1

3 Unidade
Captulo XI
Geometria Espacial________________________________________________________________3

Captulo XII
Analise Combinatria______________________________________________________________18

Captulo XIII
Probabilidade____________________________________________________________________24

Captulo XIV
Matemtica Financeira_____________________________________________________________32

Captulo XV
Trigonometria no Circulo____________________________________________________________51

Questes do ENEM e Vestibulares__________________________________________________55

Organizao:

Apoio:

Captulo XI

Nesta unidade introduziremos figuras espaciais (no planas).

Nestas figuras, os slidos geomtricos, voc ter a oportunidade de enxergar suas trs
dimenses, isto , as ver tridimensionalmente comprimento, altura e profundidade.
Esses slidos geomtricos so limitados por superfcies planas ou planas e curvas.
No caso de serem limitados apenas por superfcies planas, recebem o nome de
slidos polidricos. Quando limitados por superfcies curvas ou planas e curvas, recebem o
nome de slidos no polidricos, mais conhecidos como corpos redondos.

Poliedros
Chamamos de poliedro ao slido limitado por uma superfcie polidrica.
A superfcie polidrica formada por um nmero finito de polgonos planos e convexos
que, dois a dois tem um lado em comum.

Elementos de um Poliedro
Os elementos de um poliedro so:
a. Faces - so os polgonos convexos.
b. Arestas - so as intersees de duas faces.
c. Faces adjacentes - so faces que tem uma aresta em comum.

Captulo XI
d. ngulos slidos - so ngulos formados pelas faces que concorrem no mesmo
plano.
e. Vrtices - so os vrtices dos ngulos slidos.
f. Diagonal - o segmento que une dois vrtices e que no pertence mesma face.

Classificao dos Poliedros

Os poliedros podem ser classificados em poliedros convexos e no convexos.
Um poliedro convexo quando qualquer uma de suas faces fica inteiramente situada
no mesmo plano. Quando isto no acontece, ele no convexo (ou cncavo).
Classificam-se, ainda, os poliedros em: regulares e no regulares. Um poliedro
regular quando suas faces so polgonos regulares e congruentes e seus ngulos slidos so
do mesmo nmero de faces e, tambm, congruentes; quando isto no acontece, o poliedro
no regular. S existem cinco poliedros regulares: o tetraedro, o hexaedro, o octaedro, o
dodecaedro e o icosaedro. Existem vrios slidos que no so regulares, e que so de
grande importncia na Geometria. So eles: o prisma, os paraleleppedos e as pirmides.

Poliedro Convexo

Poliedro Regular

Poliedro No Convexo

Poliedro No Regular

H, ainda, a classificao dos poliedros segundo o seu nmero de faces.

Captulo XI

Nmero de faces

Nome

Tetraedro

Pentaedro

Hexaedro

Heptaedro

Octaedro

10

Decaedro

12

Dodecaedro

20

Icosaedro

Os outros poliedros so designados pelo nmero de faces: poliedro de 16 faces,

poliedro de 30 faces etc.

Prisma
Prisma um poliedro ou um slido limitado por
superfcies planas, em que duas das faces so polgonos iguais
e paralelos (bases), e as demais so paralelogramos,
determinados pelos pares de lados iguais e paralelos, um de
cada base.

B
A

Elementos do Prisma
a. Bases - so os polgonos ABCDE e A'B'C'D'E'

B'
C'

A'

b. Arestas da base - AB , BC ,CD , DE , EA e

A 'B' , B'C' , C'D' , D'E' , E'A'

E'

D'

c. Arestas laterais - AA' , BB' ,CC' , DD' , EE'

d. Faces laterais - so os paralelogramos ABB'A'; BCC'B'; CDD'C'; DEE'D'; EAA'E'

Captulo XI
e. Altura - a distncia entre as bases

Classificao dos Prismas

Prisma reto o prisma cujas arestas laterais so perpendiculares s bases. Veja:

Observe que as bases so polgonos

congruentes, as faces laterais so retngulos e a
altura e a aresta lateral tem a mesma medida.
Prisma oblquo o que tem arestas
laterais oblquas s bases. Suas faces so
paralelogramos e a altura menor que a aresta
lateral.
Prisma regular o prisma reto que tem polgonos regulares como bases. O
exemplo mostra um prisma regular cuja base um tringulo e outro cuja base um
quadrado (cubo).

Captulo XI
Os prismas so classificados de acordo com o nmero de lados dos polgonos das
bases e conforme a inclinao das arestas laterais em relao aos planos das bases (oblquos
ou retos).
Com relao base, os prismas classificam-se em:
1. Triangular: as bases so tringulos.
2. Quadrangular: as bases so quadrilteros.
3. Pentagonal: as bases so pentgonos.
4. Hexagonal: as bases so hexgonos.
5. Heptagonal: as bases so heptgonos.
6. E assim por diante.

Paraleleppedo
um prisma cujas bases so paralelogramos.
As seis faces de um paraleleppedo (as quatro laterais e as duas bases) so
paralelogramos.
Um prisma reto cujas bases so retngulos um paraleleppedo retngulo (ou
paraleleppedo reto-retngulo, ou ortoedro).
As seis faces de um paraleleppedo retngulo so retngulos.
Vejamos alguns exemplos de paraleleppedos:

Paralelepped
o Oblquo

Paralelepped
o Reto

Cubo

Captulo XI
Paraleleppedo Retngulo
Dado um paraleleppedo retngulo cujo retngulo da base
tem lados a e b e cuja altura c, dizemos que o paraleleppedo
tem dimenses a, b e c.
Notemos que ele possui quatro arestas de medida a,
quatro de medida b e quatro de medida c, e ainda que a, b e c so
as medidas das trs arestas que concorrem num mesmo vrtice.

c
a

Vejamos como obter a rea total S e o volume V do paraleleppedo retngulo de

dimenses a, b e c.

Clculo de S
A rea total a rea da superfcie total: seis retngulos, dos quais dois tem dimenses
a e b, dois a e c e dois a e b.
Assim:
S = 2(ab + ac + bc)

Clculo de V
Preliminarmente vamos colocar o seguinte:
a. um cubo de 1 cm de aresta tem 1 cm de volume;
b. um cubo de 1 dm de aresta tem 1 dm de volume;
c. um cubo de 1 m de aresta tem 1 m de volume.
Essas sentenas praticamente traduzem a definio: um cubo de aresta unitria (de
aresta 1) o cubo unitrio, e seu volume a unidade de volume (seu volume 1).
Consideremos agora um paraleleppedo retngulo de dimenses 5 cm, 2 cm e 3 cm
representado nas figuras abaixo

3 cm

2 cm
5 cm

Captulo XI
Decompondo cada dimenso em unidades de comprimento (cm), teremos cinco
unidades (5 cm), duas unidades (2 cm) e trs unidades (3 cm), respectivamente. Isso nos
sugere que o paraleleppedo pode ser dividido em 5 x 2 x 3 cubos unitrios (cm) e ento o
volume desse paraleleppedo 5 cm x 2 cm x 3 cm = 30 cm.
De modo geral, o volume V de um paraleleppedo retngulo de dimenses a, b e c
dado pela frmula:
V = a . b. c

E notando que a . b a rea da base (Ab) e c a altura (h) do paraleleppedo, podemos

tambm colocar:
V = Ab . h

Cubo
O cubo um paraleleppedo retngulo cujas seis faces so quadrados.
Um cubo possui todas as 12 arestas congruentes entre si.
Vejamos como obter a rea total S e o volume V de um cubo de aresta a.

Clculo de S
A superfcie total de um cubo, a reunio de seis quadrados congruentes. Se o cube
tem aresta a, cada face tem rea a.
Portanto:
S = 6a

Clculo de V
Analogamente ao clculo do volume de um paraleleppedo, podemos calcular a rea de
um cubo de aresta a assim:
V = a

Captulo XI
reas e Volumes de um Prisma

rea da Base (AB)

A rea da base de um prisma a rea de um polgono.
Por exemplo, se a base do prisma for um quadrado de lado a, temos A b = a, se for um
2 3
tringulo equiltero de lado a, temos A b =a .
4

rea Lateral (AL)

A superfcie lateral de um prisma a reunio de suas faces laterais. A rea dessa
superfcie chamada rea lateral do prisma e indicada por A l.
Al = soma das reas das faces laterais

rea Total (AT)

A superfcie total de um prisma, assim como a de qualquer outro slido geomtrico, a
reunio da superfcie lateral com as bases. A rea dessa superfcie chamada rea total do
prisma e indicada por At.
At = Al + 2 . Ab

Para facilitar o entendimento da rea total de um prisma,

poderemos planificar a superfcie afim de sabermos quais as figuras
que o compe.
Por exemplo, se considerarmos um prisma regular hexagonal.
Assim, teremos:

rea da base: Ab
a rea de um hexgono regular.
rea total: At
Para visualizar a superfcie total, vamos planific-la.

10

Captulo XI

De acordo com a planificao, podemos perceber claramente que o prisma hexagonal

formado por 6 retngulos (faces laterais) e dois hexgonos (bases).

Volume (V)
O volume de um prisma, assim como o de um paraleleppedo retngulo, igual ao
produto da rea da base ela medida da altura:
V = Ab . h

Pirmide
Consideremos um polgono (ou regio poligonal) ABCDE de
cinco lados e um ponto V. Tomemos segmentos de reta, todos com
uma extremidade em V e a outra extremidade nos pontos de
ABCDE. A reunio desses segmentos um slido chamado
pirmide pentagonal.
Se em lugar de um pentgono tivermos um tringulo, a
pirmide obtida ser uma pirmide triangular; se for um quadriltero,
teremos uma pirmide quadrangular; e se for um polgono genrico
(de n lados), teremos uma pirmide genrica.

D
E

C
B

Elementos

Considerando a pirmide representada ao lado,

temos que:
a. V o vrtice da pirmide;
b. o polgono ABCDEF a base da pirmide;
c. os lados AB , BC ,CD , DE , EF e FA so as arestas
da base;
d. os
segmentosVA , VB ,VC ,VD ,VE e VF so
arestas laterais;

as

D
B

11

Captulo XI
e. os tringulos VAB, VBC, VCD, CDE, VEF e VFA so as faces laterais;
f. a distncia do vrtice da pirmide ao plano da base a altura da pirmide.

Classificao
As pirmides podem ser classificadas de acordo com as bases:
pirmide triangular: a base um tringulo;
pirmide quadrangular: a base um quadriltero;
pirmide pentagonal: a base um pentgono;
pirmide hexagonal: a base um hexgono;
e assim por diante.
Vejamos alguns exemplos de pirmides:

Pirmide Triangular
(tetraedro)

Pirmide
Quadrangular

Pirmide Pentagonal

Pirmide Regular
Uma pirmide dita regular quando sua base um
polgono regular. No caso da figura ao lado, um pentgono.
A projeo ortogonal do vrtice de uma pirmide regular
sobre o plano da base o centro da base.
Numa pirmide regular, as arestas laterais so
congruentes e as faces laterais so tringulos issceles
congruentes.

Volume
Observe o paraleleppedo abaixo e esquerda. Ele foi cortado por um plano (rea

12

Captulo XI
hachurada) que o dividiu em 2 prismas triangulares. Na figura seguinte direita destacamos
um desses prismas.

De acordo com a figura abaixo, percebemos que o prisma foi divido em trs pirmides
triangulares. A pirmide de vrtices CDEF, a pirmide de vrtices ABCD e a pirmide de
vrtices BCDE.

