Treino Competências Sociais - JOVENS PDF
Treino Competências Sociais - JOVENS PDF
Treino Competências Sociais - JOVENS PDF
Superviso Pedaggica
(2 ciclo de estudos)
ii
Agradecimentos
Ao Prof. Doutor Manuel Loureiro, meu orientador, pela sua disponibilidade, pela
disponibilizao dos seus conhecimentos, conselhos e sugestes e pelo apoio que me deu ao
longo deste estudo. A sua orientao foi imprescindvel para a realizao deste trabalho de
investigao.
Ao Director da escola, pela sua autorizao e pela receptividade que demonstrou sempre
realizao deste projecto. Um agradecimento especial aos alunos que integraram este estudo,
pelo seu envolvimento na realizao das sesses e directora de turma pela forma sempre
prestvel e disponvel com que recebeu este projecto nas suas aulas.
Aos meus amigos, pela sua compreenso e disponibilidade ao longo deste trabalho.
Agradeo minha amiga Joana, que apesar das centenas de quilmetros que nos separam,
esteve sempre disponvel para me ajudar neste projecto.
Agradeo minha amiga Alice, pela sua boa vontade e disponibilidade para me ajudar na
realizao deste estudo.
De modo especial, agradeo minha amiga Alzira pelo grande apoio, amizade e
companheirismo que teve para comigo, sempre disponvel para me ajudar e me dar fora.
Agradeo de um modo muito especial minha amiga Margarida, por toda a pacincia,
disponibilidade e ajuda ao longo destes meses. A sua amizade e o seu apoio permanente
foram fundamentais para a realizao deste trabalho.
minha famlia por todo o apoio, compreenso e pacincia e por tudo o que fizeram de
forma a que pudesse dedicar o meu tempo a este projecto.
iii
iv
Resumo
Este estudo tem como objectivos principais: 1) Adaptar e aplicar um programa de Treino de
Competncias Sociais a adolescentes; 2) Averiguar se a aplicao do programa teve influncia
nas atitudes dos alunos sobre as competncias sociais abordadas na interveno; 3) Avaliar a
satisfao dos alunos relativamente s sesses aplicadas.
Nesta interveno foram aplicadas sesses sobre as seguintes competncias sociais: Dar e
receber elogios; Expressar directamente os sentimentos e compreender os dos outros; Afirmar
os direitos; Lidar com a autoridade; Negociao na resoluo de conflitos e Resoluo de
problemas.
Participaram nesta investigao treze alunos do 8 ano de escolaridade, com idades
compreendidas entre os quinze e os dezoito anos. A interveno foi avaliada mediante o
recurso a tcnicas qualitativas, designadamente a aplicao de questionrios com itens tipo
Likert e de resposta aberta. Nas respostas aos questionrios sobre cada uma das sesses, os
alunos afirmaram ter gostado bastante das mesmas, considerando-as interessantes e elegendo
as dramatizaes como o aspecto que mais gostaram. Relativamente influncia da
interveno nas atitudes dos alunos para com as competncias sociais abordadas, verificou-se
em todas estas a mudana de uma atitude favorvel, para uma atitude muito favorvel.
Palavras chave
vi
Abstract
The main goals of this study are to: 1) adapt and apply a training program of Social Skills for
adolescents; 2) access whether the training program has influenced the behavior of the
students regarding the social skills addressed by the program; 3) evaluate the level of
gratification the students experienced throughout the work sessions.
In this intervention sessions were implemented on the following social skills: Giving and
receiving compliments; directly express the feelings and understand those of others; assert
rights; Dealing with authority; Trading in conflict resolution and resolution of problems.
Thirteen students of the 8th grade participated in this study with ages ranging between
fifteen and eighteen years old. The work sessions were evaluated using qualitative techniques
namely through the application of Likert-type scale and open-ended questions. In the
questionnaires of each work sessions the students expressed a positive opinion considering the
sessions interesting and electing the drama workshop as the one they most appreciated.
Overall the work sessions had a positive influence in the social skills of the students as they
progressed from good to a very good in their behavior assessment.
Keywords
Training Program of Social Skills, behaviors, role playing, adolescents.
vii
viii
ndice
1. Introduo
2. Mtodo
2.1 Objectivos
2.2 Sujeitos
2.3 Instrumentos
10
10
13
14
2.4 Procedimentos
3. Resultados
3.1 Atitudes dos alunos face s competncias sociais
15
18
18
abordadas na interveno
3.2 Motivao e satisfao dos alunos em relao s sesses do Treino
de Competncias Sociais.
3.3 Comportamentos dos alunos registados ao longo das sesses.
33
37
4. Discusso
42
Concluso
45
Referncias
47
Anexos
51
1. Reviso da Literatura
1.1 Comportamento socialmente competente
1.2 Competncias sociais nos adolescentes
1.3 Treino de Competncias Sociais
1.4 Aspectos metodolgicos a considerar
no Treino de Competncias Sociais
1.5 Comportamento assertivo
1.6 Negociao de conflitos e resoluo de problemas
2. Questionrio com itens tipo Likert
3. Livro de cdigos
4. Matrizes de dados
4.1 Matriz de dados do Pr-Teste
4.2 Matriz de dados do Ps-Teste
5. Programa de Treino de Competncias Sociais Manual
6. Pedido de autorizao ao Director da escola
ix
Lista de Figuras
Figura 1 Distribuio dos alunos por sexo
xi
xii
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Referencial de anlise dos dados de cada grupo
12
12
18
19
19
problemas.
Tabela 6 - Afirmao 4: Quando me zango com algum digo-lhe directamente o motivo
20
20
21
mais maduro.
Tabela 9 - Afirmao 7: Habitualmente peo desculpa quando fao uma asneira.
21
22
22
deciso.
Tabela 12 - Afirmao 10: Aprender a tomar decises pode ajudar-me a preparar
23
23
24
vou tomar.
Tabela 15 Afirmao 13: Saber negociar pode ajudar-me a conviver melhor com os
24
outros.
Tabela 16 Afirmao 14: Saber negociar pode ajudar-me a obter mais do que quero
25
numa situao.
Tabela 17 Afirmao 15: Quando tento negociar com algum costumo apresentar
25
26
de um conflito.
Tabela 19 Afirmao 17: Saber afirmar os meus direitos pode ajudar-me a evitar
26
27
xiii
Tabela 21 Afirmao 19: Quando acho que um direito meu no est a ser respeitado
27
28
28
29
me mais tarde.
Tabela 25 Afirmao 23: Costumo fazer elogios sinceros.
29
30
77
78
79
80
81
82
83
de sentimentos
Tabela 34 Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a relao com
84
a autoridade
Tabela 35 Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a resoluo
84
de problemas
Tabela 36 Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a negociao
85
de conflitos
Tabela 37 Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre afirmar os
85
direitos
Tabela 38 Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre dar e receber
86
elogios
Tabela 39 Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a expresso
86
de sentimentos
Tabela 40 Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a relao com
87
a autoridade
Tabela 41 Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a resoluo
87
de problemas
Tabela 42 Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a negociao
88
de conflitos
xiv
88
direitos
Tabela 44 Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre dar e receber
elogios.
89
xv
xvi
Captulo 1
Introduo
O presente estudo subordinado ao tema Treino de Competncias Sociais em alunos do
3Ciclo do Ensino Bsico insere-se na rea da Psicologia Social e pretende avaliar os efeitos
da aplicao de um programa de Treino de Competncias Sociais nos alunos, bem como a sua
receptividade e opinio relativamente ao mesmo.
Nos dias de hoje, os jovens deparam-se com situaes cada vez mais complicadas que exigem
um bom suporte de competncias sociais (LeCroy, 2008).
O conceito de competncia social segundo certos autores definido como uma afirmao de
si (Boisvert & Beaudry, 1983), ou como sinnimo de assertividade (Caballo, 1982). De acordo
com Caballo (1987), as competncias sociais para alm do aspecto comportamental aberto,
incluem variveis cognitivas tais como a capacidade de transformar e empregar a informao,
o conhecimento de comportamentos socialmente competentes, o conhecer as posturas
sociais, o conhecer os diferentes tipos de resposta, o ser capaz de tomar o lugar do outro, a
capacidade de identificar e resolver problemas sociais, o possuir estratgias que lhes
permitam analisar o comportamento social dos outros.
Um dos grandes problemas dos professores prende-se com a indisciplina na sala de aula. Os
alunos indisciplinados mostram-se desinteressados e revelam comportamentos sociais
inadequados. Da literatura na rea do comportamento social, fica-nos a sugesto de que
possvel aumentar e reforar o reportrio de competncias sociais de modo a promover
comportamentos adequados. Nos ltimos 30 anos, o Treino de Competncias Sociais tem sido
considerado como uma ptima soluo para alguns transtornos (Spencer, 2003).
Dada a crescente necessidade de prevenir comportamentos socialmente inadequados nos
adolescentes, elabormos a adaptao de um Treino de Competncias Sociais construdo com
base nos estudos de LeCroy e Rose, referidos por LeCroy (2008), sendo este treino um bom
exemplo de um programa preventivo (Lecroy, 2008). Tentmos deste modo, contribuir para
que as escolas do 3 Ciclo do Ensino Bsico possam ter um instrumento pronto a ser utilizado
por qualquer professor. Assim, considermos importante criar algo que pudesse ser utilizado e
servisse como uma mais-valia nas escolas.
O programa usado nesta interveno vai ter como base as onze competncias sociais que
foram seleccionadas, aps uma cuidada reviso da literatura sobre programas de Treino de
Competncias Sociais. Estas competncias so: Dar e receber elogios; Fazer pedidos;
Captulo 2
Mtodo
2.1. Objectivos
O objectivo geral deste estudo consiste na adaptao para a lngua portuguesa de um
programa de Treino de Competncias Sociais e na aplicao do mesmo a alunos do 3 Ciclo do
Ensino Bsico. Deste modo, foram colocadas as seguintes questes de investigao:
1. A aplicao do programa teve influncia nos conceitos dos alunos relativamente
s competncias sociais que foram alvo da interveno?
2. A aplicao do programa teve influncia nos comportamentos dos alunos
relativamente s competncias sociais que foram alvo da interveno?
3. Qual a motivao e satisfao dos alunos face s sesses aplicadas na
interveno?
2.2. Sujeitos
Participaram neste estudo treze adolescentes de uma turma do 8 ano de escolaridade com
idades compreendidas entre os quinze e os dezoito anos.
A escolha destes sujeitos foi feita com base na dimenso e nas caractersticas desta turma.
No aconselhvel aplicar este tipo de programas a grupos de grandes dimenses e por isso o
facto de esta turma ter apenas treze alunos pareceu-nos bastante razovel para realizar as
sesses com sucesso. Aps uma conversa com o Director da respectiva escola, que se mostrou
bastante disponvel para receber este projecto, conclumos que esta turma por ter sido
referenciada como uma turma problemtica ao nvel do comportamento, seria uma escolha
pertinente para a aplicao do Treino de Competncias Sociais.
Esta turma constituda por treze alunos, sendo relativamente maior o nmero de rapazes do
que de raparigas, como podemos observar na Figura 1.
5
Rapazes
Raparigas
8
14 Anos
15 Anos
18 Anos
14 Anos
15 Anos
18 Anos
Alcains
Castelo Branco
Retaxo
Escalos de Baixo
Termas de Monfortinho
1
4
0 irmos
1 irmo
2 irmos
3 irmos
Ainda relativamente ao agregado familiar, evidenciamos as habilitaes dos pais dos alunos
na Figuras 5 e na Figura 6.
4,5
4
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
4 Ano 6 Ano
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
4 Ano
6 Ano
1
1
2
9
De um modo geral, uma turma com muitos problemas de aproveitamento, na qual apenas
um dos alunos no est actualmente em risco de reprovar. Tambm ao nvel do
comportamento
existem
muitos
problemas,
havendo
vrios
alunos
com
famlias
Uma das alunas esteve presente em apenas duas das sesses, faltando a todas as outras, bem
como s restantes disciplinas, facto este que nos foi referido pela Directora de Turma.
2.3. Instrumentos
Na metodologia qualitativa estuda-se a realidade sem que esta seja fragmentada e
descontextualizada. Neste tipo de metodologia, as tcnicas de recolha de dados podem
diversificar-se no tempo (Almeida & Freire, 2003).
Um aspecto importante na investigao, quando est em causa uma apreciao de efeitos, de
mudanas ou de ganhos a existncia de dois ou mais momentos de avaliao (Almeida &
Freire, 2003). No presente estudo, foram utilizados trs instrumentos em diferentes
momentos da investigao.
10
A longa histria das atitudes na Psicologia Social permitiu que se tivessem desenvolvido
formas estruturadas de avali-las, atravs de diversos tipos de respostas observveis
relativamente a esse constructo inferido. A forma mais comum de medir atitudes atravs do
que se designou como escalas de atitudes. Esta tcnica parte do princpio que podemos medir
as atitudes atravs de crenas, opinies e avaliaes dos sujeitos acerca de um determinado
objecto, e que a forma mais directa de acedermos a esses contedos cognitivos atravs da
auto-descrio do posicionamento individual. As tcnicas de medida de atitudes e opinies
tm por objectivo a graduao da respectiva intensidade, possibilitando a ordenao dos
indivduos ao longo de uma escala. As escalas de atitudes e opinies visam superar, ao menos
parcialmente, esse subjectivismo, atravs da utilizao de um sistema pr-construdo de
proposies sobre as quais o inquirido toma posio. O conjunto de respostas obtidas permite
classificar directamente a intensidade da respectiva atitude ou opinio (Almeida & Pinto,
1995).
Uma destas escalas de atitudes a Escala tipo Likert que foi desenvolvida por Rensis Likert no
incio dos anos 30, tratando-se no entanto de um mtodo muito actual e bastante
popularizado (Sampieri, Collado & Lucio, 2006). Esta escala usada para registar o grau de
concordncia ou de discordncia com determinada afirmao sobre uma atitude, uma crena,
ou um juzo de valor (Tuckman, 2000). A tcnica de construo de escalas proposta por
Likert, permitiu aos investigadores prescindir da tarefa de avaliao dos juzes, e centrando o
processo nos sujeitos correspondentes. Neste caso, o modelo de medio deixava os
pressupostos psicofsicos, para se basear no modelo claramente psicomtrico: a prpria
resposta do indivduo que a localiza directamente em termos de atitude, e no existe nenhum
escalonamento priori dos estmulos. A principal diferena da tcnica de construo da
escala de Likert est no facto de a seleco das frases que compem a escala ser feita pelo
investigador, procurando frases que manifestem claramente apenas dois tipos de atitude:
uma atitude claramente favorvel e uma atitude claramente desfavorvel em relao a um
mesmo objecto, eliminando assim todas as posies neutras ou intermdias. A medida da
atitude do sujeito dada pelo seu posicionamento face ao conjunto destas frases. Sendo
muito mais econmica de construir e rpida de aplicar, este tipo de escala tornou-se muito
popular na avaliao de atitudes (Vala e Monteiro, 2006).
