OS SEGREDOS DE IFA

IKOFA FUN Y AWOFAKAN DE ORUNMILA

QUEM ORUMILA?
ORUNMILA a divindade da adivinhao e sabedoria no Panteo da religio

yoruba. o testemunho de Deus (Olodumare) quando este idealizou e construiu

o universo. Orunmila conhece por endez o destino de todos os seres viventes se
originou como esto e como terminaro.
Recebendo ou consultando a Orunmila, as pessoas podem conhecer seu
destino, tanto no mundo fsico como no espiritual, saber quais so as
dificuldades que lhe ameaaro, e como livrar-se delas atravs de sacrifcios,
entre outras coisas mais.

NOMES DE ORUNLA
ORUNMILA, ORUNLA, ORULA, IF, ELERI IKPIN ODE.
O colar e o ide de Orunla verde e amarelo, e deve ser colocado somente por
um sacerdote de if. Isto significa o pacto que fez Orunla com a morte para que
no tocasse em seus filhos sem que Orunla opinasse, ditasse que seu destino na
terra havia terminado.
NOTA: Quando se rompe o ide (pulseira) ou colar (ileke), deve-se chamar seu
padrinho de if, pois pode estar correndo perigo at de morte.
A RELAO COM ORUNMILA
No pense que if uma religio universal a busca de paroquianos e
convertidos. Os centros de if so os reencarnados dos seguidores originais de
Orunmila e seus Oduns e Omoluwos, que vieram do cu. Nem todos podem se
tornar seguidores de Orunmila, a menos que sejam escolhidos especificamente.
Orunmila no busca convencer algum a pertencer a if, de fato muitas pessoas
vm a ele quando tem problemas difceis, e que parecem insuperveis. Se uma
pessoa afortunada, ter um meio de saber que est destinada a ser uma
seguidora de Orunmila.

Uma vez que uma pessoa escolhida como seguidora, deve fazer um esforo
para segui-lo fervorosamente, porque o seguidor em mdio prazo se busca
muitos problemas, que no so necessariamente causados por Orula, porque o
servio sem entusiasmo, no o por numa posio para segurar os problemas de
seus seguidores efetivamente. Tem umas variedades de maneiras na qual se pode
associar a Orunmila.
Posso lhes assegurar que Orunmila no gosta de Babalawos ou sacerdotes
imperfeitos, vagabundos, com vcios, vidas desorganizadas ou libertinas, e,
sobretudo no podem ser homossexuais e no o terem sido em alguma poca de
sua vida. Cabe ressaltar, neste ponto, que a questo da homossexualidade
especfica aos sacerdotes de if (Babalawos). No caso do resto dos outros
mortais, Orunmila mostrar o caminho, a fim de que sua vida na terra seja o
mais feliz possvel, e que possa cumprir a misso que lhe foi encomendada no
seu regresso a terra.
Para ser um Aw ou Sacerdote de Orunmila, deve ser um homem cabal,
justo, cavalheiro, respeitoso com as pessoas e com a natureza, no ter vcios de
nenhuma ndole, ser comedido em suas opinies, paciente, justo, consciencioso,
estudioso dos ensinamentos de if e praticante, perseverante e humilde.
Tudo isto deve ser avaliado pelos signos de Mo de Orunmila e em sua
coroao de Anjo da Guarda ou no lavatrio do Orix (se o santo entre os
guerreiros dever ser Elegbara ou Oxossi, porque os filhos de Ogum que tenham
santo feito direto na cabea, no podem ser Babalawos ou Sacerdotes de If), e
se seu Anjo da Guarda lhe conceder este privilgio de passar a terra de If.
Como um feito importante, a cerimnia de Mo de Orunmila nos indica
entre outras coisas, qual o caminho de uma pessoa em relao religio, e qual
o Anjo da Guarda da pessoa. Existem centenas de casos em que a pessoa no
tendo feito referida cerimnia, lhe coroado seu Anjo da Guarda (fazer santo),
e depois if, e vm os j sabidos problemas que podem acarretar este tipo de
atitude, tais como: destruio da sade, perda de evoluo econmica, divrcios,
etc.
Entretanto, em nossa casa de if, sempre perguntado na cerimnia de ita, e
ao Anjo da Guarda da pessoa, se o deixa passar para terra de if.
Na falta do acima mencionado, aqueles que fizeram as coisas mal feitas,
pagam com a prpria vida. Isto se v nos signos Oyekun Berdura e Oshe Meyi,
onde Olofin mandou Ik decapitar a todos os Babaloshas e Ialoshas que
cometeram faltas e o nico que se salvou foi o Iyawo ou Jawo.
No passado a importncia de fazer as cerimnias de mo de Orunmila aos
recm-nascidos ou crianas era para que seus pais soubessem que caminho a
criana deveria seguir na vida.
Oito dias depois de que uma criana nascia os Awoses que se
especializavam nos astrais das crianas recm-nascidas, se reuniam para ler a
vida desta criana. O Odun que aparece para a criana na cerimnia o mesmo
que mais tarde ser usado para seu prprio If.

