Redes GSM Gprs Edge e Umts
Redes GSM Gprs Edge e Umts
Redes GSM Gprs Edge e Umts
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nicio
1 Introduo aos Sistemas celulares
1.1.1 - Modulao
1.1.2 - Estaes mveis (MS)
1.1.3 - Estaes Rdio Base (BTS)
1.1.4 - Enlaces
1.1.5 - Clula
1.1.6 - Espectro de freqncias
1.1.7 - Acesso mltiplo
1.1.8 - Cluster
1.1.9 - Fator de reso
1.1.10 - Capacidade
2.1 Componentes
2.2 - Interfaces
3 Tecnologia GPRS
4 Tecnologia EDGE
5 UMTS
5.2.1 Interface Iu
5.2.2 Interface Iur
6 - Consideraes finais
Bibliografia e referncias
1.1.4 - Enlaces
A comunicao entre MS e ERB acontece quando a onda portadora da informao, ou
seja, a informao modulada, gerada em um ponto, viaja pela atmosfera e recebida
no outro. Cada portadora tem uma freqncia definida, em uma mesma regio da
atmosfera, cada freqncia corresponde a uma conhecida portadora. Sendo assim, o
transmissor deve modular seu sinal naquela freqncia, e o receptor deve ajustar seu
sensor para essa mesma freqncia.
Porm, cada portadora no consegue levar toda a informao em exatamente um valor
de freqncia. Na verdade, cada canal possui uma faixa de freqncias, cuja freqncia
central a da portadora. A informao includa principalmente nessa freqncia
principal, mas pode estar em freqncias um pouco maiores ou um pouco menores. Para
incluir essas variaes da freqncia, o canal tem uma largura de freqncias, ou seja, o
transmissor emite naquela freqncia e em freqncias um pouco maiores ou menores, e
o receptor deve se preparar para sentir aquela freqncia, mas tambm um pouco mais
e um pouco menos.
O tamanho desse erro, ou seja, a largura do canal, limita o nmero de canais na clula,
pois eles devem caber na banda passante da clula (faixa total de freqncias que uma
clula suporta).
Ao canal fsico que interliga a Estao Rdio Base e a Estao Mvel se d o nome de
enlace. Quando a informao viaja da ERB para a MS, chama-se enlace direto; quando
a informao parte da MS chama-se enlace reverso.
Os modos de transmisso de informao para comunicaes mveis podem ser feitos de
trs maneiras:
- Simplex: opera com uma nica freqncia e apenas a ERB pode transmiti-la. Tem-se,
portanto, apenas enlaces diretos. Exemplos de aplicaes desse modo de transmisso
so os servios de rdio AM e FM, ou a televiso convencional.
- Semi Duplex: Opera em uma nica freqncia, mas suporta comunicao bidirecional,
sendo cada sentido de comunicao operado em um momento. Ou seja, o usurio pode
escutar ou falar, mas no os dois ao mesmo tempo. Como exemplos, os aparelhos de
walkie-talkie, e o sistema de comunicao da polcia.
- Duplex completo (ou full duplex): cada usurio tem um canal de recepo (enlace
direto) e outro canal de transmisso (enlace reverso). possvel, portanto, realizar
comunicao em dois sentidos ao mesmo tempo. E importante lembrar que cada canal
opera em uma freqncia diferente, necessitando-se, portanto, de duas larguras de
freqncia (uma para cada enlace). Esse modo o utilizado pelos servios de telefonia
mvel.
1.1.5 - Clula
Cada Estao Rdio Base (ERB) atende a uma certa regio, limitada de acordo com as
capacidades fsicas da Estao. A essa regio d-se o nome de Clula. As clulas
podem ser omnidirecionais ou setorizadas.
Cada ERB tem uma faixa de valores de freqncia nos quais consegue se comunicar. A
ANATEL regulamenta o uso das freqncias, a fim de evitar o mau uso do espectro de
freqncias. A largura da faixa de freqncias de uma ERB chamada Largura de
Banda, e uma medida da capacidade de trfego da ERB.
