (agregada com perdas por
imparidade acumuladas) no início e no fim do período; e
(e) Uma reconciliação da quantia escriturada no começo e fim do período que mostre as
adições, as revalorizações, as alienações, os activos classificados como detidos para
venda, as amortizações, as perdas de imparidade e suas reversões e outras alterações.
(a) A existência e quantias de restrições de titularidade e activos fixos tangíveis que sejam
dados como garantia de passivos;
(d) Se não for divulgada separadamente na face da demonstração dos resultados, a quantia de
compensação de terceiros por itens do activo fixo tangível que estiverem com imparidade,
perdidos ou cedidos que seja incluída nos resultados.
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74 - A selecção do método de depreciação e a estimativa da vida útil dos activos são questões de
juízo de valor. Por isso, a divulgação dos métodos adoptados e da estimativa das vidas úteis ou
das taxas de depreciação proporciona aos utentes das demonstrações financeiras informação
que lhes permite passar em revista as políticas seleccionadas pelo órgão de gestão e facilita
comparações com outras entidades. Por razões semelhantes, é necessário divulgar:
(a) A depreciação, quer reconhecida nos resultados ou como parte de um custo de outros
activos, durante um período; e
75 - Se os itens do activo fixo tangível forem expressos por quantias revalorizadas, deve ser
divulgado o seguinte:
(c) A medida em que o justo valor dos itens foi determinado directamente por referência a
preços observáveis num mercado activo ou em transacções de mercado recentes numa
base de não relacionamento entre as partes; e
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever a
contabilização de activos detidos para venda e a apresentação e divulgação de unidades
operacionais descontinuadas. Em particular, esta Norma exige que os activos que satisfaçam
os critérios de classificação como detidos para venda:
(a) Sejam mensurados pelo menor valor de entre a quantia escriturada e o justo valor menos os
custos de vender, devendo a sua depreciação cessar; e
(b) Sejam apresentados separadamente na face do balanço, sendo os resultados das unidades
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Âmbito (parágrafos 2 a 5)
2- Os requisitos de classificação e de apresentação desta Norma aplicam-se a todos os activos
não correntes reconhecidos e a todos os grupos para alienação de uma entidade. Os requisitos
de mensuração desta Norma aplicam-se a todos os activos não correntes reconhecidos e aos
grupos para alienação (tal como definido no parágrafo 4), com excepção dos activos
enunciados no parágrafo 5 que devem continuar a ser mensurados de acordo com as Normas
aí indicadas.
3- Os activos classificados como não correntes de acordo com a NCRF 1 - Estrutura e Conteúdo
das Demonstrações Financeiras não devem ser reclassificados como activos correntes
enquanto não satisfizerem os critérios de classificação como detidos para venda de acordo com
a presente Norma. Os activos de uma classe que uma entidade normalmente consideraria
como não corrente, que sejam adquiridos exclusivamente com vista a revenda, não devem ser
classificados como correntes, a não ser que satisfaçam os critérios de classificação como
detidos para venda de acordo com a presente Norma.
4- Por vezes, uma entidade aliena um grupo de activos, possivelmente com alguns passivos
directamente associados, em conjunto numa única transacção. Um tal grupo para alienação
pode ser um grupo de unidades geradoras de caixa, uma única unidade geradora de caixa, ou
parte de uma unidade geradora de caixa. (Contudo, uma vez que se espera que os fluxos de
caixa de tal activo ou grupos de activos resultem principalmente da venda e não do uso
continuado, eles tornam-se menos dependentes dos fluxos de caixa resultantes de outros
activos, e um grupo para alienação que fez parte de uma unidade geradora de caixa torna-se
uma unidade separada geradora de caixa.) O grupo pode incluir quaisquer activos e quaisquer
passivos da entidade, incluindo activos correntes, passivos correntes e activos excluídos pelo
parágrafo 5 dos requisitos de mensuração desta Norma. Se um activo não corrente dentro do
âmbito dos requisitos desta Norma fizer parte de um grupo para alienação, os requisitos de
mensuração desta Norma aplicam-se ao grupo como um todo, de forma que o grupo seja
mensurado pelo menor valor entre a sua quantia escriturada e o justo valor menos os custos de
vender. Os requisitos para mensuração de activos e passivos individuais dentro do grupo para
alienação estão definidos nos parágrafos 18, 19 e 23.
5- As disposições de mensuração desta Norma não se aplicam aos seguintes activos, que estão
abrangidos pelas normas indicadas, seja como activos individuais seja como parte de um grupo
para alienação:
(d) Activos não correntes que sejam mensurados de acordo com o modelo do justo valor
(NCRF 11 - Propriedades de Investimento);
(e) Activos não correntes que sejam mensurados pelo justo valor menos os custos estimados
do ponto de venda (NCRF 17 - Agricultura).
Definições (parágrafo 6)
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6- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
(a) Se espera que seja realizado, ou se pretende que seja vendido ou consumido, no decurso
normal do ciclo operacional da entidade;
(c) Se espere que seja realizado num período de doze meses após a data do balanço; ou
(d) Seja caixa ou um activo equivalente de caixa a menos que lhe seja limitada a troca ou o uso
para liquidar um passivo pelo menos doze meses após a data do balanço.
Activos não correntes: são activos que não satisfaçam a definição de activo corrente.
Componente de uma entidade: são unidades operacionais e fluxos de caixa que possam ser
claramente distinguidos, operacionalmente e para finalidades de relato financeiro, do resto de
uma entidade.
Compromisso firme de compra: é um acordo com uma parte não relacionada, vinculando ambas
as partes e normalmente legalmente imponível, que:
(b) Inclua um desincentivo por não desempenho que seja suficientemente grande para tornar o
desempenho altamente provável.
Grupo para alienação: é um grupo de activos a alienar, por venda ou de outra forma, em
conjunto com um grupo numa só transacção, e passivos directamente associados a esses
activos que serão transferidos na transacção. O grupo inclui goodwill adquirido numa
concentração de actividades empresariais se o grupo for uma unidade geradora de caixa à qual
tenha sido imputado goodwill de acordo com os requisitos constantes dos parágrafos 36 a 39 da
NCRF 12 - Imparidade de activos.
Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento
entre elas.
Quantia recuperável: é a quantia mais alta de entre o justo valor de um activo menos os custos
de vender e o seu valor de uso.
Unidade geradora de caixa: é o mais pequeno grupo identificável de activos que seja gerador
de influxos de caixa e que seja em larga medida independente dos influxos de caixa de outros
activos ou grupos de activos.
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(a) Represente uma importante linha de negócios separada ou uma área geográfica
operacional;
(b) Seja parte integrante de um único plano coordenado para alienar uma importante linha de
negócios separada ou área geográfica operacional, ou
Valor de uso: é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, que se espere surjam do
uso continuado de um activo ou unidade geradora de caixa e da sua alienação no fim da sua
vida útil.
8- Assim, o activo (ou grupo para alienação) deve estar disponível para venda imediata na sua
condição presente, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para a venda
de tais activos (ou grupos para alienação) e a sua venda seja altamente provável.
Para que a venda seja altamente provável, a hierarquia de gestão apropriada deve estar
empenhada num plano para vender o activo (ou grupo para alienação) e deve ter sido iniciado
um programa para localizar um comprador e concluir o plano. Além disso, o activo (ou grupo
para alienação) deve ser amplamente publicitado para venda a um preço que seja razoável em
relação ao seu justo valor corrente. Deve, ainda, esperar-se que a venda se qualifique para
reconhecimento como venda concluída dentro de um ano a partir da data da classificação,
excepto conforme permitido pelo parágrafo 9, e as acções necessárias para concluir o plano
devem indicar a improbabilidade de alterações significativas no mesmo ou de o mesmo ser
retirado.
10 - As transacções de venda incluem trocas de activos não correntes por outros activos não
correntes quando uma troca tiver substância comercial de acordo com a NCRF 7 - Activos Fixos
Tangíveis.
11 - Quando uma entidade adquire um activo não corrente (ou grupo para alienação)
exclusivamente com vista à sua posterior alienação, deve classificar o activo não corrente (ou
grupo de disposição) como detido para venda à data de aquisição somente se: (i) o requisito de
um ano do parágrafo 8 for satisfeito (excepto conforme permitido pelo parágrafo 9) e (ii) se for
altamente provável que qualquer outro critério do parágrafo 8, que não esteja satisfeito nessa
data, o será no curto prazo após a aquisição (normalmente no prazo de três meses).
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12 - Se o critério do parágrafo 8 for satisfeito após a data do balanço, uma entidade não deve
classificar um activo não corrente (ou grupo para alienação) como detido para venda nessas
demonstrações financeiras quando emitidas. Contudo, quando esses critérios forem satisfeitos
após a data do balanço mas antes da autorização para emissão das demonstrações
financeiras, a entidade deve divulgar a informação especificada nas alíneas (a), (b) e (d) do
parágrafo 38 desta Norma.
14 - Uma entidade não deve contabilizar como activo não corrente um activo que tenha sido
temporariamente retirado do serviço, como se tivesse sido abandonado.
17 - Quando se espera que a venda ocorra para além de um ano, a entidade deve mensurar os
custos de vender pelo seu valor presente. Qualquer aumento no valor presente dos custos de
vender que resulte da passagem do tempo deve ser apresentado nos resultados como custo de
financiamento.
18 - Imediatamente antes da classificação inicial do activo (ou grupo para alienação) como detido
para venda, as quantias escrituradas do activo (ou de todos os activos e passivos do grupo)
devem ser mensuradas de acordo com as NCRF aplicáveis.
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21 - Uma entidade deve reconhecer um ganho ou qualquer aumento posterior no justo valor menos
os custos de vender de um activo, mas não para além da perda por imparidade cumulativa que
tenha sido reconhecida seja de acordo com esta Norma seja anteriormente de acordo com a
NCRF 12 - Imparidade de Activos.
22 - Uma entidade deve reconhecer um ganho para qualquer aumento posterior no justo valor
menos os custos de vender de um grupo para alienação:
(a) Até ao ponto em que não tenha sido reconhecido de acordo com o parágrafo 19; mas
(b) Não para além da perda por imparidade cumulativa que tenha sido reconhecida, seja de
acordo com esta Norma ou anteriormente de acordo com a NCRF 12 - Imparidade de
Activos, relativamente aos activos não correntes que estejam dentro do âmbito dos
requisitos de mensuração desta última Norma;
23 - A perda por imparidade (ou qualquer ganho posterior) reconhecida para um grupo para
alienação deve reduzir (ou aumentar) a quantia escriturada dos activos não correntes do grupo
que estejam dentro do âmbito dos requisitos de mensuração desta Norma, pela ordem de
imputação definida nos parágrafos 48 (a) e (b) e 58 da NCRF 12 - Imparidade de Activos.
24 - Um ganho ou perda que não tenha sido anteriormente reconhecido à data da venda de um
activo não corrente (ou grupo para alienação) deve ser reconhecido à data do
desreconhecimento. Os requisitos relacionados com o desreconhecimento estão definidos:
(a) Nos parágrafos 67-72 da NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis relativamente aos activos fixos
tangíveis;
(b) Nos parágrafos 112-117 da NCRF 6 - Activos Intangíveis relativamente aos activos
intangíveis.
25 - Uma entidade não deve depreciar (ou amortizar) um activo não corrente enquanto estiver
classificado como detido para venda ou enquanto fizer parte de um grupo para alienação
classificado como detido para venda. Os juros e outros gastos atribuíveis aos passivos de um
grupo para alienação classificado como detido para venda devem continuar a ser reconhecidos.
27 - A entidade deve mensurar um activo não corrente que deixe de ser classificado como detido
para venda (ou deixe de ser incluído num grupo para alienação classificado como detido para
venda) pelo valor mais baixo entre:
(a) A sua quantia escriturada antes de o activo (ou grupo para alienação) ser classificado como
detido para venda, ajustada por qualquer depreciação, amortização ou revalorização que
teria sido reconhecida se o activo (ou grupo para alienação) não estivesse classificado
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(b) A sua quantia recuperável à data da decisão posterior de não vender. (Se um activo não
corrente fizer parte de uma unidade geradora de caixa, a sua quantia recuperável é a
quantia escriturada que teria sido reconhecida após a imputação de qualquer perda por
imparidade resultante dessa unidade geradora de caixa de acordo com a NCRF 12 -
Imparidade de Activos.)
28 - A entidade deve incluir qualquer ajustamento exigido na quantia escriturada de um activo não
corrente que deixe de ser classificado como detido para venda nos rendimentos. (A não ser que
o activo seja um activo fixo tangível ou um activo intangível que tenha sido revalorizado de
acordo com a NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis ou a NCRF 6 - Activos Intangíveis antes da
classificação como detido para venda, em cujo caso o ajustamento deve ser tratado como
acréscimo ou decréscimo na revalorização.) de unidades operacionais em continuação no
período em que os critérios dos parágrafos 8 e 9 já não forem satisfeitos. A entidade deve
apresentar esse ajustamento na mesma secção de demonstração dos resultados usado para
apresentar um ganho ou perda, se houver reconhecido de acordo com o parágrafo 35.
32 - Uma unidade operacional descontinuada é um componente de uma entidade que tenha sido
alienada ou esteja classificada para venda, e:
(a) Represente uma importante linha de negócios separada ou uma área geográfica
operacional;
(b) Seja parte integrante de um único plano coordenado para alienar uma importante linha de
negócios separada ou área geográfica operacional, ou
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34 - Se uma entidade deixar de classificar um componente de uma entidade como detido para
venda, os resultados do componente anteriormente apresentados nas unidades operacionais
descontinuadas devem ser reclassificados e incluídos no rendimento das unidades operacionais
em continuação para todos os períodos apresentados. As quantias relativas a exercícios
anteriores devem ser descritas como tendo sido novamente apresentadas.
37 - Se o grupo para alienação for uma subsidiária recém-adquirida que satisfaça os critérios de
classificação como detido para venda no momento da aquisição (ver parágrafo 11), não é
exigida a divulgação das principais classes de activos e passivos.
(a) Uma descrição do activo não corrente (ou grupo para alienação);
(b) Uma descrição dos factos e circunstâncias da venda, ou que conduziram à alienação
esperada, e a forma e tempestividade esperada para essa alienação;
(c) O ganho ou perda reconhecido de acordo com os parágrafos 20 a 22 e, se não tiver sido
apresentado separadamente na face da demonstração dos resultados, o título na
demonstração dos resultados que inclua esse ganho ou perda.
39 - Caso se aplique o parágrafo 26 ou o parágrafo 29, uma entidade deve divulgar, no período da
decisão para alterar o plano de vender o activo não corrente (ou grupo para alienação), uma
descrição dos factos e circunstâncias que levaram à decisão.
278
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2010.
A1. Tal como indicado no parágrafo 9, uma extensão do período durante o qual se exige que a
venda seja concluída não exclui que um activo (ou grupo para alienação) seja classificado como
detido para a venda se o atraso for causado por acontecimentos ou circunstâncias fora do
controlo da entidade e se houver prova suficiente de que a entidade continua comprometida
com o seu plano de vender o activo (ou grupo para alienação). Uma excepção ao requisito de
um ano referido no parágrafo 8 deve portanto aplicar-se nas seguintes situações em que esses
acontecimentos ou circunstâncias ocorram:
(a) À data em que uma entidade se compromete a planear a venda de um activo não corrente
(ou grupo para alienação), ela espera razoavelmente que outros (não compradores)
imponham condições à transferência do activo (ou grupo para alienação) que prolonguem o
período exigido para que a venda seja concluída; e
(i) As acções necessárias para responder a essas condições não podem ser iniciadas
antes de ser obtido um compromisso firme de compra; e
(b) Uma entidade obtém um compromisso firme de compra e, como resultado, um comprador
ou outros impõem inesperadamente condições à transferência de um activo não corrente
(ou grupo para alienação), anteriormente classificado como detido por venda, que irão
prolongar o período exigido para que a venda seja concluída; e
(ii) Se espere uma resolução favorável dos factos que condicionam o atraso.
(c) Durante o período inicial de um ano, ocorrem circunstâncias que foram anteriormente
consideradas improváveis e, como resultado, um activo não corrente (ou grupo para
alienação) anteriormente classificado como detido para venda não é vendido até ao final
desse período e:
(i) Durante o período inicial de um ano, a entidade envidou as acções necessárias para
responder à alteração nas circunstâncias;
(ii) O activo não corrente (ou grupo para alienação) está a ser amplamente publicitado a um
preço que é razoável, dada a alteração nas circunstâncias; e
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
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Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever, para
locatários e locadores, as políticas contabilísticas e divulgações apropriadas a aplicar em
relação a locações financeiras e operacionais.
Âmbito (parágrafos 2 e 3)
2- Esta Norma aplica-se a acordos que transfiram o direito de usar activos mesmo que serviços
substanciais pelo locador possam ser postos em conexão com o funcionamento ou manutenção
de tais activos, devendo ser, igualmente, aplicada na contabilização de todas as locações que
não sejam:
(a) Acordos de locação para explorar ou usar minérios, petróleo, gás natural e recursos
similares não regeneráveis, e
(b) Acordos de licenciamentos para itens tais como fitas cinematográficas, registos de vídeo,
peças de teatro, manuscritos, patentes e direitos de autor.
3- A Norma não se aplica a acordos que sejam contratos de serviços que não transfiram o direito
de usar activos de uma parte contratante para a outra, não devendo ser aplicada, igualmente,
na mensuração de:
(a) Propriedade detida por locatários que seja contabilizada como propriedade de investimento
(ver NCRF 11 - Propriedades de Investimento);
(c) Activos biológicos detidos por locatários segundo locações financeiras (ver NCRF 17 -
Agricultura); ou
(d) Activos biológicos proporcionados por locadores segundo locações operacionais (ver NCRF
17 - Agricultura).
Definições (parágrafos 4 a 6)
4- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
Começo do prazo da locação: é a data a partir da qual o locatário passa a poder exercer o seu
direito de usar o activo locado. É a data do reconhecimento inicial da locação (i. e. o
reconhecimento dos activos, passivos, rendimentos ou gastos resultantes da locação, conforme
for apropriado).
Custos directos iniciais: são custos incrementais que são directamente atribuíveis à negociação
e aceitação de uma locação, excepto os custos incorridos pelos locadores fabricantes ou
negociantes.
(a) Uma locação é classificada como uma locação financeira ou uma locação operacional; e
(b) No caso de uma locação financeira, são determinadas as quantias a reconhecer no começo
do prazo da locação.
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(a) Os pagamentos mínimos da locação a receber pelo locador segundo uma locação
financeiro; e
Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento
entre elas.
Locação financeira: é uma locação que transfere substancialmente todos os riscos e vantagens
inerentes à posse de um activo. O título de propriedade pode ou não ser eventualmente
transferido.
Locação não cancelável: é uma locação que somente pode ser cancelável:
(c) Se o locatário celebrar uma nova locação para o mesmo activo ou para um activo
equivalente com o mesmo locador; ou
(d) Após o pagamento pelo locatário de uma quantia adicional tal que, no início da locação, a
continuação da mesma seja razoavelmente certa.
Locação operacional: é uma locação que não seja uma locação financeira.
(a) No caso do locatário, quaisquer quantias garantidas pelo locatário ou por uma parte
relacionada com o locatário; ou
(iii) Por um terceiro não relacionado com o locador, que seja financeiramente capaz de
satisfazer tal garantia.
Contudo, se o locatário tiver a opção de comprar o activo por um preço que se espera que seja
suficientemente mais baixo do que o justo valor na data em que a opção se torne exercível para
que, no início da locação, seja razoavelmente certo que ela será exercida, os pagamentos
mínimos da locação compreendem os pagamentos mínimos a pagar durante o prazo da
locação até à data esperada do exercício desta opção de compra e o pagamento necessário
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para a exercer.
Prazo da locação: é o período não cancelável pelo qual o locatário contratou locar o activo
juntamente com quaisquer termos adicionais pelos quais o locatário tem a opção de continuar a
locar o activo, com ou sem pagamento adicional, quando no início da locação for razoavelmente
certo que o locatário irá exercer a opção.
Renda contingente: é a parte dos pagamentos da locação que não está fixada em quantia mas
antes baseada na futura quantia de um factor que se altera sem ser pela passagem do tempo
(por exemplo, percentagem de futuras vendas, quantidade de futuro uso, futuros índices de
preços, futuras taxas de juro do mercado).
Taxa de juro implícita na locação: é a taxa de desconto que, no início da locação, faz com que o
valor presente agregado de:
Taxa de juro incremental de financiamento do locatário: é a taxa de juro que o locatário teria
que pagar numa locação semelhante ou, se isso não for determinável, a taxa que, no início da
locação, o locatário incorreria ao pedir emprestados por um prazo semelhante, e com uma
segurança semelhante, os fundos necessários para comprar o activo.
(a) No caso do locatário, a parte do valor residual que seja garantida pelo locatário ou por uma
parte relacionada com o locatário (sendo a quantia da garantia a quantia máxima que
possa, em qualquer caso, tornar-se pagável); e
(b) No caso do locador, a parte do valor residual que seja garantida pelo locatário ou por um
terceiro não relacionado com o locador que seja financeiramente capaz de satisfazer as
obrigações cobertas pela garantia.
Valor residual não garantido: é a parte do valor residual do activo locado, cuja realização pelo
locador não esteja assegurada ou esteja unicamente garantida por uma parte relacionada com
o locador.
Vida económica é:
(a) O período durante o qual se espera que um activo seja economicamente utilizável por um
ou mais utentes; ou
(b) O número de unidades de produção, ou similares, que se espera que seja obtido a partir do
activo por um ou mais utentes.
Vida útil é:
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(a) O período durante o qual uma entidade espera que um activo esteja disponível para uso; ou
(b) O número de unidades de produção ou similares que uma entidade espera obter do activo.
Aquele período é contado a partir do começo do prazo da locação e não está condicionado pela
duração do contrato.
6- A definição de uma locação inclui contratos para o aluguer de um activo que contenha uma
cláusula que dê àquele que toma de aluguer, uma opção para adquirir o direito ao activo após o
cumprimento das condições acordadas.
8- Uma locação é classificada como locação financeira se ela transferir substancialmente todos os
riscos e vantagens inerentes à propriedade. Uma locação é classificada como locação
operacional se ela não transferir substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à
propriedade.
9- Uma vez que a transacção entre um locador e um locatário se baseia num acordo de locação
comum a ambas as partes, é apropriado usar definições consistentes. A aplicação destas
definições às diferentes circunstâncias dos dois participantes pode algumas vezes fazer com
que a mesma locação seja classificada de maneira diferente pelo locador e pelo locatário.
(a) A locação transfere a propriedade do activo para o locatário no fim do prazo da locação;
(b) O locatário tem a opção de comprar o activo por um preço que se espera que seja
suficientemente mais baixo do que o justo valor à data em que a opção se torne exercível tal
que, no inicio da locação, seja razoavelmente certo que a opção será exercida;
(c) O prazo da locação abrange a maior parte da vida económica do activo ainda que o título de
propriedade não seja transferido;
(d) No início da locação o valor presente dos pagamentos mínimos da locação ascende a pelo
menos, substancialmente, todo o justo valor do activo locado; e
(e) Os activos locados são de uma tal natureza especializada que apenas o locatário os pode
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(b) Os ganhos ou as perdas da flutuação no justo valor do residual serem do locatário (por
exemplo sob a forma de um abatimento na renda que iguale a maior parte dos proventos
das vendas no fim da locação); e
(c) O locatário tem a capacidade de continuar a locação por um segundo período com uma
renda que seja substancialmente inferior à renda do mercado.
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16 - Sempre que for necessário para classificar e contabilizar uma locação de terrenos e edifícios,
os pagamentos mínimos da locação (incluindo qualquer pagamento global à cabeça) são
imputados entre os elementos terrenos e edifícios em proporção aos justos valores relativos dos
juros da detenção de locação no elemento terrenos e no elemento edifícios da locação no início
da locação. Se os pagamentos da locação não puderem ser fiavelmente imputados entre estes
dois elementos, a totalidade da locação é classificada como locação financeira, a não ser que
seja claro que ambos os elementos são locações operacionais, caso em que a totalidade da
locação é classificada como locação operacional.
17 - Para uma locação de terrenos e edifícios na qual a quantia que seria inicialmente reconhecida
para o elemento terrenos, de acordo com o parágrafo 20, seja imaterial, os terrenos e os
edifícios podem ser tratados como uma única unidade para a finalidade da classificação da
locação e classificados como locação financeira ou operacional de acordo com os parágrafos 7
a 13. Em tal caso, a vida económica dos edifícios é considerada como a vida económica da
totalidade do activo locado.
18 - A gestão separada dos elementos terrenos e edifícios não é exigida quando os juros do
locatário tanto com os terrenos como com os edifícios forem classificados como propriedade de
investimento de acordo com a NCRF 11 - Propriedades de Investimento e for adoptado o
modelo do justo valor. Apenas são necessários cálculos pormenorizados para esta avaliação se
a classificação de um ou ambos os elementos for incerta.
(a) Ocupar a propriedade, a qual é depois transferida para propriedade ocupada pelo
proprietário por um "custo considerado" que seja igual ao seu justo valor à data da alteração
no uso; ou
(b) Conceder uma sublocação que transfira substancialmente todos os riscos e vantagens
inerentes à propriedade do interesse para uma parte não relacionada. Uma tal sublocação é
contabilizada pelo locatário como locação financeira a um terceiro, embora possa ser
contabilizada como locação operacional pelo terceiro.
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21 - São frequentemente incorridos custos directos iniciais em ligação com actividades específicas
da locação, como na negociação e garantia de acordos de locação. Os custos identificados
directamente como atribuíveis a actividades executadas pelo locatário para uma locação
financeira, são incluídos como parte da quantia reconhecida como um activo sob locação.
22 - Não é apropriado que os passivos por activos locados sejam apresentados nas demonstrações
financeiras como uma dedução dos activos locados. Se para a apresentação de passivos na
face do balanço for feita uma distinção entre passivos correntes e não correntes, a mesma
distinção deve ser feita para os passivos da locação.
27 - Para determinar se um activo locado está em imparidade, uma entidade aplica a NCRF 12 -
Imparidade de Activos.
(a) Para cada categoria de activo, a quantia escriturada líquida à data do balanço;
(b) Uma reconciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos da locação à data do
balanço, e o seu valor presente. Além disso, uma entidade deve divulgar o total dos futuros
pagamentos mínimos da locação à data do balanço, e o seu valor presente, para cada um
dos seguintes períodos.
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(d) O total dos futuros pagamentos mínimos de sublocação que se espera receber por
sublocações não canceláveis à data do balanço; e
(e) Uma descrição geral dos acordos de locação significativos do locatário incluindo, pelo
menos, o seguinte;
(iii) Restrições impostas por acordos de locação, tais como as que respeitam a dividendos,
dívida adicional, e posterior locação.
(a) O total dos futuros pagamentos mínimos da locação nas locações operacionais não
canceláveis para cada um dos seguintes períodos:
(b) O total dos futuros pagamentos mínimos de sublocação que se espera sejam recebidos nas
sublocações não canceláveis à data do balanço;
(d) Uma descrição geral dos acordos de locação significativos do locatário incluindo, pelo
menos, o seguinte:
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(iii) Restrições impostas por acordos de locação, tais como as que respeitem a dividendos,
dívida adicional, e posterior locação.
34 - Os custos directos iniciais são muitas vezes incorridos por locadores e incluem quantias como
comissões, honorários legais e custos internos que sejam incrementais e directamente
atribuíveis à negociação e aceitação da locação. Excluem gastos gerais como aqueles que são
incorridos por uma equipa de vendas e marketing. Para locações financeiras que não sejam as
que envolvem locadores fabricantes ou negociantes, os custos directos iniciais são incluídos na
mensuração inicial da conta a receber de locação financeira e reduzem a quantia de rendimento
reconhecida durante o prazo da locação. A taxa de juro implícita na locação é definida de tal
forma que os custos directos iniciais são automaticamente incluídos na conta a receber de
locação financeira e não há necessidade de os adicionar separadamente. Os custos incorridos
pelos locadores fabricantes ou negociantes em ligação com a negociação e aceitação de uma
locação estão excluídos da definição de custos directos iniciais. Como resultado, são excluídos
do investimento líquido na locação e são reconhecidos como um gasto quando o lucro da venda
for reconhecido, o que para uma locação financeira é normalmente no começo do prazo da
locação.
36 - São regularmente revistos os valores residuais estimados não garantidos usados no cálculo do
investimento bruto do locador numa locação. Se tiver havido uma redução no valor residual
estimado não garantido, é revista a imputação do rendimento durante o prazo da locação e
qualquer redução no que respeita a quantias já acrescidas é imediatamente reconhecida.
37 - Um activo envolvido numa locação financeira que esteja classificado como detido para venda
(ou incluído num grupo para alienação, que esteja classificado como detido para venda) de
acordo com a NCRF 8 - Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais
Descontinuadas, deve ser contabilizado de acordo com essa Norma.
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período, de acordo com a política seguida pela entidade para vendas imediatas. Se forem
fixadas taxas de juro artificialmente baixas, o lucro de venda deve ser restrito ao que se
aplicaria se uma taxa de juro do mercado fosse debitada. Os custos incorridos pelos locadores
fabricantes ou negociantes em ligação com a negociação e aceitação de uma locação devem
ser reconhecidos como um gasto quando o lucro da venda for reconhecido.
39 - O rédito de vendas reconhecido no começo do prazo de uma locação financeira por um locador
fabricante ou negociante é o justo valor do activo, ou, se mais baixo, o valor presente dos
pagamentos mínimos da locação que acresça ao locador, calculado a uma taxa de juro do
mercado. O custo de venda reconhecido no começo do prazo da locação é o custo, ou a
quantia escriturada se diferente, da propriedade locada menos o valor presente do valor
residual não garantido. A diferença entre o rédito da venda e o custo da venda é o lucro da
venda, que é reconhecido de acordo com a política seguida pela entidade para as vendas.
(a) Uma reconciliação entre o investimento bruto na locação à data do balanço, e o valor
presente dos pagamentos mínimos da locação a receber à data do balanço. Além disso,
uma entidade deve divulgar o investimento bruto na locação e o valor presente dos
pagamentos mínimos da locação a receber na data do balanço, para cada um dos períodos
seguintes:
(d) A dedução acumulada para créditos incobráveis dos pagamentos mínimos da locação a
receber;
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45 - Os custos directos iniciais incorridos pelos locadores ao negociar e aceitar uma locação
operacional devem ser adicionados à quantia escriturada do activo locado e reconhecidos como
um gasto durante o prazo da locação na mesma base do rendimento da locação.
46 - A política de depreciação para activos locados depreciáveis deve ser consistente com a política
de depreciação normal do locador para activos semelhantes, e a depreciação deve ser
calculada da acordo com a NCRF 6 - Activos Intangíveis e a NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis.
47 - Para determinar se um activo locado ficou em imparidade, uma entidade aplica a NCRF 12 -
Imparidade de Activos.
48 - Um locador fabricante ou negociante não reconhece qualquer lucro de venda ao celebrar uma
locação operacional porque esta não é equivalente a uma venda.
(a) Os futuros pagamentos mínimos da locação sob locações operacionais não canceláveis no
agregado e para cada um dos períodos seguintes;
(b) O total das rendas contingentes reconhecidas como rendimento durante o período;
52 - Se uma transacção de venda seguida de locação resultar numa locação financeira, qualquer
excesso do provento da venda sobre a quantia escriturada não deve ser imediatamente
reconhecido como rendimento pelo vendedor-locatário, mas sim diferido e amortizado durante o
290
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prazo da locação.
53 - Se a venda seguida de locação resultar numa locação financeira, a transacção é um meio pelo
qual o locador proporciona meios financeiros ao locatário, com o activo como garantia. Por esta
razão não é apropriado considerar como rendimento um excesso do produto da venda sobre a
quantia escriturada. Tal excesso, é diferido e amortizado durante o prazo da locação.
54 - Se uma transacção de venda seguida de locação resultar numa locação operacional, e for claro
que a transacção é estabelecida pelo justo valor, qualquer lucro ou perda deve ser
imediatamente reconhecido.
55 - Se o preço de venda estiver abaixo do justo valor, qualquer lucro ou perda deve ser
imediatamente reconhecido, a menos que a perda esteja compensada por pagamentos futuros
da locação abaixo do preço de mercado. Neste caso tal lucro ou perda deve ser diferido e
amortizado na proporção dos pagamentos da locação durante o período pelo qual se espera
que o activo seja usado.
56 - Se o preço de venda estiver acima do justo valor, o excesso sobre o justo valor deve ser
diferido e amortizado durante o período pelo qual se espera que o activo seja usado.
58 - Para as locações operacionais, se o justo valor na altura de uma transacção de venda seguida
de locação for menor do que a quantia escriturada do activo, deve ser imediatamente
reconhecida uma perda igual à diferença entre a quantia escriturada e o justo valor.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento
dos custos de empréstimos obtidos. Esta Norma exige que, de uma forma geral, eles sejam
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Âmbito (parágrafos 2 e 3)
2- Esta Norma deve ser aplicada na contabilização dos custos de empréstimos obtidos.
3- Esta Norma não trata do custo real ou imputado do capital próprio, incluindo o capital
preferencial não classificado como passivo.
Definições (parágrafos 4 a 6)
4- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
Activo que se qualifica: é um activo que leva necessariamente um período substancial de tempo
para ficar pronto para o seu uso pretendido ou para venda.
Custos de empréstimos obtidos: são os custos de juros e outros incorridos por uma entidade
relativos aos pedidos de empréstimos de fundos.
(d) Encargos financeiros relativos a locações financeiras reconhecidas de acordo com a Norma
Contabilística e de Relato Financeiro 9 - Locações; e
6- Exemplos de activos que se qualificam são os inventários que exijam um período substancial de
tempo para os pôr numa condição vendável, instalações industriais, instalações de geração de
energia e propriedades de investimento. Outros investimentos e inventários que sejam de forma
rotineira fabricados ou de qualquer forma produzidos em grandes quantidades numa base
repetitiva durante um curto período de tempo não são activos que se qualificam. Os activos que
estejam prontos para o seu uso pretendido ou venda quando adquiridos também não são
activos que se qualificam.
9- Pelo tratamento preconizado permite-se que os custos de empréstimos obtidos que sejam
directamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um activo sejam incluídos no
292
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11 - Pode ser difícil identificar um relacionamento directo entre certos empréstimos obtidos e um
activo que se qualifica e determinar os empréstimos obtidos que poderiam de outra maneira ser
evitados. Tal dificuldade ocorre, por exemplo, quando a actividade financeira de uma entidade
seja centralmente coordenada. Também surgem dificuldades quando um grupo usa uma
variedade de instrumentos de dívida para pedir fundos emprestados a taxas de juro variáveis e
empresta esses fundos em bases variadas a outras entidades no grupo. Outras complicações
surgem através do uso de empréstimos estabelecidos em ou ligados a moedas estrangeiras,
quando o grupo opera em economias altamente inflacionárias, e de flutuações em taxas de
câmbio. Como consequência, a determinação da quantia dos custos de empréstimos obtidos
que sejam directamente atribuíveis à aquisição de um activo que se qualifica é difícil sendo de
exigir o exercício de bom senso.
12 - Até ao ponto em que sejam pedidos fundos emprestados especificamente com o fim de obter
um activo que se qualifica, a quantia dos custos de empréstimos obtidos elegível para
capitalização nesse activo deve ser determinada como os custos reais dos empréstimos obtidos
incorridos nesse empréstimo durante o período menos qualquer rendimento de investimento
temporário desses empréstimos.
13 - Os acordos de financiamento de um activo que se qualifica podem fazer com que uma entidade
obtenha fundos pedidos de empréstimo e incorra em custos de empréstimos associados antes
de alguns ou todos os fundos serem usados para dispêndios no activo que se qualifica. Em tais
circunstâncias, os fundos são muitas vezes temporariamente investidos aguardando o seu
dispêndio no activo que se qualifica. Ao determinar a quantia dos custos de empréstimos
obtidos elegíveis para capitalização durante um período, qualquer rendimento do investimento
gerado de tais fundos é deduzido dos custos incorridos nos empréstimos obtidos.
14 - Na medida em que os fundos sejam pedidos de uma forma geral e usados com o fim de obter
um activo que se qualifica, a quantia de custos de empréstimos obtidos elegíveis para
capitalização deve ser determinada pela aplicação de uma taxa de capitalização aos dispêndios
respeitantes a esse activo. A taxa de capitalização deve ser a média ponderada dos custos de
empréstimos obtidos aplicável aos empréstimos contraídos pela entidade que estejam em
circulação no período, que não sejam empréstimos contraídos especificamente com o fim de
obter um activo que se qualifica. A quantia dos custos de empréstimos obtidos capitalizados
durante um período não deve exceder a quantia dos custos de empréstimos obtidos incorridos
durante o período.
293
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(c) As actividades que sejam necessárias para preparar o activo para o seu uso pretendido ou
venda estejam em curso.
19 - As actividades necessárias para preparar o activo para o seu uso pretendido ou para a sua
venda englobam mais do que a construção física do activo. Elas englobam o trabalho técnico e
administrativo anterior ao começo da construção física tais como as actividades associadas
com a obtenção de licenças antes do começo da construção física. Porém, tais actividades
excluem a detenção de um activo quando nenhuma produção ou acção que altere a condição
do activo esteja a ter lugar. Por exemplo, os custos de empréstimos obtidos incorridos enquanto
um projecto esteja em fase de desenvolvimento são capitalizados durante o período em que as
actividades relacionadas com o desenvolvimento estejam a decorrer. No entanto, os custos de
empréstimos obtidos incorridos enquanto terrenos adquiridos para fins de construção sejam
detidos sem qualquer actividade associada de desenvolvimento, não são elegíveis para
capitalização.
21 - Os custos de empréstimos obtidos podem ser incorridos durante um período extenso em que
sejam interrompidas as actividades necessárias para preparar um activo para o seu uso
pretendido ou para a sua venda. Tais custos são custos de detenção de activos parcialmente
concluídos e não são elegíveis para capitalização. Porém, a capitalização dos custos de
empréstimos obtidos não é normalmente suspensa durante um período quando esteja sendo
levado a efeito trabalho técnico e administrativo substancial. A capitalização dos custos de
empréstimos obtidos também não é suspensa quando uma demora temporária seja uma parte
necessária do processo de tornar um activo pronto para o seu uso pretendido ou para a sua
294
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venda. Por exemplo, a capitalização continua durante o período necessário alargado para que
alguns inventários atinjam a maturação ou o período alargado durante o qual os níveis altos das
águas atrasam a construção de uma ponte, se tais níveis de água altos são usuais durante o
período da construção na região geográfica envolvida.
23 - Um activo está normalmente pronto para o seu uso pretendido ou para a sua venda quando a
construção física do activo estiver concluída mesmo se o trabalho administrativo de rotina puder
ainda continuar. Se modificações menores, tais como a decoração de uma propriedade
conforme as especificações do comprador ou do utente, sejam tudo o que está por completar,
isto indica que todas as actividades estão substancialmente concluídas.
