Apostila Geotecnia 1
Apostila Geotecnia 1
Apostila Geotecnia 1
FacPlan
Faculdades Planalto
APOSTILA DE GEOTECNIA
I
Agosto - 2010
eng.alexandregil@gmail.com
1
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
NOME
MENOR QUE
pedregulhos
2,0
60,0
areias
0,06
2,0
siltes
0,002
0,06
Solos grossos
Solos finos
argilas
0,002
2 - ORIGEM
A origem imediata ou remota de um solo sempre a decomposio das rochas por intemperismo.
Entende-se por intemperismo o conjunto de processos que ocorrem na superfcie terrestre que
ocasionam decomposio dos minerais das rochas pela ao de agentes atmosfricos e
biolgicos. Pode ocorrer que um solo retorne condio de rocha, em um processo chamado de
litificao, que, se for muito intenso, formar rochas metamrficas.
2
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
3 - MECANISMO DE FORMAO
Os fatores que mais influenciam na formao dos solos so: clima, o tipo de rocha, a
vegetao, o relevo e o tempo de atuao destes fatores. Dentre estes destaca-se o clima. A
mesma rocha poder formar solos completamente diferentes se a decomposio ocorre sob clima
diferente. Por outro lado, diferentes rochas podem formar solos semelhantes quando a
decomposio ocorre em clima semelhante. Pode-se dizer que, sob o mesmo clima, a tendncia
formar-se o mesmo tipo de solo ainda que as rochas sejam diferentes.
Os mecanismos de ataque s rochas podem ser includos em dois grupos:
- desintegrao mecnica: refere-se intemperizao das rochas por agentes fsicos, tais
como:
- variao peridica de temperatura - que provoca a expanso e contrao das rochas
e por conseqncia, fraturas que aumentam com o tempo;
- congelamento da gua nas juntas e gretas - como a gua dilata quando congela, este
processo amplia as fraturas;
- efeito de razes - visvel em caladas quando estas se quebram em funo do
crescimento das razes.
- decomposio qumica: quando agentes qumicos atacam as rochas, modificando sua
constituio mineralgica.
A desintegrao mecnica quase sempre chega a formar areias (excepcionalmente chega a
formar siltes). A decomposio qumica geralmente forma argila como ltimo produto.
A oxidao, hidrlise, dissoluo e o ataque por gua que contenha cidos orgnicos so os
principais agente da decomposio qumica. a falta de gua que faz com que, nos desertos, os
fenmenos de decomposio qumica no se desenvolvam, motivo pelo qual a areia predomina
nestas zonas. A anlise das pedras trazidas da Lua mostra uma composio semelhante s nossas
s que sem a decomposio qumica uma vez que no h gua na Lua.
Um exemplo tpico de formao o chamado solo residual de granito tambm chamado de solo
de alterao de granito e bastante comum no Brasil: o granito (rocha constituda pelos minerais:
quartzo, feldspato e mica), em um clima tropical mido, sofre o seguinte processo de
decomposio: depois de formado e trazido superfcie da crosta terrestre, fraturado pela
alternncia de temperatura. Em seguida comea o ataque qumico da gua acidulada, geralmente
com gs carbnico proveniente da decomposio de vegetais. Essa acidulao proporcional
temperatura e, portanto, bem mais efetiva nos pases tropicais. O feldspato presente atacado. A
rocha desmancha-se e os gros de quartzo, que no so decompostos, soltam-se formando areia e
pedregulho. O feldspato decomposto, vai dar argilas e sais solveis, que so carreados pela gua.
Algumas espcies de mica sofrem processo de alterao semelhante ao do feldspato, formando
argila, enquanto outras resistem e vo formar as palhetas brilhantes presentes nos solos
micceos.
Se a rocha matriz for basalto, resultar, predominantemente, argila, pois o basalto no contm
quartzo. Como exemplo pode ser citado a terra roxa da bacia do rio Paran, um solo argiloso
3
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
com grande fertilidade, produto da decomposio do maior derrame de basalto que se tem notcia
no planeta..
4 - TIPOS DE SOLO
Em funo do mecanismo de formao, costuma-se dividir os solos em trs grandes grupos:
- Residual - aquele que permaneceu no local da rocha de origem. Obedece uma gradual
transio de solo at rocha e por isto mesmo sua resistncia crescente com a
profundidade.
- Sedimentar - que sofreu a ao de agentes transportadores. Devido variao que pode
haver em camadas sobrepostas neste tipo de solo que surge a maioria dos
problemas de fundaes. Uma camada subjacente pode ter maior compressibilidade e
menor resistncia que a sobrejacente e a sondagem, por algum motivo, no atingiu a
profundidade suficiente para detect-la.
- Orgnico - quando mistura-se ao solo de origem mineral, matria de origem orgnica. H
casos onde praticamente no h partculas minerais, como os solos turfosos. Para o
engenheiro geotcnico o solo orgnico de pssima qualidade devido a sua alta
compressibilidade e baixa resistncia. Para o agrnomo, devido a sua fertilidade, o
solo orgnico timo.
4.1 - FORMAO DOS SOLOS SEDIMENTARES
H quatro principais agentes transportadores:
- a gravidade, que forma o solo coluvionar;
- a gua, que forma o solo aluvionar;
- o vento, que forma o solo elico;
- as geleiras, que formam o solo glacial.
4.1.1 - SOLO COLUVIONAR
O solo desprende-se e cai por gravidade para o sop da montanha. O tlus um exemplo de solo
coluvionar embora seja mais granular que o colvio tradicional.
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
NT antigo
NT atual
colides
fluxo
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
transformao desta floresta em pastagem aumenta esta perda para 700 kg por hectare e em uma
plantao de algodo, para 38000 kg por hectare).
Os mesmos autores chamam ateno para a impressionante capacidade de transporte dos rios.
Estimam que o volume de detritos mais sais solveis carreados pelo rio Amazonas em uma ano
equivale a um cubo de 620 m de aresta. Um rio pequeno como o Paraba do Sul transporta
diariamente cerca de 15000 t em suspenso (174 kg por segundo).
4.1.3 - SOLO ELICO
A fora dos ventos pode transportar partculas de solo por centenas de kilmetros de distncia
(h registros de transporte de gros de areia pelo vento do Saara at a Inglaterra, 3200 Km). A
deposio deste material pode acarretar graves problemas de soterramento dos prdios e na
fertilidade do solo.
No Brasil, felizmente as condies no favorecem ao surgimento de ventos com grande
intensidade, mesmo assim, h o registro de uma intensa deposio elica na vila de Itana, no
Esprito Santo, que soterrou cerca de 100 residncias, a igreja local e o cemitrio. As dunas da
regio chegam a 30 m de altura. A Lagoa dos Patos necessita de um servio contnuo de
dragagem para evitar seu assoreamento por partculas trazidas pelo vento
O vento seleciona mais ainda que a gua. Quando h mudana de direo ocorre estratificao
cruzada. Os solos elicos mais conhecidos so o Loess (cobrem grandes reas na Alemanha,
Argentina, Rssia e China onde chegam a formar paredes verticais de at 150 m de altura; no
h registro de sua ocorrncia no Brasil) e as dunas das praias.
O deslocamento das dunas pode tambm criar problemas para os moradores da regio litornea.
usual a fixao destas dunas com cercas interceptando seu caminho. O plantio de vegetao
do tipo psamoftica (que tem preferncia por solos arenosos) tambm serve para esta finalidade.