1.1.7 - Acesso mltiplo
Um dos srios problemas enfrentados pela ERB ocorre quando mais de um usurio
deseja acess-la, ou seja, requerer e chamado mltiplo acesso. Para resolver esse
problema, existem basicamente trs tecnologias: FDMA (que divide a freqncia),
TDMA (que divide o tempo) e CDMA (que usa um cdigo para cada acesso).
A tecnologia FDMA libera uma faixa de freqncia para cada acesso. Dessa forma, o
usurio tem uma largura de banda fixa, sempre disponvel.
A tecnologia TDMA libera uma faixa de freqncia para alguns usurios. Esses
usurios s podem acessar de forma intercalada, ou seja, eles dividem entre si o tempo.
A tecnologia CDMA insere um cdigo para cada usurio. Assim, eles podem acessar a
mesma freqncia durante todo o tempo.
1.1.8 - Cluster
Um cluster uma regio que abrange algumas clulas, onde:
- h todas as freqncias disponveis;
- nenhuma freqncia pode ser reusada.
Fora do cluster, possvel reusar as mesmas freqncias. Assim, quanto mais clulas
dentro de um cluster, maior ser a distncia mnima entre portadoras de mesma
freqncia. Programar o reuso de freqncias faz aumentar o trfego da rede.
Para calcular o nmero Nf de freqncias por clula, basta dividir a largura de banda Bs
do sistema pela largura de banda Bc de cada clula.
Padro R-GSM
Tambm conhecido como GSM 900 ampliado, foi desenvolvido para se ampliar a
capacidade de canais de RF.
Comea a utilizar o espectro em 876 MHz, usando-o at 960 MHz, o que lhe
disponibiliza mais 4 MHz em relao ao E-GSM. Diminui tambm a distncia entre os
enlaces, passando a 6 MHz.
A banda passante tem 39 MHz de largura, portanto, e sustenta 195 canais de RF.
Fase 1
Fase inicial, oferecia :
- Telefonia (voz);
- Chamadas de emergncia;
- SMS (mensagens curtas) ponto a ponto e ponto multiponto;
- Dados sncronos e assncronos (0.3 a 9.6 kbps);
- Transmisso de pacotes assncronos.
Fase 2
- Servios de e-mail;
- Voz a meia taxa (half rate). Esse servio permite ampliar o nmero de usurios,
abrindo mo de certa parcela da qualidade da voz;
- Melhoras no SMS;
- Servios de dados, como informaes sobre tempo, clima, esportes, entre outros;
- Transmisso sncrona e dedicada de pacotes;
- Servios adicionais como identificador de chamadas, chamada restrita,
teleconferncia.
Fase 2+
Introduziu o servio de dados por pacotes em altas taxas de transmisso (GPRSGeneral Packet Radio Service) na rede GSM. Mais detalhes sero abordados frente.
2.1 Componentes
Componentes GSM.
2.1.1 Estao mvel(MS)
A estao mvel constituda de um equipamento mvel (Mobile Equipment- ME), e
um mdulo de identidade do assinante, (Subscriber Identity Module - SIM), geralmente
um chip.
2.1.1.1 - Equipamento Mvel - ME
Cada equipamento mvel tem um nmero de identificao chamado identidade
internacional do equipamento mvel (International Mobile Equipment Identity - IMEI).
Esses nmeros so armazenados no registro de identidade e equipamento (Equipment
Identity Register - EIR), estudado mais a frente. o prprio aparelho celular.
So trs tipos :
- Veicular : geralmente uma antena na parte externa do veculo;
- Estao Mvel Porttil : Composto por uma maleta.
- Estao Mvel (handset) : Composto por um telefone de pequeno porte.