O questionrio com itens do tipo Likert foi construdo com base nas seis competncias sociais
que vo ser trabalhadas na interveno. Assim, est organizado em seis grupos de questes,
em que cada grupo mede a atitude dos alunos relativamente a determinada competncia
social, ou seja, cada grupo funciona como uma subescala. Cada grupo constitudo por
quatro questes, sendo duas destas sobre os contedos e as outras duas sobre os
comportamentos, relacionados com a dita competncia. Estas questes tm quatro itens de
resposta, pois considermos que o facto de haver um nmero par de respostas obrigaria a que
os alunos tomassem uma posio, positiva ou negativa, perante as afirmaes, evitando deste
modo, uma resposta de indeciso. Estes itens foram cotados atravs de uma atribuio de
11
valores hierarquizados, em que cada um deles tem uma posio de ordem e uma pontuao
associada. Assim, para cada grupo de questes somaram-se as ordens de todos os sujeitos e
dividiu-se o respectivo somatrio pelo nmero de sujeitos, de forma a obter a ordem mdia
desse grupo (Tuckamn, 2000).
Antes disso, comemos por fazer uma anlise descritiva da aplicao para cada um dos itens,
onde obtivemos para cada um destes, as frequncias absolutas e relativas dos alunos que
responderam Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir,Descreve bem
a minha maneira de pensar ou sentir, Descreve em parte a minha maneira de pensar ou
sentir e No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
As pontuaes obtidas no questionrio com itens do tipo Likert aplicado foram analisadas de
acordo com o seguinte referencial:
Tabela 1
Referencial de anlise dos dados de cada grupo
4
7
Atitude
muito
desfavorvel
10
Atitude
pouco
favorvel
13
16
Atitude
muito
favorvel
Atitude
favorvel
Dentro de cada grupo fizemos tambm uma anlise aos subgrupos existentes em cada grupo
de questes. As duas primeiras afirmaes de cada grupo avaliam a atitude dos alunos face
aos contedos, enquanto as ltimas duas avaliam a atitude sobre os seus comportamentos
face competncia em questo. Esta anlise pode ser feita de acordo com o seguinte
referencial:
Tabela 2
Referencial de anlise dos dados de cada subgrupo
2
3,5
Atitude
muito
desfavorvel
5
Atitude
pouco
favorvel
6,5
Atitude
favorvel
8
Atitude
muito
favorvel
Para analisarmos as pontuaes obtidas em cada item, construmos um livro de cdigos com
os seguintes elementos: contedos, item, categorias, cdigos e colunas. Este livro de cdigos
serviu como codificador da matriz de resultados, na qual foram registadas as pontuaes
obtidas no questionrio e que dever ser analisada. A matriz possui linhas e colunas, onde as
linhas representam os alunos e as colunas os valores registados em cada questo.
12
13
14
2.4 Procedimentos
A presente investigao consistiu na aplicao de seis sesses de um programa de Treino de
Competncias Sociais. O programa original constitudo por onze sesses seleccionadas aps
uma reviso cuidada da literatura (LeCroy, 2008). Este programa foi traduzido da lngua
inglesa para a portuguesa e adaptado, de forma a ser utilizado como um instrumento de
Treino de Competncias Sociais em alunos do 3 Ciclo do Ensino Bsico.
Devidas as circunstncias e as limitaes temporais, foram aplicadas seis sesses das onze que
constituem o programa completo. De acordo com Spence (2003), deve haver um esforo para
seleccionar as competncias sociais que empiricamente se constatam serem as mais vlidas.
Ou seja, as competncias trabalhadas devem ser aquelas que podem promover relaes
interpessoais de sucesso nos alunos. Como tal, a escolha das mesmas foi realizada em
conjunto com a Directora de Turma, para que as competncias escolhidas fossem de encontro
s necessidades dos alunos aos quais o programa foi aplicado.
Foram realizadas seis sesses, com os seguintes temas: Dar e receber elogios; Afirmar os
direitos; Identificar como se sentem os outros e expressar directamente os sentimentos (visto
que as duas esto relacionadas com sentimentos, optmos por adaptar uma sesso que
contemplasse ambas); Lidar com a autoridade; Resoluo de problemas; e Negociao na
resoluo de conflitos.
Este estudo incidiu numa turma de treze alunos, do 8 ano de escolaridade do ensino bsico,
com idades compreendidas entre os quinze e os dezoito anos e as sesses foram realizadas na
aula de Formao Cvica, com a periodicidade de uma vez por semana. Estas sesses foram
realizadas entre os meses de Abril e Maio de 2011 e tiveram a durao de quarenta e cinco
minutos.
A interveno foi avaliada mediante o recurso a tcnicas qualitativas, designadamente a
aplicao de questionrios com itens tipo Likert, a aplicao de questionrio com questes
abertas e fechadas e a realizao de observao directa.
Previamente interveno, foi aplicado aos alunos um questionrio com itens do tipo Likert,
que serviu como um pr-teste. Os alunos mostraram-se receptivos realizao deste
questionrio e no apresentaram dificuldades na interpretao das questes elaboradas.
Ao longo de cada sesso, realizou-se uma observao directa participante aos alunos, onde
foram registadas por escrito descries de situaes consideradas pertinentes para o presente
estudo.
No final de cada sesso, aplicou-se aos alunos um questionrio com algumas questes de
respostas abertas e fechadas, com o objectivo de obter o feed-back dos alunos
relativamente sesso aplicada.
15
16
17
Captulo 3
Resultados
Nas subseces que se seguem, iremos apresentar os resultados obtidos no presente estudo.
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
8,3%
33,3%
41,7%
16,7%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
58,3%
41,7%
0%
0%
% de
alunos
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
18
Tabela 4
Afirmao 2: Compreender os sentimentos dos outros pode ajudar-me a lidar melhor com
eles.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
25%
58,3%
16,7%
0%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
50%
50%
0%
0%
% de
alunos
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Tabela 5
Afirmao 3: Costumo colocar-me no lugar dos outros quando estes tm problemas.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
66,7%
8,3%
25%
0%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
41,7%
58,3%
0%
0%
% de
alunos
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
19
Tabela 6
Afirmao 4: Quando me zango com algum digo-lhe directamente o motivo pelo qual
estou zangado.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
50%
33,3%
16,7%
0%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
10
% de
alunos
83,3%
16,7%
0%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Tabela 7
Afirmao 5: Saber lidar com a autoridade pode ajudar-me a conviver melhor com os
adultos.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
8,3%
25%
50%
16,7%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
50%
50%
0%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
20
Tabela 8
Afirmao 6: Saber lidar com a autoridade pode mostrar aos outros que sou mais maduro.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
8,3%
8,3%
50%
33,3%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
11
% de
alunos
8,3%
91,7%
0%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Tabela 9
Afirmao 7: Habitualmente peo desculpa quando fao uma asneira.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
41,7%
50%
8,3%
0%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
50%
4,7%
8,3%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
21
Tabela 10
Afirmao 8: Assumo sempre os meus erros
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
41,7%
4,1%
0%
16,7%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
58,3%
25%
16,7%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Tabela 11
Afirmao 9: importante pensar nas situaes antes de tomar uma deciso.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
41,7%
25%
16,7%
16,7%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
58,3%
41,7%
0%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
22
Tabela 12
Afirmao 10: Aprender a tomar decises pode ajudar-me a preparar decises futuras que
sero mais difceis.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
25%
33,3%
41,7%
0%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
58,3%
41,7%
0%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Tabela 13
Afirmao 11: Penso sempre vrias vezes antes de tomar uma deciso.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
33,3%
8,3%
33,3%
25%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
58,3%
25%
16,7%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
23
Tabela 14
Afirmao 12: Analiso as vantagens e as consequncias das decises que vou tomar.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
41,7%
16,7%
25%
16,7%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
41,7%
58,3%
0%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Tabela 15
Afirmao 13: Saber negociar pode ajudar-me a conviver melhor com os outros.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
33,3%
41,7%
8,3%
16,7%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
58,3%
41,7%
0%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
24
Tabela 16
Afirmao 14: Saber negociar pode ajudar-me a obter mais do que quero numa situao.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
33,3%
25%
25%
16,7%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
41,7%
58,3%
0%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Tabela 17
Afirmao 15: Quando tento negociar com algum costumo apresentar vrias solues
para resolver o problema.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
16,7%
41,7%
33,3%
8,3%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
41,7%
58,3%
0%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
25
Tabela 18
Afirmao 16: Tenho em conta os pontos de vista dos outros na resoluo de um conflito.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
25%
33,3%
25%
16,7%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
25%
66,7%
8,3%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Tabela 19
Afirmao 17: Saber afirmar os meus direitos pode ajudar-me a evitar situaes onde os
outros me tratam de forma injusta.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
25%
25%
33,3%
16,7%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
10
% de
alunos
83,3%
16,7%
0%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
26
Tabela 20
Afirmao 18: Afirmar os meus direitos de forma correcta pode ajudar-me a ter mais do
que desejo.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
33,3%
33,3%
16,7%
16,7%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
16,7%
66,7%
16,7%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Tabela 21
Afirmao 19: Quando acho que um direito meu no est a ser respeitado reajo de forma
agressiva.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
33%
0%
50%
16,7%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
50%
41,7%
16,7%
8,3%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
27
Tabela 22
Afirmao 20: Tenho dificuldade em afirmar-me, mesmo quando acho que pem em causa
os meus direitos.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
41,7%
8,3%
25%
25%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
41,7%
50%
8,3%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Tabela 23
Afirmao 21: Se elogiar algum quando fizerem algo por mim, provvel que faam
outras coisas por mim.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
16,7%
41,7%
16,7%
25%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
41,7%
41,7%
16,7%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
28
Tabela 24
Afirmao 22: Ao fazer um elogio posso encorajar a outra pessoa a elogiar-me mais tarde.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
41,7%
16,7%
16,7%
25%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
58,3%
50%
16,7%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Tabela 25
Afirmao 23: Costumo fazer elogios sinceros.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
50%
41,7%
8,3%
0%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
75%
25%
0%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
29
Tabela 26
Afirmao 24: Fico envergonhado(a) quando me fazem um elogio.
Prteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
N de
alunos
% de
alunos
33,3%
16,7%
8,3%
41,7%
Psteste
Descreve muitssimo
bem a minha maneira
de pensar ou sentir.
Descreve bem a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
Descreve em
parte a minha
maneira de
pensar ou sentir.
N de
alunos
% de
alunos
75%
25%
0%
0%
No descreve a
minha maneira
de pensar ou
sentir.
As pontuaes obtidas na escala do tipo Likert aplicada foram analisadas de acordo com a
Tabela 1.
O primeiro grupo de questes tinha como objectivo avaliar a atitude dos alunos para com a
competncia de saber expressar os seus sentimentos e compreender os dos outros.
Neste grupo, a mdia obtida no pr-teste foi de 12,17, o que revela uma atitude favorvel
dos alunos face a esta competncia.
No ps-teste, a mdia obtida foi de 14,33, o que revela uma atitude muito favorvel dos
alunos perante esta competncia. Comparando estas respostas com aquelas que foram dadas
pelos alunos no primeiro questionrio, verificou-se uma evoluo relativamente a esta
competncia, em que os alunos alteraram a sua atitude favorvel para uma atitude muito
favorvel face expresso de sentimentos e compreenso dos sentimentos dos outros.
Podemos tambm fazer uma anlise aos subgrupos existentes em cada grupo de questes. As
duas primeiras afirmaes de cada grupo avaliam a atitude dos alunos face aos contedos,
enquanto as ltimas duas avaliam a atitude sobre os seus comportamentos face
competncia em questo. Esta anlise pode ser feita de acordo com a Tabela 2.
No pr-teste, a mdia das pontuaes do subgrupo de respostas referente aos contedos de
4,92, o que evidencia uma atitude pouco favorvel relativamente aos contedos relacionados
com a expresso de sentimentos. No entanto, nos itens referentes aos comportamentos a
30
pontuao mdia foi de 6,75, o que revela uma atitude muito favorvel para com esta
competncia.
No ps-teste, a mdia das pontuaes do subgrupo de respostas referente aos contedos de
6,42, o que evidencia uma atitude favorvel relativamente aos contedos relacionados com a
expresso de sentimentos. Nos itens referentes aos comportamentos, a pontuao mdia foi
de 7,25 o que revela uma atitude muito favorvel para com esta competncia. Em ambos os
subgrupos verificmos um aumento da pontuao relativamente ao primeiro questionrio
aplicado, sendo este mais significativo ao nvel dos contedos, pois os alunos evoluram de
uma atitude pouco favorvel para uma atitude favorvel, relativamente expresso de
sentimentos.
No segundo grupo de questes do pr-teste, a mdia das pontuaes foi 10,58, o que revela
uma atitude favorvel, em relao autoridade. Observando o subgrupo de questes
respeitante aos contedos, verificmos que o resultado mdio de 4,17 mostra que existe uma
atitude pouco favorvel relativamente autoridade. Porm, no subgrupo respeitante aos
comportamentos, observmos que existe uma atitude favorvel com uma pontuao mdia de
6,42.
No ps-teste, a mdia das pontuaes foi 13,42 que revela uma atitude muito favorvel, em
relao autoridade. Deste modo, constatmos que ocorreu uma mudana na atitude dos
alunos, que alteraram a sua atitude de favorvel, para muito favorvel. Observando o
subgrupo de questes respeitante aos contedos, verificmos que o resultado mdio de 6,58
mostra que existe uma atitude muito favorvel relativamente autoridade, contrariamente
atitude pouco favorvel demonstrada no primeiro questionrio. Tambm no subgrupo
respeitante aos comportamentos observmos que os alunos mudaram a sua atitude favorvel,
para uma atitude muito favorvel, com uma pontuao mdia de 6,83.
