Anamnese
Anamnese
Anamnese
E d u a r d a R i b e i r o d o s Santos
15
E d u a r d a R i b e i r o d o s Santos
23
Renata E l o a h d e L u c e n a Ferretti-Rebustini
35
Renata E l o a h d e L u c e n a Ferretti-Rebustini
A n d r e a G o m e s da Costa M o h a l l e n
57
Renata E l o a h d e L u c e n a Ferretti-Rebustini
Exame da Tireide
Exame Neurolgico
97
127
Renata E l o a h d e L u c e n a Ferretti-Rebustini
Exame Digestrio
149
13
Eilen C r i s t i n a B e r g a m a s c o
137
E d w i n R o d r i g o f ^ i v a Borges
M a r i a n a Lucas da R o c h a C u n h a
12
Renata E l o a h d e L u c e n a Ferretti-Rebustini
11
Exame Cardiovascular
E d u a r d a R i b e i r o d o s Santos
10
73
Renata E l o a h d e L u c e n a Ferretti-Rebustini
F^ulo C a r l o s G a r c i a
89
Beatriz M u r a t a M u r a k a m i
Claudia D'Arco
Flvia F e r n a n d a F r a n c o
165
Elizete Arajo S a m p a i o
E d u a r d a R i b e i r o d o s Santos
173
Renata E l o a h d e L u c e n a Ferretti-Rebustini
XV
xvi
14
Sumrio
189
Renata E l o a h d e L u c e n a Ferretti-Rebustini
15
Sistema Linftico
199
A n d r e a Bezerra R o d r i g u e s
E d u a r d a R i b e i r o d o s Santos
16
Avaliao Musculoesqueltica
Carla Roberta M o n t e i r o
17
Exame Tegumentar
E m a n u e l a C a r d o s o da Silva
18
19
231
Avaliao Vascular
E d u a r d a R i b e i r o d o s Santos
F^trcia Peres d e O l i v e i r a
245
Talita R a q u e l d o s Santos
255
E d u a r d a R i b e i r o d o s Santos
Renata E l o a h d e L u c e n a Ferretti-Rebustini
ndice Remissivo
209
A n a C r i s t i n a M a n c u s s i e Faro
263
Investigao Clnica de
Enfermagem: A Anamnese
como Parte do Processo
de Enfermagem
Myria Ribeiro da Silva
CAPTULO 1
2. D i a g n s t i c o d e e n f e r m a g e m
4. I m p l e m e n t a o
F I G U R A 1 -1
Etapas d o p r o c e s s o d e e n f e r m a g e m .
Quais so a s situaes
de s a d e d e s s e
paciente que a s aes
de enfermagem
podem modificar?
RESULTADOS
ESPERADOS
DIAGNOSTICO i
RESULTADOS
OU METAS
INTERVENES
do^H
E s t a m o s alcanando
a s m e t a s d e f i n i d a s!??
Por q u ?
F I G U R A 1-2
Continuum
Qual a melhor
situao a que e s s e
paciente pode
chegar com os
recursos existentes?
Q u e c u i d a d o s devo
realizar p a r a a l c a n a r
e s s a melhor situao?
d e perguntas-respostas-perguntas i n c o r p o r a d o a o e s t i l o d e p e n s a m e n t o p a r a a
t o m a d a d e d e c i s o clnica n o c u i d a d o d e e n f e r m a g e m .
A Comunicao
no Processo
de Investigao
Clnica
CAPTULO 1
Durante esse processo, a enfermeira interage com o paciente valendo-se da comunicao verbal ou no verbal. A comunicao verbal se refere s mensagens escritas e faladas
que ocorrem na forma de palavras, as quais utilizamos para nos comunicar. Por sua vez, a
comunicao no verbal se refere s mensagens emitidas pela linguagem corporal, como
expresses faciais, postura do corpo, gestos, lacrimejamento e palidez. As informaes obtidas por meio da comunicao no verbal precisam ser validadas pela comunicao verbal.
