A Formação Do Policial Civil para A Investigação Criminal - Analise Dos Modelos Da Acadepol - SC e Da Acadepol-Rs
A Formação Do Policial Civil para A Investigação Criminal - Analise Dos Modelos Da Acadepol - SC e Da Acadepol-Rs
A Formação Do Policial Civil para A Investigação Criminal - Analise Dos Modelos Da Acadepol - SC e Da Acadepol-Rs
VALDECI SCHERNOVSKI
BLUMENAU
2015
VALDECI SCHERNOVSKI
BLUMENAU
2015
VALDECI SCHERNOVSKI
____________________________________________________________
Presidente: Prof. Nildo Incio Orientador, FURB
____________________________________________________________
Membro: Prof. Doutor Rodrigo Jose Leal, FURB
AGRADECIMENTOS
Meus agradecimentos minha famlia em especial aos meus pais Antnio e Maria,
pelo estimulo, proteo, compreenso e carinho.
Aos professores e colegas do Curso, pela troca de experincias. Em especial aos
professore Nildo Incio, primeiramente por ter aceitado me orientar pela sua incansvel
orientao, conselhos e esclarecimentos, meus inestimados cumprimentos e agradecimentos.
Ao Delegado de policia civil Dr. Vitor Bianco Jr, diretor da Acadepol-sc; a
coordenao apoio pedaggico da Acadepol-sc, na pessoa do coordenador Delegado de
Policia Dr. Fernando de Faveri; equipe da CAP, na pessoa do agente de policia civil
Malheiros, pela ateno nas informaes solicitadas, documentos para pesquisa e seus
esclarecimentos fundamentais para elaborao deste trabalho.
A todos que de alguma forma me auxiliaram na confeco do presente trabalho.
de
gravssimos
riscos,
na
busca
do
RESUMO
ABSTRACT
This study aims to study the criminal investigation as a primary instrument of justice. The
course of work besides studying research from the ancient period to the present day, will
analyze the training course of the civil police of Santa Catarina and Rio Grande do Sul,
seeking to identify so that police officers are trained to act, particularly with regard to
criminal investigation. Points out that the work aims at a comparison between the two
institutions with regard to training, taking into account factors, social, political and human. So
that the work be realized will be used as support, federal law according to the studied facts,
scientific articles published in specialized magazines and websites, master's and doctoral
theses, monographs, digital and printed books. In the first chapter one the contextualization
will be held. In the second chapter allocate to study the historical evolution of criminal
investigation in the world and in Brazil. In the third chapter will deal with the civil police of
the state of Santa Catarina, and the police academy. In the fourth chapter will be also studied
the civil police of Rio Grande do Sul, and the academy of police. Finally in the last chapter
will be used to expose the conclusion of the analysis carried out during the making of the
work.
Keywords: Criminal investigation. Training of civilian police. The Civil Guard Academy of
Santa Catarina, the Civil Guard Academy Rio Grande do Sul. Comparison.
Por meio deste instrumento, isento meu Orientador e a Banca Examinadora de qualquer
responsabilidade sobre o aporte ideolgico conferido ao presente trabalho.
________________________________________
VALDECI SCHERNOVSKI
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 matriz curricular Acadepol SC 2014 ................................................................... 46
Tabela 2 Grade curricular do curso de formao de escrivo da PCRS, 2003 ..................... 62
Citado por
SUMRIO
INTRODUO ......................................................................................................... 10
DA
HISTORIA
INSTITUTOS
JURIDICOS
DA
INVESTIGAO
CRIMINAL ................................................................................................................ 13
2.1.1
2.1.2
2.1.3
PERODO ILUMINISTA......................................................................................... 19
2.2
2.3
DOS
INTITUTOS
JURIDICOS
DA
INVESTIGAO
CRIMINAL
..................................................................................................................................... 26
2.3.1
2.3.2
OBRIGATORIEDADE ............................................................................................ 28
2.3.3
2.3.4
PUBLICIDADE ......................................................................................................... 29
2.3.5
2.3.6
2.4
3.1
4.1
CONCLUSO............................................................................................................ 70
REFERNCIAS ..................................................................................................................... 74
APNDICES ........................................................................................................................... 78
ANEXOS ................................................................................................................................. 83
10
1- INTRODUO
11
12
policial. Haver um capitulo onde ser destinado um tpico especialmente para o curso de
formao do aluno/policial, onde ser mais bem detalhada a estrutura do curso, que um
misto de conhecimento terico com teste pratico aliado ao exerccio fsico indispensvel para
a execuo da s atividades tpicas policiais.
Desse modo, o pressente trabalho se destinar a efetuar um estudo comparativo entre
a formao do policial civil em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, identificando suas
semelhanas, diferencias, deficincia em cada academia de Polcia Civil.
Nesse primeiro capitulo ser realizada uma abordagem geral do trabalho,
especificando o contexto onde esta inserida a investigao criminal, desde o questionamento
constitucional da Polcia Civil, bem como a formao dada aos policiais civis.
No segundo, ao estudo da investigao criminal desde os tempos mais remotos at
sua forma atual, passando pelos institutos jurdicos da investigao e alteraes legislativas.
No terceiro capitulo, versa sobre o estudo A Polcia Civil em santa Catarina, desde
sua criao e suas transformaes ate o modelo atual, bem como o curso de formao
administrada pela academia de Polcia Civil.
Em seguida, no quarto capitulo a vez da Polcia Civil do Estado do Rio Grande Do
Sul e suas peculiaridades desde sua criao ate os dias de hoje.
Por fim, no quinto capitulo um comparativo entre os modelos de investigao
adotados pelas duas instituies de segurana publica.
O mtodo utilizado na presente pesquisa foi o dedutivo atravs de tcnicas de
pesquisa bibliogrfica em doutrinas, jurisprudncias, legislao pertinente, artigos e
publicaes da internet para o desenvolvimento do tema, alm de materiais que foram
gentilmente cedidas pelas ACADEPOL SC. Aps a analise de todo o material buscou-se
comparar o modelos de formao adotados por cada academia.
13
14
forma de obter as
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal: Parte Geral. Parte Especial So Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2005
15
reproduzindo
uma
ideologia
marcadamente
16
A investigao criminal realizada pelo ministrio pblico e a teoria constitucional dos poderes
implcitos . Lucas Henrique Padovan Andreatta .Presidente Prudente/SP -2011
17
Religio estavam intimamente ligados. nesse perodo que se tem a ideia de que o imperador
(chefe de Estado, poder supremo) era a imagem divina na terra. Se no sistema grego vigorava
a vingana privada, no sistema romano era a vingana publica o objetivo do modelo
adotado.