No terceiro grupo de questes, a mdia das pontuaes no pr-teste foi de 11,08 o que
reflecte uma atitude favorvel, relativamente resoluo de problemas. No que diz respeito
ao subgrupo de afirmaes sobre os contedos, a mdia das pontuaes foi de 5,75, o que
mostra uma atitude favorvel face resoluo de problemas. Tambm no subgrupo referente
aos comportamentos, os alunos mostraram ter uma atitude favorvel, com uma pontuao
mdia de 5,33.
No ps-teste, a mdia das pontuaes foi de 14,00 o que reflecte uma atitude muito favorvel
relativamente competncia de resoluo de problemas. Comparando com os resultados do
questionrio aplicado antes da interveno, verificmos que estes passaram de uma atitude
favorvel, para uma atitude muito favorvel relativamente resoluo de problemas. No que
diz respeito ao subgrupo de afirmaes sobre os contedos, a mdia das pontuaes foi de
7,17, o que mostra uma atitude muito favorvel face a esta competncia. Tambm no
subgrupo referente aos comportamentos, os alunos mostraram ter uma atitude muito
31
favorvel, com uma pontuao mdia de 6,83. Em ambos os subgrupos os alunos mudaram a
sua atitude de favorvel, para muito favorvel, relativamente ao questionrio inicial.
O grupo de questes relacionado com a negociao de conflitos teve no pr-teste uma
pontuao mdia de 11,00, revelando que os alunos tm uma atitude favorvel para com esta
competncia. Ao analisarmos os resultados dos subgrupos de questes, verificmos que ambos
demonstram uma atitude favorvel, com valores de 5,67 e 5,33.
Este mesmo grupo de questes teve no ps-teste uma pontuao mdia de 13,58, mostrando
que os alunos evoluram de uma atitude favorvel para uma atitude muito favorvel, face a
esta competncia. Ao analisarmos os resultados dos subgrupos de questes, verificmos que
ambos demonstram uma atitude muito favorvel, respectivamente com os valores 7,00 e
6,58. Houve portanto uma alterao de uma atitude favorvel, para muito favorvel,
comparativamente aos resultados do primeiro questionrio.
No quinto grupo de questes, averigumos a atitude dos alunos para com a competncia de
afirmar os direitos. A mdia das pontuaes obtidas no pr-teste foi de 10,25, o que revela
uma atitude favorvel face a esta competncia. Analisando a mdia do subgrupo de questes
relacionado com os contedos, verificmos que os alunos tm uma atitude muito desfavorvel
face aos mesmos, com um valor de 2,92. No entanto, o resultado de 4,83 no subgrupo
referente aos comportamentos mostra que os alunos tm uma atitude pouco favorvel face a
esta competncia.
No ps-teste verificmos que a mdia das pontuaes obtidas foi de 13,58, o que revela um
aumento significativo comparativamente com o resultado obtido no primeiro questionrio
realizado. Assim, os alunos passaram de uma atitude favorvel, para uma atitude muito
favorvel em relao a esta competncia. Analisando a mdia do subgrupo de questes
relacionado com os contedos, verificmos que os alunos tm uma atitude desfavorvel face
aos mesmos, com um valor de 4,25. Apesar de ter havido uma melhoria face atitude muito
desfavorvel apresentada no questionrio realizado antes das sesses, os alunos ainda no
revelam ter uma atitude favorvel relativamente aos contedos sobre a afirmao dos
direitos. No entanto, o resultado de 6,75 no subgrupo referente aos comportamentos mostra
que os alunos tm agora uma atitude muito favorvel para com esta competncia, o que
contrasta com a atitude pouco favorvel revelada no questionrio aplicado antes da
interveno.
Por ltimo, no pr-teste a mdia das pontuaes do grupo de questes relacionado com o dar
e receber elogios foi de 11,25, o que revela uma atitude favorvel face a esta competncia.
Ao observarmos os resultados dos subgrupos, verificamos que existe uma atitude favorvel no
que diz respeito aos comportamentos dos alunos, com uma pontuao de 6, bem como para
com os contedos, com uma pontuao mdia de 5,25.
32
No ps-teste, a mdia das pontuaes foi de 13,75, o que revela uma atitude muito favorvel
sobre dar e receber elogios. No primeiro questionrio, os alunos revelaram uma atitude
favorvel em relao a esta competncia, tendo por isso havido uma alterao de atitude
para muito favorvel. Ao observarmos os resultados dos subgrupos, verificmos que existe
uma atitude muito favorvel no que diz respeito aos comportamentos dos alunos, com uma
pontuao de 6,67, bem como para com os contedos, com uma mdia de 7,08. Ou seja,
tambm ao nvel dos dois subgrupos os alunos modificaram a sua atitude de favorvel para
muito favorvel.
33
. Nove dos treze alunos inquiridos consideraram no haver nada que no tivessem gostado na
sesso e os restantes alunos no apresentaram qualquer resposta.
. Cinco dos alunos inquiridos afirmaram ter gostado bastante da sesso, tendo os restantes
respondido que gostaram da mesma.
Analisando as respostas dadas, podemos concluir que todos os alunos gostaram da sesso e
que mantm o entusiasmo relativamente s dramatizaes realizadas nas sesses.
Terceira sesso
O questionrio relativo sesso da negociao de conflitos teve por parte dos alunos, as
seguintes respostas:
. Todos os alunos consideraram a sesso interessante e engraada.
. Oito dos treze alunos inquiridos elegeram as dramatizaes como o aspecto que mais
gostaram na sesso, trs deles afirmaram ter gostado de tudo, um dos alunos referiu que o
aspecto que mais gostou foi o facto de ter tentado perceber as coisas e outro aluno
escolheu como mais importante, o facto de ter aprendido a respeitar.
. Nove dos treze alunos que responderam ao questionrio referiram no ter havido nada que
no tivessem gostado na sesso, dois deles afirmaram no ter gostado do barulho que alguns
colegas fizeram durante a mesma, um deles disse no saber o que responder e outro afirmou
ter gostado de tudo.
. Mais de metade dos alunos inquiridos afirmaram ter gostado bastante da sesso, tendo os
restantes referido que gostaram da mesma.
. Quando questionados sobre quais os aspectos que gostariam ter visto abordados na sesso,
um dos alunos referiu que gostava de ter abordado os temas do racismo e da incompreenso
com as pessoas doentes, trs alunos responderam no saber, dois alunos afirmaram que
gostaram destes temas, e um aluno manifestou a vontade de ter mais teatro nas sesses.
Maioritariamente os alunos gostaram bastante da sesso, o que demonstra um aumento da
satisfao, em relao s sesses anteriores. Alguns alunos no gostaram do barulho de alguns
colegas, o que revela uma capacidade crtica relativamente ao mau comportamento dos
mesmos.
Quarta sesso
O questionrio relativo sesso da expresso e compreenso dos sentimentos teve por parte
dos alunos, as seguintes respostas:
. Todos os alunos, excepo de um, consideraram a sesso interessante e engraada.
34
. Metade dos doze alunos inquiridos elegeram as dramatizaes como o aspecto que mais
gostaram na sesso, quatro deles afirmaram ter gostado de tudo, um dos alunos referiu que
no gostou muito e outro aluno referiu que no havia nada em concreto que tivesse gostado
especialmente.
. Oito dos doze alunos que responderam ao questionrio referiram no ter havido nada que
no tivessem gostado na sesso, trs deles afirmaram no ter gostado de uma das
dramatizaes e um deles referiu que no gostou do facto de no ter compreendido uma das
dramatizaes.
. Sete dos doze alunos inquiridos afirmaram ter gostado bastante da sesso, tendo os
restantes referido que gostaram da mesma.
. Quando questionados sobre quais os aspectos que gostariam ter visto abordados na sesso,
um dos alunos referiu que gostava de ter abordado o tema da ajuda para com as pessoas
doentes, trs alunos responderam que queriam mais teatro, quatro alunos afirmaram que
estava tudo bem, dois alunos responderam que gostariam de ver abordado o tema da
amizade falsa e verdadeira e um aluno referiu que gosta sempre dos temas que so
abordados nas sesses.
Mais de metade dos alunos gostaram bastante da sesso, o que demonstra uma satisfao
relativamente s mesmas. Alguns alunos
35
. Quando questionados sobre quais os aspectos que gostariam de ter visto abordados na
sesso, um dos alunos afirmou no saber, outro dos alunos referiu que gostava de ter
abordado tambm o tema fazer crticas, trs alunos afirmaram que querem mais teatro nas
sesses, dois alunos referiram que gostariam de ter mais jogos e cinco dos doze alunos
consideraram no haver nada que no gostassem, pois estava tudo bem.
Metade dos alunos gostaram bastante da sesso, o que demonstra uma satisfao
relativamente s mesmas. Vrios alunos referiram ter gostado das dramatizaes e do jogo,
manifestando a vontade de ter mais sesses com estas actividades. Considero tambm
relevante o facto de um aluno ter referido que o que mais gostou foi ter aprendido muito
nesta sesso.
Sexta sesso
O questionrio referente sesso que abordou a competncia da resoluo de problemas teve
por parte dos alunos, as seguintes respostas:
. Todos os alunos consideraram a sesso interessante e engraada.
. Seis dos doze alunos inquiridos elegeram o jogo como o aspecto que mais gostaram na
sesso, cinco deles afirmaram ter gostado de tudo, e um dos alunos referiu que o teatro foi
aquilo que mais gostou.
. Dez dos doze alunos que responderam ao questionrio referiram no ter havido nada que
no tivessem gostado na sesso e dois deles no responderam questo.
. Oito dos doze alunos inquiridos afirmaram ter gostado bastante da sesso, tendo os
restantes referido que gostaram da mesma.
. Quando questionados sobre quais os aspectos que gostariam de ter visto abordados na
sesso, quatro alunos responderam que queriam mais teatro, metade dos alunos consideraram
no haver nada que no gostassem pois estava tudo bem, e dois alunos responderam no ter
sugestes porque pensavam que estava bem assim.
A maioria dos alunos gostou bastante da sesso, o que demonstra uma satisfao
relativamente s mesmas. Vrios alunos referiram ter gostado das dramatizaes e do jogo,
manifestando a vontade de ter mais sesses com estas actividades.
Fazendo uma anlise geral a todas as respostas dadas pelos alunos ao longo das sesses, penso
que podemos considerar como relevante, o facto de maioritariamente terem respondido que
consideraram as sesses interessantes e engraadas e que gostaram bastante das mesmas.
Observmos tambm, que os alunos salientaram as dramatizaes como sendo o aspecto que
mais gostaram ao longo das sesses.
36
Relativamente ao que menos gostaram, na maioria das vezes os alunos responderam que no
tinham nada a salientar neste ponto, pois gostaram de tudo o que foi feito nas sesses,
havendo apenas algumas referncias ao desagrado perante comportamentos menos correctos
de determinados colegas. Quando questionados sobre que outros aspectos gostariam de ver
abordados nas sesses, alguns alunos referiram que gostariam de ver temas como a
descriminao perante a doena e o que consideram ser os amigos falsos e verdadeiros. No
entanto, a grande maioria respondeu que gostava de todos os temas que estavam a ser
abordados e por essa razo, no tinham outros a sugerir.
37
16h32min: A aluna D diz que a filha deveria ter dado graxa aos pais, para que estes a
deixassem sair. A aluna E refere que a filha no deveria ter dito que saa de casa sem
autorizao e que deveria pedir desculpa aos pais.
16h38min: A aluna E pede, de forma entusiasta, para voltarmos a fazer dramatizaes nas
prximas sesses.
Protocolo de Observao
3 de Maio de 2011
Durante os perodos de observao colhi os seguintes dados:
1. Uma descrio geral da aula, focando o comportamento dos alunos.
2. Notas individuais sobre determinados alunos.
3. Notas sobre a interaco professor-aluno.
4. Notas sobre a interaco aluno-aluno.
5. Notas sobre a postura e a forma de estar dos alunos na sala de aula.
16h10min: A aluna A no esteve presente na ltima sesso e tenta integrar-se num dos dois
grupos em que a turma se dividiu. Ambos os grupos se mostraram pouco receptivos entrada
da colega no seu grupo.
16h12min: A professora chama vrias vezes os alunos ateno, por causa do barulho.
16h15min: A aluna B pede a uma colega para se calar, pois quer ouvir o que est a ser dito.
16h30min: Na anlise s dramatizaes, o aluno C referiu que para afirmarmos os nossos
direitos no precisamos recorrer violncia.
16h31min: O aluno D diz que devamos tentar explicar o nosso ponto de vista aos outros.
16h32min: A aluna B afirma que os colegas representaram muito bem a situao do
comportamento passivo.
Protocolo de Observao
4 de Maio de 2011
Durante os perodos de observao colhi os seguintes dados:
1. Uma descrio geral da aula, focando o comportamento dos alunos.
2. Notas individuais sobre determinados alunos.
3. Notas sobre a interaco professor-aluno.
4. Notas sobre a interaco aluno-aluno.
5. Notas sobre a postura e a forma de estar dos alunos na sala de aula.
12h15min: A aluna R referiu que devemos dar graxa, quando queremos pedir algo aos pais.
12h16min: O aluno B diz que no precisa pedir aos pais para sair noite, pois estes deixam-no
sair sempre.
16h17min: Na anlise s dramatizaes, a aluna C referiu ser importante fazer uma
negociao em casa e prometer fazer algo em troca, quando se faz um pedido aos pais.
38
12h35min: Na anlise ao exerccio sobre as possveis respostas dos professores, o aluno L disse
que no queria colocar-se no lugar dos professores porque no gostava nenhum. Questionei-o
acerca do motivo, mas o aluno no conseguiu justificar-se.
12h36min: O aluno L afirmou a necessidade da existncia de regras na sala de aula,
justificando que seno houvesse regras no se conseguia dar uma aula.
12h37min: A aluna A disse que os professores tm como objectivo que os seus alunos tirem
boas notas.
12h40min: O aluno D referiu que gostava muito deste tipo de aulas.