A comunicao influenciada pela empatia, pela confiana e pelo respeito mtuo. Por
meio da empatia, a enfermeira tenta perceber como o outro percebe suas prprias experincias, porm com cuidado para no perder seu papel profissional ou mesmo sua identidade.
A construo do sentimento de confiana, embora seja um tanto demorada, fundamental
no processo de comunicao. Algumas atitudes e aes profissionais podem facilitar o surgimento desse sentimento, como a demonstrao de congruncia, consistncia e empatia;
a ajuda ao paciente para que se aceite como ; flexibilidade; cumprimento de promessas;
contato visual; respeito ao silncio, s crenas e aos valores do paciente; atendimento de
preferncias quando possvel, dentre outros. O respeito mtuo pauta-se na aceitao do
outro sem julg-lo, acreditando em sua dignidade e seu valor, independentemente de seu
comportamento.
As habilidades de comunicao por parte da enfermeira so essenciais para a obteno
de dados, lanio quanto as outras habilidades tcnicas. Essas habilidades podem ser gerais
ou especficas. Dentre as habilidades gerais, merecem destaque a capacidade para se expressar oralmente com clareza, de modo conciso, utilizando vocabulrio apropriado de
acordo com o nvel de compreenso do outro, e a destreza para ouvir, escutar e interpretar.
Por sua vez, as habilidades especficas compreendem: a aptido para fazer obsen'aes e
interpret-las, a capacidade de dirigir ou guiar a interao de modo a atingir metas, a habilidade de averiguar se a comunicao est permitindo a compreenso de que se necessita,
a sensibilidade para reconhecer o momento de falar e o de ficar em silncio, a capacidade
de esperar e a habilidade de avaliar a participao na interao.
Durante a investigao clnica, a enfermeira deve fa\'orecer a livre expresso do paciente, com a finalidade de obter dados fidedignos a respeito das diferentes dimenses da
sade. Sendo assim, deve lanar mo das tcnicas de comunicao facilitadoras ou teraputicas - por exemplo: escuta ativa e perguntas abenas - e das tcnicas bloqueadoras de
comunicao ou no teraputicas - por exemplo: comandos e perguntas fechadas. A princpio, essas tcnicas so consideradas apropriadas ou no, mas o sero a depender do contexto ou da situao.
O Ambiente
Ideal
o ambiente interfere sobremaneira na conduo da investigao clnica. Por isso, o preparo adequado do ambiente fundamental para que essa atividade transcorra da melhor
maneira possvel.
O local deve favorecer a privacidade que o momento requer, bem como o relaxamento
e a vontade de participar dessa interao tanto da enfermeira quanto do paciente. As informaes obtidas pela enfermeira periencem ao paciente, que poder ficar inibido em fornec-las se o ambiente for compartilhado por outras pessoas. Desse modo. um ambiente
tumultuado com vrias pessoas ouvindo e assistindo ao processo poder comprometer a
investigao.
Investigao C l n i c a d e E n f e r m a g e m : A A n a m n e s e c o m o f ^ r t e d o Processo d e E n f e r m a g e m
Alm disso, o local em que ser conduzida a investigao clnica deve ser confortvel.
Isto , deve ser silencioso, com temperatura agradvel e bem iluminado. Os rudos podem
distrair a enfermeira e/ou o paciente e dificultar a comunicao entre ambos. A temperatura agradvel cria uma atmosfera acolhedora, permite a concentrao da enfermeira e do
paciente na investigao clnica e evita desconfortos relacionados ao calor ou frio excessivos. A iluminao deve ser preferencialmente de luz natural e suficiente para permitir que
a enfermeira e o paciente se observem sem esforo.
imponante que a enfermeira reserve tempo para realizar a investigao. Para tanto,
deve prever a quantidade de tempo que a ati\idade demandar. A investigao inicial
do paciente pode levar at 60 minutos. Nesse sentido, deve-se resen'ar um periodo
para tal. O ideal que essa atividade seja planejada para o perodo em que h menos
atividades programadas. Para evitar interrupes, a enfermeira deve avisar a equipe onde
e o que estar fazendo, solicitando que no seja interrompida a menos que estritamente
necessrio.