24 - Quando a construção de um activo que se qualifica for concluída por partes e cada parte estiver
em condições de ser usada enquanto a construção continua noutras partes, a capitalização dos
custos de empréstimos obtidos deve cessar quando todas as actividades necessárias para
preparar essa parte para o seu pretendido uso ou venda estejam concluídas.
25 - Um parque empresarial compreendendo vários edifícios em que cada um deles pode ser usado
individualmente é um exemplo de um activo que se qualifica relativamente ao qual cada parte
está em condições de ser usada embora a construção continue noutras partes. Um exemplo de
um activo que se qualifica que necessita de estar concluído antes de que cada parte possa ser
usada é uma instalação industrial que envolve vários processos que sejam executados em
sequência em diferentes partes da fábrica dentro do mesmo local, tal como uma laminagem de
aço.
(c) A taxa de capitalização usada para determinar a quantia do custo dos empréstimos obtidos
elegíveis para capitalização.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
295
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Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento
contabilístico de propriedades de investimento e respectivos requisitos de divulgação.
Âmbito (parágrafos 2 a 4)
2- Esta Norma deve ser aplicada no reconhecimento, mensuração e divulgação de propriedades
de investimento.
(a) Activos biológicos relacionados com a actividade agrícola (ver NCRF 17 - Agricultura);
(b) Direitos minerais e reservas minerais tais como petróleo, gás natural e recursos não
regenerativos semelhantes. (ver a NCRF 16 - Exploração e Avaliação de Recursos
Minerais).
Custo: é a quantia de caixa ou seus equivalentes paga ou o justo valor de outra retribuição dada
para adquirir um activo no momento da sua aquisição ou construção ou, quando aplicável, a
quantia atribuída a esse activo aquando do reconhecimento inicial de acordo com os requisitos
específicos de outras NCRF.
Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento
entre elas.
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Propriedade ocupada pelo dono: é a propriedade detida (pelo dono ou pelo locatário numa
locação financeira) para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para
finalidades administrativas.
Quantia escriturada: é a quantia pela qual um activo é reconhecido no Balanço, após a dedução
de qualquer depreciação/amortização acumulada e de perdas por imparidade acumuladas
inerentes.
6- Um interesse de propriedade que seja detido por um locatário numa locação operacional pode
ser classificado e contabilizado como propriedade de investimento se, e apenas se, a
propriedade satisfizer de outra forma a definição de uma propriedade de investimento e o
locatário usar o modelo do justo valor definido nos parágrafos 35 a 57 para o activo
reconhecido. Esta classificação alternativa está disponível numa base de propriedade por
propriedade. Contudo, uma vez escolhida esta classificação alternativa para um interesse de
propriedade deste género detido segundo uma locação operacional, todas as propriedades
classificadas como propriedade de investimento devem ser contabilizadas usando o modelo do
justo valor. Quando esta classificação alternativa for escolhida, qualquer interesse assim
classificado é incluído nas divulgações exigidas nos parágrafos 76 a 79.
7- As propriedades de investimento são detidas para obter rendas ou para valorização do capital
ou para ambas as finalidades. Por isso, uma propriedade de investimento gera fluxos de caixa
altamente independentes dos outros activos detidos por uma entidade. Isto distingue as
propriedades de investimento de propriedades ocupadas pelos donos. A produção ou
fornecimento de bens ou serviços (ou o uso de propriedades para finalidades administrativas)
gera fluxos de caixa que são atribuíveis não apenas às propriedades, mas também a outros
activos usados no processo de produção ou de fornecimento. A NCRF 7 - Activos Fixos
Tangíveis aplica-se a propriedades ocupadas pelos donos.
(a) Terrenos detidos para valorização do capital a longo prazo e não para venda a curto prazo
no curso ordinário de negócios;
(b) Terrenos detidos para uso futuro ainda não determinado (se uma entidade não tiver
determinado que usará o terreno como propriedade ocupada pelo dono ou para venda a
curto prazo no curso ordinário do negócio, o terreno é considerado como detido para
valorização do capital);
(c) Um edifício que seja propriedade da entidade (ou detido pela entidade numa locação
financeira) e que seja locado segundo uma ou mais locações operacionais;
(d) Um edifício que esteja desocupado mas detido para ser locado segundo uma ou mais
locações operacionais.
9- Seguem-se exemplos de itens que não são propriedades de investimento, estando, por isso,
fora do âmbito desta Norma:
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desenvolvimento e revenda;
(b) Propriedade que esteja a ser construída ou desenvolvida por conta de terceiros (ver NCRF
19 - Contratos de Construção);
(c) Propriedade ocupada pelo dono (ver NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis), incluindo (entre
outras coisas) propriedade detida para futuro uso como propriedade ocupada pelo dono,
propriedade detida para futuro desenvolvimento e uso subsequente como propriedade
ocupada pelo dono, propriedade ocupada por empregados (paguem ou não os empregados
rendas a taxas de mercado) e propriedade ocupada pelo dono aguardando alienação;
(d) Propriedade que esteja a ser construída ou desenvolvida para futuro uso como propriedade
de investimento. A NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis aplica-se a tal propriedade até que a
construção ou o desenvolvimento esteja concluído, momento em que a propriedade se torna
propriedade de investimento e em que se aplica esta Norma. Porém, esta Norma aplica-se a
propriedades de investimento existentes que estejam a ser desenvolvidas de novo para
futuro uso continuado como propriedade de investimento (ver parágrafo 60);
10 - Algumas propriedades compreendem uma parte que é detida para obter rendas ou para
valorização de capital e uma outra parte que é detida para uso na produção ou fornecimento de
bens ou serviços ou para finalidades administrativas. Se estas partes puderem ser vendidas
separadamente (ou locadas separadamente segundo uma locação financeira), uma entidade
contabilizará as partes separadamente. Se as partes não puderem ser vendidas
separadamente, a propriedade só é uma propriedade de investimento se uma parte não
significativa for detida para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para
finalidades administrativas.
11 - Em alguns casos, uma entidade proporciona serviços de apoio aos ocupantes de uma
propriedade que ela detenha. Uma entidade trata tal propriedade como propriedade de
investimento se os serviços forem insignificantes em relação ao acordo como um todo. Um
exemplo é quando o dono de um edifício de escritórios proporciona serviços de segurança e de
manutenção aos locatários que ocupam o edifício.
12 - Noutros casos, os serviços prestados são significativos. Por exemplo, se uma entidade possui e
gere um hotel, os serviços proporcionados aos hóspedes são significativos para o acordo como
um todo. Por isso, um hotel gerido pelo dono, é uma propriedade ocupada pelo dono e não uma
propriedade de investimento.
13 - Pode ser difícil determinar se os serviços de apoio são ou não tão significativos que uma
propriedade não se qualifique como propriedade de investimento. Por exemplo, o dono de um
hotel por vezes transfere algumas responsabilidades a terceiros segundo um contrato de
gestão. Os termos de tais contratos variam grandemente. Num extremo do espectro, a posição
do dono pode, em substância, ser a de um investidor passivo. No outro extremo do espectro, o
dono pode simplesmente ter procurado fora funções do dia a dia, embora ficando com
significativa exposição a riscos de variações nos fluxos de caixa gerados pelas operações do
hotel.
14 - É necessário juízo de valor para determinar se uma propriedade se qualifica como uma
propriedade de investimento. Uma entidade desenvolve critérios a fim de que possa exercer
esse juízo de valor de forma consistente de acordo com a definição de propriedade de
investimento e com a relacionada orientação nos parágrafos 7 a 13. O parágrafo 77 (c) exige
que uma entidade divulgue estes critérios quando a classificação for difícil.
15 - Em alguns casos, uma entidade possui propriedade que está locada à, e ocupada pela, sua
empresa-mãe ou por uma outra subsidiária. A propriedade não se qualifica como propriedade
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(a) For provável que os futuros benefícios económicos que estejam associados à propriedade
de investimento fluirão para a entidade; e
17 - Uma entidade avalia segundo este princípio de reconhecimento todos os seus custos da
propriedade de investimento no momento em que eles sejam incorridos. Estes custos incluem
custos incorridos inicialmente para adquirir uma propriedade de investimento e custos incorridos
subsequentemente para adicionar a, substituir partes de, ou prestar manutenção a uma
propriedade.
19 - Partes de propriedades de investimento podem ter sido adquiridas por substituição. Por
exemplo, as paredes interiores podem ser substituições das paredes originais. Segundo o
princípio do reconhecimento, uma entidade reconhece na quantia escriturada de uma
propriedade de investimento o custo da parte de substituição de uma propriedade de
investimento existente no momento em que o custo seja incorrido se os critérios de
reconhecimento forem cumpridos. A quantia escriturada das partes que sejam substituídas é
desreconhecida de acordo com as disposições de desreconhecimento desta Norma.
(a) Custos de arranque (a menos que sejam necessários para trazer a propriedade à condição
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(b) Perdas operacionais incorridas antes de a propriedade de investimento ter atingido o nível
de ocupação previsto; ou
25 - O custo inicial do interesse de propriedade detido numa locação e classificado como uma
propriedade de investimento deve estar de acordo com o prescrito para uma locação financeira
no parágrafo 20 da NCRF 9 - Locações, i.e. o activo deve ser reconhecido pelo menor do justo
valor da propriedade e do valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Uma quantia
equivalente deve ser reconhecida como passivo de acordo com o mesmo parágrafo.
26 - Qualquer prémio pago por uma locação é tratado como parte dos pagamentos mínimos da
locação para esta finalidade, e é portanto incluído no custo do activo, mas excluído do passivo.
Se um interesse de propriedade detido segundo uma locação for classificado como propriedade
de investimento, o item contabilizado pelo justo valor é esse interesse e não a propriedade
subjacente. A orientação para a determinação do justo valor de um interesse de propriedade
está desenvolvida para o modelo do justo valor nos parágrafos 35 a 57. Essa orientação
também é relevante para a determinação do justo valor quando esse valor é usado como custo
para finalidades do reconhecimento inicial.
28 - Uma entidade determina se uma transacção de troca tem substância comercial considerando a
extensão em que espera que os seus futuros fluxos de caixa sejam alterados como resultado da
transacção. Uma transacção de troca tem substância comercial se:
(a) A configuração (risco, tempestividade e quantia) dos fluxos de caixa do activo recebido
diferir da configuração dos fluxos de caixa do activo transferido; ou
(b) O valor específico para a entidade relativo à parte das operações da entidade afectadas
pela transacção se altera em resultado da troca; e
(c) A diferença na alínea (a) ou (b) for significativa em relação ao justo valor dos activos
trocados.
Para a finalidade de determinar se uma transacção de troca tem substância comercial, o valor
específico para a entidade relativo à parte das operações da entidade afectada pela transacção
deve reflectir os fluxos de caixa após impostos. O resultado destas análises pode ser claro sem
que uma entidade tenha de efectuar cálculos detalhados.
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29 - O justo valor de um activo para o qual não existam transacções de mercado comparáveis é
fiavelmente mensurável se (a) a variabilidade no intervalo de estimativas razoáveis do justo
valor não for significativa para esse activo ou (b) as probabilidades de várias estimativas dentro
do intervalo puderem ser razoavelmente avaliadas e usadas ao estimar o justo valor. Se a
entidade for capaz de determinar com fiabilidade o justo valor tanto do activo recebido como do
activo cedido, então o justo valor do activo cedido é usado para mensurar o custo a não ser que
o justo valor do activo recebido seja mais claramente evidente.
32 - Esta Norma exige que todas as entidades determinem o justo valor de propriedades de
investimento, para a finalidade de mensuração (se a entidade usar o modelo do justo valor) ou
de divulgação (se usar o modelo do custo). Incentiva-se uma entidade, mas não se lhe exige,
que determine o justo valor das propriedades de investimento na base de uma valorização por
um avaliador independente que tenha uma qualificação profissional relevante e reconhecida e
que tenha experiência recente na localização e na categoria da propriedade de investimento
que esteja a ser valorizada.
(a) Escolher ou o modelo do justo valor ou o modelo do custo para todas as propriedades de
investimento que suportem passivos que pagam um retorno directamente associado ao
justo valor de, ou aos retornos de, activos especificados incluindo essa propriedade de
investimento; e
(b) Escolher ou o modelo do justo valor ou o modelo do custo para todas as outras
propriedades de investimento, independentemente da escolha feita na alínea (a).
34 - Se uma entidade escolher diferentes modelos para as duas categorias descritas no parágrafo
33, as vendas de propriedades de investimento entre conjuntos de activos mensurados usando
modelos diferentes devem ser reconhecidas pelo justo valor e a alteração cumulativa no justo
valor deve ser reconhecida nos resultados. Em conformidade, se a propriedade de investimento
for vendida de um conjunto em que se usa o modelo do justo valor para um conjunto em que se
usa o modelo do custo, o justo valor da propriedade à data da venda torna-se o seu custo
considerado.
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36 - Quando um interesse de propriedade detido por um locatário numa locação operacional for
classificado como uma propriedade de investimento segundo o parágrafo 6, o parágrafo 30
deixa de ser opcional. O modelo do justo valor deve ser aplicado.
38 - O justo valor da propriedade de investimento é o preço pelo qual a propriedade poderia ser
trocada entre partes conhecedoras e dispostas a isso numa transacção em que não exista
relacionamento entre as mesmas (ver parágrafo 5). O justo valor exclui especificamente um
preço estimado inflacionado ou deflacionado por condições ou circunstâncias especiais tais
como financiamento atípico, acordos de venda e relocação, considerações especiais ou
concessões dadas por alguém associado à venda.
39 - Uma entidade determina o justo valor sem qualquer dedução para custos de transacção em que
possa incorrer por venda ou outra alienação.
41 - O justo valor é específico do tempo relativo a uma determinada data. Dado que as condições de
mercado podem mudar, a quantia relatada como justo valor pode ser incorrecta ou não ser
apropriada se estimada relativamente a outro momento. A definição de justo valor assume
também troca simultânea e conclusão do contrato de venda sem qualquer variação de preço
que pudesse ser realizado entre partes conhecedoras e dispostas a isso numa transacção em
que não exista relacionamento entre elas se a troca e conclusão não forem simultâneas.
42 - O justo valor da propriedade de investimento reflecte, entre outras coisas, rendimento de rendas
provenientes de locações correntes e pressupostos razoáveis e suportáveis que representem
aquilo que entidades conhecedoras e dispostas a isso assumiriam acerca de rendimentos de
rendas de futuras locações à luz de condições correntes. Também reflecte, numa base
semelhante, quaisquer exfluxos de caixa (incluindo pagamentos de rendas e outros exfluxos)
que possam ser esperados com respeito à propriedade. Alguns desses exfluxos estão
reflectidos no passivo enquanto outros se relacionam com exfluxos que não são reconhecidos
nas demonstrações financeiras até data posterior (por exemplo, pagamentos periódicos como
rendas contigentes).
44 - A definição de justo valor refere-se a "partes conhecedoras e dispostas a isso". Neste contexto,
"conhecedoras" significa que tanto o comprador disposto a isso como o vendedor disposto a
isso estão razoavelmente informados acerca da natureza e características da propriedade de
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investimento, dos seus usos reais e potenciais, e das condições do mercado à data do balanço.
Um comprador disposto a isso está motivado, mas não compelido, a comprar. Este comprador
não está nem ansioso nem determinado a comprar por qualquer preço. O comprador assumido
não pagaria um preço mais elevado do que o exigido por um mercado composto por
compradores e vendedores conhecedores e dispostos a isso.
45 - Um vendedor disposto a isso não é nem um vendedor ansioso nem um vendedor forçado,
preparado para vender a qualquer preço, nem um vendedor preparado para resistir a um preço
não considerado razoável de acordo com as condições correntes do mercado. O vendedor
disposto a isso está motivado a vender a propriedade de investimento nos termos do mercado
pelo melhor preço possível. As circunstâncias factuais do proprietário efectivo da propriedade
de investimento não fazem parte desta consideração porque o vendedor disposto a isso é um
proprietário hipotético (por exemplo, um vendedor disposto a isso não teria em consideração as
circunstâncias fiscais particulares do proprietário efectivo da propriedade de investimento).
46 - A definição de justo valor refere-se a uma transacção entre partes sem relacionamento entre si.
Uma transacção entre partes sem relacionamento entre si é uma transacção entre partes que
não tenham um relacionamento particular ou especial entre elas que torne os preços das
transacções não característicos das condições de mercado. A transacção é tida como uma
transacção entre entidades não relacionadas, cada uma delas actuando independentemente.
47 - A melhor evidência de justo valor é dada por preços correntes num mercado activo de
propriedades semelhantes no mesmo local e condição e sujeitas a locações e outros contratos
semelhantes. Uma entidade trata de identificar quaisquer diferenças de natureza, local ou
condição da propriedade, ou nos termos contratuais das locações e de outros contractos
relacionados com a propriedade.
48 - Na ausência de preços correntes num mercado activo do género descrito no parágrafo 47, uma
entidade considera a informação proveniente de uma variedade de fontes, incluindo:
(a) Preços correntes num mercado activo de propriedades de diferente natureza, condição ou
localização (ou sujeitas a diferentes locações ou outros contratos), ajustados para reflectir
essas diferenças;
(c) Projecções de fluxos de caixa descontados com base em estimativas fiáveis de futuros
fluxos de caixa, suportadas pelos termos de qualquer locação e de outros contratos
existentes e (quando possível) por evidência externa tal como rendas correntes de mercado
de propriedades semelhantes no mesmo local e condição, e usando taxas de desconto que
reflictam avaliações correntes de mercado quanto à incerteza na quantia e tempestividade
dos fluxos de caixa.
49 - Em alguns casos, as várias fontes listadas no parágrafo anterior podem sugerir conclusões
diferentes quanto ao justo valor de uma propriedade de investimento. Uma entidade considera
as razões dessas diferenças, visando chegar à estimativa mais fiável do justo valor dentro de
um intervalo de estimativas razoáveis de justo valor.
50 - Em casos excepcionais, há clara evidência quando uma entidade adquire pela primeira vez uma
propriedade de investimento (ou quando uma propriedade existente se torna pela primeira vez
propriedade de investimento na sequência da conclusão de construção ou desenvolvimento, ou
após uma alteração de uso) de que a variabilidade no intervalo de estimativas razoáveis de
justo valor seria tão grande, e as probabilidades dos vários efeitos tão difíceis de avaliar, que é
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negada a utilidade de uma única estimativa de justo valor. Isto pode indicar que o justo valor da
propriedade não será determinável com fiabilidade numa base continuada (ver parágrafo 55).
51 - O justo valor difere do valor de uso, tal como definido na NCRF 12 - Imparidade de Activos. O
justo valor reflecte o conhecimento e as estimativas de compradores e vendedores
conhecedores e dispostos a isso. Em contraste, o valor de uso reflecte as estimativas da
entidade, incluindo os efeitos de factores que podem ser específicos da entidade e não
aplicáveis às entidades em geral. Por exemplo, o justo valor não reflecte qualquer dos seguintes
factores na medida em que não estariam geralmente disponíveis para compradores e
vendedores conhecedores e dispostos a isso:
(c) Direitos legais ou restrições legais que somente sejam específicos ao dono actual; e
(d) Benefícios fiscais ou encargos fiscais que sejam específicos ao dono actual.
(a) Equipamento, tal como elevadores ou ar condicionado, é muitas vezes uma parte integrante
de um edifício e está geralmente incluído no justo valor da propriedade de investimento, não
sendo reconhecido separadamente como activos fixos tangíveis;
(b) Se um escritório for locado mobilado, o justo valor do escritório inclui geralmente o justo
valor da mobília, porque o rendimento das rendas se relaciona com o escritório mobilado.
Quando a mobília for incluída no justo valor da propriedade de investimento, uma entidade
não reconhece a mobília como um activo separado;
(d) O justo valor da propriedade de investimento detida numa locação reflecte os fluxos de
caixa esperados (incluindo a renda contingente que se espera que se torne pagável). Em
conformidade, se uma valorização obtida para uma propriedade for líquida de todos os
pagamentos que se espera que sejam feitos, será necessário voltar a adicionar qualquer
passivo de locação reconhecido, para atingir o justo valor da propriedade de investimento
para finalidades contabilísticas.
53 - O justo valor da propriedade de investimento não reflecte os dispêndios futuros de capital fixo
que melhorem ou aumentem a propriedade e não reflecte os benefícios futuros relacionados
derivados destes dispêndios futuros.
54 - Em alguns casos, uma entidade espera que o valor presente dos seus pagamentos
relacionados com uma propriedade de investimento (que não sejam pagamentos relacionados
com passivos reconhecidos) excederá o valor presente dos respectivos recebimentos de caixa.
Uma entidade aplica a NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes
para determinar se reconhece um passivo e, nesse caso, como mensurá-lo.
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55 - Há uma presunção refutável de que uma entidade pode fiavelmente determinar o justo valor de
uma propriedade de investimento numa base continuada. Porém, em casos excepcionais, há
clara evidência quando uma entidade adquire pela primeira vez uma propriedade de
investimento (ou quando uma propriedade existente se torne pela primeira vez propriedade de
investimento na sequência da conclusão da construção ou do desenvolvimento, ou após uma
alteração de uso) de que o justo valor da propriedade de investimento não é determinável com
fiabilidade numa base continuada. Isto ocorre quando, e apenas quando, são pouco frequentes
transacções de mercado comparáveis e quando não estão disponíveis estimativas alternativas
fiáveis de justo valor (por exemplo, com base em projecções de fluxos de caixa descontados).
Nesses casos, uma entidade deve mensurar essa propriedade de investimento usando o
modelo do custo da NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis. O valor residual da propriedade de
investimento deve ser assumido como sendo zero. A entidade deve aplicar a NCRF 7 até à
alienação da propriedade de investimento.
56 - Nos casos excepcionais em que uma entidade seja compelida, pela razão dada no parágrafo
precedente, a mensurar uma propriedade de investimento usando o modelo do custo de acordo
com a NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis, ela mensura todos as suas outras propriedades de
investimento pelo justo valor. Nestes casos, embora uma entidade possa usar o modelo do
custo para uma propriedade de investimento, a entidade deve continuar a contabilizar cada uma
das propriedades restantes usando o modelo do justo valor.
57 - Se uma entidade tiver previamente mensurado uma propriedade de investimento pelo justo
valor, ela deve continuar a mensurar a propriedade pelo justo valor até à alienação (ou até que
a propriedade se torne propriedade ocupada pelo dono ou a entidade comece a desenvolver a
propriedade para subsequente venda no curso ordinário do negócio) mesmo que transacções
de mercado comparáveis se tornem menos frequentes ou que os preços do mercado se tornem
menos prontamente disponíveis.
(a) Começo de ocupação pelo dono, para uma transferência de propriedade de investimento
para propriedade ocupada pelo dono;
(b) Começo de desenvolvimento com vista à venda, para uma transferência de propriedade de
investimento para inventários;
(c) Fim de ocupação pelo dono, para uma transferência de propriedade ocupada pelo dono
para propriedade de investimento;
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(d) Começo de uma locação operacional para uma outra entidade, para uma transferência de
inventários para propriedade de investimento; ou
60 - O parágrafo 59 (b) exige que uma entidade transfira uma propriedade de propriedade de
investimento para inventários quando, e apenas quando, houver uma alteração no uso,
evidenciada pelo começo de desenvolvimento com vista à venda. Quando uma entidade decidir
alienar uma propriedade de investimento sem desenvolvimento, ela continua a tratar a
propriedade como uma propriedade de investimento até que seja desreconhecida (eliminada do
balanço) e deixe de a tratar como inventário. De forma semelhante, se uma entidade começar a
desenvolver de novo uma propriedade de investimento existente para futuro uso continuado
como propriedade de investimento, a propriedade permanece uma propriedade de investimento
não sendo reclassificada como propriedade ocupada pelo dono durante o novo
desenvolvimento.
62 - Para uma transferência de propriedade de investimento escriturada pelo justo valor para
propriedade ocupada pelo dono ou para inventários, o custo considerado da propriedade para
subsequente contabilização de acordo com a NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis ou a NCRF 18 -
Inventários deve ser o seu justo valor à data da alteração de uso.
63 - Se uma propriedade ocupada pelo dono se tornar uma propriedade de investimento que seja
escriturada pelo justo valor, uma entidade deve aplicar a NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis até
à data da alteração de uso. A entidade deve tratar qualquer diferença nessa data entre a
quantia escriturada de propriedade de acordo com a NCRF 7 e o seu justo valor da mesma
forma que uma revalorização de acordo com a NCRF 7.
64 - Até à data em que uma propriedade ocupada pelo dono se torne uma propriedade de
investimento escriturada pelo justo valor, uma entidade deprecia a propriedade e reconhece
quaisquer perdas por imparidade que tenham ocorrido. A entidade trata qualquer diferença
nessa data entre a quantia escriturada da propriedade de acordo com a NCRF 7 - Activos Fixos
Tangíveis e o seu justo valor da mesma forma que uma revalorização de acordo com a NCRF
7. Por outras palavras:
(i) Até ao ponto em que o aumento reverta uma anterior perda por imparidade dessa
propriedade, o aumento é reconhecido nos resultados. A quantia reconhecida nos
resultados não pode exceder a quantia necessária para repor a quantia escriturada para
a quantia escriturada que teria sido determinada (líquida de depreciação) caso nenhuma
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69 - A alienação de uma propriedade de investimento pode ser alcançada pela venda ou pela
celebração de uma locação financeira. Ao determinar a data de alienação da propriedade de
investimento, uma entidade aplica os critérios enunciados na NCRF 20 - Rédito para
reconhecimento do rédito da venda de bens. A NCRF 9 - Locações aplica-se a uma alienação
efectuada pela celebração de uma locação financeira e a uma venda seguida de locação.
70 - Se, de acordo com o princípio de reconhecimento do parágrafo 16, uma entidade reconhecer na
quantia escriturada de um activo o custo de uma substituição de parte de uma propriedade de
investimento, então ela desreconhece a quantia escriturada da parte substituída. Relativamente
à propriedade de investimento contabilizada usando o modelo do custo, uma parte substituída
pode não ser uma parte que tenha sido depreciada separadamente. Se não for praticável que
uma entidade determine a quantia escriturada da parte substituída, ela pode usar o custo da
substituição como indicação do custo da parte substituída que era no momento em que foi
adquirida ou construída. Segundo o modelo do justo valor, o justo valor da propriedade de
investimento pode já reflectir o facto de que a parte a ser substituída perdeu o seu valor.
Noutros casos, pode ser difícil discernir quanto do justo valor deve ser reduzido para a parte a
ser substituída. Uma alternativa à redução do justo valor para a parte substituída, quando não
for prático realizar essa redução, é incluir o custo da substituição na quantia escriturada do
activo e reavaliar o justo valor, como seria exigido para adições não envolvendo substituição.
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(b) Caso aplique o modelo do justo valor, se, e em que circunstâncias, os interesses de
propriedade detidos em locações operacionais são classificados e contabilizados como
propriedades de investimento;
(c) Quando a classificação for difícil (ver parágrafo 14), os critérios que usa para distinguir
propriedades de investimento de propriedades ocupadas pelo dono e de propriedades
detidas para venda no curso ordinário dos negócios;
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outros factores (que a entidade deve divulgar) por força da natureza da propriedade e da
falta de dados de mercado comparáveis;
(e) A extensão até à qual o justo valor da propriedade de investimento (tal como mensurado ou
divulgado nas demonstrações financeiras) se baseia numa valorização de um avaliador
independente que possua uma qualificação profissional reconhecida e relevante e que
tenha experiência recente na localização e na categoria da propriedade de investimento que
está a ser valorizada. Se não tiver havido tal valorização, esse facto deve ser divulgado;
(iv) A alteração cumulativa no justo valor reconhecido nos resultados com a venda de uma
propriedade de investimento de um conjunto de activos em que se usa o modelo do
custo para um conjunto em que se usa o modelo do justo valor (ver parágrafo 34).
(c) Activos classificados como detidos para venda ou incluídos num grupo para alienação
classificado como detido para venda de acordo com a NCRF 8 - Activos Não Correntes
Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas e outras alienações;
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79 - Além das divulgações exigidas pelo parágrafo 77, uma entidade que aplique o modelo do custo
do parágrafo 58 deve divulgar:
(c) A quantia escriturada bruta e a depreciação acumulada (agregada com as perdas por
imparidade acumuladas) no início e no fim do período;
(iii) Activos classificados como detidos para venda ou incluídos num grupo para alienação
classificado como detido para venda de acordo com a NCRF 8 - Activos Não Correntes
Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas, e outras alienações;
(iv) Depreciações;
(v) A quantia de perdas por imparidade reconhecida e a quantia de perdas por imparidade
revertida durante o período de acordo com a NCRF 12 - Imparidade de Activos;
(e) O justo valor das propriedades de investimento. Nos casos excepcionais descritos no
parágrafo 55, quando uma entidade não possa determinar o justo valor da propriedade de
investimento com fiabilidade, ela deve divulgar:
(ii) Uma explanação da razão pela qual o justo valor não pode ser determinado com
fiabilidade; e
(iii) Se possível, o intervalo de estimativas dentro do qual seja altamente provável que o
justo valor venha a recair.
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Contabilidade IAS 36 - Imparidade de Activos, adoptada pelo texto original do Regulamento (CE) n.º
1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever os
procedimentos que uma entidade deve aplicar para assegurar que os seus activos sejam
escriturados por não mais do que a sua quantia recuperável. Um activo é escriturado por mais
do que a sua quantia recuperável se a sua quantia escriturada exceder a quantia a ser
recuperada através do uso ou venda do activo. Se este for o caso, o activo é descrito como
estando com imparidade e a Norma exige que a entidade reconheça uma perda por imparidade.
A Norma também especifica as circunstâncias em que uma entidade deve reverter uma perda
por imparidade e prescreve divulgações.
Âmbito (parágrafos 2 e 3)
2- Esta Norma deve ser aplicada na contabilização da imparidade de todos os activos, que não
sejam:
(c) Activos por impostos diferidos (ver a NCRF 25 - Impostos sobre o Rendimento);
(d) Activos por benefícios de empregados (ver a NCRF 28 - Benefícios dos Empregados);
(f) Propriedades de investimento que sejam mensuradas pelo justo valor (ver a NCRF 11 -
Propriedades de Investimento);
(g) Activos biológicos relacionados com a actividade agrícola que sejam mensurados pelo justo
valor menos o custo estimado no ponto de venda (ver a NCRF 17 - Agricultura);
(h) Activos não correntes (ou grupos para alienação) classificados como detidos para venda de
acordo com a NCRF 8 - Activos não Correntes Detidos para Venda e Unidades
Operacionais Descontinuadas.
3- Esta Norma aplica-se a activos que sejam escriturados pela quantia revalorizada (i.e. justo
valor) de acordo com outras Normas, tais como o modelo de revalorização da NCRF 7 - Activos
Fixos Tangíveis. Identificar se um activo revalorizado pode estar com imparidade depende dos
fundamentos usados para determinar o justo valor:
(a) Se o justo valor do activo for o seu valor de mercado, a única diferença entre o justo valor
do activo e o seu justo valor menos os custos de vender são os custos directos incrementais
para alienar o activo:
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(ii) Se os custos com a alienação não foram negligenciáveis, o justo valor menos os custos
de vender do activo revalorizado é necessariamente inferior ao seu justo valor. Por isso,
o activo revalorizado estará com imparidade se o seu valor de uso for inferior à sua
quantia revalorizada (i.e. justo valor). Neste caso, após os requisitos de valorização
terem sido aplicados, uma entidade aplica esta Norma para determinar se o activo pode
estar com imparidade;
(b) Se o justo valor do activo for determinado numa base que não seja o seu valor de mercado,
a sua quantia revalorizada (i.e. justo valor) pode ser superior ou inferior à sua quantia
recuperável. Deste modo, após os requisitos de revalorização terem sido aplicados, uma
entidade aplica esta Norma para determinar se o activo pode estar com imparidade.
Definições (parágrafo 4)
4- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
Activos "corporate": são activos, excepto goodwill, que contribuam para os fluxos de caixa
futuros de várias unidades geradoras de caixa.
Justo valor menos os custos de vender: é a quantia a obter da venda de um activo ou unidade
geradora de caixa numa transacção entre partes conhecedoras e dispostas a isso, sem
qualquer relacionamento entre elas, menos os custos com a alienação.
Quantia depreciável: é o custo de um activo ou outra quantia substituta do custo, menos o seu
valor residual.
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Quantia escriturada: é a quantia pela qual um activo é reconhecido no Balanço, após a dedução
de qualquer depreciação/amortização acumulada e de perdas por imparidade acumuladas
inerentes.
Quantia recuperável: é a quantia mais alta de entre o justo valor de um activo ou unidade
geradora de caixa menos os custos de vender e o seu valor de uso.
Unidade geradora de caixa: é o mais pequeno grupo identificável de activos que seja gerador
de influxos de caixa e que seja em larga medida independente dos influxos de caixa de outros
activos ou grupo de activos.
Valor de uso: é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, que se espere surjam do
uso continuado de um activo ou unidade geradora de caixa e da sua alienação no fim da sua
vida útil.
Vida útil é:
(a) O período durante o qual uma entidade espera que um activo esteja disponível para uso; ou
(b) O número de unidades de produção ou similares que uma entidade espera obter do activo.
(a) Testar anualmente a imparidade de um activo intangível com uma vida útil indefinida ou um
activo intangível ainda não disponível para uso comparando a sua quantia escriturada com
a sua quantia recuperável. Este teste de imparidade pode ser efectuado em qualquer
momento durante o período anual, desde que seja efectuado no mesmo momento de cada
ano. Activos intangíveis diferentes podem ser testados quanto a imparidade em momentos
diferentes. Contudo, se um desses activos intangíveis for inicialmente reconhecido durante
o período anual corrente, esse activo deve ser testado quanto a imparidade antes do final
do período corrente.
7- Ao avaliar se existe qualquer indicação de que um activo possa estar com imparidade, uma
entidade deve considerar, como mínimo, as seguintes indicações:
(a) Durante o período, o valor de mercado de um activo diminuiu significativamente mais do que
seria esperado como resultado da passagem do tempo ou do uso normal.
(b) Ocorreram, durante o período, ou irão ocorrer no futuro próximo, alterações significativas
com um efeito adverso na entidade, relativas ao ambiente tecnológico, de mercado,
económico ou legal em que a entidade opera ou no mercado ao qual o activo está dedicado.
313
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(d) A quantia escriturada dos activos líquidos da entidade é superior à sua capitalização de
mercado.
(f) Alterações significativas com um efeito adverso na entidade ocorreram durante o período,
ou espera-se que ocorram num futuro próximo, até ao ponto em que, ou na forma em que,
um activo seja usado ou se espera que seja usado. Estas alterações incluem um activo que
se tornou ocioso, planos para descontinuar ou reestruturar a unidade operacional a que o
activo pertence, planos para alienar um activo antes da data anteriormente esperada, e a
reavaliação da vida útil de um activo como finita em vez de indefinida.
(g) Existe evidência nos relatórios internos que indica que o desempenho económico de um
activo é, ou será, pior do que o esperado.
8- Se houver uma indicação de que um activo possa estar com imparidade, isto pode indicar que a
vida útil remanescente, o método de depreciação (amortização) ou o valor residual do activo
precisa de ser revisto e ajustado de acordo com a Norma aplicável ao activo, mesmo que não
seja reconhecida qualquer perda por imparidade relativa a esse activo.
(a) Se o activo intangível não gerar influxos de caixa resultantes do uso continuado que sejam
em larga medida independentes dos de outros activos ou grupos de activos e for portanto
testado quanto a imparidade como parte de uma unidade geradora de caixa à qual
pertença, os activos e passivos que compõem essa unidade não mudaram
significativamente desde o cálculo mais recente da quantia recuperável;
(b) O mais recente cálculo da quantia recuperável resultou numa quantia que excedeu a
quantia escriturada do activo por uma margem substancial; e
(c) Com base numa análise de acontecimentos que tenham ocorrido e das circunstâncias que
tenham mudado desde o cálculo mais recente da quantia recuperável, é remota a
probabilidade de que uma determinação da quantia recuperável corrente seja inferior à
quantia escriturada do activo.
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11 - A melhor evidência do justo valor menos os custos de vender de um activo é um preço num
acordo de venda vinculativo numa transacção entre partes sem qualquer relacionamento entre
elas, ajustado para custos incrementais que seriam directamente atribuíveis à alienação do
activo.
12 - Se não houver qualquer acordo de venda vinculativo mas um activo for negociado num
mercado activo, o justo valor menos os custos de vender é o preço de mercado do activo
menos os custos com a alienação. O preço de mercado apropriado é geralmente o preço
corrente de oferta de compra. Quando os preços de oferta de compra não estiverem
disponíveis, o preço da transacção mais recente pode proporcionar uma base a partir da qual
se estime o justo valor menos os custos de vender, desde que não tenha havido uma alteração
significativa nas circunstâncias económicas entre a data da transacção e a data em que a
estimativa seja feita.
13 - Se não houver acordo de venda vinculativo ou mercado activo para um activo, o justo valor
menos os custos de vender é baseado na melhor informação disponível para reflectir a quantia
que uma entidade poderá obter, à data do balanço, da alienação do activo numa transacção
entre partes conhecedoras e dispostas a isso sem qualquer relacionamento entre elas, após
dedução dos custos com a alienação. Ao determinar esta quantia, uma entidade considera o
desfecho de transacções recentes de activos semelhantes feitas no mesmo sector. O justo valor
menos os custos de vender não reflecte uma venda forçada, a não ser que a gerência seja
compelida a vender imediatamente.
14 - Os custos com a alienação, que não tenham sido os reconhecidos como passivos, são
deduzidos ao determinar o justo valor menos os custos de vender. Exemplos de tais custos são
os custos legais, imposto de selo e impostos sobre transacções semelhantes, custos de
remoção do activo e custos incrementais directos para colocar um activo em condições para a
sua venda. Porém, os benefícios de cessação de emprego (tal como definidos na NCRF 28
Benefícios de Empregados) e custos associados à redução ou reorganização de uma empresa
a seguir à alienação de um activo não são custos incrementais directos de alienar o activo.
15 - Por vezes, a alienação de um activo exige que o comprador assuma um passivo e apenas
existe um único justo valor menos os custos de vender tanto para o activo como para o passivo.
O parágrafo 39 explica como tratar de tais casos.
(a) Uma estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter do activo;
(b) Expectativas acerca das possíveis variações na quantia ou na tempestividade desses fluxos
de caixa futuros;
(c) O valor temporal do dinheiro, representado pela taxa corrente de juro sem risco de mercado;
(e) Outros factores, tais como a falta de liquidez, que os participantes do mercado reflectissem
no apreçamento dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter do activo.
