A Vida Na Sociedade Da Vigilância
A Vida Na Sociedade Da Vigilância
A Vida Na Sociedade Da Vigilância
- Assim, at mesmo a coleta de dados annimos pode ser alterada ou utilizada contra os
direitos individuais. Assim, vemos a necessidade aqui de um uso democrtico e controle
coletivo destas informaes, bem como a reforma dos rgos responsveis pela coleta
de informao.
- Negar essa coleta, permitir que as decises sejam tomadas por uma minoria, se
arraigar na idia do poder para quem ta em cima. No mesmo passo, estas informaes
no vem sendo divulgadas de maneira certa.
- A dissociao de privacidade com propriedade poder se percebida pela legislao
tributria (transparncia).
- Impossibilidade de reduo da privacidade um ncleo irredutvel que merc
proteo. Dificuldade de individualizao do conceito, direito do cidado fiscalizar os
detentores de informao (info como um new power).
- Errneo que o mero controle seja suficiente, se exercido pelo indivduo
isoladamente, em especial em virtude da diferena de poder entre governo/cidado.
- Necessrio pode se fazer, inclusive, o fechamento da informao para entidades
fiscalizadoras.
- Controle coletivo no como instrumentos individuais tradicionais ou de autodisciplina
corporativa.
Este novo estado, com infraestrutura informativa, no pode ser regulado atravs de
uma interveno nica. Esta necessidade no pode justificar a inrcia.
- Tecnologia, embora nem sempre boa, no pode ser extirpada.
- Risco de aumentar desigualdade pelo acesso a informao.
- Relacionamento correto entre a infroestrutura da informao e participao tem seu
fundamento na possibilidade de aumento da informao disponvel e assim
interpretao crtica.
II Proteo dos dados e circulao da informao
1 Entre Utopias e princpios
Risco do progresso tecnolgico X impossibilidade de deter o progresso, runa da idia
de que todo progresso positivo, geram uma nova angstia.
- Frutos da discrepncia do crescimento tecnolgico com aquele de regulamentao
jurdica/institucional (capacidade de controle dos processos sociais)
- Rpida obsolencia de solues jurdicas especficas como forma de tornar necessria a
individualizao de princpios.
- Razes precisas de poltica de governo que impedem esta viso mais aprofundada.
- Maior sensibilidade para a associao novas tecnologias X riscos para a privacidade
menos custosa para os gestores de grandes massas de informaes (num primeiro
momento este interesse foi bom, agora periga bloquear a evoluo de disciplina jurdica
para nossa realidade).
- Defesa da privacidade requer um alargamento da perspectiva institucional, integrando
controles individuais e coletivos, diferenciando a disciplina quanto destinao da
informao.
- Operaes de estratgias integradas, capazes de regular a circulao de informaes
em seu conjunto.
4 A circulao das informaes entre regras e mercadoria
- Argumento de que regulamentaes restritivas de coleta e circulao de informao
so possveis em momentos tranqilos, mas que, na crise, necessrio o cruzamento de
bancos de dados.
- Argumento de que a proteo da privacidade cumularia em repasse de custas s
empresas e que disciplina demasiadamente rgida traria dificuldade produo e ao
comrcio internacional.
- Argumento do regulation, auto-regulao do mercado no que se refere a matria de
privacidade.
- EUA: privacidade receberia uma cotao de mercado, de forma que seria um servio
pago por quem necessitasse.
- argumentos que tem a privacidade numa lgica estritamente proprietria.
- Contra argumento: a disparidade entre o fornecedor de servios e o usurio tamanha
que no se pode falar em sentimento livremente manifestado para transaes referente a
privacidade, faz necessria uma interveno legislativa (direito indisponvel) buscando,
a interveno legislativa, reconstituir condies de base para o funcionamento adequado
das prprias regras do mercado.
- Privacidade como parte integrante das dimenses mais gerais da garantia dos direitos
civis e da organizao da democracia.
- Aumento do custo. No pode ser levado em considerao por estarmos falando de um
interesse de ordem no inferior tutela dos consumidores, trabalhadores, etc. (valores
humanos, superiores).
- Pesquisa afirmou que empreeendedores no julgam excessivos os custos ligados
proteo de dados. Parte, inclusive, defende que melhor para os negcios (produtores
de Pcs e afins).
especialmente pela noo de que a circulao de dados tendem a ser orientada pela
considerao de contextos, funes e associaes.
- Busca pela identificao de um ncleo duro de privacidade (opinio poltica,
orientao sexual, f, raa, etc) e tendncia a liberao de circulao de informaes
pessoais de contedo econmico.
- Explica-se isto pela identificao entre poder econmico e poltico bem como pela
demanda do Estado (aqui, Well-fare State). Necessidade para uma real igualdade.