Protocolo de Observao
17 de Maio de 2011
Durante os perodos de observao colhi os seguintes dados:
1. Uma descrio geral da aula, focando o comportamento dos alunos.
2. Notas individuais sobre determinados alunos.
3. Notas sobre a interaco professor-aluno.
4. Notas sobre a interaco aluno-aluno.
5. Notas sobre a postura e a forma de estar dos alunos na sala de aula.
16h00min: A professora repreende alguns alunos pela forma como esto sentados nas
cadeiras. Estes ripostam dizendo que no estavam a fazer nada de mal.
16h10min: A aluna A disse que na sesso anterior falaram na negociao de conflitos, o aluno
M disse que era necessrio ter calma, apresentar as razes e entrar num acordo.
16h15min: A aluna A referiu que para criar empatia com as pessoas era necessrio que a outra
pessoa tambm se colocasse no nosso lugar.
16h20min: O aluno B referiu no ter compreendido a representao dos colegas.
16h21min: O aluno C disse que na dramatizao, os colegas deveriam ter sido mais
expressivos ao tentarem demonstrar os seus sentimentos.
16h22min: Alguns alunos referiram que a dramatizao no foi muito clara, no se tendo
recebido por isso a mensagem.
16h25min: A aluna A referiu que na primeira dramatizao, um dos elementos deveria ter dito
ao colega que tinha ficado triste por ter ralhado com ela, pois no tinha errado por mal.
16h26min: O aluno M disse que na 2 representao, os amigos tentaram ajudar o colega e
tentaram pr-se no lugar dele.
Protocolo de Observao
25 de Maio de 2011
Durante os perodos de observao colhi os seguintes dados:
1. Uma descrio geral da aula, focando o comportamento dos alunos.
2. Notas individuais sobre determinados alunos.
3. Notas sobre a interaco professor-aluno.
4. Notas sobre a interaco aluno-aluno.
39
40
41
Captulo 4
Discusso
Seguidamente, passaremos a discutir as respostas s questes de investigao orientadoras do
nosso estudo:
1. A aplicao do programa teve influncia nos conceitos dos alunos relativamente s
competncias sociais que foram alvo da interveno?
2. A aplicao
do
programa
teve influncia
nos
comportamentos
dos
alunos
42
43
de determinados colegas. Quando questionados sobre que outros aspectos gostariam de ver
abordados nas sesses, alguns alunos referiram que gostariam de ver temas como a
descriminao perante a doena e o que consideram ser os amigos falsos e verdadeiros. No
entanto, a grande maioria respondeu que gostava de todos os temas que estavam a ser
abordados e por essa razo, no tinham outros a sugerir.
A anlise conjunta s dramatizaes mostrou que os alunos reflectiram de modo pertinente
sobre as mesmas, como podemos constatar nos seguintes registos de observao:
A aluna E refere que a filha no deveria ter dito que saa de casa sem autorizao e que
deveria pedir desculpa aos pais.
O aluno C referiu que para afirmarmos os nossos direitos no precisamos recorrer
violncia.
O aluno D diz que devamos tentar explicar o nosso ponto de vista aos outros.
O aluno M disse que era necessrio ter calma, apresentar as razes e entrar num acordo.
A aluna A referiu que para criar empatia com as pessoas era necessrio que a outra pessoa
tambm se colocasse no nosso lugar.
O aluno B disse que os elogios que fazemos tm que ser sinceros.
O aluno F referiu que quando recebemos um elogio obrigatrio dizermos pelo menos
obrigado.
O aluno F referiu que ao recebermos um elogio devemos mostrar que fizemos por merec-lo
e agradecer.
Apesar deste grupo de alunos ter um histrico familiar e escolar problemtico, demonstrou
sempre bastante interesse em participar nas actividades que eram propostas. O facto de as
sesses no terem um formato fundamentalmente terico, mas sim baseado na prpria
opinio e participao dos alunos, motivou-os a exprimir as suas opinies de forma
interessada e empenhada. As dramatizaes foram sempre bastante satisfatrias e a discusso
conjunta feita no final das mesmas, teve sempre por parte dos alunos uma anlise bastante
pertinente.
44
Concluso
Consideramos que o presente trabalho, apesar das suas limitaes (ter sido aplicado num
nico grupo e a realizao de apenas seis sesses), pode servir como base para que outros
estudos de investigao sejam desenvolvidos neste mbito. Podemos aconselhar um estudo
mais exaustivo, no qual sejam aplicadas a totalidade das onze sesses, pois poderia traduzir
resultados mais slidos e uma maior possibilidade de tirar concluses.
Consideramos tambm que as sesses podero ter resultados ainda mais produtivos e
satisfatrios, se forem um pouco mais longas. Como dispnhamos dos quarenta e cinco
minutos da aula de Educao Cvica no nos foi possvel estender a durao das mesmas, mas
julgamos que sesses mais longas permitem um maior tempo para o debate e para a anlise
das concluses retiradas pelos alunos.
A realizao deste estudo poder contribuir para dotar a comunidade educativa de um
manual de Treino de Competncias Sociais, que servir como um instrumento prtico e
aplicvel aos alunos do 3 Ciclo do Ensino Bsico, sob forma de preveno ou correco de
comportamentos socialmente inadequados.
45
46
Referncias
Almeida, J. S. & Pinto, J. M. (1995). A Investigao nas Cincias Sociais. Lisboa: Editorial
Presena.
Almeida, L. S. & Freire, T. (2003). Metodologia da Investigao em Psicologia e Educao. (3a
ed). Braga: Psiquilibrios.
Bandura, A. (1976). Social learning theory. N.J.: Prentice-Hall.
Beck, J. S. (1997). Terapia Cognitiva: Teoria e Prtica. Porto Alegre: Artes Mdicas.
Boisvert, J. & Beaudry, H. (1983). Les difficults interpersonnelles et lentrainement aux
habilites sociales. in O. Fontaine, L. Cotttraux & R. Ladouver. Clinique de Thrapie
Comportementale. Bruxelles: Mardaga.
Caballo, V. (1982). Los componentes conductuales de la conducta asertiva. Revista de
Psicologia General y Aplicada, 37 (3), 473-486.
Caballo, V. (1987). Teoria, Evaluaton y entrenaimiento de las Habilidades sociales. Valncia:
Promolbro.
Caballo, V. E. (1996). Manual de Tcnicas de Terapia e Modificao do Comportamento (M. D.
Claudino, Trad.). So Paulo: Livraria Santos Editora Com. Imp. Ltda.
Caldeira, C. (1980). Anlise Sociopsiquitrica de uma comunidade teraputica. Dissertao
de Doutoramento, Faculdade de Medicina, Lisboa, Portugal. (no publicado).
Cruz, J. F., Gonalves R. A. & Machado P. P. (1989). Psicologia e educao : investigao e
interveno. Em: Actas do encontro internacional de interveno psicolgica na educao.
Porto: Associao dos Psiclogos Portugueses.
DZurilla, T. J. & Chang, E. C. (1995). The Relations Between Social Problem Solving and
Coping. Cognitive Therapy and Research, Vol.19, No.5, pp.574-562.
Durlak, J. A., & Wells, A. M. (1997). Primary prevention mental health programs for children
and adolescents: A meta-analytic review. American Journal of Community Psychology, 25,
pp. 115152.
Fachada, M. O. (1991). Psicologia das Relaes Interpessoais. Lisboa: Rumo.
Fernandes, E. (1990). Psicologia da Adolescncia e da Relao Educativa. Porto: Edies ASA.
47
48
49
50
ANEXOS
1. Reviso da Literatura
Na seguinte seco iremos apresentar uma anlise da literatura que considermos relevante
para o enquadramento terico do presente estudo.
51
as
competncias
sociais
de
civilidade
(apresentar-se,
agradecer,
52
53
podemos concluir que o sucesso nas relaes interpessoais determinado por muitos
factores relacionados com o prprio indivduo, com a reaco dos outros e com o contexto
social em que se est inserido (Spence, 2003).
No que diz respeito s dificuldades de relacionamento interpessoal devemos entender que:
(a) elas podem resultar de dfices no processo de desenvolvimento ou (b) reflectir atitudes e
estilos interpessoais dependentes de um estilo de processamento de informao social que
disfuncional. Ou seja, o que podemos categorizar como diferentes estilos de comportamento
social revela as estratgias que o indivduo desenvolveu para garantir que so satisfeitas
necessidades bsicas tais como a sobrevivncia ou a manuteno da ligao aos outros (Rijo
et al, 2005, p.62).
Estudos realizados por Lochman e Dodge (1994), citado em Spence (2003), demonstraram que
as crianas agressivas tendem a fazer interpretaes erradas do comportamento dos outros, o
que aumenta a possibilidade de desenvolverem respostas agressivas. Tambm um
comportamento agressivo pode receber um maior reforo positivo, entre o grupo de pares
com um comportamento desviante, do que uma hbil resoluo de conflitos (Spence, 2003).
Outro estudo concluiu que, tambm a perspectiva pessimista das crianas deprimidas um
factor que influencia um comportamento social desajustado (Garber, Weiss, & Shanley
referidos por Spence, 2003).
O tipo de relaes que as pessoas estabelecem depende do contexto e da vivncia onde esto
inseridas. A famlia, a escola e o grupo de amigos so determinantes para a espcie de
relaes que se formam nesse contexto (Fachada, 1991). As relaes interpessoais criadas ao
longo dos anos escolares so consensuais e baseadas no acordo e bem-estar mtuos, tendo
tendencialmente como base as caractersticas abstractas ou as disposies internas dos
sujeitos (La Cruz & Mazaira, 2001).
Segundo Fachada (1991), fundamental a necessidade de compreenso de si prprio para que
o relacionamento interpessoal se torne cada vez mais rico, positivo e maduro.
A forma como cada pessoa percepciona e compreende a relao interpessoal, uma condio
bsica que pode ser considerada como uma tomada de perspectiva social (Fachada, 1991). A
tomada de perspectiva social uma das estruturas de compreenso interpessoal e refere-se
capacidade progressiva do sujeito para diferenciar, coordenar e integrar as diferentes
perspectivas sociais sobre uma situao interpessoal, determinando os padres de
organizao de raciocnio e pensamento social (Campos & Holper, 1990). uma das
dimenses do desenvolvimento pessoal e implica determinados processos psicolgicos,
prprios da relao que estabelecemos com os outros (Fachada, 1991).
54
55
sociais
de
cada
indivduo
segunda
apresentao
desses
comportamentos numa situao social especfica. Assim, no basta que o indivduo tenha um
bom conjunto de competncias sociais para ter relaes interpessoais slidas e saudveis,
necessrio que apresente tambm uma boa competncia social. Esta caracteriza-se por uma
competncia social elaborada, que consiste em organizar pensamentos, sentimentos e
aces em funo dos seus objectivos e valores articulando-os s demandas imediatas e
mediadas pelo ambiente (Del Prette, e Del Prette, referidos por Vila, 2005, p.8). Segundo
(Vila, 2005), como diferentes contextos sociais exigem diferentes desempenhos sociais,
considera-se que a competncia social eficaz, quando o indivduo consegue avaliar e
articular as competncias sociais adequadas ao contexto social em que as situaes ocorrem.
Embora em contextos experimentais possamos demonstrar que mais provvel que
determinados comportamentos consigam um objectivo particular, uma resposta competente
, normalmente, aquela que a pessoa acredita ser apropriada para um indivduo numa
situao especfica (Caballo, 1996, p.364).
56
O enfrentar de novos desafios, como o aprender a lidar com as mudanas a nvel fsico,
negociar autonomia na sua relao com os pais, gerir conflitos e desenvolver uma crescente
intimidade nas relaes com os pares poder trazer alguma confuso e conflito para o
adolescente. So importantes as competncias
parentais de reduo
de conflito,
57
58
aprendizagem
auto-conhecimento
social
auto-gesto,
e
a
emocional
conscincia
abrangem
social
as
reas
como
relaes
sociais
59
60
. Os grupos proporcionam uma boa resposta aos sujeitos. Esta tanto poder ser uma resposta
positiva que incentive o treino de competncias, como uma resposta negativa sobre como
fazer com que as competncias paream mais realistas e aceitveis pelos outros.
. Os grupos proporcionam maior motivao para os jovens aprenderem as competncias
sociais. Estes preferem interagir uns com os outros enquanto aprendem as referidas
competncias. Como eles apreciam tais interaces, o grupo est mais motivado do que
estaria com um tratamento individual.
. D-se uma melhor aprendizagem, uma vez que h um grupo de pessoas com quem se
pratica. Isto porque os participantes podem praticar as competncias com pessoas diferentes
e aprender para responder a caractersticas nicas dos indivduos.
Um grupo proporciona uma situao social, na qual os participantes podem praticar com os
restantes elementos e faculta diferentes tipos de pessoas necessrias para criar a
representao de papis (Caballo, 1996).
Segundo Lange, Rimm e Loxely referidos por Caballo (1996), podemos considerar que as
quatro grandes etapas do treino de competncias sociais so as seguintes:
1. O desenvolvimento de um sistema de crenas que mantenha um grande respeito pelos
prprios direitos pessoais e pelos direitos dos demais.
2. A distino entre comportamentos assertivos, no assertivos e agressivos.
3. A reestruturao cognitiva da forma de pensar em situaes concretas
4. O ensaio comportamental de respostas assertivas em determinadas situaes.
Estas etapas no tm necessariamente que se realizar de forma consecutiva, at porque
algumas delas s vezes se misturam no tempo e podem ser readaptadas e modificadas de
diversas formas de acordo com a necessidade do sujeito (Caballo, 1996).
Muitos estudos realizados mostraram haver benefcios considerveis nos resultados dos
programas de Treino de Competncias Sociais. Algumas pesquisas concluram que havia fortes
resultados na melhoria de competncias sociais, quando os alunos eram expostos a treinos
intensivos de sessenta horas. A anlise de intervenes realizadas com alunos de risco, com
perturbaes emocionais e comportamentais, revela que os resultados mostraram uma
melhoria de 64% em relao aos sujeitos de controlo (Lecroy, 2008).
Num estudo mais compreensivo, Tobler e seus colaboradores referidos por LeCroy (2008),
examinaram, ao longo de vinte anos, estudos recentes realizados com crianas e
adolescentes. Na anlise a estes estudos, dividiram-se os programas entre interactivos e no-
61
interactivos, tendo-se verificado uma maior eficcia nos interactivos intensivos. Neste tipo de
programas, verificou-se um maior impacto na interveno quando esta tinha dezasseis ou
mais horas de durao, relativamente s intervenes que tinham apenas seis ou menos
horas. Esta anlise mostrou tambm haver grandes melhorias em programas que incluam
modelos de competncias de vida, competncias de recusa, assertividade, comunicao, e
estratgias de coping. Todos estes elementos so fundamentais num programa de Treino de
Competncias Sociais.