4.1.4 - SOLO GLACIAL
O gelo um agente transportador muito importante uma vez que em eras anteriores, cerca de
30% da superfcie dos continentes era coberta por gelo perene. Destas regies, em virtude de
desequilbrio entre a quantidade de gelo que se forma e a que se funde, grandes massas se
deslocam a uma velocidade muito pequena (alguns metros por ano, embora as geleiras da
Groelndia possam atingir velocidades de at 24 m/dia). Quando ocorre o degelo, o material
incorporado nas geleiras durante sua movimentao, que pode chegar a 50% do volume da
geleira, se deposita no mesmo local, formando um solo altamente heterogneo, e por isto mesmo
problemtico como terreno de fundao.
O Brasil, h cerca de 200 milhes de anos, sofreu intensa atividade glacial, havendo claros
vestgios desta atividade no Sul do pas muito embora a ocorrncia de solos glaciais em nosso
pas seja pequena.
6
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
Si
SILICA
Al
GIBSITA
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
granular compacta
granular fofa
floculada
dispersa
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
- Sub-angulosa
- Angulosa
- Lamelar: 2 dimenses predominam sobre a terceira. Predomina nas argilas.
- Fibrilar: 1 dimenso predomina sobre as outras. Predomina nos solos turfosos.
A forma da partcula tem influncia decisiva em algumas propriedades mecnicas importantes,
como compressibilidade.
SUPERFCIE ESPECFICA
a soma das superfcies de todas as partculas contidas na unidade de volume ou de massa do
solo.
Imaginando-se uma partcula de forma cbica incialmente com 1 centmetro de aresta e
subdividindo-a em cubos cada vez menores, tem-se:
aresta
volume da
partcula
(cm)
(cm3)
n de part. na
unidade de vol.
rea de cada
partcula
Superfcie
Especfica
(cm2)
(cm2/cm3)
10-1
10-3
103
6 x 10-2
6 x 10
10-2
10-6
106
6 x 10-4
6 x 102
10-4
10-12
1012
6 x 10-8
6 x 104
Conclui-se que, quanto mais fino o solo, maior sua superfcie especfica, sendo esta uma das
principais razes da diferena entre as propriedades fsicas dos solos grossos para os solos finos,
uma vez que as foras eltricas atuam na superfcie das partculas. Quanto maior a superfcie
especfica maior a influncia das foras eltricas. Nos solos grossos predominam as foras
gravitacionais, e nos solos finos, por terem uma grande superfcie especfica, predominam
as foras eltricas.
Para minerais arglicos:
- Caolinitas
- Ilitas
- Montmorilonitas
- 10 m/g
- 80 m/g
- 800 m/g
11
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SENSIBILIDADE - Is
a relao entre a resistncia compresso simples de uma amostra indeformada e a resistncia
compresso simples da mesma amostra amolgada, na mesma umidade.
Is
Rc
Rc
Rc
R c'
F ig u r a 3 - C u r v a t e n s o x D e fo r m a o
Se:
Is 1
1 < Is 2
2 < Is 4
4 < Is 8
Is > 8
- insensvel
- baixa sensibilidade
- mdia sensibilidade
- sensvel
- extra sensvel
TIXOTROPIA
a recuperao, com o tempo, da resistncia do solo amolgado. Deve-se a gradual reorientao
das partculas de uma estrutura dispersa para uma floculada, acompanhada de uma reorientao
das molculas de gua da camada adsorvida para uma estrutura mais ordenada (MITCHELL,
1960)
Um exemplo de argila com propriedades tixotrpicas a BENTONITA, argila do grupo das
montmorilonitas, muito usada em servios de engenharia que envolvam escavaes em solos
(paredes diafragmas, sondagens, etc...).
12
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
NDICES FSICOS
1 - INTRODUO.
Em um solo ocorrem, geralmente, 3 fases:
- slida (as partculas minerais)
- lquida (a gua)
- gasosa (o ar)
A ocorrncia s das fases slida e lquida bastante comum. Neste caso todos os vazios do solo
encontram-se ocupados por gua e o solo chamado saturado. Em condio natural no se
encontram solos secos (fase slida + ar). Em laboratrio isto pode ser conseguido facilmente mas
torna-se necessrio definir o que solo seco uma vez que as partculas de argila tm uma
pelcula de gua que as envolve, chamada gua adsorvida. Esta gua est submetida a presses
altssimas (encontra-se inclusive congelada temperatura ambiente) e faz parte da estrutura do
solo. Dependendo da temperatura de secagem, parte ou at toda gua adsorvida pode ser
removida junto com a gua livre dos vazios o que daria diferentes pesos secos em funo da
temperatura da estufa. Para resolver isto, convenciona-se em Mecnica dos Solos que solo seco
aquele que apresenta constncia de peso em duas pesagens consecutivas aps secagem em
uma estufa de 105 a 110.
2 - PRINCIPAIS NDICES FSICOS
Admita-se a abstrao apresentada na figura abaixo em que as 3 fases possam permanecer
isoladas. esquerda est a coluna de volume e
direita a coluna de peso:
onde:
Vt = volume total da amostra
Vs = volume da fase slida da amostra
Vw = volume da fase lquida
Va = volume da fase gasosa
Vv = volume de vazios da amostra = Va + Vw
Wt = peso total da amostra
Wa = peso da fase gasosa da amostra
(considerado nulo)
Ws = peso da fase slida da amostra
Ww = peso da fase lquida
obs.: como considera-se o peso da fase gasosa
igual a zero, o peso da fase slida igual
ao peso seco da amostra
Va
AR
Vv
Vt
Vw
GUA
Ww
Wt
Vs
SLIDOS
Ws
13
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
Vs
obs.: a massa especfica dos gros ( g ), usada no ensaio de granulometria por sedimentao
uma relao de massa por volume; a unidade mais usada g/cm3 ou um seu
(sub)mltiplo.
2.2 - DENSIDADE RELATIVA DOS GROS - Gs
a razo entre a massa ou o peso especfico da parte slida e a massa ou o peso especfico de
igual volume de gua pura a 4C. Como uma relao de massas ou de pesos especficos, Gs
adimensional.
Gs
g
w (a
4C )
Ww
Ws
100
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
Vv
Vs
Embora possa variar teoricamente de 0 a , o menor valor encontrado para o ndice de vazios
de 0.25 (para uma areia muito compacta com finos) e o maior de 15 (para uma argila altamente
compressvel).
2.5 - POROSIDADE - n
a relao entre o volume de vazios e o volume total da amostra, expressa em percentagem.
Teoricamente varia de 0 a 100%. Na prtica varia de 20 a 90%.
n(%)
Vv
Vt
100
Vv
Vt
Vs
Vt
Vv
Vs
Vs Vv
Vs
Vs
Vv
Vs
1
Vv
Vs
O que leva a:
Vw
Vv
100
15
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
Wt
Vt
Ws
Vt
Ws
Vt
Ws
Ws
1
Ww Ws
Wt
Ww Ws
Ws
Vt
Wt
Vt
Wt
1
Wt
1
1 w
1
Vt
o que leva:
1 w
Da mesma forma:
16
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
Wt
Vt
Ws Ww
Vs Vv
Ws (1
Vs (1
Ww
Ws
Vv
Vs
1 w
1 e
Logo
1 w
G G w
G w
w
1 e
1 e
G S e
w
1 e
Wsat
Vt
sat
G e
w
1 e
17
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
Wsub
Vt
Se o solo est submerso, passa a atuar nas partculas o empuxo de gua (E) que uma fora
vertical, de baixo para cima, igual ao peso do volume de gua deslocado.