A enfermeira e o paciente devem estar confortavelmente acomodados. O paciente pode
estar no leito ou em assento/cadeira. A enfermeira deve se acomodar em frente a ele. Entre
ambos no deve existir nenhum mobilirio ou objeto que se coloque como barreira fsica,
como mesa de refeio ou computador Idealmente, a enfermeira deve estar sentada, de
modo que seus olhos e os do paciente fiquem no mesmo nvel. Ficar em p em frente ao
paciente pode passar a impresso de hierarquia ou superioridade, desinteresse ou pressa, o
que comprometer o fornecimento de informaes por parte do paciente.
Quando garantimos um ambiente apropriado, o paciente ser mais propenso a estar
aberto e dizer a verdade, fornecendo as informaes relevantes para o processo de cuidar
Preparo
do
Paciente
o paciente precisa estar disponvel emocional e fisicamente para que a anamnese transcorra de maneira adequada, proporcionando um momento de interao e mtuo conhecimento. O conforto fsico do paciente vital. Isso inclui verificar se este tem necessidade
de usar o toalete antes do procedimento e, tambm, se est adequadamente vestido, coberto e bem acomodado. Outros requisitos para o preparo do paciente sero descritos a
seguir
Anamnese
CAPTUL01
Tcnica de
Entrevista
Saber Ouvir
Ouvir com empatia, isto , com o objetivo de entrar na maneira de pensar da outra pessoa e em sua viso de mundo.
Ter pacincia, permitindo que o paciente conclua suas frases, ajudando aqueles com dificuldade para recordar informaes, por exemplo, fazendo outras perguntas sobre assun-
Saber Perguntar
Perguntas com final aberto; estimulam a descrio ou relato sobre determinado tema.
Esse tipo de pergunta deve ser utilizado no incio da anamnese ou quando um novo assunto for abordado. Permite que o paciente relate, com suas prprias palavras, qual seu
problema de satide ou preocupaes e quais so suas causas, propiciando uma discusso
na qual descreva seu estado de sade. As perguntas com final abeno tendem a fortalecer
o vnculo entre enfermeira e paciente.
Perguntas com final fechado: fornecem respostas pontuais como sim ou no. Esse tipo
de pergunta permite que a enfermeira foque determinados assuntos, mas limita a quantidade de informaes fornecidas pelo paciente. Deve ser utilizado quando houver necessidade de trazer o entrevistado de volta ao contexto da anamnese, quando dados mais
especficos sobre um assunto so necessrios ou quando o estado de sade deste no
permite que perguntas com final aberio sejam feitas (Quadro 1-1).
Perguntas indutoras: podem ser tendenciosas ou ter carter de julgamento, de modo a
bloquearem a livre expresso do paciente e dificultarem a relao com a enfermeira. Esse
tipo de pergunta deve sempre ser evitado. So exemplos: "O senhor no fuma, ceno?",
"O senhor no bebe muita gua, no ?".
Expresses complementares: estimulam a livre expresso do paciente e demonstram interesse no que est sendo falado. So exemplos: "Sei...", "Certo...", "Ah...", "Entendo...".
Saber Observar
Utilizando seus rgos dos sentidos, a enfermeira deve ficar atenta ao que v, ouve e
cheira durante a entrevista (p. ex., odor etlico, roupas em desalinho).
A linguagem corporal do paciente pode trazer informaes sobre como est se sentindo
durante a entrevista e como reage a essa situao.
Componentes
da
Anamnese
A anamnese pode ser completa ou focada. A completa realizada, por exemplo, quando
no se conhece ou pouco se sabe sobre a histria do paciente, como o caso de algum
que acaba de ser admitido em uma unidade de internao ou num atendimento domiciliar. Esse tipo de anamnese visa a fornecer dados para determinar a condio de sade do
paciente. Por sua vez, a anamnese focalizada concenira-se num foco especfico de preocupao. utilizada em situaes em que a enfermeira precisa obter mais informaes sobre
um problema, como, por exemplo, um paciente que apresenta digesto difcil ou se sente
sem energia para realizar suas atividades dirias.