Findo o reinado, iniciou o perodo republicano em Roma. Agora de fato, houve
mudanas profundas no modo de pensar da aplicao penal, a comear pela diviso de Estado
e Religio. Assim perdia o carter de penitencia da pena como no perodo imperial, sendo
adotado agora um novo modelo disposto na Lei de Talio, na qual trazia em sua essncia,
alternativas ao infrator em pagar sua pena pelo delito cometido, como por exemplo, o infrator
colocar um escravo em seu lugar para sofrer a punio estabelecida.
No decorrer do perodo republicano, continuou o avano no sistema de persecuo
penal. nesse contexto que surge a Lei das XII tabuas, com forte influencia do sistema penal
ateniense, na qual se buscava igualar os infratores, bem como trazer as partes vitima a
iniciativa da acusao, com a colheita das provas, sendo os populares os responsveis pela
investigao criminal.
J o Imprio Germano, situado em era de natureza consuetudinria, caracterizou-se
pela vingana privada. A ttulo de exemplificao, eram utilizadas ordlias ou juzos de Deus,
provas que submetiam os acusados aos mais nefastos testes de culpa, como caminhar pelo
fogo, ser colocado em gua fervente, submergir num lago com uma pedra amarrada aos ps.
Caso sobrevivessem, seria inocente, do contrrio, a culpa estaria demonstrada. Esta
poca tambm ficou marcada pelos duelos judicirios, os quais terminavam demonstrando
que, de fato, prevalecia lei do mais forte, pouco se importando a forma de como se chegou a
tal concluso sobre a autoria de determinado delito.
18
de um criminoso a de um pecador,
19
20
2.2-
Em sua obra Fernando da Costa Tourinho Filho7, de forma concisa e bem resumida
explica as fases que a investigao criminal trilhou no Brasil. ao dizer, que:
As Ordenaes Filipinas, alm de no fazerem distino entre
Policia Administrativa e Policia Judiciria, no falavam em
Inqurito Policial O Livro I tratava das atribuies dos
alcaides e da maneira de escolhe-los. O Cdigo de Processo
surgido em 1832 apenas traava normas sobre as funes dos
Inspetores de Quarteirao, mas tais Inspetores no exerciam
atividades de Policia Judiciria. Embora houvesse vrios
dispositivos sobre o procedimento informativo, no se tratava
do inqurito policial com esse nomen juris. Foi, contudo,
com a Lei n. 2.033, de 20-9-1871, regulamentada pelo
Decreto-lei n, 4.824, de 28-11-1871,
Tourinho Filho Fernando da Costa . 1928- Processo penal, volume 1 32 cd ver. e atual so Paulo :
Saraiva 2010
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prtica da infrao penal, a autoridade policial dever:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que no se alterem o estado e conservao das coisas, at a
chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relao com o fato, aps liberados pelos peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observncia, no que for aplicvel, do disposto no Captulo III do Ttulo Vll,
deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareaes;
21
como forma previa de se apurar a autoria e materialidade do ato tido como tpico e culpvel e
punvel, ou seja, esteja tipificada tal conduta como crime.
Com essas aes se materializa o inqurito policial, primeiro ato estatal na
investigao criminal, uma vez que o estado, o titular do jus puniendi, ou seja, o direito de
punir. Esse direito surge sempre que uma infrao verificada, e a partir desse momento o
Estado detentor dessa prerrogativa, desenvolve uma srie de aes por parte de seus rgos
especficos, cuja suas atividades tpicas so colher informaes sobre o fato tido como
infrao, bem como tentar identificar o seu autor.
O primeiro rgo a realizar essa primeira atividade persecutria fica a encargo da
Polcia judiciria, a qual por meio de mtodos prprios realiza uma serie de diligencias, dentre
as quais podemos citar as buscas e apreenses, exames de corpo de delito, exames
grafoscpicos, interrogatrios, depoimentos, declaraes, acareaes, reconhecimentos que,
reduzidos a escrito ou datilografados. Todas essas diligencias so peas que constituem os
autos do inqurito policial. Documento pelo qual se exterioriza a investigao criminal.
Corroborando com esse entendimento a doutrina de Tourinho Filho:
E com a notitia criminis que a Autoridade Policial da inicio
as investigaes. Essa noticia do crime pode ser de
cognio imediata, de cognio mediata e ate mesmo de
cognio coercitiva. A primeira ocorre quando a
Autoridade Policial toma conhecimento do fato infringente
da norma por meio das suas atividades rotineiras: ou porque
o jornal publicou a respeito, ou porque um dos seus agentes
lhe levou ao conhecimento, ou porque soube por intermdio
da vitima etc. Diz-se que ha notitia criminis de cognio
mediata quando a Autoridade Policial sabe do fato por meio
de requerimento da vitima ou de quem possa representa-la,
requisio da Autoridade Judiciaria ou do rgo do
Ministrio Publico ou mediante representao, Ela ser de
cognio coercitiva no caso de priso em flagrante, em que,
junto com a notitia criminis, e apresentado a Autoridade
Policial o autor do fato. (Tourinho Filho, 2010)
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras percias;
VIII - ordenar a identificao do indiciado pelo processo datiloscpico, se possvel, e fazer juntar aos autos
sua folha de antecedentes;
22
JUNDI, Sami A. R. J. El. O sistema de investigao criminal no Brasil. Revista Jus Navigandi,
Teresina, ano 14, n. 2317, 4 nov. 2009. Disponvel em: <http://jus.com.br/artigos/13795>. Acesso
em: 21 set. 2015.
23
10
Aury Lopes JR. Sistemas de Investigao Preliminar no Processo Penal EDITORA LUMEN JURIS RIO DE
JANEIRO 2001
24
bom
senso,
compreendendo
25
26
2.3-
27
as informaes sobre os delitos pblicos so canalizadas para a Polcia Civil, que decidira e
estabelecera qual ser a linha de investigao a ser seguida, isto e, que atos e de que forma.
Praticar ela mesma as provas tcnicas que julgar necessrias, decidindo tambm
quem, como e quando ser ouvido. Para aqueles atos que impliquem a restrio de direitos
fundamentais - prises cautelares, buscas domiciliares, intervenes corporais, telefnicas etc.
dever solicitar ao encargo jurisdicional.
