Metalurgia Física - Aula 4 Parte 1
Metalurgia Física - Aula 4 Parte 1
Metalurgia Física - Aula 4 Parte 1
Aula 4
Relembrando....
..............Parmetros de Rede
A perfeita notao dos planos cristalinos de grande importncia, pois
serve para:
determinao da estrutura cristalina;
deformao plstica: A deformao plstica (permanente) dos metais
ocorre pelo deslizamento dos tomos, escorregando uns sobre os outros
no cristal. Este deslizamento tende a acontecer preferencialmente ao
longo de planos e direes especficos do cristal.
propriedades de transporte: em certos materiais, a estrutura atmica
em determinados planos causa o transporte de eltrons e/ou acelera a
conduo nestes planos, e, relativamente, reduz a velocidade em planos
distantes destes.
O QUE UM DEFEITO?
uma imperfeio ou um "erro" no arranjo peridico regular dos
tomos em um cristal.
Podem envolver uma irregularidade
na posio dos tomos
no tipo de tomos
O tipo e o nmero de defeitos dependem do material, do meio
ambiente, e das circunstncias sob as quais o cristal processado.
Defeitos/Imperfeies cristalinas
Por "defeito cristalino" entendida uma irregularidade de rede tendo uma ou mais de suas
dimenses da ordem de um dimetro atmico.
Os defeitos de rede podem ser:
Defeitos Pontuais: falhas que se estendem sobre somente alguns tomos (0-D);
Defeitos Lineares: irregularidades que se estendem atravs de uma nica fileira de tomos (1-D);
Defeitos Planares: falhas que se estendem atravs de um plano de tomos (2-D);
Defeitos Volumtricos: irregularidades que se estendem sobre o conjunto 3-D dos tomos na estrutura.
Alm desta classificao, os defeitos podem ser categorizados como:
Intrnsecos: Defeitos decorrentes das leis fsicas.
Extrnsecos: Defeitos presentes devido ao meio ambiente e/ou as condies de processamento.
Defeitos pontuais
Vacncias ou vazios
tomos Intersticiais
tomos estranhos:
substitucionais
intersticiais
VACNCIAS OU VAZIOS
Envolve a falta de um tomo
So formados durante a solidificao
do cristal ou como resultado das
vibraes atmicas (os tomos
deslocam-se de suas posies
normais)
INTERSTICIAIS
LIGAS METLICAS
As impurezas (chamadas elementos de liga) so adicionadas
intencionalmente com a finalidade:
Solues slidas
Segunda fase
A solubilidade depende :
Temperatura
Tipo de impureza
Concentrao da impureza
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SOLUES SLIDAS
Nas solues slidas as impurezas podem ser:
- Intersticial
- Substitucional
INTERSTICIAL
SUBSTITUCIONAL
DESORDENADA
refeitas;
Defeitos em linha
(so criados devido s condies de processamento)
Discordncia em Cunha
Discordncia em Hlice
Defeitos de linha
Movimento das discordncias
Uma tenso cisalhante atuando no plano e direo de deslizamento provoca a movimentao das
discordncias. Mesmo que a tenso aplicada ao material seja uma tenso normal, ela vai possuir uma
componente cisalhante que atua no plano da discordncia.
Distoro na rede
provocada pela
presena de uma
discordncia em
aresta
na forma de calor;
Discordncia em Hlice
Vdeo 5f
Defeitos Planares
Decorrem de uma variao no empilhamento dos planos
atmicos atravs de um contorno. Tal variao pode ser
tanto na orientao, quanto na sequncia de
empilhamento dos planos.
Contornos de Gro
Contornos de Macla
Defeito de empilhamento
Contorno de Pequeno ngulo
CONTORNO DE GRO
TWINS
MACLAS OU CRISTAIS GMEOS
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2013 - Low cycle fatigue behavior of a high manganese austenitic twin-induced plasticity steel
Falhas de empilhamento
comuns nos materiais cbicos de faces centradas (CFC)
Ocorrem quando, em uma pequena regio do material, h uma falha na sequncia de empilhamento dos
planos compactos.
DEFEITOS VOLUMTRICOS
- Incluses
: Impurezas estranhas
- Precipitados: so aglomerados de partculas cuja composio difere da matriz
- Fases: forma-se devido presena de impurezas ou elementos de liga (ocorre quando
o limite de solubilidade ultrapassado)
- Porosidade: origina-se devido a presena ou formao de gases
Incluses
Porosidade
As figuras abaixo apresentam a superfcie de ferro puro durante o seu processamento por metalurgia do
p. Nota-se que, embora a sinterizao tenha diminudo a quantidade de poros bem como melhorado
sua forma (os poros esto mais arredondados), ainda permanece uma porosidade residual.