CAPTULO 1
Q U A D R O I -1
Vantagens
Desvantagens
Pergunta c o m
Fale-me s o b r e c o m o
Fornece mais
Favorece a divagao
final aberto
sua d o r
informaes
C o m o est se
Oferece oportunidade
D e m a n d a resposta
sentindo?
para a pessoa
mais elaborada,
v e r b a l i z a r e se
p o d e n d o n o ser
e n v o l v e r n o dilogo
vivel e m situaes d e
emergncia
D e s c r e v a c o m o sua
F^rece m e n o s
famlia o t e m a j u d a d o
ameaadora e c o m
menor probabilidade
d e transmitir juzo
negativo
D e m o n s t r a interesse
genuno
Pergunta c o m
O s e n h o r est
Esclarece respostas
F^rece m a i s
final fechado
t o m a n d o os
s p e r g u n t a s d e final
ameaadora
medicamentos?
aberto
A s e n h o r a est c o m
Poupa t e m p o
Limita a quantidade
d o r agora?
e m situaes d e
d e informaes
emergncia
fornecidas pelo
paciente
Q u e m o ajuda a tomar
Permite focalizar a
No estimula o
os m e d i c a m e n t o s ?
entrevista e m dados
dilogo
especficos
No encoraja a
manifestao d e
preocupaes a partir
d o p o n t o d e vista d o
paciente
A d a p t a d o d e A l f a r o - L e F e v r e R. Aplicao
do processo
de enfermagem:
promoo d o cuidado
c o i a b o r a t i v o . 5'' e d . P o r t o A l e g r e : A r t m e d . 2 0 0 5 . p. 7 6 .
Na enfermagem, uma estmtura para anamnese que vem sendo amplamente utilizada
foi proposta por Marjory Gordon e chama-se os 11 Padres Funcionais de Saijde (Quadro
1-2). Trata-se de um modelo abrangente, que abarca todos os aspectos de uma estrutura
investigativa de enfermagem e auxilia a enfermeira na identificao de funes positivas e
na determinao da existncia ou no de padres disfuncionais de sade e/ou padres disfuncionais potenciais. Padres disfuncionais de sade resultam em diagnsticos de enfermagem, e padres disfuncionais potenciais identificam condies de risco de problemas.
Alm disso, a enfermeira pode identificar pacientes com funo eficaz que expressam desejo de um nvel superior de bem-estar.
()l
\ l ) R O ]-2
Padro Funcional
| d e Sade
Definio
O que Abordar
ladro d e
Descreve a percepo
percepo-controle d a
d o paciente acerca d e
d e promoo e proteo
sade
s a d e ; histria m d i c a p e s s o a l ,
h o s p i t a l i z a e s e c i r u r g i a s ; histria
manuteno d a sade
mdica familiar; c o m p o r t a m e n t o
de controle de problemas de
s a d e ( d i e t a , a t i v i d a d e fsica e t c ) ;
m e d i c a m e n t o s e m uso, prescritos e
no prescritos; fatores d e risco
f^dro
D e s c r e v e o padro dirio/
N m e r o dirio d e refeies/lanches;
nutrictonal-metablico
s e m a n a l d e ingesto d e
alimentos/lquidos, o peso
lquidos i n g e r i d o s ; recordatrio d e 2 4
ganho d e peso
d e c o m p r a e p r e p a r o das refeies;
satisfao c o m o p e s o c o r p o r a l ;
Influncias n a escolha d o s a l i m e n t o s
(religiosas, c u l t u r a i s , tnicas
e t c ) ; percepo r e l a c i o n a d a s
necessidades metablicas; fatores q u e
i n f l u e n c i a m a ingesto d e a l i m e n t o s /
lquidos (doena, apetite, paladar,
restries a l i m e n t a r e s , a l e r g i a s e t c ) ;
histria d e p r o b l e m a s fsicos o u
psicolgicos r e l a c i o n a d o s
ladro de eliminao
Descreve o padro