Importa dizer, que neste sistema a Polcia Civil no e um mero auxiliar, seno o
titular (verdadeiro diretor da instruo preliminar), com autonomia para dizer as formas e os
meios empregados na investigao e, inclusive, no se pode afirmar que exista uma
subordinao funcional em relao aos juzes e promotores. Sendo um rgo com autonomia
administrativa e funcional sendo independente em suas aes.
O inqurito policial brasileiro e um bom exemplo de sistema de investigao
preliminar policial, inclusive porque reflete os graves problemas e desvantagens do sistema, a
tal ponto que se pode falar em crise do inqurito policial e na urgente necessidade de
modificaes. Esta crise esta materializada no fato de que as imperfeies do nosso sistema
so de tal monta que sobre o inqurito policial s existe uma unanimidade: no satisfaz ao
titular da ao penal publica tampouco a defesa e resulta de pouca utilidade para o juiz.
Delegar polcia a titularidade real e efetiva de toda a fase pr-processual tem
algumas desvantagens, porem, cabe ressaltar que as principais sejam a amplitude da presena
policial, a celeridade e a economia para o Estado. No ha duvida que a polcia tenha
condies de atuar em qualquer rinco do pas, desde os grandes centros ate os povoados mais
afastados e isolados. Isso confere, principalmente, em pases de grandes dimenses
continentais como o Brasil. Definitivamente, sua abrangncia e maior que a dos juzes de
instruo ou dos promotores investigadores12. Esse foi o principal argumento do legislador
brasileiro de 1941 para justificar a permanncia do inqurito policial, pois, segundo o
pensamento da poca, era o modelo mais adequado realidade e as grandes dimenses
territoriais de nosso pas. Foi por esse motivo, que a possibilidade da instruo preliminar
judicial foi rejeitada, haja vista, a impossibilidade de que o juiz de instruo pudesse atuar de
forma rpida nos mais remotos povoados, que, naquela poca, exigiam vrios dias de viagem.
A eficcia da atuao policial esta associada a grupos diferenciais, isto e, ela se
mostra mais ativa quando atua contra determinados escales da sociedade, distribuindo
impunidades para a classe mais elevada. Tambm a subcultura policial possui seus prprios
12
28
2.3.2- OBRIGATORIEDADE
Ensina Aury Lopes Junior13, a existncia da instruo preliminar, parte dos trs
fundamentos que justificam - busca do fato oculto, salvaguarda da sociedade e evitar
acusaes infundadas -, cumpre verificar se a fase pr-processual e obrigatria ou facultativa.
Em alguns sistemas, a legislador opta pela obrigatoriedade da instruo preliminar,
determinando que no possa ser exercida a ao penal sem previa investigao e, com isso,
condiciona a abertura do processo penal. A obrigatoriedade e uma regra nos sistemas
plenrios, mas tambm pode ser adotada na instruo sumaria.
O inqurito policial e facultativo, como j citado anteriormente, no fazendo a
legislador brasileiro distino entre crimes graves ou no, de modo que nada impede uma
denuncia direta par qualquer espcie de delito.
13
29
ato
processual,
puder
resultar
escndalo,
14
GOLDSCHMIDT , apud Aury Lopes Junior. GOLDSCHMIDT, James. Problemas Jurdicos y polticos del
Proceso Penal, pp. 95 e seguintes.
30
31
32
33
2.4-
16
IDENTIFICAO CRIMINAL PELO DNA Antnio Alberto Machado, professor livre docente da
Unesp/Franca-SP.
34
17
O armazenamento de DNA dos condenados por crimes graves contra a vida: aspectos
constitucionais da lei brasileira n. 12.654/2012. De Cristhian Magnus De Marco Professor
do Programa de Ps-graduao stricto sensu da Universidade do Oeste de Santa Catarina Unoesc e de Wagner Valdivino Meirelles Delegado de Polcia Civil do Estado de Santa
Catarina
35
18
36
os
subprincpios
da
adequao,
necessidade
constitucional
quando
passar
pelo
filtro
Com efeito, essa lei tem por escopo auxiliar o Estado na soluo de crimes graves,
por meio de tecnologia moderna de exames de DNA, cujo objetivo a identificao de
autores de crimes. Com isso, espera-se que os reais criminosos sejam devidamente
responsabilizados na forma e no momento previsto em lei, diminuindo-se a sensao de
insegurana pblica ocasionada pela morosidade ou pela deficincia dos rgos de segurana
pblica, do ministrio pblico e do poder judicirio.
Considerando que a demanda de crimes graves no resolvidos pelo sistema do
Estado (Polcia Judiciria, Instituto Geral de Percias, Ministrio Pblico e Poder Judicirio)
so elevados, na grande maioria por falta de provas capazes de evidenciar a autoria8, ento,
percebe-se que a referida lei adequada para atingir o fim almejado.
Na primeira situao (investigao criminal), a lei prev o controle judicial na
convenincia da utilizao do material gentico para a anlise comparativa com os vestgios
37
dos cenrios delituosos. O armazenamento dessas informaes em banco de dados deve ser
sigiloso.
Como o objetivo maior no deixar autores de crimes permanecerem no anonimato
no seio da sociedade, correndo-se o srio risco de ocorrncias de novos fatos criminosos que
aumentariam a sensao de impunidade e de insegurana, ento, nesse aspecto, h que se dar
um peso maior para o interesse da coletividade em detrimento da autonomia da vontade do
investigado, que tambm pode ser beneficiado com o resultado da prova, j que ela pode
comprovar no s a sua eventual participao em fato criminoso, mas tambm excludo do rol
de suspeitos.
Se na fase investigativa possvel a coleta de material gentico de pessoas
investigadas criminalmente, desde que com autorizao judicial, do mesmo modo possvel
interpretar pela constitucionalidade da lei nmero 12.654/12 na obrigatoriedade da coleta de
material gentico dos condenados por crimes violentos praticados dolosamente, considerando
que tambm no haver a coleta dolorosa do material gentico do corpo humano,
principalmente porque obrigao do Estado preservar a ordem pblica e solucionar crimes
cuja autoria no esta evidenciada.