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(c) Estimar projecções de fluxos de caixa para além do período abrangido pelos
orçamentos/previsões mais recentes extrapolando as projecções baseadas nos
orçamentos/previsões pelo uso de uma taxa de crescimento estável ou decrescente para os
anos subsequentes, a menos que uma taxa crescente possa ser justificada.
(b) Projecções de exfluxos de caixa que sejam necessariamente incorridos para gerar os
influxos de caixa derivados do uso continuado do activo (incluindo exfluxos de caixa para
preparar o activo para uso) e possam ser directamente atribuídos, ou imputados numa base
razoável e consistente, ao activo; e
(c) Fluxos de caixa líquidos, se os houver, a receber (ou a pagar) pela alienação do activo no
fim da sua vida útil.
19 - Os futuros fluxos de caixa devem ser estimados para o activo na condição corrente. Estimativas
de futuros fluxos de caixa não devem incluir futuros influxos ou exfluxos de caixa que se
esperem como resultado de:
(a) Uma reestruturação futura com a qual uma entidade ainda não esteja comprometida; ou
20 - Quando uma entidade ficar comprometida com uma reestruturação, é provável que alguns
activos sejam afectados por essa reestruturação. Logo que a entidade esteja comprometida
com a reestruturação:
(a) As suas estimativas de influxos e exfluxos de caixa futuros para a finalidade de determinar o
valor de uso reflectirão as poupanças de custos e outros benefícios da reestruturação
(baseadas nos mais recentes orçamentos/previsões financeiros que tenham sido aprovados
pelo órgão de gestão); e
(b) As suas estimativas de exfluxos de caixa futuros para a reestruturação serão incluídas
numa provisão para reestruturação de acordo com a NCRF 21 - Provisões, Passivos
Contingentes e Activos Contingentes.
21 - Até que uma entidade incorra em exfluxos de caixa, que aumentem ou melhorem o
desempenho do activo, as estimativas de fluxos de caixa futuros não incluem os influxos de
caixa futuros estimados que se espera que resultem do aumento de benefícios económicos
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23 - A estimativa de fluxos de caixa líquidos a receber (ou a pagar) pela alienação de um activo no
fim da sua vida útil deve ser a quantia que uma entidade espera obter da alienação do activo
numa transacção entre partes conhecedoras e dispostas a isso sem qualquer relacionamento
entre elas, após dedução dos custos estimados com a alienação.
(b) Os riscos específicos para o activo em relação aos quais as estimativas de fluxos de caixa
futuros não tenham sido ajustadas.
26 - Uma taxa que reflicta as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e dos
riscos específicos para o activo é o retorno que os investidores exigiriam se fossem eles a
escolher um investimento que gerasse fluxos de caixa de quantias, tempestividade e perfil de
risco equivalentes às que a entidade espera obter do activo. Esta taxa é estimada a partir da
taxa implícita nas transacções correntes de mercado para activos semelhantes ou a partir do
custo médio ponderado do capital de uma entidade cotada em bolsa que tenha um único activo
(ou uma carteira de activos) semelhante em termos de potencial de serviço e de riscos para o
activo em causa. Contudo, a(s) taxa(s) de desconto usada(s) para mensurar o valor de uso de
um activo não deve(m) reflectir os riscos em relação aos quais as estimativas de fluxos de caixa
futuros tenham sido ajustadas. De outro modo, o efeito de alguns pressupostos será tido em
consideração duas vezes.
27 - Quando uma taxa de um activo específico não estiver directamente disponível no mercado, uma
entidade usa substitutos para estimar a taxa de desconto.
29 - Uma perda por imparidade deve ser imediatamente reconhecida nos resultados, a não ser que
o activo seja escriturado pela quantia revalorizada de uma outra Norma (por exemplo, de
acordo com o modelo de revalorização da NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis). Qualquer perda
por imparidade de um activo revalorizado deve ser tratada como decréscimo de revalorização
de acordo com essa outra Norma.
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30 - Quando a quantia estimada de uma perda por imparidade for maior do que a quantia
escriturada do activo com o qual se relaciona, uma entidade deve reconhecer um passivo, se, e
apenas se, tal for exigido por outra Norma.
32 - Se uma perda por imparidade for reconhecida, quaisquer activos ou passivos por impostos
diferidos relacionados serão determinados de acordo com a NCRF 25 - Impostos sobre o
Rendimento, ao comparar a quantia escriturada revista do activo com a sua base fiscal.
(a) O valor de uso do activo não puder ser estimado, como estando próximo do seu justo valor
menos os custos de vender (por exemplo, quando os fluxos de caixa futuros provenientes
do uso continuado do activo não puderem ser estimados como sendo insignificantes); e
(b) O activo não gerar influxos de caixa que sejam em larga medida independentes dos de
outros activos.
Em tais casos, o valor de uso e, por isso, a quantia recuperável, só podem ser determinados
para a unidade geradora de caixa do activo.
Exemplo:
Uma entidade mineira possui uma linha férrea privada para suportar as suas actividades
mineiras. A linha férrea privada só pode ser vendida pelo valor da sucata e não gera influxos de
caixa que sejam em larga medida independentes dos influxos de caixa de outros activos da
mina.
Não é possível estimar a quantia recuperável da linha férrea privada porque o seu valor de uso
não pode ser determinado e é provavelmente diferente do valor de sucata. Por isso, a entidade
estima a quantia recuperável da unidade geradora de caixa à qual a linha férrea privada
pertence, isto é, à mina como um todo.
35 - Tal como definido no parágrafo 4, a unidade geradora de caixa de um activo é o grupo mais
pequeno de activos que inclui o activo e que gera influxos de caixa que sejam em larga medida
independentes dos influxos de caixa de outros activos ou grupos de activos. A identificação da
unidade geradora de caixa de um activo envolve juízo de valor. Se a quantia recuperável não
puder ser determinada para um activo individual, uma entidade identifica o menor agregado de
activos que geram influxos de caixa em larga medida independentes.
Exemplo:
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Uma empresa de autocarros presta serviços sob contrato com um município que exige serviço
mínimo em cada uma das cinco carreiras separadas. Os activos afectos a cada carreira e os
fluxos de caixa de cada carreira podem ser identificados separadamente. Uma das carreiras
opera com perdas significativas.
Dado que a entidade não tem a opção de encerrar qualquer carreira de autocarros, o nível mais
baixo dos influxos de caixa identificáveis que sejam em larga medida independentes dos
influxos de caixa provenientes de outros activos, ou grupos de activos, são os que
correspondem aos influxos de caixa gerados pelas cinco carreiras conjuntamente. A unidade
geradora de caixa, para cada carreira, é a empresa de autocarros no seu todo.
36 - Se existir um mercado activo para o output produzido por um activo ou grupos de activos, esse
activo ou grupo de activos deve ser identificado como uma unidade geradora de caixa, mesmo
se uma parte ou todo o output for usado internamente. Se os influxos de caixa gerados por
qualquer activo ou unidade geradora de caixa forem afectados pelo preço de transferência
interno, uma entidade deve usar a melhor estimativa relativa ao(s) futuro(s) preço(s) que
possa(m) ser alcançado(s) em transacções em que não exista relacionamento entre as partes
ao estimar:
(a) Os influxos de caixa futuros usados para determinar o valor de uso do activo ou da unidade
geradora de caixa; e
(b) Os exfluxos de caixa futuros usados para determinar o valor de uso de quaisquer outros
activos ou unidades geradoras de caixa que sejam afectados pelo preço de transferência
interno.
39 - Pode ser necessário considerar alguns passivos reconhecidos para determinar a quantia
recuperável de uma unidade geradora de caixa. Isto pode ocorrer se a alienação de uma
unidade geradora de caixa exigir que o comprador assuma o passivo. Neste caso, o justo valor
menos os custos de vender (ou o fluxo de caixa estimado com base na última alienação) da
unidade geradora de caixa é o preço de venda estimado para os activos da unidade geradora
de caixa juntamente com o passivo menos os custos com a alienação. Para executar uma
comparação com sentido entre a quantia escriturada da unidade geradora de caixa e a sua
quantia recuperável, a quantia escriturada do passivo é deduzida ao determinar tanto o valor de
uso da unidade geradora de caixa como a sua quantia escriturada.
Exemplo:
Uma empresa explora uma mina num país onde a legislação exige que o proprietário restaure o
local quando concluir a sua exploração da mina. O custo da restauração inclui a reposição da
camada de terra que teve de ser removida antes do começo da exploração mineira. Uma
provisão para os custos de reposição da camada de terra foi reconhecida logo que a camada foi
removida. A quantia proporcionada foi reconhecida como parte do custo da mina e tem sido
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depreciada durante a vida útil da mina. A quantia escriturada da provisão para os custos de
restauração corresponde a 500 UM.
A entidade está a testar a imparidade da mina. A unidade geradora de caixa da mina é a mina
na sua totalidade. A entidade recebeu várias ofertas de compra da mina a um preço aproximado
de 800 UM. Este preço reflecte o facto de que o comprador assumirá a obrigação de restaurar a
camada de terra. Os custos de alienação da mina são insignificantes. O valor de uso da mina é
aproximadamente 1.200 UM, excluindo os custos de restauração. A quantia escriturada da mina
é 1.000 UM.
O justo valor da unidade geradora de caixa é 800 UM. Esta quantia considera os custos de
restauração que já foram providenciados. Como consequência, o valor de uso da unidade
geradora de caixa é determinado após consideração dos custos de restauração e é estimado
em 700 UM (1.200 UM menos 500 UM). A quantia escriturada da unidade geradora é 500 UM,
que é a quantia escriturada da mina (1.000 UM) menos a quantia escriturada da provisão para
custos de restauração (500 UM). Portanto, a quantia recuperável da unidade geradora de caixa
excede a sua quantia escriturada.
(a) Representar o nível mais baixo no seio da entidade ao qual o goodwill é monitorizado para
finalidades de gestão interna; e
(b) Não ser maior do que um segmento operacional, determinado de acordo com a IFRS 8 -
Segmentos Operacionais.
42 - Se o goodwill tiver sido imputado a uma unidade geradora de caixa e a entidade alienar uma
unidade operacional dessa unidade geradora de caixa, o goodwill associado à unidade
operacional alienada deve ser:
(b) Mensurado na base dos valores relativos de uma unidade operacional alienada e da porção
da unidade geradora de caixa retida, a não ser que a entidade possa demonstrar que algum
outro método reflicta melhor o goodwill associado à unidade operacional alienada.
Exemplo:
Uma entidade vende por 100 UM uma unidade operacional que fazia parte de uma unidade
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geradora de caixa a que foi imputado goodwill. O goodwill imputado à unidade não pode ser
identificado ou associado a um grupo de activos a um nível inferior ao dessa unidade, excepto
arbitrariamente. A quantia recuperável da porção da unidade geradora de caixa retida é de 300
UM.
Porque o goodwill imputado à unidade geradora de caixa não pode ser identificado ou
associado a um grupo de activos de forma não arbitrária a um nível inferior ao dessa unidade, o
goodwill associado à unidade operacional alienada é mensurado na base dos valores relativos
da unidade geradora de caixa alienada e da porção da unidade geradora de caixa retida. Assim,
25% do goodwill imputado à unidade geradora de caixa é incluído na quantia escriturada da
unidade operacional que é vendida.
43 - Se uma entidade reorganizar a sua estrutura de relato de forma que altera a composição de
uma ou mais unidades geradoras de caixa às quais tenha sido imputado goodwill, o goodwill
deve ser reimputado às unidades afectadas. Esta nova imputação deve ser efectuada usando
uma abordagem pelo valor relativo semelhante à utilizada quando uma entidade aliena uma
unidade operacional no seio de uma unidade geradora de caixa, a não ser que a entidade
possa demonstrar que outro método reflecte melhor o goodwill associado às unidades
reorganizadas.
Exemplo:
Dado que o goodwill imputado a A não pode ser identificado ou associado a um grupo de
activos de uma forma não arbitrária a um nível inferior ao de A, ele é reimputado às unidades B,
C e D na base dos valores relativos das três porções de A antes de essas porções de A serem
integradas em B, C e D.
45 - Uma unidade geradora de caixa à qual tenha sido imputado goodwill deve ser testada quanto a
imparidade anualmente, e sempre que exista uma indicação de que essa unidade possa estar
com imparidade, comparando a quantia escriturada da unidade, incluindo o goodwill, com a
quantia recuperável da unidade. Se a quantia recuperável da unidade exceder a quantia
escriturada da unidade, a unidade e o goodwill imputado a essa unidade devem ser
considerados como não estando com imparidade. Se a quantia escriturada da unidade exceder
a quantidade recuperável da unidade, a entidade deve reconhecer a perda por imparidade de
acordo com o parágrafo 52.
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(a) Tanto o interesse da empresa mãe como o interesse minoritário nos activos líquidos da
unidade; e
49 - Se os activos que constituem a unidade geradora de caixa a que tenha sido imputado goodwill
forem testados quanto a imparidade ao mesmo tempo que a unidade que contem o goodwill,
eles devem ser testados quanto a imparidade antes da unidade que contém o goodwill. Do
mesmo modo, se as unidades geradoras de caixa que constituem um grupo de unidades
geradoras de caixa a que tenha sido imputado goodwill forem testadas quanto a imparidade ao
mesmo tempo que o grupo de unidades que contém o goodwill, as unidades individuais devem
ser testadas quanto a imparidade antes do grupo de unidades que contém o goodwill.
50 - O cálculo detalhado mais recente, feito num período precedente, da quantia recuperável de
uma unidade geradora de caixa à qual tenha sido imputado goodwill pode ser usado no teste de
imparidade dessa unidade no corrente período, desde que os seguintes critérios sejam
satisfeitos:
(a) Os activos e passivos que compõem a unidade não foram significativamente alterados
desde o mais recente cálculo da quantia recuperável;
(b) O mais recente cálculo da quantia recuperável resultou numa quantia que excedeu a
quantia escriturada da unidade numa margem substancial; e
(c) Com base numa análise dos acontecimentos que tenham ocorrido e das circunstâncias que
tenham mudado desde o cálculo mais recente da quantia recuperável, seja remota a
probabilidade de que uma determinação corrente da quantia recuperável seria inferior à
quantia escriturada da unidade.
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os activos «corporate» que se relacionem com a unidade geradora de caixa em análise. Se uma
parte da quantia escriturada de um «activo corporate»:
(a) Puder ser imputada numa base razoável e consistente a essa unidade, a entidade deve
comparar a quantia escriturada da unidade, incluindo a parte da quantia escriturada do
«activo corporate» imputada à unidade, com a sua quantidade recuperável. Qualquer perda
por imparidade deve ser reconhecida de acordo com o parágrafo 52;
(b) Não puder ser imputada numa base razoável e consistente a essa unidade, a entidade
deve:
(i) Comparar a quantia escriturada da unidade, excluindo o activo «corporate», com a sua
quantia recuperável e reconhecer qualquer perda por imparidade de acordo com o
parágrafo 52;
(ii) Identificar o mais pequeno grupo de unidades geradoras de caixa que inclua a unidade
geradora de caixa em questão e a que uma parte da quantia escriturada do activo
«corporate» possa ser imputada numa base razoável e consistente; e
(iii) Comparar a quantia escriturada desse grupo de unidades geradoras de caixa, incluindo
a parte da quantia escriturada do activo «corporate» imputada a esse grupo de
unidades, com a quantia recuperável do grupo de unidades. Qualquer perda por
imparidade deve ser reconhecida de acordo com o parágrafo 52.
(a) Primeiro, para reduzir a quantia escriturada de qualquer goodwill imputado à unidade
geradora de caixa (grupo de unidades); e
(b) Depois, aos outros activos da unidade (grupos de unidades), numa base pro rata
relativamente à quantia escriturada de cada activo da unidade (grupo de unidades).
Estas reduções nas quantias escrituradas devem ser tratadas como perdas por imparidade nos
activos individuais e reconhecidas de acordo com o parágrafo 29.
53 - Ao imputar uma perda por imparidade de acordo com o parágrafo 52, uma entidade não deve
reduzir a quantia escriturada de um activo abaixo do mais alto de entre:
(a) O seu justo valor menos os custos de vender (caso seja determinável);
(c) Zero.
A quantia da perda por imparidade que de outra forma teria sido imputada ao activo deve ser
imputada numa base pro rata aos outros activos da unidade (grupo de unidades).
54 - Se a quantia recuperável de um activo individual não puder ser determinada (ver parágrafo 34):
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(a) É reconhecida uma perda por imparidade do activo se a sua quantia escriturada for maior
que o mais alto do seu justo valor menos os custos de vender e os resultados da imputação
descritos nos parágrafos 52 e 53; e
(b) Não é reconhecida qualquer perda por imparidade do activo se a unidade geradora de caixa
relacionada não estiver com imparidade. Isto aplica-se mesmo se o justo valor menos os
custos de vender do activo for inferior à sua quantia escriturada.
Exemplo:
Uma máquina sofreu danos físicos mas ainda está a trabalhar, se bem que não tão bem como
antes de ficar danificada. O justo valor da máquina menos os custos de vender é inferior à sua
quantia escriturada. A máquina não gera influxos de caixa independentes. O mais pequeno
grupo de activos identificável que inclua a máquina e que crie influxos de caixa que sejam em
larga medida independentes dos influxos de caixa de outros activos é a linha de produção à
qual pertence a máquina. A quantia recuperável da linha de produção mostra que a linha de
produção tomada no seu todo não está com imparidade.
A quantia recuperável desta máquina sozinha não pode ser estimada porque o valor de uso da
máquina:
(b) Somente pode ser determinada para a unidade geradora de caixa a que a máquina
pertence (linha de produção).
A linha de produção não está com imparidade. Portanto, não é reconhecida qualquer perda por
imparidade em relação à máquina. Contudo, a entidade pode necessitar de reavaliar o período
de depreciação ou o método de depreciação da máquina. Talvez um período de depreciação
mais curto ou um método de depreciação mais rápido seja exigido para reflectir a vida útil
remanescente esperada da máquina ou o modelo em que se espera que os benefícios
económicos sejam consumidos pela unidade.
O valor de uso da máquina pode ser estimado como estando próximo do seu justo valor menos
os custos de vender. Por isso, a quantia recuperável da máquina pode ser determinada e não é
atribuída qualquer consideração à unidade geradora de caixa a que pertence a máquina (i.e., a
linha de produção). Dado que o justo valor menos os custos de vender a máquina é inferior à
sua quantia escriturada, é reconhecida uma perda por imparidade na máquina.
55 - Após os requisitos dos parágrafos 52 e 53 terem sido aplicados, deve ser reconhecido um
passivo para qualquer quantia remanescente de uma perda por imparidade de uma unidade
geradora de caixa se, e apenas se, isso for exigido por outra Norma.
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goodwill, possa já não existir ou possa ter diminuído. Se tal indicação existir, uma entidade deve
estimar a quantia recuperável desse activo.
57 - Ao avaliar se existe qualquer indicação de que uma perda por imparidade reconhecida em
períodos anteriores relativamente a um activo, que não o goodwill, possa já não existir ou possa
ser diminuído, uma entidade deve considerar, no mínimo, as seguintes indicações:
(b) Tenham ocorrido durante o período, ou irão ocorrer no futuro próximo, alterações
significativas com um efeito favorável na entidade, referentes ao ambiente tecnológico, de
mercado, económico ou legal em que a entidade opera ou no mercado a que se destina o
activo;
58 - Uma perda por imparidade de um activo, que não o goodwill, reconhecida em períodos
anteriores deve ser revertida se, e apenas se, houver uma alteração nas estimativas usadas
para determinar a quantia recuperável do activo desde que a última perda por imparidade foi
reconhecida. Se for este o caso, a quantia escriturada do activo deve, excepto como descrito no
parágrafo 59, ser aumentada até à sua quantia recuperável. Este aumento é uma reversão de
uma perda por imparidade.
60 - Uma reversão de uma perda por imparidade de um activo, que não o goodwill, deve ser
reconhecida imediatamente nos resultados, a não ser que o activo esteja escriturado pela
quantia revalorizada segundo uma outra Norma (por exemplo, o modelo de revalorização da
NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis). Qualquer reversão de uma perda por imparidade de um
activo revalorizado deve ser tratada como um acréscimo de revalorização de acordo com essa
outra Norma.
61 - Após ser reconhecida uma reversão de uma perda por imparidade, o débito da depreciação
(amortização) do activo deve ser ajustado em períodos futuros para imputar a quantia
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escriturada revista do activo, menos o seu valor residual (se o houver), numa base sistemática
durante a sua vida útil remanescente.
63 - Ao imputar uma reversão de uma perda por imparidade de uma unidade geradora de caixa de
acordo com o parágrafo 62, a quantia escriturada de um activo não deve ser aumentada acima
do mais baixo de entre:
(b) A quantia escriturada que teria sido determinada (líquida de amortização ou depreciação) se
nenhuma perda por imparidade tivesse reconhecida no activo em períodos anteriores.
A quantia da reversão da perda por imparidade que de outra forma teria sido imputada ao activo
deve ser imputada numa base pro rata em relação aos outros activos da unidade (grupo de
unidades), excepto para o goodwill.
(a) A quantia de perdas por imparidade reconhecidas nos resultados durante o período e as
linhas de itens da demonstração dos resultados em que essas perdas por imparidade são
incluídas;
(b) A quantia de reversões de perdas por imparidade reconhecida nos resultados durante o
período e as linhas de itens da demonstração dos resultados em que essas perdas por
imparidade são revertidas;
66 - Uma entidade deve divulgar o seguinte para cada perda material por imparidade reconhecida
ou revertida durante o período para um activo individual, incluindo goodwill, ou para uma
unidade geradora de caixa:
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(e) Se a quantia recuperável do activo (unidade geradora de caixa) é o seu justo valor menos
os custos de vender ou o seu valor de uso;
(f) Se a quantia recuperável for o justo valor menos os custos de vender, a base usada para
determinar o justo valor menos os custos de vender (tal como, se o justo valor foi
determinado por referência a um mercado activo);
(g) Se a quantia recuperável for o valor de uso, a(s) taxa(s) de desconto usada(s) na estimativa
corrente e anterior (se houver) do valor de uso.
67 - Uma entidade deve divulgar a seguinte informação para as perdas por imparidade agregadas e
as reversões agregadas de perdas por imparidade reconhecidas durante o período para o qual
nenhuma informação é divulgada de acordo com o parágrafo 66:
(a) As principais classes de activos afectadas por perdas por imparidade e as principais classes
de activos afectadas por reversões de perdas por imparidade;
68 - Se, de acordo com o parágrafo 41, qualquer porção do goodwill adquirido numa concentração
de actividades empresariais durante o período não tiver sido imputada a uma unidade geradora
de caixa (grupo de unidades) à data de relato, a quantia do goodwill não imputado deve ser
divulgada em conjunto com as razões pelas quais a quantia se mantém não imputada.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
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Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento
para os interesses em empreendimentos conjuntos, independentemente da forma jurídica que
possam revestir (como, por exemplo: agrupamentos complementares de empresas, consórcios,
agrupamentos europeus de interesse económico e associações em participação) e para os
investimentos em associadas. Esta Norma proporciona orientação prática para o
reconhecimento, mensuração e divulgação dos interesses em empreendimentos conjuntos e
dos investimentos em associadas. Também proporciona orientação no que concerne às formas
que podem assumir os empreendimentos conjuntos e à determinação da existência de
influência significativa.
Âmbito (parágrafos 2 e 3)
2- Esta Norma deve ser aplicada na contabilização de:
Definições (parágrafo 4)
4- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
Associada: é uma entidade (aqui se incluindo as entidades que não sejam constituídas em
forma de sociedade, como, p. ex., as parcerias) sobre a qual o investidor tenha influência
significativa e que não seja nem uma subsidiária nem um interesse num empreendimento
conjunto.
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7- O acordo contratual pode ser evidenciado de várias maneiras; por exemplo, por um contrato
entre os empreendedores ou por actas de reuniões entre os empreendedores. Nalguns casos, o
acordo é incorporado nos artigos ou outro clausulado do empreendimento conjunto. Qualquer
que seja a sua forma, o acordo contratual é geralmente escrito e trata de assuntos tais como:
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(d) A partilha dos empreendedores na produção, nos rendimentos, nos gastos ou nos
resultados do empreendimento conjunto.
14 - Muitas actividades nas indústrias do petróleo, gás e extracção de minérios envolvem activos
conjuntamente controlados. Por exemplo, duas ou mais empresas de produção de petróleo
podem conjuntamente controlar e explorar um pipeline. Cada um dos empreendedores utiliza o
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pipeline para o transporte do seu próprio produto em retorno do qual suporta uma proporção
acordada dos gastos de exploração. Um outro exemplo de um activo conjuntamente controlado
é quando duas entidades controlam conjuntamente um imóvel de rendimento, cada uma
tomando uma parte das rendas recebidas e suportando uma parte dos gastos.
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21 - Ao avaliar se uma entidade tem influência significativa, deverá ser tida em conta a existência e o
efeito de potenciais direitos de voto.
22 - Uma entidade perde influência significativa sobre uma investida quando perde o poder de
participar nas decisões de política financeira e operacional da investida. A perda de influência
significativa pode ocorrer com ou sem alteração nos níveis absolutos ou relativos de
propriedade. Pode ocorrer, por exemplo, quando uma associada passa a estar sujeita ao
controlo de um governo, tribunal, administrador ou regulador. Pode também ocorrer como
resultado de um acordo contratual.
(a) A sua parte nos activos conjuntamente controlados, classificados de acordo com a natureza
dos mesmos e não como um investimento. Por exemplo, uma parte de um pipeline
conjuntamente controlado é classificado como activo fixo tangível;
(b) Quaisquer passivos em que tenha incorrido, por exemplo, os incorridos no financiamento da
sua parte nos activos;
(c) A sua parte em quaisquer passivos conjuntamente incorridos com outros empreendedores
em relação ao empreendimento conjunto;
(e) Quaisquer gastos em que tenha incorrido com respeito ao seu interesse no
empreendimento conjunto, como por exemplo, os relacionados com o financiamento do
interesse do empreendedor nos activos e com a venda da sua parte da produção.
Uma vez que os activos, passivos, rendimentos e ganhos e gastos e perdas são reconhecidos
nas demonstrações financeiras do empreendedor, nenhum ajustamento será necessário com
respeito a estes itens quando o empreendedor apresentar demonstrações financeiras.
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28 - Cada empreendedor contribui geralmente com dinheiro ou com outros recursos para a entidade
conjuntamente controlada. Estas contribuições são incluídas nos registos contabilísticos do
empreendedor e reconhecidas nas demonstrações financeiras como um investimento na
entidade conjuntamente controlada.
(a) Um dos dois formatos de relato para a consolidação proporcional descritos no parágrafo 55,
ou
35 - Um investidor num empreendimento conjunto que não disponha de controlo conjunto, mas nele
possa exercer influência significativa, deve contabilizar esse investimento de acordo com o
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parágrafo 57.
36 - Um investidor num empreendimento conjunto que não disponha de controlo conjunto, nem nele
possa exercer influência significativa, deve contabilizar esse investimento nas suas
demonstrações financeiras individuais ao custo. Caso prepare demonstrações financeiras
consolidadas pode contabilizar esse investimento ao custo ou ao justo valor.
43 - Quando um investimento numa associada anteriormente classificado como detido para venda, e
contabilizado nos termos da NCRF 8 - Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades
Operacionais Descontinuadas, deixar de satisfazer os critérios dessa classificação, ele deve ser
contabilizado usando o método da equivalência patrimonial a partir da data da sua classificação
como detido para venda. Para efeitos comparativos as demonstrações financeiras relativas aos
períodos desde a classificação da associada como detida para venda devem ser reexpressas
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em conformidade.
45 - A parte de um grupo numa associada é o agregado das partes detidas nessa associada pela
empresa-mãe e suas subsidiárias. As partes detidas por associadas ou por empreendimentos
conjuntos do grupo são ignoradas para esta finalidade. Quando uma associada tiver
subsidiárias, associadas ou empreendimentos conjuntos, os resultados e activos líquidos tidos
em consideração na aplicação do método de equivalência patrimonial são os reconhecidos nas
demonstrações financeiras (consolidadas ou individuais, consoante exista, ou não a obrigação
de preparar contas consolidadas) da associada (incluindo a parte da associada nos resultados
e activos líquidos das suas associadas e empreendimentos conjuntos), depois dos
ajustamentos necessários para garantir a uniformidade das políticas contabilísticas (ver
parágrafos 62 e 63).
(b) Qualquer excesso da parte do investidor no justo valor líquido dos activos, passivos e
passivos contingentes identificáveis da associada acima do custo do investimento é
excluído da quantia escriturada do investimento e é incluído como rendimento na
determinação da parte do investidor nos resultados da associada do período em que o
investimento é adquirido.
Serão feitos ajustamentos apropriados na parte do investidor nos resultados da associada, após
a aquisição, para contabilizar, por exemplo, a depreciação dos activos depreciáveis baseada
nos seus justos valores à data da aquisição. De forma semelhante, serão feitos ajustamentos
apropriados na parte do investidor nos resultados da associada, após a aquisição, para ter em
conta perdas por imparidade reconhecidas pela associada em itens tais como o goodwill ou
activos fixos tangíveis.
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49 - Se a parte de um investidor nas perdas de uma associada igualar ou exceder o seu interesse
na associada, o investidor descontinua o reconhecimento da sua parte de perdas adicionais. O
interesse numa associada é a quantia escriturada do investimento na associada de acordo com
o método da equivalência patrimonial juntamente com quaisquer interesses de longo prazo que,
em substância, façam parte do investimento líquido do investidor na associada. Por exemplo,
um item cuja liquidação não esteja planeada nem seja provável que ocorra no futuro previsível
é, em substância, uma extensão do investimento da entidade nessa associada. Tais itens
podem incluir acções preferenciais e contas a receber ou empréstimos a longo prazo, mas não
incluem contas a receber comerciais, contas a pagar comerciais ou quaisquer contas a receber
de longo prazo para as quais existam garantias adequadas. As perdas reconhecidas segundo o
método da equivalência patrimonial que excedam o investimento do investidor em acções
ordinárias são aplicadas a outros componentes do interesse do investidor numa associada pela
ordem inversa da sua antiguidade (i.e. prioridade na liquidação).
50 - Depois de o interesse do investidor ser reduzido a zero, as perdas adicionais são tidas em
conta mediante o reconhecido de um passivo, só na medida em que o investidor tenha incorrido
em obrigações legais ou construtivas ou tenha feito pagamentos a favor da associada. Se
posteriormente a associada relatar lucros, o investidor retoma o reconhecimento da sua parte
nesses lucros somente após a sua parte nos lucros igualar a parte das perdas não
reconhecidas.
52 - Dado que o goodwill incluído na quantia escriturada de um investimento numa associada não é
reconhecido separadamente, a totalidade da quantia escriturada do investimento é testada
quanto a imparidade segundo a NCRF 12 - Imparidade de Activos, comparando a sua quantia
recuperável (o mais elevado entre valor de uso e justo valor, menos os custos de vender) com a
sua quantia escriturada. Ao determinar o valor de uso do investimento, uma entidade estima:
(a) A sua parte no valor presente dos futuros fluxos de caixa estimados que se espera que
venham a ser gerados pela associada, incluindo os fluxos de caixa das operações da
associada e os proventos da alienação final do investimento; ou
(b) O valor presente dos futuros fluxos de caixa estimados que se espera que surjam de
dividendos a serem recebidos do investimento e da sua alienação final.
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55 - Podem ser usados formatos diferentes de relato para levar a efeito a consolidação proporcional.
O empreendedor pode combinar a sua parte em cada um dos activos, passivos, rendimentos e
ganhos e gastos e perdas da entidade conjuntamente controlada com os itens semelhantes,
linha a linha, nas suas demonstrações financeiras. Por exemplo, pode combinar a sua parte nos
inventários da entidade conjuntamente controlada com os seus inventários e a sua parte nos
activos fixos tangíveis da entidade conjuntamente controlada com os seus activos fixos
tangíveis.
Como alternativa, o empreendedor pode incluir nas suas demonstrações financeiras linhas de
itens separadas relativas à sua parte nos activos, passivos, rendimentos e ganhos e gastos e
perdas da entidade conjuntamente controlada. Por exemplo, pode mostrar a sua parte de um
activo corrente da entidade conjuntamente controlada separadamente como parte dos seus
activos correntes; pode mostrar a sua parte nos activos fixos tangíveis da entidade
conjuntamente controlada separadamente como parte dos seus activos fixos tangíveis.
56 - Qualquer que seja o formato usado para levar a efeito a consolidação proporcional, é
desapropriado compensar quaisquer activos ou passivos com a dedução de outros passivos ou
activos ou quaisquer rendimentos ou gastos com a dedução de outros gastos ou rendimentos, a
menos que exista um direito legal de compensação e a compensação represente a expectativa
quanto à realização do activo ou à liquidação do passivo.
59 - Quando existirem potenciais direitos de voto, a parte do investidor nos resultados da investida e
nas alterações no capital próprio da investida é determinada na base dos interesses de
propriedade então existentes e não reflecte o possível exercício ou conversão de potenciais
direitos de voto.
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61 - Quando, de acordo com o parágrafo 60, as demonstrações financeiras de uma investida usadas
na aplicação do método da equivalência patrimonial forem preparadas a partir de uma data de
relato diferente da data de relato do investidor, devem ser feitos ajustamentos para os efeitos de
transacções ou acontecimentos significativos que ocorram entre essa data e a data das
demonstrações financeiras do investidor. Em qualquer caso, a diferença entre a data de relato
da investida e a do investidor não deve exceder os três meses. A extensão dos períodos de
relato e qualquer diferença nas datas de relato devem ser as mesmas de período para período.
63 - Se uma investida usar políticas contabilísticas diferentes das do investidor para transacções e
acontecimentos idênticos em circunstancias semelhantes, devem ser feitos ajustamentos para
conformar as políticas contabilísticas da investida às do investidor quando as demonstrações
financeiras da investida forem usadas pelo investidor na aplicação do método da equivalência
patrimonial.
(a) Quaisquer passivos contingentes em que o empreendedor tenha incorrido em relação aos
seus interesses em empreendimentos conjuntos e a sua parte em cada um dos passivos
contingentes que tenham sido incorridos conjuntamente com outros empreendedores;
(b) A sua parte nos passivos contingentes dos próprios empreendimentos conjuntos pelos
quais seja contingentemente responsável; e
65 - Um empreendedor deve divulgar a quantia agregada dos seguintes compromissos com respeito
aos seus interesses em empreendimentos conjuntos, separadamente de outros compromissos:
(b) A sua parte dos compromissos de capital dos próprios empreendimentos conjuntos.
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67 - Um empreendedor deve divulgar o método que usa para reconhecer os seus interesses em
entidades conjuntamente controladas.
(a) O justo valor de investimentos em associadas para os quais sejam publicadas cotações de
preços;
(c) As razões pelas quais se concluiu existir influência significativa quando o contrário era
presumível pelo facto de um investidor deter, directa ou indirectamente através de
subsidiárias, menos de 20% dos votos ou do potencial poder de voto da investida;
(d) As razões pelas quais se concluiu não existir influência significativa quando o contrário era
presumível pelo facto de um investidor deter, directa ou indirectamente através de
subsidiárias, 20% ou mais dos votos ou do potencial poder de voto da investida;
(e) A data de relato das demonstrações financeiras de uma associada, quando essas
demonstrações financeiras forem usadas na aplicação do método da equivalência
patrimonial e forem de uma data de relato ou de um período que seja diferente da data de
relato ou período do investidor, e forem a razão para o uso de uma data de relato ou de um
período diferente;
(g) A parte não reconhecida nas perdas de uma associada, tanto para o período como
cumulativamente, se um investidor descontinuou o reconhecimento da sua parte nas perdas
de uma associada;
(h) O facto de uma associada não ter sido contabilizada usando o método da equivalência
patrimonial de acordo com o parágrafo 3(b); e
(i) Informação financeira resumida das associadas, quer individualmente quer em grupo, que
não tenham sido contabilizadas usando o método da equivalência patrimonial, incluindo as
quantias dos activos totais, passivos totais, rendimentos e resultados.
(a) A sua parte nos passivos contingentes de uma associada incorridos juntamente com outros
investidores; e
(b) Os passivos contingentes que surjam pelo facto de o investidor ser solidariamente
responsável pela totalidade ou parte dos passivos da associada.
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Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento,
por parte de uma entidade, quando esta empreende uma concentração de actividades
empresariais. Em particular, a norma estabelece que todas as concentrações de actividades
empresariais devem ser contabilizadas pela aplicação do método de compra. Por isso, a
adquirente reconhece os activos, passivos e passivos contingentes identificáveis da adquirida
pelos seus justos valores à data de aquisição, e reconhece também o goodwill, que é
posteriormente testado quanto à imparidade, não sendo assim amortizado.
Âmbito (parágrafos 2 a 8)
2- Esta Norma deve ser aplicada na contabilização de concentrações de actividades empresariais.
(c) Concentrações de actividades empresariais que envolvam duas ou mais entidades mútuas.
5- Uma concentração de actividades empresariais pode ser estruturada numa variedade de formas
por razões legais, fiscais ou outras. Pode envolver a compra por parte de uma entidade do
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capital próprio de outra entidade, a compra de todos os activos líquidos de outra entidade, o
assumir dos passivos de outra entidade, ou a compra de alguns dos activos líquidos de outra
entidade que em conjunto formem uma ou mais actividades empresariais. A concentração de
actividades empresariais pode concretizar-se pela emissão de instrumentos de capital próprio,
pela transferência de caixa, equivalentes de caixa ou outros activos, ou por uma combinação
dos mesmos. A transacção pode ser entre os accionistas das entidades concentradas ou entre
uma entidade e os accionistas de outra entidade. Pode envolver o estabelecimento de uma
nova entidade para controlar as entidades concentradas ou os activos líquidos transferidos, ou
a reestruturação de uma ou mais das entidades concentradas.
6- Uma concentração de actividades empresariais pode resultar numa relação entre empresa-mãe
e subsidiária, na qual a adquirente é a empresa-mãe e a adquirida a subsidiária da adquirente.
Nessas circunstâncias, a adquirente aplica esta Norma nas suas demonstrações financeiras
consolidadas. Ela inclui o seu interesse na adquirida como um investimento numa subsidiária
nas demonstrações financeiras individuais (ver NCRF 15 - Investimentos em Subsidiárias e
Consolidação).
7- Uma concentração de actividades empresariais pode envolver a aquisição dos activos líquidos,
incluindo qualquer goodwill, de outra entidade em vez da compra do capital próprio da outra
entidade. Uma tal concentração não resulta numa relação entre empresa-mãe e subsidiária.
Definições (parágrafo 9)
9- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
(b) Custos mais baixos ou outros benefícios económicos directa e proporcionalmente aos
participantes.
Uma actividade empresarial geralmente consiste em inputs, processos aplicados a esses inputs
e produções resultantes, que são, ou serão, usadas para gerar réditos. Se existir goodwill num
conjunto transferido de actividades e activos, deve presumir-se que o conjunto transferido é
uma actividade empresarial.