Deformao elstica
e deformao plstica
Deformao Elstica
1
1 2 3 2 1 2 1 3
E
E
1
3 3 1 2
E
1 2 3
3 1 2 1 2 3
E
3
1 2 3
3 1 2
0
E
Deformao plstica
Nos materiais cristalinos o principal mecanismo de deformao plstica consiste no
escorregamento de planos atmicos atravs da movimentao de discordncias
ENCRUAMENTO
o fenmeno no qual um material endurece devido
deformao plstica (realizado pelo trabalho frio).
Esse
endurecimento
d-se
devido
ao
aumento
de
Antes da deformao
Depois da deformao
Encruamento e Microestrutura
Bandas de Cisalhamento
Maclao
Transformaes de Fase Induzidas por Def. Plstica (Fe-Cr-Ni )
Amolecimento por Deformao
Encruamento e recristalizao
Recristalizao (Processo de Recozimento para Recristalizao)
ESTGIOS:
Recuperao;
Recristalizao;
Crescimento de gro.
Recuperao
H um alvio das tenses internas armazenadas durante a deformao devido ao movimento das
discordncias resultante da difuso atmica;
Nesta etapa h uma reduo do nmero de discordncias e um rearranjo das mesmas;
Propriedades fsicas como condutividade trmica e eltrica voltam ao seu estado original (correspondente ao
material no-deformado).
Recristalizao
Depois da recuperao, os gros ainda esto tensionados;
Na recristalizao, os gro se tornam novamente equiaxiais (dimenses iguais em todas as direes);
O nmero de discordncias reduz mais ainda;
As propriedades mecnicas voltam ao seu estado original.
Crescimento de Gro
Depois da recristalizao, se o material permanecer por mais tempo em temperaturas elevadas, o gro
continuar crescer;
Em geral, quanto maior o tamanho de gro mais mole o material e menor sua resistncia
Deformao a Quente
e Deformao a Frio
Trabalho quente TQ
Trabalho Frio TF
Trabalho Morno TM
TRABALHO QUENTE
Vantagens
EDE
Menor energia requerida para deformar o metal;
Aumento da ductilidade;
Homogeneizao qumica das estruturas brutas de fuso;
Eliminao de bolhas e poros por caldeamento;
Eliminao e refino da granulao grosseira e colunar do material fundido,
proporcionado gros menores, recristalizados e equiaxiais;
Aumento da tenacidade.
Desvantagens
Necessidade de equipamentos especiais: fornos, manipuladores;
Reaes do metal com a atmosfera do forno;
Formao de xidos;
Desgaste das ferramentas;
Necessidade de grandes tolerncias dimensionais;
Estrutura menos uniforme.
TRABALHO MORNO
Aliar as vantagens das conformaes a quente e a frio.
Mais difundidos e com maiores aplicaes o forjamento
TM X TQ
Melhor acabamento superficial e preciso dimensional;
Diminuio da oxidao e da dilatao;
Aumento do limite de escoamento;
O aumento da carga de conformao X prensas mais potentes e ferramentas mais
resistentes.
Tarugos podem requerer decapagem para remoo de carepa;
Utilizao de lubrificantes.
TM X TF
Reduo dos esforos de deformao;
Conformao mais fcil de peas com formas complexas, em materiais com alta
resistncia.
Melhora a ductilidade do material e elimina a necessidade de recozimentos
intermedirios.
RECUPERAO E RECRISTALIZAO
Principais, propriedades
mecnicas dos materiais metlicos
Mecnicas
Resistncia Mecnica: trao, compresso, flexo, toro, etc.
Resilincia (Capacidade de resistir a esforos dinmicos)
Elasticidade
Dureza
Tecnolgicas
Fusibilidade
Plasticidade: Maleabilidade e Ductilidade
Soldabilidade
Temperabilidade
Usinabilidade
Tencidade (Capacidade de absorver energia at a ruptura)
Uso
Resistncia ao Ar
Resistncia ao Calor
Resistncia Ao Corrosiva
Resistncia Fluidez (Creep)
Outras
Peso Especfico
Densidade
Condutibilidade Trmica e Eltrica
Dilatao
Grau de Polimento