Esses trs tipos possuem caractersticas diferentes que fazem a comunicao da MS com
a BSS depender do tipo de aparelho. A BSS, portanto, precisa saber qual o tipo de
aparelho para implementar a comunicao. Para resolver esse problema, a MS envia
uma mensagem inicial que carrega as seguintes informaes :
- Reviso : identifica a fase do padro GSM adotada. As fases mais recentes conseguem
realizar todos os servios das anteriores, mas o contrrio no acontece. Logo, quando
duas fases distintas se comunicam, os servios implantados so os da fase mais antiga;
- Algoritmo de Criptografia : diz qual o algoritmo de criptografia usado na MS. Na
fase 1 h somente o algoritmo A5, enquanto na fase 2 existem os algoritmos A5/0 e
A5/7;
- Capacitao de Freqncias : dependendo do padro GSM adotado pela MS, o
aparelho utiliza uma das faixas de freqncia - 850 MHz, 900 MHz, 1.800 MHz ou
1.900 MHz - , como citado no tpico Padro GSM. A mensagem inicial deve,
portanto, indicar em que faixa de freqncias ser feita a comunicao. Existem
celulares que operam nas 4 faixas, num modo conhecido como modo quatro (quadri-
mode);
- Capacitao do Servio de Mensagens Curtas (Short Message Service SMS) :
informa se a MS est preparada para receber ou enviar mensagens curtas;
2.1.1.2 - Mdulo de Identidade do Assinante SIM
Esse mdulo consiste em um carto inteligente (smart card) que carrega informaes
essenciais para a identificao do assinante. Geralmente um chip que se conecta ao
telefone celular. O processamento dos servios e suas tarifaes so realizados a partir
das informaes contidas nesse chip, e no no aparelho celular. Sendo assim, o
assinante pode retirar seu chip, encaixar em outro aparelho e realizar uma chamada com
seu prprio nmero, o que ser tarifado em nome do dono do chip.
O SIM carrega as seguintes informaes, cuja utilizao ser estudada mais adiante :
- Identidade internacional do assinante (International Mobile Subscriber Identity
IMSI);
- Identidade temporria do assinante (Temporary Mobile Subscriber Identity TMSI);
- Identidade da rea de localizao (Location rea Identity LAI);
- Chave de autenticao do assinante (Subscriber Authentication Key Ki);
- Nmero internacional ISDN (Integrated Service Digital Network) da estao mvel
(Mobile Station Integrated Servicer Digital Network MSISDN).
2.1.2 Sistema de estao base (BSS)
O sistema de estao base responsvel por conectar a MS com o sistema de comutao
de rede (NSS). A MS envia um sinal BSS, que o capta e dele extrai as informaes.
Essas informaes so enviadas rede. No outro sentido, a BSS recebe os dados vindos
da rede, e constri um sinal cujas informaes a MS capaz de extrair.
A BSS formado por trs elementos. Um para captar sinais da MS e enviar outros para
a mesma, outro para comandar o primeiro e se comunicar com a rede. O terceiro auxilia
o segundo na comunicao com a MSC. Os trs esto detalhados abaixo :
2.1.2.1 Estao transceptora base (BTS)
A BTS (Base Transceiver Station) implementa conexes com as MSs atravs da
interface area. formada por Hardware de radiofreqncia e antenas, basicamente.
Essas estaes ficam sempre ligadas ao BSC, e ambos controlam gerenciam os canais
de trfego.
2.1.2.2 Controlador de estao base (BSC)
O BSC (Base Station Controller) responsvel por controlar um grupo de estaes
transceptoras base (BTSs). Todas as operaes de uma BTS so comandadas pelo
respectivo BSC.
Atravs de uma matriz de comutao digital, as BSCs conectam os canais de RF com os
circuitos terrestres provenientes da central de comutao celular (MSC), um
componente do sistema de comutao de rede. Com essa tcnica, o BSC capaz de
realizar handovers entre os canais de RF independente da MSC, o que otimiza o trfego
na interface area e reduz o trabalho da MSC.