Activo intangível: tem o significado que lhe é dado na NCRF 6 - Activos Intangíveis.
341
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Deve presumir-se que uma entidade concentrada obteve o controlo de outra entidade
concentrada quando adquire mais de metade dos direitos de voto da outra entidade, a menos
que seja possível demonstrar que essa propriedade não constitui controlo. Mesmo que uma das
entidades concentradas não adquira mais de metade dos direitos de voto de outra entidade
concentrada, ela pode ter obtido o controlo da outra entidade se, como resultado da
concentração, ela obtiver:
(a) Poder sobre mais de metade dos direitos de voto da outra entidade em virtude de um
acordo com outros investidores; ou
(b) Poder para gerir as políticas financeiras e operacionais da outra entidade segundo uma
cláusula estatutária ou um acordo; ou
(c) Poder para nomear ou demitir a maioria dos membros do órgão de gestão da outra
entidade; ou
(d) Poder de agrupar a maioria de votos nas reuniões do órgão de gestão da outra entidade.
Entidade mútua: é uma entidade que não seja uma entidade detida pelo investidor, tal como
uma companhia de seguros mútuos ou uma entidade cooperativa mútua, que proporciona
custos mais baixos ou outros benefícios económicos directa e proporcionalmente aos seus
segurados ou participantes.
Entidade que relata: é uma entidade para a qual existem utentes que dependem das
demonstrações financeiras de âmbito geral da entidade para terem informação que lhes será
útil na tomada de decisões acerca da imputação de recursos. Uma entidade que relata pode ser
uma única entidade ou um grupo compreendendo uma empresa-mãe e todas as suas
subsidiárias.
Interesse minoritário: é a parte dos resultados e dos activos líquidos de uma subsidiária
atribuível a interesses de capital próprio que não sejam detidos, directa ou indirectamente
342
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Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento
entre elas.
Passivo contingente:
(a) É uma obrigação possível que provenha de acontecimentos passados e cuja existência
somente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros
incertos não totalmente sob controlo da entidade; ou
(b) Uma obrigação presente que decorra de acontecimentos passados mas que não é
reconhecida porque:
(i) Não é provável que um exfluxo de recursos incorporando benefícios económicos seja
exigido para liquidar a obrigação; ou
(ii) A quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.
Goodwill: corresponde a benefícios económicos futuros resultantes de activos que não são
capazes de ser individualmente identificados e separadamente reconhecidos.
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14 - Apesar de por vezes ser difícil identificar uma adquirente, há normalmente indícios da sua
existência. Por exemplo:
(a) Se o justo valor de uma das entidades concentradas for significativamente superior ao da
outra entidade concentrada, a entidade com o justo valor mais elevado é provavelmente a
adquirente;
16 - Quando uma nova entidade é constituída para emitir instrumentos de capital próprio para
efectuar uma concentração de actividades empresariais, uma das entidades concentradas que
existiam antes da concentração deve ser identificada como adquirente com base nas provas
disponíveis.
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(a) Dos justos valores, à data da troca, dos activos cedidos, dos passivos incorridos ou
assumidos, e dos instrumentos de capital próprio emitidos pela adquirente, em troca do
controlo sobre a adquirida; mais
(b) A data da troca é a data de cada transacção de troca (i.e. a data em que cada investimento
individual é reconhecido nas demonstrações financeiras da adquirente), enquanto que a
data de aquisição é a data na qual a adquirente obtém o controlo da adquirida.
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reconhecidos pelo justo valor menos os custos de vender. Qualquer diferença entre o custo da
concentração de actividades empresariais e o interesse da adquirente no justo valor líquido dos
activos, passivos e passivos contingentes identificáveis assim reconhecidos deve ser
contabilizada de acordo com os parágrafos 32 a 36.
(a) No caso de um activo que não seja um activo intangível, se for provável que qualquer
benefício económico futuro associado flua para a adquirente, e o seu justo valor possa ser
mensurado com fiabilidade;
(b) No caso de um passivo que não seja um passivo contingente, se for provável que um
exfluxo de recursos incorporando benefícios económicos seja necessário para liquidar a
obrigação, e o seu justo valor possa ser mensurado com fiabilidade;
(c) No caso de um activo intangível ou de um passivo contingente, se o seu justo valor puder
ser mensurado com fiabilidade.
(a) A adquirente deve reconhecer os passivos por encerramento ou redução das actividades da
adquirida como parte da imputação do custo da concentração apenas quando a adquirida
tiver, à data da aquisição, um passivo por reestruturação existente reconhecido de acordo
com a NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes; e
(b) A adquirente, quando imputar o custo da concentração, não deve reconhecer passivos por
perdas futuras ou outros custos em que se espera incorrer como resultado da concentração
de actividades empresariais.
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(b) A adquirente deve divulgar a informação acerca do passivo contingente exigida pela NCRF
21 - Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes.
29 - Após o seu reconhecimento inicial, a adquirente deve mensurar os passivos contingentes que
são reconhecidos separadamente pelo valor mais elevado entre:
(a) A quantia que seria reconhecida de acordo com a NCRF 21 - Provisões, Passivos
Contingentes e Activos Contingentes, e
30 - O requisito do parágrafo 29 não se aplica a contratos que tenham sido contabilizados de acordo
com a NCRF 27 - Instrumentos Financeiros.
Os compromissos para fornecer empréstimos a taxas de juro abaixo do mercado, que não
possam ser liquidados, ainda que por compensação, em dinheiro ou outro instrumento
financeiro, devem ser reconhecidos inicialmente pelo seu justo valor e subsequentemente
mensurados de acordo com o parágrafo 29. Outros compromissos de empréstimos, que não
possam ser liquidados, ainda que por compensação, em dinheiro ou outro instrumento
financeiro, são contabilizados como passivos contingentes da adquirida se, à data da aquisição,
não for provável que um exfluxo de recursos incorporando benefícios económicos seja exigido
para liquidar a obrigação ou se a quantia da obrigação não puder ser mensurada com suficiente
fiabilidade. Tais compromissos de empréstimo são, de acordo com o parágrafo 24,
reconhecidos separadamente como parte da imputação do custo de uma concentração apenas
se o seu justo valor puder ser mensurado com fiabilidade.
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(b) Inicialmente mensurar esse goodwill pelo seu custo, que é o excesso do custo da
concentração de actividades empresariais acima do interesse da adquirente no justo valor
líquido dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis reconhecido de acordo
com o parágrafo 23.
35 - O goodwill adquirido numa concentração de actividades empresariais não deve ser amortizado.
Em vez disso, a adquirente deve testá-lo quanto a imparidade anualmente, ou com mais
frequência se os acontecimentos ou alterações nas circunstâncias indicarem que pode estar
com imparidade, de acordo com a NCRF 12 - Imparidade de Activos.
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(i) A quantia escriturada de um activo, passivo e passivo contingente identificável que seja
reconhecida ou ajustada como resultado da conclusão da contabilização inicial deve ser
calculada como se o seu justo valor à data de aquisição tivesse sido reconhecido a
partir dessa data;
(ii) O goodwill ou qualquer outro ganho reconhecido de acordo com o parágrafo 36 deve ser
ajustado desde a data da aquisição por uma quantia igual ao ajustamento no justo valor
à data de aquisição do activo, passivo e passivo contingente identificável a ser
reconhecido ou ajustado;
(a) Reduzir a quantia escriturada de goodwill à quantia que teria sido reconhecida se o activo
por impostos diferidos tivesse sido reconhecido como um activo identificável a partir da data
de aquisição; e
Contudo, este procedimento não deve resultar na criação de um excesso tal como descrito no
parágrafo 36, nem deve aumentar a quantia de qualquer ganho anteriormente reconhecido de
acordo com o parágrafo 36.
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41 - Uma adquirente deve divulgar informação que permita aos utentes das demonstrações
financeiras avaliar a natureza e o efeito financeiro das concentrações de actividades
empresariais que tenham sido efectuadas:
(b) Após a data do balanço mas antes de as demonstrações financeiras receberem autorização
de emissão.
42 - Para tornar efectivo o princípio do parágrafo 41(a), a adquirente deve divulgar a seguinte
informação para cada concentração de actividades empresariais que tenha sido efectuada
durante o período:
(d) O custo da concentração e uma descrição dos componentes desse custo, incluindo
quaisquer custos directamente atribuíveis à concentração. Quando os instrumentos de
capital próprio são emitidos ou passíveis de emissão como parte do custo, deve ser
divulgado o seguinte:
(ii) O justo valor desses instrumentos e a base para determinar esse justo valor. Se não
existir um preço publicado para os instrumentos à data da troca, devem ser divulgados
os pressupostos significativos usados para determinar o justo valor. Se existir um preço
publicado à data da troca mas que não foi usado como base para determinar o custo da
concentração, esse facto deve ser divulgado em conjunto com: as razões por que o
preço publicado não foi usado; o método e os pressupostos significativos usados para
atribuir um valor aos instrumentos de capital próprio; e a quantia agregada da diferença
entre o valor atribuído aos instrumentos de capital próprio e o preço publicado dos
mesmos;
(e) Detalhes de quaisquer unidades operacionais que a entidade tenha decidido alienar como
resultado da concentração;
(f) As quantias reconhecidas à data de aquisição para cada classe de activos, passivos e
passivos contingentes da adquirida, e, a menos que a divulgação seja impraticável, as
quantias escrituradas de cada uma dessas classes, determinadas de acordo com as NCRF,
imediatamente antes da concentração. Se essa divulgação for impraticável, esse facto deve
ser divulgado, junto com uma explicação;
(g) A quantia de qualquer excesso reconhecida nos resultados de acordo com o parágrafo 36, e
a linha de item na demonstração dos resultados na qual o excesso é reconhecido;
(h) Uma descrição dos factores que contribuíram para um custo que resulta no reconhecimento
do goodwill - uma descrição de cada activo intangível que não tenha sido reconhecido
separadamente do goodwill e uma explicação sobre a razão pela qual não foi possível
mensurar o justo valor do activo intangível com fiabilidade - ou uma descrição da natureza
de qualquer excesso reconhecido nos resultados de acordo com o parágrafo 36;
(i) A quantia dos resultados da adquirida desde a data da aquisição incluída nos resultados da
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adquirente do período, a não ser que a divulgação seja impraticável. Se essa divulgação for
impraticável, esse facto deve ser divulgado, junto com uma explicação.
45 - Para tornar efectivo o princípio do parágrafo 41 (a), a adquirente deve divulgar a seguinte
informação, a não ser que essa divulgação seja impraticável:
(a) O rédito da entidade concentrada do período como se a data de aquisição para todas as
concentrações de actividades empresariais efectuadas durante o período tivesse sido o
início desse período;
(b) Os resultados da entidade concentrada do período como se a data de aquisição para todas
as concentrações de actividades empresariais efectuadas durante o período tivesse sido o
início do período.
Se a divulgação desta informação for impraticável, esse facto deve ser divulgado, junto com
uma explicação.
(a) A quantia e uma explicação sobre qualquer ganho ou perda reconhecido no período
corrente que:
(ii) Seja de tal dimensão, natureza ou incidência que a divulgação se torne relevante para
uma compreensão do desempenho financeiro da entidade concentrada;
(b) Se a contabilização inicial de uma concentração de actividades empresariais que tenha sido
efectuada no período imediatamente anterior foi determinada apenas provisoriamente no
final desse período, as quantias e explicações relativas aos ajustamentos nos valores
provisórios reconhecidos durante o período corrente;
47 - Uma entidade deve divulgar informação que permita aos utentes das suas demonstrações
financeiras avaliar as alterações na quantia escriturada de goodwill durante o período.
48 - Para tornar eficaz o princípio do parágrafo 47, a entidade deve divulgar uma reconciliação da
quantia escriturada de goodwill no início e no final do período, mostrando separadamente:
(b) O goodwill adicional reconhecido durante o período, com a excepção do goodwill incluído
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num grupo de alienação que, no momento da aquisição, satisfaz os critérios para ser
classificado como detido para venda de acordo com a NCRF 8 - Activos Não Correntes
Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas;
(d) O goodwill incluído num grupo de alienação classificado como detido para venda de acordo
com a NCRF 8 - Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais
Descontinuadas e o goodwill desreconhecido durante o período sem ter sido anteriormente
incluído num grupo de alienação classificado como detido para venda;
(e) As perdas por imparidade reconhecidas durante o período de acordo com a NCRF 12 -
Imparidade de Activos;
(f) As diferenças cambiais líquidas ocorridas durante o período de acordo com a NCRF 23 - Os
Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio;
50 - Se, em qualquer situação, a informação que esta Norma exige que seja divulgada não satisfizer
os objectivos definidos nos parágrafos 41 e 47, a entidade deve divulgar essa informação
adicional conforme necessário para satisfazer esses objectivos.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento
para os investimentos em subsidiárias e proporcionar orientação prática quanto aos
procedimentos de consolidação.
Âmbito (parágrafos 2 e 3)
2- Esta Norma deve ser aplicada na preparação e apresentação de demonstrações financeiras
352
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Definições (parágrafos 4 a 7)
4- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
Interesse minoritário: é a parte dos resultados e dos activos líquidos de uma subsidiária
atribuível a interesses de capital próprio que não sejam detidos, directa ou indirectamente
através de subsidiárias, pela empresa-mãe.
6- Para avaliar se uma entidade tem o controlo, é necessário avaliar se a entidade tem potenciais
direitos de voto. Estes potenciais direitos de voto existem se uma entidade for proprietária de
warrants de acções, opções call de acções, instrumentos de dívida ou de capital próprio que
sejam convertíveis em acções ordinárias, ou de outros instrumentos semelhantes que tenham a
capacidade, se exercidos ou convertidos, de conceder à entidade o poder de voto ou de reduzir
o poder de voto de uma terceira entidade relativamente às políticas financeiras e operacionais
da entidade relativamente à qual podem ser exercidos ou convertidos os potenciais direitos de
voto. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto que sejam correntemente exercíveis
ou convertíveis, incluindo potenciais direitos de voto detidos por terceira entidade, são tidos em
consideração quando se avaliar se uma entidade tem o poder de gerir as políticas financeiras e
operacionais de uma outra entidade. Os potenciais direitos de voto não são correntemente
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exercíveis ou convertíveis quando, por exemplo, não puderem ser exercidos ou convertidos até
uma data futura ou até à ocorrência de um acontecimento futuro.
(b) São identificados os interesses minoritários nos resultados das subsidiárias consolidadas
para o período de relato; e
(c) Os interesses minoritários nos activos líquidos das subsidiárias consolidadas são
identificados separadamente do capital próprio dos accionistas da empresa-mãe. Os
interesses minoritários nos activos líquidos consistem:
(ii) Na parte minoritária das alterações no capital próprio desde a data da concentração.
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19 - Se um membro do grupo usar políticas contabilísticas que não sejam as adoptadas nas
demonstrações financeiras consolidadas para transacções e acontecimentos idênticos em
circunstâncias semelhantes, serão feitos ajustamentos apropriados às suas demonstrações
financeiras ao preparar as demonstrações financeiras consolidadas.
21 - Um investimento numa entidade, desde a data em que deixe de ser uma subsidiária e desde
que não se torne uma associada ou uma entidade conjuntamente controlada (nos termos da
NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas), deve
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22 - A quantia escriturada do investimento à data em que a entidade deixar de ser uma subsidiária
deve ser considerada como o custo aquando da mensuração inicial de um activo financeiro.
26 - Se uma subsidiária tiver acções preferenciais cumulativas em circulação que sejam detidas por
interesses minoritários e classificadas como capital próprio, a empresa-mãe calcula a sua parte
dos resultados depois de fazer ajustamentos para os dividendos de tais acções, quer os
dividendos tenham ou não sido declarados.
(a) A natureza da relação entre a empresa-mãe e uma subsidiária quando a empresa-mãe não
possuir, directa ou indirectamente através de subsidiárias, mais de metade do poder de
voto;
(c) A data de relato das demonstrações financeiras de uma subsidiária quando tais
demonstrações financeiras forem usadas para preparar demonstrações financeiras
consolidadas e corresponderem a uma data de relato ou a um período diferente do da data
da empresa-mãe, e a razão para usar uma data de relato ou período diferente; e
28 - Quando forem preparadas demonstrações financeiras individuais por uma empresa-mãe que,
nos termos legais, esteja dispensada de elaborar contas consolidadas, essas demonstrações
financeiras individuais devem divulgar:
(a) Que a dispensa de consolidação foi usada; o nome e o país de constituição ou sede da
entidade que elabora demonstrações financeiras consolidadas; e a morada onde essas
demonstrações financeiras consolidadas podem ser obtidas;
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(c) Uma descrição do método usado para contabilizar os investimentos listados na alínea (b).
(d) Quando utilizado o método do custo, descrição das restrições severas e duradouras que
prejudiquem significativamente a capacidade de transferência de fundos para a empresa
detentora.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafos 1 e 2)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento
da exploração e avaliação de recursos minerais tal como definido na presente Norma.
(b) Que as entidades que reconheçam activos de exploração e avaliação apreciem esses
activos quanto a imparidade de acordo com esta Norma e mensurem qualquer imparidade
de acordo com a NCRF 12 - Imparidade de Activos;
Âmbito (parágrafos 3 e 4)
3- Uma entidade deve aplicar esta Norma aos dispêndios de exploração e avaliação em que
incorra.
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(a) Antes da exploração e avaliação de recursos minerais, tais como dispêndios incorridos
antes de a entidade ter obtido os direitos legais de explorar uma área específica;
Definições (parágrafo 5)
5- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
Dispêndios de exploração e avaliação: são dispêndios incorridos por uma entidade em ligação
com a exploração e avaliação de recursos minerais antes que a exequibilidade técnica e
viabilidade comercial da extracção de um recurso mineral seja demonstrável.
7- É exigido que o órgão de gestão considere o parágrafo 10 da NCRF 4 que especifica fontes de
requisitos e orientação autorizados, ao desenvolver uma política contabilística para um item se
nenhuma NCRF se aplicar especificamente a esse item. Sujeito aos parágrafos 9 e 10 adiante,
esta Norma dispensa uma entidade de aplicar esse parágrafo às suas políticas contabilísticas
para o reconhecimento e mensuração de activos de exploração e avaliação.
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(d) Valas;
(e) Amostragem; e
Uma entidade deve ajuizar a relevância e a fiabilidade usando os critérios da NCRF 4 - Políticas
Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros.
14 - Para justificar a alteração das suas políticas contabilísticas para dispêndios de exploração e
avaliação, uma entidade deve demonstrar que a alteração leva as suas demonstrações
financeiras a satisfazerem mais aproximadamente os critérios da NCRF 4, mas a alteração não
precisa de alcançar total conformidade com esses critérios.
16 - Alguns activos de exploração e avaliação são tratados como intangíveis (por exemplo, direitos
de perfuração), enquanto outros são tangíveis (por exemplo, veículos e plataformas de
perfuração). Até ao ponto em que um activo tangível seja consumido no desenvolvimento de um
activo intangível, a quantia que reflecte esse consumo faz parte do custo do activo intangível.
Contudo, o uso de um activo tangível para desenvolver um activo intangível não transforma um
activo tangível num activo intangível.
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19 - Apenas para as finalidades dos activos de exploração e avaliação, quando for identificado um
activo de exploração e avaliação que possa estar com imparidade deve ser aplicado o
parágrafo 20 desta Norma em vez dos parágrafos 5 a 8 da NCRF 12 - Imparidade de Activos. O
parágrafo 20 usa o termo «activos» mas aplica-se igualmente a activos de exploração e
avaliação separados ou a uma unidade geradora de caixa.
20 - Um ou mais dos seguintes factos e circunstâncias indica que uma entidade deve testar os
activos de exploração e avaliação quanto a imparidade (a lista não é exaustiva):
(a) O período em que a entidade tem o direito de explorar na área específica expirou durante o
período ou vai expirar no futuro próximo, e não se espera que seja renovado;
(b) Não estão orçamentados nem planeados dispêndios substanciais relativos a posterior
exploração e avaliação de recursos minerais na área específica;
(c) A exploração e avaliação de recursos minerais na área específica não levaram à descoberta
de quantidades comercialmente viáveis de recursos minerais e a entidade decidiu
descontinuar essas actividades na área específica;
(d) Existem suficientes dados para indicar que, embora um desenvolvimento na área específica
seja provável que resulte, é improvável que a quantia escriturada do activo de exploração e
avaliação seja recuperada na totalidade como consequência de um desenvolvimento bem
sucedido ou por venda.
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22 - O nível identificado pela entidade para a finalidade de testar activos de exploração e avaliação
quanto a imparidade pode compreender uma ou mais unidades geradoras de caixa.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento
contabilístico, a apresentação de demonstrações financeiras e as divulgações relativas à
actividade agrícola.
Âmbito (parágrafos 2 a 5)
2- Esta Norma deve ser aplicada na contabilização do que se segue quando se relacione com a
actividade agrícola:
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(a) Terrenos relacionados com a actividade agrícola (ver a NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis e
NCRF 11 - Propriedades de Investimento); e
(b) Activos intangíveis relacionados com a actividade agrícola (ver a NCRF 6 - Activos
Intangíveis).
4- Esta Norma é aplicada ao produto agrícola, que é o produto colhido dos activos biológicos da
entidade, somente no momento da colheita. Após isso, é aplicada a NCRF 18 - Inventários, ou
uma outra Norma Contabilística e de Relato Financeiro aplicável. Concordantemente, esta
Norma não trata do processamento do produto agrícola após colheita; por exemplo, a
transformação de uvas em vinho por um vitivinicultor que tenha cultivado a vinha e colhido as
uvas. Se bem que tal processamento possa ser uma extensão lógica e natural da actividade
agrícola e os acontecimentos que tenham tido lugar possam ter alguma similitude com a
transformação biológica, tal processamento não é incluído na definição de actividade agrícola
nesta Norma.
Produtos resultantes de
Activos biológicos Produto agrícola
processamento após colheita
Carneiros Lã Fio de lã, carpetes.
Árvores numa plantação florestal Troncos. Madeiras.
Plantas Algodão Fio de algodão, roupas.
Cana colhida Açúcar.
Gado produtor de leite Leite Queijo.
Porcos Carcaças Salsichas, presuntos curados.
Arbustos Folhas Chá, tabaco curado.
Vinhas Uvas Vinho.
Árvores de fruto Frutos colhidos Frutos processados.
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7- A actividade agrícola cobre uma escala diversa de actividades. Por exemplo, criação de gado,
silvicultura, safra anual ou perene, cultivo de pomares e de plantações, floricultura e aquacultura
(incluindo criação de peixes). Existem certas características comuns dentro desta diversidade:
(b) Gestão de alterações: a gestão facilita a transformação biológica pelo aumento, ou, pelo
menos, estabilização, de condições necessárias para que o processo tenha lugar (por
exemplo, níveis nutricionais, mistura, temperatura, fertilidade e luz). Tal gestão distingue a
actividade agrícola de outras actividades. Por exemplo, colher de fontes não geridas (tais
como pesca oceânica e de florestação) não é uma actividade agrícola; e
(b) Produção de produto agrícola tal como borracha em bruto (latex), folhas de chá, lã e leite.
Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento
entre elas.
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Quantia escriturada: é a quantia pela qual um activo é reconhecido no Balanço, após a dedução
de qualquer depreciação/amortização acumulada e de perdas por imparidade acumuladas
inerentes.
(b) Seja provável que benefícios económicos associados ao activo fluirão para a entidade; e
12 - Na actividade agrícola, o controlo pode ser evidenciado, por exemplo, pela posse legal do gado
e pela marcação a quente ou de outro modo, aquando da aquisição, nascimento ou desmama.
Os benefícios económicos futuros são normalmente estimados pela mensuração dos atributos
físicos significativos.
13 - Um activo biológico deve ser mensurado, no reconhecimento inicial e em cada data de balanço,
pelo seu justo valor menos custos estimados no ponto de venda, excepto no caso descrito no
parágrafo 31 em que o justo valor não pode ser fiavelmente mensurado.
14 - O produto agrícola colhido dos activos biológicos de uma entidade deve ser mensurado pelo
seu justo valor menos custos estimados no ponto de venda no momento da colheita. Tal
mensuração é o custo nessa data aquando da aplicação da NCRF 18 - Inventários, ou uma
outra Norma Contabilística e de Relato Financeiro aplicável.
16 - A determinação do justo valor de um activo biológico ou produto agrícola pode ser facilitada
pelo agrupamento de activos biológicos ou de produto agrícola de acordo com atributos
significativos, por exemplo, por idade ou qualidade. Uma entidade selecciona os atributos que
correspondam aos atributos usados no mercado como base de apreçamento.
17 - As entidades incorrem muitas vezes em contratos para vender os seus activos biológicos ou
produto agrícola numa data futura. Os preços de contrato não são necessariamente relevantes
na determinação do justo valor porque o justo valor reflecte o mercado corrente em que um
comprador e um vendedor dispostos a uma transacção nela incorrerão. Consequentemente, o
justo valor de um activo biológico ou produto agrícola não é ajustado por força da existência de
um contrato. Nalguns casos, um contrato para a venda de um activo biológico ou produto
agrícola pode ser um contrato oneroso, como definido na NCRF 21 - Provisões, Passivos
Contingentes e Activos Contingentes.
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18 - Se existir um mercado activo para um activo biológico ou produto agrícola, o preço cotado
nesse mercado é a base apropriada para determinar o justo valor desse activo. Se uma
entidade tiver acesso a diferentes mercados activos, a entidade usará a mais relevante. Por
exemplo, se uma entidade tiver acesso a dois mercados activos, usará o preço existente no
mercado em que espera que seja o usado. As cotações oficiais de mercado disponibilizadas
pelo Sistema de Informação de Mercados Agrícolas, são exemplo deste conceito.
19 - Se não existir um mercado activo, uma entidade usará um ou mais dos indicadores que se
seguem, quando disponíveis, na determinação do justo valor:
(a) O preço mais recente de transacção no mercado, desde que não tenha havido uma
alteração significativa nas circunstâncias económicas entre a data dessa transacção e a do
balanço;
(b) Os preços de mercado de activos semelhantes com ajustamento para reflectir diferenças; e
(c) Referências do sector tais como o valor de um pomar expresso por contentores de
exportação, hectare ou outra unidade de medida do sector e o valor do gado expresso em
quilo de carne.
21 - Em certas circunstâncias, os preços ou valores determinados pelo mercado podem não estar
disponíveis para um activo biológico na sua condição actual. Nestas circunstâncias, na
determinação do justo valor, uma entidade usará o valor presente dos fluxos de caixa líquidos
de um activo, descontados a uma taxa pré-imposto determinada no mercado corrente.
23 - Uma entidade não inclui quaisquer fluxos de caixa para financiar os activos, impostos, ou repor
activos biológicos após colheita (por exemplo, o custo de replantar árvores numa plantação
após o corte).
24 - Ao acordar no preço de uma transacção entre partes não relacionadas entre si, compradores e
vendedores conhecedores e dispostos a isso considerarão a possibilidade de variações nos
fluxos de caixa. Assim, esse justo valor reflecte a possibilidade de tais variações.
Concordantemente, uma entidade incorpora expectativas acerca de possíveis variações nos
fluxos de caixa quer nos fluxos de caixa esperados, quer na taxa de desconto, quer nalguma
combinação das duas. Ao determinar uma taxa de desconto, uma entidade usa pressupostos
consistentes com os usados na estimativa de fluxos de caixa esperados, para evitar o efeito da
dupla contagem de pressupostos ou da sua omissão.
(a) Tenha tido lugar pouca transformação biológica desde a incorrência do custo inicial (por
exemplo, pés de árvores de fruto brotados de sementes, plantados imediatamente antes da
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data do balanço); ou
(b) Não se espera que o impacto da transformação biológica sobre os preços seja material (por
exemplo, no crescimento inicial, num ciclo de produção de 30 anos, de uma plantação de
pinheiros).
26 - Os activos biológicos estão muitas vezes fisicamente implantados nos terrenos (por exemplo,
árvores numa floresta plantada). Pode não haver mercado separado para activos biológicos que
estejam implantados no terreno mas pode existir um mercado activo para os activos
combinados, isto é, para os activos biológicos, terrenos em bruto e melhoramentos de terrenos,
como um conjunto. Uma entidade pode usar informação relativa a activos combinados para
determinar o justo valor de activos biológicos. Por exemplo, o justo valor de terrenos em bruto e
melhoramento de terrenos pode ser deduzido do justo valor dos activos combinados para
chegar ao justo valor de activos biológicos.
28 - Pode surgir uma perda no reconhecimento inicial de um activo biológico, porque os custos
estimados no ponto de venda são deduzidos ao determinar o justo valor menos os custos
estimados no ponto de venda de um activo biológico. Pode surgir um ganho no reconhecimento
inicial de um activo biológico, tal como quando nasce um bezerro.
29 - Um ganho ou perda que surja no reconhecimento inicial do produto agrícola pelo justo valor
menos custos estimados no ponto de venda deve ser incluído no resultado líquido do período
em que surja.
30 - Pode surgir um ganho ou uma perda no reconhecimento inicial do produto agrícola como
consequência de colheitas.
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33 - Em todos os casos, uma entidade mensura o produto agrícola no ponto de colheita pelo seu
justo valor menos custos estimados no ponto de venda. Esta Norma reflecte o ponto de vista de
que o justo valor do produto agrícola no ponto de colheita pode ser sempre fiavelmente
mensurado.
36 - Se um subsídio do Governo relacionado com um activo biológico mensurado pelo seu justo
valor menos custos estimados no ponto de venda for condicional, incluindo quando um subsídio
do Governo exige que uma entidade não se ocupe em actividade agrícola específica, uma
entidade deve reconhecer o subsídio do Governo como rendimento quando, e somente quando,
sejam satisfeitas as condições ligadas ao subsídio do Governo.
38 - Se um subsídio do Governo se relacionar com um activo biológico mensurado pelo seu custo
menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas (ver
parágrafo 31), será aplicada a NCRF 22 - Contabilização dos Subsídios do Governo e
Divulgação de Apoios do Governo.
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41 - Os activos biológicos podem ser classificados quer como activos biológicos maduros (ou
adultos) ou activos biológicos imaturos (ou juvenis). Os activos biológicos maduros (ou adultos)
são os que tenham atingido as especificações de colhíveis (relativamente aos activos biológicos
consumíveis) ou sejam susceptíveis de sustentar colheitas regulares (relativamente aos activos
biológicos de produção).
42 - O justo valor menos os custos estimados no ponto de venda de um activo biológico pode
alterar-se quer devido a alterações físicas quer devido a alterações de preços no mercado. É
útil a divulgação separada de alterações físicas e de preços, na avaliação do desempenho do
período corrente, e das perspectivas futuras, particularmente quando haja um ciclo de produção
maior do que um ano. Em tais casos, uma entidade é encorajada a divulgar, por grupo ou de
qualquer outra maneira, a quantia de alterações no justo valor menos custos estimados no
ponto de venda incluída nos resultados líquidos devida a alterações físicas e a alterações de
preços. Esta alteração é geralmente menos útil quando o ciclo produtivo seja menor do que um
ano (por exemplo, quando se criem frangos ou se cultivem cereais).
(b) As medidas ou estimativas não financeiras usadas na quantificação física de cada um dos
grupos de activos biológicos no fim do período.
46 - Uma entidade deve divulgar o justo valor menos os custos estimados no ponto de venda do
produto agrícola colhido durante o período, determinado no momento de colheita.
(a) A existência e quantias escrituradas de activos biológicos cuja posse seja restrita e as
quantias escrituradas de activos biológicos penhorados como garantia de passivos; e
368
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(b) Uma explicação da razão por que não podem ser fiavelmente mensurados;
(c) Se possível, o intervalo de estimativas dentro das quais seja altamente provável que caia o
justo valor;
(f) A quantia escriturada bruta e a depreciação acumulada (agregada com as perdas por
imparidade acumuladas) no início e no final do período.
49 - Se o justo valor dos activos biológicos previamente mensurados pelo seu custo menos qualquer
depreciação acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas se tornar fiavelmente
mensurável durante o período corrente, uma entidade deve divulgar em relação a esses activos
biológicos:
(b) Uma explanação da razão pela qual o justo valor se tornou fiavelmente mensurável; e
(b) Condições não cumpridas e outras contingências ligadas aos subsídios do Governo; e
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento
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Âmbito (parágrafos 2 a 5)
2- Esta Norma aplica-se a todos os inventários que não sejam:
(c) Activos biológicos relacionados com a actividade agrícola e produto agrícola na altura da
colheita (ver a NCRF 17 - Agricultura).
(a) Produtores de produtos agrícolas e florestais, do produto agrícola após a colheita, até ao
ponto em que sejam mensurados pelo valor realizável líquido de acordo com práticas já
bem estabelecidas nesse sector. Quando tais inventários sejam mensurados pelo valor
realizável líquido, as alterações nesse valor são reconhecidas nos resultados do período em
que se tenha verificado a alteração;
(b) Corretores/negociantes de mercadorias que mensurem os seus inventários pelo justo valor
menos os custos de vender. Quando tais inventários sejam mensurados pelo justo valor
menos os custos de vender, as alterações no justo valor menos os custos de vender são
reconhecidas nos resultados do período em que se tenha verificado a alteração.
4- Os inventários referidos no parágrafo 3(a) são mensurados pelo valor realizável líquido em
determinadas fases de produção. Isto ocorre, por exemplo, quando as culturas agrícolas
tenham sido colhidas e a venda esteja assegurada sob um contrato de futuros ou de uma
garantia governamental ou quando exista um mercado activo e haja um risco negligenciável de
fracasso de venda. Estes inventários apenas são excluídos dos requisitos de mensuração desta
Norma.
Definições (parágrafos 6 a 8)
6- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
370
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Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento
entre elas.
7- O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que uma entidade espera realizar com a
venda do inventário no decurso ordinário da actividade empresarial. O justo valor reflecte a
quantia pela qual o mesmo inventário poderia ser trocado entre compradores e vendedores
conhecedores e dispostos a isso. O primeiro é um valor específico de uma entidade, ao passo
que o segundo já não é. O valor realizável líquido dos inventários pode não ser equivalente ao
justo valor menos os custos de vender.
8- Os inventários englobam bens comprados e detidos para revenda incluindo, por exemplo,
mercadorias compradas por um retalhista e detidas para revenda ou terrenos e outras
propriedades detidas para revenda. Os inventários também englobam bens acabados
produzidos, ou trabalhos em curso que estejam a ser produzidos pela entidade e incluem
materiais e consumíveis aguardando o seu uso no processo de produção. No caso de um
prestador de serviços, os inventários incluem os custos do serviço, tal como descrito no
parágrafo 19, relativamente ao qual a entidade ainda não tenha reconhecido o referido rédito
(ver a NCRF 20 - Rédito).
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custos indirectos de produção que variam directamente, ou quase directamente, com o volume
de produção tais como materiais indirectos.
16 - Exemplos de custos excluídos do custo dos inventários e reconhecidos como gastos do período
em que sejam incorridos são:
(b) Custos de armazenamento, a menos que esses custos sejam necessários ao processo de
produção antes de uma nova fase de produção;
(c) Gastos gerais administrativos que não contribuam para colocar os inventários no seu local e
na sua condição actuais; e
18 - Uma entidade pode comprar inventários com condições de liquidação diferida. Quando o acordo
contenha efectivamente um elemento de financiamento, esse elemento, por exemplo uma
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diferença entre o preço de compra para condições de crédito normais e a quantia paga, é
reconhecido como gasto de juros durante o período do financiamento.
22 - O método de retalho é muitas vezes usado no sector de retalho para mensurar inventários de
grande quantidade de itens que mudam rapidamente, que têm margens semelhantes e para os
quais não é praticável usar outros métodos de custeio. O custo do inventário é determinado
pela redução do valor de venda do inventário na percentagem apropriada da margem bruta. A
percentagem usada toma em consideração o inventário que tenha sido marcado abaixo do seu
preço de venda original. É usada muitas vezes uma percentagem média para cada
departamento de retalho.
24 - A identificação específica do custo significa que são atribuídos custos específicos a elementos
identificados de inventário. Este é o tratamento apropriado para os itens que sejam segregados
para um projecto específico, independentemente de eles terem sido comprados ou produzidos.
Porém, quando haja grandes quantidades de itens de inventário que sejam geralmente
intermutáveis, a identificação específica de custos não é apropriada. Em tais circunstâncias, o
método de selecção dos itens que permanecem nos inventários poderia ser usado para obter
efeitos predeterminados nos resultados.
25 - O custo dos inventários, que não sejam os tratados no parágrafo 23, deve ser atribuído pelo uso
373
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da fórmula "primeira entrada, primeira saída" (FIFO) ou da fórmula do custeio médio ponderado.
Uma entidade deve usar a mesma fórmula de custeio para todos os inventários que tenham
uma natureza e um uso semelhantes para a entidade. Para os inventários que tenham outra
natureza ou uso, poderão justificar-se diferentes fórmulas de custeio.
26 - Por exemplo, os inventários usados num segmento de negócio podem ter um uso para a
entidade diferente do mesmo tipo de inventários usados num outro segmento de negócio.
Porém, uma diferença na localização geográfica dos inventários (ou nas respectivas normas
fiscais), por si só, não é suficiente para justificar o uso de diferentes fórmulas de custeio.
27 - A fórmula FIFO pressupõe que os itens de inventário que foram comprados ou produzidos
primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e consequentemente os itens que permanecerem
em inventário no fim do período sejam os itens mais recentemente comprados ou produzidos.
Pela fórmula do custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado a partir da média
ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo de itens
semelhantes comprados ou produzidos durante o período. A média pode ser determinada numa
base periódica ou à medida que cada entrega adicional seja recebida, o que depende das
circunstâncias da entidade.
29 - Os inventários são geralmente reduzidos para o seu valor realizável líquido item a item.
Nalgumas circunstâncias, porém, pode ser apropriado agrupar unidades semelhantes ou
relacionadas. Pode ser o caso dos itens de inventário relacionados com a mesma linha de
produtos que tenham finalidades ou usos finais semelhantes, que sejam produzidos e
comercializados na mesma área geográfica e não possam ser avaliados separadamente de
outros itens dessa linha de produtos. Não é apropriado reduzir inventários com base numa
classificação de inventários como, por exemplo, bens acabados, ou em todos os inventários de
um determinado sector ou segmento geográfico. Normalmente, os prestadores de serviços
acumulam custos com respeito a cada serviço para o qual será cobrado um preço de venda
individual. Por isso, cada um destes serviços é tratado como um item separado.
30 - As estimativas do valor realizável líquido são baseadas nas provas mais fiáveis disponíveis no
momento em que sejam feitas as estimativas quanto à quantia que se espera que os inventários
venham a realizar. Estas estimativas tomam em consideração as variações nos preços ou
custos directamente relacionados com acontecimentos que ocorram após o fim do período, na
medida em que tais acontecimentos confirmem condições existentes no fim do período.
