Introduo

As dificuldades encontradas pelos professores no momento do ensino, e pelos alunos,

em termos de aprendizagem no campo cognitivo da compreenso da Matemtica, vm
inquietando muitos pesquisadores na rea da didtica da Matemtica. Diante de tal
inquietao, muitos pesquisadores buscam diversos caminhos que possam minimizar cada
uma das dificuldades diagnosticadas ao longo do tempo, principalmente as registradas nos
ltimos 10 anos. Nessa busca, tericos, pesquisadores e professores procuram apresentar
procedimentos e estabelecer recursos didticos pedaggicos que possibilitem uma melhor
compreenso em toda esfera do conhecimento matemtico. A necessidade da renovao do
ensino em si tornou-se uma necessidade cuja dimenso evolui tanto quanto o prprio ensino,
em especial, isto pode ser percebido segundo uma anlise nos ltimos cinquenta anos sobre o
Ensino da Matemtica. Portanto, a busca por uma melhor qualidade de ensino tem evoludo
diante algumas dificuldades enfrentadas por professores no ato do ensino diante as
dificuldades dos alunos para aprenderem. Para vencer tais dificuldades, dentre outros
procedimentos pedaggicos, enquanto recursos didticos, surge necessidade de se implantar
um laboratrio de Matemtica. Com este propsito apresentamos o presente projeto, onde
visamos argumentar sobre a importncia de instalar um laboratrio de Matemtica no Instituto
Federal Fluminense - campus Maca.

Justificatica
O laboratrio de Matemtica pode ser visto como um espao de construo do
conhecimento, tanto individual, como coletivo. Neste espao, os professores poderiam elaborar
e estruturar procedimentos metodolgicos capazes de contriburem com a prtica docente, de
forma torn-la eficaz na compreenso dos conceitos bsicos da Matemtica. Professores e
alunos teriam a oportunidade de exercitar sua criatividade num espao devidamente preparado
para dinamizar o processo de ensino aprendizagem. Atividades, planejadas neste espao,
reforariam o trabalho do professor em sala de aula, tornando-o mais dinmico, prazeroso e
eficaz.

A criao do Laboratrio de Matemtica pode ser um passo fundamental para

conseguir uma melhoria na qualidade de ensino e aprendizagem da Matemtica em nosso
Instituto. Ensinar Matemtica mais que obter bom desempenho em memorizar frmulas, ou
se sair bem nas provas. Um dos objetivos principais no ensino da Matemtica fazer com que
os alunos desenvolvam uma compreenso profunda dos conceitos matemticos. Atravs dessa
compreenso, conseguir o que chamamos de pensamento matemtico avanado, onde o ser
humano possa lidar e resolver situaes complexas envolvendo Matemtica.
O Laboratrio, portanto, um ambiente propcio a investigao e ao estmulo ao aluno
em adquirir o prazer pela Matemtica. Alm de contribuir para a construo slida de
conceitos, procedimentos e habilidades matemticas que nem sempre a aula convencional ir
propiciar. A perseverana na busca de relaes, propriedades e regularidades e solues
utilizando materiais concretos poder aumentar a confiana na capacidade do aluno em
aprender a fazer Matemtica.

Objetivos
O Laboratrio de Matemtica visa substituir atividades repetitivas e mecnicas,
fundamentadas em memorizao, por atitudes de reflexo, investigao e busca de respostas
na observao de objetos, na identificao e no reconhecimento das relaes existentes entre
objetos e/ou fatos matemticos.
No ambiente escolar, o uso do Laboratrio de Matemtica se destinaria a:

promover aulas de acordo com as novas tendncias educacionais;

aprendizagem e a utilizao, com compreenso, das diferentes linguagens

matemticas;
Desenvolver estratgias de pensamento, dando nfase na discusso e argumentao

de resultados;
desenvolver atividades tanto a nvel individual, como a nvel de grupos;
Instigar o pensamento por meio de situaes desafiadoras, desconhecidas e

principalmente significativas;
Contextualizar a matemtica presente na cultura e no meio social do aluno;

Despertar a curiosidade e instigar a capacidade de generalizar, projetar e abstrair,

favorecendo a estruturao do pensamento;