Padro d e e l i m i n a o urinria e f e c a l
das funes e x c r e t o r a s
h a b i t u a l ; c r e n a s d e sade/culturais;
nvel d e a u t o c u i d a d o ;
necessidade
d e auxlio ( m e d i c a m e n t o s , u s o d e
dispositivos e t c ) ; aes para prevenir
c i s t i t e ; histria d e p r o b l e m a s fsicos
o u psicolgicos r e l a c i o n a d o s
Padro d e
Descreve o padro d e
A t i v i d a d e s d e v i d a diria; prtica d e
atividade-exerccio
exerccio, atividade,
exerccios fsicos; a t i v i d a d e s d e l a z e r ;
lazer e recreao, e a
c a p a c i d a d e para realizar
o a u l o c u i d a d o ; uso d e dispositivos
as a t i v i d a d e s d e v i d a
diria
q u e i n f l u e n c i a m (p. ex., a u t o c o n c e i t o ) ;
para
histria d e p r o b l e m a s fsicos o u
psicolgicos r e l a c i o n a d o s
F^dro d e s o n o e
D e s c r e v e o padro
repouso
de sono, repouso e
relaxamento
( m e d i c a m e n t o s , rituais); hbito d e
repouso e relaxamento; sintomas d e
padro d e sono p e r t u r b a d o ; fatores
r e l a c i o n a d o s ( p . e x . , d o r ) ; histria
d e p r o b l e m a s fsicos o u p s i c o l g i c o s
relacionados
continua
10
CAPTULO 1
res F u n c i o n a i s d e S a d e
(Continuao)
Padro Funcional
de Sade
Definio
O que Abordar
Padro
Descreve o padro
Descrio d o f u n c i o n a m e n t o
cognitivQ-perceptivo
sensorial e d e cognio;
adequao da linguagem,
d i s p o s i t i v o s a u x i l i a r e s ( p . e x . , rtese,
memria e capacidade d e
t o m a r decises
prteses); m u d a n a s r e c e n t e s n o s
sentidos; percepo d e conforto/dor;
auxlio para aliviar o d e s c o n f o r t o / d o r ;
crenas culturais relacionadas;
nvel
relacionados
Padro d e
Descreve o padro d e
5e/f s o c i a l (profisso, s i t u a o
autopercepo-
c o m o a p e s s o a se v e se
familiar, g r u p o s sociais);
-autoconceito
avalia
identidade
f s i c o ( t o d a s as p r e o c u p a e s c o m
o c o r p o , preferncias); a u t o e s t i m a ;
ameaas a o a u t o c o n c e i t o (p. ex.,
d o e n a , m u d a n a d e p a p e l , histria
d e p r o b l e m a s fsicos o u p s i c o l g i c o s
relacionados)
f^dro d e
Descreve o padro
D e s c r i o d o s papis c o m famlia,
papel-relacionamento
de engajamento e m
papis sociais e d e
satisfao c o m os papis; e f e i t o d a
relacionamentos c o m
outros
processos
familiares d e t o m a d a d e deciso;
problemas/preocupaes familiares;
padro d e educao d o s filhos;
relaes c o m pessoas significativas e
o u t r o s ; histria d e p r o b l e m a s fsicos
o u psicolgicos
ftidro
de
sexua I i dade-reproduo
relacionados
Descreve o padro d e
Preocupaes o u p r o b l e m a s sexuais;
satisfao-insatisfao
descrio d o c o m p o r t a m e n t o
c o m a prpria
s e x u a l (prtica d e s e x o s e g u r o ) ;
sexualidade e o padro
c o n h e c i m e n t o relativo sexualidade
de reproduo; p r o b l e m a s
e reproduo; i m p a d o d o estado
pr- e p s - m e n o p a u s a
d e s a d e ; histria m e n s t r u a l e
r e p r o d u t i v a ; histria d e p r o b l e m a s
fsicos o u p s i c o l g i c o s
relacionados
continua
res F u n c i o n a i s de S a d e
11
(Continuao)
Padro Funcional
de Sade
Definio