374
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32 - Os materiais e outros consumíveis detidos para o uso na produção de inventários não serão
reduzidos abaixo do custo se for previsível que os produtos acabados em que eles serão
incorporados sejam vendidos pelo custo ou acima do custo. Porém, quando uma diminuição no
preço dos materiais constitua uma indicação de que o custo dos produtos acabados excederá o
valor realizável líquido, os materiais são reduzidos (written down) para o valor realizável líquido.
Em tais circunstâncias, o custo de reposição dos materiais pode ser a melhor mensuração
disponível do seu valor realizável líquido.
33 - Em cada período subsequente é feita uma nova avaliação do valor realizável líquido. Quando
as circunstâncias que anteriormente resultavam em ajustamento ao valor dos inventários
deixarem de existir ou quando houver uma clara evidência de um aumento no valor realizável
líquido devido à alteração nas circunstâncias económicas, a quantia do ajustamento é revertida
(i.e. a reversão é limitada à quantia do ajustamento original) de modo a que a nova quantia
escriturada seja o valor mais baixo do custo e do valor realizável líquido revisto. Isto ocorre, por
exemplo, quando um item de inventários que é escriturado pelo valor realizável líquido, porque
o seu preço de venda desceu, está ainda detido num período posterior e o seu preço de venda
aumentou.
35 - Alguns inventários podem ser imputados a outras contas do activo, como por exemplo,
inventários usados como um componente de activos fixos tangíveis de construção própria. Os
inventários imputados desta forma a um outro activo, são reconhecidos como um gasto durante
a vida útil desse activo.
(c) A quantia de inventários escriturada pelo justo valor menos os custos de vender
(corretores/negociantes);
(f) A quantia de qualquer reversão de ajustamento que tenha sido reconhecida como uma
redução na quantia de inventários reconhecida como gasto do período de acordo com o
parágrafo 34;
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38 - A quantia de inventários reconhecida como um gasto durante o período, que é muitas vezes
referida como o custo de venda, consiste nos custos previamente incluídos na mensuração do
inventário agora vendido, nos gastos gerais de produção não imputados e nas quantias
anormais de custos de produção de inventários. As circunstâncias da entidade também podem
admitir a inclusão de outras quantias, tais como custos de distribuição.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento
contabilístico de réditos e custos associados a contratos de construção. Por força da natureza
da actividade subjacente aos contratos de construção, a data em que a actividade do contrato é
iniciada e a data em que a actividade é concluída caem geralmente em períodos contabilísticos
diferentes. Por isso, o assunto primordial na contabilização dos contratos de construção é a
imputação do rédito do contrato e dos custos do contrato aos períodos contabilísticos em que o
trabalho de construção seja executado. Esta Norma usa os critérios de reconhecimento
estabelecidos na Estrutura Conceptual para determinar quando os réditos do contrato e os
custos do contrato devam ser reconhecidos como réditos e gastos na demonstração dos
resultados. Também proporciona indicação prática sobre a aplicação destes critérios.
Âmbito (parágrafo 2)
2- Esta Norma deve ser aplicada na contabilização dos contratos de construção nas
demonstrações financeiras das entidades contratadas.
Definições (parágrafos 3 a 6)
3- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
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4- Um contrato de construção pode ser negociado para a construção de um activo único tal como
uma ponte, um edifício, uma barragem, um oleoduto, uma estrada, um navio ou um túnel. Um
contrato de construção pode também tratar da construção de um número de activos que
estejam intimamente inter-relacionados ou interdependentes em termos da sua concepção,
tecnologia e função ou do seu propósito ou uso final; entre os exemplos de tais contratos
incluem-se os da construção de refinarias e de outras partes complexas de fábricas ou de
equipamentos.
(a) Contratos para a prestação de serviços que estejam directamente relacionados com a
construção do activo, por exemplo, os relativos a serviços de gestores de projecto e
arquitectos; e
6- Os contratos de construção são formulados de várias maneiras mas, para os fins desta Norma,
são classificados como contratos de preço fixado e contratos de «cost plus». Alguns contratos
de construção podem conter características quer de um contrato de preço fixado quer de um
contrato de «cost plus» com um preço máximo acordado. Em tais circunstâncias, uma entidade
contratada necessita considerar todas as condições dos parágrafos 23 e 24 a fim de determinar
quando reconhecer réditos e gastos do contrato.
8- Quando um contrato cobrir vários activos, a construção de cada activo deve ser tratada como
um contrato de construção separado quando:
(b) Cada activo tenha sido sujeito a negociação separada e a entidade contratada e o cliente
tenham estado em condições de aceitar ou rejeitar a parte do contrato relacionada com
cada activo; e
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9- Um grupo de contratos, quer com um único cliente ou com vários clientes, deve ser tratado
como um contrato de construção único quando:
(b) Os contratos estejam tão intimamente inter-relacionados que sejam, com efeito, parte de um
projecto único com uma margem de lucro global; e
(b) O preço do activo seja negociado sem atenção ao preço original do contrato.
(a) Uma entidade contratada e um cliente podem acordar variações ou reivindicações que
aumentem ou diminuam o rédito do contrato num período subsequente àquele em que o
contrato foi inicialmente acordado;
(b) A quantia de rédito acordada num contrato de preço fixado pode aumentar em
consequência de cláusulas de custo escalonadas;
(d) Quando um contrato de preço fixado envolve um preço fixado por unidade de «output», o
rédito do contrato aumenta à medida que a quantidade de unidades aumente.
13 - Uma variação é uma instrução dada pelo cliente para uma alteração no âmbito do trabalho a ser
executado segundo o contrato. Uma variação pode conduzir a um aumento ou a uma
diminuição no rédito do contrato. Exemplos de variações são as alterações nas especificações
ou na concepção do activo e alterações na duração do contrato. Uma variação é incluída no
rédito do contrato quando:
(a) Seja provável que o cliente aprovará a variação e a quantia de rédito proveniente da
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variação; e
14 - Uma reivindicação é uma quantia que a entidade contratada procura cobrar do cliente ou de
uma outra terceira parte como reembolso de custos não incluídos no preço do contrato. Uma
reivindicação pode surgir de, por exemplo, demoras causadas por clientes, por erros nas
especificações ou na concepção e de alterações discutidas nos trabalhos do contrato. A
mensuração da quantia de rédito proveniente de reivindicações está sujeita a um alto nível de
incerteza e depende muitas vezes do desfecho das negociações. Por isso, as reivindicações
somente são incluídas no rédito do contrato quando:
(a) As negociações tenham atingido um estágio avançado de tal forma que seja provável que o
cliente aceitará a reivindicação; e
(b) A quantia que seja provável ser aceite pelo cliente possa ser fiavelmente mensurada.
(a) O contrato esteja suficientemente adiantado que seja provável que os níveis de execução
especificados serão atingidos ou excedidos; e
(b) Os custos que sejam atribuíveis à actividade do contrato em geral e possam ser imputados
ao contrato; e
(c) Outros custos que sejam especificamente debitáveis ao cliente nos termos do contrato.
(d) Custos de movimentar os activos fixos tangíveis e os materiais para e do local do contrato;
(f) Custos de concepção e de assistência técnica que estejam directamente relacionados com
o contrato;
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Estes custos devem ser reduzidos por qualquer rendimento inerente que não esteja incluído no
rédito do contrato, por exemplo, rendimento proveniente da venda de materiais excedentários e
da alienação de instalações e equipamentos no fim do contrato.
18 - Compreendem-se nos custos que podem ser atribuíveis à actividade do contrato em geral e que
podem ser imputados a contratos específicos:
(a) Seguros;
(b) Os custos de concepção e assistência técnica que não estejam directamente relacionados
com um contrato específico; e
Tais custos são imputados usando métodos que sejam sistemáticos e racionais e sejam
aplicados consistentemente a todos os custos que tenham características semelhantes. A
imputação é baseada no nível normal de actividade de construção. Os gastos gerais de
construção incluem custos tais como a preparação e processamento de salários do pessoal de
construção. Os custos que possam ser atribuíveis à actividade do contrato em geral e possam
ser imputados a contratos específicos também incluem os custos de empréstimos obtidos
quando a entidade contratada adopte o tratamento alternativo permitido na NCRF 10 - Custos
de Empréstimos Obtidos.
20 - Os custos que não possam ser atribuídos à actividade do contrato ou que não lhe possam ser
imputados são excluídos dos custos de um contrato de construção. Tais custos incluem:
(a) Custos administrativos gerais cujo reembolso não esteja especificado no contrato;
(c) Custos de pesquisa e desenvolvimento cujo reembolso não esteja especificado no contrato;
e
(d) Depreciação de instalações e equipamentos ociosos que não sejam usados num contrato
particular.
21 - Os custos do contrato incluem os custos atribuíveis a esse contrato no período que vai desde a
data em que o mesmo é assegurado até à sua conclusão final. Porém, os custos que se
relacionem directamente com um contrato e que sejam incorridos ao assegurar o contrato são
também incluídos como parte dos custos do contrato se eles puderem ser separadamente
identificados e mensurados fiavelmente e for provável que o contrato seja obtido. Quando os
custos incorridos ao assegurar o contrato forem reconhecidos como um gasto do período em
que sejam incorridos, não são incluídos nos custos do contrato quando o contrato for obtido
num período subsequente.
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(b) Seja provável que os benefícios económicos associados ao contrato fluirão para a entidade;
(c) Tanto os custos do contrato para o acabar como a fase de acabamento do contrato na data
do balanço possam ser fiavelmente mensurados; e
(a) Seja provável que os benefícios económicos associados ao contrato fluirão para a entidade;
e
(b) Os custos do contrato atribuíveis ao contrato, quer sejam ou não reembolsáveis, possam
ser claramente identificados e fiavelmente mensurados.
27 - Uma entidade contratada pode ter incorrido em custos do contrato que se relacionem com a
actividade futura do contrato. Tais custos são reconhecidos como um activo desde que seja
provável que sejam recuperados. Tais custos representam uma quantia devida pelo cliente e
muitas vezes são classificados como trabalho em curso do contrato.
29 - Uma entidade está geralmente em condições de fazer estimativas fiáveis após ter aceite um
contrato que estabeleça:
(a) Os direitos a cumprir por cada parte no que respeita ao activo a ser construído;
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(a) A proporção em que os custos do contrato incorridos no trabalho executado até à data
estejam para os custos estimados totais do contrato;
31 - Quando a fase de acabamento seja determinada com referência aos custos do contrato
incorridos até à data, somente os custos do contrato que reflictam trabalho executado são
incluídos nos custos incorridos até à data. São exemplos de custos de contrato que são
excluídos:
(a) Custos do contrato que se relacionem com a actividade futura do contrato, tais como custos
de materiais que tenham sido entregues num local do contrato ou postos de lado para uso
num contrato mas não ainda instalados, usados ou aplicados durante a execução do
contrato, a menos que os materiais tenham sido produzidos especificamente para o
contrato; e
(a) O rédito somente deve ser reconhecido até ao ponto em que seja provável que os custos do
contrato incorridos serão recuperáveis; e
(b) Os custos do contrato devem ser reconhecidos como um gasto no período em que sejam
incorridos.
Uma perda esperada num contrato de construção deve ser reconhecida imediatamente como
um gasto de acordo com o parágrafo 36.
33 - Durante as fases iniciais de um contrato dá-se muitas vezes o caso de o desfecho do contrato
não poder ser fiavelmente estimado. Não obstante, pode ser provável que a entidade recupere
os custos incorridos do contrato. Por isso, o rédito do contrato somente é reconhecido até ao
ponto dos custos incorridos que se espera serem recuperáveis. Se o desfecho do contrato não
puder ser fiavelmente estimado, nenhum lucro é reconhecido. Porém, mesmo quando o
desfecho do contrato não possa ser fiavelmente estimado, pode ser provável que os custos
totais do contrato excedam os réditos totais do contrato. Em tais casos, qualquer excesso
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esperado dos custos totais do contrato sobre o rédito total do contrato é reconhecido
imediatamente como um gasto de acordo com o parágrafo 36.
34 - Os custos do contrato cuja recuperação não seja provável são reconhecidos imediatamente
como um gasto. Exemplos das circunstâncias em que a recuperabilidade dos custos do contrato
incorridos pode não ser provável e em que os custos do contrato podem não ser reconhecidos
como um gasto incluem contratos:
(a) Que não sejam inteiramente coagíveis, isto é, a sua validade esteja seriamente em questão;
(c) Relacionados com propriedades que seja provável estarem em risco de perda ou
expropriação;
(e) Em que a entidade contratada seja incapaz de completar o contrato ou de cumprir as suas
obrigações segundo o contrato.
35 - Quando já não existirem as incertezas que impediram que fosse fiavelmente estimado o
desfecho do contrato, o rédito e os gastos associados ao contrato de construção devem ser
reconhecidos de acordo com o parágrafo 22 e não de acordo com o parágrafo 32.
(c) Da quantia de lucros que se espere surjam noutros contratos que não sejam tratados como
um contrato de construção único de acordo com o parágrafo 9.
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(c) Os métodos usados para determinar a fase de acabamento dos contratos em curso.
40 - Uma entidade deve divulgar o que se segue para os contratos em curso à data do balanço:
41 - Retenções são quantias de facturas progressivas que só são pagas depois da satisfação das
condições especificadas no contrato para o pagamento de tais quantias ou até que os defeitos
tenham sido rectificados. As facturas progressivas por autos de medição são quantias
facturadas do trabalho executado de um contrato quer tenham ou não sido pagas pelo cliente.
Adiantamentos são quantias recebidas pela entidade contratada antes que o respectivo trabalho
seja executado.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento
contabilístico de réditos, entendidos como os rendimentos que surgem no decurso das
actividades ordinárias de uma entidade, como, por exemplo, vendas, honorários, juros,
dividendos e royalties.
Âmbito (parágrafos 2 a 6)
2- Esta Norma deve ser aplicada na contabilização do rédito proveniente das transacções e
acontecimentos seguintes:
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(c) Uso por outros de activos da entidade que produzam juros, royalties e dividendos.
3- O termo bens inclui bens produzidos pela entidade com a finalidade de serem vendidos e bens
comprados para revenda, tais como mercadorias compradas por um retalhista ou terrenos e
outras propriedades detidos para revenda.
4- A prestação de serviços envolve tipicamente o desempenho por uma entidade de uma tarefa
contratualmente acordada durante um período de tempo acordado. Os serviços podem ser
prestados dentro de um período único ou durante mais do que um período. Alguns contratos
para a prestação de serviços estão directamente relacionados com contratos de construção,
como por exemplo, os contratos para os serviços de gestão de projectos e de arquitectura. O
rédito proveniente destes contratos não é tratado nesta Norma mas é tratado de acordo com os
requisitos para os contratos de construção como especificado na NCRF 19 - Contratos de
Construção.
(a) Juros - encargos pelo uso de dinheiro ou seus equivalentes ou de quantias devidas à
entidade;
(b) Royalties - encargos pelo uso de activos a longo prazo da entidade, como, por exemplo,
patentes, marcas, direitos de autor e software de computadores; e
(d) Alterações no justo valor de activos financeiros e passivos financeiros, ou da sua alienação
(ver subsidiariamente a IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração,
em conformidade com o texto original do Regulamento (CE) 1126/2008 da Comissão, de 3
de Novembro);
Definições (parágrafos 7 e 8)
7- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
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Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento
entre elas.
Rédito: é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das
actividades ordinárias de uma entidade quando esses influxos resultarem em aumentos de
capital próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no
capital próprio.
8- O rédito inclui somente os influxos brutos de benefícios económicos recebidos e a receber pela
entidade de sua própria conta. As quantias cobradas por conta de terceiros tais como impostos
sobre vendas, impostos sobre bens e serviços e impostos sobre o valor acrescentado não são
benefícios económicos que fluam para a entidade e não resultem em aumentos de capital
próprio. Por isso, são excluídos do rédito. Semelhantemente, num relacionamento de agência,
os influxos brutos de benefícios económicos que não resultem em aumentos de capital próprio
para o agente, são excluídos do rédito. As quantias cobradas por conta do capital não são
rédito. Em vez disso, o rédito é a quantia de comissão.
10 - A quantia de rédito proveniente de uma transacção é geralmente determinada por acordo entre
a entidade e o comprador ou utente do activo. É mensurado pelo justo valor da retribuição
recebida ou a receber tomando em consideração a quantia de quaisquer descontos comerciais
e de quantidades concedidos pela entidade.
11 - Na maior parte dos casos, a retribuição é sob a forma de dinheiro ou seus equivalentes e a
quantia do rédito é a quantia em dinheiro ou seus equivalentes recebidos ou a receber. Porém,
quando o influxo de dinheiro ou equivalentes de dinheiro for diferido, o justo valor da retribuição
pode ser menor do que a quantia nominal de dinheiro recebido ou a receber. Por exemplo, uma
entidade pode conceder crédito isento de juros ao comprador ou aceitar do comprador uma
livrança com taxa de juro inferior à do mercado como retribuição pela venda dos bens. Quando
o acordo constitua efectivamente uma transacção de financiamento, o justo valor da retribuição
é determinado descontando todos os recebimentos futuros usando uma taxa de juro imputada.
A taxa de juro imputada é a mais claramente determinável de entre:
(a) A taxa prevalecente de um instrumento similar de um emitente com uma notação (rating) de
crédito similar; ou
(b) A taxa de juro que desconte a quantia nominal do instrumento para o preço de venda
corrente a dinheiro dos bens ou serviços.
A diferença entre o justo valor e a quantia nominal da retribuição é reconhecida como rédito de
juros de acordo com os parágrafos 29 e 30.
12 - Quando os bens ou serviços sejam trocados ou objecto de swap por bens ou serviços que
sejam de natureza e valor semelhante, a troca não é vista como uma transacção que gera
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réditos. É muitas vezes o caso de mercadorias como petróleo ou leite em que os fornecedores
trocam ou entram em swap de inventários em vários locais para satisfazer a procura numa base
tempestiva num dado local. Quando os bens sejam vendidos ou os serviços sejam prestados
em troca de bens ou serviços dissemelhantes, a troca é vista como uma transacção que gera
rédito. O rédito é mensurado pelo justo valor dos bens ou serviços recebidos ajustado pela
quantia transferida de dinheiro ou seus equivalentes. Quando o justo valor dos bens ou serviços
recebidos não possa ser fiavelmente mensurado, o rédito é mensurado pelo justo valor dos
bens ou serviços entregues, ajustado pela quantia transferida de dinheiro ou seus equivalentes.
(b) A entidade não mantenha envolvimento continuado de gestão com grau geralmente
associado com a posse, nem o controlo efectivo dos bens vendidos;
(d) Seja provável que os benefícios económicos associados com a transacção fluam para a
entidade; e
(e) Os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção possam ser fiavelmente
mensurados.
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(a) Quando a entidade retenha uma obrigação por execução não satisfatória, não coberta por
cláusulas normais de garantia;
(b) Quando o recebimento do rédito de uma dada venda esteja dependente da obtenção de
rédito pela venda dos bens pelo comprador;
(c) Quando os bens sejam expedidos sujeitos a instalação e a instalação seja uma parte
significativa do contrato que ainda não tenha sido concluído pela entidade; e
(d) Quando o comprador tenha o direito de rescindir a compra por uma razão especificada no
contrato de venda e a entidade não esteja segura acerca da probabilidade de devolução.
18 - O rédito só é reconhecido quando for provável que os benefícios económicos associados com a
transacção fluam para a entidade. Nestes casos, tal só é verificável depois da retribuição ser
recebida ou de uma incerteza ser removida. Por exemplo, pode ser incerto que uma autoridade
governamental estrangeira conceda permissão para remeter a retribuição de uma venda num
país estrangeiro. Quando a permissão for concedida, a incerteza é retirada e o rédito é
reconhecido. Porém, quando surgir uma incerteza acerca da cobrabilidade de uma quantia já
incluída no rédito, a quantia incobrável ou a quantia cuja recuperação tenha cessado de ser
provável é reconhecida como gasto e não como um ajustamento da quantia do rédito
originalmente reconhecido.
19 - O rédito e os gastos que se relacionem com a mesma transacção ou outro acontecimento são
reconhecidos simultaneamente; este processo é geralmente referido como o balanceamento
dos réditos com os gastos. Os gastos incluindo garantias e outros custos a serem incorridos
após a expedição dos bens podem normalmente ser mensurados com fiabilidade quando as
outras condições para o reconhecimento do rédito tenham sido satisfeitas. Porém, quando os
gastos não possam ser mensurados fiavelmente, o rédito não pode ser reconhecido; em tais
circunstâncias, qualquer retribuição já recebida pela venda dos bens é reconhecida como um
passivo.
(b) Seja provável que os benefícios económicos associados à transacção fluam para a
entidade;
(c) A fase de acabamento da transacção à data do balanço possa ser fiavelmente mensurada;
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(d) Os custos incorridos com a transacção e os custos para concluir a transacção possam ser
fiavelmente mensurados.
22 - O rédito somente é reconhecido quando for provável que os benefícios económicos associados
à transacção fluam para a entidade. Porém, quando surja uma incerteza acerca da
cobrabilidade de uma quantia já incluída no rédito, a quantia incobrável, ou a quantia com
respeito à qual a recuperação tenha cessado de ser provável, é reconhecida como um gasto, e
não como um ajustamento da quantia de rédito originalmente reconhecido.
23 - Uma entidade é geralmente capaz de fazer estimativas fiáveis após ter concordado com os
outros parceiros da transacção o seguinte:
(a) Os direitos que cada uma das partes está obrigada a cumprir quanto ao serviço a ser
prestado e recebido pelas partes;
24 - A fase de acabamento de uma transacção pode ser determinada por uma variedade de
métodos. Uma entidade usa o método que mensure fiavelmente os serviços executados.
Dependendo da natureza da transacção, os métodos podem incluir:
(b) Serviços executados até à data, expressos como uma percentagem do total dos serviços a
serem executados; ou
(c) A proporção que os custos incorridos até à data tenham com os custos totais estimados da
transacção. Somente os custos que reflictam serviços executados até à data são incluídos
nos custos incorridos até à data. Somente os custos que reflictam serviços executados ou a
serem executados são incluídos nos custos totais estimados da transacção.
25 - Para fins práticos, quando os serviços sejam desempenhados por um número indeterminado de
actos durante um período específico de tempo, o rédito é reconhecido numa base de linha recta
durante o período específico a menos que haja evidência de que um outro método represente
melhor a fase de acabamento. Quando um acto específico seja muito mais significativo do que
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quaisquer outros actos, o reconhecimento do rédito é adiado até que o acto significativo seja
executado.
26 - Quando o desfecho da transacção que envolva a prestação de serviços não possa ser estimado
com fiabilidade, o rédito somente deve ser reconhecido na medida em que sejam recuperáveis
os gastos reconhecidos.
27 - Durante as primeiras fases de uma transacção, é frequente que o desfecho da transacção não
possa ser fiavelmente estimado. Contudo, pode ser provável que a entidade recupere os custos
incorridos na mesma. Por isso, o rédito é reconhecido somente na medida em que se espere
que sejam recuperados os custos incorridos, não sendo reconhecido qualquer lucro.
28 - Quando o desfecho de uma transacção não possa ser fiavelmente estimado e não seja provável
que os custos incorridos sejam recuperados, o rédito não é reconhecido e os custos incorridos
são reconhecidos como um gasto. Quando deixarem de existir as incertezas que impediram que
o desfecho do contrato pudesse ser fiavelmente estimado, o rédito é reconhecido de acordo
com o parágrafo 20 (com referência à fase de acabamento) e não de acordo com o parágrafo
26 (critério de recuperação dos custos incorridos).
(a) Seja provável que os benefícios económicos associados com a transacção fluam para a
entidade; e
(b) Os royalties devem ser reconhecidos segundo o regime de acréscimo de acordo com a
substância do acordo relevante; e
(c) Os dividendos devem ser reconhecidos quando for estabelecido o direito do accionista
receber o pagamento.
31 - Quando juros não pagos tenham sido acrescidos antes da aquisição de um investimento que
produza juros, o recebimento subsequente de juros é repartido entre os períodos de pré e pós
aquisição. Somente a parte de pós aquisição é reconhecida como rédito. Quando os dividendos
de títulos de capital próprio sejam declarados a partir de lucros líquidos de pré aquisição, esses
dividendos são deduzidos do custo dos títulos. Se for difícil fazer tal imputação, excepto numa
base arbitrária, os dividendos são reconhecidos como rédito a menos que os mesmos
representem claramente uma recuperação de parte do custo dos títulos de capital próprio.
32 - Os royalties são acrescidos de acordo com os termos do acordo relevante e são gradualmente
reconhecidos nessa base a menos que, tendo em atenção a substância do acordo, seja mais
apropriado reconhecer o rédito numa outra base sistemática e racional.
33 - O rédito somente é reconhecido quando seja provável que os benefícios económicos inerentes
à transacção fluam para a entidade. Contudo, quando surja uma incerteza acerca da
cobrabilidade de uma quantia já incluída no rédito, a quantia incobrável, ou a quantia a respeito
da qual a recuperação tenha cessado de ser provável, é reconhecida como um gasto, e não
como um ajustamento da quantia do rédito originalmente reconhecido.
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(b) A quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período incluindo o
rédito proveniente de:
(iii) Juros;
(iv) Royalties;
(v) Dividendos.
35 - Uma entidade divulgará quaisquer activos e passivos contingentes de acordo com a NCRF 21 -
Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes. Os passivos contingentes e os
activos contingentes podem surgir de itens tais como custos de garantia, reclamações,
penalidades ou perdas possíveis.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever critérios de
reconhecimento e bases de mensuração apropriados a provisões, passivos contingentes e
activos contingentes e que seja divulgada informação suficiente nas notas às demonstrações
financeiras de modo a permitir aos utentes compreender a sua natureza, tempestividade e
quantia.
Âmbito (parágrafos 2 a 7)
2- Esta Norma deve ser aplicada por todas as entidades na contabilização de provisões, passivos
contingentes e activos contingentes, excepto:
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(a) Os que resultam de contratos executórios, excepto quando o contrato seja oneroso;
3- Esta Norma não se aplica a instrumentos financeiros incluindo garantias (ver subsidiariamente a
IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, em conformidade com o
texto original do Regulamento (CE) 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro).
4- Não são objecto de tratamento por esta Norma os tipos específicos de provisões, passivos
contingentes ou activos contingentes que sejam tratados em normas específicas, como, a título
de exemplo, é o caso:
(a) Dos passivos contingentes assumidos numa concentração de actividades empresariais, que
são objecto de tratamento na NCRF 14 - Concentrações de Actividades Empresariais;
(c) De certos tipos de provisões relativas a impostos sobre o rendimento (ver a NCRF 25 -
Impostos sobre o Rendimento); e
(d) De certos tipos de provisões relativas a locações (ver a NCRF 9 - Locações). Porém, como
a NCRF 9 não contém requisitos específicos para tratar locações operacionais que se
tenham tornado onerosas, a presente Norma aplica-se a tais casos.
6- Outras NCRF especificam se os dispêndios são tratados como activos ou como gastos. Dado
que esta problemática não é tratada nesta Norma, não consta desta qualquer proibição ou
exigência de capitalização dos custos reconhecidos quando é constituída uma provisão.
Definições (parágrafos 8 e 9)
8- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
Acontecimento que cria obrigações: é um acontecimento que cria uma obrigação legal ou
construtiva que faça com que uma entidade não tenha nenhuma alternativa realista senão
liquidar essa obrigação.
Contrato executório: é um contrato segundo o qual nenhuma das partes tenha cumprido
qualquer das suas obrigações ou ambas as partes apenas tenham parcialmente cumprido as
suas obrigações em igual extensão.
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Obrigação construtiva: é uma obrigação que decorre das acções de uma entidade em que:
(a) por via de um modelo estabelecido de práticas passadas, de políticas publicadas ou de uma
declaração corrente suficientemente específica, a entidade tenha indicado a outras partes
que aceitará certas responsabilidades; e
(b) em consequência, a entidade tenha criado uma expectativa válida nessas outras partes de
que cumprirá com essas responsabilidades.
(b) legislação; ou
Passivo contingente:
(a) É uma obrigação possível que provenha de acontecimentos passados e cuja existência
somente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros
incertos não totalmente sob controlo da entidade; ou
(b) É uma obrigação presente que decorra de acontecimentos passados mas que não é
reconhecida porque:
(i) Não é provável que um exfluxo de recursos incorporando benefícios económicos seja
exigido para liquidar a obrigação; ou
(ii) A quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.
9- A interpretação de «provável» nesta Norma, como «mais provável do que não», não se aplica
necessariamente a outras Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro.
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ou da quantia dos dispêndios futuros necessários para a sua liquidação enquanto que:
(a) As contas a pagar comerciais são passivos a pagar por bens ou serviços que tenham sido
facturados ou formalmente acordados com o fornecedor; e
(b) Os acréscimos são passivos a pagar por bens ou serviços que tenham sido recebidos ou
fornecidos mas que não tenham sido pagos, facturados ou formalmente acordados com o
fornecedor, incluindo quantias devidas a empregados (por exemplo, quantias relacionadas
com pagamento acrescido de férias). Se bem que algumas vezes seja necessário estimar a
quantia ou tempestividade de acréscimos, a incerteza é geralmente muito menor do que nas
provisões.
(a) Provisões - que, desde que possa ser efectuada uma estimativa fiável, são reconhecidas
como passivos porque são obrigações presentes e é provável que um exfluxo de recursos
que incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar as obrigações; e
(b) Passivos contingentes - que não são reconhecidos como passivos porque:
(i) São obrigações possíveis, uma vez que carecem de confirmação sobre se a entidade
tem ou não uma obrigação presente que possa conduzir a um exfluxo de recursos que
incorporem benefícios económicos; ou
(ii) São obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento desta
Norma, seja porque não é provável que será necessário um exfluxo de recursos que
incorporem benefícios económicos para liquidar a obrigação, seja porque não pode ser
feita uma estimativa suficientemente fiável da quantia da obrigação.
(a) uma entidade tenha uma obrigação presente (legal ou construtiva) como resultado de um
acontecimento passado;
(b) seja provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será
necessário para liquidar a obrigação; e
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conta toda a evidência disponível, for mais provável do que não que tal obrigação presente
exista à data do balanço.
15 - Em quase todos os casos será claro se um acontecimento passado deu origem a uma
obrigação presente. Em casos raros, por exemplo num processo judicial, pode ser discutido
quer se certos eventos ocorreram quer se esses eventos resultaram numa obrigação presente.
Em tal caso, uma entidade determina se existe uma obrigação presente à data do balanço
tendo em conta toda a evidência disponível incluindo, por exemplo, a opinião de peritos. A
evidência a considerar inclui qualquer evidência adicional proporcionada por acontecimentos
após a data do balanço. Com base em tal evidência a entidade:
(a) Reconhece uma provisão, se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos, quando seja
mais provável do que não que uma obrigação presente exista à data do balanço; e
(b) Divulga um passivo contingente, quando seja mais provável que nenhuma obrigação
presente exista à data do balanço, a menos que a possibilidade de um exfluxo de recursos
que incorporem benefícios económicos seja remota (como dispõe o parágrafo 82).
(b) No caso de uma obrigação construtiva, quando o evento (que pode ser uma acção da
própria entidade) crie expectativas válidas em terceiros de que ela cumprirá a obrigação.
19 - Uma obrigação envolve sempre uma outra parte a quem a obrigação é devida, sendo, por isso
mesmo, necessária a identificação da parte a quem a obrigação é devida (na verdade a
obrigação pode ser ao público em geral). Porque uma obrigação envolve sempre um
compromisso com uma outra parte, isto implica que uma decisão do órgão de gestão apenas dá
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origem a uma obrigação construtiva à data do balanço se a decisão tiver sido comunicada antes
daquela data aos afectados por ela de uma maneira suficientemente específica para suscitar
neles uma expectativa válida de que a entidade cumprirá as suas responsabilidades.
20 - Um acontecimento que não dê origem imediatamente a uma obrigação pode dá-la numa data
posterior, por força de alterações na lei ou porque um acto da entidade (nomeadamente, uma
declaração pública suficientemente específica) dê origem a uma obrigação construtiva. Por
exemplo, quando forem causados danos ambientais pode não haver nenhuma obrigação para
remediar as consequências. Porém, o facto de ter havido o dano tornar-se-á um acontecimento
que cria obrigações quando uma nova lei exigir que o dano existente seja rectificado ou quando
a entidade publicamente aceitar a responsabilidade pela rectificação de uma maneira que crie
uma obrigação construtiva.
21 - Quando os pormenores de uma nova lei proposta tiverem ainda de ser ultimados, uma
obrigação só se verifica quando se tiver virtualmente a certeza de que a legislação será
aprovada nos termos constantes da proposta. Para a finalidade desta Norma, tal obrigação é
tratada como uma obrigação legal.
23 - Quando houver várias obrigações semelhantes (por ex. garantias de produtos ou contratos
semelhantes) a probabilidade de que um exfluxo será exigido na liquidação é determinada
considerando-se a classe de obrigações como um todo. Se bem que a probabilidade de exfluxo
de qualquer item possa ser pequeno, pode bem ser possível que algum exfluxo de recursos
será necessário para liquidar a classe de obrigações como um todo. Se esse for o caso, é
reconhecida uma provisão (se os outros critérios de reconhecimento forem satisfeitos).
25 - Nos casos extremamente raros em que nenhuma estimativa fiável possa ser feita, existe um
passivo que não pode ser reconhecido. Esse passivo é divulgado como um passivo contingente
(ver parágrafo 82).
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27 - Um passivo contingente é divulgado, como exigido pelo parágrafo 82, a menos que seja remota
a possibilidade de um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos.
32 - Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras desde que isto
possa resultar no reconhecimento de rendimentos que possam nunca ser realizados. Porém,
quando a realização de rendimentos esteja virtualmente certa, então o activo relacionado não é
um activo contingente e o seu reconhecimento é apropriado.
33 - Um activo contingente é divulgado, como exigido pelo parágrafo 84, quando for provável um
influxo de benefícios económicos.
36 - A melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente é a quantia que
uma entidade racionalmente pagaria para liquidar a obrigação à data do balanço ou para a
transferir para uma terceira parte nesse momento. Será muitas vezes impossível ou
proibitivamente dispendioso liquidar ou transferir uma obrigação à data do balanço. Porém, a
estimativa da quantia que uma entidade racionalmente pagaria para liquidar ou transferir a
obrigação produz a melhor estimativa do dispêndio exigido para a liquidar.
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38 - As incertezas que rodeiam a quantia a ser reconhecida como uma provisão são tratadas por
vários meios de acordo com as circunstâncias.
39 - Quando a provisão a ser mensurada envolva uma grande população de itens, a obrigação é
estimada ponderando todos os possíveis desfechos pelas suas probabilidades associadas. O
nome para este método estatístico de estimativa é«o valor esperado». A provisão será por isso
diferente dependendo de se a probabilidade de uma perda de uma dada quantia seja, por
exemplo, de 60 por cento ou de 90 por cento. Quando houver uma escala contínua de
desfechos possíveis, e cada ponto nessa escala é tão provável como qualquer outro, é usado o
ponto médio da escala.
40 - Quando uma única obrigação estiver a ser mensurada, o desfecho individual mais provável
pode ser a melhor estimativa do passivo. Porém, mesmo em tal caso, a entidade considera
outras consequências possíveis. Quando outras consequências possíveis forem ou
maioritariamente mais altas ou maioritariamente mais baixas do que a consequência mais
provável, a melhor estimativa será uma quantia mais alta ou mais baixa. Por exemplo, se uma
entidade tiver de rectificar uma avaria grave numa fábrica importante que tenha construído para
um cliente, a consequência mais provável pode ser a reparação ter sucesso à primeira tentativa
por um custo de 1.000, mas é feita uma provisão por uma quantia maior se houver uma
possibilidade significativa de que serão necessárias tentativas posteriores.
44 - A divulgação das incertezas que rodeiam a quantia do dispêndio é feita de acordo com o
parágrafo 82(b).
46 - Por causa do valor temporal do dinheiro, as provisões relacionadas com exfluxos de caixa que
surjam logo após a data do balanço são mais onerosas do que aquelas em que os exfluxos de
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caixa da mesma quantia surgem mais tarde. As provisões são por isso descontadas, quando o
efeito seja material.
47 - A taxa (ou taxas) de desconto deve(m) ser uma taxa (ou taxas) antes dos pré impostos que
reflicta(m) as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos
específicos do passivo. A(s) taxa(s) de desconto não devem reflectir riscos relativamente aos
quais as estimativas dos fluxos de caixa futuros tenham sido ajustados.
52 - Os ganhos na alienação esperada de activos não são tidos em conta ao mensurar uma
provisão, mesmo que a alienação esperada esteja intimamente ligada ao acontecimento que dá
origem à provisão. A entidade apenas reconhece ganhos nas alienações esperadas de activos
no momento especificado pela NCRF que trata dos respectivos activos.
54 - Na demonstração dos resultados, o gasto relacionado com uma provisão pode ser apresentado
líquido da quantia reconhecida do reembolso que lhe esteja associado.
55 - Algumas vezes, uma entidade é capaz de esperar que outra parte pague parte ou todo o
dispêndio necessário para liquidar a provisão (por exemplo, por intermédio de contratos de
seguro, cláusulas de indemnização ou garantias de fornecedores). A outra parte pode
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57 - Nalguns casos, a entidade não estará comprometida pelos custos em questão se a terceira
parte deixar de efectuar o pagamento. Em tal caso a entidade não tem nenhum passivo por
esses custos não sendo assim incluídos na provisão.
59 - Quando seja usado o desconto, a quantia escriturada de uma provisão aumenta em cada
período para reflectir a passagem do tempo. Este aumento é reconhecido como um gasto
financeiro.
61 - Somente os dispêndios que se relacionem com a provisão original são contrabalançados com a
mesma. Contrabalançar os dispêndios com uma provisão que foi originalmente reconhecida
para uma outra finalidade esconderia o impacto de dois acontecimentos diferentes.
63 - Uma expectativa de perdas operacionais futuras é uma indicação de que certos activos da
unidade operacional podem estar em imparidade, pelo que a entidade deverá testar estes
activos quanto a imparidade segundo a NCRF 12 - Imparidade de Activos.
65 - Muitos contratos (por exemplo, algumas ordens de compra de rotina) podem ser cancelados
sem pagar compensação à outra parte e por isso não há obrigação. Outros contratos
estabelecem tanto direitos como obrigações para cada uma das partes do contrato. Quando os
eventos tornem tal contrato oneroso, o contrato cai dentro do âmbito desta Norma, existindo um
passivo que é reconhecido. Os contratos executivos que não sejam onerosos caiem fora do
âmbito desta Norma.
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66 - Esta Norma define um contrato oneroso como um contrato em que os custos inevitáveis de
satisfazer as obrigações segundo o contrato excedem os benefícios económicos que se espera
venham a ser recebidos segundo o mesmo. Os custos inevitáveis segundo um contrato
reflectem o menor do custo líquido de sair do contrato, que é o mais baixo do custo de o cumprir
e de qualquer compensação ou de penalidades provenientes da falta de o cumprir.