Wsub = Wsolo - E
V * sub = V . sat - V . w
sub = sat - w
NA NT
18
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
Da equao tira-se:
g
1 e
tem-se ento
g
d
19
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
3 - ESQUEMA DEMONSTRATIVO
Determina-se em laboratrio:
Vt =volume total da amostra, atravs de medies diretas na amostra, por imerso em
mercrio ou pela balana hidrosttica.
Wt = peso da amostra
Wd = peso seco da amostra
Gs = densidade relativa dos gros.
Vt
g G w
Wt
Wt
Wd
Wt - Wd
Wd
Vt
g
d
Gw
e
-1
e
1+e
G+e
sat w
1+e
1+w
sub = sat - w
20
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
logo:
w
6.948 x 9.81
x 100 25.8%
26.695 x 9.81
NDICE DE VAZIOS e
Se Gw
como S 1
temse:
POROSIDADE - n
e
1 e
0.72
x 100 42%
1 0.72
2 - Uma amostra de solo saturado tem um volume de 0.028 m3 e massa de 57.2 kg. Considerando
que os vazios esto tomados por gua, determinar o ndice de vazios, a porosidade e o teor de
umidade deste solo. Considerar Gs = 2.79 e w = 10 kN/m3.
21
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
NDICE DE VAZIOS:
sat
sat
Wt
Vt
0.0572 x 10
kN
20.2
0.0283
m3
G e
2.79 e
x w 20.2
x 9.81
1 e
1 e
e 0.755
POROSIDADE:
0.755
100 43%
1 0.755
1 x 0.755
x 100 27%
2.79
TEOR DE UMIDADE:
3 - O volume de uma amostra irregular de solo parcialmente saturado foi determinado, cobrindose a amostra com cera e pesando-a ao ar e debaixo d'gua. Encontre o d e o Sr deste solo
sabendo que:
peso total da amostra ao ar = 1.806 N
peso da amostra envolta em cera, ao ar = 1.993 N
peso da am. envolta em cera, submersa = 0.783 N
umidade da amostra = 13.6%
densidade dos gros = 2.61
peso especfico da gua = 10 kN/m3
peso especfico da cera = 8.2 kN/m3.
Empuxo = Wao ar - Wsub = 1.993 - 0.783 = 1.21 N
Peso da cera = 1.993 - 1.806 = 0.187 N
22
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
Va
AR
Vw
GUA
Vs
SLIDOS
Vc
CERA
Vv
Vam
Vt
Vt Vc Vam
E
1.21 x 103
x 106 121 cm 3
w
10
Vt
Vc
Wc
0.187 x 103
x 106 22.8 cm 3
8.2
logo d:
Wam
Vam
1.806 x 10 3
kN
18.4
6
98.2 x 10
m3
1 w
18.4
kN
16.2
13.6
m3
1
100
para e :
e
g
d
2.61 x 10
1 0.611
16.2
23
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
para S:
G x w S x e
13.6
100
x 100 58.1%
0.611
2.61 x
S
4 - Uma amostra de solo saturado tem o volume de 0.0396 m3 e massa de 79.2 kg. A densidade
real dos gros 2.75.
a) considerando que os vazios esto tomados por gua pura, determinar o teor de
umidade e o ndice de vazios deste solo.
b) considerando agora que a gua dos vazios seja salgada (com os sais totalmente
dissolvidos), tendo o peso especfico de 10.1 kN/m3, determinar o peso de gua pura, o
peso do sal e o ndice de vazios desta amostra
a)
0.0792
2 t/m 3
0.0396
G e
1 e w
2 x 9.8
2.75 e
9.8
1 e
G w S e
e 0.75
w 27.27%
24
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
b)
Vv Vw Vw
Vam Vs Vv Vs Vw
Vam
Ws
g
Ww
w
Wam Ws Ww Ws Wam Ww
Vam
Wam Ww
g
0.0396
Vw
Ww
w
Ww
w
79.2 E3 x 9.81 Ww
2.75 x 9.81
Ww
10.1
Ww 174.36 N
0.0173 m 3
Vw Vw Ww Vw x 9.81 169.35 N
Wsal Ww Ww 5.01 N
e
Vv
Vs
Vw
Vam Vw
0.77
25
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
LODO:
Ws 0.20 Wt
w
Ww
Ws
Wt
100
Ws
Wt
1 100
0.20 Wt
1 100 400%
Considerando que:
G S e
w
1 e
G w Se
temse:
e
G (1 w)
w 1 11.87
SEDIMENTO
50.3
g
1.42
35.4
cm 3
50.3 22.5
100 123.5%
22.5
1.42 . 9.8
1.42 . 9.8
G e
9.8
1 e
kN
m3
g 29.04
logo:
kN
m3
e 3.66
6 - Duas pores de solo (1) e (2) da mesma amostra apresentam respectivamente w1 = 10% e
w2 = 25%. Quanto da poro (1) deve ser acrescentado poro (2) para obter-se a umidade final
da mistura igual a 22% ?
w
Ww
Ws
Wt
Ws
26
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
para: w1 0.10
w2 0.25
wf 0.22
Wt2
Wt1
Ws1
1.10
1.25
Ws2
Wtf
1.22
Wsf
1.22
ou ainda:
Wt1 Wt2
Wt1
1.10
Wt2
1.22
1.25
da tirase:
Wt1
Wt2
0.22
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
(m)
NA
2
Areia
4-
Argila
8-
(Resp: w = 39%; e = 1.05; n = 51%; sat = 17.8 kN/m3 ; sub = 8.0 kN/m3)
28
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
1520
2050
1450
2030
1210
1640
1165
1720
AMOSTRAS
(kN/m3)
13.9
19.1
13.2
18.9
w (%)
17.4
18.9
15.9
12.2
d (kN/m3)
11.9
16.1
11.4
16.9
1.19
0.62
1.28
0.54
S (%)
38.7
81.3
32.8
59.9
29
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
NA
4 -
19 - Uma areia tem emax = 0.97, emin = 0.45 e GC = 0.4. Sabendo-se que o peso especfico dos
gros igual a 25.3 kN/m3, pede-se:
a) o sat e o d para esta areia tal como se encontra
b) a espessura final da camada de areia caso o GC da areia em questo chegue a 0.65 e a
espessura inicial da camada seja 3.0 m.
c) os novos valores de sat e d para as condies finais do item "b".
(Resp.: a) sat = 18.60 kN/m3 ; d = 14.35 kN/m3 - b) Hf = 2.78 m - c) sat = 19.30 kN/m3 ; d
= 15.50 kN/m3.
20 - Retirou-se uma amostra de argila do fundo do mar. Para determinar seu volume, cobriu-se a
amostra com parafina e determinou-se sua massa ao ar e debaixo d'gua, obtendo-se:
- massa da amostra ao ar = 12 Kg;
- massa da amostra coberta com parafina ao ar = 13 Kg;
- massa da amostra coberta com parafina debaixo d'gua = 3.5 Kg;
Admitindo-se que a gua existente nos vazios da amostra tem peso especfico de 10.3 kN/m3,
pede-se o peso do sal contido nos vazios da amostra. Considerar:
- peso especfico da parafina = 8.2 kN/m3;
- densidade real dos gros = 2.65.
21 - Uma amostra de um solo argiloso apresentava os seguintes ndices fsicos: nat = 18.5 kN/m3
, g = 27 kN/m3 e w = 15%. De quanto se deve aumentar a umidade desta amostra para que ela
fique completamente saturada ?
