Resenha - O Capital
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pois essas expropriaes quase sempre foram feitas de maneira violenta, fazendo com que
os camponeses obrigatoriamente oferecessem sua mo de obra para as empresas a fim
de garantir a sua sobrevivncia, porm agora ele era assalariado. Tudo o que ocorreu nessa
poca nos campos foi de forte ajuda para a ascenso do capitalismo. O Parlamento at
tentou criar leis com a tentativa de ajudar o campons, mas tempos depois, a expropriao
j estava consolidada, no havia uma possibilidade de escapar.
Na poca da Reforma, a Igreja possua uma enorme quantidade de feudos que
faziam parte de uma grande base fundiria inglesa, por abrigarem inmeros servos. A
supresso dos conventos possibilitou o lanamento de vrios servos ao proletariado,
aumentando ainda mais a expropriao dos campos. Isso apenas aumentou ainda mais o
poder de quem controlava a base produtiva das indstrias, pois a cada expropriao, era
mais mo de obra pra eles, que os proporcionavam maiores lucros.
Conquistando o campo, eles apenas queriam que a agricultura capitalista
predominasse nesse espao, com o pensamento apenas de lucro e no de sobrevivncia,
isto , incorporavam a base fundiria ao capital, fazendo com que o proletariado ficasse
livre para a explorao da classe urbana.
Os camponeses expropriados no tinham uma boa absoro das indstrias quando
mudaram para a cidade, devido falta de preparo para o recebimento dessa vasta mo de
obra, e com isso, muitos deles no tinham onde ficar e de onde tirar seu sustento, virando
vagabundos que ficavam vagando pelas ruas da cidade. Isso gerou medidas do
Parlamento, que transformou essa atitude em um crime, falando que era proibido pessoas
ficarem vagabundeando pela rua, e tinham punies se caso encontrassem eles depois do
primeiro aviso na rua, desde cortar a orelha at a execuo de alguns. Havia tambm na
lei, uma parte que falava que se o vagabundo no aceitasse o trabalho de algum, ele
poderia ser escravizado por quem lhe ofereceu emprego, algo totalmente inaceitvel, pois
eles fizeram de tudo pra tirar os camponeses das terras, de locais onde eles garantiam o
seu sustento e colocaram eles em uma baixa condio de vida, que ocasionou mortes de
muitos deles.
A quantidade de trabalhadores assalariados nas indstrias eram muito baixas, e
ainda assim eles recebiam uma baixa renumerao, que no serviam nem para garantir o
seu sustento. Muitos deles se organizaram a fim de tentar um ajuste no salrio para adquirir
um pouco de dignidade, mas era muito difcil achar algum que apoiasse os mesmos, pois
pelo pas. Pode-se destacar o banco como um dos principais smbolos do capitalismo pois
ele significa o acumulo de capital.
Os pases da Europa eram capazes de fazer qualquer coisa a fim de acumular
capital, no ligando para as consequncias e prejuzos que tal ao iria causar para as
pessoas. Podemos colocar esse aspecto como recorrente, pois at hoje vemos cenas que
evidenciam esse tipo de atitude por parte de pases do mundo.
A propriedade privada capitalista um ponto a se observar no sistema capitalista,
pois ela que a base para sustentar a produo capitalista. Marx acreditava que a classe
trabalhadora, em um determinado momento, tende a se libertar da classe exploradora, e
derrubar as propriedades privadas, pois segundo ele, nesse sistema existe uma constante
luta de classes. O trabalhador precisa tomar o poder dos exploradores e socializar os meios
de produo, assim voltando a uma produo de subsistncia.
O interessante do estudo de Karl Marx que ele consegue relatar nitidamente a
disputa de classes do capitalismo, que pode ser comparado com aes da atualidade. A
explorao no perodo de transio foi bastante crtica do lado dos trabalhadores, deixandoos em pssimas condies e executando outros. A polarizao do capital possibilitou a
soberania de uma classe formada pela minoria, que definitivamente domina o mundo at
os dias de hoje. E evidenciamos lutas de classes a todo momento pelo mundo, porm, no
seria vivel tomar o poder da classe dominante para transformar o local com um estilo
econmico socialista, pois o predomnio do capitalismo atualmente impossibilitaria a livre
implantao do mesmo.
Referncias Bibliogrficas
MARX, Karl. O Capital, 1867.