2.1.2.3 Transcodificador (XCDR)
A MSC envia sinais de voz a uma taxa de 64 Kbits/s. Se os canais de voz PCM a essa
taxa fossem trasmitidos direto na interface area, sem modificao, iriam ocupar uma
faixa muito extensa da banda de RF, o que diminuiria o nmero de possveis canais de
voz na interface area.
informaes so :
- Estado da estao mvel (livre / ocupado/ no responde);
- Identidade de rea de localizao (Location Area Identity - LAI);
- Identidade temporria do assinante mvel (Temporary Mobile Subscriber Identity
TMSI);
- Nmero da estao mvel visitante (Mobile Station Roaming Number MSRN).
A cpia desses dados mantida no VLR por um tempo determinado pelo operador de
rede (especificado em minutos ou horas).
A seguir discutiremos os papis dessas identidades associadas ao assinante e estao
mvel.
2.1.3.4 Identidades de um usurio em um sistema GSM
Para identificar um usurio em um sistema GSM usa-se algumas identidades, cujas
estruturas e funes sero apresentadas agora:
2.1.3.4.1 Identidade internacional do assinante mvel
A identidade internacional do assinante mvel (International Mobile Subscriber
Identity) identifica a MS internamente rede GSM. transmitido apenas na fase inicial
da chamada. No consiste no nmero que discamos para realizar uma chamada, e sim
um nmero que identifica o assinante dentro da rede GSM. Para que a implementao
seja mais fcil, esse nmero parecido com o nmero que discamos (MSISDN,
mencionado mais frente).
O IMSI formado por trs campos :
- Cdigo mvel do pas (Mobile Country Code MCC) : trs dgitos (12 bits) que
identificam a operadora de telefonia mvel em um certo pas.
- Cdigo da rede mvel (Mobile Network Code MNC) : dois (8 bits) dgitos que
identificam a rede PLMN local do assinante mvel (por exemplo, Rio de Janeiro = 21);
- Nmero de identificao do assinante mvel (Mobile Subscriber Identification
Number MSIN) : com at dez dgitos (40 bits), esse nmero identifica o assinante
dentro de uma PLMN (por exemplo, 98876550). Veja que pode haver o mesmo MSIN
em outra PLMN, associado a outro assinante.
2.1.3.4.2 Identidade de rea de localizao (LAI)
A LAI (Location Area Identity) o nome dado a um conjunto de clulas da PLMN.
Tipicamente, uma LAI contm 30 clulas. Quando o assinante passa de sua LAI para
outra, o VLR identifica sua presena e percebe que no h dados do perfil desse
assinante. Utilizando a rede de sinalizao, solicita esses dados do HLR (1, na figura
abaixo).
O HLR ento retorna esses dados para o VLR, que os armazena em uma memria
RAM/flash, por um perodo determinado pelo operador da rede. Enquanto guarda essa
cpia, o VLR no consulta o HLR (2, na figura abaixo).
O usurio pode ou no exigir esse servio. Caso ele exija, a implementao feita da
seguinte forma :
1) Aps o VLR adquirir os dados do HLR, comea a troca de informaes entre a BSS e
a MS. Caso a confidencialidade esteja prevista, o VLR aloca o TMSI, de quatro octetos;
2) Aps alocar um TMSI, o VLR associa-o ao respectivo IMSI e guarda em uma tabela,
em memria RAM ou flash;
3) As informaes transmitidas pela BSS passam a ser direcionadas a esse nmero
TMSI em vez do IMSI, o que evita o monitoramento pela interface area;
4) A MS passa a usar o TMSI tambm. O nmero TMSI com 32 bits iguais a 1 usado
como invlido pelo carto SIM.
O nmero TMSI registrado no carto SIM da MS.
2.1.3.4.4 Nmero Internacional ISDN da estao mvel (MSISDN)
O MSISDN (Mobile Station International Integrated Service Digital Network) usado
para integrar a rede GSM rede pblica.