Aprimorar o desenvolvimento do raciocnio lgico;
Desenvolver o raciocnio dedutivo, na sua aplicao a problemas, situaes da vida

cotidiana e atividades do mundo do trabalho;

promover a criao de um espao para a reflexo sobre o ensino e aprendizagem da

matemtica, com a participao de professores e alunos;

contribuir para a formao de um ambiente onde se desenvolvam atividades interativas

com materiais didticos;

utilizar softwares matemticos gratuitos como o Geogebra, o Winplot , como ferramenta

para auxiliar o processo de ensino e aprendizagem da Matemtica;

explorar atividades interdisciplinares.
Quanto aos professores, pretende-se que o laboratrio de matemtica venha

possibilit-los de:

promover a construo e a elaborao de materiais didticos (jogos, applets, textos,

imagens,...);
divulgar e trocar experincias de materiais, atividades, programas e conhecimento

diversos;
promover a interdisciplinaridade entre a matemtica e as outras disciplinas;
promover a utilizao regular de computadores como meio de trabalho de alunos e

professores;
promover o intercmbio de conhecimentos e experincias com outras instituies
similares ou com associaes de professores.
Esses objetivos certamente no so os nicos objetivos, porm, so compartilhados

por alguns pesquisadores que lidam com este tipo de ambiente. Nesse contexto, cabe trazer o
papel e o significado da didtica da matemtica para dar sustentao ao processo de ensino
aprendizagem.
Estrutura
Sugesto do Layout do Laboratrio de Matemtica a ser instalado no Instituto Federal
Fluminense campus Maca,

dispe de uma sala ampla com 11 metros de comprimento por 7,5 metros de largura,
perfazendo uma rea total de aproximadamente 85m2.
Durante a realizao de atividades que envolvem o uso da tecnologia, o LEM ter o
suporte do Laboratrio de Informtica II desta instituio, um ambiente tambm amplo, com 40
computadores conectados a internet.

Bancada para computadores

Estante de livros

Computadores

Lousa (quadriculado)

Mesas para os alunos

Armrios de Ao

Mesa para o professor

Tela de Projeo

Cadeiras

Datashow

Impressora Multifuncional

3.- Implicao do laboratrio na didtica da matemtica

Em se tratando da didtica da matemtica Chevallard, Bosch e Gascn (2001:
59) definem como sendo a cincia do estudo e da ajuda para o estudo da

matemtica, cujo objetivo propor explicaes e respostas slidas para as dificuldades

com as quais se deparam alunos, professores, pais e profissionais da rea. Para esses
tericos a compreenso dos fenmenos que envolvem os processos didticos que vo
subsidiar aes e meios concretos para efetivar uma maior eficcia do estudo da
matemtica.
De forma semelhante ao conceito apontado anteriormente o qual chega a ser
compartilhado pela Enciclopdia Universal, Parra & Saiz (1996: 4) apontam que: a
Didtica da Matemtica estuda o processo de transmisso e aquisio de diferentes
contedos desta cincia, particularmente na situao escolar e universitria. Prope-se
a descrever e explicar os, fenmenos relativos s relaes entre seu ensino e
aprendizagem.
Diante do recorte anterior, vale salientar, que Parra & Saiz defendem,
paralelamente, uma viso mais ampla dos processos que envolvem a Didtica da
Matemtica. Isso, inclusive, pode ser aclarado no seguinte contexto: No se reduz
somente a buscar uma boa maneira de ensinar uma noo fixa, mesmo quando espera
ao finalizar, ser capaz de oferecer resultados que lhe permitam melhorar o
funcionamento do ensino (Parra & Saiz, 1996: 4).
O papel do professor, em face didtica da matemtica, fundamental e assume
aspectos diversificados. Um destes aspectos incentivar e valorizar as pequenas
descobertas dos alunos; um outro, pode ser utilizar a sua vivncia, buscando
sistematizar nos experimentos utilizados elementos obtidos, que possam ser
evidenciados, chamando a ateno dos alunos para regularidades. Anais do VIII ENEM
Relato de Experincia
GT 7 - Formao de Professores que Ensinam Matemtica 6
Cabe, especificamente, ao professor escolher uma seqncia de ensino que torne
os conceitos apresentados serem compreendidos de forma mais consciente. Por isso, o
professor deve intervir no sentido de chamar a ateno dos alunos, para que possam ser
aclarados os aspectos mais abstratos, que no so diretamente observveis atravs da
experimentao.
Dessa forma bom que se tenha em mente algo como descreve Abreu (1996:1)
sobre o papel do professor no Laboratrio de Matemtica: O professor precisa estar