(Resp.: w = 9.64%)
30
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
PLASTICIDADE
Os solos arenosos so bem identificados por suas curvas granulomtricas, isto , areias ou
pedregulhos de iguais curvas granulomtricas comportam-se, na prtica, de maneira semelhante
desde que tenham a mesma compacidade. Isto no acontece nos solos finos. Pode-se encontrar
siltes, argilas e solos argilosos de mesma curva granulomtrica, com mesmo ndice de vazios,
mas com comportamentos diferentes.
Pode-se definir a plasticidade como a propriedade de certos solos serem moldados sem variao
de volume. Isto ocorre porque, a forma lamelar das partculas permite um deslocamento relativo
entre elas, sem necessidade de variao de volume. Esta plasticidade depender tambm do teor
de umidade da argila.
A forma dos gros possibilita que eles deslizem uns sobre os outros, desde que a gua intersticial
possa funcionar como uma partcula lubrificante. Entretanto, se existir gua em demasia, as
partculas como que estaro em suspenso e o corpo no ser mais plstico e sim um lquido
viscoso. Por outro lado, se existir pouca gua, as foras capilares sero muito grandes e os gros
se aglutinaro, formando torres quase slidos, que no podero ser moldados e, ao sofrerem
esforos de deformao, se quebraro.
Considere-se uma amostra de argila com teor de umidade (w) muito alto. Ela estar como um
lquido, ao que denominaremos estado lquido. A medida que gua evapora, a amostra diminui
de volume e endurece. Para um certo valor de w, ela perde sua capacidade de fluir, porm pode
ser moldada facilmente e conservar sua forma. Ela encontra-se, agora, no estado plstico. A
continuar a perda de umidade, o volume da amostra continua a decrescer. O estado plstico
desaparece at que, para outro valor de w, o solo se desmancha ao ser trabalhando. Este o
estado semi-slido. Se a secagem ainda continuar, ocorrer a passagem para o estado slido. A
partir deste ponto a amostra no reduz mais de volume. Estes so os estados de consistncia e
suas fronteiras os limites de consistncia, conforme mostra a figura.
31
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
40
35
30
w L =27%
25
20
15
10
15
20
25
30
35
40 45
nmero de golpes
De fato o wL a umidade na qual todo solo apresenta uma resistncia ao cisalhamento da ordem
de 1.7 kPa.
N tg
25
32
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
w L 45
29 0.156
46%
25
Um mtodo mais recente consiste em considerar o wL como a umidade na qual um cone padro,
com 50 g de massa, caindo de uma altura zero (isto , a ponta do cone toca na amostra) atinge
uma penetrao na amostra de 20 mm. Este mtodo ainda pouco usado no Brasil.
LIMITE DE PLASTICIDADE - wP
O wP a umidade para a qual um cilindro de solo rompe com dimetro de 3 mm quando "rolado"
em uma superfcie lisa, com a palma da mo exercendo uma suave e constante presso. Para
reduzir a influncia do operador, a norma brasileira (NBR 7180) exige que o wP seja a mdia
aritmtica de no mnimo 3 valores sendo que estes no podem estar fora de uma faixa de 5%
desta mesma mdia.
LIMITE DE CONTRAO - wS
O wS a umidade para a qual a amostra deixa de reduzir de volume quando em processo de
secagem. determinado colocando-se uma pastilha de solo saturado para secar em uma estufa de
105 a 110 C. Posteriormente mede-se o volume da pastilha seca utilizando-se uma cuba com
mercrio e atravs da frmula apresentada a seguir chega-se ao limite de contrao.
wS
w1
V1 Vd
w
Wd
100
onde:
w1 = umidade da amostra saturada;
V1 = volume da amostra saturada;
Vd = volume da amostra seca;
Wd = peso da amostra seca.
NDICE DE PLASTICIDADE
Segundo Atterberg, a plasticidade de um solo seria definida por um ndice, o NDICE DE
PLASTICIDADE (IP).
IP w L w P
Se:
1 < IP < 7
7 < IP < 15
=>
=>
fracamente plstico;
medianamente plstico;
33
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
15 < IP
=>
C A RTA D E PL A S T IC IDA D E
40
nh
30
Li
Indce de Plasticidade
altamente plstico.
20
10
7
4
0
20
40
60
80
L im ite de L iquidez
Assim quanto maior fosse o IP, tanto mais plstico seria o solo. Entretanto, sabe-se agora que s
o IP insuficiente para julgar a plasticidade de um solo.
Casagrande prope a conhecida carta de plasticidade, em funo do IP e do wL. Os solos que se
situassem acima da Linha A seriam plsticos (argilosos) e os que se situassem abaixo da Linha A
seriam pouco ou nada plsticos (siltosos). A equao da linha A : Ip = 0.73 ( wL - 20).
O grfico uma verso incompleta da Carta de Plasticidade de Casagrande. No estudo da
classificao dos solos usaremos o grfico completo.
ATIVIDADE
a propriedade, que algumas argilas tm, de poder transmitir ao solo, em maior ou menor grau,
um comportamento argiloso, isto , uma maior ou menor plasticidade e coeso.
Um solo residual de arenito, cuja granulometria mostrasse 15% de argila, deveria, em princpio,
ser considerado areia. Entretanto, alguns deste tipo de solo no Brasil mostram plasticidade e
coeso elevada, principalmente quando secos. que os 15% de argila foram capazes de conferirlhe um comportamento argiloso.
34
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
Skempton props um ndice que serviria como indicao da maior ou menor influncia da frao
argilosa nas propriedades geotcnicas de um solo:
Ia
IP
%<2m
inativas
normais
ativas
Observa-se que quanto menor o valor de Ia menor o potencial de variao de volume do solo. Por
isto mesmo as argilas do grupo das montmotilonitas so as mais ativas.
COESO
a resistncia que a frao argilosa empresta ao solo, tornando-o capaz de se manter coeso em
forma de torres ou blocos, ou capaz de ser cortado em formas diversas e manter esta forma. Os
solos que tm esta propriedade chamam-se coesivos. Os solos no coesivos esborroam-se
facilmente ao serem cortados ou escavados.
Pode-se definir coeso como a resistncia ao cisalhamento de um solo quando sobre ele no atua
presso externa alguma.
35
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
CONSISTNCIA
Refere-se, sempre, a solos coesivos. definida como a maior ou menor dureza com a qual uma
argila encontrada na natureza. O ndice de Consistncia dado por:
Ic
wL w
IP
=>
=>
=>
=>
=>
Na verdade deve-se ter muita cautela com este tipo de classificao especialmente porque o Ic
obtido atravs do wL e do IP no ter significado para a condio natural em campo uma vez que,
para obter-se o wL e o wP a estrutura do solo foi completamente destruda. A melhor maneira de
obter tal ndice a partir de correlaes com resultados de ensaios de compresso simples em
amostras indeformadas.
emax e
GC D r
emax emin
d d
d
min
max
GC D r
.
d
d
d
max
min
36
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
sendo emx e emin respectivamente, o maior e menor ndice de vazios possvel de obter-se naquela
areia.
De modo anlogo pode-se entender os d mx e d min .
A variao terica de GC de 0 (para o mximo fofa) a 1 (para o mximo compacta). Na
prtica, no ocorrem estes limites. Considera-se:
GC < 0,3 areia fofa;
0,3 < GC < 0,7 areia medianamente compacta;
0,7 < GC
areia compacta.
O emax , correspondente ao estado mais fofo possvel, obtido derramando-se uma certa
quantidade de material seco, lentamente e sem qualquer tipo de vibrao, em um recipiente de
volume conhecido, V.