O que Abordar
Padro de
Descreve a capacidade
enfrentamento-tolerncia
d o paciente e m gerenciar/
d e estresse p e r c e b i d o ; descrio
a o estresse
e n f r e n t a r o estresse; fontes
de apoio; efetividade d o
e s t r e s s e ; estratgias p a r a c o n t r o l e d o
padro d e tolerncia a o
estresse
e p e r d a s n a v i d a ; estratgias d e
enfrentamento que utiliza; controle
p e r c e b i d o sobre os a c o n t e c i m e n t o s ;
c o n h e c i m e n t o e u s o d e tcnicas
para c o n t r o l e d o estresse; relao d o
c o n t r o l e d o estresse c o m a d i n m i c a
f a m i l i a r ; histria d e p r o b l e m a s fsicos
o u psicolgicos r e l a c i o n a d o s
F^dro d e c r e n a - v a l o r
Descreve o padro
Antecedentes culturais e
d e crenas e valores,
i n c l u i n d o prticas
c o m p o r t a m e n t o s d e sade c o m
espirituais e metas q u e
relao a o g r u p o cultural/tnico;
o r i e n t a m as e s c o l h a s o u
decises d a pessoa
A d a p t a d o d e : C o r d o n M . Nursing
diagnosis:
p r o c e s s a n d a p p l i c a t i o n . 3 r d e d . St. L o u i s : M o s b y ,
1 9 9 4 . / L u n n e y M . L e v a n t a m e n t o d e d a d o s , j u l g a m e n t o clnico e diagnsticos d e e n f e r m a g e m :
c o m o d e t e r m i n a r d i a g n s t i c o s p r e c i s o s . I n : N A N D A I n t e r n a c i o n a l . Diagnsticos
da NANDA:
de
enfermagem
O Registro
da
Anamnese
12
Focos
CAPTULO 1
de
Ateno
Consideraes
no Ciclo
Vital
Algumas peculiaridades relacionadas s pessoas idosas precisam ser consideradas na conduo da anamnese. Muitos pacientes idosos esto acompanhados de seus familiares e/ou
cuidadores. Sempre que for possvel, as perguntas devem ser dirigidas ao entrevistado, e
depois familiares/cuidadores podem ser solicitados a complementar as informaes. interessante que parte da anamnese seja realizada sem a presena do acompanhante. Isso pode
permitir que o idoso expresse-se de maneira mais livre e trate de assuntos que no queira
compartilhar com outras pessoas. nesse momento, por exemplo, que pode manifestar
suas preocupaes com maus-lralos.
Durante a anamnese de uma pessoa idosa, a enfermeira deve estar atenta necessidade
maior de tempo para que este conte sua histria e suas preocupaes relacionadas sade,
alm de reconhecer as alteraes prprias do envelhecimento, que so consideradas anormais em adultos jovens. Em se tratando de um paciente idoso com dificuldades visuais ou
auditivas, a utilizao de recursos no verbais pode garantir uma comunicao mais efetiva, por exemplo, olhar diretamente nos olhos, fazer movimentos afirmativos com a cabea,
sorrir e inclinar o corpo para a frente.
Em relao anamnese em crianas deve-se obter o mximo de informaes dos pais ou
de seus cuidadores. Alis, sempre importante saber se as informaes esto sendo colhidas
de quem cuida da criana para avaliar o grau de veracidade do que est sendo respondido.
Durante a anamnese demonstre carinho e gentileza para com a me da criana, pois esta
pode estar angustiada com o filho doente. Ela s vai fornecer um bom histrico da criana se ficar vontade e sentir-se confiante, portanto use o nome dela durante a conversa e
procure escutar com ateno.