- Igualdade protegida pela busca do ncleo duro, uma vez que este evita posies
discriminatrias (inclusive na relao de trabalho).
- A regra deve, assim, privilegiar a circulao de informaes econmicas, concentrar as
restries coleta e difuso de informao em torno de informaes particularmente
sensveis (ncleo duro).
9 Mdias interativas e circulao de informao
- Problema dos excessos e abusos deve ser feito atravs de tcnicas que no confiem
somente no consentimento.
- Institui-se uma relao direta entre finalidade da coleta e os dados que sero coletados
(busca-se evitar a circulao da informao entre rgos pblicos).
- Necessria pontuao da aquisio de informao pelo setor pblico do setor privado.
Essa circulao de informao entre setorar faz crescer a necessidade de uma disciplina
jurdica (globalizao da informao).
- Essa circulao desenfreada de informao causou uma auto defesa, que consiste em
se mentir e motir em pesquisas.
- A amplitude das informaes coletadas permite que sejam traados perfis, que passam
a circular como mercadoria.
- O sistema produtivo se torna preparado para rapidamente atender as demandas em
virtude disso ( o mesmo poderia ser dito quanto ao sistema poltico).
- Essa resposta rpida poderia acarretar uma igualdade substancial, dando origem uma
discriminao ainda mais forte. A categorizao dos indivduos e grupos, alm disso,
amea a anular a capaciadade de perceber as nuances sutis, os gostos no habituais.
- Possibilidade maior de um controle social pelos centros de poder pblico e privado,
atrapalhando a inovao.
- Ressalta necessidade de um enfoque global (setor pblico e privado) para impedir a
elaborao de pergid ( aqui, inclusive tornando dados no sensveis, sensveis) e a
incluso em grupos de conotao negativa. Ainda, impedir os parasos de dados dentro
do pas.
A sociedade da classificao
1 conhecer e classificar
- Sociedade da informao Sociedade da vigilncia Sociedade da classificao (volta
do homem de vidro)
- Busca-se definir quem o indivduo que a tecnologia da informao faz emergir.
- Os dados dos usurios ficam sempre a disposio de seu gestor.
- Torna-se mais difcil no deixar rastros.
- Perda da natureza autnoma dos instrumentos de controle (passando constane
vigilncia).
- Possibilidade de tornar esta informalao coletada por sistemas annimos diminui essa
vigilncia.
- Tecnologoias da comunicao e da informao manifestam uma tendncia natural a
entrar em conflito com a zona privada.
- Risco de uso polticosa destas informaes.
- Objetivo no de impedir comportamento, mas de direcionar principalmente, consumos
(novamrente, generalizao, discriminao como inererente). Buca-se claasificar.
- O direito de acesso no pode ser meramente formal. Para a construo de uma
cidadania eletrnica, o acesso pode se revelar uma arma pouco afiada se no permitir
alcanar os bens que verdadeiramente nos interessam,
- De fato, perfis, principalmente de consumo, vem sendo traados e decises sendo
tomadas baseadas nestes.
2 A sociedade e a vida na tela
- Privacidade como direito ao anonimato, assumir uma identidade preferida, nova, que
merece ser tutelada. Redefinio da prpria identidade na internet como elemento
essencial do desenvolvimento de personalidade.
- Vida virtual como nova formao social, devendo as garantias constucionais serem
expandidas a esta nova realidade.
- Novas identidades, como os uniformes no passado, que impedem a discrminao.
- Respostas divergentes: reducionismo biolgico, reconciliao e identidade como
imutvel. Na tecnologia da informao, vemos como sendo a identidade fruto de uma
construo incessante.
- Especial tutel, assim, para o que teria uma perda de dignidade em jogo. Desta forma,
essncial traar standards mnimos de proteo.
- Necessidade de individuao de situao nas quais sempre ilegtimo o pedido de
informao (ex. empregador).
- Sada das legislaes excessivamente porosas para aquelas que analisam cada
tecnologia de forma mais aprofundada, levando, inclusive, a no aceitao ou forte
restrio de certas tecnologias.
- Princpio da finalidade, assim, assume papel de extrema importncia, em especial,
quando os dados pessoais no so solicitados mas conseqncia natural do prprio
servio.
- Deslocamento no quadro da tutela de informes, do princpio do acesso para o da
finalidade (impedindo a livre circulao internacional de informao, que sejam
traados perfis individuais e coletivos que levem descriminao, etc)
- Deve ser assegurado, inclusive, o direito deixar rastro.
- Principais motivos de restrio da tutela privao so motivos de interesse do Estado
ou telea de outro direito individual ou coletivo, em especial os direito informao e a
sade.