67 - Antes de ser estabelecida uma provisão separada para um contrato oneroso, uma entidade
reconhece qualquer perda de imparidade que tenha ocorrido nos activos inerentes a esse
contrato (ver a NCRF 12 - Imparidade de Activos).
(d) Reorganizações fundamentais que tenham um efeito material na natureza e foco das
operações da entidade.
(a) Tenha um plano formal detalhado para a reestruturação identificando pelo menos:
(b) Tenha criado uma expectativa válida nos afectados de que levará a efeito a reestruturação
ao começar a implementar esse plano ou ao anunciar as suas principais características aos
afectados por ele.
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efeito a reestruturação.
72 - Para que um plano seja suficiente para dar origem a uma obrigação construtiva quando
comunicado aos afectados pelo mesmo, a sua implementação necessita ser planeada para
começar logo que possível e ser completada segundo um calendário que torne improváveis
alterações significativas ao plano. Se se esperar que haverá uma longa demora antes da
reestruturação começar ou que a reestruturação levará um longo tempo não razoável, é
improvável que o plano suscite uma expectativa válida da parte de outros de que a entidade
está presentemente comprometida com a reestruturação, porque o calendário dá oportunidades
à entidade de alterar os seus planos.
73 - Uma decisão de reestruturação, tomada pelo órgão de gestão, antes da data do balanço não
conduz a uma obrigação construtiva à data do balanço a menos que a entidade tenha, antes
desta data:
74 - Se bem que uma obrigação construtiva não seja criada unicamente por uma decisão do órgão
de gestão, uma obrigação pode resultar de outros eventos anteriores juntamente com tal
decisão. Por exemplo, negociações com representantes de empregados para pagamentos de
cessação de emprego, ou com compradores para a venda de uma unidade operacional podem
ter sido concluídas sujeitos somente à aprovação do órgão de gestão. Uma vez que a
aprovação tenha sido obtida e comunicada a outras partes, a entidade tem uma obrigação
construtiva de reestruturar, se as condições do parágrafo 70 forem satisfeitas.
75 - Nenhuma obrigação surge pela venda de uma unidade operacional até que a entidade esteja
comprometida com a venda, isto é, haja um acordo de venda vinculativo.
76 - Mesmo quando uma entidade tenha tomado uma decisão de vender uma unidade operacional e
anunciado publicamente essa decisão, ela não pode estar comprometida com a venda até que
um comprador tenha sido identificado e que haja um acordo vinculativo de venda. Até que haja
um acordo vinculativo de venda, a entidade estará em condições de alterar a sua intenção e na
verdade terá de tomar uma outra orientação se não puder ser encontrado um comprador em
termos aceitáveis. Quando a venda de uma unidade operacional for concebida como parte de
uma reestruturação, os activos da unidade operacional são revistos quanto à sua imparidade,
segundo a NCRF 12 - Imparidade de Activos. Quando uma venda for somente parte de uma
reestruturação, uma obrigação construtiva pode surgir para as outras partes da reestruturação
antes que exista um acordo de venda vinculativo.
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(b) Comercialização; ou
Estes dispêndios relacionam-se com a conduta futura da entidade e não são passivos de
reestruturação à data do balanço. Tais dispêndios são reconhecidos na mesma base como se
surgissem independentemente de uma reestruturação.
79 - Perdas operacionais futuras identificáveis até à data de uma reestruturação não são incluídas
numa provisão, a menos que se relacionem com um contrato oneroso como definido no
parágrafo 8.
80 - Como exigido pelo parágrafo 51, os ganhos esperados na alienação de activos não são tidos
em consideração na mensuração de uma provisão de reestruturação, mesmo se a venda de
activos for vista como parte da reestruturação.
(b) As provisões adicionais feitas no período, incluindo aumentos nas provisões existentes;
82 - A menos que a possibilidade de qualquer exfluxo na liquidação seja remota, uma entidade deve
divulgar para cada classe de passivo contingente à data do balanço uma breve descrição da
natureza do passivo contingente e, quando praticável:
(a) Uma estimativa do seu efeito financeiro, mensurado segundo os parágrafos 35 a 52;
(b) Uma indicação das incertezas que se relacionam com a quantia ou momento de ocorrência
de qualquer exfluxo; e
84 - Quando um influxo de benefícios económicos for provável, uma entidade deve divulgar uma
breve descrição da natureza dos activos contingentes à data do balanço e, quando praticável,
uma estimativa do seu efeito financeiro, mensurada usando os princípios estabelecidos para as
provisões nos parágrafos 35 a 52.
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86 - Quando qualquer da informação exigida pelos parágrafos 82 e 84 não estiver divulgada porque
não é praticável fazê-lo, esse facto deve ser declarado.
Anexo A
Árvore de decisão
A finalidade deste anexo é a de resumir os principais requisitos de reconhecimento da NCRF 21,
para provisões e passivos contingentes.
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Nota: em casos raros, não está claro se há uma obrigação presente. Nestes casos, considera-se
que um acontecimento passado dá origem a uma obrigação presente se, tendo em consideração
toda a evidência disponível, for mais provável do que não que uma obrigação presente exista à data
do balanço (parágrafo 15 desta Norma).
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever os
procedimentos que uma entidade deve aplicar na contabilização e divulgação de subsídios e
apoios do Governo.
Âmbito (parágrafos 2 e 3)
2- Esta Norma deve ser aplicada na contabilização e na divulgação de subsídios do Governo e na
divulgação de outras formas de apoio do Governo.
(b) O apoio do Governo que seja proporcionado a uma entidade na forma de benefícios que
ficam disponíveis ao determinar o rendimento colectável ou que sejam determinados ou
limitados na base de passivos por impostos sobre o rendimento (tais como isenções
temporárias do imposto sobre o rendimento, créditos de impostos por investimentos,
permissão de depreciações aceleradas e taxas reduzidas de impostos sobre o rendimento);
Definições (parágrafos 4 a 7)
4- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
Apoio do Governo: é a acção concebida pelo Governo para proporcionar benefícios económicos
específicos a uma entidade ou a uma categoria de entidades que a eles se propõem segundo
certos critérios. O apoio do Governo, para os fins desta Norma, não inclui os benefícios única e
indirectamente proporcionados através de acções que afectem as condições comerciais gerais,
tais como o fornecimento de infra-estruturas em áreas de desenvolvimento ou a imposição de
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Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento
entre elas.
Subsídios não reembolsáveis: são apoios do governo em que existe um acordo individualizado
da sua concessão a favor da entidade, se tenham cumprido as condições estabelecidas para a
sua concessão e não existam dúvidas de que os subsídios serão recebidos.
Subsídios relacionados com activos: são subsídios do Governo cuja condição primordial é a de
que a entidade que a eles se propõe deve comprar, construir ou por qualquer forma adquirir
activos a longo prazo. Podem também estar ligadas condições subsidiárias restringindo o tipo
ou a localização dos activos ou dos períodos durante os quais devem ser adquiridos ou detidos.
Subsídios relacionados com rendimentos: são subsídios do Governo que não sejam os que
estão relacionados com activos.
5- O apoio do Governo assume muitas formas variando quer na natureza da assistência dada quer
nas condições que estão geralmente ligadas a ele. O propósito dos apoios pode ser o de
encorajar uma entidade a seguir um certo rumo que ela normalmente não teria tomado se o
apoio não fosse proporcionado.
6- A aceitação de apoio do Governo por uma entidade pode ser significativa para a preparação
das demonstrações financeiras por duas razões. Primeira, porque se os recursos tiverem sido
transferidos, deve ser encontrado um método apropriado de contabilização para a transferência.
Segunda, porque é desejável dar uma indicação da extensão pela qual a entidade beneficiou de
tal apoio durante o período de relato. Isto facilita as comparações das demonstrações
financeiras da entidade com as de períodos anteriores e com as de outras entidades.
7- Os subsídios do Governo são algumas vezes denominados por outros nomes, como por
exemplo, dotações, subvenções ou prémios.
9- Um subsídio do Governo não é reconhecido, até que haja segurança razoável de que a
entidade cumprirá as condições a ele associadas, e que o subsídio será recebido. O
recebimento de um subsídio não proporciona ele próprio prova conclusiva de que as condições
associadas ao subsídio tenham sido ou serão cumpridas.
406
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10 - A maneira pela qual um subsídio é recebido não afecta o método contabilístico a ser adoptado
com respeito ao subsídio. Por conseguinte, um subsídio é contabilizado da mesma maneira
quer ele seja recebido em dinheiro quer como redução de um passivo para com o Governo.
11 - Uma vez que o subsídio do Governo seja reconhecido, qualquer contingência relacionada será
tratada de acordo com a NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes.
(a) Quanto aos que respeitam a activos fixos tangíveis depreciáveis e intangíveis com via útil
definida, imputados numa base sistemática como rendimentos durante os períodos
necessários para balanceá-los com os gastos relacionados que se pretende que eles
compensem;
(b) Quanto aos que respeitem a activos fixos tangíveis não depreciáveis e intangíveis com vida
útil indefinida, mantidos nos Capitais Próprios, excepto se a respectiva quantia for
necessária para compensar qualquer perda por imparidade.
15 - Na maior parte dos casos os períodos durante os quais uma entidade reconhece os custos ou
gastos relacionados com um subsídio do Governo são prontamente determináveis e, por
conseguinte, os subsídios associados ao reconhecimento de gastos específicos são
reconhecidos como rédito no mesmo período do gasto relacionado. Semelhantemente, os
subsídios relacionados com activos depreciáveis são geralmente reconhecidos como
rendimento durante os períodos e na proporção em que a depreciação desses activos é
reconhecida.
17 - Os subsídios são algumas vezes recebidos como um pacote de ajudas financeiras ou fiscais a
que estão associadas um certo número de condições. Em tais casos, é necessário cuidado na
identificação das condições que dão origem aos custos e gastos que determinam os períodos
durante os quais o subsídio será obtido. Pode ser apropriado imputar parte de um subsídio
numa determinada base e parte numa outra.
18 - Um subsídio do Governo que se torne recebível como compensação por gastos ou perdas já
incorridos ou para a finalidade de dar suporte financeiro imediato à entidade sem qualquer
futuro custo relacionado deve ser reconhecido como rendimento do período em que se tornar
recebível.
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20 - Um subsídio do Governo pode tornar-se recebível por uma entidade como compensação por
gastos ou perdas incorridos num período anterior. Um tal subsídio é reconhecido como
rendimento do período em que se tornar recebível, com a divulgação necessária para assegurar
que o seu efeito seja claramente compreendido.
408
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26 - Certas formas de apoio do Governo que não possam ter um valor razoavelmente atribuído são
excluídas da definição de apoio do Governo dada no parágrafo 4, assim como as transacções
com o Governo que não possam ser distinguidas das operações comerciais normais da
entidade.
27 - São exemplos de apoio que não podem de uma maneira razoável ter valor atribuído os
conselhos técnicos e de comercialização gratuitos e a concessão de garantias. Um exemplo de
apoio que não pode ser distinguido das operações comerciais normais da entidade é o da
política de aquisições do Governo a qual seja responsável por parte das vendas da entidade. A
existência do benefício pode ser indiscutível mas qualquer tentativa de segregar as actividades
comerciais das do apoio do Governo pode muito bem ser arbitrária.
28 - O significado do benefício nos exemplos atrás pode ser tal que a divulgação da natureza,
extensão e duração do apoio seja necessária a fim de que as demonstrações financeiras não
sejam enganosas.
29 - Os empréstimos sem juros ou a taxas de juros baixos são uma forma de apoio do Governo,
mas o benefício não é quantificado pela imputação de juros.
(c) Condições não satisfeitas e outras contingências ligadas ao apoio do Governo que tenham
sido reconhecidas.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
409
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Objectivo (parágrafos 1 e 2)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever como se
devem incluir transacções em moeda estrangeira e unidades operacionais estrangeiras nas
demonstrações financeiras de uma entidade e como se deve transpor demonstrações
financeiras para uma moeda de apresentação.
Além disso, uma entidade pode apresentar as suas demonstrações financeiras numa moeda
estrangeira.
2- As principais questões prendem-se com a(s) taxa(s) de câmbio a usar e com o relato dos
efeitos das alterações nas taxas de câmbio nas demonstrações financeiras.
Âmbito (parágrafos 3 a 7)
3- Esta Norma deve ser aplicada:
(c) Na transposição dos resultados e da posição financeira de uma entidade para a moeda de
apresentação.
4- Além disso, esta Norma aplica-se, também, quando uma entidade transpõe quantias
relacionadas com derivados da sua moeda funcional para a sua moeda de apresentação.
5- Esta Norma aplica-se à apresentação das demonstrações financeiras de uma entidade numa
moeda estrangeira e estabelece os requisitos para que as demonstrações financeiras
resultantes sejam descritas como estando em conformidade com as Normas Contabilísticas e
de Relato Financeiro. Para transposições de informação financeira para uma moeda estrangeira
que não satisfaçam estes requisitos, esta Norma especifica a informação a divulgar.
6- Esta Norma não trata da apresentação numa demonstração de fluxos de caixa provenientes de
transacções numa moeda estrangeira e da transposição de fluxos de caixa de uma unidade
operacional estrangeira (ver NCRF 2 - Demonstração de Fluxos de Caixa).
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Itens monetários: são unidades monetárias detidas e activos e passivos a receber ou a pagar
num número fixado ou determinável de unidades monetárias.
Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento
entre elas.
Moeda estrangeira: é uma moeda que não seja a moeda funcional da entidade.
(a) A moeda:
(i) Que influencia principalmente os preços de venda dos bens e serviços (muitas vezes,
esta será a moeda na qual os preços de venda dos seus bens e serviços serão
denominados e liquidados); e
(a) A moeda na qual são gerados os fundos provenientes de actividades de financiamento (i.e.
a emissão de instrumentos de dívida e de capital próprio);
411
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retidos.
(a) As actividades de uma unidade operacional estrangeira serem realizadas como extensão da
entidade que relata, em vez de o serem com um grau significativo de autonomia. Um
exemplo da primeira situação é quando a unidade operacional estrangeira apenas vende
bens importados da entidade que relata e remete os proventos para esta. Um exemplo da
segunda situação é quando a unidade operacional acumula caixa e outros itens monetários,
incorre em gastos, gera rendimento e obtém empréstimos, todos substancialmente na sua
moeda local;
(b) As transacções com a entidade que relata serem uma proporção alta ou baixa das
actividades da unidade operacional estrangeira;
(d) Os fluxos de caixa resultantes das actividades da unidade operacional estrangeira serem
suficientes para servir o cumprimento da dívida existente e normalmente esperada sem que
sejam disponibilizados fundos pela entidade que relata.
12 - Quando os indicadores atrás forem mistos e a moeda funcional não for óbvia, o órgão de gestão
usa o seu juízo de valor para determinar a moeda funcional que mais fidedignamente
representa os efeitos económicos das transacções, acontecimentos e condições subjacentes.
Como parte desta abordagem, o órgão de gestão dá prioridade aos indicadores do parágrafo 7
antes de considerar os indicadores dos parágrafos 10 e 11, que foram concebidos para
proporcionar evidência adicional de suporte para determinar a moeda funcional de uma
entidade.
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18 - Muitas entidades que relatam compreendem um número de entidades individuais (por exemplo,
um grupo é composto por uma empresa-mãe e uma ou mais subsidiárias). Vários tipos de
entidades, sejam membros de um grupo ou de outro, podem ter investimentos em associadas
ou empreendimentos conjuntos. Também podem ter sucursais. É necessário que os resultados
e a posição financeira de cada entidade individual incluída na entidade que relata sejam
transpostos para a moeda na qual a entidade que relata apresenta as suas demonstrações
financeiras. Esta Norma permite que a moeda de apresentação de uma entidade que relata seja
qualquer moeda (ou moedas). Os resultados e a posição financeira de qualquer entidade
individual da entidade que relata e cuja moeda funcional difira da moeda de apresentação são
transpostos de acordo com os parágrafos 37 a 49.
19 - Esta Norma também permite que uma entidade autónoma que prepare demonstrações
financeiras de acordo com a NCRF 15 - Investimentos em Subsidiárias e Consolidação
apresente as suas demonstrações financeiras em qualquer moeda (ou moedas). Se a moeda
de apresentação da entidade diferir da sua moeda funcional, os seus resultados e posição
financeira também são transpostos para a moeda de apresentação de acordo com os
parágrafos 37 a 49.
(a) Compra ou vende bens ou serviços cujo preço seja denominado numa moeda estrangeira;
(b) Pede emprestado ou empresta fundos quando as quantias a pagar ou a receber sejam
estabelecidas numa moeda estrangeira; ou
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(c) Por qualquer forma adquire ou aliena activos ou incorre ou liquida passivos, denominados
numa moeda estrangeira.
(a) Os itens monetários em moeda estrangeira devem ser transpostos pelo uso da taxa de
fecho;
(b) Os itens não monetários que sejam mensurados em termos de custo histórico numa moeda
estrangeira devem ser transpostos pelo uso da taxa de câmbio à data da transacção;
(c) Os itens não monetários que sejam mensurados pelo justo valor numa moeda estrangeira
devem ser transpostos pelo uso das taxas de câmbio que existiam quando os valores foram
determinados.
(a) O custo ou quantia escriturada, conforme apropriado, transposto à taxa de câmbio na data
em que a quantia foi determinada (i.e. a taxa à data da transacção para um item mensurado
em termos de custo histórico); e
(b) O valor realizável líquido ou quantia recuperável, conforme apropriado, transposto à taxa de
câmbio na data em que o valor foi determinado (por exemplo, a taxa de fecho à data do
balanço). O efeito desta comparação pode ser que uma perda por imparidade seja
reconhecida na moeda funcional, mas não seja reconhecida na moeda estrangeira, ou vice
versa.
414
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26 - Quando estão disponíveis várias taxas de câmbio, a taxa usada é aquela pela qual os futuros
fluxos de caixa representados pela transacção ou saldo poderiam ter sido liquidados se esses
fluxos de caixa tivessem ocorrido na data da mensuração. Se a convertibilidade entre duas
moedas estiver temporariamente suspensa, a taxa usada é a primeira taxa subsequente pela
qual os câmbios podem ser efectuados.
28 - Quando itens monetários resultam de uma transacção em moeda estrangeira e ocorre uma
alteração na taxa de câmbio, entre a data da transacção e a data da liquidação, o resultado é
uma diferença de câmbio. Quando a transacção é liquidada dentro do mesmo período
contabilístico em que ocorreu, toda a diferença de câmbio é reconhecida nesse período. Porém,
quando a transacção é liquidada num período contabilístico subsequente, a diferença de
câmbio reconhecida em cada período até à data de liquidação é determinada pela alteração nas
taxas de câmbio durante cada período.
29 - Quando um ganho ou uma perda num item não monetário é reconhecido directamente no
capital próprio, qualquer diferença de câmbio incluída nesse ganho ou perda deve ser
reconhecida directamente no capital próprio. Quando um ganho ou uma perda com um item não
monetário é reconhecido nos resultados, qualquer diferença de câmbio incluída nesse ganho ou
perda deve ser reconhecida nos resultados.
30 - Outras Normas exigem que alguns ganhos ou perdas sejam reconhecidos directamente no
capital próprio. Por exemplo, a NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis exige que alguns ganhos ou
perdas resultantes de uma revalorização de activos fixos tangíveis sejam reconhecidos
directamente no capital próprio. Quando um tal activo é mensurado numa moeda estrangeira, o
parágrafo 23(c) desta Norma exige que a quantia revalorizada seja transposta usando a taxa à
data em que o valor é determinado, resultando numa diferença de câmbio que também é
reconhecida no capital próprio.
32 - Quando um item monetário fizer parte do investimento líquido numa unidade operacional
estrangeira de uma entidade que relata e está denominado na moeda funcional da entidade que
relata, surge uma diferença de câmbio nas demonstrações financeiras individuais da unidade
operacional estrangeira. Da mesma forma, se esse item estiver denominado na moeda
funcional da unidade operacional estrangeira, surge uma diferença de câmbio nas
demonstrações financeiras separadas da entidade que relata. Essas diferenças de câmbio são
reclassificadas num componente separado de capital próprio nas demonstrações financeiras
que incluem a unidade operacional estrangeira e a entidade que relata (i.e. as demonstrações
financeiras nas quais a unidade operacional estrangeira está integral ou proporcionalmente
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33 - Quando uma entidade mantiver os seus livros e registos numa moeda diferente da sua moeda
funcional, no momento em que a entidade preparar as suas demonstrações financeiras, todas
as quantias são transpostas para a moeda funcional de acordo com os parágrafos 20 a 26. Isto
resulta nas mesmas quantias na moeda funcional que teriam ocorrido se os itens tivessem sido
registados inicialmente na moeda funcional. Por exemplo, os itens monetários são transpostos
para a moeda funcional usando a taxa de fecho, e os itens não monetários que são mensurados
numa base do custo histórico são transpostos usando a taxa de câmbio à data da transacção
que resultou no seu reconhecimento.
35 - Conforme referido no parágrafo 13, a moeda funcional de uma entidade reflecte as transacções,
acontecimentos e condições subjacentes que sejam relevantes para a entidade. Em
conformidade, uma vez determinada a moeda funcional, ela só pode ser alterada se ocorrer
uma alteração nessas transacções, acontecimentos e condições subjacentes. Por exemplo,
uma alteração na moeda que influencia principalmente os preços de venda dos bens e serviços
pode levar a uma alteração na moeda funcional de uma entidade.
38 - Os resultados e posição financeira de uma entidade cuja moeda funcional não seja a moeda de
uma economia hiperinflacionária devem ser transpostos para uma moeda de apresentação
diferente usando os seguintes procedimentos:
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(a) Os activos e passivos de cada balanço apresentado (i.e. incluindo comparativos) devem ser
transpostos à taxa de fecho na data desse balanço;
(c) Todas as diferenças de câmbio resultantes devem ser reconhecidas como um componente
separado de capital próprio.
39 - Por razões práticas, é muitas vezes usada uma taxa que se aproxime das taxas de câmbio à
data das transacções, por exemplo, uma taxa média do período, para transpor os itens de
rendimentos e de gastos. Porém, se as taxas de câmbio variarem significativamente, o uso da
taxa média de um período não é apropriado.
(a) Da transposição de rendimentos e gastos às taxas de câmbio nas datas das transacções e
de activos e passivos à taxa de fecho. Essas diferenças de câmbio derivam tanto dos itens
de rendimentos e de gastos reconhecidos nos resultados como daqueles reconhecidos
directamente no capital próprio;
(b) Da transposição dos activos líquidos de abertura a uma taxa de fecho que difira da taxa de
fecho anterior.
Estas diferenças de câmbio não são reconhecidas nos resultados porque as alterações nas
taxas de câmbio têm pouco ou nenhum efeito sobre os fluxos de caixa presentes e futuros das
unidades operacionais. Quando as diferenças de câmbio se relacionam com uma unidade
operacional estrangeira que esteja consolidada mas não totalmente detida, as diferenças de
câmbio acumuladas resultantes da transposição e atribuíveis a interesses minoritários são
imputadas a, e reconhecidas como parte de, interesses minoritários no balanço consolidado.
41 - Os resultados e posição financeira de uma entidade cuja moeda funcional seja a moeda de uma
economia hiperinflacionária devem ser transpostos para uma moeda de apresentação diferente
usando os seguintes procedimentos:
(a) Todas as quantias (i.e. activos, passivos, itens de capital próprio, rendimento e gastos,
incluindo comparativos) devem ser transpostas à taxa de fecho na data do balanço mais
recente, excepto que
(b) Quando as quantias são transpostas para a moeda de uma economia não hiperinflacionária,
as quantias comparativas devem ser aquelas que tenham sido apresentadas como quantias
do ano corrente nas demonstrações financeiras relevantes do ano anterior (i.e. não
ajustadas para alterações subsequentes no nível de preço ou alterações subsequentes nas
taxas de câmbio).
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48 - Uma entidade pode alienar os seus interesses numa unidade operacional estrangeira pela
venda, pela liquidação, pelo reembolso do capital por acções ou pelo abandono de parte ou da
totalidade dessa entidade. O pagamento de um dividendo faz parte de uma alienação apenas
quando constituir um retorno do investimento, por exemplo, quando o dividendo pago for
originado por lucros anteriores à aquisição. No caso de uma alienação parcial, apenas é
incluída no ganho ou na perda a parte proporcional da diferença de câmbio acumulada
relacionada. Uma redução da quantia escriturada de uma unidade operacional estrangeira não
constitui uma alienação parcial. Em conformidade, nenhuma parte do ganho ou perda cambial
diferido é reconhecida nos resultados no momento da redução.
(a) A quantia das diferenças de câmbio reconhecidas nos resultados excepto as que resultem
de instrumentos financeiros mensurados pelo justo valor através dos resultados (vide IAS
39, em conformidade com o texto original do Regulamento (CE) 1126/2008 da Comissão, de
3 de Novembro);
52 - Quando a moeda de apresentação for diferente da moeda funcional, esse facto deve ser
declarado, junto com a divulgação da moeda funcional e a razão para o uso de uma moeda de
apresentação diferente.
53 - Quando houver uma alteração na moeda funcional tanto da entidade que relata como de uma
unidade operacional estrangeira significativa, esse facto e a razão para a alteração na moeda
funcional devem ser divulgados.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
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Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de estabelecer:
(a) Quando uma entidade deve ajustar as suas demonstrações financeiras quanto a
acontecimentos após a data do balanço; e
(i) Quanto à data em que as demonstrações financeiras foram autorizadas para emissão;
A Norma também exige que uma entidade não deve preparar as suas demonstrações
financeiras numa base de continuidade se os acontecimentos após a data do balanço indicarem
que o pressuposto da continuidade não é apropriado.
Âmbito (parágrafo 2)
2- Esta Norma deve ser aplicada na contabilização e divulgação de acontecimentos após a data
do balanço.
Definições (parágrafos 3 e 4)
3- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
(a) Aqueles que proporcionem prova de condições que existiam à data do balanço
(acontecimentos após a data do balanço que dão lugar a ajustamentos); e
(b) Aqueles que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balanço
(acontecimentos após a data do balanço que não dão lugar a ajustamentos).
Data de autorização para emissão das demonstrações financeiras: é a data a partir da qual as
demonstrações financeiras aprovadas pelo órgão de gestão se disponibilizam para
conhecimento de terceiros ou, se aplicável, dum conselho de supervisão (constituído
unicamente por não-executivos).
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6- Exemplos de acontecimentos ocorridos após a data do balanço que dão lugar a ajustamentos e
que exigem que uma entidade ajuste as quantias reconhecidas nas suas demonstrações
financeiras, ou que reconheça itens que não foram anteriormente reconhecidos, são:
(a) A resolução, após a data do balanço, de um caso judicial que confirma que a entidade tinha
uma obrigação presente à data do balanço. A entidade ajusta qualquer provisão
anteriormente reconhecida relacionada com este caso judicial de acordo com a NCRF 21 -
Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes ou reconhece uma nova provisão.
A entidade não pode divulgar meramente um passivo contingente porque a resolução
proporciona provas adicionais que seriam consideradas de acordo com da NCRF 21;
(b) A recepção de informação após a data do balanço que indique que um activo estava em
imparidade à data do balanço, ou que a quantia da perda por imparidade anteriormente
reconhecida para esse activo necessita de ser ajustada, tal como ocorre, designadamente,
nas seguintes situações:
(i) A falência de um cliente que ocorre após a data do balanço confirma, normalmente, que
existia uma perda à data do balanço numa conta a receber comercial e que a entidade
necessita de ajustar a respectiva quantia escriturada; e
(ii) A venda de inventários após a data do balanço pode dar evidência acerca do valor
realizável líquido à data do balanço;
(e) A descoberta de fraudes ou erros que mostrem que as demonstrações financeiras estão
incorrectas.
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balanço.
(b) O órgão de gestão estiver ciente de incertezas materiais relacionadas com acontecimentos
ou condições que possam lançar dúvida significativa na capacidade da entidade para
prosseguir em continuidade. Os acontecimentos ou condições que exijam divulgação
podem surgir após a data do balanço.
17 - Nalguns casos, uma entidade necessita de actualizar as divulgações nas suas demonstrações
financeiras para reflectir as informações recebidas após a data do balanço, mesmo quando as
informações não afectam as quantias que a entidade reconhece nas suas demonstrações
financeiras. Um exemplo da necessidade de actualizar divulgações é quando fica disponível
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evidência após a data do balanço acerca de um passivo contingente que existia à data do
balanço. Além de considerar se deve ou não reconhecer ou alterar uma provisão segundo a
NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes, uma entidade actualiza
as suas divulgações acerca do passivo contingente à luz dessa evidência.
(b) Uma estimativa do efeito financeiro, ou uma declaração de que tal estimativa não pode ser
feita.
19 - Exemplos de acontecimentos após a data do balanço que não dão lugar a ajustamentos e que
dão lugar a divulgação:
(a) Uma importante concentração de actividades empresariais após a data do balanço (a NCRF
14 - Concentrações de Actividades Empresariais exige divulgações específicas em tais
casos) ou a alienação de uma importante subsidiária;
(c) Importantes compras de activos, classificação de activos como detidos para venda de
acordo com a NCRF 8 - Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades
Operacionais Descontinuadas, outras alienações de activos, ou expropriação de activos
importantes pelo Governo;
(h) Alterações nas taxas fiscais ou leis fiscais decretadas ou anunciadas, que tenham um efeito
significativo nos activos e passivos por impostos correntes e diferidos;
(i) Celebrar compromissos significativos ou passivos contingentes, por exemplo, pela emissão
de garantias significativas; e
(j) Iniciar litígios importantes que provenham unicamente de acontecimentos que ocorreram
após a data do balanço.
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Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever o tratamento
contabilístico dos impostos sobre o rendimento e em especial no que respeita a:
(a) Recuperação futura (liquidação) da quantia escriturada de activos (passivos) que sejam
reconhecidos no balanço de uma entidade; e
(b) Transacções e outros acontecimentos do período corrente que sejam reconhecidos nas
demonstrações financeiras de uma entidade.
Está inerente no reconhecimento de um activo ou passivo que a entidade que relata espera
recuperar ou liquidar a quantia escriturada do activo ou passivo. Se for provável que a
recuperação ou liquidação dessa quantia escriturada fizer com que os pagamentos futuros de
impostos sejam maiores (menores) do que seriam se tais recuperações ou liquidações não
tivessem consequências fiscais, esta Norma exige que uma entidade reconheça um passivo por
impostos diferidos (activo por impostos diferidos), com certas excepções limitadas.
Esta Norma exige que uma entidade contabilize as consequências fiscais de transacções e de
outros acontecimentos da mesma forma que contabiliza as próprias transacções e outros
acontecimentos. Assim, relativamente, a transacções e outros acontecimentos reconhecidos
nos resultados, qualquer efeito fiscal relacionado também é reconhecido nos resultados. No que
diz respeito a transacções e outros acontecimentos reconhecidos directamente no capital
próprio, qualquer efeito fiscal relacionado também é reconhecido directamente no capital
próprio. Do mesmo modo, o reconhecimento de activos e passivos por impostos diferidos numa
concentração de actividades empresariais afecta a quantia de goodwill resultante dessa
concentração de actividades empresariais ou a quantia de qualquer excesso do interesse da
adquirente no justo valor líquido de activos, passivos e passivos contingentes identificáveis da
adquirida do custo da concentração.
Esta Norma trata também do reconhecimento dos activos por impostos diferidos provenientes
de perdas fiscais não usadas ou de créditos fiscais não usados, da apresentação de impostos
sobre o rendimento nas demonstrações financeiras e da divulgação da informação relacionada
com impostos sobre o rendimento.
Âmbito (parágrafos 2 a 4)
2- Esta Norma deve ser aplicada na contabilização de impostos sobre o rendimento.
4- Esta Norma não trata dos métodos de contabilização dos subsídios do Governo (NCRF 22 -
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Definições (parágrafos 5 e 6)
5- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
Activos por impostos diferidos: são as quantias de impostos sobre o rendimento recuperáveis
em períodos futuros respeitantes a:
Base fiscal de um activo ou de um passivo: é a quantia atribuída a esse activo ou passivo para
fins fiscais.
(a) Diferenças temporárias tributáveis, que são diferenças temporárias de que resultam
quantias tributáveis na determinação do lucro tributável (perda fiscal) de períodos futuros
quando a quantia escriturada do activo ou do passivo seja recuperada ou liquidada; ou
(b) Diferenças temporárias dedutíveis, que são diferenças temporárias de que resultam
quantias que são dedutíveis na determinação do lucro tributável (perda fiscal) de períodos
futuros quando a quantia escriturada do activo ou do passivo seja recuperada ou liquidada.
Lucro tributável (perda fiscal): é o lucro (ou perda) de um período, determinado de acordo com
as regras estabelecidas pelas autoridades fiscais, sobre o qual são pagos (ou recuperáveis)
impostos sobre o rendimento.
Passivos por impostos diferidos: são as quantias de impostos sobre o rendimento pagáveis em
períodos futuros com respeito a diferenças temporárias tributáveis.
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8- A base fiscal de um passivo é a sua quantia escriturada, menos qualquer quantia que será
dedutível para finalidades fiscais com respeito a esse passivo em períodos futuros. No caso de
réditos que sejam recebidos adiantadamente, a base fiscal do passivo resultante é a sua
quantia escriturada, menos qualquer quantia dos réditos que não serão tributáveis em períodos
futuros.
9- Alguns itens têm uma base fiscal mas não são reconhecidos como activos e como passivos no
balanço. Por exemplo, os custos de pesquisa são reconhecidos como um gasto na
determinação do lucro contabilístico no período em que forem incorridos mas podem não ser
permitidos como uma dedução na determinação do lucro tributável (perda fiscal) até um período
posterior. A diferença entre a base fiscal dos custos de pesquisa, que é a quantia que as
autoridades fiscais permitirão como dedução em períodos futuros, e a quantia escriturada nula é
uma diferença temporária dedutível que resulta num activo por impostos diferidos.
13 - O benefício relacionado com uma perda fiscal que possa ser reportada para recuperar impostos
correntes de um período anterior deve ser reconhecido como um activo.
14 - Quando uma perda fiscal for usada para recuperar impostos correntes de um período anterior,
uma entidade reconhece o benefício como um activo do período em que a perda fiscal ocorra
porque é provável que o benefício fluirá para a entidade e que o benefício pode ser fiavelmente
mensurado.
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(ii) Não afecte, no momento da transacção, nem o lucro contabilístico nem o lucro tributável
(perda fiscal).
16 - Está inerente no reconhecimento de um activo que a sua quantia escriturada será recuperada
na forma de benefícios económicos que fluam para a entidade nos períodos futuros. Quando a
quantia escriturada do activo exceder a sua base fiscal, a quantia dos benefícios económicos
tributáveis excederá a quantia que será permitida como dedução para finalidades de tributação.
Esta diferença é uma diferença temporária tributável e a obrigação de pagar os resultantes
impostos sobre o rendimento em períodos futuros é um passivo por impostos diferidos. Como a
entidade recupera a quantia escriturada do activo, a diferença temporária tributável reverterá e
a entidade terá lucro tributável. Isto faz com que seja provável que benefícios económicos
fluirão da entidade na forma de pagamento de impostos. Por isso, esta Norma exige o
reconhecimento de todos os passivos por impostos diferidos, excepto em certas circunstâncias
descritas nos parágrafos 15 e 41.
(b) Os activos são revalorizados e nenhum ajustamento equivalente é feito para finalidades
fiscais (ver parágrafo 20);
(c) O goodwill resulta numa concentração de actividades empresariais (ver parágrafo 21);
(d) A base fiscal de um activo ou passivo no reconhecimento inicial difere da sua quantia
escriturada inicial, por exemplo, quando uma entidade beneficia de subsídios do Governo
não tributáveis relacionados com activos (ver parágrafo 24); ou
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(a) A entidade não pretender alienar o activo. Em tais casos, a quantia escriturada revalorizada
do activo será recuperada pelo uso e isto gerará rendimento tributável que excede a
depreciação que será permitida para finalidades tributáveis nos períodos futuros; ou
22 - As reduções posteriores num passivo por impostos diferidos que não seja reconhecido por
resultar do reconhecimento inicial do goodwill também são consideradas como resultando do
reconhecimento inicial do goodwill, não sendo portanto reconhecidas.
23 - Os passivos por impostos diferidos por diferenças temporárias tributáveis relacionadas com o
goodwill são, porém, reconhecidos até ao ponto em que não resultem do reconhecimento inicial
do goodwill.
(a) Numa concentração de actividades empresariais, uma entidade reconhece qualquer passivo
ou activo por impostos diferidos e isso afecta a quantia do goodwill ou a quantia de qualquer
excesso acima do custo da concentração do interesse da adquirente no justo valor líquido
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dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis da adquirida (ver parágrafo 21);
(c) Se a transacção não for uma concentração de actividades empresariais, e não afectar nem
o lucro contabilístico nem o lucro tributável, uma entidade, na ausência da excepção
prevista nos parágrafos 15 e 25, reconheceria o passivo ou activo diferido resultante e
ajustaria a quantia escriturada do activo ou passivo pela mesma quantia. Tais ajustamentos
tornariam as demonstrações financeiras menos transparentes. Por isso, esta Norma não
permite que uma entidade reconheça o passivo ou activo por impostos diferidos resultante,
quer no reconhecimento inicial ou subsequentemente. Para além disso, uma entidade não
reconhece alterações subsequentes no passivo ou activo por impostos diferidos não
reconhecidos enquanto o activo é depreciado.
(b) No momento da transacção, não afecte o lucro contabilístico nem o lucro tributável (perda
fiscal).
28 - É provável que lucro tributável esteja disponível e contra o qual uma diferença temporária
dedutível possa ser utilizada quando haja diferenças temporárias tributáveis suficientes
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relacionadas com a mesma autoridade fiscal e com a mesma entidade tributável que se
esperem inverter:
(b) Nos períodos em que uma perda fiscal proveniente do activo por impostos diferidos possa
ser reportada ou transportada.
(a) Seja provável que a entidade tenha lucros tributáveis suficientes relacionados com a mesma
autoridade fiscal e a mesma entidade tributável no mesmo período em que a reversão das
diferenças temporárias dedutíveis (ou nos períodos em que a perda fiscal proveniente do
activo por impostos diferidos possa ser reportada ou transportada). Ao avaliar se terá ou
não lucro tributável suficiente em períodos futuros, uma entidade ignora quantias tributáveis
provenientes de diferenças temporárias dedutíveis que se esperem que se originem em
períodos futuros, porque os activos por impostos diferidos provenientes destas diferenças
temporárias dedutíveis exigirão elas próprias lucros tributáveis futuros a fim de serem
utilizadas; ou
(b) Estejam disponíveis oportunidades de planeamento de impostos para a entidade, que criará
lucro tributável em períodos apropriados.