Formado por trs campos, o nmero que os usurios mais conhecem. Um campo
informa o pas de origem, outro a PLMN e outro o nmero do mvel. O MSISDN
552199988887, por exemplo, do Brasil (cdigo 55), da PLMN do Rio de Janeiro (21),
com o nmero 99988887. Em diferentes PLMNs pode-se usar o mesmo nmero. por
isso que quando estamos viajando (ou seja, em outra PLMN) e discamos um nmero
esquecendo de fazer uma ligao DDD na qual informamos o cdigo da PLMN - , a
ligao cai em um nmero existente, mas dentro da PLMN em que somos visitantes.
Enquanto a ligao DDD (Discagem Direta Distncia) exige que informemos o cdigo
da PLMN (NDC National Destination Code), a DDI (Discagem Direta Internacional)
exige o NDC e o cdigo do pas (CC Country Code).
Quando um usurio da RTCP chama um usurio mvel, disca seu MSISDN, dentro do
formato da ligao. A MSC converte o MSISDN para um IMSI, pois a rede GSM usa o
IMSI internamente. Para isso, usa uma tabela de encaminhamento. O mvel acessado,
ento, pelo seu IMSI.
2.2 Interfaces
Como j foi comentado anteriormente, o principal foco do sistema GSM foi o de
permitir que o maior nmero possvel de usurios pudessem ser integrados. As
interfaces e protocolos dele devem ser, portanto, padronizados e flexveis, de forma a
poder incorporar elementos de diferentes fabricantes.
Uma interface precisa prover os aspectos fsicos dos meios de transmisso, o
interfuncionamento e a implementao dos servios e aplicaes mveis entre os
elementos da rede GSM. Abaixo segue uma viso genrica das principais interfaces do
GSM.
- Canal de voz com meia taxa (Half Rate Speech Channel TCH/HS) : taxa de 5,6
kbits/s.
Canais usados para o transporte de dados no modo de comutao de circuitos :
- Canal de dados com taxa plena (Data Channel Full Rate TCH/F9.6) : taxa de 9,6
kbits/s;
- Canal de dados com taxa plena (TCH-F4.8) : taxa de 4.8 kbits/s;
- Canal de dados com taxa plena (TCH/F2.4) : taxa de at 2,4 kbits/s;
- Canal de dados com meia taxa (Data Channel Half Rate TCH/H4.8) : taxa de 4,8
kbits/s;
- Canal de dados com meia taxa (TCH/H2.4) : taxa de 2,4 kbits/s.
A arquitetura GPRS, implantada na gerao 2.5G prov trfego de dados por pacotes.
Foram disponibilizados, para tanto, canais de transporte de dados no modo de
comutao de pacotes, que sero estudados na sesso GPRS.
2.2.1.2 Canais de controle (Control CHannel CCH)
Os canais de controle transportam informaes de sinalizao e controle entre a MS e a
BTS. Tal como os canais de trfego, so organizados em multiquadros, mas com 51
quadros TDMA. Da mesma forma que para os canais de trfego, pode-se calcular a
durao de um multiquadro de controle : 51 quadros x 8 ITCs x 577 s por ITC = 235,4
ms.
- Canal de notificao (Notification Channel NCH) : Usado quando a BTS envia uma
mensagem de notificao para um grupo de MSs ou em chamadas de voz por difuso.
Grupo canal de controle por difuso (Broadcast Control CHannel BCCH) : Formado
por canais que operam apenas no enlace direto, ou seja, servem para difundir mensagens
sobre a rede para as MSs. Os canais que o sompem so :
- Canal de controle por difuso (Broadcast Control CHannel BCCH) : leva
informaes como identidade da clula, lista de clulas vizinhas, LAI, lista de
freqncias usadas pela clula e indicador de controle de potncia;
- Canal de difuso para as clulas (Cell Broadcast CHannel CBCH) : Usa o servio de
mensagens curtas (Short Message Services SMS) para enviar a todas as MSs na rea
de cobertura de uma BTS informaes como resultados de jogos, condies do trnsito,
etc;
- Canal de sincronismo (Synchronizing CHannel SCH) : leva dados necessrios ao
sincronismo da comunicao, como o nmero do quadro TDMA e o cdigo da BTS;
- Canal de correo de freqncia (Frequency Correction CHannel FCCH) : Usado
pela MS para sintonizar-se na portadora de RF.