Wd
min
V
Vv
g
max
emax
Vs
Wd
min
g
Vv
min
emin
Vs
Wd
max
g
Wd
max
g
37
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
ABERTURA
(mm)
NOME
ABERTURA
(mm)
NOME
ABERTURA
(mm)
4"
101,6
#6
3.36
#50
0.297
2"
50,8
#8
2.38
#60
0.250
1"
25,4
#10
2.00
#70
0.210
"
19.1
#12
1.68
#100
0.149
"
12.7
#16
1.19
#140
0.105
"
9.52
#20
0.840
#200
0.074
"
6.35
#30
0.590
#270
0.053
#4
4.76
#40
0.420
#400
0.037
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
(#10). O material retido na #10 lixiviado e seco em uma estufa de 105 a 110. Quando seco,
este material usado no peneiramento grosso.
Do material que passou na #10, retira-se uma certa quantidade para a determinao da umidade
higroscpica (seca ao ar). Separa-se cerca de 120 g no caso de solo arenoso e 70 g em caso de
solo argiloso, para fazer o peneiramento fino ou, no caso de granulometria mista, a sedimentao
e o peneiramento fino.
2.1 - PENEIRAMENTO GROSSO.
A amostra retida na #10 retirada da estufa, pesada e colocada em uma seqncia de peneiras
previamente definidas, decrescentes em relao abertura da malha, como por exemplo, as
peneiras com abertura de 38 mm, 25 mm, 19 mm, 9.5 mm, 4.8 mm (#4), 2.0 mm (#10) e Fundo.
Leva-se o conjunto ao peneirador mecnico e aps ocorrer a constncia de massa em uma
peneira representativa, obtm-se a massa de cada peneira com o material nela retido. Subtraindose da massa previamente conhecida da peneira tem-se a massa do material retido naquela
peneira. A princpio, nada deveria passar na #10, uma vez que a amostra foi lixiviada nesta
peneira, no entanto, devido s quebras de gros, comum encontrar algum vestgio de amostra
no Fundo que deve ser somada parte retida na #10.
Calcula-se ento:
- massa total da amostra seca:
Ms
Mt Mg
1 w
Mg
Ms Mi
Ms
x 100
onde:
Qg = percentagem do material passando em cada peneira;
Mi = massa do material seco retido acumulado em cada peneira.
39
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
Mh
Qf
1 w
Mh
Mi
x N
1 w
onde:
Mh = massa do material mido submetido ao peneiramento fino;
N = percentagem do material que passa na #10. Pode ocorrer que todo o material passe na #10.
Neste caso, evidentemente, N = 100.
Traa-se em um papel semilogartmico a curva granulomtrica desta amostra onde no eixo das
abcissas lanam-se os dimetros e no das ordenadas as percentagens que passam em cada
peneira.
2.3 - EXEMPLO DE APLICAO DE GRANULOMETRIA POR PENEIRAMENTO.
Traar a curva granulomtrica de um solo em que se fez um ensaio de granulometria por
peneiramento. No ensaio, todo o material passou na #10. Deste material determinou-se a
umidade higroscpica (w = 2.5%) e separou-se 118.5 g para a lixiviao na #200. Aps secagem,
fez-se o peneiramento fino, obtendo-se:
40
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
OBTIDOS NO ENSAIO
Peneira n
CALCULADOS
Massa retida
(g)
Massa retida
acum. (g)
Qf %
10
390.0
390.0
0.0
0.0
100.0
20
367.7
391.8
24.1
24.1
79.2
40
367.0
388.2
21.2
45.3
60.8
100
428.0
472.1
44.1
89.4
22.7
200
300.4
308.3
7.9
97.3
15.8
Fundo
335.9
335.9
0.0
Qf
118.5
45.3
1 0.025
x 100 60.8%
118.5
1 0.025
41
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5 SUL EQ 708/907 Braslia - DF CEP:
70390-070 - Fone: 3442-6000
C U R VA G R A N U L O M T R IC A
percentagem que
passa
2 00
10 0
60
40
3 0 20
10
3/8 "
90
10
80
20
70
30
60
40
50
50
40
60
30
80
20
80
10
90
percentagem
retida
PE N E IR A S
100
10 0
0
0 .0 01
0 .01
0 .0 0 2
a rg ila
0.1
1
di m e tro da s p artc ula s (m m )
0 .0 6
s ilte
0 .2
a reia
fina
0 .6
a re ia
m dia
10
2 .0
a reia
g ro ssa
6 .0
p edreg ulho
fino
1 00
2 0 .0
pedre gulho
m dio
6 0 .0
ped re gulho
gro sso
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5
w
(g/cm3)
(g s/cm2)
( C)
16
0.99897
11.38
24
0.99733
9.34
17
0.99880
11.09
25
0.99708
9.13
18
0.99862
10.81
26
0.99682
8.92
19
0.99844
10.54
27
0.99655
8.72
20
0.99823
10.29
28
0.99627
8.52
21
0.99802
10.03
29
0.99598
8.34
22
0.99780
9.80
30
0.99568
8.16
23
0.99757
9.56
x 10-6
temp
w
(g/cm3
x 10-6
(g s/cm2)
A aplicao da lei de Stokes admitida como vlida para partculas com dimetro entre 0.2 e 0.0002 mm,
porm, muitas crticas podem ser feitas a este ensaio:
- o ensaio de sedimentao baseia-se na queda de uma esfera isolada em meio viscoso. Ocorre que uma
partcula de argila tem forma lamelar e portanto sedimenta de forma inteiramente diferente de uma esfera;
43
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5
- como no ensaio trabalha-se com centenas de milhares de partculas com diferentes velocidades de
sedimentao, nada garante que a queda de uma partcula no interfira na trajetria de outra;
- a massa especfica das partculas que sedimentam so diferentes entre si, dependendo do mineral arglico que
as forma. No ensaio trabalha-se com uma massa especfica mdia;
- durante o ensaio faz-se frequentes leituras com a utilizao de um aparelho chamado densmetro que
imerso na mistura solo-amostra. Esta insero, inevitavelmente, interfere na sedimentao das partculas de
forma direta ou devido agitao que causa na mistura;
- alguns tipos de solos apresentam grande descontinuidade na curva granulomtrica na passagem do ensaio de
peneiramento para o de sedimentao. Silveira (1991), em um estudo sobre solos residuais e coluvionares do
Rio de Janeiro, refere-se a este problema e aponta o ensaio de sedimentao como provvel causador. Freire
(1995) tambm encontrou curvas granulomtricas decontnuas em solos da cidade de Santos;
- o defloculante - substncia qumica (por exemplo, o hexametafosfato de sdio) que serve para separar as
partculas de forma a sedimentarem isoladamente - tem grande influncia no resultado da granulometria da
maioria dos solos tropicais. Ensaios de sedimentao executados em amostras do DF, com ou sem
defloculante, mostraram diferenas superiores a 30% (Mortari & Camapum de Carvalho, 1994) ;
- h situaes em que a gua em que a amostra mantida em suspenso altera o volume das partculas. o
caso das argilas do grupo das montmorilonitas que expandem na presena de gua.
A percentagem em peso de gros com dimetros menores que o dimetro achado com a equao poder ser
determinada atravs das leitura obtidas com um densmetro calibrado, com a expresso:
Qs
c V (LLd)
g w
Mh
1 w
onde:
c = massa especfica da gua na temperatura de calibrao do densmetro (em g/cm3);
V = volume da suspenso (em cm3);
Mh = massa do material mido submetido sedimentao;
w = umidade da amostra;
L = leitura do densmetro na suspenso (em g/cm3);
44
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5
45
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5
- uma aproximao aceitvel para a viscosidade e a massa especfica da gua so, respectivamente, as
equaes:
(25.0074 4.94803 ln t)
w 1.005 e 3.1
E 4
com em 10-6 x g s /cm2; w em g/cm3 e t em C. Por exemplo, para t = 23.C => = 9.49 x 10-6 g s/cm2 e w
= 0.9978 g/cm3
- Qs e d foram obtidos com as equaes 4 e 5, cujo exemplo de aplicao dado para o tempo de 30 segundos.