30 - Quando uma entidade tenha uma história de prejuízos recentes, a entidade considera a
orientação dos parágrafos 32 e 33.
32 - Os critérios para reconhecer activos por impostos diferidos provenientes do reporte de perdas
fiscais e de créditos de impostos não utilizados são os mesmos que os critérios para o
reconhecimento de activos por impostos diferidos provenientes de diferenças temporárias
dedutíveis. Porém, a existência de perdas fiscais não usadas é forte prova de que podem não
estar disponíveis lucros tributáveis futuros. Por isso, quando uma entidade tenha uma história
de perdas recentes, a entidade reconhece um activo por impostos diferidos proveniente de
perdas fiscais ou de créditos tributáveis não utilizados somente até ao ponto que a entidade
tenha suficientes diferenças temporárias tributáveis ou que haja outras provas convincentes de
que lucros tributáveis suficientes estarão disponíveis contra os quais as perdas fiscais não
utilizadas ou créditos tributáveis não utilizados possam ser utilizados pela entidade. Em tais
circunstâncias, o parágrafo 75 exige a divulgação da quantia do activo por impostos diferidos e
da natureza da prova que suporta o seu reconhecimento.
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(b) Se for provável que a entidade tenha lucros tributáveis antes das perdas fiscais não usadas
ou que créditos tributáveis não usados expirem;
(c) Se as perdas fiscais não usadas resultarem de causas identificáveis que provavelmente não
se repetirão.
Até ao ponto em que não seja provável que lucros tributáveis estejam disponíveis contra os
quais as perdas fiscais não usadas ou créditos tributáveis não usados possam ser utilizados, o
activo por impostos diferidos não é reconhecido.
(b) Alterações nas taxas de câmbio quando uma empresa-mãe e a sua subsidiária estão
localizadas em países diferentes; e
(c) Uma redução na quantia escriturada de um investimento numa associada para a sua
quantia recuperável.
36 - Uma entidade deve reconhecer um passivo por impostos diferidos para todas as diferenças
temporárias tributáveis associadas aos investimentos em subsidiárias, sucursais e associadas e
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(b) Que seja provável que a diferença temporária não se reverterá no futuro previsível.
38 - Os activos e passivos não monetários de uma entidade são mensurados na sua moeda
funcional (ver NCRF 23 - Os Efeitos de Alterações em Taxas de Câmbio). Se os lucros
tributáveis e as perdas fiscais (e, consequentemente, a base fiscal dos seus activos e passivos
não monetários) forem determinados numa moeda diferente, as alterações na taxa de câmbio
originam diferenças temporárias que resultam num passivo ou (dependendo do parágrafo 25)
activo por impostos diferidos reconhecido. O imposto diferido resultante é debitado ou creditado
nos resultados (ver parágrafo 52).
39 - Um investidor numa associada não controla essa entidade e geralmente não está numa posição
para determinar a sua política de dividendos. Por isso, na ausência de um acordo exigindo que
os lucros da associada não serão distribuídos no futuro previsível, um investidor reconhece um
passivo por impostos diferidos provenientes de diferenças temporárias tributáveis associadas
ao investimento na associada. Em alguns casos, um investidor pode não ser capaz de
determinar a quantia de impostos que serão pagos se ele recuperar o custo do seu investimento
na associada mas pode determinar que igualará ou excederá uma quantia mínima. Em tais
casos, o passivo por impostos diferidos é mensurado por essa quantia.
41 - Uma entidade deve reconhecer um activo por impostos diferidos para todas as diferenças
temporárias dedutíveis provenientes de investimentos em subsidiárias, associadas e interesses
em empreendimentos conjuntos, até ao ponto em que, e somente até ao ponto em que, seja
provável que:
(b) Estará disponível o lucro tributável contra o qual a diferença temporária possa ser utilizada.
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44 - Os activos e passivos por impostos diferidos devem ser mensurados pelas taxas fiscais que se
espera que sejam de aplicar no período quando seja realizado o activo ou seja liquidado o
passivo, com base nas taxas fiscais (e leis fiscais) que estejam aprovadas à data do balanço.
45 - A mensuração de passivos por impostos diferidos e de activos por impostos diferidos deve
reflectir as consequências fiscais que se seguem derivadas da maneira pela qual a entidade
espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus activos e
passivos.
46 - Em alguns casos, a maneira pela qual uma entidade recupera (liquida) a quantia escriturada de
um activo (passivo) pode afectar a base fiscal do activo (passivo). Em tais casos, uma entidade
mensura os passivos por impostos diferidos e activos por impostos diferidos usando a base
fiscal que seja consistente com a maneira esperada de recuperação ou liquidação.
48 - A determinação fiável de activos e passivos por impostos diferidos numa base descontada
exige calendarização pormenorizada da tempestividade da reversão de cada diferença
temporária. Em muitos casos tal calendarização é impraticável ou altamente complexa. Por
isso, é inapropriado exigir desconto de activos e passivos diferidos. Permitir, mas não exigir o
desconto, resultaria em activos e passivos por impostos diferidos que não seriam comparáveis
entre entidades. Por isso, esta Norma não exige nem permite o desconto de activos e passivos
por impostos diferidos.
50 - A quantia escriturada de um activo por impostos diferidos deve ser revista à data de cada
balanço. Uma entidade deve reduzir a quantia escriturada de um activo por impostos diferidos
até ao ponto em que deixe de ser provável que lucros tributáveis suficientes estarão disponíveis
para permitir que o benefício de parte ou todo desse activo por impostos diferidos seja utilizado.
Qualquer redução deve ser revertida até ao ponto que se torne provável que lucros tributáveis
suficientes estarão disponíveis.
(a) Uma transacção ou acontecimento que seja reconhecido, no mesmo ou num diferente
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53 - A maior parte dos passivos por impostos diferidos e de activos por impostos diferidos surge
quando os rendimentos ou gastos sejam incluídos no lucro contabilístico num período, se bem
que sejam incluídos no lucro tributável (perda fiscal) noutro período diferente. O imposto diferido
resultante é reconhecido na demonstração dos resultados.
54 - A quantia escriturada dos activos e passivos por impostos diferidos pode alterar-se mesmo se
não houver alteração na quantia das diferenças temporárias relacionadas. Isto pode resultar,
por exemplo, de:
56 - As Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro exigem ou permitem que certos itens sejam
creditadas ou debitadas directamente ao capital próprio. São exemplos de tais itens:
(a) Uma alteração na quantia escriturada proveniente da revalorização do activo fixo tangível
(ver a NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis);
(a) Uma alteração na taxa do imposto ou noutras regras de impostos que afecte um activo ou
passivo por impostos diferidos relacionado (no todo ou em parte) com um item que esteja
previamente debitado ou creditado ao capital próprio; ou
(b) Uma entidade determine que um activo por impostos diferidos deva ser reconhecido, ou
deixe de ser reconhecido por inteiro, e o activo por impostos diferidos se relacione (no todo
ou em parte) com um item que tenha sido anteriormente debitado ou creditado ao capital
próprio.
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Em tais casos, o imposto corrente e diferido relacionado com itens que sejam creditados ou
debitados ao capital próprio é baseado numa imputação pro rata razoável do imposto corrente e
diferido da entidade, ou outro método que atinja uma imputação mais apropriada nas
circunstâncias.
58 - A NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis, não especifica se uma entidade deve transferir ano a ano
o excedente (reserva) de revalorização para resultados transitados uma quantia igual à
diferença entre a depreciação ou amortização de um activo revalorizado e a depreciação ou
amortização baseada no custo desse activo. Se uma entidade fizer tal transferência, a quantia
transferida é líquida de qualquer imposto diferido relacionado. Considerações semelhantes
aplicam-se a transferências feitas pela alienação de um item de activo fixo tangível.
59 - Quando um activo for revalorizado para finalidades de tributação e essa revalorização estiver
relacionada com uma revalorização contabilística de um período anterior, ou com uma que se
espera que seja levada a efeito num período futuro, os efeitos fiscais de quer a revalorização do
activo quer do ajustamento da base fiscal são creditados ou debitados ao capital próprio nos
períodos em que ocorram.
60 - Quando uma entidade pagar dividendos aos seus accionistas, pode ser-lhe exigido que pague
uma parcela dos dividendos às autoridades fiscais em nome dos accionistas (retenção de
imposto). Tal quantia paga ou a pagar às autoridades fiscais é debitada ao capital próprio como
parte dos dividendos.
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(a) reduzir a quantia escriturada de goodwill à quantia que teria sido reconhecida se o activo
por impostos diferidos tivesse sido reconhecido como um activo identificável a partir da data
de aquisição; e
(b) Pretender liquidar numa base líquida, ou realizar o activo e liquidar simultaneamente o
passivo.
66 - Se bem que os activos e passivos por impostos correntes sejam reconhecidos e mensurados
separadamente eles são compensados no balanço e sujeitos a critérios semelhantes aos
estabelecidos para os instrumentos financeiros na NCRF 27 - Instrumentos Financeiros. Uma
entidade terá normalmente um direito legalmente executável para compensar um activo por
impostos correntes contra um passivo por impostos correntes quando eles se relacionem com
impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal e esta autoridade permita
que a entidade faça ou receba um único pagamento líquido.
68 - Uma entidade deve compensar os activos por impostos diferidos e passivos por impostos
diferidos se, e somente se:
(a) A entidade tiver um direito legalmente executável de compensar activos por impostos
correntes contra passivos por impostos correntes; e
(b) Os activos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos se relacionarem com
impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal sobre a mesma
entidade tributável.
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(c) A quantia de gasto (rendimento) por impostos diferidos relacionada com a origem e
reversão de diferenças temporárias;
(d) A quantia de gasto (rendimento) por impostos diferidos relacionada com alterações nas
taxas de tributação ou com o lançamento de novos impostos;
(e) A quantia de benefícios provenientes de uma perda fiscal não reconhecida anteriormente,
de crédito por impostos ou de diferença temporária de um período anterior que seja usada
para reduzir gasto de impostos correntes;
(f) A quantia dos benefícios de uma perda fiscal não reconhecida anteriormente, de crédito por
impostos ou de diferenças temporárias de um período anterior que seja usada para reduzir
gastos de impostos diferidos;
(g) Gasto por impostos diferidos provenientes de uma redução, ou reversão de uma diminuição
anterior, de um activo por impostos diferidos de acordo com o parágrafo 0; e
(a) O imposto diferido e corrente agregado relacionado com itens que sejam debitados ou
creditados ao capital próprio;
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(i) Uma reconciliação numérica entre gasto (rendimento) de impostos e o produto de lucro
contabilístico multiplicado pela(s) taxa(s) de imposto aplicável(eis) divulgando também a
base pela qual a taxa(s) de imposto aplicável(eis) é (são) calculada(s); ou
(ii) Uma reconciliação numérica entre a taxa média efectiva de imposto e a taxa de imposto
aplicável, divulgando também a base pela qual é calculada a taxa de imposto aplicável;
(c) Uma explicação de alterações na taxa(s) de imposto aplicável comparada com o período
contabilístico anterior;
(f) Com respeito a cada tipo de diferença temporária e com respeito a cada tipo de perdas por
impostos não usadas e créditos por impostos não usados:
(i) A quantia de activos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço para
cada período apresentado;
(iii) A quantia consequente do imposto de rendimento dos dividendos da entidade que foram
propostos ou declarados antes das demonstrações financeiras serem autorizadas para
emissão, mas que não são reconhecidos como passivo nas demonstrações financeiras
75 - Uma entidade deve divulgar a quantia de um activo por impostos diferidos e a natureza das
provas que suportam o seu reconhecimento, quando:
(a) A utilização do activo por impostos diferidos seja dependente de lucros tributáveis futuros
em excesso dos lucros provenientes da reversão de diferenças temporárias tributáveis
existentes; e
(b) A entidade tenha sofrido um prejuízo quer no período corrente quer no período precedente
na jurisdição fiscal com que se relaciona o activo por impostos diferidos.
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77 - As divulgações exigidas pelo parágrafo 0 faz com que os utentes das demonstrações
financeiras compreendam se o relacionamento entre os gasto (rendimento) de impostos e o
lucro contabilístico é não usual e compreendam os factores significativos que podem afectar
esse relacionamento no futuro. O relacionamento entre gasto (rendimento) de impostos e lucro
contabilístico pode ser afectado por factores tais como rédito que seja isento de tributação,
gastos que não sejam dedutíveis na determinação do lucro tributável (perda fiscal), o efeito de
perdas fiscais e o efeito de taxas de tributação estrangeiras.
79 - A taxa efectiva média é o gasto (rendimento) de impostos dividido pelo lucro contabilístico.
80 - Seria muitas vezes impraticável calcular a quantia de passivos não reconhecidos por impostos
diferidos provenientes de investimentos em subsidiárias, associadas e interesses em
empreendimentos conjuntos (ver parágrafo 36). Por isso, esta Norma exige que uma entidade
divulgue a quantia agregada das subjacentes diferenças temporárias mas não exige divulgação
dos passivos por impostos diferidos. Contudo, quando praticável, as entidades são encorajadas
a divulgar as quantias não reconhecidas de passivos por impostos diferidos porque os utentes
das demonstrações financeiras podem achar útil tal informação.
81 - O parágrafo 76 exige que uma entidade divulgue a natureza das potenciais consequências do
imposto sobre o rendimento que resultariam do pagamento de dividendos aos seus accionistas.
Uma entidade divulga as características importantes dos sistemas do imposto de rendimento e
os factores que afectarão a quantia das potenciais consequências dos dividendos no imposto
sobre rendimento.
82 - Não seria algumas vezes praticável calcular a quantia total das potenciais consequências do
imposto sobre o rendimento que resultariam do pagamento de dividendos a accionistas. Pode
ser o caso, por exemplo, em que uma entidade tenha um grande número de subsidiárias
estrangeiras. Contudo, mesmo em tais circunstâncias, podem ser facilmente determináveis
algumas parcelas da quantia total. Por exemplo, num grupo consolidado, uma empresa-mãe e
algumas das suas subsidiárias podem ter pago impostos sobre o rendimento a uma taxa mais
alta sobre os lucros não distribuídos e estar ciente da quantia que seria restituída no pagamento
de dividendos futuros aos accionistas a partir dos lucros retidos consolidados. Neste caso, é
divulgada a quantia restituível. Se aplicável, a entidade divulga também que existem potenciais
consequências do imposto sobre o rendimento não praticamente determináveis. Nas
demonstrações financeiras individuais da empresa-mãe, se existirem, a divulgação das
potenciais consequências do imposto sobre o rendimento relaciona-se com os resultados
transitados da empresa-mãe.
83 - A uma entidade que se exija que proporcione as divulgações do parágrafo 76 pode também
ser-lhe pedido que proporcione divulgações relacionadas com diferenças temporárias
associadas a investimentos em subsidiárias, sucursais e associadas ou interesses em
empreendimentos conjuntos. Em tais casos, considera isto ao determinar a informação a ser
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divulgada de acordo com o parágrafo 76. Por exemplo, pode ser exigido a uma entidade que
divulgue a quantia agregada de diferenças temporárias associada a investimentos em
subsidiárias relativamente aos quais não foram reconhecidos quaisquer passivos por impostos
diferidos (ver parágrafo 74 (e). Se for impraticável calcular as quantias de passivos por impostos
diferidos não reconhecidos (ver parágrafo 80) podem existir quantias de potenciais
consequências do imposto sobre o rendimento de dividendos não determináveis praticamente
relacionados com estas subsidiárias.
84 - Uma entidade divulga quaisquer passivos contingentes e activos contingentes relacionados com
impostos de acordo com a NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e Activos
Contingentes. Podem surgir passivos contingentes e activos contingentes a partir, por exemplo,
de desentendimentos não resolvidos com as autoridades fiscais. Semelhantemente, quando
alterações nas taxas de impostos ou de leis fiscais sejam decretadas ou anunciadas após a
data do balanço, uma entidade divulgará quaisquer efeitos significativos dessas alterações nos
seus activos e passivos por impostos correntes e diferidos (ver a NCRF 24 - Acontecimentos
Após e Data do Balanço).
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafos 1 e 2)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever os critérios
para o reconhecimento, mensuração e divulgação relativos aos dispêndios de carácter
ambiental, aos passivos e riscos ambientais e aos activos com eles relacionados resultantes de
transacções e acontecimentos que afectem, ou sejam susceptíveis de afectar, a posição
financeira e os resultados da entidade relatada.
2- Esta Norma identifica também o tipo de informação ambiental que é apropriado divulgar,
relativamente à atitude da entidade face às matérias ambientais e ao comportamento ambiental
da entidade, na medida em que possam ter consequências para a sua posição financeira.
Âmbito (parágrafos 3 e 4)
3- Esta Norma deve ser aplicada às informações a prestar nas demonstrações financeiras e no
relatório de gestão das entidades no que diz respeito a matérias ambientais, devendo os
critérios de reconhecimento e mensuração ser aplicados de forma consistente a todas as
entidades que sejam objecto de consolidação.
4- Contudo, esta Norma não se aplica a relatórios com fins específicos, como por exemplo os
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Acontecimento que cria obrigações: é um acontecimento que cria uma obrigação legal ou
construtiva, que faça com que uma entidade não tenha nenhuma alternativa realista senão
liquidar essa obrigação.
Obrigação construtiva: é uma obrigação que decorre das acções de uma entidade em que:
(a) Por via de um modelo estabelecido de práticas passadas, de políticas publicadas ou de uma
declaração corrente suficientemente específica, a entidade tenha indicado a outras partes
que aceitará certas responsabilidades; e
(b) Em consequência, a entidade tenha criado uma expectativa válida nessas outras partes de
que cumprirá com essas responsabilidades.
(b) Legislação; ou
Passivo contingente:
(a) É uma obrigação possível que provenha de acontecimentos passados e cuja existência
somente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros
incertos não totalmente sob controlo da entidade; ou
(b) Uma obrigação presente que decorra de acontecimentos passados mas que não é
reconhecida porque:
(i) Não é provável que um exfluxo de recursos incorporando benefícios económicos seja
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(ii) A quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade
Preço de venda líquido: é a quantia a obter da venda de um activo numa transacção entre
partes conhecedoras e interessadas, independentes entre si, menos os custos com a alienação.
Quantia escriturada: é a quantia pela qual um activo é reconhecido no balanço, após a dedução
de qualquer depreciação/amortização acumulada e de perdas por imparidade acumuladas
inerentes.
Quantia recuperável: é a quantia mais alta de entre o preço de venda líquido de um activo e o
seu valor de uso.
Valor de uso: é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, que se espere surjam do
uso continuado de um activo ou unidade geradora de caixa e da sua alienação no fim da sua
vida útil.
7- Os dispêndios de carácter ambiental incluem os custos das medidas tomadas por uma entidade
ou, em seu nome, por outras entidades, para evitar, reduzir ou reparar danos de carácter
ambiental decorrentes das suas actividades. Estes custos incluem, entre outros, a eliminação
de resíduos ou as iniciativas destinadas a evitar a sua formação, a protecção dos solos e das
águas superficiais e subterrâneas, a preservação do ar puro e das condições climáticas, a
redução do ruído e a protecção da bioSdiversidade e da paisagem.
8- Caso não seja possível separar a quantia dos custos adicionais de carácter ambiental
relativamente a outros custos nos quais possam estar integrados, pode fazer-se uma estimativa
para a sua mensuração, na condição de a quantia obtida satisfazer o requisito de ter como
objectivo principal a prevenção, a redução ou a reparação de danos ambientais.
9- Os custos incorridos susceptíveis de produzir efeitos benéficos para o ambiente, mas cujo
objectivo principal consista em dar resposta a outras necessidades, como por exemplo um
aumento da rendibilidade, a sanidade e a segurança nos locais de trabalho, a segurança na
utilização dos produtos da entidade ou a eficiência produtiva, devem ser excluídos do conceito
de dispêndios de carácter ambiental.
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A natureza desta obrigação deve ser claramente definida e pode ser de dois tipos:
(a) Legal ou contratual, se a entidade tiver uma obrigação legal ou contratual de evitar, reduzir
ou reparar danos ambientais; ou
(b) Construtiva, se resultar da própria actuação da entidade, quando esta se tiver comprometido
a evitar, reduzir ou reparar danos ambientais e não puder deixar de o fazer em virtude de,
em consequência de declarações públicas sobre a sua estratégia ou as suas intenções, ou
de um padrão de comportamento por ela estabelecido no passado, a entidade tiver dado a
entender a terceiros que aceita a responsabilidade de evitar, reduzir ou reparar danos
ambientais.
13 - As práticas passadas ou correntes do sector apenas podem dar origem a uma obrigação
construtiva para a entidade na medida em que o órgão de gestão não possa deixar de agir, ou
seja, apenas ocorrerá quando a entidade tiver aceite a responsabilidade de evitar, reduzir ou
reparar danos ambientais através de uma declaração específica publicada ou através de um
padrão de comportamento estabelecido no passado.
14 - Os danos ambientais que possam relacionar-se com a entidade, ou que possam ter sido por ela
causados, mas relativamente aos quais não exista qualquer obrigação legal, contratual ou
construtiva de reparação, não podem ser qualificados como passivos de carácter ambiental nas
demonstrações financeiras da entidade, de acordo com os parágrafos 12 e 13. Este facto não
prejudica a aplicação dos critérios estabelecidos nos parágrafos 17 e 18 relativos a passivos
contingentes de carácter ambiental.
15 - Reconhece-se um passivo de carácter ambiental quando possa ser efectuada uma estimativa
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fiável dos custos decorrentes da obrigação subjacente. Caso exista, à data do balanço, uma
obrigação cuja natureza esteja claramente definida e seja susceptível de originar uma saída de
recursos incorporando benefícios económicos, mas de quantia ou data incerta, deve
reconhecer-se uma provisão, desde que possa fazer-se uma estimativa fiável da quantia dessa
obrigação. Incertezas quanto à data ou à quantia podem estar associadas, por exemplo, à
evolução das tecnologias de depuração e à extensão e natureza da depuração exigida.
16 - Nos casos, raros, em que não seja possível uma estimativa fiável dos custos, não deverá
reconhecer-se esse passivo. Deverá considerar-se que existe um passivo contingente, tal como
referido no parágrafo 17.
18 - Se for remota a possibilidade da entidade ter de incorrer num dispêndio de carácter ambiental
ou se tal dispêndio não for materialmente relevante, não é necessário divulgar qualquer passivo
contingente.
Quando com base nestas disposições for apropriado efectuar tal compensação deve
divulgar-se no Anexo a quantia total do passivo, bem como a do reembolso esperado.
24 - Os dispêndios de carácter ambiental relacionados com danos que ocorreram num exercício
444
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anterior não podem qualificar-se como ajustamentos de exercícios anteriores mas devem pelo
contrário ser registados como gastos no exercício corrente.
26 - Os dispêndios de carácter ambiental incorridos para evitar ou reduzir danos futuros, ou para
preservar recursos, apenas podem ser qualificados para reconhecimento como activos, se se
destinarem a servir de maneira durável a actividade da entidade e se, além disso, estiver
satisfeita uma das seguintes condições:
(a) Os custos relacionarem-se com benefícios económicos que se espera venham a fluir para a
entidade e que permitam prolongar a vida, aumentar a capacidade ou melhorar a segurança
ou eficiência de outros activos detidos pela entidade (para além do seu nível de eficiência
determinado originalmente); ou
(b) Os custos permitirem reduzir ou evitar uma contaminação ambiental susceptível de ocorrer
em resultado das futuras actividades da entidade.
28 - Os dispêndios de carácter ambiental não devem ser capitalizados, mas sim, imputados a
resultados caso não proporcionem benefícios económicos futuros. Esta situação ocorre quando
os dispêndios de carácter ambiental respeitarem a actividades passadas ou correntes e ao
restauro das condições ambientais no estado em que se encontravam antes da contaminação
(por exemplo, tratamento de resíduos, custos de depuração relacionados com actividades
operacionais, reparação de danos verificados em exercícios anteriores, dispêndios ambientais
de natureza administrativa ou auditorias ambientais).
29 - Certos elementos, tais como instalações fabris e maquinaria, podem ser adquiridos por razões
ambientais, como por exemplo instalações técnicas de controlo ou prevenção da poluição
adquiridas para dar cumprimento às leis ou regulamentos ambientais. Caso satisfaçam os
critérios necessários ao reconhecimento como activo, estabelecidos nos parágrafos 25 e 26,
devem ser capitalizados.
30 - Existem certos casos em que do próprio dispêndio de carácter ambiental não resultam
quaisquer benefícios económicos futuros esperados, mas sim, benefícios futuros provenientes
de outro activo que é utilizado na actividade operacional da entidade. Quando o dispêndio de
carácter ambiental que seja reconhecido como activo, se relaciona com outro activo existente,
deve ser considerado como parte integrante desse activo, não devendo ser reconhecido
separadamente.
31 - Podem existir direitos ou outros elementos de natureza semelhante adquiridos por motivos
associados ao impacto das actividades da entidade sobre o ambiente (por exemplo, patentes,
licenças, autorização de poluição e direitos de emissão). Se tiverem sido adquiridos a título
oneroso, e, além disso, satisfizerem os critérios necessários ao seu reconhecimento como
activo, tal como estabelecido nos parágrafos 25 e 26, devem ser capitalizados e amortizados
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sistematicamente ao longo das suas vidas económicas úteis esperadas. Caso não satisfaçam
esses critérios, devem ser imputados a resultados.
As provisões para passivos e encargos, tal como definidas no parágrafo 15, não podem ser
utilizadas para compensar o valor dos activos.
33 - Caso, nos termos do estabelecido no parágrafo 30, os dispêndios de carácter ambiental sejam
reconhecidos como parte integrante de um outro activo, esse activo conjunto deverá, em cada
data de referência do balanço, ser submetido ao teste de recuperabilidade e, quando
apropriado, reduzido à sua quantia recuperável.
34 - Caso a quantia escriturada de um activo já inclua perda de benefícios económicos por razões
de carácter ambiental, os dispêndios subsequentes necessários para restabelecer os benefícios
económicos futuros ao seu padrão original de eficiência poderão ser capitalizados, na medida
em que a quantia escriturada resultante não exceda a quantia recuperável do activo.
36 - A quantia desse passivo deve ser a melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a
obrigação presente à data do balanço, com base na situação existente e tendo em conta a
evolução futura da técnica e da legislação, na medida em que seja provável a sua ocorrência.
37 - Deve ser feita uma estimativa da quantia total do passivo, independentemente da data em que a
actividade cesse ou da data em que esse passivo deva ser liquidado.
(b) Nos casos, extremamente raros, em que não é possível determinar a melhor estimativa do
passivo com fiabilidade suficiente, esse passivo deve ser considerado como um passivo
contingente, devendo por conseguinte ser divulgado no Anexo, bem como as razões pelas
quais não possa ser feita uma estimativa fiável.
(b) Remunerações e prestações pagas aos trabalhadores, que se espera venham a dedicar
uma parte significativa do seu tempo de trabalho directamente ao processo de restauração;
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(d) Progresso tecnológico na medida em que seja provável que as autoridades públicas
recomendem a utilização de novas tecnologias.
41 - Nos termos do estabelecido no parágrafo 37, esse passivo ambiental associado ao restauro de
locais, à remoção ou ao encerramento de instalações, deverá ser reconhecido na data em que
tiver início a actividade da entidade e, consequentemente, surgir a obrigação. O
reconhecimento desse passivo não deverá ser retardado até ao momento do termo da
actividade ou do encerramento do local. Caso seja reconhecido este passivo, o dispêndio
estimado é incluído como parte do custo do activo relacionado que deve ser desmantelado e
removido. Este dispêndio capitalizado é então amortizado como parte da quantia depreciável do
activo relacionado. Caso surjam danos suplementares no decurso das operações, a obrigação
de a entidade os reparar surge no momento em que esses danos ambientais ocorrem.
43 - Os dispêndios que se espera sejam incorridos deverão basear-se num plano de depuração e ou
reparação dos danos causados pela contaminação, específico para o local em causa. As
quantias e o calendário dos pagamentos a efectuar deverão basear-se em informações
objectivas e verificáveis.
44 - Os fluxos de caixa estimados e não descontados deverão consistir nas quantias que se espera
pagar nas diferentes datas de vencimento (incluindo estimativas da inflação) e deverão ser
calculados utilizando os pressupostos explícitos decorrentes do plano de depuração e ou do
plano de reparação, de tal forma que qualquer pessoa conhecedora possa rever esses cálculos
e conciliá-los com os fluxos de caixa esperados.
45 - A aplicação do método do valor presente deve ser efectuada de forma consistente. Todos os
activos relacionados com a recuperação de uma parte ou da totalidade de um passivo
mensurado com base no método do desconto, deverão também ser descontados. Além disso,
se os passivos forem mensurados com recurso ao desconto, a quantia recuperável dos activos
deverá também ser mensurada com base em fluxos de caixa descontados.
46 - A mensuração pelo valor presente exige a determinação de uma taxa de desconto tal como
estabelecida na NCRF 21, bem como informações sobre os factores que podem afectar a data
e a quantia dos fluxos de caixa esperados. Além disso, a quantia do passivo deverá ser revista
anualmente e ajustada em função de qualquer alteração dos pressupostos.
447
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(a) A política e os programas que tenham sido adoptados pela entidade relativamente às
medidas de protecção ambiental, especialmente no que diz respeito à prevenção da
poluição. É importante que os utentes do relatório de gestão possam verificar em que
medida a protecção ambiental é parte integrante das políticas e actividades da entidade. Se
for caso disso, pode incluir-se uma referência à adopção do sistema de protecção do
ambiente, bem como à obrigação de respeitar um determinado conjunto de normas ou
certificações associadas;
(d) Sempre que adequado e relevante, tendo em conta a natureza e a dimensão das
actividades da entidade e os tipos de problemas ambientais associados a essa actividade,
informações sobre o seu desempenho ambiental, tais como, consumo de energia, consumo
de matérias-primas, consumo de água, emissões, remoção de resíduos.
(e) Se a entidade emitir um relatório ambiental separado, que contenha informações mais
pormenorizadas ou informação ambiental adicional quantitativa ou qualitativa, deve ser feita
uma referência a esse relatório. Se esse relatório ambiental contiver as informações
mencionadas na alínea d), pode também fazer-se uma descrição resumida desse relatório e
indicar-se que podem ser consultadas outras informações relevantes no relatório ambiental.
As informações prestadas no relatório ambiental separado deverão ser consistentes com
quaisquer informações conexas publicadas no relatório de gestão e nas demonstrações
financeiras da entidade. Se o relatório ambiental tiver sido sujeito a um processo de
verificação externa, tal facto deve também ser mencionado no relatório de gestão. É
importante informar os utentes do relatório de gestão sobre se o relatório ambiental contém
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(a) Descrição dos critérios de mensuração adoptados, bem como dos métodos utilizados no
cálculo dos ajustamentos de valor, no que respeita a matérias ambientais;
(d) Passivos de carácter ambiental, materialmente relevantes, que estejam incluídos em cada
uma das rubricas do balanço;
(e) Para cada passivo de carácter ambiental materialmente relevante, descrição da respectiva
natureza e indicação do calendário e das condições da sua liquidação. Explicação dos
danos e das leis ou regulamentos que exigem a sua reparação e as medidas de restauro ou
prevenção adoptadas ou propostas. Se a natureza e as condições subjacentes às diferentes
rubricas forem suficientemente semelhantes, estas informações podem ser divulgadas de
forma agregada. Caso as quantias sejam estimadas com base num intervalo, uma descrição
da forma como se chegou à estimativa, com indicação de quaisquer alterações esperadas
na legislação ou na tecnologia existente, que estejam reflectidas nas quantias indicadas;
(f) Quando é utilizado o método do valor presente, deve também ser divulgada a quantia não
descontada desse passivo, bem como a taxa de desconto utilizada;
(h) Quantia dos dispêndios de carácter ambiental capitalizadas durante o período de referência
na medida em que possa ser estimada com fiabilidade.
Sempre que aplicável, deve também divulgar-se qual a parte dessa quantia que diz respeito
a dispêndios destinados à remoção de agentes poluidores após a sua criação e qual a parte
que representa o dispêndio adicional de adaptação das instalações e ou do processo
produtivo com vista a provocar menos poluição (ou seja, que se relaciona com tecnologias
ou práticas de prevenção da poluição).
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(i) Quantia dos dispêndios de carácter ambiental imputados a resultados e base em que tais
quantias foram calculadas.
Se relevante, deve ser apresentada uma subdivisão dos elementos que a entidade
identificou como dispêndios de carácter ambiental, de forma adequada à natureza e à
dimensão das actividades da entidade e aos tipos de problemas ambientais relevantes para
a mesma.
(j) Caso sejam significativos, os dispêndios incorridos com multas e outras penalidades pelo
não cumprimento dos regulamentos ambientais e indemnizações pagas a terceiros, por
exemplo em resultado de perdas ou danos causados por uma poluição ambiental passada.
2- Face à legislação sobre os direitos de emissão de gases com efeito de estufa são atribuídas às
entidades licenças de emissão de gases com efeito de estufa, sob determinados requisitos.
3- A questão que se coloca é como reconhecer, mensurar e divulgar as operações relativas aos
direitos de emissão de gases com efeito de estufa por parte de um participante de um plano que
seja operacional.
5- Uma entidade deve reconhecer como activo intangível as licenças de emissão de gases com
efeito de estufa, quer tenham sido atribuídas gratuitamente, quer tenham sido adquiridas no
mercado.
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7- A emissão de gases com efeito de estufa deve ser reconhecida como gasto.
9- As emissões de gases com efeito de estufa acima das licenças detidas devem ser reconhecidas
como uma responsabilidade nos termos da NCRF 21 - Provisões, Passivos Contingentes e
Activos Contingentes.
11 - A emissão de gases com efeito de estufa deve ser mensurada ao custo das licenças detidas,
segundo a fórmula de custeio FIFO. No caso de a entidade emitir gases com efeito de estufa
sem ser detentora das respectivas licenças, a mensuração deve ser feita pela melhor estimativa
de preço para a sua obtenção.
(a) Emissão de gases com efeito de estufa, em toneladas de dióxido de carbono equivalente, e
respectiva valorização:
(b) Licenças de emissão de gases com efeito de estufa, em toneladas de dióxido de carbono e
respectivas quantias:
atribuídas
adquiridas
alienadas
insuficiência/excedente;
atribuídas
adquiridas
alienadas
insuficiência/excedente;
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Anexo
Exemplo ilustrativo
A1. A entidade supervisora atribuiu licenças de emissão de gases com efeito de estufa à entidade
A, a título gratuito. Estas licenças permitem que a entidade A emita 100 toneladas de CO2 e
cada tonelada está a ser transaccionada no mercado a 1 unidade monetária (u.m.).
A2. Estas licenças devem ser reconhecidas como activo intangível por contrapartida de subsídios
pelo respectivo justo valor:
A3. A entidade A, admite que no exercício, possa vir a emitir um maior volume de CO2, pelo que
decidiu adquirir no mercado novas licenças de emissão, correspondentes a 90 toneladas de
CO2, pelo preço de 2 u.m. por tonelada:
A5. Ainda durante o exercício, a sociedade alienou licenças correspondentes a 30 T de CO2, que
admitia não ter necessidade de utilizar, ao preço unitário de 2,5 u.m.:
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A7. Se, ao invés de ter emitido 160 T de CO2, a entidade tivesse emitido 220 T de CO2, no
pressuposto de não ter existido a venda referida em A5, os registos correspondentes a A4 e A6
passariam a ser os seguintes:
d) Pelo reconhecimento da coima por emissão de CO2 a "descoberto" cuja melhor estimativa é
de 25 u.m.:
A8. No exercício seguinte a entidade adquiriu as licenças de emissão de gases com efeito de estufa
em falta, ao preço de 4 u.m./T, tendo entregue todas as licenças inerentes às suas emissões à
entidade supervisora.
a) Pela aquisição:
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Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma é o de prescrever o tratamento contabilístico dos instrumentos
financeiros e respectivos requisitos de apresentação e divulgação.
Âmbito (parágrafos 2 a 4)
2- Esta Norma deve ser aplicada no reconhecimento, mensuração e divulgação de instrumentos
financeiros. Uma entidade pode não aplicar esta Norma se optar por aplicar integralmente a IAS
32 - Instrumentos Financeiros: Apresentação, a IAS 39 - Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração e a IFRS 7 - Instrumentos Financeiros: Divulgação de
Informações.
(c) Direitos no âmbito de um contrato de seguro a não ser que o contrato de seguro resulte
numa perda para qualquer das partes em resultado dos termos contratuais que se
relacionem com:
(d) Locações, a não ser que a locação resulte numa perda para o locador ou locatário como
resultado dos termos do contrato que se relacionem com:
4- Muitos dos contratos para comprar ou vender itens não financeiros tais como mercadorias
(commodity), outros inventários, propriedades ou equipamentos são excluídos da presente
norma porque não são instrumentos financeiros. Porém, alguns contratos são substancialmente
idênticos a instrumentos financeiros na medida em que (i) possam ser liquidados pela entrega
de instrumentos financeiros ao invés de activos não financeiros ou (ii) contenham termos não
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relacionados com compra ou venda de itens não financeiros no âmbito da actividade normal da
entidade. Assim, esta norma deve ser aplicada a tais contratos de compra ou venda de itens
não financeiros que:
(a) Possam ser liquidados, de forma compensada, em dinheiro ou outro activo financeiro, ou
pela troca de instrumentos financeiros, como se o contrato fosse instrumento financeiro,
com excepção dos contratos que tenham sido celebrados com o propósito de entrega ou
recepção de itens não financeiros em conformidade com a respectiva expectativa da
entidade de comprar, vender ou utilizar o referido item;
(b) Embora excluídos do âmbito da anterior alínea, resultem numa perda para o comprador ou
vendedor na sequência dos termos do contrato que não esteja relacionada com (i)
alterações no preço do item não financeiro, (ii) alterações na taxa de câmbio ou (iii) entrada
em incumprimento de uma das contrapartes.
Definições (parágrafo 5)
5- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
(a) Dinheiro;
(ii) De trocar activos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade em condições
que sejam potencialmente favoráveis para a entidade; ou
(d) Um contrato que seja ou possa ser liquidado em instrumentos de capital próprio da
própria entidade e que seja:
(i) Um não derivado para o qual a entidade esteja, ou possa estar, obrigada a receber um
número variável dos instrumentos de capital próprio da própria entidade; ou
(ii) Um derivado que seja ou possa ser liquidado de forma diferente da troca de uma
quantia fixa em dinheiro ou outro activo financeiro por um número fixo de instrumentos
de capital próprio da própria entidade. Para esta finalidade, os instrumentos de capital
próprio da própria entidade não incluem instrumentos que sejam eles próprios contratos
para futuro recebimento ou entrega dos instrumentos de capital próprio da própria
entidade.