2.2.1.2.1 Tipos de multiquadro de controle
Como j mencionado, multiquadros so conjuntos de quadros. A organizao dos
quadros em um multiquadro implementa a ordem das mensagens de controle, sendo
assim a espinha dorsal da interface, em relao ao controle.
Existem dois tipos de multiquadros de controle : um para os canais de controle dedicado
(DCCH/8), e outro para canais de controle comum e por difuso (BCCH/CCCH).
Multiquadro BCCH/CCCH
Uma portadora de RF, como j visto, suporta 8 usurios, que se dividem nos 8
intervalos (slots) de um quadro TDMA. No slot 0 de cada quadro, na verdade,
empregado o multiquadro BCCH/CCCH.
Sua estrutura est descrita abaixo. O enlace direto dividido em ciclos, enquanto o
reverso exclusivamente destinado ao canal RACH, que prov o pedido de acesso da
MS BTS, em qualquer instante.
Multiquadro DCCH/8
Esse multiquadro comporta 8 canais dedicados cada um a um usurio. Cada canal
SDCCH (D0, D1, ...) est associado a um SACCH (A0, A1, ...). A diferena entre os
enlaces feita para permitir que a MS receba a mensagem e produza a resposta.
Note que durante a transmisso pela interface area muito exposta. Perder bits no
processo de transmisso seria ento algo muito comum, e isso inviabilizaria o sistema
GSM. No entanto, alguns processos foram criados de forma a detectar e corrigir essas
perdas. Dois processos so os maiores responsveis pela robustez da interface area
GSM : a codificao convolucional e o interleaving.
A codificao convolucional um mtodo que duplica o nmero de bits, a fim de se
evitar a perda de bits simples.
O interleaving um processo semelhante transposio de mensagens, em criptografia.
Com uma mensagem sem interleaving, ao se perder uma faixa de dados (processo
chamado desvanecimento ou fading), fica difcil remontar a mensagem, pois a faixa de
bits seria consecutiva. Com o interlaving a mensagem s enviada aps a transposio.
Assim, se acontecer o desvanecimento, quando o processo inverso transposio for
executado, os bits perdidos no sero consecutivos, facilitando a correo da mensagem.
A figura abaixo ilustra o interleaving.
2.2.3 Interface A
A interface A conecta a BSC MSC. Deve permitir a integrao de BSCs e MSCs de
diferentes fabricantes, sendo uma MSC ligada a vrias BSCs. implementada em um
enlace PCM de 2.048 kbits/s.
A camada 3 oferece procedimentos adicionais para controlar recursos de RF, que
utilizam o nvel 4 da Sinalizao por Canal Comum Nmero 7 (SCC#7, ver tpico
Protocolos GSM). usado, nesse nvel, o subsistema de controle de conexo de
sinalizao (Signaling Connection Control Part SCCP) para transportar mensagens.
A camada 2 baseada nos nveis 2 e 3 da SCC#7 (ver protocolos GSM), usando o
Camada 2 da interface A.
A fim de se obter um sistema flexvel, o sistema de sinalizao por canal foi dividido
em dois subsistemas : o subsistema de transferncia de mensagem (Message Transfer
Part MTP) e o subsistema de usurios (User Part UP).
2.3.1.1 MTP
O MTP tem a funo de estabelecer um caminho de comunicao de sinalizao que
interligasse os diversos subsistemas de usurios que necessitam de sinalizaes uns dos
outros. , portanto, comum a todos os subsistemas de usurios.