Quando nesta cerimnia, o Oduns de If indique aos pais que o menino vai
abandon-los prematuramente (ABIKU), o que o signo est indicando, quase
invariavelmente, que se ter que fazer If muito cedo na vida, como um contra,
uma oposio a uma morte intempestiva.
Em cmbio, quando uma pessoa adulta encontra-se com problemas srios
(enfermidades, perdas, tragdias, etc.) no transcorrer de sua vida. Se uma pessoa
um Aw potencial, Orunmila pode lhe aparecer em sonho ou fazer com que seu
Anjo da Guarda lhe revele o caminho, porque experimenta dificuldades por no
haver descoberto qual o seu Anjo da Guarda.
QUE UM BABALAWO?

Babalawo o Pai dos segredos, que a traduo literal em Yoruba.

um sacerdote de if (de Orunmila) na terra que tenha passado pela cerimnia
de consagrao de if.
COMO SE SADA A UM BABALAWO, OLUWO, AWO.
Se for seu Padrinho: Oluwo Iboru, Oluwo Iboya, Oluwo Ibosheshe.
Se for seu Ojubona: Ojubona Iboru, Ojubona Iboya, Ojubona Ibosheshe.
Se for qualquer outro Awo: Awo Iboru, Awo Iboya, Awo Ibosheshe.
QUE UMA APETEBI DE ORULA?
As mulheres ao receber seu Ikof Fun de Orunmila, se transformam em
Apetebi de Orunmila, que significa que so esposas dele. E a saudao dos
Babalawos e awoses para com elas : Apetebi Iboru, Apetebi Iboya, Apetebi
Ibosheshe.
A responsabilidade que assumem que devero estar disposio para
qualquer cerimnia de if que tenha seus padrinhos, para ajud-los.
O QUE ACONTECE DEPOIS DA CERIMNIA DE
IKOFA FUN OU MO DE ORUNMILA
Segundo o costume de nossa caca de if, dado para a pessoa um caderno
com todas as recomendaes que tenha dado Orunmila no ita (ou leitura do
destino). Aqui se detalha os sacrifcios (eb) ou cerimnias adicionadas que a

pessoa ter que realizar, e que devem ser feitas o quanto antes possvel, para que
o positivo que tenha nos signos que saram se realizem, e o negativo se afaste o
mais rpido possvel. Isto muitssimo importante, pois no pense que por haver
recebido a Orunmila e os Guerreiros j tudo estar bem, pois no assim.
Esta religio consiste em consultas, cerimnias e sacrifcios constantes,
para que nossa vida na terra seja o mais feliz possvel. Por tanto pergunte a seu
padrinho o que deve se fazer para resolver tudo que foi indicado por Orunmila
no seu ita.
DIA DE ORUNMILA
Em quatro de outubro, dia de So Francisco de Assis, patrono dos
Babalawos, voc dever comparecer casa de seu padrinho para pedir a beno,
sade, paz, tranqilidade. Voc tambm dever dias ou semanas antes, ligar para
seu padrinho para saber o que voc poder levar para a festa de Orunmila, dando
a sua contribuio sempre dentro de suas possibilidades.
INICIAO DE IKOFA E AWOFACAN
O QUE SE DEVE SABER PARA CUIDAR DE ORUNMILA E DOS
GUERREIROS.
Cumprimento a todas as pessoas iniciadas entre si, exceto ao padrinho:
IBORU, IBOYA, IBOSHESHE.
Para cumprimentar a Orunmila: Orula Iboru, Orula Iboya, Orula
Ibosheshe, deve-se sempre colocar a testa no cho, e depois de feita a saudao,
beija-se o cho, ou a esteira.
COMO TRATAR A ORUNMILA.
Coloca-se o igb (sopeira com Orunmila) sobre uma esteira estendida no
cho, num prato coloca-se o dend, e em outro se coloca o mel, e com a palma
da mo esquerda, espalmada, se pega um pouco de azeite de dend, e na mo
direita um pouco de mel.
Pegam-se os adele if entre as mos, esfrega-se com cuidado para que
fiquem bem untados de dend e mel, enquanto vai se bafejando sobre eles e
falando de nossas necessidades. Isto deve ser feito aos domingos, mantido
resguardo de sexo na noite anterior.

