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UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE DIREITO

ATIVIDADES PRTICAS SUPERVISIONADAS


CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

GABRIEL SIGARI DE MIRANDA - C259FB0

ARARAQUARA
2015

GABRIEL SIGARI DE MIRANDA - C259FB0

ATIVIDADES PRTICAS SUPERVISIONADAS


CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

Atividades Prticas Supervisionadas (APS) apresentada


como exigncia para a avaliao do 4 semestre, do(s)
curso(s) de Direito da Universidade Paulista, sob
orientao dos professores do semestre.
Orientador: Prof. Pedro R. Campanini

ARARAQUARA
2015

SUMRIO
INTRODUO................................................................................................................3
1.
FUNDAMENTAO TERICA........................................................................3
1.1. Pergunta 1...........................................................................................................4
1.2. Pergunta 2...........................................................................................................4
1.3. Pergunta 3...........................................................................................................4
1.4. Pergunta 4...........................................................................................................4
2.
RESPOSTAS........................................................................................................5
2.1. Resposta 1...........................................................................................................5
2.2. Resposta 2...........................................................................................................6
2.3. Resposta 3...........................................................................................................7
2.4. Resposta 4...........................................................................................................8
3.
REFERNCIA BIBLIOGRFICAS .........................................................10

INTRODUO
De acordo com a Constituio Federal de 1988, em seu Artigo 288, diz que menores de 18
anos de idade, so inimputveis e esto sujeitos a legislao especial. Idade estabelecida, de
acordo com a "Doutrina da Proteo Integral" estabelecida na Conveno Internacional dos
Direitos das Crianas, em 1989.
A doutrina, adotada por quase todos os pases do mundo, inclusive o Brasil, estipula que
indivduos com menos de 18 anos so considerados criana, ou seja, antes de completar dezoito
anos, o individuo no poder ser tratado com adulto no Brasil.

No segundo semestre de 2015, foi votada a reduo da maioridade penal para 16 anos,
em alguns crimes (hediondos).

PERGUNTAS DO PROFESSOR

1) A PEC (proposta de emenda Constituio) ofende materialmente o disposto no


artigo 60, 4, IV da CF/88? Justifique

2) A aprovao da PEC pela Cmara dos Deputados apresenta alguma


inconstitucionalidade formal? Explique detalhadamente.

3) Analise o Mandado de Segurana impetrado por Deputados Federais junto ao STF


(MS 33967), em busca de controle de constitucionalidade preventivo pelo Judicirio, e
responda se agora, aps a aprovao da PEC em segundo turno, a ao mandamental
pode ter seu pedido deferido tendo em vista o que foi decidido em ordem monocrtica
de 05/08/2015 (DJE n 153, divulgado em 04/08/2015 ) 2 ? Justifique.

4) Caso o Senado Federal venha a aprovar a PEC como fez a Cmara dos Deputados,
promulgando a Emenda Constituio, haver a possibilidade de ajuizamento de

alguma das aes de controle de constitucionalidade concentrado? Explique qual


ao, fundamentos e seu objeto, bem como quem podero ser os autores legitimados.

RESPOSTAS:

1) "Art. 60. A Constituio poder ser emendada mediante proposta:


4 No ser objeto de deliberao a proposta de emenda tendente a abolir:
IV - os direitos e garantias individuais."

Ofende no sentindo em que, existem certos aspectos, que por ofender a vida humana e
seus direitos, no podem ser alteradas desta constituio, so chamadas "DIREITOS E
GARANTIAS INDIVIDUAIS". uma clusula ptrea na constituio, ou seja, no pode
ser emendada ou alterada. De forma deliberada, a aprovao da PEC que reduz a
maioridade penal, orquestrada pelo Presidente da Cmara, Deputado Eduardo Cunha,
fere nossa constituio de inmeras formas possveis. Diretamente, fere o Estatuto da
Criana e Adolescente, que possu, em seu texto, poder constitucional, fere o tratado
assinado pelo Brasil, na ONU, (Conveno Sobre os Direitos das Crianas, em 1999.
A ilegalidade do ato absurda, tendo em vista, que j fato comprovado, que alocar
menores infratores, com condenados, no sistema prisional, de nada beneficia o
mesmo, muito pelo contrrio, se pensarmos como por exemplo um "estgio" que um
estudante de direito realiza, em um escritrio de advocacia, o estagirio de direito, em
sua convivncia com o advogado, aprende a prtica processual, a rotina de um
escritrio, algo que no aconteceria se o mesmo no tivesse o contato com o mesmo.
A situao parecidssima, nosso sistema prisional falho, infelizmente, a realidade
prisional no a mesma que deveria ser de acordo com nossos Cdigos e

Constituies, existem quadrilhas, associaes criminosas, agindo internamente e


externamente no presdio. O menor com contato com essa rotina, diminu
drasticamente sua chance de reabilitao, criando um novo individuo problema para o
Estado Brasileiro;
A poltica de ressocializao de menores extremamente eficaz. o nmero de menores
de idade que deixam, por exemplo, a Fundao CASA, e voltam para o mundo do crime,
algo nfimo, em "relao-benefcio" da recuperao dos mesmos.
Deveria haver investimentos em educao social, seja com esportes, ou educao,
pois existe frmula mgica para evitar a marginalizao da juventude, e o nome dela
ESTUDOS.