Wilson, Gottfredson e Najaka referidos por LeCroy (2008), tambm consideraram que os
programas de competncias sociais que usam mtodos comportamentais cognitivos eram
eficazes na reduo das taxas abandono, do nmero de faltas e do us o de substncias. Com
base neste estudo, Zins, Weissberg, Wang e Walberg referidos por LeCroy (2008), concluram
que havia razes para justificar claramente, a relao entre os programas promotores de
funcionamento psicossocial e a melhoria de atitudes, comportamentos e desempenhos
escolares.
Os estudos sugerem que os Treinos de Competncias Sociais por si s so incapazes de
produzir uma mudana significativa e duradoura em problemas psicopatolgicos ou nos
indicadores globais de competncia social. No entanto, estes tornaram-se um mtodo
amplamente aceite para o tratamento de muitos transtornos emocionais, comportamentais e
de desenvolvimento (Spence, 2003).
Podemos deste modo concluir que os estudos revelam que a aplicao de programas de Treino
de Competncias Sociais demonstra bons resultados. Estes programas so mais adequados
para crianas com perturbaes emocionais e comportamentais, mas tambm so ideais para
programas de interveno.
Em concluso, os programas de Treino de Competncias Sociais demonstraram bons resultados
em muitos estudos e parecem ser os mais adequados para crianas com perturbaes
emocionais e comportamentais, sendo tambm os ideais para programas cujo objectivo a
preveno (LeCroy, 2008).
Torna-se agora oportuno, fazer uma abordagem aos aspectos metodolgicos a considerar nos
programas de Treino de Competncias Sociais, que faremos na seco seguinte.
62
desejvel que o professor faa uma preparao prvia de cada uma das sesses de modo
que sejam disponibilizados todos os elementos necessrios e correctamente orientados
atravs de questes pertinentes. Aps cada sesso existe sempre um momento de debate e
partilha de opinies e sentimentos, por parte de alunos e professor, onde deve ser promovida
a troca de experincias entre os alunos.
Segundo Durlak et. al. (2010), importante que os objectivos de aprendizagem sejam
explicados de forma especfica e no de uma forma mais geral, pois os adolescentes querem
saber exactamente o que tm que aprender. Por exemplo, referir-lhes que espera-se que
aprendam a saber dizer no, a resolver problemas e assim por diante.
Trs das tcnicas mais usadas nos Treinos de Competncias Sociais so a discusso dirigida, o
brain storming e o role playing.
A discusso dirigida uma troca de ideias e informaes acerca de um tema polmico. Nesta
tcnica o professor desempenha o papel de moderador, elaborando um plano de questes que
iro ser colocadas aos alunos. A discusso dirigida no tem como objectivo avaliar os alunos,
mas promover uma aprendizagem atravs do debate em grupo, incutindo interaces
professor-aluno e aluno-aluno. No final do debate, o grupo dever chegar a uma concluso (La
Cruz & Mazaira, 2001).
O brain storming uma tcnica de grupo bastante eficaz, pois tem como objectivo conduzir a
um elevado nmero de ideias. Para dar incio ao brain storming coloca-se uma questo base
ou um problema ao grupo e dado algum tempo para que todos os elementos reflictam sobre
este. Depois disso pedido aos elementos do grupo que apresentem as suas solues. Nestas
sesses o professor ir colocar estas questes e um aluno tomar nota das solues
apresentadas pelos seus colegas. No final so discutidas as ideias que foram apresentadas e
registada (La Cruz & Mazaira, 2001).
Segundo La Cruz e Mazaira (2001), o role playing consiste na representao de uma situao
da vida real, onde duas ou mais pessoas assumem determinados papis. Esta dramatizao
pretende que os restantes elementos do grupo possam compreender facilmente a situao
representada. Deve ser representada da forma mais natural possvel, no se devendo por isso
interferir na dramatizao da mesma. Ao longo das sesses os alunos iro utilizar duas
variantes desta tcnica. Numa delas eles representam as prprias emoes e atitudes que
teriam perante determinada situao, na outra, denominado de role talking, o aluno
assume um papel onde dramatiza de acordo com o ponto de vista de outra pessoa, como do
prprio se tratasse. Esta ltima actividade permite uma boa comunicao interpessoal e um
bom desenvolvimento social e pessoal.
A tcnica da dramatizao promove o crescimento emocional ou afectivo, atravs da
representao de conflitos interpessoais. O objectivo desta tcnica estimular o auto-
63
64
Isto enfatiza a importncia de usar algum trabalho de casa durante as sesses, de forma a
incentivar o treino das competncias de modo generalizado, noutro contexto distinto.
Um dos conceitos fundamentais a ser trabalhado no Treino de Competncias Sociais o
comportamento assertivo, que vamos seguidamente abordar no prximo captulo.
65
consegue recusar, acaba por no ser capaz de fazer tudo aquilo a que se comprometeu da
forma mais correcta (Fachada, 1991).
Um indivduo com comportamento agressivo exprime os seus direitos de forma hostil,
tentando atravs de gestos ou palavras que os outros faam aquilo que pretende,
desrespeitando-os. Estas pessoas tendem a agir com uma postura reivindicativa face aos
outros. So frequentemente caracterizadas por terem uma postura de superioridade e agem
como se fossem intocveis, como algum que no comete erros nem falhas. Como o objectivo
principal do indivduo com um comportamento agressivo superiorizar-se e ter vantagem
relativamente aos outros, acaba por consegui-lo, na maioria das vezes, humilhando-os e
controlando-os de tal forma que estes no tm possibilidade de se defender. As pessoas com
um estilo agressivo dificilmente conseguem criar relaes ntimas e seguras (Fachada, 1991).
Um indivduo com comportamento auto-afirmativo defende os seus direitos tendo em conta os
direitos dos outros, manifestando a sua posio de forma clara, aberta e honesta. Esta
postura leva a que os outros tenham mais respeito por si e pela sua opinio (Serra, 1999).
O comportamento auto-afirmativo caracteriza-se pelo facto da pessoa se pronunciar de forma
serena e construtiva. As pessoas que tm este tipo de comportamento desenvolvem uma
capacidade de se relacionar com o mundo, privilegiando a responsabilidade individual
(Fachada, 1991).
A auto-afirmao pode tambm ser denominada de assertividade. Este termo tem a sua
origem no verbo to assert, que significa afirmar. Espera-se que o comportamento assertivo
conduza a um relacionamento mais forte e uma minimizao das emoes negativas,
enquanto no comportamento agressivo se prev uma relao tensa e com uma exacerbao
da dor, raiva e humilhao sentida pelo receptor (Rakos, 1991). O indivduo que age de forma
assertiva mantm o seu equilbrio psicolgico e favorece um bom clima na relao com os
outros (Fachada, 1991).
H alturas em que o indivduo precisa ser afirmativo na resposta a iniciativas tomadas por
terceiros. Por exemplo, quando necessita de recusar um pedido, de responder a crticas, de
aceitar um cumprimento, manter uma conversa ou eventualmente combinar encontros
futuros. Serra (1999), refere que importante afirmar de uma forma precisa aquilo a que no
se est disposto a aceder, mesmo nos casos em que fazem s pessoas solicitaes desejveis.
Iniciar uma conversa para quem tem uma grande ansiedade social pode ser uma situao
muito difcil. A ansiedade social uma experincia comum nos humanos e est relacionada
com a estrutura de grupos dos humanos e a sua organizao hierrquica (Gouveia, 2000) e
definida como um estado de ansiedade que resulta da perspectiva ou da presena da
avaliao inter-pessoal em contextos scias, reais ou imaginados (Schlenker & Leary referidos
por Serra, Gonalves & Firmino, 1986).
66
O sucesso em iniciar uma conversa envolve vrios nveis de competncias sociais, tais como a
identificao do momento adequado para a iniciar e a seleco de temas adequados para a
conversa. Ao iniciar uma conversa pode recorrer-se a vrios aspectos tais como actividades
em comum, um determinado aspecto da aparncia ou no comportamento que tenha sido
objecto de particular ateno, a algo que a pessoa esteja ocasionalmente a fazer, ou ento
pedir uma opinio ou conselho sobre algo em comum (Serra, 1999).
A fim de manter conversas uma pessoa pode dar informao fazendo um percurso em
superfcie ou em profundidade. Um conversa em superfcie como um jogo de domin, em
que uma pea tem que se ligar seguinte. Este tipo de conversa normalmente fcil de ser
prolongada mas no ajuda a criar grande entendimento nem amizade. Na conversa em
profundidade, cada um revela aquilo de que gosta, o que permite um maior conhecimento
mtuo. assim mais propcia a que se criem afinidades e relaes de amizade (Serra, 1999).
Segundo Serra (1999), pedir algo outra das situaes que so difceis para certas pessoas.
Muitas vezes no pedem porque consideram que os outros j subentenderam aquilo que
pretendem, ou ento por considerarem tratar-se de um acto que demonstra alguma fraqueza
ou at criar uma situao de futura subordinao. Pedir um favor a algum no algo
ofensivo e deve ser feito de forma clara e precisa, de modo que os outros entendam
exactamente aquilo que se pretende. O pedido deve ser feito num tom de voz calmo e
bastante perceptvel e vantajoso que a pessoa explique o motivo que a levou a faz-lo. O
assunto deve ser referido de forma clara e compreensvel, para que o outro entenda com
preciso o que deseja. Igualmente o deve fazer num tom de voz que se oua bem, com uma
postura calma e um contacto de olhos adequado, sendo desejvel que refira o motivo porque
est a pedir tal favor.
No que diz respeito a aprender a discordar, h pessoas que se sentem particularmente
nervosas nestas situaes, no entanto cada um deve sentir que tem o mesmo direito que os
outros a emitir a sua opinio. No deve faz-lo apenas para se ouvir mas deve efectu-lo
quando realmente tem uma outra perspectiva sobre o assunto e precisa de a exprimir (Serra,
1999).
Segundo Lemos (1999), o elogio assertivo raro e considera que os caminhos para este so:
ser breve e directo, elogiar actividades e resultados concretos, utilizar com frequncia o eu
ao elogiar, evitar comparaes com o passado e at com o futuro, elogiar quanto mais
depressa melhor e variar e graduar a forma do elogio. frequente sentirmos algum
desconforto devido a alguns preconceitos que se prendem com o facto de pensarmos que
presuno nossa concordar com um elogio ou que isso implica alguma sujeio. Isso pode
induzir a que o elogio seja recebido de forma passiva, minimizando-o, ou ento de forma
agressiva, com presuno ou desmerecimento pela opinio do outro. Devemos elogiar e
receber elogios com assertividade aceitando e agradecendo. Serra (1999), refere que existem
67
pessoas que se sentem embaraadas ao receber elogios o que regra geral se traduz numa
baixa auto-estima. A auto-estima est ligada s dimenses avaliativas e emocionais, um
indivduo auto-avalia-se atribuindo assim sentimentos de bom ou mau sua identidade
(Pereira, 1991). Como consideram que no tm valor, pensam que as pessoas esto enganadas
a seu respeito, ou ento que apenas o fizeram porque pretendem algo em troca.
Vrias definies apontam a expresso emocional como fundamental na assertividade. O
comportamento assertivo um comportamento interpessoal envolvendo uma expresso
relativamente simples e honesta de pensamentos, na qual os sentimentos e bem-estar dos
outros so levados em conta (Rimm & Masters referidos por Rakos, 1991, p.8).
Segundo La Cruz e Mazaira (2001), as primeiras investigaes feitas sobre a expresso facial e
as emoes remotam a Darwin, que considerou ter havido uma seleco ao longo do processo
de evoluo, nas expresses faciais que acompanham os sentimentos. Estas expresses visam
a transmisso de informao sobre o estado de esprito de cada um e tero evoludo de forma
a criar um cdigo universal. Plutchik (1980), considera a existncia de um conjunto de
emoes consideradas como bsicas, que ao combinarem entre si, do origem categoria de
emoes e sentimentos sociais. Para este autor, as emoes bsicas so a alegria, a
aceitao, o medo, a surpresa, a tristeza, o desagrado e a antecipao.
Apesar de existirem, j h algum tempo, processos para promover o comportamento autoafirmativo, foi s no princpio dos anos setenta que o Treino Auto-Afirmativo e de
Competncias Sociais se tornou proeminente em investigao (Matos, 1989).
Matos (1989), refere que o objectivo principal do Treino Auto-Afirmativo e de Competncias
Sociais aumentar as capacidades e competncias do indivduo para lidar com uma srie de
situaes interpessoais e/ou para diminuir qualquer ansiedade ou desconforto que possa
sentir nelas, permitindo, atravs duma aquisio geral de aptides, um aumento das
possibilidades de alcanar, com sucesso, os seus prprios objectivos.
Bornstein et. al. referido por Cruz (1989), examinou os efeitos de um programa de Treino
Competncias Sociais em crianas no assertivas. Estes encontraram uma vincada mudana de
comportamento aps e durante a aplicao do programa. Tambm descobriram que os efeitos
do programa tinham sido generalizados para outros contextos, na realidade exterior. Os
participantes de um programa de Treino de Competncias Sociais, devem ter bem presente
que um comportamento assertivo de forma geral, mais adequado que os outros tipos de
comportamento, ajudando os indivduos a exprimirem-se de forma livre e a atingir os
objectivos a que se propuseram (Caballo, 1996).
O uso de um comportamento assertivo conduz a uma maior eficcia na negociao de
conflitos e na resoluo de problemas. Na prxima seco, iremos fazer uma reflexo sobre
estas duas competncias.
68
69
alcanar os seus prprios objectivos sem a cooperao dos outros (Gunia, Thompson & Wang,
2010, p.491).
Segundo Jonhston et. al. (2005), ajudar os jovens a identificar os seus problemas e a definir
qual o seu objectivo aquando a resoluo de um determinado conflito, fundamental para
desenvolver pessoas de pensamento autnomo e responsveis.