Se durante a cerimnia cair algum adele no cho, se deve pegar com a

boca e junta-los aos demais.
O p existente no envelope de papel que fica guardado dentro do igb de
Orunmila, s dever ser usado em situao de extrema necessidade, misturandose na gua do banho ou esfregando-se nas mos enquanto se faz os pedidos.

OFERECIMENTOS A ORUNMILA.

A Orunmila pode-se oferecer peixe defumado, ou assados como se fosse

para voc comer, presunto, frutas, doces, bifes frescos passados no mel ou no
dend, sempre em nmeros de dois, tendo que provar antes na presena de
Orunmila qualquer alimento que lhe for oferecido.
COMO TRATAR DOS GUERREIROS.
Os Guerreiros devem ser saudados de p. Devemos nos dirigir a eles
sempre de frente e de p, para pedir ou para falar de nossas dificuldades, porque
para eles, ELEGU, OGUN e OSHOSI que se pede tudo que a pessoa deseja.
ELEGU deve ser tratado sempre antes dos demais Orishas.
NOES INICIAIS DE IF.
A relao padrinho e afilhado.
Ao longo da histria da humanidade as diferentes Religies que tem
existido, em especial nas ocidentais, tem deixado uma espcie de dissabor a
muitos dos seus seguidores, devido a fatores humanos que, tradicionalmente tem
corrompido sua essncia, transformando um instrumento de orientao em
instrumento de poder e manipulao. Poe essa razo, a uma grande parte da
populao, o termo Religio lhe produz certa incomodidade.
OLODUMARE-OLOFIN (DEUS), atravs de seus profetas, nos deu
conhecimento para guiarmo-nos pelos caminhos corretos de nosso destino, em
forma de estrada. Esses conhecimentos, interpretados de mltiplas formas ao
longo dos sculos, so o que chamamos Religio e estas religies foram feitas
para o benefcio do homem e no para sua escravido. Em palavras Jesus: No
foi feito o homem para o sbado, se no o sbado para o homem.

Cada sacerdote: Babalawo e Iworo (Babalosha ou Ialosha) marcam as

pautas e a direo de sua famlia espiritual, d seu prprio exemplo de vida e,
como ser humano, tambm comete seus prprios erros.
muito importante administrar com conscincia e com moral esses
erros, pois a melhor forma de orientar um povo no com palavras se no com
exemplos, onde a inveja e a desonestidade no podem ter guarita.
Quando um casal decide responsavelmente trazer uma criana ao
mundo, adquire consciente ou inconscientemente, vrias obrigaes contratuais,
resumidas nos seguintes pontos:
1. Ajuda-lo a comer at que possa valer-se por si mesmo; 2. ajuda-lo a
caminhar at que possa valer-se por si mesmo; 3. Ajuda-lo a cultivar-se
espiritual e intelectualmente at que possa valer-se por si mesmo, e 4. E
continuar impulsionando-o com a experincia at o final de nossos dias.
Isto, de igual modo, serve para aqueles pais adotivos e tambm para
aqueles pais por acidente, e o coloco entre aspas, pois o acidente
falando espiritualmente no existe, nosso destino est pautado e se nos
desviamos, a responsabilidade exclusivamente nossa, e no de um
acidente.
COMO FILHOS, TAMBM TEMOS NOSSAS OBRIGAES:
1. Respeitar a palavra e de atitude a quem nos deram vida fsica, pois com
ela encontramos a oportunidade de cumprir nosso destino, 2. Ser
agradecido com tudo o que adicionalmente a vida, nos tem brindado, e
3, velar por eles quando j no possam valer-se por si mesmos.
Este contrato tambm vlido para definir o que, em teoria, deveria ser a
relao padrinho-afilhado, porque importante que ao nos aproximarmos
desta Religio e para evitarmos decepes, sintamos afinidades de
conceitos e metas com quem sero nossos guias espirituais.
Como Aleyo (no iniciado), voc pode interagir com o sacerdote
(Babalawo), avaliar sua moral e seus conhecimentos, e simplesmente
trocar de casa de santo, se esta viso de vida for diferente da sua.
Como padrinho ou madrinha conveniente perguntar aos Oshas
antes de dar entrada a uma pessoa em nossa casa de santo.
Deve-se expor as regras da casa desde o princpio para no incorrer
em faltas com os Orishas, j que a casa de um sacerdote seu Templo, sua
energia radica a com fora e sua presena no admite intoxicao e um
comportamento inadequado.
Ainda assim, logo depois de seguirmos esses passos, todavia
encontramos inconvenientes, importante recordar que os seres humanos

