Ansiedade Na Era Da Informacao
Ansiedade Na Era Da Informacao
Ansiedade Na Era Da Informacao
1.0. INTRODUO
Em apenas um sculo o homem revolucionou os transportes. Criou o
automvel, o nibus, o avio, o jato, as viagens espaciais, etc. Transformou os
modos de transmitir a informao. Inventou o rdio, o telefone, a televiso, o fax, o
satlite, a fibra tica, o telefone mvel, etc. A populao do planeta passou de 800
milhes para quase 6 bilhes de pessoas. No conseguimos imaginar como
viveramos se no tivssemos eletricidade para poder conservar alimentos, aquecer
os lares e a gua, nem mesmo os arranha-cus existiriam sem elevadores movidos
a eletricidade. No h como negar que estamos passando por uma revoluo com
um alcance to grande, ou maior, que a inveno da imprensa, ou a revoluo
industrial. S que muito mais veloz. A revoluo industrial est ainda se processando
at hoje
O computador representa apenas um elemento em meio a toda essa
avalanche de mudanas ocorridas no sculo XX. Na verdade, a revoluo no
comeou com a inveno do primeiro computador, na dcada de 40, ela teve incio
quando os meios de se difundir a informao foram se tornando populares. Por
exemplo,
quando
homem
inventou
broadcast,
ou
seja,
transmitir
no cotidiano das pessoas. As pessoas compram computadores esperando tornaremse mais sbias? Mais modernas? Algumas no sabem exatamente porque o
compram. Elas apenas no querem "perder o bonde" desta revoluo.
3.0. A INFORMAO
Tentaremos no repetir erros j cometidos, seria bom se consegussemos,
mas o ser humano tem a premncia em antecipar o devir. Futurologia na rea
tecnolgica baseada em "chutes". Quando voc acabar de ler o presente texto,
novas tecnologias tero sido anunciadas, novos produtos tero sado dos
laboratrios para as lojas, pesquisadores tero concebido novas idias mirabolantes.
Assim a roda da tecnologia do fim/incio de milnio. Um carrossel aceleradssimo,
no qual muitos querem embarcar, mas preciso ser um atleta da informao para
subir no brinquedo.
impossvel ao ser humano receber e decodificar a quantidade de
informao qual exposto o tempo todo. As pessoas e os grupos deixam de ser
receptores passivos de informao e passam a ser emissores. Estamos contribuindo
para esta inundao.
A introduo das novas tecnologias transformou sobremaneira o modo
como vemos as coisas, mas isso s o princpio.
A informao em si, rida e comunica pouco. O grande erro com relao
informao tomar invlucro por contedo. Quando comeamos a transformar
informao em um produto ps-Gutenberg, era fcil pensar que o produto era o livro;
montamos um enorme aparato industrial para criar esses objetos, lidando com eles
como lidamos com qualquer produto manufaturado. Ainda estamos concentrados na
idia de que a informao um produto, uma propriedade, uma coisa feita de
tomos, e no de bits.
O novo no vem necessariamente destruir o velho. A convivncia
possvel e desejvel. Veja o exemplo da Amazon.com., um dos maiores exemplos de
sucesso comercial na rede. uma empresa virtual e extremamente moderna que
4.0 A COMUNICAO
A Era da Informao est, inegavelmente, produzindo efeitos muito
maiores que a Revoluo Industrial; um tipo de "quebra" est para acontecer. "Est
surgindo um novo tipo de comunidade, no uma cultura. A diferena entre uma
cultura e uma comunidade que a cultura unilateral pode-se absorv-la lendo-se
sobre ela, observando-a, mas em uma comunidade preciso investir. Em uma nova
comunidade haver novos mtodos de comunicar-se, de divertir-se, de comprar e,
obviamente, de educar-se. "Em vez de palavras ridas como as desse texto, dizem
os otimistas, deveramos enviar uns aos outros imagens, vdeos, referncias para
websites." (DYSON, 1998).