E
F
D

B
C
A
Portanto, se um paraleleppedo divide-se em 2 prismas que se dividem em 3 pirmides
cada, podemos dizer que em um paraleleppedo cabem 6 pirmides. Ento:
1
V PIR MIDE = volume do paraleleppedo
6

ou
1
1
V PIR MIDE = v olume do prisma V P IR MIDE = A bh
3
3

13

Captulo XI
Cilindro
Os cilindros podem ser classificados conforme a sua inclinao em relao aos planos
das bases.

Cilindro Oblquo

Cilindro Reto

rea Total
A rea total de um cilindro a soma da superfcie lateral com os crculos das bases.
O comprimento das bases o comprimento de um crculo, que vale 2r. Se cortarmos
verticalmente o cilindro e o planificarmos perceberemos que sua superfcie lateral um
retngulo de dimenses 2r e h.
r

2r
Ento, A t =A l 2A b . Substituindo Al = 2rh e Ab = r, vem:

Volume
O volume de um cilindro obtido da mesma forma que o volume do prisma:
V = Ab . H

Substituindo Ab = r, vem:
V = rh

14

Captulo XI
Cone

rea Total
A rea total do cone ser a reunio da rea da base (crculo) com a rea lateral.
Fazendo-se um corte transversal do vrtice do cone at a circunferncia e planificando
encontramos um setor circular de raio g e cujo comprimento do arco 2r (permetro da base)

2r
r
Notemos que o raio do setor g e comprimento do arco do setor 2r.
Comprimento do arco

rea do setor

2g

2r

Al

g g 2
Dai, sai que r = A . Ento: Al = rg.
l

Assim, a superfcie total do cone :

A t =2 r h + r

At = rg + r At = r(g + r)

Volume
O volume do cone obtido da mesma forma que o volume da pirmide:

15

Captulo XI
1
V= A bh
3

Substituindo Ab por r, temos:

1
V CONE = r 2 h
3

Esfera
Elementos
Considerando a superfcie de uma esfera de eixo e, temos que:
Plos so as intersees da superfcie com o
eixo;
Equador

a
seo
(circunferncia)
perpendicular ao eixo, pelo centro da superfcie;
Paralelo uma seo (circunferncia)
perpendicular ao eixo. paralela ao equador;
Meridiano uma seo (circunferncia) cujo
plano passa pelo eixo.

Seo da Esfera
Toda seo plana de uma esfera um crculo.
Sendo r o raio da esfera, d a distncia do plano secante ao centro e s o raio da seo,
vale a relao:
s = r - d

Se o plano secante passa pelo centro da esfera, temos como seo um crculo mximo
da esfera.

16

Captulo XI

rea da Esfera
A rea de uma superfcie esfrica de raio r igual a 4r.
A = 4r

Volume da Esfera
4

O volume de uma esfera de raio r igual a 3 r .

4 3
V = r
3

17

Captulo XII

Consideremos o seguinte problema: uma lanchonete oferece a seus clientes apenas

dois tipos de sanduche: cachorro quente e hambrguer. Como sobremesa h trs opes:
sorvete, torta ou salada de frutas.
Quantas so as possibilidades para uma pessoa fazer uma refeio incluindo um
sanduche e uma sobremesa?
De acordo com o enunciado, podemos ter as seguintes refeies:
a. cachorro quente e sorvete

d. hambrguer e sorvete

b. cachorro quente e torta

e. hambrguer e torta

c. cachorro quente e salada de

frutas

f. hambrguer e salada de frutas

A determinao de tais possibilidades pode ser simplificada atravs de um diagrama,

em que, na 1 coluna, representaremos as possibilidades de escolha do sanduche e, na 2
coluna, as possibilidades de escolha da sobremesa.
Cachorro quente

Hambrguer

Sorvete

Refeio 1

Torta

Refeio 2

Salada de frutas

Refeio 3

Sorvete

Refeio 4

Torta

Refeio 5

Salada de frutas

Refeio 6

Esse esquema conhecido como diagrama da rvore. Fazendo a leitura ao longo de

18

Captulo XII
todas as ramificaes da rvore, obtemos as possveis refeies.
Notemos que fazer uma refeio completa representa uma ao constituda de duas
etapas sucessivas:
Escolha do tipo de sanduche: h duas possibilidades de fazer tal escolha.
Escolha da sobremesa: para cada uma das possibilidades anteriores, h trs
maneiras de escolher a sobremesa.
Assim, a realizao da ao (duas etapas sucessivas) pode ser feita de 2 x 3 = 6
maneiras distintas que foram anteriormente indicadas.

Princpio Fundamental da Contagem (PFC)

Suponhamos que uma ao seja constituda de duas etapas sucessivas. A 1 etapa
pode ser realizada de n maneiras distintas. Para cada uma dessas possibilidades, a 2 etapa
pode ser realizada de m maneiras distintas. Ento, o nmero de possibilidades de se efetuar a
ao completa dado por n x m.
Esse princpio pode ser generalizado para aes constitudas de mais de duas etapas
sucessivas.

Exemplo
H quatro estradas ligando as cidades A e B, e trs estradas ligando as cidades B e C.
De quantas maneiras distintas pode-se ir de A a C, passando por B?
Fazer a viagem de A a C pode ser considerado uma ao constituda de duas etapas
sucessivas:

Ir de A at B: temos quatro possibilidades.

Ir de B a C: para cada uma das possibilidades anteriores, h trs maneiras

de chegar a C, a partir de B.
Assim, pelo PFC, o resultado procurado 4 x 3 = 12.

Arranjos
Dado um conjunto com n elementos distintos, chama-se arranjo dos n elementos,
tomados k a k, a qualquer sequncia ordenada de k elementos distintos escolhidos entre os n
existentes.

19

Captulo XII
Exemplo 1
Dado o conjunto A = {1,2,3,4}, vamos escrever todos os arranjos desses quatro
elementos tomados dois a dois:
Devemos escrever todas as sequncias ordenadas de dois elementos distintos
escolhidos entre os elementos de A. Assim, temos:
(1,2); (1,3); (1,4); (2,1); (2,3); (2,4)
(3,1); (3,2); (3,4); (4,1); (4,2); (4,3)
Notemos que (2,3) (3,2), isto , a troca na ordem dos elementos de um possvel
agrupamento gera um agrupamento diferente.

Clculo do Nmero de Arranjos

Seja um conjunto com n elementos distintos. Vamos encontrar uma expresso para o
nmero de arranjos dos n elementos tomados k a k (indica-se An,k).
Escrever um arranjo dos n elementos tomados k a k significa escrever uma sequncia
ordenada de k elementos distintos (k n), escolhidos entre os n disponveis. Assim, pelo PFC,
a ao pedida consta de k etapas sucessivas, que correspondem s escolhas dos k elementos.
1 etapa: h n elementos para serem escolhidos
2 etapa: como os elementos devem ser distintos, h n-1 possibilidades
3 etapa: n-2
4 etapa: n-3
5 k-sima etapa: n (k-1)
Dessa forma, o nmero total de arranjos dos n elementos tomados k a k :
An,k = n.(n-1)(n-2)...(nk+1)
Multiplicando e dividindo a expresso acima por (n-k)! = (n-k)(n-k-1)...3 . 2 . 1, vem:

n k n k 1 . .. 321
An,k = n.(n-1)(n-2)...(nk+1). A n,k =n . n 1 n2 . .. nk +1 n k n k 1 . .. 321
isto :

A n,k =

n!
n k ! n k

20

Captulo XII
Exemplo 2
A senha de um carto eletrnico formada por duas letras distintas seguidas por uma
sequncia de trs algarismos distintos. Quantas senhas poderiam ser confeccionadas?
Como importa a ordem em que so escolhidas as letras, o nmero de maneiras de
escolh-las dado por A26,2.
Analogamente, a sequncia de trs algarismos distintos pode ser escolhida de A 10,3
maneiras.
Pelo PFC, o nmero de senhas que podem ser confeccionadas :
A 26,2 A 10,3 =650 720=468 .000

Permutaes
Dado um conjunto com n elementos distintos, chama-se permutao dos n elementos a
todo arranjo desses n elementos tomados n a n.
O nmero total de permutaes de n elementos, indicado por Pn, dado por:
P n =An,n =

n!
n!
= =n!
nn 0 !

Notemos que a permutao um caso particular de arranjo, pois, dado um conjunto

com n elementos distintos, selecionamos exatamente n elementos para formar a sequncia
ordenada.
Exemplo
Oito pessoas, entre elas Antnio e Pedro, vo posar para uma fotografia. De quantas
maneiras elas podem ser dispostas se Antnio e Pedro recusam-se a ficar lado a lado?
Sem levar em conta a restrio apresenta, o nmero total de possibilidades
P 8 =8 ! = 40 . 320 .
Para determinar o nmero de possibilidades em que Antnio e Pedro aparecem juntos,
vamos consider-los uma s pessoa, que ir permutar com as seis restantes, num total de
P 7 =7 ! = 5 . 040 maneiras. Porm, para cada uma das possibilidades acima, Antnio e Pedro
podem trocar de lugar entre si, num total de P 2 =2! = 2 maneiras. Dessa forma, 2 x 5.040 =
10.080 o nmero de maneiras em que eles aparecem juntos.
Por fim, a diferena 40.320 20.080 = 30.240 fornece o nmero de situaes em que
Antnio e Pedro no aparecem lado a lado.

21

Captulo XII
Combinaes
Dado um conjunto A com n elementos distintos, chama-se combinao dos n
elementos de A, tomados k a k, a qualquer subconjunto de A formado por k elementos.

Tanto arranjo como combinao so agrupamentos

de k elementos distintos escolhidos a partir de um
conjunto de n elementos. A diferena, que, no arranjo, se
mudarmos a ordem dos elementos de certo agrupamento,
obteremos um novo agrupamento; na combinao,
mudando a ordem dos elementos de certo agrupamento,
obtemos o mesmo agrupamento.

Clculo do Nmero de Combinaes

Considere o seguinte problema: Uma classe formada por 10 alunos. Deseja-se
formar uma comisso de trs alunos para representao discente na escola. De quantas
maneiras poderemos fazer tal escolha?
Calculemos inicialmente o nmero de triplas ordenadas de alunos. Como vimos, temos

10 !
um total de A 10,3= 7 ! =720 sequncias ordenadas .

Suponhamos que A, B e C estejam entre os 10 alunos da classe. Essas 720

possibilidades incluem, entre outras, os seguintes arranjos:
(A,B,C), (A,C,B), (B,A,C), (B,C,A), (C,A,B), (C,B,A)
Em cada um desses casos que diferem entre si apenas pela ordem dos elementos
escolhidos os alunos A, B e C faro parte da comisso. Assim, os seis arranjos acima
passam a ser equivalentes entre si, correspondendo a uma nica combinao {A,B,C}, pois
determinam sempre a mesma comisso.
Dessa forma, aos seis arranjos corresponde uma combinao; ento, para os 720
arranjos, teremos x combinaes:
6 arranjos

__________

1 combinao

720 arranjos

__________

Resolvendo a proporo acima, vem:

x=

720
6

22

Captulo XII
isto :
x = 120 comisses
De modo geral, qualquer permutao de uma determinada sequncia ordenada d
origem a uma nica combinao.
Genericamente, o nmero de combinaes de n elementos distintos, tomados k a k,
que se indica por Cn,k, dado por:
C n,k =

A n,k
n!
=
Pk
k! n k !

,nk

Exemplo
Uma pizzaria oferece 15 diferentes sabores de pizza a seus clientes.
a. De quantas maneiras uma famlia pode escolher trs desses sabores?
Escolher as pizzas {P1, P2, P3} o mesmo que escolher as pizzas {P2, P1, P3}.
Assim, cada possvel escolha da famlia uma combinao das 15 pizzas tomadas trs a
trs.
O resultado procurado , portanto:
C 15,3 =

15 !
15141312 !
=
=455
3 ! 12!
32112 !

b. Suponhamos, agora, que uma famlia sempre opta por mussarela. Como podero
ser escolhidos os outros dois sabores?
Como um dos sabores j foi definido, os outros dois sabores sero escolhidos entre os
14 restantes.
Dessa forma, o nmero de possibilidades dado por:
C 14,2 =

14 !
=91
12 ! 2 !