sempre podemos nos equivocar, porm nem OLOFIN, nem os Oshas so

responsveis pelos nossos erros.
Eles esto sempre a para nos ajudar em nosso caminho, mesmo que
temporariamente tenhamos escolhido o equvoco, e so os mesmos nesta casa de
santo que em outra, nesta religio ou em qualquer outra, pois todos somos parte
do mesmo criador.
O SACRIFCIO:
Desde o comeo do mundo, uma das coisas que mais controvrsia traz o
sacrifcio, alguns o catalogam como um evento brutal e desmedido.
Sabia vocs que por muitos sculos a humanidade em diferentes crenas e
culturas rendiam cultos a seus santos ou entidades com sacrifcios humanos?
IF tambm se refere a esses eventos, onde narra que em certas ocasies se
tratou de sacrificar uma donzela em um evento tradicional de um povo e resultou
que esta era filha de ORUNMILA, e, por isto, este teve que mediar, e por causa
de sua interveno este sacrifcio humano foi abolido, j que se falou com os
deuses e se trocou a donzela pelo carneiro (IRETE MEYI).
Dentro da f Yoruba e sua dinmica se incluem sacrifcio de animais, isto
se faz com propsito de mediar entre o destino e aqueles sucessos que no
chegam.
Dentro desta cerimnia se guardam uma srie de elementos dos quais
muitos nem se quer conhecemos, como por exemplo: Vivemos num mundo onde
estamos irradiados de campos eletromagnticos e que ao mesmo tempo
interactuamos entre si, o sangue possui energia prpria, a qual se usa como
complemento para satisfazer aquele vazio de energias existentes em nossa vida
cotidiana.
Em outras palavras faa idia de uma bateria de carro que uma vez que se
descarregue, ou baixe sua voltagem imperativo que se carregue, e esta a
funo do sacrifcio. IF nos conta que no comeo de muitas civilizaes estas
chegaram a banhar-se de sangue, com o fim de estimular sua fora.
Em nossa religio se sacrificam animais para dar conhecimento aos
Orishas das situaes que apresentam as diferentes pessoas que oferecem estes
sacrifcios e estes os ajudam a resolv-las.
Os Olos alm de realizarem os sacrifcios ou matanas, tambm so
encarregados de fazer outras cerimnias associadas a estes sacrifcios como so
apresentao das partes dos animais de quatro patas aos santos que comeram e
no final desenvolver a cerimnia de FIFETO para a finalizao da matana ou
sacrifcio.
1. NOTA: Gostaria de dizer que estes sacrifcios na maioria das vezes so dados
o sangue para os santos e a carne comida pelas pessoas da comunidade visto