Qs
2.75
0.9988 x 1000
(1.0420 1.0052) 100 86.2%
2.75 0.9978
70.0
1 0.045
1800 x 9.49 E 6 x 9.8
0.0563 mm
(2.75 0.9978) 30
OBTIDO NO ENSAIO
CALCULADO
tempo
seg
temper.
C
L
g/cm3
Ld
g/cm3
a
cm
Qs
%
d
mm
15
23
1.0450
1.0052
9.2
93.2
0.0775
30
23
1.0420
1.0052
9.8
86.2
0.0563
60
23
1.0359
1.0052
10.9
71.9
0.0421
120
23
1.0271
1.0052
12.6
51.3
0.0319
240
23
1.0203
1.0052
13.8
35.4
0.0237
46
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5
480
23
1.0135
1.0052
15.1
19.5
0.0175
900
24
1.0102
1.0050
15.7
12.3
0.0129
1800
25
1.0083
1.0048
16.1
8.3
0.0091
3600
25
1.0074
1.0048
16.2
6.2
0.0065
7200
25
1.0066
1.0048
16.4
4.3
0.0046
28800
26
1.0058
1.0045
16.5
2.9
0.0032
86400
24
1.0061
1.0050
16.5
2.7
0.0013
47
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5 SUL EQ 708/907 Braslia - DF CEP:
70390-070 - Fone: 3442-6000
C U R VA G R A N U L O M T R I C A
200
100
60
40
30 20
10
3 /8 "
90
10
80
20
70
30
60
40
50
50
40
60
30
80
20
80
10
90
100
0
0 .0 0 1
0 .0 1
0 .1
10
100
d i m e tro d a s p a rtc u la s (m m )
0 .0 0 2
a r g ila
0 .0 6
s ilte
0 .2
a re ia
fin a
0 .6
a re ia
m d ia
2 .0
a re ia
g ro s sa
6 .0
p e d re g u lh o
fin o
2 0 .0
p e d re g u lh o
m d io
6 0 .0
p e d re g u lh o
g ro ss o
percentagem retida
P E N E IR A S
100
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5
6 - GRANULOMETRIA MISTA
Na maioria das vezes o solo formado por uma ampla variao de tamanhos de partculas, desde pedregulhos a
argilas. Nestes casos pode ser conveniente a execuo da granulometria mista, onde usa-se o peneiramento e a
sedimentao. Para isto inicialmente passa-se o solo na #10. A poro retida ensaiada como no peneiramento
grosso mostrado anteriormente. Da frao que passou na #10, separa-se de 70 a 120 g de material e faz-se o
ensaio de sedimentao. Aps completado o ensaio de sedimentao, verte-se o material da proveta na #200.
Lixivia-se a parte retida e aps a gua passar completamente limpa pela amostra, leva-se para a estufa para
secagem. Aps seca esta amostra sofre o peneiramento fino. As equaes a serem usadas so as mesmas
mostradas anteriormente.
6.1 - EXEMPLO DE APLICAO DE GRANULOMETRIA MISTA.
Executou-se em um ensaio de granulometria mista com lavagem, em um solo com G = 2.72, os seguintes
passos:
- passou-se na #10, 1250 g da amostra seca ao ar.
- pesou-se o material retido na #10 aps lavagem e secagem na estufa, obtendo-se 202.33 g. Do material que
passou na #10 determinou-se a umidade higroscpica (whigr = 2.9%) e separou-se 85.0 g para a
sedimentao.
- clculo da massa total da amostra seca:
Ms
1250 202.33
202.33 1220.47g
1 0.029
CALCULADO
peneira n
peneira g
pen+solo g
solo ret g
ret. acum.g
Qg %
561.4
561.4
0.00
0.00
100.0
548.5
560.59
12.09
12.09
99.0
533.3
543.26
9.96
22.05
98.2
3/8
658.7
683.15
24.45
46.50
96.2
517.0
576.30
59.30
105.80
91.3
10
437.7
534.23
96.53
202.33
83.4
49
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5
Qg
1220.47 22.05
x 100 98.2%
1220.47
OBTIDO NO ENSAIO
CALCULADO
tempo seg
temper. C
L g/cm3
Ld g/cm3
30
25
1.0121
1.0048
15.3
11.70
0.0699
60
25
1.0110
1.0048
15.6
9.95
0.0497
120
25
1.0099
1.0048
15.8
8.20
0.0354
240
25
1.0095
1.0048
15.8
7.56
0.0251
480
25
1.0088
1.0048
16.0
6.45
0.0178
900
25
1.0081
1.0048
16.1
5.33
0.0131
1800
25
1.0079
1.0048
16.1
5.01
0.0092
3600
25
1.0075
1.0048
16.2
4.38
0.0066
7200
27
1.0068
1.0043
16.3
3.93
0.0045
14400
28
1.0062
1.0041
16.4
3.31
0.0032
86400
25
1.0068
1.0048
16.3
3.26
0.0013
cm
Qs %
d mm
50
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5
Qs
2.72
0.99823 x 1000
(1.011 1.0048) 83.4 9.95%
2.72 0.99708
85
1 0.029
- com o material usado na sedimentao, fez-se a lavagem na #200 e secou-se em estufa a parte retida,
executando-se aps o peneiramento fino, obtendo-se:
OBTIDO NO ENSAIO
CALCULADO
peneira n
peneira g
pen+solo g
solo ret g
ret acum. g
Qf
20
413.0
431.7
18.7
18.7
64.5
40
409.0
425.9
16.9
35.6
47.5
60
402.0
415.51
13.51
49.11
33.8
100
410.0
424.25
14.25
63.36
19.4
200
380.0
387.59
7.59
70.95
11.7
Fundo
330.0
330.0
0.0
51
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5
Qf
85
35.6
1 0.029
83.4 47.5%
85
1 0.029
52
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5 SUL EQ 708/907 Braslia - DF CEP:
70390-070 - Fone: 3442-6000
P E N E IR A S
200
100
60
40
30 20
10
3 /8 "
100
90
10
80
20
70
30
60
40
50
50
40
60
30
80
20
80
10
90
percentagem retida
C U R VA G R A N U L O M T R I C A
100
0
0 .0 0 1
0 .0 1
0 .1
10
100
d i m e tro d a s p a r tc ula s (m m )
0 .0 0 2
a rg ila
0 .0 6
silte
0 .2
a re ia
fina
0 .6
a re ia
m d ia
2 .0
a re ia
g ro ssa
6 .0
p e d re g ulho
fino
2 0 .0
p e d re g ulho
m d io
6 0 .0
p e d re g u lho
g ro sso
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5
60
10
se:
D < 5 solo muito uniforme
5 < D < 15 solo com uniformidade mdia
15 < D solo desuniforme
- Coeficiente de Curvatura:
Cc
230
60 10
se Cc for maior que 1 e menor que 3 diz-se que o solo bem graduado.
Na verdade estes ndices foram propostos com a inteno de tornar desnecessrio o exame da curva
granulomtrica. A simples observao de que pode haver casos de amostras com ndices iguais e curvas
diferentes j mostra que esta inteno no foi atingida.
A seguir mostra-se um diagrama sequencial de atividades para o ensaio de granulometria para facilitar sua
execuo.