23

Captulo XIII

Experimento Aleatrio
Todo experimento que, repetido em condies idnticas, pode apresentar diferentes
resultados recebe o nome de experimento aleatrio. A variabilidade de resultados deve-se ao
acaso.
So exemplos de experimentos aleatrios o lanamento de uma moeda, o lanamento
de um dado, a extrao de uma bola de uma urna que contm bolas de diferentes cores, etc.

Espao Amostral
Consideremos um experimento aleatrio. O conjunto de todos os possveis resultados
desse experimento chamado espao amostral e indicado por (letra grega que se l:
mega).
Indicaremos o nmero de elementos de um espao amostral por n().
Exemplo 1
Lanamos uma moeda honesta e observamos a face voltada para cima. Temos:
= {K, C}, onde K: cara e C: coroa
n() = 2
Chamaremos cada um dos dois resultados possveis de ponto amostral.

Exemplo 2
Uma urna contm cinco bolas vermelhas e quatro brancas. Duas bolas so extradas,
ao acaso, sucessivamente e sem reposio. Observamos a sequncia de cores das bolas
sorteadas.
Para determinar , vamos construir um diagrama de rvore:

24

Captulo XIII
1 extrao

2 extrao
Vermelha

Vermelha

Branca
Vermelha
Branca

Branca

Indicando vermelha por V e branca por B, temos:

= {(V,V), (V,B), (B,V), (B,B)}; n() = 4
Cada par acima um dos pontos amostrais de .

Evento
Consideremos um experimento aleatrio cujo espao amostral . Chamamos evento,
e indicamos por E, a qualquer subconjunto de .
Exemplo
Lanamos um dado e observamos o nmero da face voltada pra cima. Vamos
determinar os seguintes eventos:
a. E1: ocorrncia de nmero impar.
b. E2: ocorrncia de nmero maior ou igual a 4.
Temos:

= {1,2,3,4,5,6}

f. E1 = {1,3,5}; observe que E 1

g. E2 = {4,5,6}; observe que E 2

Probabilidade em Espao Amostrais Equiprovveis

Consideremos um espao amostral , formado por k pontos amostrais:
= {a1, a2, a3, ,ak}
Vamos associar a cada um desses pontos amostrais um nmero real, p{a i}, ou
simplesmente pi, chamado probabilidade do evento {ai} (ou probabilidade de ocorrncia do
ponto amostral ai) tal que:
1. 0 pi 1

25

Captulo XIII
k

2. p i =1 , isto , p1 + p2, + + pk = 1
i=1

Consideremos aqui os espaos amostrais equiprovveis, isto , aqueles cujos

pontos amostrais tem a mesma probabilidade de ocorrer.
Assim, se denotarmos por p a probabilidade de ocorrncia de cada um dos pontos
amostrais de , temos, em II:
p + p + . .. + p =1 kp =

1 p =

k vezes

1
k

A probabilidade de ocorrncia de um evento E, formado por r pontos amostrais E = {a1,

a2, a3, ,ar}, com r k, dada por:
1 1
1
r nmero de elementos de E n E
p E =p1 + p 2 + p r p E = p E = =
=
k k
k
k nmero de elementos de n

r vezes

n E
Como E , temos que n(E) n(). Dessa forma, p E = n tal que 0 p(E) 1.

Essa definio de probabilidade intuitiva, isto , a probabilidade de ocorrer

determinado evento dada pela razo entre o nmero de casos favorveis (ou nmero de
casos que nos interessam) e o nmero de casos possveis (ou nmero total de casos).

Assim, p E =

n E nmero de casos favorveis

=
n nmero de casos possveis

Exemplo 1
Uma urna contm 15 bolas numeradas de 1 a 15. Uma bola extrada ao acaso da
urna. Qual a probabilidade de ser sorteada uma bola com nmero maior ou igual a 11?
Temos:
= {1,2,3,...,15}
Seja o evento E: o nmero da bola sorteada maior ou igual a 11. Temos: E =
{11,12,13,14,15}. Assim:

p E =

n E 5 1
= = 33,3
n 15 3

Exemplo 2
Um dado lanado e observa-se o nmero da face voltada pra cima. Qual a
probabilidade de esse nmero ser:
a. menor que 3?

26

Captulo XIII
b. maior ou igual a 3?

Resoluo
= {1,2,3,4,5,6}
a. Seja E o evento o nmero menor que 3. Temos:
E = {1,2}. Ento, p E =

n E 2 1
= =
n 6 3

b. Basta considerar o evento complementar em relao ao evento anterior, isto , E c =

{3,4,5,6}.
c
Assim, p E =

n Ec 4 2
= =
n 6 3

Note sempre que p(E) + p(Ec) = 1.

Exemplo 3
Uma moeda lanada trs vezes, sucessivamente. Qual a probabilidade de
observarmos:
a. exatamente uma cara?
b. No mximo duas caras?
Vamos construir um diagrama de rvore onde na 1, 2 e 3 colunas, respectivamente,
representaremos os possveis resultados para o 1, 2 e 3 lanamentos.

(K,K,K)

(K,K,C)

(K,C,K)

(K,C,C)

K: cara

(C,K,K)

C: coroa

(C,K,C)

(C,C,K)

(C,C,C)

K
K
C

K
C
C
O espao amostral formado pelas oito sequncias indicadas.
a. O evento E1 que nos interessa :

27

Captulo XIII
{(K,C,C), (C,K,C), (C,C,K)}
Assim, p E 1 =

n E 1

3
= =37,5%
n 8

b. As sequncias que nos interessam so aquelas que apresentam nenhuma, uma ou

duas caras. Assim, o evento pedido :
E2 = {(C,C,C), (K,C,C), (C,K,C), (C,C,K), (K,K,C), (K,C,K), (C,K,K)}
7
Logo, p E 2 = 8 =87,5%

Nos trs exemplos anteriores, foi possvel construir o espao amostral,

representando cada um de seus pontos amostrais. Muitas vezes, porm, fica
muito trabalhoso descrever todos os elementos ou pontos amostrais. Dessa
forma, as tcnicas estudadas em anlise combinatria nos permitiro
determinar o nmero de elementos tanto do espao amostral como do
evento E, sem que seja necessrio apresentar e E explicitamente.

Exemplo 4
Uma classe tem 20 meninos e 25 meninas. Deseja-se formar uma comisso de cinco
alunos para representantes de classe. Qual a probabilidade de essa comisso vir a ser
formada exclusivamente por meninos?

Resoluo
O nmero de elementos de igual ao nmero de maneiras de se escolher uma
comisso qualquer de cinco pessoas, a partir dos 45 alunos. Como vimos, n() = C45, 5.
O evento E que nos interessa aquele em que todos os alunos da comisso so
meninos. O nmero de comisses assim existentes C20, 5.
Assim, a probabilidade pedida :

p E =

C 20,5
0,0126=1,26%
C 45,5

Exemplo 5
Escolhe-se, ao acaso, um dos anagramas da palavra XADREZ. Qual a probabilidade
de a palavra escolhida comear por XA?

28

Captulo XIII
O nmero de elementos de o nmero de permutaes da palavra XADREZ.
Ento: n() = P6 = 6! = 720.
O evento E que nos interessa a palavra comea por XA. Temos:

X A

definidas as duas primeiras letras, hP =4 ! maneiras de se preencherem as lacunas restantes

Assim, n(E) = 4! = 24.

Logo, a probabilidade pedida

p E =

n E 24
1
=
= 3,33%
n 720 30

Probabilidade da Unio de Dois Eventos

Sejam A e B eventos de um mesmo espao amostral . Vamos encontrar uma
expresso para a probabilidade de ocorrer o evento A ou o evento B, isto , a probabilidade da
ocorrncia do evento AB .
Consideremos dois casos:
AB=

Temos:

n(AB) = n(A) + n(B)

Como n() 0, podemos escrever:

n AB n A n B
=

n
n n

Da definio de probabilidade apresentada, segue que:

p(AB) = p(A) + p(B)
Nesse caso, A e B so chamados eventos mutuamente
exclusivos.
AB

A
A B

Da teoria dos conjuntos, temos que:

n(AB) = n(A) + n(B) n(AB)
De modo anlogo ao 1 caso, segue que

29

Captulo XIII
p(AB) = p(A) + p(B) p(A B)
O evento AB representa a ocorrncia simultnea dos eventos A e B.

Exemplo 1
Uma urna contm 25 bolas numeradas de 1 a 25. Uma bola extrada ao acaso
dessa urna.
a. Qual a probabilidade de o nmero da bola sorteada ser mltiplo de 2 ou de 3?
Consideremos os eventos A, o nmero mltiplo de 2, e B, o nmero mltiplo de
3. Queremos encontrar p(AB).

Resoluo
A = {2,4,6,8,10,12,14,16,18,20,22,24} p A =

B = {3,6,9,12,15,18,21,24} p A =

n A 12
=
n 15

n B 8
=
n 25

AB = {6,12,18,24}: o evento formado pelos nmeros que so mltiplos de 2 e 3 ao

4
mesmo tempo, isto , pelos mltiplos de 6. Temos: p AB =25
p AB =

12
8
4 16
= =0,64=64%
25 25 25 25

b. Qual a probabilidade de o nmero da bola sorteada ser mltiplo de 5 ou de 7?

Sejam os eventos:
A: o nmero mltiplo de 5;

5
A = {5,10,15,20,25} e p A = 25

B: o nmero mltiplo de 7;

3
B = {7,14,21} e p B = 25

Como AB= , segue que:

5
3
8
p(A B) = p(A) + p(B) p AB =25 25 p AB = 25 =0,32 =32%

Exemplo 2
A probabilidade de um guarda rodovirio aplicar quatro ou mais multas em um dia de

30

Captulo XIII
63%; a probabilidade de ele aplicar quatro ou menos multas em um dia de 56%. Qual a
probabilidade de o guarda aplicar exatamente quatro multas em um dia?
Consideremos os eventos:
A: o guarda aplica quatro ou mais multas;

p(A) = 0,63

B: o guarda aplica quatro ou menos multas;

p(B) = 0,56

Resoluo
I.

AB o evento o guarda aplica exatamente quatro multas. Queremos

determinar p(AB).

II. AB = (pois em um dia o guarda aplica menos de quatro multas, ou

quatro multas, ou mais de quatro multas).
Assim, p(AB) = p () = 1 (pois A B o evento certo)
Da:
p(AB) = p(A) + p(B) p(AB)
1 = 0,63 + 0,56 - p(AB) p(AB) = 0,19 = 19%

31

Captulo XIV

Razo
Considere a situao a seguir.
Num exame, 1.200 candidatos disputam 400 vagas.
Se compararmos esses dois nmeros atravs de uma diviso, obteremos:
1200 3
1200 400 =
=
400
1

Dizemos que h 3 candidatos para cada vaga ou que a razo entre

o nmero de candidatos e o nmero de vagas de 3 para 1.

400
1
Dizemos que para cada vaga h 3 candidatos ou que a razo entre
4001200 =
=
1200 3
o nmero de vagas e o nmero de candidatos de 1 para 3.

Quando comparamos dois nmeros atravs da diviso, como fizemos nessa situao,
o resultado obtido chama-se razo entre esses dois nmeros.
Assim:
Sendo a e b dois nmeros racionais,
com b 0, denomina-se razo entre a e
b ou razo de a pra b o quociente
a
ou a b
b

A razo b ou a b pode ser lida de uma das seguintes maneiras:

Razo de a para b

ou a est para b

ou a para b

32

Captulo XIV
Exemplo
Calcular a razo da rea do primeiro retngulo para a rea do segundo retngulo.