que no existe nenhum intuito perverso de matar por matar, pois comeremos esta
carne assim como quando compramos no aougue ou avirios das cidades onde
vivemos o desconhecimento de muitos levam a este conceito ruidoso de que isto
por maldade.
possvel uma ou outra vez que se faa uma cerimnia onde no se
comem os animais, mas isto no uma constante em nossas cerimnias.
O QUE UM SANTEIRO?
A palavra santeiro vem do cristianismo, onde os catlicos adoram
imagens de gesso denominadas santo. Da nasce o conceito que os crentes da f
Yorub tambm denominem as suas entidades como tal, dando lugar a que a voz
popular os chamem de Santeiros.
Ainda assim se perguntar maioria das pessoas desta religio, elas
respondero se autodenominando santeiro, o que um equvoco, j que nesta
religio s existem Oshas e Orishas, os quais depois do sincretismo se
enquadram nesta classificao.
Iya-Osha o nome apropriado para a mulher e Baba-Osha para o
homem. Pois o conceito de padrinho e madrinha trazemos da f catlica que
como forma de iniciao utiliza o batismo, e as pessoas que presidem nestas
cerimnias se denominam da forma antes exposta, similar iniciao da regra de
Osha onde os envolvidos ocupariam uma posio parecida.
NOTA: Na consagrao de Osha se envolve a dinmica da f Yoruba que
consiste na adorao a (ALA-LE-Y) o Anjo da Guarda.
A INTERPRETAO DO ORCULO.
Existe uma marcada influncia em nossas vidas por causa dos decretos
negativos e positivos que em torno de ns predigam. H 2000 anos, Jesus dizia:
Se pedes a essa montanha que se mova, e o faa com f, ela se mover. Isto
nos d uma idia do poder que nosso desejo, nosso pensamento e nossas
palavras podem gerar para fazer o bem ou o mal.
Isto significa que ento temos que resignarmos a levar uma vida cheia de
obstculos? Provavelmente no, como primeiro passo, somos capazes de
assimilar que este poder tambm reside em nosso interior para decretar: Vou
triunfar-As lanas de meus inimigos nunca podero me alcanar ou jamais,
jamais, jamais... darei-me por vencido.

Ento porque apesar de que todos os dias eu repito, no consigo superar

esses obstculos? Este seria o segundo passo, atravs do qual necessitamos
analisar todas as circunstncias que influenciam em nossa vida presente.
Qual o carma que trazemos ao nascer?
Desafortunadamente, nossas lembranas sobre quem fomos que viemos realizar
e quais so nossas dvidas pendentes, so apagadas da memria no momento de
nascer. Isto faz ser mais difcil alcanar a estabilidade, pois andamos na vida
como cegos, tropeando muitas vezes, com a mesma pedra at que aprendemos
com nossos erros.
Quais so nossas dvidas no presente?
Tudo na vida tem um preo. Existe um pataki (histria ou parbola) de if que
diz: Tem quem queira ficar sem um olho para ver a seu inimigo cego
O que temos pedido para nossos semelhantes, amigos e inimigos, que temos que
pagar?
Contra o que e quem estamos lutando?
A fora do universo no est composta simplesmente por Deus (OLOFIN), ns e
o Diabo, existem outros elementos como: Eshu (Eshu Elegbara, a polcia do
universo) as bruxas, os egguns buruku (mortos obscuros) entre outros. aqui
onde a interpretao do Orculo feita por um iworo ou por um Babalawo
(sacerdote de If, Pai do segredo), deve ir alm do simples esclarecimento dos
problemas queixados pelo consultado e de solues para salva-lo, em caso de
perigo para sua integridade ou a de sua famlia.
O Ashe (energia) empregada pelo sacerdote que interpreta os signos do Orculo,
quando fala ao consultado, produz uma sensao de bem estar, de alvio e coloca
o consultado em contato direto com a energia do criador. Por esta razo so
muitas as pessoas que choram ou sorriem durante a consulta, sentindo que no
esto to ss como eles acreditavam. Encontrando um remanso em seu caminho
que ajuda a seguir para frente, a ser paciente com aquilo que no podem trocar
instantaneamente, e a ser perseverante para triunfar naquilo que sim podemos
trocar.
OS ORISHAS

Os Orishas so os emissrios de OLODUMARE, o Deus onipotente.

