Condução de Calor em Regime Estacionário
Condução de Calor em Regime Estacionário
Condução de Calor em Regime Estacionário
SUMRIO
1.
INTRODUO........................................................................................................1
2.
RESUMO TERICO..............................................................................................2
3.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.................................................................4
4.
RESULTADOS E DISCUSSES............................................................................6
5.
CONCLUSO..........................................................................................................9
6.
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................10
1. INTRODUO
O objetivo deste experimento determinar a variao da temperatura do
condensador e do evaporador gradativamente em pequenos intervalos de tempo, em um
refrigerador domstico, durante um ciclo de operao. Alm disso, avaliar e comparar
os dados experimentais (mquina real) com os dados tericos (mquina que opera
segundo o ciclo de Carnot).
Sabe-se que os valores experimentais obtidos no so iguais aos valores ideais,
porm podem ser prximos dependendo de certas condies. Assim, surge a
necessidade de se calcular o coeficiente de eficcia (desempenho) do refrigerador real e
de um refrigerador ideal (operando segundo o ciclo de Carnot). Para tal, considerado
se o ciclo atua em um regime permanente ou transiente; se h trocas de calor ao longo
do evaporador; e se h trocas de calor ao longo do condensador, observando a diferena
de temperatura com a temperatura ambiente.
Este estudo baseia-se na hiptese de o refrigerador operar segundo um ciclo
ideal, e considera a mdia das temperaturas do condensador, a temperatura do
evaporador e a do ambiente (laboratrio), obtidas experimentalmente.
2. REVISO BIBLIOGRFICA
O ciclo idealizado por Carnot, no qual se transfere calor entre dois reservatrios
em diferentes temperaturas, composto por dois processos isotrmicos reversveis e
dois adiabticos reversveis. Este processo no possui perdas, por isso, obtm-se um
mximo rendimento. Porm, ao observar o funcionamento de mquinas reais, constatase que impossvel que elas operem sem ter algum tipo de perda. Ou seja, o rendimento
de Carnot impossvel de ser alcanado.
QL
|W c|
Equao 1
Porm a obteno dos dados requeridos pela equao 1 pode ser complexa. Por
isso, pode-se utilizar, como uma boa aproximao, o coeficiente de desempenho de
Carnot, no qual so apenas necessrias as temperaturas dos reservatrios, sendo Tl a
temperatura do evaporador, e Th a temperatura ao longo do condensador (mdia).
TL
T H T L
Equao 2
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
RESULTADOS E DISCUSSES
A partir dos procedimentos experimentais, anteriormente mencionados,
obteve-se os valores das temperaturas entre o compressor e o evaporador, em funo do
tempo, conforme pode-se observar na Tabela 1. Para facilitar a visualizao dos
resultados encontrados, estes foram representados em grficos, evidenciados pelas
Figuras 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
Tabela 1 Medies dos termopares entre o compressor e o evaporador, de acordo com o
tempo
Temperaturas medidas (C)
T1
Medie
s
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
T2
Sada
Tubo vertical
compressor condensador
29
33
35
37
39
42
45
46
48
50
51
52
53
53
54
55
56
56
57
58
59
59
60
60
61
31
34
35
37
39
40
42
43
44
45
46
47
48
49
49
51
51
51
52
52
53
54
54
54
55
T3
2
pass
e
32
34
36
38
40
41
42
43
44
44
44
45
45
46
46
46
46
46
47
47
47
47
48
48
48
T = 24C
T4
T5
T6
T7
7
15
Tempo (min)
11
pass
pass Evaporador
passe
e
e
30
29
13
0:40
33
33
3
1:30
35
35
0
1:55
37
36
-2
2:25
39
38
-3
3:00
40
39
-3
3:30
41
40
-3
4:00
41
41
-3
4:30
42
42
-3
5:00
43
42
-3
5:20
43
43
-3
5:50
44
43
-3
6:15
44
43
-3
6:40
44
44
-4
7:05
44
44
-4
7:30
45
44
-4
7:55
45
44
-4
8:20
45
45
-4
8:45
46
45
-3
9:15
46
45
-3
9:40
46
46
-3
10:05
46
46
-3
10:30
46
46
-3
10:55
46
46
-3
11:20
47
46
-3
11:47
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
62
63
63
63
65
65
65
65
68
69
69
69
69
73
73
72
72
74
74
75
75
76
77
77
78
79
79
-
55
48
47
46
56
48
47
46
56
48
47
47
57
48
47
47
57
48
47
47
58
49
48
47
57
49
48
47
58
49
47
47
60
50
48
48
60
50
48
48
60
49
48
47
60
49
48
47
61
49
48
47
63
50
48
48
63
50
48
47
63
49
47
47
62
49
47
47
63
50
47
47
63
50
47
47
63
49
47
47
63
50
47
47
63
50
47
47
65
50
47
46
65
50
47
46
66
50
47
46
65
50
47
46
66
50
46
46
46
Fonte: Elaborao dos prprios autores, 2015.