Em concluso do trabalho os autores19, afirmam no se
vislumbrar excesso do legislador na limitao da liberdade,
intimidade e integridade fsica do investigado, visto que o
mtodo de coleta do material gentico humano deve ser indolor,
e, ainda, est restrito aos crimes graves (hediondos ou dolosos
praticados com violncia contra a pessoa) em que houve
condenao do ru. Nessas condies, observa-se a presena
dos requisitos necessrios da proporcionalidade do ato
normativo
analisado
proporcionalidade
em
(necessidade,
sentido
estrito),
adequao
que
sustenta
e
a
19
38
39
Para estudar a criao da Polcia Civil, alm da analise da legislao especifica, ser
utilizado maciamente o artigo do Dr. Delegado de Policia Felipe Genovez 20, o qual detalha
desde o principio da criao da Polcia Civil em Santa Catarina. Alm disso, sero utilizados
os dados coletados online no sitio da Polcia Civil.
Dito isso, passa-se a analise propriamente dita da instituio. A formao da Polcia
Civil vem desde os tempos mais remotos, ainda do- Brasil Colnia, sob a vigncia das
Ordenaes do Reino de Portugal (1500 - 1808).
As funes policiais e de judicatura se confundiam, inclusive, as do Ministrio
Pblico com a prpria funo policial, como ocorria, por exemplo, no Cdigo de Processo
Criminal do Imprio/1832, onde diversos eram os cargos existentes como: os Capites-mores,
Desembargadores; Juiz de Fora, Ordinrios, de Paz, de Vintena; meirinhos; Promotores
Pblicos; Alcaides, Carcereiros, Capites do mato, Delegados, Comissrios, Escrives,
Oficiais da Fora Policial e da Guarda Nacional, Militares em geral, quadrilheiros
Inspetores de Quarteiro
Durante grande parte da fase do Brasil Colnia, e no diferente, no Estado de Santa
Catarina, a figura do alcaide esteve muito presente. O termo alcaide teve origem mourisca, Al
Kaid (governador de castelo, provncia ou comarca, com jurisdio civil e militar; oficial de
justia). Esse termo foi incorporado tradio dos povos que habitavam a Pennsula Ibrica
em razo das invases dos rabes nessa rea onde se localizam principalmente Portugal e
Espanha. conforme bem, descrito por Genovez21. Ao alcaide cabia-lhe as funes de executar
as medidas policiais tanto a servio dos Governadores Gerais, Cmaras Municipais e Juzes
Ordinrios e de Fora, no tendo nenhuma distino entre as atividades eminentemente
policiais das judiciais. Nesse perodo no era s os alcaides responsveis pela execuo das
atividades jurisdicionais e policiais. Os almotacs eram responsveis pelas fiscalizaes dos
gneros alimentcios e o Meirinho que executava as funes hoje correspondentes ao cargo de
oficial de justia.
Almotac - ou almotacel - almotacs - oficial encarregado da
20
21
GENOVEZ, Felipe
GENOVEZ, Felipe. Histria da Polcia Civil no Estado de Santa Catarina - Poder Judicirio - Ministrio
40
Meirinho -
antigo
empregado
judicial,
22
As atividades Policiais locais eram, nesse caso, eminentemente civis, exceto quando
estavam a cargo de uma autoridade militar superior, desde que com delegao da coroa
portuguesa.
Genovez (2011) especifica as fases que a policia civil de santa Catarina no perodo
colonial:
a) fase - Governadores-Gerais (sculos XVI e XVII), com
autonomia para exercer o controle, a execuo e o exerccio de
atribuies de cunho administrativo, policial e judicial; b) fase intermediria alta - Governadores das Capitnias hereditrias
(XVII e XVIII), tambm tinha as amplas atribuies dos
Governadores-Gerais; c) fase - intermediria baixa - atividades
policiais e judiciais passaram a ser prerrogativas das Cmaras
de Vereadores;
todas
as
atividades
judicirias,
policiais
41
equivalente a Secretaria de Segurana Publica). Pela primeira vez que se apareceu um rgo
de administrao central da polcia civil, que alm da Capital Federal, contava agora nas
capitanias. O Intendente-Geral gozava de funes jurisdicionais e administrativas, sendo que
a partir da expedio do Alvar de 10 de maio de 1808, passou a ser coadjuvado por
Delegados de Polcia (Alvar de 10 de maio de 1808). Aps a independncia do Brasil, por
volta do ano de 1828, a Intendncia Geral de Polcia foi extinta com a entrada em vigor do
Cdigo de Processo Criminal do Imprio datado de 183223.
E seguida surgiram os chamados Juiz de Fora da Capitania de Santa Catarina -, essa
autoridade policial deixou de existir a partir de 1825, quando se ps fim a poca das
Intendncias em nosso territrio, por fora da entrada em vigor da Constituio de 1824
outorgada por D. Pedro I, (Genovez, 2011, Online)
Posteriormente iniciou a criao dos cargos de "Dellegados" , Esses primeiros
policiais foram nomeados a poca ainda dos Juzes de Fora sendo que com as reformas de
1827 e 1828 passaram a ficar subordinados aos juzes de paz que estavam investidos de
funes jurisdicionais e policiais. J no perodo de descentralizao do poder 1831, houve a
Criao da Guarda Nacional. Nessa poca ocorreu o ressurgimento dos Delegados de Polcia
investidos de funes policiais e jurisdicionais (Lei 262/1841 e do Regulamento
120/1872). (Genovez, 2011, Online)
GENOVEZ, Felipe
42
Catarina (e de todo o Brasil), eis que alm da restaurao desses cargos, passaram a
centralizar as funes policiais e ainda exercendo determinadas funes inerentes a acusao
e ao julgamento dos processos-crime. (policia civil SC, online) .
Entra em vigor a Lei n. 2.033, de 20 de setembro de 1871 (sancionada pela Princesa
Regente Isabel) e que foi regulamentada pelo Decreto n. 4.824, de 22 de novembro de 1871
que trouxe inmeras inovaes no que diz respeito s funes desenvolvidas pelo Judicirio,
Ministrio Pblico e Polcia Judiciria (Polcia Civil).
Inicialmente, prescreveu disposies acerca da organizao judiciria
que se estendia a todo o Imprio e que serviram de base s reformas
implementadas mais tarde por Gustavo Richard no Estado de Santa
Catarina, por ocasio da Lei n. 104, de 19.8.1891 que criou o Superior
Tribunal de Justia e tambm disps sobre o Ministrio Pblico (art.
95). O art. 10, do sobredito Decreto Imperial, prescrevia as atribuies
das autoridades policiais: o art. 11, estabeleceu que compete aos
Delegados de Polcia: "1. - Preparar os processos dos crimes do art.