O MTP dividida em trs nveis :
- Nvel 1 : Camada fsica, responsvel pela padronizao das caractersticas fsicas e
funcionais do enlace de dados de sinalizao, e o meio para acess-lo. O meio de
transmisso digital tem taxa de transmisso de 64 kbits/s;
- Nvel 2 : Camada de enlace, que garante a integridade do enlace usado na
comunicao. Corrige e detecta erros, delimita as mensagens, controla a seqncia das
mensagens enviadas, entre outros;
- Nvel 3 : Camada de rede, que trata as mensagens de sinalizao, encaminhando-as
para o destino certo, e gerencia a rede, garantindo que os caminhos possam ser traados
da origem ao destino.
2.3.1.2 UP (nvel 4)
Define funes especficas para cada tipo de usurio, como telefonia, dados, RDSI, ou
outros. Cada tipo de usurio tem suas particularidades, tendo que ser tratado por
protocolos diferentes ao integrarem-se rede.
Abaixo a figura ilustra os subsistemas de usurios.
- Subsistema de usurio para a rede digital de servios (Integrated Service Digital
Network User Part ISUP) : Integra a rede RDSI rede GSM;
- Subsistema de aplicao do sistema de estao base (Base Station System Application
Part BSSAP) : conecta a BSS MSC;
- Subsistema de aplicao da capacitao de transaes (Transaction Cpabilities
Application Part TCAP) : oferece servios no orientados conexo;
- Subsistema de controle de conexo de sinalizao (Signaling Connection Control Part
SCCP) : fornece funes adicionais ao MTP para servios orientados ou no
conexo (veja o tpico Camada 3 da interface A).
3 Tecnologia GPRS
Com a evoluo da internet, os usurios de telefones mveis no ficariam satisfeitos
apenas com a telefonia celular. Querem tambm passar e-mails, receber informaes, e
outros servios oferecidos pela internet. Querem, em suma, acessar a internet atravs do
celular.
O problema que a segunda gerao de celulares preparou-se para oferecer telefonia
digital, mas no para acessar internet. A internet transporta dados por pacotes, atravs
do protocolo IP e para que a rede mvel seja adaptada internet, preciso que os dados
sejam organizados tambm em pacotes.
Foi criada ento a tecnologia GPRS (General Packet Radio Services), cuja essncia
possibilitar o trfego de dados por pacotes para que a rede de telefonia celular possa ser
integrada internet. O sistema GSM com o GPRS integrado recebeu o nome de gerao
2.5G, que foi uma evoluo essencial nas telecomuniucaes.
3.2.4 Protocolos
Abaixo sero descritos, de forma simplificada, os protocolos principais da rede GPRS.
importante lembrar que, no nvel de rede, a rede GPRS usa os protocolos da internet,
TCP, UDP, IP, PPP, entre outros de interface com o computador. Abaixo a figura ilustra
as camadas de protocolos na rede GPRS.
PDCCH).
A figura abaixo ilustra os canais lgicos da arquitetura GPRS.
tempo, da BTS para vrias MSs. Cada PTCCHD/D est, portanto, relacionado a vrios
PTCCH/Us.
Note que alguns canais lgicos GPRS possuem a mesma funes de outros canais da
rede GSM, mas adaptados para a transferncia de dados por pacotes. A seguir, alguns
canais GPRS e os GSM correspondentes: PRACH e RACH, PPCH e PCH, PAGCH e
AGCH, PNCH e NCH, PBCCH e BCCH. Dependendo da configurao da rede, os
canais de controle GPRS podem ser substitudos pelo seu equivalente GSM.
3.2.5.1 Mapeamento dos canais lgicos nos canais fsicos
Os canais lgicos PDCH so implementados no canal fsico atravs da estrutura de
multiquadro, de 52 quadros.