54
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5 SUL EQ 708/907 Braslia - DF CEP:
70390-070 - Fone: 3442-6000
PENEIRAMENTO GROSSO
Mg
Mt
Ms =
# 10
Mt - Mg
1+w
E STUFA
# 10
SEDIMENTAO
W (% )
Mh
# 200
d=
Qs =
Ms - Mi
Ms
x 100
1800 a
g - w
t
g
g - w
# 20
c V (L - L d )
N
Mh
1+w
# 40
# 60
Mi
# 100
ESTUFA
# 200
fundo
19 mm
9.5 mm
4.8 mm
2.0 mm
fundo
Mi
# 200
PENEIRAMENTO FINO
25 mm
Qf =
Mh - Mi
1+w
Mh
1+w
+ Mg
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
7 - PROBLEMAS PROPOSTOS.
1 - Executou-se um ensaio de granulometria por peneiramento em uma amostra granular com 1000
g. Inicialmente passou-se esta amostra na #10. A poro retida na #10 foi lixiviada, seca em estufa e
em seguida feito o peneiramento grosso, obtendo-se:
peneira
1"
8.2
3/4"
4.1
3/8"
20.6
24.7
10
41.2
FUNDO
0.0
De parte do material que passou na #10, determinou-se a umidade (3%), separou-se 247.2 g, fez-se
a lavagem na #200, e aps secagem, o peneiramento fino, obtendo-se:
peneira
20
41.7
40
46.1
60
33.6
100
51.7
200
34.2
FUNDO
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
Pen
n - mm
Massa Pen
(g)
2" - 25
556
556
3/4"- 19
530
530
3/8"- 9.5
471
471
4 - 4.8
452
479.46
10 - 2.0
437
491.92
FUNDO
462
462
Da amostra que passou na #10, determinou-se a umidade (1.96%), a densidade relativa dos gros
(Gs = 2.68) e separou-se 79 g para o ensaio de sedimentao, obtendo-se:
t (seg)
temp (C)
L (g/cm3)
30
23
1.027
60
23
1.024
120
23
1.021
240
23
1.017
480
23
1.016
900
23
1.013
1800
23
1.011
3600
23
1.010
7200
24
1.008
14400
26
1.007
86400
21
1.006
57
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
(t em C => Ld em g/cm3)
O material usado na sedimentao aps ser lixiviado na #200 e seco em estufa, forneceu no
peneiramento fino:
Pen
n - mm
Massa Pen
(g)
20 - 0.84
413
417.86
40 - 0.42
409
414.66
60 - 0.25
402
407.66
100-0.149
410
417.28
200-0.074
380
395.36
FUNDO
330
330
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
100
90
10
80
20
70
30
Argila
chave
60
40
50
50 Areia
% de
Argila
60
% de Argila
40
Argila
Arenosa
Siltosa
30
70
Areia
Argilosa
Silte
Argiloso
20
80
90
100
Areia
10
20
Areia
Silte
Siltosa
Arenoso
30
40
50
60
70
10
Silte
80
90
100
% de Silte
59
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SOLOS FINOS
Inclui-se a os solos finos essencialmente minerais ( ML, CL, MH E CH) e os com certa quantidade
de matria orgnica (OL e OH).
Podem ser ainda:
Baixa compressibilidade - ML, CL, OL
Alta compressibilidade - MH, CH, OH
onde: L = Low
H = High
O = Organic.
60
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
Tambm pode ocorrer smbolo duplo do tipo CL-ML. O Grfico de Plasticidade, idealizado por
Casagrande, divide as regies no grfico onde se situa cada tipo de solo fino. Considera-se que os
solos situados acima da linha A so de mdia a alta plasticidade (solos argilosos).
61
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5 SUL EQ 708/907 Braslia - DF CEP: 70390-070 Fone: 3442-6000
Q u a n tid a d e a p r e c i v e l d e
f in o s p l s tic o s
GC
P e d r e g u lh o s c o m a r g ila s e m is t u r a s d e p e d r e g u lh o ,
a r e ia e a r g ila s m a l g r a d u a d o s
C om o G W
SW
A r e ia s e a r e ia s c o m p e d r e g u lh o s b e m
g r a d u a d a s , s e m f in o s o u e m p e q u e n a s q u a n tid a d e s
C om o G P
SP
A r e ia s e a r e ia s c o m p e d r e g u lh o s m a l
g r a d u a d a s , s e m f in o s o u e m p e q u e n a s q u a n tid a d e s
C om o G M
SM
A r e ia s s ilto s a s e m is tu r a s d e a r e ia s
e s ilte s m a l g r a d u a d a s
C om o G C
SC
A r e ia s a r g ilo s a s e m is tu r a s d e a r e ia s
e a r g ila s m a l g r a d u a d a s
n u la a
m u ito le n ta
m d ia
CL
le n t a
fra c a
OL
S ilte s o r g n ic o s e s u a s m is t u r a s c o m a r g ila s
d e b a ix a p la s tic id a d e
fra c a a
le n ta a
fra c a a
m d ia
n u la
m d ia
O R G N IC O S
n u la
e le v a d a
n u la a
fra c a a
m u ito le n ta
L im it e s d e A tt e r b e r g a b a ix o
d a lin h a A o u I P m e n o r q u e 4
L im it e s d e A tt e r b e r g a c im a
d a lin a A c o m IP m a io r q u e 7
D =
> 6
L im it e s d e A t te r b e r g a c im a
d a lin h a A c o m IP e n tr e 4
e 7 s itu a m - s e o s c a s o s d e
f r o n te ir a q u e n e c e s s ita m d e
2 s m b o lo s
Cc =
10 60
e n tr e 1 e 3
N o o b e d e c e n d o a t o d o s s o r e q u is it o s d o g r u p o S W
L im it e s d e A tt e r b e r g a b a ix o
d a lin h a A o u I P m e n o r q u e 4
L im it e s d e A tt e r b e r g a c im a
d a lin a A c o m IP m a io r q u e 7
L im it e s d e A t te r b e r g a c im a
d a lin h a A c o m IP e n tr e 4
e 7 s itu a m - s e o s c a s o s d e
f r o n te ir a q u e n e c e s s ita m d e
2 s m b o lo s
m d ia
F a c ilm e n te id e n tif ic v e is p e la c o r e c h e ir o ,
e s p o n jo s o s a o ta to e c o m te x tu r a f ib r o s a
MH
S ilte s in o r g n ic o s , s o lo s m ic c e o s o u d ia to m c e o s
s ilto s o s o u c o m a r e ia f in a
CH
OH
Pt
T u r f a s e o u tr o s s o lo s a lta m e n te o r g n ic o s
C A R T A D E P L A S T IC ID A D E
40
Linha B
m d ia a
e le v a d a
e le v a d a
e n tr e 1 e 3
30
CH
S ilte s in o r g n ic o s e a r e ia s m u ito f in a s , p d e p e d r a ,
a r e ia s s ilto s a s o u a r g ilo s a s , c o m b a ix a p la s t ic id a d e
m d ia a
1 0 6 0
N o o b e d e c e n d o a t o d o s s o r e q u is it o s d o g r u p o G W
ML
m u ito e le v a d a
Cc =
20
nh
n u la
e le v a d a a
> 4
Li
menor que 50
maior que 50
SILTES E ARGILAS
Limite de Liquidez
Limite de Liquidez
r p id a a
le n t a
fra c a a
R ig id e z
n u la a
fra c a
m d ia
S O L O S A LT A M E N T E
D ila t n c ia
P e d r e g u lh o s c o m s ilte s e m is tu r a s d e p e d r e g u lh o ,
a r e ia e s ilt e s m a l g r a d u a d o s
GM
menos de 5% : GW,GP,SW,SP
Q u a n tid a d e a p r e c i v e l d e
f in o s n o p l s tic o s
Passa na #200:
GP
P e d r e g u lh o , m is tu r a s d e a r e ia e p e d r e g u lh o s m a l
g r a d u a d o s , s e m f in o s o u e m p e q u e n a s q u a n tid a d e s
D =
Indce de Plasticidade
PEDREGULHOS
SEM FINOS
COM FINOS
PEDREGULHOS
P r e d o m in n c ia d e u m d i m e tr o o u
f a ix a d e d i m e t r o s
SEM FINOS
AREIAS
AREIAS
P e d r e g u lh o , m is tu r a s d e a r e ia e p e d r e g u lh o s b e m
g r a d u a d o s , s e m f in o s o u e m p e q u e n a s q u a n tid a d e s
COM FINOS
grossa retido na #4
grossa passa na #4
PEDREGULHOS
AREIAS
GW
R e s is t n c ia
seca
SILTES E ARGILAS
SOLOS GROSSOS
SOLOS FINOS
S IS T E M A U N IF IC A D O D E C L A S S IF IC A O D O S S O L O S - S U C S
V a r ia o a m p la d o s d i m e tr o s
s e m p r e d o m in n c ia d e n e n h u m d e le s
CL
10
7
4
0
OH
ou
MH
CL
CL - ML
M L ou O L
ML
0
20
40
60
80
L im it e d e L iq u id e z
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV.