12, par. 7., do citado Cdigo; procedendo ex-officio quanto aos
crimes policiaes" (previsto tambm no art. 4., da Lei n. 2.033/71). 2.Proceder ao inqurito policial e a todas as diligencias para o
descubrimento dos factos criminosos e suas circunstncias, inclusive o
corpo de delicto. 3. - Conceder fiana provisria"; no mesmo sentido,
o art. 13 fixou como competncia exclusiva dos juizes de direito e que
anteriormente estavam sendo exercidas por autoridades policiais (par.
7., do art. 12, do Cdigo de Processo Penal). O art. 38, tambm
reiterava as funes investigatrias da polcia e que estavam previstas
naquela legislao regulamentada: "Os Chefes, Delegados,
Subdelegados de Polcia, logo que por qualquer meio lhes chegue a
notcia de se ter praticado algum crime comum, procedero em seus
districtos s diligencias necessrias para descobrimento de todas as
suas circunstncias e dos delinquentes"; (Genovez, 2015,Online)
43
44
45
46
47
conhecimento terico e pratico. Cada Estado tem autonomia de criar seu prprio curso,
porem, aconselhvel que utilizem como base a matriz curricular Nacional, proposta pela
Secretaria Nacional de Segurana Pblica SENASP24. A cada turma formada, procura-se
melhorar os mtodos utilizados, a fim de se ter um policial treinado para as mais adversas
situaes que possa se deparar com estiver em atuao.
A coordenadoria de assuntos pedaggicos da Acadepol o setor encarregado de
idealizar, formalizar e aplicar o curso de formao aos policiais recm-aprovados no concurso
publico. Atualmente dirigida pelo Delegado de policia, Dr. Delegado de Polcia Fernando de
Faveri, com apoio dos Agentes de Polcia Ivone, Agente de Polcia Malheiros, Agente de
Polcia Vergnia, Escriv de Polcia Michele, Psicloga Policial Ana Paula.
A CAP- compete elaborar e fiscalizar o Projeto Pedaggico da ACADEPOL/SC;
Elaborar o plano anual de capacitao e atualizao de Policiais Civis; Elaborar a matriz
curricular dos cursos de formao inicial em conjunto com os professores e direo da
ACADEPOL/SC; Elaborar, acompanhar e analisar os projetos de formao continuada
realizados na ACADEPOL/SC; Elaborar e coordenar os projetos de formao continuada de
cursos superior e ps-graduao; Elaborar e executar o programa de formao continuada
para docentes; Elaborar formas de avaliao dos cursos de formao continuada; Propor
polticas de seleo e auxiliar a direo na escolha do corpo docente da ACADEPOL/SC;
Coordenar a carga horria de trabalho dos professores.
A Matriz Curricular Nacional, um documento onde, se baliza as reas mais
necessrias para uma formao do policial. No necessariamente esse formato devera ser
seguido pela Polcia Civil. Atualmente a grade curricular da Matriz, estipula uma carga
horria mnima em 908 horas distribudas em varias reas temticas.
Desta forma, no captulo 2 (apndice A) da referida Matriz, extrai-se a chamada
"malha curricular", como forma de orientao a ACADEPOL de cada Estado, para elaborao
de seus respectivos cursos de formao.
Os apontamentos, trazidos na Matriz sero utilizados como parmetros de analise dos
cursos da ACADEPOL-SC e da ACADEPOL-RS, uma vez que ambas as instituies so
adeptas aos ideais e formato sugerido na Matriz.
Tanto na matriz curricular do SENASP, quanto na grade curricular da ACADEPOL SC busca-se uma formao tcnica em diversas reas ao policial para o exerccio de suas
24
Matriz curricular nacional para aes formativas dos profissionais da rea de segurana pblica / Secretaria
Nacional de Segurana Pblica, coordenao: Andra da Silveira Passos... [et al.]. Braslia : Secretaria
Nacional de Segurana Pblica, 2014.
48
funes.
Falando em aspectos procedimentais, so ministradas as aulas tericas referentes :
Utilizao de tcnicas de preservao da prova e isolamento de locais de crimes;
Utilizao de mtodos e procedimentos que garantam a segurana na identificao,
preservao e coleta da prova; Preparao para aspectos crticos e de potenciais interferncias
na preservao da prova criminal.
J nos aspectos operacional, lecionado sobre a importncia acerca da: Valorizao
do isolamento e preservao dos locais de crime; Postura cientfica para a coleta e
preservao da prova; Aumento da autonomia profissional no trabalho de preservao da
prova criminal; Conduta assertiva junto s testemunhas, vtimas e autores.
Alm da base terica eminentemente de tcnicas policiais, h uma contextualizao
com os princpios norteadores do processo penal, sendo um deles o da verdade real,
garantidor de que o direito de punir do Estado seja exercido somente contra aquele que
praticou a infrao penal e circunscrito aos exatos limites de sua culpa. Essa formatao da
verdade s possvel por meio da prova.
A prova a alma do processo. Tem ela, como foco, a reconstruo de fatos e de sua
autoria, de todas as circunstncias objetivas e subjetivas que possam ter influncia na
responsabilidade penal do autor, bem como na fixao da pena ou na imposio da medida de
segurana. Dai a necessidade de uma investigao criminal bem realizada, servindo de base
para a persecuo penal futura.
A disciplina Preservao e Valorizao da Prova trata dos cuidados objetivos que o
policial civil deve ter no trato com os elementos de prova, especialmente no momento que
antecede sua coleta, pelo perito, no caso da prova material, ou pelo delegado de polcia,
quanto prova subjetiva, na dimenso do espao, por meio lcito e legal, para ser validado
como prova idnea na busca da verdade real. Valorizar a prova requer, antes de tudo,
reconhec-la, para assim saber preserv-la.
Requer tambm a capacidade de responder as questes: por que preservar? Quais os
prejuzos para o meu trabalho e para o trabalho dos demais profissionais envolvidos na cadeia
deste processo? Que aes executar visando esta preservao? O que evitar?
Num sentido ainda mais amplo, a real compreenso da importncia da atividade
desempenhada por cada profissional pode ser encarada como uma valorizao da prpria
atividade e da autoestima deste, facilitando a sua insero no processo e sua integrao com
os demais profissionais envolvidos.