A estrutura de um multiquadro est representada abaixo, onde os blocos de rdio
carregam o canal lgico. A operadora pode especificar quais canais lgicos sero
transportados em cada bloco.
4 Tecnologia EDGE
A tecnologia EDGE (Enhanced Data Rates for GSM Evolution) caracteriza a gerao
2.75G, posterior 2G ou 2.5G.
Sua principal funo aumentar a eficincia do sistema GPRS, motivo pelo qual
tambm conhecida como GPRS Melhorado (Enhanced General Packet Radio Services
EGPRS).
As principais diferenas em relao rede GPRS so :
- Protocolos de acesso interface Um com novas facilidades;
- Modulao 8-PSK (8-state Phase Shift Keying);
- Novos procedimentos de codificao de canal.
4.1 Arquitetura EDGE
A rede EDGE idntica GPRS, exceto pela interface area. Apenas a MS e a BTS
sofrem mudanas com o sistema EDGE, portanto. Essas mudanas visam suportar,
principalmente, a modulao 8-PSK e os novos tipos de codificao.
A interface area EDGE suporta as interfaces GSM e GPRS.
4.2 Modulao 8-PSK
A tecnologia EDGE utiliza as modulaes GMSK, parte da GSM, e 8-PSK. A ltima
um novo esquema de modulao que usa 8 smbolos, definidos por 3 bits. A GMSK
utiliza 1 bit, podendo gerar 2 smbolos diferentes.
A importncia dessa modulao transmitir dados trs vezes mais rpido que na
GMSK, que transmitia a 270,833 kbits/s. A 8-PSK transmite, portanto, a 812,45 kbits/s.
4.3 Codificao do canal
O sistema EDGE utiliza nove esquemas de codificao do canal de voz. Cinco deles
usam a modulao 8-PSK e os outros, a modulao GMSK. Os diferentes modos de se
codificar os canais so, a verdade, otimizaes visando a diminuio de erros e o
aumento da taxa de transmisso de dados.
Com esses esquemas novos, a mesma tecnologia GPRS teve seu desempenho
melhorada em larga escala. A figura abaixo compara alguns parmetros entre GPRS e
EDGE.
Telecommunications System).
O objetivo era migrar os sistemas de celulares de segunda gerao para os de terceira
gerao. O sistema GSM tem a evoluo natural para UMTS, enquanto o sistema
CDMA IS-95 evolui naturalmente para o CDMA 2000. A figura abaixo mostra a
evoluo histrica resumida dos sistemas de celulares.
interface Iur-g. A rede GERAN (GSM EDGE Radio Access Network) a rede at a
gerao 2.75, que inclui, portanto, GSM, GPRS e EDGE.
5.2.1 Interface Iu
Conecta CN e UTRAN. Suas principais funes so :
- Interconectar o subsistema RNS com os pontos de acesso rede CN dentro de uma
PLMN, independente do fabricantes desses componentes;
- Suportar todos os servios UMTS;
- Permitir o interfuncionamento com o sistema GSM.
5.2.2 Interface Iur
Permite a troca de informao de sinalizao entre RNCs dentro de uma mesma
UTRAN. Seus objetivos so :
- Suportar interconexes de RNCs de diferentes fabricantes;
- Separar as funcionalidades entre redes de RF e de transporte, para que novas
tecnologias possam implementar mudanas nos dois aspectos de forma especfica;
- Realizar o interfuncionamento entre as redes UTRAN e GERAN.
Referncias
- SVERZUT, J.R. - Redes GSM, GPRS, EDGE e UMTS Uma evoluo a caminho
da terceira gerao (3G), Ed rica, 2005;
- M Rahnema - Overview of the GSM system and protocol architecture Communications Magazine, IEEE, 1993 - ieeexplore.ieee.org;
- G Brasche, B Walke Concepts, services, and protocols of the new GSM phase 2+
generalpacket radio service - Communications Magazine, IEEE, 1997 ieeexplore.ieee.org;
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