2) De acordo com o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Marcus


Vnicius Furtado Celho, "Constitucionalmente, a matria rejeitada no pode ser votada no
mesmo ano legislativo. A reduo da maioridade, que j tinha a inconstitucionalidade material,
porque fere uma garantia ptrea fundamental, passa a contar com uma inconstitucionalidade
formal, diante deste ferimento ao devido processo legislativo". Legalmente falando, tudo nos

levar a crer que a aprovao da reduo da maioridade penal, foi algo orquestrado pelo
Deputado Eduardo Cunha, pois curiosamente, aps a primeira votao, vencendo a
no reduo da maioridade, com a explicita cara de golpe, o presidente da cmara,
menos de 24 horas aps a primeira votao, convocou uma nova, nessa, estipulando a
reduo da maioridade. Vale lembrar que isto ilegal, caracterizando o elemento
formalmente ilegal desta pergunta. No pode ser votado no mesmo ano, proposta j
rejeitada pela Cmara dos Deputados.

3) O fato , expressamente, um mandado de segurana, com pedido liminar,


impetrado em litisconsrcio multitudinrio, contra a Mesa Diretora da Cmara, no
sentido de preveno contra um possvel ato, ou tentativa do mesmo, do segundo
turno da PEC ser adiantado. O prprio deputado Eduardo Cunha, em suas palavras
disse:

(...) os impetrantes buscam propositadamente o planto do Poder Judicirio, mesmo ausente


urgncia alguma, considerando que o segundo turno da votao s ocorrer depois do recesso
parlamentar, como j divulgado pela Presidncia da Cmara dos Deputados. (grifei)"

O ministro Celso de Mello, em sua, defere o pedido, acreditando que, o presidente da


Cmara dos Deputados manteria a sua palavra. Foi um voto de confiana, afinal, como
norma, a palavra do senhor Presidente da Cmara era de confiana, devido ao seu
grau de importncia no sistema legislativo.

O ministro Celso de Mello, em suas palavras define:

"Isso significa, portanto, que, inexistente risco de irreversibilidade (a votao da PEC 171/93,
em segundo turno, somente ocorrer no segundo semestre, de acordo com as informaes
oficiais prestadas pelo Senhor Presidente da Cmara dos Deputados), a medida liminar no se
justificar, ao menos no presente momento, pois tal como sucede na espcie a alegada
situao de dano potencial restar descaracterizada e totalmente afastada, se, a final, vier a ser

concedido o writ mandamental, cujo deferimento ter o condo, at mesmo, uma vez
formulado pleito nesse sentido, de invalidar e de desconstituir o ato impugnado."

Ou seja, como no houve o cumprimento da palavra, do senhor Eduardo, poder sim


ser deferida a deciso em relao a PEC.

4) De acordo com a Constituio Federal de 1988:

Art. 103. Podem propor a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declaratria de


constitucionalidade:
I - o Presidente da Repblica;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Cmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assemblia Legislativa ou da Cmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal
VI - o Procurador-Geral da Repblica;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido poltico com representao no Congresso Nacional;
IX - confederao sindical ou entidade de classe de mbito nacional.

Em relao ao objeto:
Lei ou ato normativos, federais ou estaduais. No pode ser objeto: lei anterior CF e
normas constitucionais originrias.
Em relao ao seus efeitos:

A Ao Direta de Inconstitucionalidade possui efeito erga omnes, que significa dizer


que pode ser oponvel contra todos, e no apenas contra aqueles que fizeram parte em
litgio. Possui, tambm, efeito vinculante relativamente aos demais rgos do Poder
Judicirio e administrao pblica direta e indireta, bem como efeito ex
tunc (retroativo) e ainda o efeito repristinatrio, o qual consiste na reentrada em vigor
de uma lei, outrora revogada.

REFERNCIAS:

https://pt.wikipedia.org/wiki/A
%C3%A7%C3%A3o_direta_de_inconstitucionalidade#Objeto
www.conteudojuridico.com.br

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