Eles governam as foras da natureza e os assuntos da humanidade. Reconhecem-

se a si mesmos e so reconhecidos atravs de seus diferentes nmeros e cores, os

quais so suas marcas, e cada um tem suas comidas favoritas e outras coisas que
eles gostam de receber como oferendas ou presentes. Em conformidade, ns
fazemos nossas oferendas da forma que eles esto acostumados, como sempre as
tem recebido, para que assim eles reconheam nossas oferendas e venham em
nossa ajuda.
Compreende-se melhor aos Orishas, observando as foras da natureza
as quais eles governam. Por exemplo, pode-se aprender muito sobre Oshun e
seus filhos estudando os rios e riachos que ela governa, e observando que apesar
dela sempre fluir em direo a sua irm Yemanj(o mar), ele o faz dentro da sua
prpria rota indireta. Tambm se pode observar como o rudo do riacho ou o
rudo das inundaes repentinas que refletem suas trocas de estados de nimo.
medida que se observam os Orishas trabalhando no mundo e em nossas prprias
vidas, se alcana um melhor entendimento sobre eles e sua forma de ser. Se, so
complexos, no sero mais complexos que outros seres viventes como voc e eu.
De vez em quando, tambm somos abenoados na religio com a
oportunidade de encontrarmos com os Orishas cara a cara durante um toque de
santo (em Cuba) ou no candombl (no Brasil), onde um ou mais dos sacerdotes
esto incorporados por eles.
ELEGBARA
Elegbara (tambm chamado Eshu ou Eleggua) o dono dos caminhos e
portas neste mundo. Ele o depositrio do Ash, as suas cores so vermelha e
preta ou, branca e preta, e codificam sua natureza contraditria. Em particular,
Elegba se ergue na encruzilhada entre os humanos e o divino, pois ele o
infantil mensageiro entre os dois mundos.
Neste papel, no surpreendente que tenha uma relao muito estreita
com o Orisha da adivinhao, Orumila. Nada pode ser feito em nenhum dos dois
mundos sem sua permisso. A Elegbara sempre se faz sacrifcios propiciatrios,
para aplacar, para acalm-lo, e ele chamado antes de qualquer outro Orisha,
pois ele quem abre as portas do mundo e abre nossos caminhos na vida.
Ele reconhece a si mesmo e reconhecido pelos nmeros trs e 21.
OGUM

Ogum o Deus do ferro, da guerra e dos trabalhadores em geral. o

dono de toda a tecnologia, e como esta tecnologia faz parte de sua natureza,

quase sempre, utilizada primeiro, em guerras. Assim como Elegbara abre os

caminhos, Ogum quem limpa os caminhos com seu faco. Ogum se reconhece
e reconhecido pelo nmero 7, e suas cores so verdes e pretas.
OSHOSI

Oshosi (Ochosi) o terceiro membro do grupo dos Orishas

conhecidos como guerreiros, e recebido junto com Elegbara, Ogum, e Osun
para proteger os iniciados, e assim abrir e limpar seus caminhos. Oshosi o
caador e o explorador dentre os Orishas. um Orisha filho de Yemanj e
patrono (protetor) dos que tem problemas com a justia; mago, adivinho
guerreiro, caador e pescador. Nos toques de santo, dana com Oshum. Seu
nmero o trs. Sada-se, ao invoca-lo, por Oshosi Ode Mata. Sua cor azul e
amarela.
Abaixo uma histria ou pataki, sobre porque Ogum e Oshosi moram
juntos.

PATAKI
Oshosi era o melhor dos caadores e sua flecha no falhava nunca.
Ainda assim, naquela poca, nunca conseguia chegar at sua presa porque a
espessura dos matos e rvores na floresta o impediam. Desesperado foi
consultar-se com Orunmila, que o aconselhou que fizesse um ebb. Oshosi e
Ogum eram inimigos, porque Eshu fazia fofocas entre eles.
Porm Ogum tinha um problema similar. Ningum era capaz de
limpar caminhos e fazer trilhas na floresta com mais rapidez que ele, mas nunca
conseguia matar suas caas porque escapavam com o barulho de seu faco.
Ento, ele tambm foi ver a Orunla e recebeu instruo de fazer um ebb.
Foi assim que ambos os rivais foram para a floresta para cumprir
com seus ebbs. Sem dar-se conta Oshosi deixou seu ebb cair em cima de
Ogum, que estava encostado em um tronco. Tiveram uma discusso forte, porm
Oshosi desculpou-se e sentou para conversar. Comeou a contar seus problemas.
Enquanto falava, ao longe, passou um veado. Rpido, como um raio, Oshosi se
levantou e atirou uma flecha que atravessou o pescoo do animal matando-o.