- Informaes genticas como centro do ncleo duro em virtude de seu carter
estrutural e permanente (ponto de ruptura, desconstruo de uma vulnerabilidade).
- Mesmo este e a sade tem exceo sua tutela (parceiro sexual), surgindo aqui um
deve de comunicao. At um mdico pode quebrar o sigilo para exercer tal dever.
Caso:necessidade de material gentico de outro para saber informaes prprias.
- poder negativo, direito de no saber, privacidade como direito de manter o controle
sobre as prprias informaes e de determinat as modalidade de construo da esfera
privada.
- Mudana do conceito de real, no se paresentando mais como externa: o eu
construdo, e as regras de interao social so construda, e no recebidas.
- Perda do status na internet pode vir a representar o mximo das privaes.
- Multiplicao de eu capazes de compor a personalidade, flexibilizao da identidade
como forma de preservao do conceito.
- Essa noo de diversidade inclusive deveria se acentuar com as descobertas
realizadas com a pesquisa do genoma humano, e toda a sua diverdiade.
- Virtualidade como aspecto da realidade, essa nova organizao social deve ser levada
em considerao para traar os novos caminhos dos direitos e cidadania.
3 Privacidade e anonimato
- Vemos aqui um real choque de princpios onde o anonimato de um pode violar a
privaciade do outro. (disputa entre privacidade ativa e passiva)
- A busca pela liberdade absoluta na rede encontra obstculo na privacidade, pornografia
e propriedade.
- Privacy Enchacing Tecnologies (PET), o planejamento de sistemas voltados para a
criao de condies tcnicas proprcias proteo de privacidade, combatendo o
argumento de que natural da tecnologia a coleta de dados como desculpa para esta
coleta e armazenamento (programs que automaticamente deletam informao coletada,
p, ex).
- Essa preocupao deve levar uma relao entre inovao tecnolgica e inovao
social, influenciando a forma pela qual a infra estrutura informtica planejada.
- Necessrio entendimento do direito auto-determinao informativa (aumento de
poderes atravs da concepo no s de regras, mas da arquitetura dos sistemas).
- A multiplicidade de pessoas (partio) para atendo os fornecedores de dados um
comportamento unilateral, que inclusive contradiz as tendncias empreendedoras de
proteo do usurio.
- Inovao tecnolgica que possibilita o individual empowerment.
- Para a criao de condies que possibilitem a escolha pessoal do nvel de proteo de
privacidade necessrio preciso garantir, pelo menos, uma quota intangvel de
privacidade garantida por uma regra de carter supra nacional, que permitir, inclusive,
a regulao atravs do mercado (possvel apenas aps este fortalecimento do poder
individual).
4 As novas dimenses de privacidade
- Efeitos scias das tecnologias da informao: informaes divididad entre uma
pluralidade de sujeitos (antes, mas no dos interessados); passagem de informao deixa
de ser interpressoal para ser de forma abstrata (coleta de informao); aumento da
importncia do controle das informaes que entram na esfera privada (direito de no
saber, de no receber publicidade, etc.); aumento da importncia do controle das
informaes que enotram na esfera privada (direito de no saber, de no receber
publicidade, etc.); aumento do valor agregado das inforames pessoais (mudana de
paradigma); necessidade de buscar tecnologias limpas de informao, possibilidade
de contruo livre da esfera privada e de desenvolvimento autnomo da personalidade
importante em razo da diminuio das fronteiras entre pblico e privado.
- Paradoxos: amplicao da tutela da esfera privada acarretou uma maior transparncias
dos prprios coletores dados tipicamente pblicos (opinies), recebem a tutela mxima
privada em virtude da necessidade de proteo ante a discriminao (por isso, a tutela
da privacidade ganha carter scio-poltico, derivando outros, tornando-se elemento
constitutivo da cidadania.
- Flexibilizao das leis, com um aumento do nmero de sujeitos que podem intervir
para a proteo da privacidade sem a necessidade de um centralismo jurdico
(legislativo)
7 A privacidade como direito fundamental
- Vivemos atualmente numa confuso entre as diversas formas de organizao social
(sociedade da informao, sociedade do conhecimento, sociedade da vigilncia e
sociedade da classificao).
- Para que a sociedade da informao evolua para sociedade do conhecimento e no
para as outras duas, essencial reconhecer a privacidade como direito fundamental.
- Necessrio o desenvolvimento de condies mnimas para que o direito da pessoa e os
mecanismos de mercado sejam compatveis.
- Necessrio que o consentimento seja realmente livre.
- Circulao de informao num sistema em que o respeito sobrepujado por outras
lgicas.
Rumo a uma Cidadania Eletrncia
O cdigo sobre a privacidade