1m
1

40 cm

60 cm

1,2 m
A1 = 60 x 40 = 2.400 cm
A2 = 120 x 100 = 12.000 cm

A1 2400
1
=
=
A 2 12000 5

1 para 5, ou seja, a rea do retngulo 2 cinco vezes a

rea do retngulo 1.

Escala
Uma das aplicaes da razo entre duas grandezas se encontra na escala de reduo
ou escala de ampliao, conhecidas simplesmente como escala.
Quando queremos representar com um desenho certos objetos (mveis, automveis
etc.), a planta de uma casa, a maquete de um o prdio ou fazer um mapa, usamos uma escala.
Denomina-se escala de um
desenho a razo entre o comprimento
considerado
no
desenho
e
o
correspondente
comprimento
real,
medidos com a mesma unidade. Em
geral, utilizamos as medidas em
centmetro para determinar uma escala.

escala =

comprimento no desenho
comprimento real

33

Captulo XIV

No mapa acima, a escala de 1 : 25.000.000 para a regio do

Brasil e 1 : 4.000.000 para a regio do Rio de Janeiro.
Isto significa que 1 cm no desenho corresponde a 25.000.000 cm
ou 250 km no real para o Brasil e 4.000.000 cm ou 40 km no real para o
Rio de Janeiro.
Assim, se a distncia entre duas cidades no mapa do Brasil de
2,5 cm, a distncia real ser de 2,5 . 250 = 625 km. E se a distncia real
entre dois municpios cariocas de 140 km, no mapa que corresponde
regio do Rio de Janeiro, esta distncia ser de 140 : 40 = 3,5 cm.

Proporo
Vamos analisar a seguinte situao:
Um posto de gasolina oferece um desconto de R$ 1,00 para cada 10 litros
completos de gasolina. Se uma pessoa colocar 50 litros de gasolina no carro, que
desconto ir obter?
Com os dados do problema, podemos montar uma tabela:
Litros

Desconto (em R$)

10

20

30

40

50

o desconto ser de R$ 5,00

Nesta tabela podemos destacar:

34

Captulo XIV

Litros

Desconto (em R$)

10

20

30

40

50

razo entre desconto e litros: 10

razo entre desconto e litros: 50

1
5
1
5
Verificamos que as razes 10 e 50 so iguais. Ento 10 =50 .

Uma sentena matemtica que expressa uma igualdade entre duas razes chamada
proporo.
Da definimos:

Proporo uma igualdade entre duas razes.

Na proporo b = d , temos:
Os nmeros a, b, c e d so denominados termos da proporo.
O primeiro e o quarto termos so denominados extremos, enquanto que o
segundo e o terceiro so denominados meios.
extremos

a c
=
b d

a b = cd

meios

meio

extremo

meio

extremo

35

Captulo XIV
1

Considerando a proporo anterior 10 =50 temos:

a. produto dos extremos 150=50
b. produto dos meios: 510 =50
Esse fato se repete sempre que tomamos uma proporo.
Da, podemos definir a propriedade fundamental das propores.

Em toda proporo, o produto dos extremos igual ao

produto dos meios e vice-versa.

Grandezas Proporcionais
Nmeros Diretamente Proporcionais
Consideremos a seguinte situao: uma torneira aberta para encher um reservatrio.
De tempos em tempos, medida a altura da gua no reservatrio, e o resultado dessa
medio encontra-se na tabela seguinte:
Tempo (em min)

Altura da gua (em cm)

10

12

15

18

20

24

25

30

30

36

Vamos observar o que ocorre quando consideramos um nmero da 1 coluna e o seu

correspondente na 2 coluna.
10 5
=
12 6

15 5
=
18 6

20 5
=
24 6

25 5
=
30 6

30 5
=
36 6

36

Captulo XIV
Podemos ento escrever:
10 15 20 25 30 5
= = = = =
12 18 24 30 36 6

Quando isso acontece, dizemos que os nmeros da 1 coluna so diretamente

proporcionais aos nmeros correspondentes da 2 coluna.
Dizemos que:

Os nmeros racionais x, y e z so diretamente proporcionais aos

x y z
nmeros racionais a, b e c quando se tem
= =
a b c

Nmeros Inversamente Proporcionais

Consideremos a seguinte situao: uma bolinha deve se deslocar de um ponto A at
um ponto B. A velocidade da bolinha e o tempo correspondente que ela gasta nesse
deslocamento esto na tabela seguinte:
Velocidade (em m/s)

Tempo (em s)

20

60

40

30

60

20

80

15

Vamos observar o que ocorre quando consideramos um nmero da 1 coluna e o seu

correspondente na 2 coluna:
2060 =1200

4030=1200

6020 =1200

8015 =1200

Podemos, ento, escrever:

2060 =4030=6020=8015=1200

Quando isso acontece, dizemos que os nmeros da 1 coluna so inversamente

proporcionais aos nmeros correspondentes da 2 coluna.
Dizemos, ento, que:

37

Captulo XIV

Os nmeros racionais x, y e z so inversamente proporcionais

aos nmeros racionais a, b e c quando se tem x . a = y . b = z. c

Regra de Trs Simples

Consideremos as seguintes situaes: na extremidade de uma mola colocado
um corpo com massa de 10 kg e verifica-se que o comprimento da mola de 42 cm. Se
colocarmos uma massa de 15 kg na extremidade dessa mola, qual ser o comprimento
da mola?
Vamos representar pela letra x o comprimento pedido.
Estamos relacionando dois valores da grandeza massa (10 kg e 15 Kg) com dois
valores da grandeza comprimento (42 cm e x cm).
Queremos determinar um desses quatro valores, conhecidos os outros trs. Para isso,
vamos organizar os dados numa tabela.
Massa (em kg)

Comprimento (em cm)

10

42

15

Se duplicarmos a massa inicial do corpo, o comprimento da mola tambm duplicar.

Logo, as grandezas so diretamente proporcionais. Assim, os nmeros 10 e 15 so
diretamente proporcionais aos nmeros 42 e x.
Da, temos:
10 42
630
=
10x =4215 10x =630 x =
x = 63
15
x
10

O comprimento da mola ser de 63 cm.

Ao participar de um treino de Frmula I, um competidor, imprimindo velocidade
mdia de 200 km/h, faz o percurso em 18 segundos. Se sua velocidade fosse de 240
km/h, qual o tempo que ele teria gasto no percurso?
Vamos representar pela letra x o tempo procurado.
Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade (200 km/h e 240 km/h) com
dois valores da grandeza tempo (18 segundos e x segundos).

38

Captulo XIV
Queremos determinar um desses valores, conhecidos os outros trs.
Velocidade (em km/k)

Tempo gasto para fazer o percurso (em s)

200

18

240

Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto par fazer o percurso cair
para a metade; logo, as grandezas so inversamente proporcionais. Assim, os nmeros 200 e
240 so inversamente proporcionais aos nmeros 18 e x.
Da, temos;
20018=240x
3600=240x

240x =3600

x =

3600
240

x =15

O corredor teria gasto 15 segundos no percurso.

Regra de Trs Composta

Consideremos algumas situaes:
a. Trabalhando durante 6 dias, 5 operrios produzem 400 peas. Quantas peas
desse mesmo tipo sero produzidas por 7 operrios, trabalhando durante 9 dias?
Vamos organizar os dados no quadro seguinte, indicando com a letra x o nmero de
peas pedido:
Nmero de operrios

Nmero de dias

Nmero de peas

400

b. Fixando a grandeza A, vamos relacionar as grandezas B e C. Se dobrarmos o

nmero de dias, o nmero de peas tambm dobrar. Logo, as grandezas B e C so

39

Captulo XIV
diretamente proporcionais.
c. Fixando a grandeza B, vamos relacionar as grandezas A e C. Se dobrarmos o
nmero de operrios, o nmero de peas tambm dobrar. Logo as grandezas A e C so
diretamente proporcionais.
Ento, a grandeza C diretamente proporcional s grandezas A e B. Logo, seus
valores sero diretamente proporcionais aos produtos dos valores das grandezas A e B, ou
seja:
5 6 400
=
7 9
x

30 400
=
63
x

30x = 25.200

x =

25.200
x = 840
30

Se as mquinas funcionarem durante 9 dias, sero produzidas 840 peas.

d. Um motociclista percorre em mdia 200 km em 2 dias, se rodar durante 4 horas
por dia. Em quantos dias esse motociclista percorrer 500 km, se rodar 5 horas por dia?
Indicando o nmero de dias pela letra x, vamos colocar os dados do problema no
seguinte quandro:
Nmero de km

Nmero de h/dia

Nmero de dias

200

500

e. Fixando a grandeza A, vamos relacionar as grandezas B e C. Dobrando-se o

nmero de horas que ele roda por dia, o nmero de dias cair para a metade. Logo, as
grandezas B e C so inversamente proporcionais.
f. Fixando a grandeza B, vamos relacionar as grandezas A e C. Dobrando-se o
nmero de quilmetros percorridos, o nmero de dias tambm dobrar. Logo as
grandezas A e C so diretamente proporcionais.

Ento, a grandeza C diretamente proporcional grandeza A e inversamente

40

Captulo XIV
proporcional grandeza B. Isso nos leva a escrever a razo inversa dos valores que
representam a grandeza B.
Da temos:
200 5 2
=
500
4 x
Razo Inversa

1000 2
=
2000 x

1000x = 4000

x =

4000
x =4
1000

O motociclista levar 4 dias para percorrer 500 km, se rodar 5 horas por dia.

Razes Escritas Na Forma Percentual

Praticamente todos os dias voc v na televiso ou l nos jornais alguma coisa
relacionada com a expresso por cento.
A expresso por cento vem do latim per centum, que quer dizer por um cento. Assim,
quando voc l ou escuta uma afirmao como Grande liquidao de vero: 40 por cento de
desconto em todos os artigos, significa que voc tem um desconto de 40 reais para cada 100
reais do preo de um artigo.
40

Isto nos leva, ento, a estabelecer a razo 100 .

Alm da forma fracionria e da forma decimal, uma razo tambm pode ser
representada na forma percentual, com o simbolo %.
Esse smbolo foi criado h quatro sculos por comerciantes ingleses, para simplificar a
linguagem nas transaes comerciais.
a

Podemos, ento, dizer que toda razo b , na qual b = 100, pode ser escrita na forma de
porcentagem e chama-se taxa de porcentagem.
Assim:
30
=0,30 =30 ou 30 porcento
100

Exemplo 1

41

Captulo XIV
Em um jogo de basquete, Oscar cobrou 20 lances livres, dos quais acertou 65%.
Quantos lances livres ele acertou?
65
Este problema se resume em calcular 65% de 20. Sabemos que 65% = 100 = 0,65.

Representando por x o nmero de acertos, temos a equao:

x = 65% de 20
x = 0,65 . 20
x = 13
Oscar acertou 13 lances livres.

Exemplo 2
Durante o ano de 1997, uma equipe de basquete disputou 75 jogos, dos quais venceu
63. Qual a taxa de porcentagem correspondente aos jogos que essa equipe venceu?
Vamos indicar por x o nmero que representa essa porcentagem. De acordo com o
problema, podemos escrever:
x75=63
75x =63

x=

63
75

84
x = 0,84 ou 100 ou 84%

A equipe venceu 84% dos jogos que disputou.