atento como os pensamentos de seus alunos progridem, para melhor orient-lo e

descobrir quais as reais necessidades de sua turma. Portanto, necessria uma postura
de investigao, ou seja, deve estar em constante observao, acompanhando e
registrando o progresso das crianas, o seu desempenho, dificuldades e reaes frente
s atividades propostas.
Em acrscimo, inspirado em Abreu (1996: 1), sendo o professor o elemento por
excelncia responsvel pelo acompanhamento da capacidade de aquisio e
compreenso do conhecimento por parte do aluno, cabe-lhe, portanto, (...) ter um olhar
crtico na sua atuao como profissional e a aes dos seus alunos.
No sentido da prtica efetiva, indispensvel ser um bom professor, assim para
trazer uma noo sobre ser um bom professor recorreu-se a Lima (1995, p. 5), como
segue: ....O bom professor aquele que vibra com a matria que ensina, conhece
muito bem o assunto e tem um desejo autntico de transmitir esse conhecimento,
portanto se interessa pelas dificuldades de seus alunos e procura se colocar no lugar
deles, entender seus problemas e ajud-los a resolv-los....
Cabe ao professor estimular a predisposio do aluno a utilizar-se de seus
prprios pensamentos para levantar hipteses e chegar a concluses, inclusive, discutilas
e test-las com seus colegas. Por isso, no ato do ensino cabe o seguinte
questionamento: como e por que uma dada maneira utilizada para resolver um certo
problema e/ou exerccio funciona? Vale salientar, no entanto, que a utilizao de
materiais concretos deve ser cuidadosa para que no haja exagero na concretizao, de
modo que se evite manipulaes bvias levando ao aluno ao desinteresse.
4.- Apresentao do Laboratrio de Matemtica: ambiente fsico, acervo
de artefatos didticos e jogos matemticos.
O Laboratrio de Matemtica ser instalado numa sala da FAINTIVISA/UPE,
cujas dimenses so as de uma sala de aula normal, provida de equipamentos, material Anais
do VIII ENEM Relato de Experincia
GT 7 - Formao de Professores que Ensinam Matemtica
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permanente, material de consumo, material didtico para geometria, jogos e materiais
instrucionais na rea de Matemtica, entre outros.

Conforme as informaes a partir do LabMat (Laboratrio de Matemtica da

Escola Secundria de Figueir dos Vinhos), do LEMAT (UFPE) e do LEPAC (UFPB),
para o funcionamento de um laboratrio de ensino razoavelmente estruturado dever
haver neste ambiente alguns aparatos mnimos. Neste estudo foram selecionados os
seguintes aparatos: Equipamentos, Materiais permanentes, Materiais de Consumo,
Material Didtico para o Ensino de Geometria, Alguns tipos de Jogos e Materiais
Instrucionais a serem usados para o Ensino da Matemtica. Segue, dentre estes aparatos,
uma base razovel para se desenvolver as atividades iniciais dos laboratrios de
matemtica da FAINTVISA e da UPE.
4.1 Equipamentos:
Microcomputador e Impressora;
Retroprojetor;
Data show para projeo da imagem do computador;
Modem para ligao Internet.
4.2 Material Permanente:
Conjunto de livros peridicos
Conjunto de Softwares (CABRI MAPLE LOGO)
Kit de instrumentos de desenho (compasso, esquadros, rgua, transferidor, lpis,
apontadores de lpis);
Condicionador de ar;
Mesa para computador e impressora;
Conjunto de mesa e cadeira escolar;
Armrio de ao;
Estante de ao;
Quadro branco;
Vazadores;
Conjunto bsico de ferramentas (martelo, alicate, arco de serra, chaves de fenda,
estiletes);
Conjunto de TV e vdeo.
4.3 Material de Consumo