Quando existe uma limitao da transigncia, estamos perante uma situao de autoridade.
esta a responsvel pela restrio e limitao dos desejos, sejam estes espontneos ou no, do
indivduo que alvo da mesma. A necessidade de autoridade acompanha-se inevitavelmente
de conflitos e contradies, de oposies de duas extremidades, sendo estas extremidades
indivduos, foras interiores ou elementos de estrutura. A autoridade pressupe a oposio
entre aquele que a detm e aquele que a sofre (Hannoun, 1975, p.70). Os adolescentes tm
muitas situaes de conflito resultantes da autoridade por parte dos pais e professores, por
exemplo.
O termo resoluo de problemas foi definido por DZurilla e Nezu referidos por DZurilla e
Chang (1995), como o processo cognitivo-behaviorista auto-direccionado, pelo qual um
indivduo tenta identificar ou descobrir maneiras efectivas ou adaptativas para lidar com
situaes problemticas encontradas no dia-a-dia. De acordo com este ponto de vista, a
resoluo de problemas principalmente um processo consciente, racional, esforado e com
um determinado propsito que pode intensificar a competncia da pessoa para lidar
calmamente com grandes situaes de stress que lhe so colocadas (DZurilla & Chang, 1995).
A resoluo de problemas uma estratgia comportamental cognitiva que ensina processos
de pensamento/raciocnio a fim de ajudar as crianas e os adolescentes a enfrentar
interaces difceis (Lecroy, 2008, p.101). Assim, a resoluo de problemas pode implicar
mudanas significativas de vida (Beck, 1997).
Nezu e Nezu (1996), afirmam que a resoluo de problemas sociais o processo
metacognitivo pelo qual os indivduos compreendem a natureza dos problemas da vida e
dirigem os seus objectivos em direco modificao do carcter problemtico da situao
ou mesmo de suas relaes a ela.
A resoluo de problemas um desafio constante que se levanta diariamente aos seres
humanos. As pessoas que nestes aspectos revelam melhores aptides sociais so as que
apresentam um melhor bem-estar, fruto da sua competncia social. A resoluo adequada de
um problema contribui para o alcance de objectivos e para a realizao pessoal e passa por
quatro etapas:
1. Definio e formulao
2. Gnese de solues alternativas
70
3. Tomada de deciso
4. Implementao e verificao das solues
Estas etapas devem ser consideradas como um conjunto de tarefas especficas, dirigidas para
objectivos, que permitem a uma pessoa resolver com xito determinado problema (Vaz Serra,
1999). Se o resultado do processo no for satisfatrio, o indivduo dever retomar a sequncia
da resoluo de problemas, de forma a averiguar em que ponto este processo falhou (Rakos,
1991).
Segundo Beck, (1997), a dificuldade em tomar decises pode ser minimizada se o indivduo
catalogar as vantagens e desvantagens de cada opo, criando um sistema de pesagens para
cada item, que o permitir chegar a uma concluso que lhe parecer ser a melhor.
Ao promovermos o dilogo nos adolescentes, estes adquirem um mtodo para organizar o
problema de acordo com os seus sentimentos, as possveis causas para o problema e as
solues alternativas para o resolver, os passos que conduzem ao objectivo pretendido e as
consequncias dos mesmos. Colocando aos adolescentes questes do tipo: Como achas que
os outros se sentem?, Quais pensas que sero as consequncias?, O que mais podes
fazer?, estimula-se a que estes pensem sobre a situao para poderem dar a resposta (Clark
Jonhston et. al., 2005).
Serra (1987), refere que a um indivduo super-humano, que se desenvencilha com mais
facilidade dos seus problemas, podem ser-lhe identificadas, as seguintes caractersticas:
- Sente que tem controlo pessoal das situaes, procurando planear estratgias para a sua
resoluo.
- No se mostra propenso a pedir ajuda.
- Procura um confronto e uma resoluo activa dos problemas.
- No se abandona passivamente s situaes.
- Tem boas estratgias de controlo das emoes.
- No se deixa interferir nas suas rotinas dirias pelas ocorrncias indutoras de stress.
- Manifesta comparativamente um menor grau de agressividade.
Os estudos tm concludo que a capacidade para usar a resoluo de problemas, utilizada no
campo dos problemas sociais e interpessoais, um aspecto importante do comportamento
adaptativo. De facto, os dfices na capacidade de resoluo de problemas e nas competncias
71
72
2. Compreender os sentimentos dos outros pode ajudar-me a lidar melhor com eles.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
3. Costumo colocar-me no lugar dos outros quando estes tm problemas.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
4. Quando me zango com algum digo-lhe directamente o motivo pelo qual estou
zangado.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
5. Saber lidar com a autoridade pode ajudar-me a conviver melhor com os adultos.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
6. Saber lidar com a autoridade pode mostrar aos outros que sou mais maduro.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
7. Habitualmente peo desculpa quando fao uma asneira.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
73
74
14. Saber negociar pode ajudar-me a obter mais do que quero numa situao.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
15. Quando tento negociar com algum costumo apresentar vrias solues para resolver
o problema.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
16. Tenho em conta os pontos de vista dos outros na resoluo de um conflito.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
17. Saber afirmar os meus direitos pode ajudar-me a evitar situaes onde os outros me
tratam de forma injusta.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
18. Afirmar os meus direitos de forma correcta pode ajudar-me a ter mais do que
desejo.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
19. Quando acho que um direito meu no est a ser respeitado reajo de forma agressiva.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
75
20. Tenho dificuldade em afirmar-me, mesmo quando acho que pem em causa os meus
direitos.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
21. Se elogiar algum quando fizerem algo por mim, provvel que faam outras coisas
por mim.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
22. Ao fazer um elogio posso encorajar a outra pessoa a elogiar-me mais tarde.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
23. Costumo fazer elogios sinceros.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
24. Fico envergonhado(a) quando me fazem um elogio.
( ) Descreve muitssimo bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve bem a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) Descreve em parte a minha maneira de pensar ou sentir.
( ) No descreve a minha maneira de pensar ou sentir.
3. Livro de cdigos
Nesta seco, apresentamos o livro de cdigos utilizado para codificar as matrizes onde foram
inseridos os resultados obtidos no questionrio exposto na seco anterior.
76
Tabela 27
Livro de cdigos da matriz de dados sobre a expresso de sentimentos.
Contedo
Item
Categorias
Cdigos
Descreve em parte a
minha maneira de pensar
ou sentir.
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
3
2
2
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
3
3
2
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Colunas
3
4
2
77
Tabela 28
Livro de cdigos da matriz de dados sobre a relao com a autoridade.
Contedo
Item
Categorias
Cdigos
Atitude em
relao
autoridade
3
5
2
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Colunas
3
6
2
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Descreve em parte a
minha maneira de pensar
ou sentir.
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Descreve em parte a
minha maneira de pensar
ou sentir.
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
78
Tabela 29
Livro de cdigos da matriz de dados sobre a resoluo de problemas.
Contedo
Item
Categorias
Cdigos
3
9
2
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Descreve em parte a
minha maneira de pensar
ou sentir.
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Descreve em parte a
minha maneira de pensar
ou sentir.
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Descreve em parte a
minha maneira de pensar
ou sentir.
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
mais difceis.
Atitude na
resoluo de
problemas
Penso sempre vrias vezes
antes de tomar uma deciso.
Colunas
10
11
12
79
Tabela 30
Livro de cdigos da matriz de dados sobre a negociao de conflitos.
Contedo
Item
Categorias
Cdigos
3
13
2
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Descreve em parte a
minha maneira de pensar
ou sentir.
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
numa situao.
Atitude na
negociao
de conflitos
Quando tento negociar com
costumo
14
3
15
2
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Descreve em parte a
minha maneira de pensar
ou sentir.
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Colunas
16
2
80
Tabela 31
Livro de cdigo da matriz de dados sobre afirmar os direitos.
Contedo
Item
Categorias
Cdigos
ajudar-me
3
17
2
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Descreve em parte a
minha maneira de pensar
ou sentir.
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Descreve em parte a
minha maneira de pensar
ou sentir.
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Descreve em parte a
minha maneira de pensar
ou sentir.
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Atitude na
afirmao de
direitos
Quando acho que um direito
direitos.
Colunas
18
19
20
81
Tabela 32
Livro de cdigos da matriz de dados sobre dar e receber elogios.
Contedo
Item
Se
elogiar
algum
quando
Categorias
Cdigos
algo
por
mim,
3
21
2
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Descreve em parte a
minha maneira de pensar
ou sentir.
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Descreve em parte a
minha maneira de pensar
ou sentir.
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Descreve em parte a
minha maneira de pensar
ou sentir.
No descreve a minha
maneira de pensar ou
sentir.
Ao fazer um elogio
posso
Atitude no
dar e
receber
elogios
Costumo
fazer
elogios
sinceros.
Colunas
22
23
24
82
4. Matrizes de resultados
Nesta seco esto representadas as matrizes com os resultados obtidos na cotao do
questionrio que serviu de pr-teste e ps-teste interveno.
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno
10
Aluno
11
Aluno
12
Aluno
13
Mdia
Parcial
Coluna
1
4
1
3
2
3
2
2
3
1
Coluna
2
4
2
3
2
3
4
3
3
3
Coluna
3
4
4
4
3
4
4
2
4
4
Coluna
4
3
2
4
2
4
4
3
4
4
F
4,92
F
Mdia
Parcial
F
6,75
F
Mdia
Total
Total
15
9
14
9
14
14
10
14
12
14
10
11
F
12,17
83
Tabela 34
Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a relao com a autoridade.
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno
10
Aluno
11
Aluno
12
Aluno
13
Mdia
Parcial
Coluna
5
1
3
3
2
2
4
2
2
2
Coluna
6
1
1
1
2
2
4
2
2
1
Coluna
7
4
3
4
3
3
4
3
4
4
Coluna
8
4
1
4
4
3
4
1
4
3
F
4,17
F
Mdia
Parcial
F
6,42
F
Mdia
Total
Total
10
8
12
11
10
16
8
12
10
11
8
11
F
10,58
Tabela 35
Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a resoluo de problemas.
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno
10
Aluno
11
Aluno
12
Aluno
13
Mdia
Parcial
Coluna
9
4
3
3
1
4
4
1
3
4
Coluna
10
2
3
3
3
2
4
2
2
4
Coluna
11
2
1
2
1
3
4
1
4
4
Coluna
12
4
4
1
2
3
4
2
2
4
Total
12
11
9
7
12
16
6
11
16
16
10
F
5,75
F
Mdia
Parcial
F
5,33
F
Mdia
Total
F
11,08
84
Tabela 36
Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a negociao de conflitos.
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno
10
Aluno
11
Aluno
12
Aluno
13
Mdia
Parcial
Coluna
13
1
4
3
3
1
4
3
4
3
Coluna
14
1
4
1
2
4
4
4
2
3
Coluna
15
2
4
1
2
3
4
3
3
3
Coluna
16
1
3
1
2
4
4
2
3
4
Total
5
15
6
9
12
16
12
12
13
12
12
F
5,67
F
Mdia
Parcial
F
5,33
F
Mdia
Total
F
11
Tabela 37
Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a afirmao de direitos.
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno
10
Aluno
11
Aluno
12
Aluno
13
Mdia
Parcial
Coluna
17
1
4
3
2
3
4
2
2
4
Coluna
18
1
1
3
3
2
4
2
4
4
Coluna
19
1
1
3
3
1
4
3
3
4
Coluna
20
1
3
4
4
1
1
4
1
1
Total
4
9
13
12
7
13
11
10
13
12
10
F
2,92
F
Mdia
Parcial
F
4,83
F
Mdia
Total
F
10,25
85
Tabela 38
Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre o dar e receber elogios.
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno
10
Aluno
11
Aluno
12
Aluno
13
Mdia
Parcial
Coluna
21
1
3
1
3
3
4
1
3
4
Coluna
22
1
4
1
3
3
4
1
4
2
Coluna
23
4
3
4
2
3
4
3
3
4
Coluna
24
1
4
4
2
4
1
1
1
3
F
5,25
F
Mdia
Parcial
F
6
F
Mdia
Total
Total
7
14
10
10
13
13
6
11
13
12
11
15
F
11,25
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno
10
Aluno
11
Aluno
12
Aluno
13
Mdia
Parcial
Coluna
1
3
3
4
4
3
4
4
3
3
Coluna
2
4
3
4
3
3
4
4
3
3
Coluna
3
4
3
3
3
3
4
4
3
4
Coluna
4
4
4
3
4
4
4
4
4
4
F
6,42
F
Mdia
Parcial
F
7,25
F
Mdia
Total
Total
15
13
14
14
13
16
16
13
14
14
14
16
F
14,33
86
Tabela 40
Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a relao com a autoridade.
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno
10
Aluno
11
Aluno
12
Aluno
13
Mdia
Parcial
Coluna
5
3
3
3
3
4
3
4
4
3
Coluna
6
3
3
3
3
3
3
3
3
3
Coluna
7
3
2
4
3
3
4
4
3
4
Coluna
8
2
2
4
4
3
3
4
3
4
F
6,58
F
Mdia
Parcial
F
6,83
F
Mdia
Total
Total
11
10
14
13
13
13
15
13
14
15
15
15
F
13,42
Tabela 41
Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a resoluo de problemas.
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno
10
Aluno
11
Aluno
12
Aluno
13
Mdia
Parcial
Coluna
9
3
3
4
3
4
4
4
4
3
Coluna
10
3
3
4
4
3
4
4
3
3
Coluna
11
2
2
4
4
3
4
4
3
4
Coluna
12
3
3
4
4
3
4
4
3
3
Total
11
11
16
15
13
16
16
13
13
14
14
16
F
7,17
F
Mdia
Parcial
F
6,83
F
Mdia
Total
F
14,00
87
Tabela 42
Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a negociao de conflitos.
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno
10
Aluno
11
Aluno
12
Aluno
13
Mdia
Parcial
Coluna
13
4
3
3
3
3
4
3
4
4
Coluna
14
4
3
3
3
3
4
3
3
3
Coluna
15
4
3
3
4
3
4
4
4
3
Coluna
16
4
2
3
3
3
4
3
3
3
Total
16
11
12
13
12
16
13
14
13
14
15
14
F
7,00
F
Mdia
Parcial
F
6,58
F
Mdia
Total
F
13,58
Tabela 43
Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre a afirmao de direitos.