Exemplo 3
Comprei 60 figurinhas e aproveitei apenas 45 em meu lbum. As restantes eram
repetidas. Qual foi a taxa de porcentagem de figurinhas repetidas?
Vamos calcular quantas figurinhas eram repetidas: 60 45 = 15
Representando por x o nmero que indica a porcentagem procurada, montamos a
equao:
x60 =15

60x =15

42

Captulo XIV
x=

63
75

25
x = 0,25 ou 100 ou 25%

Ento, 25% das figurinhas que comprei eram repetidas.

Exemplo 4
Em um colgio 1400 alunos estudam no perodo da manh. Esse nmero representa
56% do nmero de alunos que estudam nesse colgio. Quantos alunos estudam, ao todo,
nesse colgio?
Vamos representar por x o nmero total de alunos do colgio. Sabendo que 56% =
56
100 = 0,56, podemos escrever a equao:
0,56x =1400
0,56 x = 1400

x=

1400
0,56

x = 2500
No colgio estudam ao todo 2500 alunos.

Exemplo 5
Na compra de um objeto, obtive um desconto de 15%. Paguei, ento, R$ 76,50 pelo
objeto. Nessas condies, qual era o preo original desse objeto?
Como obtive um desconto de 15%, paguei o correspondente a 100% - 15% = 85% do
objeto.
Indicando o preo original por x, podemos escrever:
85% de x igual a 76,50, ou seja:
0,85x=76,50

0,85 x = 76,50

x=

76,50
0,85

x = 90
O preo original do objeto era 90 reais.

43

Captulo XIV
Juros
Quando uma pessoa pede dinheiro emprestado a uma outra pessoa ou a um
banco, ela paga uma compensao em dinheiro pelo tempo que fica com o dinheiro
emprestado.
Quando uma pessoa compra uma mercadoria a prestao, ela paga um
acrscimo pelo tempo correspondente ao nmero de prestaes.
Quando uma pessoa aplica dinheiro em um banco, ela recebe uma compensao
pelo tempo em que est emprestando o dinheiro ao banco.
Essa compensao ou esse acrscimo a que estamos nos referindo chama-se juro e
corresponde sempre a uma porcentagem do valor do emprstimo ou da compra.
Suponhamos que uma pessoa deseje comprar uma geladeira e no disponha de
dinheiro suficiente para pagamento vista. Nessas condies, ela pode efetuar a compra a
prazo ou tentar um emprstimo em um banco. Em qualquer um dos casos, a pessoa
geralmente paga uma quantia alm do preo da geladeira a ttulo de juros. O valor desses
juros justificado pelo prazo obtido para o pagamento ou pelo aluguel do dinheiro
emprestado.
H outras situaes em que aparecem juros. Por exemplo, se uma pessoa dispe de
uma importncia em dinheiro, ela pode aplic-la em uma caderneta de poupana ou em algum
outro investimento. Ao fim de certo perodo, ela recebera do banco a importncia aplicada
acrescida de um valor referente aos juros da aplicao.
Normalmente, quando se realiza alguma operao desse tipo, fica estabelecida uma
taxa de juros por um perodo (ms, dia, ano), a qual incide sobre o valor da transao,
chamado de capital.

Juros Simples
Suponhamos que sobre uma quantia devam ser calculados juros simples, a uma taxa
fixa por perodo, durante certo nmero de perodos.
Isso significa que os juros correspondes a cada um dos perodos sero sempre
calculados sobre a quantia inicial. E s sero incorporados a ela ao final do ltimo perodo.
Dizemos, portanto, que nesse regime h pagamento de juros constantes por perodos
iguais.
Atualmente, a maioria dos investimentos financeiros como caderneta de poupana e
fundos de aplicaes -, alm de dvidas e reajuste de preos, no obedece ao princpio de
juros simples. A exceo principal o mecanismo de desconto simples, que estudaremos
adiante.

44

Captulo XIV

Exemplo 1
Um comerciante contraiu de um amigo um emprstimo de R$ 600,00,
comprometendo-se a pagar a dvida em 3 meses, taxa de juros simples de 5% a.m. (ao
ms).
Para calcularmos os juros a serem pagos, fazemos:
a. Em um ms, os juros so de:
5% de 600,00 = 0,05 x 600 = 30,00
b. Como o prazo de 3 meses, o total de juros :
J = 3 x 30,00 = 90,00
Assim, ao final de 3 meses o comerciante dever pagar:

600,00
90,00
=690,00
Capital

Juros

O valor total a ser pago (R$ 690,00) chamado montante.

De modo geral, um capital C, empregado durante n perodos, taxa i, produz juros J
dados por:
J=Cin

e montante M igual a:
M = C + J = C + Cin M = C (1 + in)

A taxa deve ser sempre compatvel com a

unidade de tempo considerada. Por exemplo, se a taxa
for de 4% a.m., para um prazo de 60 dias adotaremos
n = 2 (2 meses).

Exemplo 2
Um capital de R$ 210,00, aplicado em regime de juros simples durante 4 meses, gerou
um montante de R$ 260,40.
Para calcularmos a taxa mensal de juros considerada, fazemos:
M = C (1 + in), isto ,

260,40=210 1 +i4

45

Captulo XIV

260,40
=14i
210

1,24 =14i
0,24=4i

i= 0,06
i= 6 a . m .

A taxa mensal de juros de 6% ao ms.

Exemplo 3
taxa anual de 30% (30% a.a.), certo capital, em 8 meses, produziu, a juros simples,
um total de R$ 1500,00. Calculemos o capital C aplicado.
30
Uma taxa de 30% a.a. Equivale a 12 = 2,5% a.m. Assim, devemos adotar i = 0,025.

Da:

1500 =C 10,0258
1500 =C 10,2
1500=1,2 C

C=

1500
1,2

C= 1250,00

O capital aplicado foi de R$ 1250,00

Juros Compostos
A existncia de juro e de inflao gerou o estudo das operaes financeiras. Esse
estudo, basicamente, acompanha os fluxos de dinheiro e analisa a variao do valor do
dinheiro, em funo do tempo.
As operaes financeiras investimentos, emprstimos ou financiamentos so objeto
de estudo da Matemtica financeira. Essas operaes formam o chamado mercado financeiro
ou mercado de capitais.
O regime de capitalizao mais utilizado nas transaes comerciais e financeiras o
de juros compostos, que se baseia no seguinte princpio:
a. Ao final do 1 perodo, os juros incidentes sobre o capital inicial so a ele
incorporados, produzindo o 1 montante.

46

Captulo XIV
b. Ao final do 2 perodo, os juros incidem sobre o 1 montante e incorporam-se a
ele, gerando o 2 montante.
c. Ao final do 3 perodo, os juros, calculados sobre o 2 montante, incorporam-se a
ele, gerando o 3 montante; e assim por diante.
De modo geral, um capital C, a juros compostos, aplicado a uma taxa fixa i, durante n
perodos produz:
7. ao final do 1 perodo: M1 = C + Ci M1 = C(1 + i)
8. ao final do 2 perodo: M2 = M1 + M1i = M1(1 + i) M2 = C(1 + i)
9. ao final do 3 perodo: M3 = M2 + M2i = M2(1 + i) M3 = C(1 + i)3
10.

ao final do n-simo perodo: Mn = C(1 + i)n

Devido sua natureza, o sistema de juros compostos chamado capitalizao

acumulada.

Exemplo 1
Joana aplicou R$ 400,00 num investimento que rende 2% a.m., a juros compostos.
c. O montante, ao final de 3 meses, dado por:
3

M 3 =400 10,02 =4001,02 3=424,48

d. Ao final de 6 meses:
6

M 6 =400 10,02 =4001,02 6 =450,46

e. Ao final de 1 ano (12 meses):

12

M 12 =400 10,02 =4001,02 12 =507,29

Exemplo 2
Considerando os dados do exemplo anterior, suponhamos que Joana deseje saber o
tempo necessrio para que o montante seja R$ 600,00.
Temos:

M n =600
n
600
n
n
C= 400 600=400 10,02 400 =1,02 1,5=1,02
i= 0,02

A determinao do expoente n feita atravs de logaritmos:

47

Captulo XIV
lo g1 ,5 =log1,02 n nlog1,02 =lo g1 ,5 n=

lo g1 ,5
0,1761
=
n20,47 meses
log1,02 0,0086

O valor obtido, entre 20 e 21 meses, significa que:

a. caso Joana efetue o resgate aps o final do 20 ms ou no decorrer do 21 ms,

20
ela no ter o valor desejado, mas apenas M 20 =4001,02 =594,37 ;
b. caso Joana efetue o resgate ao final do 21 ms, ela ter disponvel o valor de
M 21 =4001,02 21 =606,26

Em geral, o prazo de resgate de uma aplicao

financeira determinado pelo governo federal. Na maioria
das vezes, o prazo mensal, e o resgate antecipado
(antes do vencimento da aplicao) acarreta a perda de
juros correspondentes quele ms, cabendo ao poupador
sacar apenas o montante acumulado at o ms anterior.

Exemplo 3
No dia 1 de junho, Cristiano abriu um caderneta de poupana no valor de R$ 200,00.
nesse ms, a taxa de rendimento da poupana foi de 1,2% e, em julho, foi de 1,4%. Qual
ser o saldo de Cristiano em 1 de agosto?
Em problemas como esse no podemos aplicar a frmula do montante de juros
compostos, pois as taxas de rendimento no so iguais; entretanto, o princpio de
capitalizao acumulada mantido. Vejamos:
d. Em 1 de julho, sero capitalizados os juros correspondentes ao rendimento de
junho e incidentes dobre o valor inicialmente aplicado, produzindo um total de
2001,2 de 200=200 0,012200=1,012200=202,40

e. Em 1 de agosto, sero capitalizados os juros correspondes ao rendimento de

julho e incidentes sobre seu ltimo saldo, gerando um total de:
202,401,4 de 202,40 =202,40 0,014202,40=1,014202,40=205,23

Desconto Simples
Suponhamos que um fabricante de tecidos tenha efetuado uma venda rede Tecidos
Brasil no valor de R$ 80.000,00, a quantia a ser paga trs meses aps a entrega.

48

Captulo XIV
Passado um ms da data da entrega, o fornecedor, precisando de dinheiro, procurou o
Banco da Nao para tentar descontar a duplicata (documento comprobatrio da dvida
contrada pela rede Tecidos Brasil). O banco ofereceu em troca do ttulo a quantia de R$
76.000,00. Tendo sido aceita a proposta, o fornecedor recebeu do banco a importncia de R$
76.000,00, e o banco passou a ser credor da dvida,que ser saldada pela Tecidos Brasil; ou
seja, na data inicialmente estabelecida, a Tecidos Brasil far o pagamento de R$ 80.000,00
diretamente ao Banco da Nao, e no mais ao fornecedor.
Esse tipo de operao recebe o nome de desconto de ttulo.
O valor do ttulo na data do vencimento R$ 80.000,00 chamado valor nominal.
O valor pago pelo Banco da Nao R$ 76.000,00 chamado valor atual ou valor
descontado.
A diferena entre o valor nominal e o atual:
R$ 80.000,00 R$ 76.000,00 = R$ 4.000,00 chamado desconto.
Normalmente, nesse tipo de operao, o valor proposto pelo banco decorre da
aplicao de uma taxa de desconto simples, que incide sobre o valor nominal do ttulo, em
regime semelhante ao de juros simples.
No exemplo, a taxa de desconto simples usada teria sido de 2,5% a.m., e por 2 meses,
que corresponde ao nmero de meses de antecipao:
d= 2,5 de 80. 000 2
d= 0,02580 . 0002 =R$ 4 . 000,00

Exemplo 1
Um ttulo de valor nominal R$ 900,00, com vencimento para 150 dias, ser
descontado em um banco que opera com a taxa de desconto de 6% a.m.
a. Se o prazo de antecipao for de 3 meses, o desconto ser dado por:
d= 0,06 9003 =R$ 162,00 e o valor atual ser:

VA = 900 162 = R$ 738,00

b. Se o resgate for feito 48 dias antes do vencimento, o prazo de antecipao ser
48
=1,6 ms, e o desconto ser:
30
d= 0,06 9001,6 =R$ 86,40 produzindo o valor atual de:

VA = 900 86,40 = R$ 813,60

Exemplo 2

49

Captulo XIV
Levando em considerao os dados do exemplo anterior, para um resgate de R$
862,20 podemos determinar o prazo de antecipao. Temos:
d = 900 862,20 = 37,80.
Assim:
37,80 =0,06900n n= 0,7 ms, o que corresponde a 21 dias de antecipao.