Sendo assim, o propsito do curso o de alcanar o agente que no aquele
49
VI
Inteligncia Policial
INT
12
50
Comunicao,
Informao e
Tecnologia em
Segurana Pblica
Tecnologias da Informao
Policial
Investigao Policial
I Histrico
e
Princpios
Fundamentais da Investigao
Policial. Aspectos Legais.
Investigao Policial II - Perfil
Profissional do Investigador. A
Valorizao da Prova.
Investigao Policial III - O
Relatrio de Investigao. A
Coleta de dados. Tcnicas de
Entrevista e Interrogatrio. Os
Crimes Patrimniais e Contra
Pessoa.
Investigao Policial IV Crimes Cibernticos e Crimes de
Trfico de Drogas. Tcnicas de
Interceptao Telefnica.
Anlise Criminal
Redao Policial
TIP
44
11
IP-I
12
IP-II
12
IP-III
28
IP-IV
28
ANCR
RED
60
16
Da analise das informaes colhidas, pode-se chegar a uma concluso que, a Polcia
Civil, como um todo teve um grande avano desde sua criao, no s na forma de conduzir a
investigao e demais atribuies que lhe so conferidas, mas na preocupao que se tem para
que seus colaboradores estejam o mais preparado possvel para atuao nas mais diversas
situaes que lhe so colocadas no dia-a-dia de atuao.
A ateno despendida pelo comando da Polcia Civil aliado dedicao dos policiais
instrutores da ACADEPOL, foram, so e sero imprescindveis para uma educao continua e
necessria aos policiais recm-formados, ou at mesmo para os que j esto a tempo na
instituio. Uma vez que como visto no inicio deste trabalho a investigao e o prprio direito
material e processual sempre tero de se moldar conforme as transformaes do meio social.
Da a importncia de uma Polcia Civil bem preparada para atuar com eficincia e
transparncia perante a sociedade.
15
51
Hagen, Accia Maria Maduro. O trabalho policial: estudo da Polcia Civil do Estado do Rio Grande do Sul /
Accia Maria Maduro Hagen. Porto Alegre, 2005.
52
Obedecendo a legislao do Brasil Colnia, a Polcia gacha passa pela poca das
"Comandanas Militares", havendo os chamados "Corpos Policiais". As Comandanas
permanecem at 1761, quando o Rio Grande de So Pedro passa a ser Capitania com direito a
governador militar, sendo seu primeiro governador o Coronel Incio Eloi de Madureira.
O alvar 61, do Governo Central em 1808, cria a Vila de Porto Alegre e a Carta-delei de 1822, ano da Independncia do Brasil, eleva a vila categoria de cidade. Na Provncia
de So Pedro assume o primeiro civil, o advogado Jos Feliciano Fernandes Pinheiro.
A Constituio Poltica do Imprio em 1824, alterada pela Lei 16 do mesmo ano,
outorga s Assembleias Legislativas das Provncias legislarem sobre a Polcia.
Para promover a segurana da populao que se aglomera no Largo do Paraso
(prximo ao Mercado),em 1831, definido o primeiro Cdigo de Posturas Policiais,
estabelecendo e organizando o permetro urbano da cidade.
Em 1832, o Cdigo do Processo Criminal Brasileiro confere autonomia e poderes de
Polcia Judiciria aos Juzes de Paz escolhidos pela populao dos municpios. No ano
seguinte nomeado o primeiro Chefe de Polcia da cidade de Porto Alegre, o Juiz de direito
Dr. Jos Maria de Salles Gameiro de Mendona Peanha.
No ano da Proclamao da Repblica Rio-grandense, a Provncia se encontra com
escassez de alimentos, pagando altssimos impostos ao governo central. Proliferam roubos,
escaramuas, bombardeios e ataques na populao dividida entre Farroupilhas, comandados
por Bento Gonalves e Imperiais.
A luta revolucionria pela autonomia administrativa, contra o descaso da autoridade
central, se estende por dez anos. Piratini a sede do Governo e o Chefe de Polcia
Republicano, Bernardo Pires. Para garantir a segurana das cidades, a Lei Provincial n 2 de
1835, cria duas casas de correo, uma em Porto Alegre, fundada somente em 1852 e outra
em Pelotas.
26
26
historia
da
policia
civil
gacha,
www.pc.rs.gov.br/upload/1293122838_historia_da_policia_civil.pdf
disponvel
em
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www.pc.rs.gov.br/upload/1293122838_historia_da_policia_civil.pdf
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Central de Polcia, e sob direo de Plnio Brasil Milano e Joo Martins Rangel, funciona
durante dois anos consecutivos, perodo em que realiza um curso para Agentes e outro para
Delegados, posteriormente vigora apenas na legislao.
Em 1938, com o decreto 7601 criados outros departamentos: Delegacia de Entrada,
Permanncia e Sada de Estrangeiros, Delegacia de Trnsito e Acidentes, Delegacia Especial
de Segurana Pessoal e Vigilncia, Delegacia Especial de Costumes, Delegacia de Atentados
Propriedade) e a Repartio Central de Polcia.
Dos anos 40 at os anos 80 a policia civil do Rio Grande do Sul, sofreu intensas
transformaes conforme descreve28
Ainda nos anos 40, dando continuidade a organizao policial, so
criados vrios rgos da Segurana: o Decreto 1.199 de 1946, cria o
Conselho Disciplinar de Polcia, extinto no ano seguinte atravs do
Decreto n1.466 que cria o Instituto de Polcia Tcnica, a Diretoria
Estadual de Segurana Social e Econmica Popular, Diretoria
Estadual do Trnsito e o Conselho Superior de Polcia. Em 1947, pela
primeira vez a Polcia Civil prevista na Constituio do Estado,
assim dispondo no art. 230: A Polcia Civil tem a funo de tornar
efetivas as garantias individuais, a segurana e a tranquilidade pblica
e de prestar sua colaborao justia repressiva .Em 1952, no
Governo de Ernesto Dornelles, publicado o 1 Estatuto dos
Servidores da Polcia Civil do Estado. Os funcionrios policiais obtm
garantias individuais, segurana e promessa de organizao e
instalao de nova sede para a Escola de Polcia. No ano seguinte, a
Lei 2027 reorganiza e altera a estrutura da Polcia Civil: cria o
Departamento de Polcia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, a
Delegacia de Estrangeiros subordinada ao DOPS e, desliga presdios e
anexos do Departamento de Polcia. O Decreto 5634 de 1954 cria a
Delegacia Especializada para Menores. Atravs do curso de
investigador policial, em 1970, a Polcia Civil Gacha abre suas portas
para formao de mulheres profissionais. Na primeira turma,
composta por 208 alunos, formam-se 42 mulheres. A Lei 6.194 de
1971, cria novo Estatuto para a Polcia Civil mudando a exigncia de
ingresso na carreira: para o curso de Delegado de Polcia, necessrio
ser acadmico de Direito, do 4 ou 5 ano; para cursos de Formao de
Inspetor e Escrivo de Polcia, Inspetor de Diverses Pblicas e
Radiotelegrafista Policial, ser possuidor de certificado de concluso do
primeiro ciclo do curso secundrio; e para cursos de formao de
28
www.pc.rs.gov.br/upload/1293122838_historia_da_policia_civil.pdf
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www.pc.rs.gov.br/upload/1293122838_historia_da_policia_civil.pdf
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Polcia e gnero: percepes de delegados e delegadas da polcia civil do rio grande do sul acerca da
mulher policial. Jaqueline Siqueira do sacramento porto alegre, dezembro de 2007.