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno
10
Aluno
11
Aluno
12
Aluno
13
Mdia
Parcial
Coluna
17
4
3
4
3
4
4
4
4
4
Coluna
18
2
2
3
3
3
3
3
4
3
Coluna
19
3
3
4
2
4
3
3
4
4
Coluna
20
2
4
4
3
3
4
3
3
3
Total
11
12
15
11
14
14
13
15
14
15
14
15
F
4,25
F
Mdia
Parcial
F
6,75
F
Mdia
Total
F
13,58
88
Tabela 44
Matriz de dados relativamente ao grupo de afirmaes sobre dar e receber elogios.
Aluno 1
Aluno 2
Aluno 3
Aluno 4
Aluno 5
Aluno 6
Aluno 7
Aluno 8
Aluno 9
Aluno
10
Aluno
11
Aluno
12
Aluno
13
Mdia
Parcial
Coluna
21
2
2
3
3
4
4
3
3
3
Coluna
22
2
2
3
3
4
4
3
4
4
Coluna
23
4
3
4
4
4
4
4
4
4
Coluna
24
3
3
4
3
4
3
2
4
3
F
6,67
F
Mdia
Parcial
F
7,08
F
Mdia
Total
Total
11
10
14
13
16
15
12
15
14
16
15
14
F
13,75
89
90
Dramatizao:
Situao exemplificativa: Foste passar uma tarde com uns amigos e os teus pais mandaramte estar em casa s 19h, porque tinham planeado ir jantar com pessoas amigas. Perdeste a
noo do tempo e no chegaste antes das 19h45.
PAI: Devias estar em casa s 19h. Ests 45 minutos atrasado. Vais perder os privilgios do fimde-semana durante duas semanas.
FILHO: Desculpa por chegar atrasado. Sei que me esperavas s 19h, desculpa ter-te
desiludido. Devia ter prestado mais ateno s horas, mas no o fiz.
PAI: Exactamente. Desiludiste-me. Ters que aprender a ser mais responsvel.
FILHO: Eu sei que fui irresponsvel. Talvez me possas ajudar a encontrar algumas formas que
me ajudem a melhorar.
Reviso da competncia
. O professor dever analisar juntamente com os alunos, que as competncias usadas nesta
dramatizao demonstraram o seguinte:
1. Olhou a pessoa nos olhos e usou boa linguagem corporal.
2. Ouviu com ateno o que o outro disse.
3. Desculpou-se directamente ao outro
4. Responsabilizou-se pelo seu comportamento.
5. Fez uma sugesto para evitar que a mesma situao ocorresse futuramente.
Role Playing
. De seguida, os alunos iro ter oportunidade de fazer as suas dramatizaes. Cada
participante dever praticar o role playing pelo menos uma vez durante as sesses. Os alunos
iro reunir-se em dois grupos de seis alunos, para escolherem situaes onde lidaram com a
autoridade de forma incorrecta e outras onde lidaram de forma correcta. Estas situaes iro
ser posteriormente dramatizadas pelos alunos.
Durante as dramatizaes, os restantes elementos iro avaliar a performance dos colegas
tendo em conta a competncia referida.
Se os alunos tiverem dificuldade em apresentar os prprios exemplos, podero ser sugeridas
as seguintes situaes:
Situao 1: Chegas atrasado s aulas porque estiveste a falar com algum.
PROFESSOR: J tocou para a entrada h 10min, sabes que isso implica uma falta de atraso.
TU:
91
Situao 2: A tua me pede que faas o jantar, pois vai trabalhar at tarde e tu esqueces-te
completamente. Quando a tua me chega para jantar fica muito chateada.
ME: No fizeste rigorosamente nada do que te pedi! Sabes que hoje estive a trabalhar at
tarde e que no tenho tempo de fazer o jantar.
TU: .
Situao 3: O professor apanha-te a atirar alguma coisa a outro colega na sala de aula.
PROFESSOR: Sabes perfeitamente que no se deve atirar nada aos outros dentro da sala de
aula.
TU: .
. No final das dramatizaes, ser feita uma discusso entre o professor e todos os
participantes, onde estes devero referir as atitudes incorrectas e como corrigi-las. Devero
tambm dizer quais as atitudes que consideraram correctas e justificar o porqu. Desta
forma, professor e alunos iro de forma conjunta analisar as concluses retiradas das
diferentes dramatizaes realizadas
Trabalho de casa:
Os alunos durante a semana, devero descrever no seu dirio situaes onde tiveram que
lidar com a autoridade e de que forma o fizeram.
Sesso 2: Afirmar os prprios direitos
Afirmar os nossos direitos uma competncia importante a aprender. Todos temos direitos e
temos por isso que saber identific-los e aceit-los. Afirmar os nossos direitos, significa
mostrar s pessoas que queremos ser tratados de forma justa. Para afirmarmos de forma
eficiente os nossos direitos, temos de ser capazes de saber quando estamos a ser assertivos e,
quando erradamente, estamos a ser agressivos e passivos. As pessoas reagem s situaes de
maneiras diferentes. Por exemplo, imaginemos que algum nos tira algo sem pedir
autorizao. Podemos reagir de trs maneiras diferentes: podemos ser agressivos tirando
pessoa o objecto; podemos ser passivos, esquecendo o que aconteceu, mas fazendo a pessoa
saber que no foi correcto o que fez; e podemos ser assertivos, fazendo com que a pessoa
saiba que se quer alguma coisa nossa, primeiro tem que pedir (LeCroy, 2008).
Tempo:
. Brain storming inicial: 5 minutos.
. Apresentao dos exemplos: 2 minutos.
. Dramatizao do professor: 3 minutos.
92
93
5. O enunciado foi uma expresso directa, honesta e apropriada sobre as suas preocupaes e
sentimentos?
6. Qual foi o resultado da defesa dos seus direitos?
7. Como se sentiu depois?
. Seguidamente, o professor dar a oportunidade aos membros do grupo para apresentarem os
seus prprios exemplos e em conjunto iro analisar essas situaes.
. Posteriormente, o professor ir fazer uma dramatizao de forma a exemplificar como
afirmar os direitos de forma assertiva, agressiva e passiva.
Dramatizao
Muitos de ns no se sentem confortveis a defender os direitos. Alguns no expressam os
seus direitos, limitando-se apenas a reagir passivamente e a no fazer nada. Outras pessoas
aprendem a ser agressivas e no assertivas.
Situao exemplificativa: Um dos teus amigos pede-te emprestado um dos teus livros
preferidos. Emprestas, mas pedes que to devolva em duas semanas. Ao fim de duas semanas
relembras a pessoa para te devolver o livro, uma vez que ainda no o fez.
AMIGO: Ol, como ests?
TU: Estou bem. Olha, podes trazer-me o livro que te emprestei, se faz favor? Gostava que o
trouxesses amanh.
AMIGO: Desculpa. Estou sempre a esquecer-me.
TU: Bem, importante para mim t-lo de volta, por isso, lembra-te, por favor. Porque no
anotas em algum stio para no te esqueceres?
AMIGO: Ok, vou fazer isso agora mesmo.
Reviso da competncia
Vamos observar que competncias foram demonstradas nesta dramatizao. O exemplo
demonstrou o seguinte:
1. Olhou a pessoa nos olhos e usou boa linguagem corporal.
2. Afirmou os direitos de forma directa, honesta e apropriada.
3. Afirmou os seus direitos de forma a no magoar o outro.
4. Ouviu o que o outro disse como resposta.
5. Sugeriu uma actividade alternativa para lidar com a situao.
94
Este modelo foi um bom exemplo de afirmao apropriada, mas em que aspectos diferente
de uma resposta agressiva e passiva?
Uma resposta agressiva poderia ser: s to estpido. Porque no te lembras de trazer o meu
livro?
Trata-se de agresso porque faz com que o outro se sinta triste e provvel que fique
zangado contigo. Um resultado provvel uma discusso com esta pessoa.
Uma resposta passiva seria:
TU: Achas que podes trazer-me o meu livro de volta?
AMIGO: Bem, eu queria ficar com ele at final do ano lectivo.
TU: Acho que pode ser.
Trata-se de uma resposta passiva porque a pessoa no honesta e directa acerca do que
sente. Possivelmente acabaro zangados um com o outro e com eles mesmos por no
defenderem os seus direitos. Isto no resolve a situao.
Role Playing
. De seguida, os alunos iro ter oportunidade de fazer as suas dramatizaes. Cada
participante dever praticar o role playing pelo menos uma vez durante as sesses. Os alunos
iro dois a dois, representar as seguintes situaes:
Situao 1: Um professor pede-te para vires do intervalo, embora tenhas permisso de outro
professor, responsvel por ti quela hora, para ficar l fora.
PROFESSOR: O intervalo terminou, tens que entrar.
TU:
Situao 2: Um amigo tem a mania de te chamar nomes. No gostas disso e faz-te sentir mal.
PAR: Vamos embora gordo, vamos l para fora.
TU: .
Situao 3: Ests numa fila para ver um filme que desejas muito ver. Um grupo de cinco
pessoas entram na fila tua frente e tu vais para o fim.
TU: .
. No final das dramatizaes, ser feita uma discusso entre o professor e todos os
participantes, onde estes devero referir as atitudes incorrectas e como corrigi-las. Devero
95
tambm dizer quais as atitudes que consideraram correctas e justificar o porqu. Desta
forma, professor e alunos iro de forma conjunta analisar as concluses retiradas das
diferentes dramatizaes realizadas
Exerccio:
Distribuem-se trs cartes com cores diferentes a cada elemento do grupo. O branco ir
corresponder ao comportamento assertivo, o azul ao passivo e o vermelho ao agressivo. Os
alunos aps ouvirem os seguintes exemplos levantam todos de uma vez o carto com a cor
que corresponde a esse tipo de comportamento. No final far-se- a discusso das respostas
que foram dadas pelos alunos.
1. Nunca pensas antes de falar.
2. Se calhar temos que pensar numa forma diferente de resolver isso. No sei
3. No, muito obrigado. Agradeo o convite mas no gosto de msica clssica.
4. Est bem, se isso que queres, pacincia.
5. Queres ir ao futebol? Deves estar a brincar comigo!
6. Desculpa l, mas no posso ir. Tenho outras coisas para fazer.
7. Se dizes que assim, porque .
8. No fazes nada de jeito!
9. O teu trabalho tem qualidade, fico contente por estares no meu grupo de trabalho.
Trabalho de casa:
Durante a semana os alunos devero registar situaes em que eles ou algum que eles
conheam tenha afirmado os seus direitos de forma assertiva.
Sesso 3: Aprender a negociar: resoluo de conflitos
Todos temos que enfrentar situaes conflituosas na nossa vida. Todos os dias contactamos
com pessoas diferentes amigos na escola, professores, pais, familiares e como resultado
nem sempre convivemos com todos como gostaramos. Quando isso no acontece, podemos
ter um conflito. Um conflito pode ser um mal entendido sobre algo, um desacordo ou o
resultado de diferentes pontos de vista. O importante sobre um conflito que as pessoas
envolvidas no esto contentes com o que est a acontecer. Por exemplo: um conflito pode
ser entre amigos, sobre se devem ou no convidar um amigo para uma viagem planeada; um
conflito com os pais pode ser sobre a hora at qual se pode sair nas noites de fim-desemana; um conflito com o professor pode ser acerca do trabalho para casa que no foi
entregue e conta para a avaliao. H vrias formas de entrar em conflito e por isso
importante aprender diversas maneiras de o resolver, devendo isso ser feito atravs da
negociao. Quando esta no acontece, as pessoas envolvidas podem discutir e at zangar-se
umas com as outras. Podemos simplesmente no lidar com o conflito, mas isso no o afasta.
Por isso, o melhor a fazer aprender as competncias da resoluo de conflitos, que incluem
96
97
98
99
100
O que os professores esperam que os alunos faam na aula? Que trabalhem de forma
independente ou que peam ajuda quando precisam? O que os professores pensam dos
trabalhos para casa? Na minha opinio so aborrecidos e fazem-me perder tempo, mas os
professores provavelmente consideram que so uma forma importante de consolidar a
matria que foi abordada.
No final, devero ser discutidas com os alunos as razes que podem ter levado os professores
a dar essas mesmas respostas. Este exerccio tem como objectivo, fazer com que os alunos
compreendam que por vezes um conflito surge por falta de conhecimento ou compreenso,
das expectativas que temos para com os outros e que estes tm para connosco.
Trabalho de casa:
Cada membro deve relembrar um conflito que podia ter sido resolvido com a competncia da
negociao de conflitos.
Sesso 4: Dar e receber elogios
Nesta sesso vamos aprender a criar interaces mais positivas com os outros. Um modo
simples de o fazer cumprimentando a outra pessoa ou dizendo algo agradvel acerca dela.
Quando cumprimentamos algum, estamos a criar uma interaco positiva. A outra pessoa
sentir-se- mais vontade e ns sentir-nos-emos melhores connosco. Tal como ns gostamos
de ouvir coisas agradveis sobre ns, tambm outras pessoas na nossa vida, como os amigos,
pais e professores, gostam de ouvir coisas agradveis. Muitas pessoas tm dificuldade em
receber um elogio porque ficam envergonhadas (Meu Deus, estaro a falar de mim?) ou no
o conseguem aceitar, rejeitando-o (No sou assim to bom jogador de futebol.). Recebendo
um elogio, estamos a permitir pessoa que nos elogiou que saiba que gostmos disso. Se
praticarmos esta competncia ser mais fcil elogiar os outros, mas devemos relembrar que
qualquer elogio que faamos tem de ser verdadeiro e sincero (no digamos Gosto imenso
desses sapatos quando realmente achamos que so feios). Devemos pensar no que realmente
gostamos noutra pessoa antes de a elogiarmos (LeCroy, 2008).
Tempo:
. Brain storming inicial: 5 minutos.
. Apresentao dos exemplos: 2 minutos.
. Dramatizao do professor: 3 minutos.
. Role Playing dos alunos: 10 minutos.
. Anlise conjunta das dramatizaes: 15 minutos.
. Exerccio: 10 minutos
101
Material:
. Papel e caneta;
. Cartes com diferentes personagens.
Objectivos: O aluno deve ser capaz de:
. Compreender que aprender a elogiar o pode ajudar a criar interaces mais positivas com os
outros.
. Compreender que fazer elogios permitir s outras pessoas saber o que apreciamos nelas.
. Compreender que se elogiarmos algum quando fizerem algo por ns, mais provvel que
faam outras coisas por ns.