Custos de transacção: são custos incrementais que sejam directamente atribuíveis à aquisição,
emissão ou alienação de um activo ou passivo financeiro. Um custo incremental é aquele que
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não seria incorrido se a entidade não tivesse adquirido, emitido ou alienado o instrumento
financeiro.
(a) O seu valor altera-se em resposta à alteração numa especificada taxa de juro, preço de
instrumento financeiro, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de preços ou de taxas,
notação de crédito ou índice de crédito, ou outra variável, desde que, no caso de uma
variável não financeira, a variável não seja específica de uma parte do contrato (por vezes
denominada "subjacente");
(b) Não requer qualquer investimento líquido inicial ou requer um investimento inicial líquido
inferior ao que seria exigido para outros tipos de contratos que se esperaria que tivessem
uma resposta semelhante às alterações nos factores de mercado;
Instrumento de capital próprio: é qualquer contrato que evidencie um interesse residual nos
activos de uma entidade após dedução de todos os seus passivos.
Item coberto: é um activo, passivo, compromisso firme, transacção prevista altamente provável
ou investimento líquido numa unidade operacional estrangeira que. (a) expõe a entidade ao
risco de alterações no justo valor ou nos fluxos de caixa futuros; (b) foi designado como estando
coberto.
Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento
entre elas.
(ii) De trocar activos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade em condições
que sejam potencialmente desfavoráveis para a entidade; ou
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(b) Um contrato que seja ou possa ser liquidado em instrumentos de capital próprio da própria
entidade e que seja:
(i) Um não derivado para o qual a entidade esteja ou possa estar obrigada a entregar um
número variável de instrumentos de capital próprio da própria entidade; ou
(ii) Um derivado que seja ou possa ser liquidado de forma diferente da troca de uma
quantia fixa em dinheiro ou outro activo financeiro por um número fixo dos instrumentos
de capital próprio da própria entidade. Para esta finalidade, os instrumentos de capital
próprio da própria entidade não incluem instrumentos que sejam eles próprios contratos
para futuro recebimento ou entrega dos instrumentos de capital próprio da própria
entidade.
7- Uma entidade não deve incluir os custos de transacção na mensuração inicial do activo ou
passivo financeiro que seja mensurado ao justo valor com contrapartida em resultados.
8- Uma entidade deve reconhecer instrumentos de capital próprio no capital próprio quando a
entidade emite tais instrumentos e os subscritores fiquem obrigados a pagar dinheiro ou
entregar qualquer outro recurso em troca dos referidos instrumentos de capital próprio.
Se os instrumentos de capital próprio forem emitidos antes dos recursos serem proporcionados
a entidade deve apresentar a quantia a receber como dedução ao capital próprio e não como
activo.
Na medida em que as acções sejam subscritas mas nenhum dinheiro ou outro recurso tenha
sido recebido, nenhum aumento de capital próprio deverá ser reconhecido.
9- Se uma entidade adquirir ou readquirir os seus próprios instrumentos de capital próprio, esses
instrumentos ("quotas/acções próprias") devem ser reconhecidos como dedução ao capital
próprio. A quantia a reconhecer deve ser o justo valor da retribuição paga pelos respectivos
instrumentos de capital próprio. Uma entidade não deve reconhecer qualquer ganho ou perda
na demonstração de resultados decorrente de qualquer compra, venda emissão ou
cancelamento de acções próprias.
10 - No caso da entidade emitente ficar obrigada ou sujeita a uma obrigação de entregar dinheiro,
ou qualquer outro activo, por contrapartida de instrumentos de capital próprio emitidos pela
entidade, o valor presente da quantia a pagar deverá ser inscrito no passivo por contrapartida
de capital próprio. Caso cesse tal obrigação e não seja concretizado o referido pagamento, a
entidade deverá reverter a quantia inscrita no passivo por contrapartida de capital próprio.
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(b) Ao justo valor com as alterações de justo valor a ser reconhecidas na demonstração de
resultados.
(a) Instrumentos que satisfaçam as condições definidas no parágrafo 13 (tais como clientes,
fornecedores, contas a receber, contas a pagar ou empréstimos bancários) e que a
entidade designe, no momento do seu reconhecimento inicial, para ser mensurado ao custo
amortizado (utilizando o método da taxa de juro efectiva) menos qualquer perda por
imparidade;
(ii) Quando executados, se espera que reúnam as condições para reconhecimento ao custo
ou ao custo amortizado menos perdas por imparidade, e
(c) Instrumentos de capital próprio que não sejam negociados publicamente e cujo justo valor
não possa ser obtido de forma fiável, bem como contratos ligados a tais instrumentos que,
se executados, resultem na entrega de tais instrumentos, os quais devem ser mensurados
ao custo menos perdas por imparidade.
13 - Um instrumento financeiro pode ser designado, nos termos do parágrafo 12(a), para ser
mensurado ao custo amortizado se satisfizer todas as seguintes condições:
(b) Os retornos para o seu detentor sejam (i) de montante fixo, (ii) de taxa de juro fixa durante a
vida do instrumento ou de taxa variável que seja um indexante típico de mercado para
operações de financiamento (como por exemplo a Euribor) ou que inclua um spread sobre
esse mesmo indexante;
(c) Não contenha nenhuma cláusula contratual que possa resultar para o seu detentor em
perda do valor nominal e do juro acumulado (excluindo-se os casos típicos de risco de
crédito).
(a) Clientes e outras contas a receber ou pagar, bem como empréstimos bancários, uma vez
que satisfazem tipicamente as condições previstas no parágrafo 13;
(c) Um derivado (contrato ou direito a adquirir numa data futura) sobre instrumentos de capital
próprio cujo justo valor não possa ser mensurado fiavelmente;
(d) Contas a receber ou a pagar em moeda estrangeira, uma vez que satisfaçam tipicamente as
condições previstas no parágrafo 13. Porém, qualquer alteração no montante a pagar ou a
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(e) Empréstimos a subsidiárias ou associadas que sejam exigíveis, uma vez que satisfaçam as
condições previstas no parágrafo 13;
15 - Uma entidade deve mensurar ao justo valor todos os instrumentos financeiros que não sejam
mensurados ao custo ou ao custo amortizado nos termos do parágrafo 12 com contrapartida em
resultados.
(b) Derivados que não sejam sobre instrumentos de capital próprio que satisfaçam o parágrafo
12 (c) ou que fixem uma taxa de câmbio de uma conta a receber ou a pagar conforme
referido no parágrafo 14 (d);
(d) Activos financeiros ou passivos financeiros classificados como detidos para negociação. Um
activo financeiro ou um passivo financeiro é classificado como detido para negociação se
for:
(ii) Parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que sejam geridos em
conjunto e para os quais exista evidência de terem recentemente proporcionado lucros
reais.
17 - Uma entidade não deve alterar a sua política de mensuração subsequente de um activo ou
passivo financeiro enquanto tal instrumento for detido, seja para passar a usar o modelo do
justo valor, seja para deixar de usar esse método.
18 - Se deixar de estar disponível uma mensuração fiável do justo valor para um instrumento de
capital próprio mensurado ao justo valor, a quantia escriturada do justo valor torna-se, à data da
transição, a quantia de custo para efeitos da adopção do modelo do custo amortizado.
19 - Uma entidade deve mensurar os instrumentos de capital próprio emitidos pelo dinheiro recebido
ou pelo justo valor dos recursos recebidos ou a receber: Se o pagamento for diferido e o valor
temporal do dinheiro for significativo, a mensuração inicial deve ser o valor presente da quantia
a receber. Todos os custos associados à emissão de instrumentos de capital próprio devem ser
deduzidos à quantia inscrita no respectivo capital próprio.
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as respectivas componentes. Para tal imputação, uma entidade deve primeiro determinar a
quantia da componente do passivo financeiro como sendo o justo valor do passivo financeiro
similar que não tenha associado nenhuma componente de capital próprio. A entidade deve
imputar a quantia residual à componente de capital próprio.
21 - Uma entidade não deve reverter tal imputação em qualquer período subsequente.
(b) Quebra contratual, tal como não pagamento ou incumprimento no pagamento do juro ou
amortização da dívida;
(c) O credor, por razões económicas ou legais relacionados com a dificuldade financeira do
devedor, oferece ao devedor concessões que o credor de outro modo não consideraria;
(d) Torne-se provável que o devedor irá entrar em falência ou qualquer outra reorganização
financeira;
(f) Informação observável indicando que existe uma diminuição na mensuração da estimativa
dos fluxos de caixa futuros de um grupo de activos financeiros desde o seu reconhecimento
inicial, embora a diminuição não possa ser ainda identificada para um dado activo
financeiros individual do grupo, tal como sejam condições económicas nacionais, locais ou
sectoriais adversas.
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(a) Para um instrumento mensurado ao custo amortizado, nos termos do parágrafo 12(a), a
perda por imparidade é a diferença entre a quantia escriturada e o valor presente (actual)
dos fluxos de caixa estimados descontados à taxa de juro original efectiva do activo
financeiro; e
(a) Os direitos contratuais aos fluxos de caixa resultantes do activo financeiro expiram; ou
(b) A entidade transfere para outra parte todos os riscos significativos e benefícios relacionados
com o activo financeiro; ou
(c) A entidade, apesar de reter alguns riscos significativos e benefícios relacionados com o
activo financeiro, tenha transferido o controlo do activo para uma outra parte e esta tenha a
capacidade prática de vender o activo na sua totalidade a uma terceira parte não
relacionada e a possibilidade de exercício dessa capacidade unilateralmente sem
necessidade de impor restrições adicionais à transferência. Se tal for o caso a entidade
deve:
31 - A quantia escriturada do activo transferido deverá ser alocada entre os direitos e obrigações
retidos e aqueles que foram transferidos, tendo por base os seus relativos justos valores à data
da transferência. Os direitos e obrigações criados de novo devem ser mensurados ao justo
valor àquela data. Qualquer diferença entre a retribuição recebida e o montante reconhecido e
desreconhecido nos termos do presente parágrafo deverá ser incluída na demonstração de
resultados do período da transferência.
32 - Se a transferência não resultar num desreconhecimento, uma vez que a entidade reteve
significativamente os riscos e benefícios de posse do activo transferido, a entidade deve
continuar a reconhecer o activo transferido de forma integral e deverá reconhecer um passivo
financeiro pela retribuição recebida. Nos períodos subsequentes, a entidade deve reconhecer
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(a) Designe e documente a relação de cobertura de tal forma que o risco coberto, o item de
cobertura e o item coberto estejam claramente identificados e que o risco do item coberto
seja o risco para que esteja a ser efectuada a cobertura com o instrumento de cobertura;
(c) A entidade espera que as alterações no justo valor ou fluxos de caixa no item coberto,
atribuíveis ao risco que estava a ser coberto, compensará praticamente as alterações de
justo valor ou fluxos de caixa do instrumento de cobertura.
(b) Risco de câmbio num compromisso firme ou numa transacção de elevada probabilidade
futura, sem prejuízo do disposto no parágrafo 14 (d);
(c) Exposição a risco de preço em mercadorias que sejam detidas ou abrangidas por um
compromisso firme ou por uma elevada probabilidade futura de transacção de compra ou de
venda de mercadorias que tenham preços de mercado determináveis; ou
(b) Reconhecer a alteração no justo valor do item coberto, relacionada com o risco coberto, na
demonstração de resultados e como um ajustamento à quantia escriturada do item coberto.
38 - Se o risco coberto for o risco de taxa de juro fixa de um activo ou passivo mensurado ao custo
amortizado, a entidade deve reconhecer as liquidações periódicas, em base líquida, no
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42 - Se as condições para a contabilização da cobertura forem cumpridas e o risco coberto for quer
a) a exposição a câmbio num compromisso firme ou elevada probabilidade de transacção
futura; b) a exposição a risco de preço num compromisso ou elevada probabilidade de
transacção futura; ou c) o risco de câmbio no investimento líquido em operações estrangeiras; a
entidade deve reconhecer as alterações no justo valor do instrumento de cobertura
directamente no capital próprio. A relação de cobertura termina para a a) e b) quando a
transacção coberta ocorrer e para a c) quando o investimento líquido numa operação
estrangeira for vendido. O ganho ou perda reconhecida no capital próprio deve ser
reclassificado de capital próprio para a demonstração de resultados quando o item coberto seja
reconhecido na demonstração de resultados.
(c) Na cobertura de uma transacção futura, a transacção deixe de ser altamente provável;
Se não for mais expectável que a transacção futura venha a ocorrer ou se o instrumento de
dívida coberto mensurado ao custo amortizado for desreconhecido, qualquer ganho ou perda
no instrumento de cobertura que tenha sido previamente reconhecido no capital próprio deverá
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(g) Activos financeiros para os quais tenha sido reconhecida imparidade, devendo ser indicada,
para cada uma das classes, separadamente, i) a quantia contabilística que resulta da
mensuração ao custo ou custo amortizado e ii) a imparidade acumulada.
46 - Para todos os activos financeiros e passivos financeiros mensurados ao justo valor, a entidade
deve divulgar as bases de determinação do justo valor, e.g. cotação de mercado, quando ele
existe, ou a técnica de avaliação. Quando se utiliza a técnica de avaliação, a entidade deve
divulgar os pressupostos aplicados na determinação do justo valor para cada uma das classes
de activos ou passivos financeiros. Por exemplo, se aplicável, a entidade deve divulgar
informação sobre os pressupostos relativos a taxas de pré-pagamento, taxas de estimativa de
perda de crédito e taxas de juro ou taxas de desconto.
47 - Se uma mensuração fiável do justo valor deixar de estar disponível para um instrumento de
capital próprio mensurado ao justo valor por contrapartida em resultados, a entidade deve
divulgar tal facto.
(b) A natureza dos riscos e benefícios de detenção a que a entidade continue exposta;
(c) As quantias escrituradas dos activos e de quaisquer passivos associados que a entidade
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continue a reconhecer.
(a) A quantia escriturada dos activos financeiros dados em garantia, em penhor ou promessa
de penhor como colateral; e
(c) Em que medida o incumprimento tenha sido sanável, ou os termos do pagamento tenham
sido renegociados, antes das demonstrações financeiras terem sido autorizadas para
emissão.
51 - Se, durante o período, tiver ocorrido incumprimento dos termos de contratos de empréstimo
além dos referidos no parágrafo anterior, a entidade deve divulgar a mesma informação exigida
no referido parágrafo se tais incumprimentos permitirem ao credor exigir um pagamento
acelerado (a não ser que os incumprimentos tenham sido sanados, ou os termos do
compromisso renegociados, até à data do balanço).
(b) Total de rendimento de juros e total de gasto de juros (calculado utilizado o método da taxa
de juro efectiva) para activos e passivos financeiros que não sejam mensurados ao justo
valor com contrapartida em resultados;
(c) A quantia de qualquer perda por imparidade reconhecida para cada uma das classes de
activos financeiros.
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53 - Uma entidade deve divulgar o seguinte, separado por cada uma das quatro categorias de
cobertura definidas no parágrafo 36:
(c) A natureza do risco que esteja a ser coberto, incluindo uma descrição do item coberto.
54 - Para cobertura de risco de taxa de juro fixa ou risco de preço de mercadorias numa cobertura
de bens detidos, a entidade deve divulgar:
(b) A quantia de alteração no justo valor dos elementos cobertos reconhecida na demonstração
de resultados.
55 - Para cobertura do risco de taxa de juro variável, risco de taxa de câmbio, risco de preço de
mercadorias num compromisso firme ou numa transacção futura de elevada probabilidade, ou
num investimento líquido numa operação no estrangeiro a entidade deve divulgar:
(a) Os períodos em seja expectável que os fluxos de caixa ocorram e os períodos em que seja
expectável que afectem os resultados;
(b) A descrição de qualquer transacção futura para a qual a contabilização da cobertura tenha
sido previamente utilizada mas que já não se espera mais que a transacção ocorra;
(c) A quantia resultante da alteração de justo valor de instrumentos de cobertura que tenha sido
reconhecida no capital próprio durante o período;
(d) A quantia que tenha sido removida do capital próprio e reconhecida no resultados do
período, evidenciando a quantia incluída em cada uma das linhas da demonstração de
resultados.
57 - As sociedades anónimas devem divulgar, para cada classe de acções, uma reconciliação entre
o número de acções em circulação no início e no fim do período. Em tal reconciliação, a
entidade deve identificar separadamente cada tipo de alterações verificadas no período,
incluído novas emissões, exercício de opções, direitos e warrants, conversões de valores
mobiliários convertíveis, transacções com acções próprias, fusões ou cisões e emissões de
bónus (aumentos de capital por incorporação de reservas) ou splits de acções.
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59 - Para activos financeiros mensurados ao custo amortizado menos imparidade, a entidade deve
divulgar os termos significativos e condições que possam afectar a quantia, o momento e
segurança de fluxos de caixa futuros, incluindo risco de taxa de juro, risco de taxa de câmbio e
risco de crédito.
Sempre que na presente norma existam remissões para as normas internacionais de contabilidade,
entende-se que estas se referem às adoptadas pela União Europeia, nos termos do Regulamento
(CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade com
o texto original do Regulamento (CE) n.º 1126/2008 da Comissão, de 3 de Novembro.
Objectivo (parágrafo 1)
1- O objectivo desta Norma Contabilística e de Relato Financeiro é o de prescrever a
contabilização e a divulgação dos benefícios dos empregados. A Norma requer que uma
entidade reconheça:
Âmbito (parágrafos 2 a 6)
2- Esta Norma deve ser aplicada por um empregador na contabilização dos benefícios do
empregado.
3- Os benefícios de empregados aos quais esta Norma se aplica incluem aqueles proporcionados:
(a) Segundo planos formais ou outros acordos formais entre uma entidade e empregados
individuais, grupos de empregados ou seus representantes;
(b) Segundo requisitos legais, ou através de acordos sectoriais, pelos quais se exige às
entidades para contribuírem para planos nacionais, estatais, sectoriais ou outros
multi-empregador; ou
(c) Pelas práticas informais que dêem origem a uma obrigação construtiva. Práticas informais
dão origem a uma obrigação construtiva quando a entidade não tiver alternativa realista
senão pagar benefícios aos empregados. É exemplo de uma obrigação construtiva quando
uma alteração nas práticas informais da entidade causasse um dano inaceitável no seu
relacionamento com os empregados.
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(a) Benefícios a curto prazo dos empregados, tais como salários, ordenados e contribuições
para a segurança social, licença anual paga e licença por doença paga, participação nos
lucros e bónus (se pagáveis dentro de doze meses do final do período) e benefícios não
monetários (tais como cuidados médicos, habitação, automóveis e bens ou serviços
gratuitos ou subsidiados) relativos aos empregados correntes;
(b) Benefícios pós-emprego tais como pensões, outros benefícios de reforma, seguro de vida
pós emprego e cuidados médicos pós emprego;
(c) Outros benefícios a longo prazo dos empregados, incluindo licença de longo serviço ou
licença sabática, jubileu ou outros benefícios de longo serviço, benefícios de invalidez a
longo prazo e, se não forem pagáveis completamente dentro de doze meses após o final do
período, a participação nos lucros, bónus e remunerações diferidas;
6- Um empregado pode proporcionar serviços a uma entidade numa base de tempo completo, de
tempo parcial, permanente, acidental ou temporária. Para os fins desta Norma, os empregados
incluem directores e outro pessoal de gerência.
Definições (parágrafo 8)
8- Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados especificados:
Activos detidos por um fundo de benefícios a longo prazo de empregados: são activos (que não
sejam instrumentos financeiros não transferíveis emitidos pela entidade que relata) que:
(a) Sejam detidos por uma entidade (o fundo) que esteja legalmente separada da entidade que
relata e exista unicamente para pagar ou financiar os benefícios dos empregados; e
(b) Estejam disponíveis para ser unicamente usados para pagar ou financiar os benefícios dos
empregados, não estejam disponíveis para os credores da própria entidade que relata
(mesmo em falência), e não possam ser devolvidos à entidade que relata, salvo se ou:
(i) Os restantes activos do fundo sejam suficientes para satisfazer todas as respectivas
obrigações de benefícios dos empregados do plano ou da entidade que relata; ou
(ii) Os activos sejam devolvidos à entidade que relata para a reembolsar relativamente a
benefícios de empregados já pagos.
Apólice de seguro elegível: é uma apólice de seguro emitida por uma seguradora que não seja
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(a) Só puder ser usado para pagar ou financiar benefícios dos empregados segundo um plano
de benefícios definidos;
(b) Não estejam disponíveis para os credores da própria entidade que relata (mesmo em
falência) e não possam ser pagos à entidade que relata, a menos que ou:
(i) O produto represente activos excedentários que não sejam necessários para a apólice
satisfazer todas as respectivas obrigações de benefícios dos empregados; ou
(ii) O produto seja devolvido à entidade que relata para a reembolsar de benefícios de
empregados já pagos.
Benefícios a curto prazo dos empregados: são os benefícios dos empregados (que não sejam
benefícios de cessação de emprego e benefícios de compensação em capital próprio) que se
vençam na totalidade dentro de doze meses após o final do período em que os empregados
prestem o respectivo serviço.
Benefícios adquiridos pelos empregados: são benefícios dos empregados que não estejam
condicionados ao futuro.
Benefícios de remuneração em capital próprio: são benefícios dos empregados pelos quais:
(a) Os empregados têm direito a receber instrumentos financeiros de capital próprio emitidos
pela entidade (ou pela sua empresa mãe); ou
(b) A quantia da obrigação da entidade para com os empregados depende do preço futuro de
instrumentos financeiros de capital próprio emitidos pela entidade.
Benefícios dos empregados: são todas as formas de remuneração dadas por uma entidade em
troca do serviço prestado pelos empregados.
Benefícios por cessação de emprego (terminus): são benefícios dos empregados pagáveis em
consequência de:
(a) A decisão de uma entidade cessar o emprego de um empregado antes da data normal da
reforma; ou de
Benefícios pós emprego: são benefícios dos empregados (que não sejam benefícios de
cessação de emprego e benefícios de compensação em capital próprio) que sejam pagáveis
após a conclusão do emprego.
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Justo valor: é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre
partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento
entre elas.
Outros benefícios a longo prazo dos empregados: são benefícios dos empregados (que não
sejam benefícios pós-emprego, benefícios de cessação de emprego e benefícios de
remuneração em capital próprio) que não se vençam na totalidade dentro de doze meses após
o final do período em que os empregados prestam o respectivo serviço.
Planos de benefícios definidos: são planos de benefícios pós emprego que não sejam planos de
contribuição definida.
Planos de benefícios pós emprego: são acordos formais ou informais pelos quais uma entidade
proporciona benefícios pós emprego a um ou mais empregados.
Planos de contribuição definida: são planos de benefícios pós emprego pelos quais uma
entidade paga contribuições fixadas a uma entidade separada (um fundo) e não terá obrigação
legal ou construtiva de pagar contribuições adicionais se o fundo não detiver activos suficientes
para pagar todos os benefícios dos empregados relativos ao serviço dos empregados no
período corrente e em períodos anteriores.
Planos de remuneração em capital próprio: são acordos formais ou informais pelos quais uma
entidade proporciona benefícios de remuneração em capital próprio para um ou mais
empregados.
Planos multi-empregador: são planos de contribuição definida (que não sejam planos estatais)
ou planos de benefícios definidos (que não sejam planos estatais) que:
(a) Ponham em conjunto activos contribuídos por várias entidades que não estejam sob
controlo comum; e
(b) Usem esses activos para proporcionar benefícios aos empregados de mais de uma
entidade, na base de que os níveis de contribuições e de benefícios são determinados não
olhando à identidade da entidade que emprega os empregados em questão.
Retorno dos activos do plano: é o juro, dividendos e outro rédito proveniente dos activos do
plano, juntamente com ganhos ou perdas nos activos do plano realizados e não realizados,
menos quaisquer custos de administrar o plano e menos qualquer imposto a pagar pelo próprio
plano.
Valor presente de uma obrigação de benefícios definidos: é o valor presente, sem a dedução de
quaisquer activos do plano, dos pagamentos futuros esperados necessários para liquidar a
obrigação resultante do serviço do empregado nos períodos corrente e anteriores.
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(b) Ausências permitidas a curto prazo (tais como licença anual paga e licença por doença
paga) em que se espera que as faltas ocorram dentro de doze meses após o final do
período em que os empregados prestam o respectivo serviço;
(c) Participação nos lucros e bónus pagáveis dentro de doze meses após o final do período em
que os empregados prestam o respectivo serviço; e
(d) Benefícios não monetários (tais como cuidados médicos, habitação, automóvel e bens ou
serviços gratuitos ou subsidiados) para os empregados correntes.
10 - A contabilização dos benefícios a curto prazo dos empregados é geralmente linear porque não
são necessários pressupostos actuariais para mensurar a obrigação ou o custo e não há
possibilidade de qualquer ganho ou perda actuarial. Além do mais, as obrigações dos
benefícios dos empregados a curto prazo são mensuradas numa base não descontada.
(a) Como um passivo (gasto acrescido), após dedução de qualquer quantia já paga. Se a
quantia já paga exceder a quantia não descontada dos benefícios, uma entidade deve
reconhecer esse excesso como um activo (gasto pré-pago) na extensão de que o
pré-pagamento conduzirá, por exemplo, a uma redução em futuros pagamentos ou a uma
restituição de dinheiro; e
(b) Como um gasto, salvo se outra Norma Contabilística e de Relato Financeiro exigir ou
permitir a inclusão dos benefícios no custo de um activo (ver, por exemplo, NCRF 18 -
Inventários e a NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis).
Os parágrafos 12, 15 e 18 explicam como uma entidade deve aplicar este requisito a benefícios
a curto prazo dos empregados na forma de ausências permitidas e de planos de participações
nos lucros e de bónus.
(a) No caso de ausências permitidas acumuláveis quando os empregados prestam serviço que
aumente o seu direito a ausências permitidas futuras; e
13 - Uma entidade pode remunerar empregados por ausência por variadas razões
incluindo férias, doença e incapacidade a curto prazo, maternidade ou paternidade, serviço
dos tribunais e serviço militar. O direito a ausências permitidas subdivide-se em duas
categorias:
(a) Acumuláveis; e
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14 - Ausências permitidas não gozadas acumuláveis são as que sejam reportáveis e possam ser
usadas em períodos futuros se o direito do período corrente não for usado totalmente. As
ausências permitidas não gozadas acumuláveis podem ser ou adquiridas (por outras palavras,
os empregados têm direito a um pagamento em dinheiro quanto ao direito não utilizado ao
saírem da entidade) ou não adquiridas (quando os empregados não têm direito a um
pagamento a dinheiro pelo direito não utilizado ao saírem). Surge uma obrigação à medida que
os empregados prestam serviço que aumente o seu direito a ausências permitidas futuras. A
obrigação existe, e é reconhecida mesmo se as ausências permitidas não gozadas forem não
adquiridas, embora a possibilidade de os empregados poderem sair antes de utilizarem direito
acumulado não adquirido afecte a mensuração dessa obrigação.
15 - Uma entidade deve mensurar o custo esperado de ausências permitidas não gozadas
acumuláveis como a quantia adicional que a entidade espera pagar em consequência do direito
não utilizado que tenha acumulado à data do balanço.
17 - As ausências permitidas não acumuláveis não se transportam: elas ficam perdidas se o direito
do período corrente não for totalmente usado e não dão aos empregados o direito de um
pagamento a dinheiro por direitos não utilizados quando saírem da entidade. Isto é
normalmente o caso dos pagamentos por doença (na medida em que os direitos passados não
utilizados não aumentam os direitos futuros), licença por maternidade ou paternidade ou
ausências permitidas por serviço nos tribunais ou serviço militar. Uma entidade não reconhece
passivo nem gasto até ao momento da falta, porque o serviço do empregado não aumenta a
quantia do benefício.
(a) A entidade tenha uma obrigação presente legal ou construtiva de fazer tais pagamentos em
consequência de acontecimentos passados; e
Existe uma obrigação presente quando, e só quando, a entidade não tem alternativa realista
senão a de fazer os pagamentos.
19 - Segundo alguns planos de participação nos lucros, os empregados só recebem uma parte do
lucro se permanecerem na entidade durante um período especificado. Tais planos criam uma
obrigação construtiva à medida que os empregados prestam serviço que aumenta a quantia a
ser paga se permanecerem ao serviço até ao final do período especificado. A mensuração de
tais obrigações construtivas reflecte a possibilidade de alguns empregados poderem sair sem
receberem pagamentos de participação nos lucros.
20 - Uma entidade pode não ter obrigação legal de pagar uma gratificação. Não obstante, em alguns
casos, uma entidade tem a prática de pagar bónus. Em tais casos, a entidade tem uma
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obrigação construtiva porque não tem alternativa realista senão de pagar a gratificação. A
mensuração da obrigação construtiva deve reflectir a possibilidade de alguns empregados
poderem sair sem receberem a gratificação.
21 - Uma entidade pode fazer uma estimativa fiável da sua obrigação legal ou construtiva segundo
um plano de participação nos lucros ou de bónus quando, e só quando:
(a) Os termos formais do plano contenham uma fórmula para determinar a quantia do benefício;
(b) A entidade determine as quantias a serem pagas antes das demonstrações financeiras
serem aprovadas para emissão; ou
22 - Uma obrigação segundo planos de participação nos lucros e de bónus resulta do serviço dos
empregados e não de uma transacção com os proprietários da entidade. Por conseguinte, uma
entidade reconhece o custo de planos de participação nos lucros e de bónus não como uma
distribuição do lucro líquido mas como um gasto.
(b) Outros benefícios pós emprego, tais como seguros de vida pós emprego e cuidados
médicos pós emprego.
Os acordos pelos quais uma entidade proporciona benefícios pós emprego são planos de
benefícios pós emprego. Uma entidade aplica esta Norma a todos os acordos que envolvam o
estabelecimento de uma entidade separada para receber as contribuições e pagar os
benefícios.
(a) A obrigação legal ou construtiva da entidade é limitada à quantia que ela aceita contribuir
para o fundo. Assim, a quantia dos benefícios pós emprego recebidos pelo empregado é
determinada pela quantia de contribuições pagas por uma entidade (e, se for caso, também
pelo empregado) para um plano de benefícios pós emprego ou para uma entidade de
seguros, juntamente com os retornos do investimento provenientes das contribuições; e
(b) Em consequência, o risco actuarial (que os benefícios possam vir a ser inferiores aos
esperados) e o risco de investimento (que os activos investidos possam vir a ser
insuficientes para satisfazer os benefícios esperados) recaem no empregado.
26 - São exemplos de casos em que uma obrigação de uma entidade não é limitada à quantia que
concorda contribuir para o fundo quando a entidade tenha uma obrigação legal ou construtiva
por meio de:
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(a) Uma fórmula de benefícios do plano que não esteja exclusivamente ligada à quantia das
contribuições;
(c) Aquelas práticas informais que dão origem a uma obrigação construtiva. Por exemplo, pode
surgir uma obrigação construtiva quando uma entidade tem um passado de benefícios
crescentes para antigos empregados para se manter a par com a inflação mesmo quando
não existe obrigação legal de o fazer.
29 - Quando não estiver disponível informação suficiente para utilizar a contabilização de benefícios
definidos de um plano multi-empregador que seja um plano de benefícios definidos, uma
entidade deve contabilizar o plano como se fosse um plano de contribuição definida.
(a) O plano é financiado numa base «pay as you go» tal que: as contribuições são fixadas ao
nível que se espera ser suficiente para pagar os benefícios que se vençam num mesmo
período; e benefícios futuros obtidos durante o período corrente serão pagos de futuras
contribuições; e
(b) Os benefícios dos empregados são determinados pela duração do seu serviço e as
entidades participantes não têm meio realista de se retirarem do plano sem pagarem uma
contribuição pelos benefícios obtidos pelos empregados até à data da retirada.
Tal plano cria risco actuarial para a entidade: se o custo final dos benefícios já ganhos à data do
balanço for maior do que o esperado, a entidade terá de ou aumentar as suas contribuições ou
de persuadir os empregados a aceitar uma redução dos benefícios.
32 - Os planos estatais são estabelecidos pela legislação para cobrir todas as entidades (ou todas
as entidades numa particular categoria, por exemplo um sector especifico) e são operados por
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um governo nacional ou local ou por outra organização (por exemplo, uma agência autónoma
criada especificamente para esta finalidade) que não está sujeita a controlo ou influência pela
entidade que relata. Alguns planos estabelecidos por uma entidade proporcionam não só
benefícios obrigatórios que são substitutos dos benefícios que de outra forma seriam cobertos
por um plano estatal bem como benefícios voluntários adicionais. Tais planos não são planos
estatais.
33 - Os planos estatais são caracterizados como de natureza de benefícios definidos. Muitos planos
estatais são contribuídos numa base de «pay as you go»: as contribuições são fixadas a um
nível que se espera ser suficiente para pagar os benefícios requeridos que se vençam no
mesmo período; benefícios futuros obtidos durante o período corrente serão pagos com
contribuições futuras. Contudo, na maioria dos planos estatais, a entidade não tem obrigação
legal ou construtiva de pagar esses futuros benefícios: a sua única obrigação é a de pagar as
contribuições à medida que se vencem e se a entidade deixar de empregar membros do plano
estatal, não terá obrigação de pagar os benefícios obtidos pelos seus próprios empregados em
anos anteriores. Por esta razão, os planos estatais são normalmente planos de contribuição
definida. Porém, em casos raros quando um plano estatal for um plano de benefícios definidos,
uma entidade aplica o tratamento prescrito nos parágrafos 28 e 29.
(b) Pagar contribuições adicionais se o segurador não pagar todos os benefícios futuros do
empregado relativos ao serviço do empregado no período corrente e em anteriores.
Se a entidade retiver tal obrigação legal ou construtiva, a entidade deve tratar o plano como um
plano de benefícios definidos.
36 - Quando uma entidade financia uma obrigação de benefícios pós-emprego ao contribuir para
uma apólice de seguro pela qual a entidade (quer directamente quer indirectamente através do
plano, através dum mecanismo de fixação de futuros prémios quer através de um
relacionamento de parte relacionada com o segurador) retém uma obrigação legal ou
construtiva, o pagamento dos prémios não corresponde a um acordo de contribuição definida.
Em consequência a entidade contabiliza uma apólice de seguro elegível como um activo de
plano.
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(a) Como um passivo (gasto acrescido), após dedução de qualquer contribuição já paga. Se a
contribuição já paga exceder a contribuição devida relativo ao serviço antes da data de
balanço, uma entidade deve reconhecer esse excesso como um activo (gasto pré-pago) na
medida em que o pré-pagamento conduzirá, por exemplo a uma redução em futuros
pagamentos ou numa restituição de dinheiro; e
(b) Como um gasto, salvo se outra Norma Contabilística e de Relato Financeiro exigir ou
permitir a inclusão da contribuição no custo de um activo (ver, por exemplo, a NCRF 18 -
Inventários, e a NCRF 7 - Activos Fixos Tangíveis).
(a) Ausências permitidas de longo prazo tais como licença por serviços duradouros ou sabática;
(d) Participação nos lucros e bónus pagáveis doze meses ou mais após o fim do período no
qual os empregados prestam o respectivo serviço; e
(e) Remunerações diferidas pagas doze meses ou mais após o fim do período no qual seja
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obtida.
43 - A mensuração de outros benefícios a longo prazo dos empregados não é geralmente sujeita ao
mesmo grau de incerteza que a mensuração de benefícios pós-emprego. Além disso, a
introdução de, ou alterações a, outros benefícios a longo prazo dos empregados raramente dá
origem a uma quantia material de custo do serviço passado. Por estas razões, esta Norma
exige um método simplificado de contabilização para outros benefícios a longo prazo dos
empregados. Este método difere da contabilização exigida para benefícios pós-emprego como
segue:
(a) Ganhos e perdas actuariais são imediatamente reconhecidos e não se aplica o «corridor»; e
(b) Menos o justo valor à data do balanço dos activos do plano (se os houver) dos quais as
obrigações devem ser liquidadas directamente.
45 - Para outros benefícios a longo prazo dos empregados, uma entidade deve reconhecer o total
líquido das seguintes quantias como gasto ou rendimento, excepto na medida em que outra
NCRF exija ou permita a sua inclusão no custo de um activo.
(c) O retorno esperado em quaisquer activos do plano e sobre qualquer direito de reembolso
reconhecido como um activo;
(d) Ganhos e perdas actuariais, que devem ser todos imediatamente reconhecidos;
(e) Custo do serviço passado, que deve ser todo imediatamente reconhecido; e
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(b) Proporcionar benefícios de cessação como resultado de uma oferta feita a fim de encorajar
a saída voluntária.
(a) A localização, a função, e o número aproximado de empregados cujos serviços estão para
ser cessados;
(c) Momento em que o plano será implementado. A implementação deve começar com a maior
brevidade possível e o período de tempo para completar a implementação deve ser tal que
não sejam prováveis alterações materiais para o plano.
50 - Uma entidade pode estar comprometida, pela legislação, por acordos contratuais ou outros com
empregados ou os seus representantes ou por uma obrigação construtiva baseada na prática
da entidade, costume ou um desejo de agir com equidade, a fazer pagamentos (ou proporcionar
outros benefícios) aos empregados quando dá por cessado o seu emprego. Tais pagamentos
são benefícios de cessação. Benefícios de cessação de emprego são tipicamente pagamentos
de quantia única, mas por vezes também incluem:
(b) Ordenados até ao final de um período de aviso especificado se o empregado não prestar
mais serviço adicional que proporcione benefícios económicos para a entidade.
51 - Alguns benefícios dos empregados são pagáveis independentemente da razão para a saída do
empregado. O pagamento de tais benefícios é certo (sujeito a quaisquer requisitos de aquisição
ou de serviço mínimo) mas a tempestividade do seu pagamento é incerta. Embora tais
benefícios sejam descritos nalguns países como indemnizações de cessação de emprego, ou
liberalidades de cessação de emprego, eles são benefícios pós-emprego, em vez de benefícios
de cessação de emprego e uma entidade contabiliza-os como benefícios pós-emprego.
Algumas entidades proporcionam um nível mais baixo de benefícios para cessação voluntária
de emprego a pedido do empregado (em substância, um benefício pós-emprego) do que para
cessação involuntária de emprego a pedido da entidade. O benefício adicional a pagar da
cessação involuntária é um benefício de cessação de emprego.
53 - Quando uma entidade reconheça benefícios de cessação, a entidade pode também ter
necessidade de contabilizar um corte de benefícios de reforma ou outros benefícios dos
empregados.
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54 - Sempre que benefícios de cessação de emprego se vençam a mais de 12 meses após a data
do balanço, eles devem ser descontados.
55 - No caso de uma oferta feita para encorajar a saída voluntária, a mensuração dos benefícios de
cessação de emprego deve basear-se no número de empregados que se espera que aceitem a
oferta.
58 - Sempre que exigido pela NCRF 5 - Divulgações de Partes Relacionadas, uma entidade divulga
informação acerca de contribuições para planos de contribuição definida relativamente ao
principal pessoal de gerência.
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