Est vendo a, suspirou Oshosi, eu no posso pega-lo. Ento,

Ogum pegou seu faco e em menos tempo que um galo pudesse cantar, abriu um
caminho at onde estava o veado. Ambos, muito contentes, chegaram at o
animal e o compartilharam. A partir da, perceberam e concordaram de como
eram necessrios um para o outro, e que separados no eram nada. Por isto,
fizeram um pacto na casa de Orunmila.
Desde ento, Oshosi, o caador, sempre anda com Ogum, o dono dos
ferros.
OSUN
OSUN ou OZUN um Orisha que atua como mensageiro de Obatal
(Oxal) e de Olofin. Orunla apia-se nele para ter os poderes da adivinhao e o
conhecimento real e transcendente.
o vigilante da cabea dos que acreditam nesta religio, no tem
Eleke (fio de conta) nem mo de caracol. No Orisha de possesso, e sim de
irradiao. No incorpora nem se assenta na cabea de ningum, se recebe junto
com os guerreiros (Elegbara, Ogum, Oshosi).
No fala pela letra do caracol, porm acompanha aos guerreiros,
representa a prpria vida. Seu nmero o 8, 16, 24.
OBATAL
Obatal o pai bondoso de todos os Orishas e da humanidade.
Ele tambm o dono de todas as cabeas e mentes. Ainda que tenha sido Olofin
quem criou a universo, Obatal foi o criador do mundo e da humanidade.
Obatal a fonte de tudo o que puro, sbio, agradvel, e digno de compaixo.
Entretanto, ele tem um aspecto guerreiro atravs do qual impe justia neste
mundo. Sua cor o branco, ao qual s vezes do realce com o roxo, o marrom ou
outras cores para diferenciar seus diversos caminhos (qualidades).
O branco a cor mais apropriada para Obatal porque, alm de
conter as cores do arco-ris, est por cima dele. Obatal tambm o nico Orisha
que tem caminhos (qualidade) masculino e feminino.

OY
Oy a soberana dos ventos, o redemoinho e a porta do cemitrio.
Seu nmero o nove, ao qual d o ttulo de Yansa, ou seja, Me do Nove,
sobre o qual ela governa aos egguns e os mortos.
Tambm conhecida pelas cores marrom e castanho escuro,
desenhos floridos e nove cores diferentes. Ela uma guerreira feroz que cavalga
para a guerra com Shango (divide os relmpagos e o fogo com ele), e em outra
ocasio foi mulher de Ogum.
OSHN
Oshn reina nas guas doces do mundo, nos riachos, mananciais e
rios, personificando o amor e a fertilidade. Ela tambm quem nos acode
quando necessitamos de ajuda em assuntos monetrios.
a mais jovem dos Orishas femininos, porm detm o ttulo de
Iyalode ou grande rainha. Oshn cura com suas doces guas e com o mel, da
qual tambm possuidora.
a fmea fatal dos Orishas, uma vez salvou o mundo seduzindo a
Ogum para que sasse da floresta, utilizando todas as suas artes femininas para
ele. E, em seu caminho( qualidade ) como IBU KOLE, salvou o mundo da seca
voando at o cu (neste processo se converteu em um abutre). IKOLE significa
Mensageira da casa de Olodumare.
Por esta razo, todos os que sero iniciados como sacerdote, sem se
importar qual seja o Orisha que rege a sua cabea, devem ir ao rio e dar
satisfao Oshun do que ser feito.
Ela se reconhece a si mesma nas cores amarelo e ouro, e seu nmero
o cinco. O pavo real e os abutres so seus animais simblicos e
freqentemente so utilizados para represent-la.

YEMANY
Yemany vive e reina nos mares e lagos. Ela tambm domina a
maternidade em nossas vidas e a me de todos, me do mundo. Seu nome, uma
verso curta de YEYE OMO EJA que significa A Me cujo os filhos so os
peixes, nome que reflete o feito de que seus filhos so inumerveis. Toda vida
comeou no mar, o lquido amnitico dentro do ventre da me uma

representao do mar, onde o embrio deve se transformar e evoluir em forma de

peixe antes de se converter em um bebe humano. Desta forma Yemanj se
revela, a si mesma como a verdadeira me de todos. Ela a raiz de todos os
caminhos ou manifestao, OLOKUN a fonte de todas as riquezas, a qual
Yemany liberalmente entrega sua pequena irm Oshn.
Yemany se veste com sete fraldas ou saias azuis e brancas e, como
os mares e lagos profundos, ela profunda e desconhecida. Em seu caminho
como Okute ou Ogunte, ela a rainha das bruxas levando dentro dela segredos
profundos e obscuros.
SHANGO
Talvez seja o mais popular dos Orishas. Shango governa os
relmpagos, os troves, o fogo, os tambores, e a dana. Ele um Orisha guerreiro
de inteligncia, e de uma engenhosidade aguda, de temperamento irritvel, a
personificao da virilidade.
Shango tomou a forma do quarto Alafin (rei supremo) de Oyo na
terra durante um tempo. Ele esteve casado com Obba, porm manteve relaes
amorosas com Oya e Oshum.
Shango um orisha extremamente fogoso e de vontade forte que
ama todos os prazeres do mundo, tais como: o baile, os tambores, as mulheres, os
cantos e a comida. Ele Ocanani com Elegbara, o que significa que so de um
mesmo corao. Quando se contempla a rapidez com que um raio cai em uma
rvore, ou com que rapidez o fogo brama (ruge, grita) atravs de uma rea, voc
estar presenciando o temperamento de Shango em ao.
Mesmo ele tendo negociado o Tabuleiro de Ifa, que era sua
propriedade com Orunmila, em troca da faculdade da dana, do baile, seus filhos
tem uma habilidade nata para a adivinhao.Em reconhecimento da grandeza
deste rei, todos nesta religio se erguem na ponta dos ps (ou levantam-se quando
sentados), diante da mera meno de seu nome.