31
Rio Grande do sul, 2006, decreto 44.453 de 25 de maio de 2006. Criao do DEIC.
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Monitoramento
Legal
de
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Rio Grande do sul, 2006, decreto 44.453 de 25 de maio de 2006. Criao do DEIC.
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historia
da
policia
civil
gacha,
disponvel
em
disponvel
em
www.pc.rs.gov.br/upload/1293122838_historia_da_policia_civil.pdf
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historia
da
policia
civil
gacha,
www.pc.rs.gov.br/upload/1293122838_historia_da_policia_civil.pdf
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Hagen, Accia Maria Maduro. O trabalho policial: estudo da Polcia Civil do Estado do Rio Grande do Sul /
Accia Maria Maduro Hagen. Porto Alegre, 2005.
65
36
66
67
academia de Polcia Civil do rio grande do sul, dificultaram a colheita de documentos na sede
da citada academia.
No caso em estudo, usaremos a tabela da estrutura curricular do curso de formao
de delegado de polcia realizado pela Academia de Polcia Civil do Estado do Rio Grande do
Sul em 2004, tabela esta que esta na tese de doutorado de Hagen, 2005, e que ainda utilizada
pela PCRS. Tendo sofrido nfimas alteraes nesse perodo.
Carga
horria
30
Criminalstica
30
Defesa pessoal
30
30
Direito constitucional
30
Direito penal
30
Direitos humanos
30
30
Medicina legal
30
Pronto socorrismo
30
Sade fsica
30
Sade mental
30
30
30
Parte especifica
Armamento e tiro (uso da arma de fogo)
90
Estagio e palestras
90
Direito constitucional
10
Direitos humanos
10
68
tica policial
15
Criminalstica
20
20
20
Medicina legal
20
20
Telecomunicaes
20
Toxicologia
20
Redao policial
40
Direito penal
40
Informtica policial
40
Total
1220
37
69
38
Polcia e gnero: percepes de delegados e delegadas da polcia civil do rio grande do sul
acerca da mulher policial. Jaqueline Siqueira do sacramento porto alegre, dezembro de 2007.
70
CONCLUSO
71
Nesse ponto expresso minha opinio, sobre tais propostas de alteraes, no sentido
de que transformar o atual modelo de investigao, no trar uma investigao criminal
eficiente, uma vez que os mesmo se fosse criado o chamado juzo de instruo e garantias, a
Polcia Civil seria o rgo incumbido de praticar os atos de investigao. Ao juzo de
instruo caberia apenas decidir sobre quais atos seriam praticados na investigao. Alm do
mais as decises tomadas por tal juzo poderiam no refletir exatamente no caso concreto,
pois o juiz instrutor, no teria nenhum contato com o caso, decidindo apenas com a analise
das informaes trazidas pela Polcia, e em suas prprias convices
Ao contrrio do que busca se introduzir na persecuo penal, pela citada PEC, talvez
o caminho mais vivel no momento para uma investigao criminal autossuficiente, seria a
autonomia funcional e administrativa a Polcia Civil no mbito dos Estados e a policia federal
no mbito da unio. Ora se quem acusa possui uma independncia seja administrativa ou
funcional, e quem julga integra um dos poderes da Repblica me parece plausvel a ideia de
que o rgo incumbido de apontar indcios de autoria e materialidade de um delito possua
tambm tais prerrogativas, uma vez que atrelado a qual rgo que seja sempre a atividade
policial estar de alguma forma restringida ou impedida de ser desenvolvida em sua plenitude.
No captulo 3, foi descrito a origem e evoluo histrica da Polcia Civil em Santa
Catarina, bem como da formao de seus policiais por meio da academia de Polcia Civil. Da
mesma forma no capitulo 4, a Polcia Civil do Rio Grande do Sul, foi contextualizada de
forma histrica, poltica e social. Analisando desde sua criao, evoluo e preparao de seus
policiais por meio da academia de Polcia Civil.
Por fim no quinto e ltimo captulo, apresentam-se os resultados obtidos com a
pesquisa e responder na medida do possvel aos questionamentos que levaram a elaborao do
trabalho.
Dito isso, passo a discorrer sobre os resultados apontados nos estudos. O primeiro
questionamento diz respeito formao de um policial civil. Faz-se necessrio dizer que no
existe um modelo predefinido de um policial ideal, todavia, as academias de polcia,
principalmente as duas estudadas, visam aprimorar suas e desde o inicio moldar a formao
tcnica cientifica de seus alunos, futuros policiais, sejam por meio de aulas tericas aliadas as
prticas desenvolvidas para serem colocadas a prova no dia a dia da atividade policial.
Observando as formas de ensino da PS/SC e da PC/RS, se mostram semelhantes em alguns
aspectos, evidentemente que no tero uma maior identidade entre seus ensinamentos, haja
vista cada uma frisar pelo ensino naquelas situaes em que seus policiais sero mais
exigidos. E quanto tempo leva para um policial ser formado? A depende de uma srie de
72
fatores. De forma objetiva o curso das duas academias de policia duram em media de quatro
a cinco meses. Porm ao final do curso, o policial continuara a ser monitorado e avaliado
constantemente, a fim de se verificar se de fato o perodo de curso, foi suficientemente
adequado para que estivesse realmente formado para desenvolver as atividades inerentes ao
cargo que ira assumir.