50

Captulo XV

Arco
Seja uma circunferncia de centro O e raio r, e dois pontos distintos A e B sobre essa
circunferncia.

Chamamos de arco da circunferncia a cada uma das partes em que uma

circunferncia fica dividida por dois de seus pontos A e B.
O arco de extremidades A e B representado por

Os arcos tambm possuem dimenses. Suas principais medidas so o grau e o

radiano.
Veja a que parte da circunferncia correspondem essas duas medidas:
1

Um grau o arco unitrio que corresponde a 360 da circunferncia; um grau tem

sessenta minutos (60') e um minuto de grau tem sessenta segundos (60''), porm esses
minutos e segundos nada tem a ver com os minutos e segundos do tempo. Seu smbolo .
Um radiano o arco unitrio que corresponde ao raio da circunferncia, ou seja, o

51

Captulo XV
1

arco cujo comprimento igual ao comprimento do raio; corresponde a 2 da circunferncia.

Seu smbolo rad.
Em consequncia das definies podemos relacionar grau e radiano de acordo com o
quadro abaixo:
Grau

Radiano

360

2 rad

180

rad

90

rad
2

Converso de Unidades
De acordo com o quadro e as definies acima verificamos que 360 corresponde a 2
radianos ou que 180 corresponde a radianos, portanto para realizarmos a converso de
graus em radiano ou vice-versa, basta fazermos uma simples regra de 3.
Exemplo
Determinemos a medida correspondente em radianos de um arco que mede 30.
Ento:
Graus

Radianos

180

30

Resoluo
180 30
30

=
30 = 180x x =
x =

x
180
6

Medidas de ngulos
Dado um ngulo de vrtice O, vamos construir uma
circunferncia de centro O e raio r. Sejam A e B os pontos onde a
circunferncia intercepta os lados do ngulo.

Por definio, a medida do ngulo A O B igual medida do arco

52

Captulo XV
Por exemplo:
a um arco de 1 corresponde um ngulo central de 1;
a um arco de 30 corresponde um ngulo central de 30;
a um arco de 2 rad corresponde um ngulo central de 2 rad.

Comprimento de um Arco
Consideremos a figura anterior, seja a medida em radianos do ngulo A O B ,
procuremos calcular o comprimento do arco

supondo r e conhecidos.

Sabemos que a medida de um arco em radianos o nmero que indica quantas vezes

um arco, de comprimento igual ao raio, cabe no arco medido, isto , = r e, ento: = r isto

, o comprimento do arco
o produto do raio da circunferncia que o contm pela medida
(em radianos) do ngulo central correspondente.
Por exemplo, se a circunferncia tem raio r = 2 cm e o ngulo A O B mede 1,5 rad,
ento temos:
= r = 21,5 = 3 cm

Para o arco de uma volta (circunferncia toda), = 2 e = r2 = 2 r .

Introduo ao Ciclo Trigonomtrico ()

Fixemos, em um plano, um sistema cartesiano ortogonal xOy e consideremos a
circunferncia, de centro O e raio r = 1. Observemos que:
Os pontos A = (1,0), B = (0,1), C = (-1,0), D = (0,-1) pertencem circunferncia e
a dividem em quatro partes iguais, que chamaremos quadrantes. Os quadrantes so

53

Captulo XV
numerados conforme a figura indica.
O comprimento da circunferncia = 2 r = 2 (pois r = 1).

Para cada nmero real x vamos associar um ponto P na circunferncia, ou seja, P se

desloca sobre ela a partir de A, do seguinte modo:
Se x = 0, P coincide com o ponto A, isto , P = A.
Se x > 0, partimos de A e realizamos sobre a circunferncia um percurso de
comprimento x, no sentido anti-horrio (sentido de A para B para C). O ponto final do
percurso P.
Se x < 0, fazemos o percurso no sentido horrio.

Pontos do Ciclo Associados a Nmeros Reais

Como r = 1, o comprimento da circunferncia 2, o que garante que a cada nmero
real x, com 0 x 2, podemos associar uma posio de P sobre a circunferncia (ou, mais
especificamente, um ponto da circunferncia). Por exemplo, ao nmero associa-se o ponto

C, denominado imagem de ; B associado ao nmero 2 ; e D, a 2 .

2

Qual seria o ponto P, correspondente ao nmero real 3

Lembrando que a volta completa corresponde ao valor de 2, o
ponto P descreveria a tera parte de uma volta

2 1
= 2
3 3

ocuparia uma posio do segundo quadrante.

Ao nmero 4 , que pode ser escrito como 4

,
MEIA VOLTA
corresponde o ponto Q da figura.

54

Questes

(ENEM 2009) As figuras a seguir exibem um trecho de um quebra-cabeas que est sendo
montado. Observe que as peas so quadradas e h 8 peas no tabuleiro da figura A e 8
peas no tabuleiro da figura B. As peas so retiradas do tabuleiro da figura B e colocadas
no tabuleiro da figura A na posio correta, isto , de modo a completar os desenhos.

possvel preencher corretamente o espao indicado pela seta no tabuleiro da figura A colocando a
pea:
A) 1 aps gir-la 90 no sentido horrio.
B) 1 aps gir-la 180 no sentido anti-horrio.
C) 2 aps gir-la 90 no sentido anti-horrio.
D) 2 aps gir-la 180 no sentido horrio.
E) 2 aps gir-la 270 no sentido anti-horrio.
(ENEM 2009) Suponha que, na escultura do artista Emanoel Arajo,
mostrada na figura a seguir, todos os prismas numerados em
algarismos romanos so retos, com bases triangulares, e que as faces
laterais do poliedro II so perpendiculares sua prpria face superior,
que, por sua vez, um tringulo congruente ao tringulo base dos prismas. Alm
disso, considere que os prismas I e III so perpendiculares ao prisma IV e ao
poliedro II.
Imagine um plano paralelo face do prisma I, mas que passe pelo ponto P
pertencente aresta do poliedro II, indicado na figura. A interseo desse plano
imaginrio com a escultura contm:
A) dois tringulos congruentes com lados correspondentes paralelos.
B) dois retngulos congruentes e com lados correspondentes paralelos.
C) dois trapzios congruentes com lados correspondentes perpendiculares.
D) dois paralelogramos congruentes com lados correspondentes paralelos.
E) dois quadrilteros congruentes com lados correspondentes perpendiculares.

55

Questes

(ENEM 2009) Uma empresa que fabrica esferas de ao, de 6 cm de raio, utiliza caixas de
madeira, na forma de um cubo, para transport-las.
Sabendo que a capacidade da caixa de 13.824 cm ento o nmero mximo de esferas que podem
ser transportadas em uma caixa igual a:
A) 4
B) 8
C) 16
D) 24
E) 32

(ENEM 2009) Uma fbrica produz velas de parafina em forma de

pirmide quadrangular regular com 19 cm de altura e 6 cm de aresta
da base. Essas velas so formadas por 4 blocos de mesma altura
3 troncos de pirmide de bases paralelas e 1 pirmide na parte superior ,
espaados de 1 cm entre eles, sendo que a base superior de cada bloco
igual base inferior do bloco sobreposto, com uma haste de ferro passando
pelo centro de cada bloco, unindo-os, conforme a figura.
Se o dono da fbrica resolver diversificar o modelo, retirando a pirmide da
parte superior, que tem 1,5 cm de aresta na base, mas mantendo o mesmo
molde, quanto ele passar a gastar com parafina para fabricar uma vela?
A) 156 cm
B) 189 cm
C) 192 cm
D) 216 cm
E) 540 cm
(ENEM 2009) Rotas areas so como pontes que ligam cidades, estados ou pases. O mapa a
seguir mostra os estados brasileiros e a localizao de algumas capitais identificadas pelos
nmeros. Considere que a direo seguida por um avio AI que partiu de Braslia DF, sem
escalas, para Belm, no Par, seja um segmento de reta com extremidades em DF e em 4.

56

Questesccc
Suponha que um passageiro de nome Carlos pegou um avio AII, que seguiu a direo que forma um
ngulo de 135 graus no sentido horrio com a rota Braslia Belm e pousou em alguma das capitais
brasileiras. Ao desembarcar, Carlos fez uma conexo e embarcou em um avio AIII, que seguiu a
direo que forma um ngulo reto, no sentido anti-horrio, com a direo seguida pelo avio AII ao partir
de Braslia-DF. Considerando que a direo seguida por um avio sempre dada pela semirreta com
origem na cidade de partida e que passa pela cidade destino do avio, pela descrio dada, o
passageiro Carlos fez uma conexo em:
A) Belo Horizonte, e em seguida embarcou para Curitiba.
B) Belo Horizonte, e em seguida embarcou para Salvador.
C) Boa Vista, e em seguida embarcou para Porto Velho.
D) Goinia, e em seguida embarcou para o Rio de Janeiro.
E) Goinia, e em seguida embarcou para Manaus.
(ENEM 2009) Um arteso construiu peas de artesanato interceptando uma pirmide de
base quadrada com um plano. Aps fazer um estudo das diferentes peas que poderia obter,
ele concluiu que uma delas poderia ter uma das faces pentagonal.
Qual dos argumentos a seguir justifica a concluso do arteso?
A) Uma pirmide de base quadrada tem 4 arestas laterais e a interseo de um plano com a pirmide
intercepta suas arestas laterais. Assim, esses pontos formam um polgono de 4 lados.
B) Uma pirmide de base quadrada tem 4 faces triangulares e, quando um plano intercepta essa
pirmide, divide cada face em um tringulo e um trapzio. Logo, um dos polgonos tem 4 lados.
C) Uma pirmide de base quadrada tem 5 faces e a interseo de uma face com um plano um
segmento de reta. Assim, se o plano interceptar todas as faces, o polgono obtido nessa interseo tem
5 lados.
D) D O nmero de lados de qualquer polgono obtido como interseo de uma pirmide com um plano
igual ao nmero de faces da pirmide. Como a pirmide tem 5 faces, o polgono tem 5 lados.
E) O nmero de lados de qualquer polgono obtido interceptando-se uma pirmide por um plano igual
ao nmero de arestas laterais da pirmide. Como a pirmide tem 4 arestas laterais, o polgono tem 4
lados.
(ENEM 2009) A cisterna um recipiente utilizado para armazenar gua da chuva. Os
principais critrios a serem observados para captao e armazenagem de gua da chuva so:
a demanda diria de gua na propriedade; o ndice mdio de precipitao (chuva), por regio,
em cada perodo do ano; o tempo necessrio para armazenagem; e a rea de telhado
necessria ou disponvel para captao. Para fazer o clculo do volume de uma cisterna, deve-se
acrescentar um adicional relativo ao coeficiente de evaporao. Na dificuldade em se estabelecer um
coeficiente confivel, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (EMBRAPA) sugere que sejam
adicionados 10% ao volume calculado de gua.
Desse modo, o volume, em m, de uma cisterna calculado por V c = Vd Ndia, em que Vd = volume
de demanda da gua diria (m), Ndia = nmero de dias de armazenagem, e este resultado deve ser
acrescido de 10%.
Para melhorar a qualidade da gua, recomenda-se que a captao seja feita somente nos telhados
das edificaes.
Considerando que a precipitao de chuva de 1 mm sobre uma rea de 1 m produz 1 litro de gua,
pode-se calcular a rea de um telhado a fim de atender a necessidade de armazenagem da seguinte
maneira: rea do telhado (em m) = volume da cisterna (em litros)/precipitao.
Disponvel em: www.cnpsa.embrapa.br.
Acesso em: 8 jun. 2009 (adaptado).