5.0. A EDUCAO
Neste sculo de incrveis mudanas tudo e todos foram atingidos de
alguma forma, a educao no seria exceo. Nunca houve uma demanda to
grande por escolas e pelo ensino formal, em qualquer nvel. A exploso demogrfica
experimentada neste sculo provocou uma disparidade entre oferta e demanda do
ensino formal. A escola no conseguiu acompanhar to rapidamente a evoluo da
tecnologia na sociedade, nem em termos quantitativos, nem qualitativos.
No ser possvel aumentar o nmero de professores proporcionalmente
demanda de formao que , em todos os pases do mundo, cada vez maior e
mais diversa. A questo do custo do ensino se coloca, sobretudo, nos pases pobres.
Ser necessrio, portanto, buscar encontrar solues que utilizem tcnicas capazes
de ampliar o esforo pedaggico dos professores e dos formadores. Audiovisual,
"multimdia" interativa, ensino assistido por computador, televiso educativa, cabo,
tcnicas clssicas de ensino a distncia repousando essencialmente em material
escrito, tutorial por telefone, fax ou Internet, todas essas possibilidades tcnicas,
mais ou menos pertinentes de acordo com o contedo, a situao e as
necessidades do "ensinado", podem ser pensadas e j foram amplamente testadas
muitas
descobertas
da
pedagogia
ainda
no
foram
estaro obsoletas no fim de sua carreira. Isto uma usina de ansiedade. Com que
propriedade pode um recm formado garantir que est apto a ingressar no mercado
de trabalho em uma das reas da tecnologia de ponta? Hoje, trabalhar significa
aprender constantemente, transferir conhecimento, evoluir.
Alguns dispositivos informatizados de aprendizagem em grupo so
especialmente concebidos para o compartilhamento de diversos bancos de dados e
o uso de conferncias e correio eletrnicos. Fala-se ento em aprendizagem
cooperativa assistida por computador (em ingls: Computer Supported Cooperative
Learning, ou CSCL). Em novos "campi virtuais", os professores e os estudantes
partilham os recursos materiais e informacionais de que dispem.
A partir da, a principal funo do professor no pode mais ser uma
difuso dos conhecimentos, que agora feita de forma mais eficaz por outros meios.
Sua competncia deve deslocar-se no sentido de incentivar a aprendizagem e o
pensamento. O professor torna-se um animador da inteligncia coletiva dos grupos
que esto a seu encargo. Sua atividade ser centrada no acompanhamento e na
gesto das aprendizagens: o incitamento troca dos saberes, a mediao relacional
e simblica, a pilotagem personalizada dos percursos de aprendizagem etc.
6.0. CONCLUSO
Voc sabe qual o dimetro do cano que abastece a sua caixa dgua?
Voc sabe quantos litros de gua por segundo so despejados no seu reservatrio?
Voc sabe qual a espessura dos fios que entregam a energia eltrica no medidor
de eletricidade da sua casa? Provavelmente no. E a maioria das pessoas comuns
no sabem. Entretanto, kilobytes por segundo, fibra tica, 56 Kbps, so assuntos de
mesa de botequim. Enquanto esses recursos forem escassos e problemticos eles
no estaro com naturalidade no nosso cotidiano. O homem ainda no se
acostumou com esta tecnologia. Ela ainda no ubqua (o termo "computao
ubqua" foi sugerido por Mark Weiser em 1988); ou seja, imperceptvel. Weiser,
cientista de computador e diretor de tecnologia do Palo Alto Research Center
afirmava que os computadores deveriam sumir dentro dos objetos que nos rodeiam,
tanto no escritrio como em casa. S assim, dizia ele, o usurio poderia libertar-se
BIBLIOGRAFIA
BROCKMAN, John e Outros. Digerati. So Paulo: Editora Campus, 1997.
DYSON, Esther. Release 2.0. So Paulo: Editora Campus, 1998.
GATES, Bill. A empresa na velocidade do pensamento. So Paulo: Editora
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LVY, Pierre. Cibercultura. So Paulo: Editora 34, 1999.
NEGROPONTE, Nicholas. A vida digital. So Paulo: Editora Companhia das Letras,
1995.