Alm da formao genrica, o policial recebe um treinamento diferenciado, no
tocante investigao criminal. Em relao ao curso da ACADEPOL-RS, no foi possvel
acesso a muita documentao diretamente com a direo da academia. Os documentos que
serviram de base para esse estudo foram adquiridos principalmente em outros trabalhos
acadmicos em nvel de mestrado e doutorado, entretanto analisando essas informaes, no
possvel identificar especificamente uma disciplina especifica tratando da investigao
criminal, provavelmente esta inserida em outras disciplinas como a redao policial e
informtica policial. J em relao Acadepol/SC, a anlise se deu por meio do acesso a
matriz curricular do curso do ano de 2014, onde h um bloco de disciplinas voltadas
especificamente investigao criminal, evidentemente que por uma questo de segurana e
sigilo das tcnicas e modos empregados na investigao, aqui no sero esmiuados a
temtica.
73
74
REFERNCIAS
.
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20 de outubro de 2015.
78
APNDICES
APNDICE A MALHA CURRICULAR PARA AS AES FORMATIVAS DA
POLCIA CIVIL E POLCIA MILITAR (NCLEO COMUM)
REAS TEMTICAS DA
DISCIPLINAS
CARGA
MATRIZ
HORRIA
(908H)
Estado, Sociedade e Segurana Pblica Sistema de 12h
REA TEMTICA
Integrada
Pblica
Fundamentos
da
Gesto 12h
12h
12h
Segurana Pblica.
60h
REA
TEMTICA
da
Criminalidade
Criminologia 24h
Social.
54h
REA
TEMTICA
Conhecimentos Jurdicos
Atividade Policial
54h
72h
REA TEMTICA IV
18h
60h
79
REA TEMTICA V
Relaes
Interpessoais
Sade
Segurana 24h
12h
Sade do Trabalhador
120h
REA
TEMTICA
Tecnologias
Sistemas 12h
Pblica
158h
REA TEMTICA VII
tica
Cidadania
Diversidade
tnico- 12h
Reflexiva.
20h
20h
66h
Tcnicas
Procedimentos
Segurana Pblica.
12h
24h
20h
40h
110h
16h
282h
80
APNDICES
APNDICE B MATRIZ CURRICULAR - CURSO DE FORMAO INICIAL AGENTE DE POLCIA - 2014
CURSO
III
Cultura e
Conhecimento
Jurdico
IV - Modalidade
de Gesto de
Conflitos e
Eventos Crticos
V
DE
FORMAO
SIGLA Profess
ores
Proposta
Acadepol
INICIAL
C. H.
SENAS
P
16
28
12
16
60
SubTotal.............................................
Direitos Humanos
DH
Legislao Especial Aplicada
LES
Direito Penal Aplicado
DPA
Direito Processual Penal
DPPA
Aplicadode Procedimentos
Noes
NPRC
Cartorrios
28
0
60
0
0
0
Mediao de Conflitos
Princpios da Excelncia no
Atendimento
MEC
PEA
12
16
28
20
40
104 S
u
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T
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0 S
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12 u
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C. H. N de
Especf Aulas
.
0
0
4
15
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0
0
0
3
4
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0
0
0
60
60
0
0
60
15
4
7
5
10
0
15
81
Valorizao
Profissional e
Sade do
Trabalhador
DDS
12
Condicionamento Fsico
CFI
48
Sade Ocupacional e
Qualidade de Vida do
Servidor
SQV
12
Inteligncia Policial
VI
Comunicao,
Informao e
Tecnologia em
Segurana
Pblica
Tecnologias da
Informao Policial
Investigao Policial I Histrico e Princpios
Fundamentais da
Investigao Policial.
Aspctos Legais.
Investigao Policial II Perfil Profissional do
Investigador. A
Valorizao da Prova.
Investigao Policial III O Relatrio de
Investigao. A Coleta de
dados. Tcnicas de
Entrevista e
Interrogatrio. Os Crimes
Patrimniais e Contra
Pessoa.
Investigao Policial IV Crimes Cibernticos e
Crimes de Trfico de
Drogas. Tcnicas de
Interceptao
Telefnica.
Anlise Criminal
3
0
84 S
0
0
u
C. H. C. H.
SIGLA Professores Proposta
b
Acadepol
T SENASP Especf.
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12
3
N de
Aulas
11
15
82
Redao Policial
VII
Cotidiano e
Prtica
Reflexiva
RED
TES
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0
0
0
0
240
0
1032
4
10
30
3
3
6
3
3
13
12
7
9
83
ANEXOS
ANEXO A PLANO DE ENSINO
I DADOS DE IDENTIFICAO
II EMENTA
A disciplina visa apresentar ao aluno policial os fundamentos da filosofia de Polcia
Comunitria, que aproxima
III OBJETIVOS
Geral:
84
Disseminar a filosofia de polcia comunitria dentro das carreiras policiais nos cursos
de formao da ACADEPOL;
Instruir o policial civil atuar dentro dos ditames da filosofia de Polcia Comunitria;
Orientar o policial civil do seu papel como membro nato nas reunies dos CONSEGS.
IV CONTEDOS
VI PROCEDIMENTOS DIDTICOS
Os procedimentos didticos previstos para esta disciplina so organizados por unidades de
trabalho.
85
Contedo: Polcia Comunitria no Japo. Princpios de Sir Robert Peel para a Polcia
Metropolitana de Londres. Polcia Comunitria no Brasil e sua evoluo. Polcia Comunitria
em Santa Catarina.
Procedimento didtico: Aula expositivo-dialogada.
86
VIII REFERNCIAS
Programa
Estadual
de
Resistncia
Drogas.
Disponvel
em
http://www.pm.sc.gov.br.
SC Dec n 2.136, de 12 de maro de 2001
SC SSP Resoluo n 001, de 06 de julho/ 2001. Regulamento dos CONSEG
SENASP Manual do Curso nacional de Promotor de Polcia Comunitria. Grupo de
Trabalho, Portaria SENASP n 02/2007. Braslia-DF: secretaria Nacional de Segurana
Pblica.
SKOLNICK, Jerome H; BAYLEY, David H. Policiamento Comunitrio: questes e prticas
atravs do mundo. So Paulo: EDUSP, 2001.
TROJANOWICZ, Robert; BUCQUEROUX, Bonnie. Policiamento Comunitrio: como
comear. 2. ed. So Paulo: PMSP, 1999.