Dependendo da idade da criana examinada, tente uma aproximao conversando com
ela, perguntado seu nome e permitindo que responda alguns questionamentos. Evite encar-la para no a constranger e oferea brinquedos para criar um ambiente mais descontrado.
13
Referncias
Alfaro-Lefevre R. Aphcoiio do processo de enfermagem: p r o m o o do cuidado coiaborativo, 5' ed, P o n o Alegre:
A n m e d . 2005.
Barros A L B L . Anamnese e exame fisico: avaliao diagnostica de enfermagem no aduUo. Pono Alegre: A n m e d ,
2010.
Carpeniio-Moyet LJ. Compreenso do processo de enfermagem: mapeamento de conceitos e planejamento do cuidado para estudantes. P o n o Alegre: A n m e d , 2007.
Carvalho E C , Bachion M M , Comunicao e o processo de enfermagem, I n : Siefanelli M C , Cangalho E C . (Orgs,), A
comunicao nos diferentes contextos da enfermagem. 2 ' ed, Barueri: Manole. 2012. p, 164-82.
Conselho Federal de Enfermagem, Resoluo C O F E N n" 3 5 8 - 2 0 0 9 , de 15 de outubro de 2009, Dispe sobre a
Sisiematizao da Assistncia de Enfermagem e a implementao do Processo de Enfermagem em ambientes,
pblicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e d outras providncias. Braslia. 2009, Disponvel em: http://novo,ponalcofen.gov.br/resoluo-cofen-3582009_4384.himl?repeai=w3tc.
Acesso em: 19 abr 2013.
Corra C G . Silva R C G . C r u z D A L M . Sistematizao da assistncia de enfermagem. In: Quilici AP ei al. (Orgs.).
Enfermagem em cardiolo^a. So Paulo; Atheneu, 2009, p, 13-31,
C r u z D A L M . Processo de enfermagem e classificaes, In: Gaidzinski R R . Soares A V N , Costa Lima AF, Gutierrez B A O , Monteiro da C r u z D A L , Rogenski N M B ei al. Diagnstico de enfermagem na prtica clinica. Pono
Alegre: A n m e d ; 2008,
Garcia T R . Nbrega M M L . Processo de enfermagem: da teoria prtica assistencial e de pesquisa. Esc Anna Nery
Rev Enferm. 1 3 ( 0 : 1 8 8 - 9 3 , 2009,
Gordon M. Nursing diagnosis: process and application, 3' ed, Saint Louis: Mosby, 1994.
H o n a W A , Processo de enfermagem. So Paulo: E P U , 1979,
Janine Schirmer ei al, Asss^nda pr-mtal
3 ' ed, Braslia: Secretaria de Politicas de Sade (SPS)/Ministrio da
Sade, 2000, p, 66,
K e n n e y J W Relevance of theon'-based nursing praciice. In: Christensen PJ. K e n n e y J W ( E d . ) . Nursing process: application of conceptual models. St. Louis: Mosby, 1995. p. 3-23,
Lima A F et al, (Orgs.), Diagnstico de enfermagem na prtica clnica, P o n o Alegre: Artmed, 2008, p, 25-37,
Potter PA, Perry A G , Stocken PA et al, Fundamentals of nursing, 8' ed. St, Louis: Elsevier, 2013,
Seidel H M , Ball JW, Benedict G W Guia de exame fsica. 6* ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
Stefanelli M C , Introduo c o m u n i c a o teraputica, I n : Siefanelli M C , Car\'alho O E C , (Orgs,). A comuntcacdo
nos diferentes contextos da enfermagem. 2' ed, Barueri: Manole, 2012a, p. 65-76.
, Conceitos tericos sobre comunicao. In: Siefanelli M C , Can-alho E C , (Orgs.), A comunicando nos diferentes contextos da enfermagem 2*ed, Barueri: Manole, 2012b. p, 29-49,