PARA SAUDAR OS GUERREIROS

ELEGGU: Alroye aki loy bara barab
Eshu boru boru, eshu bi,
Eshu bochiche, eshu bara Barakikeno.

OGGN: Oggn chiviriqu al aluo, kobu kobu

Ok baba, mi sin birik cualo
T ni gu osun du ro gaggo la ag il.
OCHOSI: Ochosi Ode Mata ata mata
Si du ro oni duro mata.
OSUN: Ozn tum bebe mi obb gbogbo Olofin.
FRASES
OGGUN AGBE
Oggn nos guarde so e salvos.
OBA GBE AWA
Que o rei nos proteja.
ODPE O
Agradecido.
EKU BO ILE OSHANLE
Que seja bem vindo casa de Obatal.

OS ORISHAS
Os orishas so os emissrios de Olodumare, o Deus onipotente. Eles
governam as foras da natureza e os assuntos da humanidade. Reconhecem-se a
si mesmos e so reconhecidos atravs de seus diferentes nmeros e cores, os
quais so suas marcas, e cada um tem suas comidas favoritas e outras coisas que
eles gostam de receber como oferendas ou presentes.
Em conformidade, ns fazemos nossas oferendas da forma que eles
esto acostumados, como sempre as tem recebido, para que assim eles
reconheam nossas oferendas e venham em nossa ajuda. Compreende-se melhor
aos orishas observando as foras da natureza as quais eles governam. Por
exemplo, pode-se aprender muito sobre Oshum e seus filhos estudando os rios e
riachos que ela governa, e observando que apesar dela sempre fluir em direo a
sua irm Yemany (o mar), ele o faz dentro de sua prpria rota indireta. Tambm

se pode observar como o rudo do riacho ou rudo das inundaes repentinas que
refletem suas trocas de estados de nimo. medida que se observam os Orishas
trabalhando no mundo e em nossas prprias vidas, se alcana um melhor
entendimento sobre eles e sua forma de ser. Se, so complexos, no sero mais
complexos que outros seres viventes como voc e eu. De vez em quando,
tambm somos abenoados na religio com a oportunidade de encontrarmos com
os orishas cara acara durante um toque de santo (em Cuba) ou no candombl (no
Brasil), onde um ou mais dos seus sacerdotes esto incorporados por eles.
ELEGGUA
Eleggua (tambm chamado Esh) dono dos caminhos e portas neste
mundo. Ele o depositrio do ash, as suas cores so vermelha e preta ou branca
e preta, e codificam sua natureza contraditria. Em particular, Eleggua se ergue
na encruzilhada entre os humanos e o divino, pois ele o infantil mensageiro
entre os dois mundos. Neste papel, no surpreendente que tenha uma relao
muito estreita com o Orisha da adivinhao Orunmila. Nada pode ser feito em
nenhum dos dois mundos sem sua permisso. A Eleggua sempre se faz sacrifcios
propiciatrios, para aplacar, acalma-lo, e ele chamado antes de qualquer outro
Orisha, pois ele quem abre as portas do mundo e abre nossos caminhos da vida.
Ele reconhece a si mesmo e reconhecido pelo nmero 3 e 21.
Eleggua ou Exu deve ser tratado sempre antes dos demais Orishas. A
Eleggua se oferece, frutas, doces, balas, gros, crus ou cozidos, bife cru, farofa de
dend, mel e cachaa, essas oferendas devem ser postas aos ps de Eleggua ou
Exu. Animais que se oferece: Pombos, frangos e cabritos. Em cima de Eleggua
ou Exu s se deve colocar: Mel, bebida alcolica, dend, Ej sangue de animais
sacrificados.
FIM