 Diskettes; Anais do VIII ENEM Relato de Experincia

GT 7 - Formao de Professores que Ensinam Matemtica 8
Fitas/cartuchos para impressora;
Papel ofcio;
Transparncias;
Canetas para transparncias;
Canetas para quadro banco;
Borracha leve de diversas cores.
4.4 Material Didtico para Geometria
Slidos de diversos materiais, incluindo os que possibilitam a introduo de
lquidos para estudo de cortes;
Referenciais tridimensionais;
Cone com cortes para o estudo das cnicas;
Formas geomtricas de encaixar, que permitem a construo de slidos, tipo
material polydron;
Esferas de encaixe e barras de plstico de diversos tamanhos para construes
que permitem investigaes no plano e no espao;
Compassos, rguas, transferidores;
4.5 Jogos e Materiais Instrucionais na rea de Matemtica
Com base nos parmetros do LEMAT (UFPE) a formao do acervo de
materiais instrucionais do Laboratrio de Matemtica deve dispor de jogos
matemticos, cuja denominao genrica pretende aqui englobar situaes-problema
de vrios tipos:
Jogos que envolvam disputas entre duas ou mais pessoas, como o Xadrez, Jogo
de Damas, Jogos de Nim, Jogo Hex e outros jogos com tabuleiros e peas variadas;
Quebra-cabeas de montagem ou movimentao de peas, tais como: Tangram,
os de composio e decomposio de figuras planas ou espaciais, os polimins, o cubo
Hngaro e suas variantes; Torres de Hanoi.
Desafios, enigmas, paradoxos, formulados em linguagem do cotidiano e que
requeiram raciocnio lgico para serem desvendados.

Diante estes aspectos gerais levantados sobre Jogos e Materiais Instrucionais

cabe trazer Hill (1961: 13) com um breve comentrio acerca dos jogos: O elemento
jogo, que torna divertida a matemtica recreativa, pode tomar vrios aspectos: um
quebra-cabea a ser resolvido, um jogo de competio, uma mgica, paradoxo, falcia,
ou simplesmente Matemtica com um toque qualquer de curiosidade ou diverso. Anais do VIII
ENEM Relato de Experincia
GT 7 - Formao de Professores que Ensinam Matemtica 9
4.6 Jogos de Sucata
Entre os vrios jogos utilizados nas atividades matemticas, pode-se ressaltarem
os jogos de sucata, tanto pela fcil aquisio de material como pelo universo de
criatividade que pode proporcionar.
Os jogos de sucatas so confeccionados com sucatas (lixo industrial, refugos).
possvel tornarem-se atraentes por vrios motivos, como o baixo custo e por despertar o
interesse e curiosidade dos educandos. Com eles, por sua versatilidade, torna-se possvel
desenvolver a coordenao motora, percepo visual, coordenao motora fina, a
orientao espacial, lateralidade, reconhecimento e identificao de cores, as noes de
correspondncia, de quantidade, de estruturas multiplicativas, potncia, radiciao,
logaritmos, dentre outros aspectos que podem ser abordados.
Em se tratando de jogos, o LEPAC (UFPB) apresenta os seguintes aspectos:
Objetivando uma diminuio dos custos, parte dos jogos confeccionada com material
reciclado tipo sucata tais como: lpis piloto, garrafas plsticas, tampas de garrafa, entre
outros:
Identificao dos jogos, separao e classificao por contedos a serem
trabalhados e instrues de manuseio.
Intercmbio entre diversas escolas atravs de exposies, encontros e eventos
para divulgao das atividades ligadas a projetos e temas ligados educao e histria
da matemtica.
Preparao de monitoria para manuteno didtica do laboratrio que seja capaz,
com disposio, tempo e facilidade para trabalhar com jogos e confeco dos mesmos,
para que no haja interrupo de continuidade do seu uso.
Os referidos coordenadores do LEPAC (UFPB), destacaram que no se deve