Desenvolvimento da sesso:
. O professor dever iniciar a sesso fazendo um brain storming sobre a temtica abordada na
ltima sesso.
. Seguidamente, o professor dever fazer uma breve apresentao da temtica que ir ser
trabalhada.
. Posteriormente, dever descrever uma situao onde, recentemente, tenha usado a
competncia de dar e receber elogios e outra onde esta competncia no foi usada
apropriadamente (isto ser especialmente importante utilizando a competncia de receber
um elogio).
A situao deve ser analisada de acordo com as seguintes questes:
1. Qual foi o ambiente onde isto ocorreu?
2. Quem esteve presente?
3. Qual foi o enunciado usado para elogiar uma pessoa?
4. O enunciado era um elogio (positivo, encorajando interaces positivas)?
5. O elogio era verdadeiro e sincero?
6. Qual foi o efeito do elogio?
7. Como se sentiu depois?
. Seguidamente, o professor dar a oportunidade aos membros do grupo para apresentarem os
seus prprios exemplos e em conjunto iro analisar essas situaes.
. Posteriormente, o professor ir fazer duas dramatizaes de forma a exemplificar a
competncia de dar e receber elogios.
Situao exemplificativa 1: O teu colega de grupo faz uma boa apresentao oral do vosso
trabalho. Tu gostas muita da sua prestao e decides elogi-lo.
102
103
104
sentir-se melhor. As pessoas gostam de ser compreendidas e usando a empatia pode ajudar
que isso acontea (LeCroy, 2008).
Tempo:
. Brain storming inicial: 5 minutos.
. Apresentao dos exemplos: 5 minutos.
. Dramatizao do professor: 5 minutos.
. Role Playing dos alunos: 15 minutos.
. Anlise conjunta das dramatizaes: 15 minutos.
Material:
. Papel e caneta;
Objectivos: O aluno deve ser capaz de:
. Compreender que expressar os seus sentimentos o pode ajudar a evitar situaes que o
conduzem a sarilhos e a discusses.
. Compreender que expressar os seus sentimentos o pode ajudar a controlar melhor a sua
vida.
. Compreender que aprender a expressar os seus sentimentos o pode ajudar a lidar melhor
com os outros.
. Compreender que expressar os seus sentimentos pode ajudar as outras pessoas a ouvir o que
tem para dizer.
Desenvolvimento da sesso:
. O professor dever iniciar a sesso fazendo um brain storming sobre a temtica abordada na
ltima sesso.
. Seguidamente dever fazer uma breve apresentao da temtica que ir ser trabalhada.
. Posteriormente, dever descrever uma situao onde, recentemente, tenha usado a
competncia de expressar os seus sentimentos e outra onde usou a competncia da empatia.
A situao dever ser analisada de acordo com as seguintes questes:
1.Qual foi o ambiente onde isto ocorreu?
2. Quem estava presente?
3.Qual foi o enunciado utilizado para expressar os seus sentimentos?
105
106
Reviso da competncia
Vamos olhar cuidadosamente para a forma como esta competncia foi usada na
dramatizao. O exemplo demonstrou o seguinte:
1. Olhou a pessoa nos olhos e usou boa linguagem corporal.
2. Manteve uma postura relaxada.
3. No teve movimentos de corpo excessivos.
4. Empregou o uso da primeira pessoa quando era apropriado.
5. Os seus comentrios foram claros, especficos e firmes.
6. Expressou os sentimentos de modo claro e directo.
7. Ouviu o que a outra pessoa respondeu.
8. Estabeleceu como a outra pessoa pode evitar esta situao no futuro.
Role Playing
. Cada membro do grupo deve praticar a competncia pelo menos uma vez. Ao prepararem a
dramatizao, os participantes devem pensar alto sobre o processo de tomada de decises,
para que os outros possam analisar e avaliar as competncias usadas.
. O grupo poder querer usar exemplos partilhados por todos ou escolher de entre os
seguintes:
Situao 1: Uma amiga tua teve uma grande zanga com outra amiga. Era algum que ela
gostava imenso e agora est zangada com ela. Ela diz-te Sei que ela agora me odeia. Nunca
conseguirei resolver isto!
Situao 2: Uma amiga chega ao p de ti entrada da escola. Parece muito feliz. Ela diz
Nem imaginas! Eu e o Andr comemos a namorar! Estou to feliz!
Situao 3: O teu professor encarrega-te de trabalhar com dois colegas numa experincia de
fsico-qumica. Tens trabalhado imenso para terminar o projecto, mas os teus colegas esto
apenas sentados a conversar sobre outros assuntos.
COLEGA: Eu acho que foi um filme muito bom.
TU:
PAR: Bem, ok. Vamos l tratar disso.
Situao 4: Foste ao cinema com muitos amigos. Este um filme que querias muito ver.
Durante o filme os teus amigos comeam a falar alto e no te consegues concentrar no filme.
TU: .
AMIGO: Desculpa, vamos ser mais silenciosos.
107
. No final das dramatizaes, ser feita uma discusso entre o professor e todos os
participantes, onde estes devero referir as atitudes incorrectas e como corrigi-las. Devero
tambm dizer quais as atitudes que consideraram correctas e justificar o porqu. Desta
forma, professor e alunos iro de forma conjunta analisar as concluses retiradas das
diferentes dramatizaes realizadas.
Trabalho de casa:
Cada membro levar para casa uma folha que tenha como cabealho a frase: Sentimentos
que tive esta semana. Os alunos devero escrever os sentimentos e a situao em que estes
sentimentos surgiram.
Sesso 6: Resoluo de problemas
Todos ns temos que tomar decises nas nossas vidas. Muitas vezes no tomamos a melhor
deciso e o resultado nem sempre positivo. O objectivo de aprender a resolver problemas
o de conseguirmos tomar decises responsveis. Para tal, temos que pensar na deciso e
avaliar tanto o resultado positivo como negativo, bem como as consequncias envolvidas na
deciso que tomamos. O que acontece muitas vezes que tomamos decises sem pensar no
que estas significam para ns. Tomar decises responsveis uma competncia como aquelas
que temos vindo a aprender. Contudo, esta uma competncia do pensamento e no uma
competncia que envolve outras pessoas. Assim que tomamos uma deciso, talvez
necessitemos de outras competncias que j tenhamos aprendido para pr em aco essa
deciso. Um exemplo poder ser: Uns amigos combinaram fazer uma festa qual querias
imenso ir, mas a tua me pediu-te que ficasses em casa porque uns velhos amigos que no
viam h muito tempo iro visitar-vos. Tens que decidir o que fazer nesta situao. Devo ir
festa ou devo ficar em casa para receber as visitas? Seja o que for que se decida, haver uma
consequncia. Para escolhermos a deciso mais correcta e acertada, temos que pensar nas
alternativas, nos resultados positivos e negativos e decidir o que fazer. Uma escolha implica
uma perda e temos que pensar bem qual das perdas mais importante para ns (LeCroy,
2008).
Tempo:
. Brain storming inicial: 5 minutos.
. Apresentao dos exemplos: 2 minutos.
. Dramatizao do professor: 2 minutos.
. Dramatizaes dos alunos: 11 minutos.
. Anlise conjunta das dramatizaes: 15 minutos.
. Exerccio: 10 minutos
108
Material:
. Papel e caneta;
Objectivos: O aluno deve ser capaz de:
. Compreender que aprender a tomar decises o pode ajudar a tomar decises mais efectivas
e positivas.
. Compreender que tomar decises responsveis o pode ajudar a pensar sobre as situaes e a
escolher de forma mais cuidada.
. Compreender que tomar decises responsveis o pode ajudar a preparar decises futuras
que sero mais difceis, como a escolha de um emprego e de uma carreira.
. Compreender que tomar decises responsveis o pode ajudar a sentir-se melhor com as
escolhas que faz uma vez que pensa cuidadosamente nelas.
. Identificar as vantagens e as consequncias de uma deciso.
Desenvolvimento da sesso:
. O professor dever iniciar a sesso fazendo um brain storming sobre a temtica abordada na
ltima sesso.
. Seguidamente dever fazer uma breve apresentao da temtica que ir ser trabalhada.
. Posteriormente, dever descrever uma situao onde tenha tomado uma deciso difcil e a
forma como pensou sobre as consequncias positivas e negativas da mesma. Dever tambm
apresentar ao grupo uma situao onde no tenha tomado uma boa deciso e as
consequncias que da resultaram.
A situao deve ser analisada de forma a dar resposta s seguintes questes:
1.Qual foi o ambiente onde isto ocorreu?
2. Quem estava presente?
3. Que processo usou para tomar a deciso?
a. Gerando escolhas alternativas;
b. Descrevendo os resultados positivos e negativos de cada escolha;
c. Escolhendo uma ou uma combinao de escolha;
d. Agindo sobre a deciso.
4. Como se sentiu depois?
. Seguidamente, o professor dar a oportunidade aos membros do grupo para apresentarem os
seus prprios exemplos e em conjunto iro analisar essas situaes.
. Posteriormente, o professor ir fazer uma dramatizao de forma a exemplificar a
competncia da negociao na resoluo de um conflito.
109
Dramatizao
Situao exemplificativa: o inicio do ano lectivo e ests interessado em participar em duas
actividades extra-curriculares, que ocorrem mesma hora. A maioria dos teus amigos esto
inscritas no futebol e isso ser, de certeza, o mais divertido, mas tambm ests interessado
no clube de informtica. Os teus pais aconselham-te o clube de informtica, especialmente
porque te compraram um computador novo.
1. Gerar escolhas alternativas:
a. Podes inscrever-te no futebol.
b. Podes inscrever-te no clube de informtica.
c. Podes optar por um este ano e pelo outro no prximo.
d. Podes optar por outra actividade que no estas, uma no relacionada com a escola
mas com o escutismo, por exemplo.
2. Descreve os resultados positivos e negativos para cada escolha.
a. Este ser mais divertido porque a maioria dos teus amigos esto inscritos no futebol,
mas os teus pais ficam desiludidos porque querem que aprendas mais sobre computadores.
b. Isto agradar aos teus pais, mas no ser to divertido, pois h poucos amigos teus
neste clube.
c. Ser uma espcie de compromisso. Podes ir para o clube de informtica mas dizes aos
teus pais que no prximo ano queres ir para o futebol.
d. Isto parece bem porque podes at querer os dois, mas no seria interessante seno
houvesse nenhum amigo da escola. Alm disso, tens que apanhar transportes, por isso pode
no ser possvel.
3. Escolhe uma alternativa ou uma combinao de alternativas.
a. Optas pela escolha C porque te d mais opes. Vais agradar aos teus pais e usar o
computador novo que eles te compraram (e que tu querias). Tambm ser interessante
porque haver alguns amigos teus nesse clube. Planeias participar em jogos de futebol e
continuar em contacto com os outros amigos. Ainda assim, relembra os teus pais que no
prximo ano queres participar no futebol.
4. Age sobre a deciso.
a. Podes querer conversar com os teus pais e discutir a tua deciso e como chegaste a
ela. Perguntas-lhes se apoiam a tua deciso. Optas pelo clube de informtica. Discutes a tua
deciso com os amigos do futebol.
110
Reviso da competncia
Reveja os passos envolvidos na tomada de decises. Neste exemplo, o modelo demonstrou o
seguinte:
1. Gerar o mximo possvel de alternativas.
2. Analisar cada alternativa ou escolha de acordo com os resultados positivos e negativos.
3. Decidir por uma ou uma combinao de escolhas.
4. Desenvolver um plano para agir sobre a deciso.
Role Playing
. Cada membro do grupo deve praticar a competncia pelo menos uma vez.
. O grupo poder querer usar exemplos partilhados por todos ou escolher de entre os
seguintes:
Situao 1: Um dia descobres que o teu irmo vende droga. Sabes que ilegal e muito
perigoso para ele. O que fazes?
Situao 2: Um amigo est a ficar com uma depresso mas tem vergonha e por isso proibiu-te
de contar a algum. Sabes que ele no for ajudado pode ficar muito doente, mas ests medo
que ele se sinta trado por contares a algum. O que deves fazer?
Situao 3: Um familiar est a ser maltratado pelo patro e no se queixa porque tem medo
de ser despedido. Qual a atitude mais correcta que ele deve tomar?
. No final das dramatizaes, ser feita uma discusso entre o professor e todos os
participantes, onde estes devero referir as atitudes que consideraram incorrectas e como
podero corrigi-las. Devero tambm dizer quais as atitudes que consideraram correctas e
justificar o porqu. Desta forma, professor e alunos iro de forma conjunta analisar as
concluses retiradas das diferentes dramatizaes realizadas.
Exerccio:
Resoluo de um problema:
Esto de frias a fazer uma viagem num cruzeiro que vai atravessar uma tempestade. O
capito pediu para que fossem atirados ao mar alguns objectos de forma a que o barco ficasse
mais leve e assim pudesse atravessar o mau tempo em segurana. Vocs, como elementos da
tripulao precisam decidir o que deitam ao mar e o que fica no barco.
1. Caixas de fsforos
2. O rdio de comunicao terrestre
3. Bssola
4. Mapa de navegao
111
5. Depsitos de gua
6. Sinais de fogo
7. 100m de corda
8. Lanterna
9. Coletes de salvao
Todos os membros do grupo discutem o problema durante cinco minutos e decidem quais
objectos que so deitados ao mar e quais ficam no barco. Os alunos devem ser incentivados a
identificar as consequncias de cada objecto ser deitado fora.
Dever ser perguntado aos alunos:
Qual o problema desta situao?
Diferentes pessoas tiveram diferentes ideias sobre quais os objectos que devem ser atirados
ao mar?
Como decidiste quais ficavam e quais eram deitados fora?
Pensar nas consequncias de deitar ao mar aqueles objectos ajudou-te a decidir?
Trabalho de casa:
Durante a semana os alunos devem observar nos meios de comunicao qual a atitude de
uma figura pblica face a um problema actual e regist-la no seu dirio.
112
6. Pedido de autorizao
Sou professora do 3 Ciclo e Ensino Secundrio de Matemtica e venho por este meio pedir
autorizao para realizar sesses de um programa de Treino de Competncias Sociais na
turma 8 B, na disciplina de Formao Cvica, durante os meses de Abril e Maio.
Este programa insere-se na dissertao do Mestrado em Superviso Pedaggica da
Universidade da Beira Interior, sob a orientao do Professor Doutor Manuel Loureiro.
113