-3
-3
-3
-3
-3
-3
-3
-3
-4
-4
-4
-4
-4
-4
-5
-5
-5
-5
-5
-5
-5
-6
-6
-6
-6
-6
-6
-
12:15
12:42
13:08
13:32
14:05
14:36
15:10
15:39
18:28
18:53
19:19
19:45
20:15
25:00
25:27
25:57
26:27
29:37
30:05
30:32
32:05
33:33
36:05
37:49
39:53
41:33
43:32
44:14
6
4
2
0
0
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Tempo (min)
12
10
8
Medies de T2 (C)
6
4
2
0
0
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Tempo (min)
12
10
8
Medies de T3 (C)
6
4
2
0
0
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Tempo (min)
12
10
8
Medies de T4 (C)
6
4
2
0
0
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Tempo (min)
12
10
8
Medies de T5 (C)
6
4
2
0
0
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Tempo (min)
12
10
8
Medies de T7 (C)
6
4
2
0
0
10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Tempo (min)
somente uma vez (46C), subentende-se que a mesma tambm foi estabilizada, haja
vista que T4 e T5 alcanaram o regime permanente e esto prximas de T6.
Ainda acerca das Figuras 1, 2, 3, 4 e 5 e do valor de T6 (46C), percebe-se
que, para o refrigerador operando em regime estacionrio, o condensador no possui
temperatura constante por toda sua extenso. Isto porque no primeiro trecho do
condensador (T1, T2 e T3) ocorre uma queda na temperatura, oriunda da troca de calor
sensvel entre o vapor super aquecido e o ambiente, at que aquele atinja a temperatura
de saturao. J no segundo trecho (T4, T5 e T6), nota-se que a temperatura permanece
constante, proveniente da troca de calor latente, o que assinala a mudana de fase.
Ao realizar-se a mdia aritmtica das ltimas temperaturas aferidas do
condensador, quando no regime estacionrio, obtm-se o valor de Tm = 55,5C. Este, por
sua vez, difere da temperatura do ambiente externo, T = 24C, resultando uma
diferena de temperatura.
Nos refrigeradores convencionais, a diferena de temperatura gera uma taxa
de calor dissipada no condensador, a qual pode ser calculada por meio da equao
abaixo. Sendo u o coeficiente global de troca de calor, A a rea da transferncia de
calor e Tm a diferena mdia de temperatura entre os pontos do condensador e o
ambiente.
q=u . A . T m
Contudo, admitindo-se ciclo ideal Carnot, entende-se que para uma maior
eficincia do refrigerador, torna-se necessrio que a diferena entre a temperatura mdia
do condesador e a temperatura do ambiente externo seja reduzida ao mximo. Para tal,
tem-se como alternativas: aumentar a rea de superfcie do condensador e/ou aumentar
o fluxo de ar passando por ele.
Em funo dos valores medidos para as temperaturas de condensao e
evaporao, pode-se calcular a estimativa do coeficiente de desempenho () do
refrigerador estudado. Para tanto, utilizou-se o ciclo ideal de Carnot, expresso pela
equao adiante, onde TL a temperatura da fonte fria (evaporador) e TH a
temperatura da fonte quente (temperatura mdia condensador Tm):
TL
T H T L =
267
=4,34
328,5267
CONCLUSO
3. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
INCROPERA, F.P., DEWITT, D.P., BERGMAN,T.L., LAVINE,A.S., Fundamentos de
Transferncia de Calor e de Massa. 6 edio, Rio de Janeiro, LTC, 2008.
VAN WYLEN, J.G.; SONNTAG, R.E.; BORGNAKKE, C. Fundamentos da
Termodinmica. 6 ed, Edgard Blcher, 2003.