utilizar o jogo pelo jogo. Ou seja, deve-se, antecipadamente, traar objetivos claros e
bem definidos, regras e estratgias para utilizao dos jogos, levando-se em
considerao o nvel de cada grupo de alunos.
5. Consideraes Relevantes acerca do uso de Laboratrios de
Matemtica
Os Laboratrios de Matemticas em si constituem, no processo de ensinoaprendizagem,
um ambiente privilegiado, que explorado adequadamente, pode Anais do VIII ENEM Relato
de Experincia
GT 7 - Formao de Professores que Ensinam Matemtica 10
promover melhoras importantes na aprendizagem dos alunos. Por exemplo, o
desenvolvimento de habilidades estratgicas dos alunos para resolver problemas.
Alm dessa habilidade sofisticada do fazer matemtico, podemos citar outras
no menos importantes, como: processos como classificar, conjecturar, induzir, analisar,
sintetizar, abstrair ou formalizar, dentre outros. Cabe destacar que alguns alunos j
possuem algumas dessas habilidades. No entanto, uma nfase num ensino
essencialmente expositivo e formalizado impede a maioria dos estudantes de se
desenvolverem nessa direo.
Para ilustrar o quanto problemtico o ensino de Matemtica a partir de prticas
exclusivamente expositivas, Mrio Lima (1999: 1:2) sustenta: Apesar de alguma
inovao nos mtodos de ensino, tem-se ficado muito aqum do que seria desejvel
por vrios motivos; um deles a gesto de espaos educativos e recursos materiais nas
escolas E quando se refere ao ambiente fsico, ressalta que: Nas aulas de
Matemtica, ainda prevalece o espao da sala de aula normal, isto , apenas mesas,
cadeiras e o quadro de giz, na forma tradicional, e (nem sempre) um retroprojetor.
Mrio Lima (1999: 1:2). Portanto, a partir dessa argumentao, pode-se afirmar que o
recurso a abordagens laboratoriais precisamente uma forma de conseguir uma
aprendizagem matemtica significante.
Mesmo que nos dias atuais haja, nas escolas, alguma preocupao com espaos
especficos para algumas atividades (esporte, arte e tcnicas laboratoriais), esses espaos
so pouco usados, pois os materiais didticos que possuem, alm de serem insuficientes,
quase sempre ficam fechados em armrios. Ainda assim, segundo Mrio Lima (1999:

1:2), s agora, e quase exclusivamente no ensino secundrio, se comea a implantar

laboratrios de matemtica.
A tarefa dos educadores em geral no mais a de transmitir, e, sim, dar
condies para que a aprendizagem realmente acontea. O interesse na aprendizagem
depende das situaes estimuladoras criadas pelo educador para proporcionar ao
educando o maior nmero possvel de descobertas e desafios, estimulando, assim, a
curiosidade dos alunos.
Os educadores matemticos devem procurar alternativas para aumentar a
motivao para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiana, a organizao,
concentrao, ateno, raciocnio lgico-dedutivo e o senso cooperativo, desenvolvendo
a socializao e aumentando as interaes do indivduo com outras pessoas. Anais do VIII
ENEM Relato de Experincia
GT 7 - Formao de Professores que Ensinam Matemtica
11
Neste contexto um laboratrio de ensino pode facilitar de forma concreta a
aproximao dos contedos de matemtica ensinado na escola formal e os
conhecimentos adquiridos atravs do cotidiano dos alunos. Isto pode levar a uma
mudana da percepo pelos alunos da significao que a matemtica tem em suas
vidas.
Acredita-se tambm que o laboratrio de ensino propiciar, dentre outras coisas,
uma melhor relao interpessoal professor-aluno, gerando um ambiente mais salutar
dentro da sala de aula, caracterizado por uma maior dinmica do ensino, maior
afetividade, motivao, participao, maior interao social, respeito pelos colegas, etc.,
tornado mais prazeroso o estudo.
Palavras chaves: laboratrio de matemtica; ambiente epistemolgico; ensino de
matemtica.
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In: Projeto Integrado da FFPNM: 'Melhoria da Qualidade de Ensino'. UPE, Campus
Faculdade de Formao de Professores de Nazar da Mata, UPE, 1998.

O Laboratrio de Matemtica Ensino Mdio visa substituir atividades repetitivas e mecnicas,

fundamentadas em memorizao, por atitudes de reflexo, investigao e busca de respostas
na observao de objetos, na identificao e no reconhecimento das relaes existentes entre
objetos e/ou fatos matemticos.

Alm de materiais e equipamentos do Guia de Orientaes e da unidade de armazenagem, ao

adquirir o Laboratrio de Matemtica a escola conta com um abrangente processo de
capacitao instrumental e suporte pedaggico, visando preparar os processos para a
adequada utilizao dos recursos, e obter com isso um ensino eficaz de Matemtica.
Aps a implantao do projeto nas escolas oferecido um curso de formao e
acompanhamento didtico-pedaggico para todos os professores que fazem uso dos materiais,
visando oferecer orientaes de prticas educacionais que tm como objetivo colaborar com a
ao pedaggica de sala de aula