57

Questes
Para atender a uma demanda diria de 2.000 litros de gua, com perodo de armazenagem de 15 dias e
precipitao mdia de 110 mm, o telhado, retangular, dever ter as dimenses mnimas de:
A) 6 metros por 5 metros, pois assim teria uma rea de 30 m
B) 15 metros por 20 metros, pois assim teria uma rea de 300 m
C) 50 metros por 60 metros, pois assim teria uma rea de 3.000 m
D) 91 metros por 30 metros, pois assim teria uma rea de 2.730 m
E) 110 metros por 30 metros, pois assim teria uma rea de 3.300 m
(ENEM 2008) O jogo-da-velha um jogo popular, originado na Inglaterra. O nome velha
surgiu do fato de esse jogo ser praticado, poca em que foi criado, por senhoras idosas que
tinham dificuldades de viso e no conseguiam mais bordar. Esse jogo consiste na disputa de
dois adversrios que, em um tabuleiro 33, devem conseguir alinhar verticalmente,
horizontalmente ou na diagonal, 3 peas de formato idntico. Cada jogador, aps escolher o formato da
pea com a qual ir jogar, coloca uma pea por vez, em qualquer casa do tabuleiro, e passa a vez para
o adversrio. Vence o primeiro que alinhar 3 peas.
No tabuleiro representado ao lado, esto registradas as jogadas de dois
adversrios em um dado momento. Observe que uma das peas tem formato
de crculo e a outra tem a forma de um xis. Considere as regras do jogo-davelha e o fato de que, neste momento, a vez do jogador que utiliza os
crculos. Para garantir a vitria na sua prxima jogada, esse jogador pode
posicionar a pea no tabuleiro de:
A) uma s maneira
B) duas maneiras distintas
C) trs maneiras distintas
D) quatro maneiras distintas
E) cinco maneiras distintas
(ENEM 2008)
A CONTAGEM DE BOIS
Em cada parada ou pouso, para jantar ou dormir, os bois so contados, tanto na chegada
quanto na sada. Nesses lugares, h sempre um potreiro, ou seja, determinada rea de pasto cercada
de arame, ou mangueira, quando a cerca de madeira. Na porteira de entrada do potreiro, rente
cerca, os pees formam a seringa ou funil, para afinar a fila, e ento os bois vo entrando aos poucos
na rea cercada. Do lado interno, o condutor vai contando; em frente a ele, est o marcador, peo que
marca as reses. O condutor conta 50 cabeas e grita: Talha! O marcador, com o auxlio dos dedos
das mos, vai marcando as talhas. Cada dedo da mo direita corresponde a 1 talha, e da mo
esquerda, a 5 talhas. Quando entra o ltimo boi, o marcador diz: Vinte e cinco talhas! E o condutor
completa: E dezoito cabeas. Isso significa 1.268 bois.
Boiada, comitivas e seus pees. In: O Estado de So Paulo,
ano VI, ed. 63, 21/12/1952 (com adaptaes)

Para contar os 1.268 bois de acordo com o processo descrito acima, o marcador utilizou:
A) 20 vezes todos os dedos da mo esquerda
B) 20 vezes todos os dedos da mo direita
C) todos os dedos da mo direita apenas uma vez
D) todos os dedos da mo esquerda apenas uma vez

58

Questes
E) 5 vezes todos os dedos da mo esquerda e 5 vezes todos os dedos da mo direita
(ENEM 2009) Doze times se inscreveram em um torneio de futebol amador. O jogo de abertura
do torneio foi escolhido da seguinte forma: primeiro foram sorteados 4 times para compor o
Grupo A. Em seguida, entre os times do Grupo A, foram sorteados 2 times para realizar o jogo
de abertura do torneio, sendo que o primeiro deles jogaria em seu prprio campo, e o segundo
seria o time visitante.
A quantidade total de escolhas possveis para o Grupo A e a quantidade total de escolhas dos times do
jogo de abertura podem ser calculadas atravs de:
A) uma combinao e um arranjo, respectivamente
B) um arranjo e uma combinao, respectivamente
C) um arranjo e uma permutao, respectivamente
D) duas combinaes
E) dois arranjos
(ENEM 2009) A populao brasileira sabe, pelo menos intuitivamente, que a probabilidade de
acertar as seis dezenas da mega sena no zero, mas quase. Mesmo assim, milhes de
pessoas so atradas por essa loteria, especialmente quando o prmio se acumula em valores
altos. At junho de 2009, cada aposta de seis dezenas, pertencentes ao conjunto {01, 02,
03, ..., 59, 60}, custava R$ 1,50.
Disponvel em: www.caixa.gov.br. Acesso em: 7 jul. 2009

Considere que uma pessoa decida apostar exatamente R$ 126,00 e que esteja mais interessada em
acertar apenas cinco das seis dezenas da mega sena, justamente pela dificuldade desta ltima. Nesse
caso, melhor que essa pessoa faa 84 apostas de seis dezenas diferentes, que no tenham cinco
nmeros em comum, do que uma nica aposta com nove dezenas, porque a probabilidade de acertar a
quina no segundo caso em relao ao primeiro , aproximadamente:
1
A) 1 2 vez menor
1
B) 2 2 vezes menor

C) 4 vezes menor
D) 9 vezes menor
E) 14 vezes menor
(ENEM 2008)
A vida na rua como ela
O Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate
Fome (MDS) realizou, em parceria com a ONU, uma
pesquisa nacional sobre a populao que vive na rua,
tendo sido ouvidas 31.922 pessoas em 71 cidades
brasileiras. Nesse levantamento, constatou-se que a
maioria dessa populao sabe ler e escrever (74%), que
apenas 15,1% vivem de esmolas e que, entre os
moradores de rua que ingressaram no ensino superior, 0,7% se diplomou. Outros dados da pesquisa
so apresentados nos quadros abaixo.
No universo pesquisado, considere que P seja o conjunto das pessoas que vivem na rua por motivos de

59

Questes
alcoolismo/drogas e Q seja o conjunto daquelas cujo motivo para viverem na rua a decepo
amorosa. Escolhendo-se ao acaso uma pessoa no grupo pesquisado e supondo-se que seja igual a
40% a probabilidade de que essa pessoa faa parte do conjunto P ou do conjunto Q, ento a
probabilidade de que ela faa parte do conjunto interseo de P e Q igual a:
A) 12%
B) 16%
C) 20%
D) 36%
E) 52%
(ENEM 2009) O controle de qualidade de uma empresa fabricante de telefones celulares
aponta que a probabilidade de um aparelho de determinado modelo apresentar defeito de
fabricao de 0,2%. Se uma loja acaba de vender 4 aparelhos desse modelo para um cliente,
qual a probabilidade de esse cliente sair da loja com exatamente dois aparelhos defeituosos?
A) 2 (0,2%)4
B) 4 (0,2%)
C) 6 (0,2%) (99,8%)
D) 4 (0,2%)
E) 6 (0,2%) (99,8%)

(ENEM 2009) Um mdico est estudando um novo medicamento que combate um tipo de
cncer em estgios avanados. Porm, devido ao forte efeito dos seus componentes, a cada
dose administrada h uma chance de 10% de que o paciente sofra algum dos efeitos colaterais
observados no estudo, tais como dores de cabea, vmitos ou mesmo agravamento dos
sintomas da doena. O mdico oferece tratamentos compostos por 3, 4, 6, 8 ou 10 doses do
medicamento, de acordo com o risco que o paciente pretende assumir.
Se um paciente considera aceitvel um risco de at 35% de chances de que ocorra algum dos efeitos
colaterais durante o tratamento, qual o maior nmero admissvel de doses para esse paciente?
A) 3 doses
B) 4 doses
C) 6 doses
D) 8 doses
E) 10 doses
(ENEM 2009) A populao mundial est ficando mais velha, os ndices de natalidade
diminuram e a expectativa de vida aumentou. No grfico seguinte, so apresentados dados
obtidos por pesquisa realizada pela Organizao das Naes Unidas (ONU), a respeito da
quantidade de pessoas com 60 anos ou mais em todo o mundo. Os nmeros da coluna da
direita representam as faixas percentuais. Por exemplo, em 1950 havia 95 milhes de pessoas com 60
anos ou mais nos pases desenvolvidos, nmero entre 10% e 15% da populao total nos pases
desenvolvidos.

60

Questes

Em 2050, a probabilidade de se escolher, aleatoriamente, uma pessoa com 60 anos ou mais de idade,
na populao dos pases desenvolvidos, ser um nmero mais prximo de:
1
A) 2
7
B) 20
8
C) 25
1
D) 5
1
E) 5

(ENEM 2008) A figura ao lado mostra um reservatrio de gua na forma de um cilindro circular
reto, com 6 m de altura. Quando est completamente cheio, o reservatrio suficiente para
abastecer, por um dia, 900 casas cujo consumo mdio dirio de 500 litros de gua.
Suponha que, um certo dia, aps uma campanha de conscientizao do uso da gua, os moradores
das 900 casas abastecidas por esse reservatrio tenham feito economia de 10% no consumo de gua.
Nessa situao:
A) a quantidade de gua economizada foi de 4,5 m
B) a altura do nvel da gua que sobrou no reservatrio, no final do dia, foi
igual a 60 cm.
C) a quantidade de gua economizada seria suficiente para abastecer, no
mximo, 90 casas cujo consumo dirio fosse de 450 litros.
D) os moradores dessas casas economizariam mais de R$ 200,00, se o custo
de 1 m de gua para o consumidor fosse igual a R$ 2,50.
E) um reservatrio de mesma forma e altura, mas com raio da base 10%
menor que o representado, teria gua suficiente para abastecer todas as
casas.
(ENEM 2009) A suspeita de que haveria uma relao causal entre tabagismo e cncer de
pulmo foi levantada pela primeira vez a partir de observaes clnicas. Para testar essa
possvel associao, foram conduzidos inmeros estudos epidemiolgicos. Dentre esses,
houve o estudo do nmero de casos de cncer em relao ao nmero de cigarros consumidos
por dia, cujos resultados so mostrados no grfico a seguir:

61

Questes

De acordo com as informaes do grfico:

A) o consumo dirio de cigarros e o nmero de casos de cncer de pulmo so grandezas
inversamente proporcionais
B) o consumo dirio de cigarros e o nmero de casos de cncer de pulmo so grandezas que no se
relacionam
C) o consumo dirio de cigarros e o nmero de casos de cncer de pulmo so grandezas diretamente
proporcionais
D) uma pessoa no fumante certamente nunca ser diagnosticada com cncer de pulmo
E) o consumo dirio de cigarros e o nmero de casos de cncer de pulmo so grandezas que esto
relacionadas, mas sem proporcionalidade
(ENEM 2009) O mapa ao lado representa um bairro de
determinada cidade, no qual as flechas indicam o sentido das
mos do trfego. Sabe-se que esse bairro foi planejado e que
cada quadra representada na figura um terreno quadrado, de lado
igual a 200 metros.
Desconsiderando-se a largura das ruas, qual seria o tempo, em
minutos, que um nibus, em velocidade constante e igual a 40 km/h,
partindo do ponto X, demoraria para chegar at o ponto Y?
A) 25 min
B) 15 min
C) 2,5 min
D) 1,5 min
E) 0,15 min
(ENEM 2009) Para cada indivduo, a sua inscrio no Cadastro de Pessoas Fsicas (CPF)
composto por um nmero de 9 algarismos e outro nmero de 2 algarismos, na forma d1d2, em
que os dgitos d1 e d2 so denominados dgitos verificadores. Os dgitos verificadores so
calculados, a partir da esquerda, da seguinte maneira: os 9 primeiros algarismos so
multiplicados pela sequncia 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2 (o primeiro por 10, o segundo por 9, e assim
sucessivamente); em seguida, calcula-se o resto r da diviso da soma dos resultados das multiplicaes
por 11, e se esse resto r for 0 ou 1, d1 zero, caso contrrio d1 = (11 r). O dgito d2 calculado pela
mesma regra, na qual os nmeros a serem multiplicados pela sequncia dada so contados a partir do
segundo algarismo, sendo d1 o ltimo algarismo, isto , d2 zero se o resto s da diviso por 11 das
somas das multiplicaes for 0 ou 1, caso contrrio, d2 = (11 s).
Suponha que Joo tenha perdido seus documentos, inclusive o carto de CPF e, ao dar queixa da

62

Questes
perda na delegacia, no conseguisse lembrar quais eram os dgitos verificadores, recordando-se
apenas que os nove primeiros algarismos eram 123.456.789. Neste caso, os dgitos verificadores d 1 e
d2 esquecidos so, respectivamente:
A) 0 e 9
B) 1 e 4
C) 1 e 7
D) 9 e 1
E) 0 e 1
(ENEM 2009) Uma cooperativa de colheita props a um fazendeiro um contrato de trabalho
nos seguintes termos: a cooperativa forneceria 12 trabalhadores e 4 mquinas, em um
regime de trabalho de 6 horas dirias, capazes de colher 20 hectares de milho por dia, ao
custo de R$ 10,00 por trabalhador por dia de trabalho, e R$ 1.000,00 pelo aluguel dirio de
cada mquina. O fazendeiro argumentou que fecharia contrato se a cooperativa colhesse 180 hectares
de milho em 6 dias, com gasto inferior a R$ 25.000,00.
Para atender s exigncias do fazendeiro e supondo que o ritmo dos trabalhadores e das mquinas
seja constante, a cooperativa deveria:
A) manter sua proposta
B) oferecer 4 mquinas a mais
C) oferecer 6 trabalhadores a mais
D) aumentar a jornada de trabalho para 9 horas dirias
E) reduzir em R$ 400,00 o valor do aluguel dirio de uma mquina.
(ENEM 2009) Uma escola lanou uma campanha para seus alunos arrecadarem, durante 30
dias, alimentos no perecveis para doar a uma comunidade carente da regio. Vinte alunos
aceitaram a tarefa e nos primeiros 10 dias trabalharam 3 horas dirias, arrecadando 12 kg de
alimentos por dia. Animados com os resultados, 30 novos alunos somaram-se ao grupo, e
passaram a trabalhar 4 horas por dia nos dias seguintes at o trmino da campanha.
Admitindo-se que o ritmo de coleta tenha se mantido constante, a quantidade de alimentos arrecadados
ao final do prazo estipulado seria de:
A) 920 kg
B) 800 kg
C) 720 kg
D) 600 kg
E) 570 kg
(ENEM 2009) Segundo as regras da Frmula 1, o peso mnimo do carro, de tanque vazio, com
o piloto, de 605 kg, e a gasolina deve ter densidade entre 725 e 780 gramas por litro. Entre
os circuitos nos quais ocorrem competies dessa categoria, o mais longo SpaFrancorchamps, na Blgica, cujo traado tem 7 km de extenso. O consumo mdio de um
carro da Frmula 1 de 75 litros para cada 100 km.
Suponha que um piloto de uma equipe especfica, que utiliza um tipo de gasolina com densidade de 750
g/L, esteja no circuito de Spa-Francorchamps, parado no box para reabastecimento. Caso ele pretenda
dar mais 16 voltas, ao ser liberado para retornar pista, seu carro dever pesar, no mnimo:
A) 617 kg
B) 668 kg

63

Questes
C) 680 kg
D) 689 kg
E) 717 kg

(ENEM 2009) O quadro apresenta informaes da rea aproximada de cada bioma brasileiro.

comum em conversas informais, ou mesmo em noticirios, o uso de mltiplos da rea de um campo

de futebol (com as medidas de 120 m x 90 m) para auxiliar a visualizao de reas consideradas
extensas. Nesse caso, qual o nmero de campos de futebol correspondente rea aproximada do
bioma Pantanal?
A) 1.400
B) 14.000
C) 140.000
D) 1.400.000
E) 14.000.000
(ENEM 2009) Nos ltimos anos, o volume de petrleo exportado pelo Brasil tem mostrado
expressiva tendncia de crescimento, ultrapassando as importaes em 2008. Entretanto,
apesar de as importaes terem se mantido praticamente no mesmo patamar desde 2001, os
recursos gerados com as exportaes ainda so inferiores queles despendidos com as
importaes, uma vez que o preo mdio por metro cbico do petrleo importado superior ao do
petrleo nacional. Nos primeiros cinco meses de 2009, foram gastos 2,84 bilhes de dlares com
importaes e gerada uma receita de 2,24 bilhes de dlares com as exportaes. O preo mdio por
metro cbico em maio de 2009 foi de 340 dlares para o petrleo importado e de 230 dlares para o
petrleo exportado. O quadro a seguir mostra os dados consolidados de 2001 a 2008 e dos primeiros
cinco meses de 2009.

64

Questes

Considere que as importaes e exportaes de petrleo de junho a dezembro de 2009 sejam iguais a
7
5 das importaes e exportaes, respectivamente, ocorridas de janeiro a maio de 2009. Nesse caso,
supondo que os preos para importao e exportao no sofram alteraes, qual seria o valor mais
aproximado da diferena entre os recursos despendidos com as importaes e os recursos gerados
com as exportaes em 2009?
A) 600 milhes de dlares
B) 840 milhes de dlares
C) 1,34 bilho de dlares
D) 1,44 bilho de dlares
E) 2,00 bilhes de dlares
(ENEM 2009) Uma resoluo do Conselho Nacional de Poltica Energtica (CNPE)
estabeleceu a obrigatoriedade de adio de biodsel ao leo dsel comercializado nos postos. A
exigncia que, a partir de 1. de julho de 2009, 4% do volume da mistura final seja formada
por biodsel. At junho de 2009, esse percentual era de 3%. Essa medida estimula a demanda
de biodsel, bem como possibilita a reduo da importao de dsel de petrleo.
Disponvel em: http://www1.folha.uol.com.br.
Acesso em: 12 jul. 2009 (adaptado).
Estimativas indicam que, com a adio de 4% de biodsel ao dsel, sero consumidos 925 milhes de
litros de biodsel no segundo semestre de 2009. Considerando-se essa estimativa, para o mesmo
volume da mistura final dsel/biodsel consumida no segundo semestre de 2009, qual seria o consumo
de biodsel com a adio de 3%?
A) 27,75 milhes de litros
B) 37,00 milhes de litros

65

Questes
C) 231,25 milhes de litros
D) 693,75 milhes de litros
E) 888,00 milhes de litros.

(ENEM 2009) O grfico a seguir mostra a evoluo, de abril de 2008 a maio de 2009, da
populao economicamente ativa para seis Regies Metropolitanas pesquisadas.

Considerando que a taxa de crescimento da populao economicamente ativa, entre 05/09 e 06/09,
seja de 4%, ento o nmero de pessoas economicamente ativas em 06/09 ser igual a:
A) 23.940
B) 32.228
C) 920.800
D) 23.940.800
E) 32.228.000
(ENEM 2009) Joo deve 12 parcelas de R$ 150,00 referentes ao cheque especial de seu
banco e cinco parcelas de R$ 80,00 referentes ao carto de crdito. O gerente do banco lhe
ofereceu duas parcelas de desconto no cheque especial, caso Joo quitasse esta dvida
imediatamente ou, na mesma condio, isto , quitao imediata, com 25% de desconto na
dvida do carto. Joo tambm poderia renegociar suas dvidas em 18 parcelas mensais de R$ 125,00.
Sabendo desses termos, Jos, amigo de Joo, ofereceu-lhe emprestar o dinheiro que julgasse
necessrio pelo tempo de 18 meses, com juros de 25% sobre o total emprestado.
A opo que d a Joo o menor gasto seria:
A) A renegociar suas dvidas com o banco
B) pegar emprestado de Jos o dinheiro referente quitao das duas dvidas
C) recusar o emprstimo de Jos e pagar todas as parcelas pendentes nos devidos prazos
D) D pegar emprestado de Jos o dinheiro referente quitao do cheque especial e pagar as parcelas
do carto de crdito
E) pegar emprestado de Jos o dinheiro referente quitao do carto de crdito e pagar as parcelas

66

Questes
do cheque especial
(ENEM 2009) Considere um ponto P em uma circunferncia de raio
r no plano cartesiano. Seja Q a projeo ortogonal de P sobre o eixo
x, como mostra a figura, e suponha que o ponto P percorra, no
sentido anti-horrio, uma distncia d r sobre a circunferncia.
Ento, o ponto Q percorrer, no eixo x, uma distncia dada por:

d
A) r 1sen r
d
B) r 1cos r
d
C) r 1tg r

d
D) rsen r
d
(E) rcos r

(ENEM 2009) A resoluo das cmeras digitais modernas dada em megapixels, unidade de
medida que representa um milho de pontos. As informaes sobre cada um desses pontos
so armazenadas, em geral, em 3 bytes. Porm, para evitar que as imagens ocupem muito
espao, elas so submetidas a algoritmos de compresso, que reduzem em at 95% a
quantidade de bytes necessrios para armazen-las. Considere 1 KB = 1.000 bytes, 1 MB = 1.000 KB, 1
GB = 1.000 MB.
Utilizando uma cmera de 2.0 megapixels cujo algoritmo de compresso de 95%, Joo fotografou 150
imagens para seu trabalho escolar. Se ele deseja armazen-las de modo que o espao restante no
dispositivo seja o menor espao possvel, ele deve utilizar:
A) A um CD de 700 MB
B) um pendrive de 1 GB
C) um HD externo de 16 GB
D) um memory stick de 16 MB
E) um carto de memria de 64 MB
(ENEM 2009) Joana frequenta uma academia de ginstica onde faz exerccios de
musculao. O programa de Joana requer que ela faa 3 sries de exerccios em 6 aparelhos
diferentes, gastando 30 segundos em cada srie. No aquecimento, ela caminha durante 10
minutos na esteira e descansa durante 60 segundos para comear o primeiro exerccio no
primeiro aparelho. Entre uma srie e outra, assim como ao mudar de aparelho, Joana descansa por 60
segundos.
Suponha que, em determinado dia, Joana tenha iniciado seus exerccios s 10 h e 30 min e finalizado
s 11 h e 7 min. Nesse dia e nesse tempo, Joana:
A) no poderia fazer sequer a metade dos exerccios e dispor dos perodos de descanso especificados
em seu programa
B) poderia ter feito todos os exerccios e cumprido rigorosamente os perodos de descanso
especificados em seu programa
C) poderia ter feito todos os exerccios, mas teria de ter deixado de cumprir um dos perodos de

67

Questes
descanso especificados em seu programa
D) conseguiria fazer todos os exerccios e cumpriria todos os perodos de descanso especificados em
seu programa, e ainda se permitiria uma pausa de 7 min
E) no poderia fazer todas as 3 sries dos exerccios especificados em seu programa; em alguma
dessas sries deveria ter feito uma srie a menos e no deveria ter cumprido um dos perodos de
descanso

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