Os solos situados abaixo da linha A so de pequena ou nenhuma plasticidade (solos siltosos). Da mesma
forma os solos situados esquerda da linha B so de baixa compressibilidade e os situados direita da linha
B so de alta compressibilidade.
TURFAS : so solos essencialmente orgnicos - PT (Peat).
= A1 - A2 - A3
= A4 - A5 - A6 - A7
= A8
Ocorrem subdivises no grupo A-1: A-1-a e A-1-b; no grupo A-2 : A-2-4, A-2-5, A-2-6 e A-2-7; e no grupo
A-7 : A-7-5 e A-7-6.
NDICE DE GRUPO:
O ndice de Grupo, introduzido pelo sistema HRB, um nmero inteiro, que varia de 0 a 20 e define a
capacidade de suporte de um solo. obtido com a frmula:
IG = 0,2 a + 0,005 a.c + 0,01 bd.
onde:
a = P200 - 35 (variando de 0 a 40)
b = P200 - 15 (variando de 0 a 40)
c = wL - 40 (variando de 0 a 20)
d = IP - 10 (variando de 0 a 20)
De forma crescente tem-se:
63
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV.
IG = 0 - Solos timos
IG = 20 - Solos pssimos
Solos Granulares - IG entre 0 e 4
Solos Siltosos - IG entre 1 e 12
Solos Argilosos - IG entre 1 e 20
64
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
SEPS AV. W5 SUL EQ 708/907 Braslia - DF CEP: 70390-070 Fone: 3442-6000
C L A S S IF IC A O D O S S O L O S S E G U N D O O H .R .B
M A T E R IA IS D E G R A N U L A O G R O S S A
M A T E R IA IS D E G R A N U L A O F IN A
C L A S S IF IC A O G E R A L
3 5 % o u m e n o s p a s s a n d o n a p e n e ir a 2 0 0
A -1
A -3
A -2
m a is d e 3 5 % p a s s a n d o n a p e n e ir a 2 0 0
A -4
A -5
A -6
A -7
C L A S S IF IC A O P O R G R U P O
A -1 -a
A -1 -b
A -7 -5 e
A -7 -6
A -2 -4
A -2 -5
A -2 -6
A -2 -7
35m ax
35m ax
35m ax
35m ax
40m ax
4 1 m in
40m ax
4 1 m in
40m ax
4 1 m in
40m ax
4 1 m in
10m ax
10m ax
1 1 m in
1 1 m in
10m ax
10m ax
1 1 m in
1 1 m in
8m ax
12m ax
16m ax
20m ax
G r a n u lo m e t r ia : p o r c e n ta g e m
q u e p a s s a n a p e n e ir a
10
50m ax
40
30m ax
50m ax
5 1 m in
200
15m ax
25m ax
10m ax
3 6 m in
3 6 m in
3 6 m in
3 6 m in
C a r a c t e r s t ic a d a fr a o
q u e p a s s a n a p e n e ir a 4 0 :
L im ite d e L iq u id e z
6 m ax
n d i c e d e P l a s t ic id a d e
6 m ax
N .P.
n d ic e d e G r u p o
T i p o s u s u a i s d e c o n s t i t u in t e s
s ig n if i c a t i v o s d o s m a t e r i a is
C o m p o r t a m e n to c o m o s u b - le it o
F ra g m e n to s d e
p e d ra , p e d re g u lh o e a r e i a
A r e ia
fin a
4 m ax
P e d r e g u lh o e a r e i a c o m
s i l t e e a r g i la
E x c e le n te a b o m
O n d i c e d e P l a s t ic id a d e d o s u b - g r u p o A - 7 - 5 ig u a l o u m e n o r q u e o L L - 3 0
O n d i c e d e P l a s t ic id a d e d o s u b - g r u p o A - 7 - 6 m a io r q u e o L L - 3 0
S o lo s s ilto s o s
R e g u la r a m a u
S o l o s a r g i lo s o s
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
EXERCCIOS PROPOSTOS
1 - Classifique os seguintes solos no SUCS, HRB:
solo
wL
35
29
wP
20
25
NP
NP
NP
P3/4"
93
88
P1/2"
76
53
P3/8"
66
28
P1/4"
51
GRANULOMETRIA:
P10
100
100
100
30
0.5
P20
98
97
95
19
P40
96
95
91
13
P60
93
94
48
P100
88
91
24
P200
85
89
0.5
<0.05mm
77
80
<0.005mm
23
17
<0.002mm
11
Resp.:
CL
ML
SP
GW-GM
GP
A6(10)
A4(8)
A3(0)
A-1a(0)
A-1a(0)
66
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
Abertura (mm)
4.76
443.2
451.2
10
2.00
440.6
459.2
20
0.84
486.1
520.3
40
0.42
395.4
453.9
60
0.25
382.4
436.1
100
0.149
361.9
397.2
200
0.075
358.0
377.1
Fundo
0.000
490.3
528.2
Resp.:
SP-SM A-2-4
A-2-4(0)
67
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
peneiras n
2 00
100
60
40
20
10
3 /8"
1"
80
20
60
40
40
60
20
80
0.00 1
0.01
0.1
10
1 00
1 00
d i m e tro d a s p a r tc u la s (m m )
Resp.: GM-GC
A-4 (3)
wL
wP
150
100
40
20
20
17
32
19
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
peneiras :
200 100 60 40
20
10
100
% que passa
80
60
40
20
0
0.001
0.01
0.1
1
dimetro (mm)
10
100
69
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
CAPILARIDADE
Na maioria das vezes que ocorre fluxo de gua nos solos esta se move sob a ao da
gravidade. comum, no entanto, ocorrer movimentos de gua contrrios ao da
gravidade. Por exemplo: quando se recobre um terreno argiloso (como o que acontece
na pavimentao das estradas) e se impede a evaporao contnua da gua do solo em
sua superfcie, a camada imediatamente abaixo do pavimento torna-se saturada,
acumulando gua. Esta gua subiu do nvel fretico do terreno at sua superfcie, num
movimento contrrio gravidade. o conhecido fenmeno da ascenso capilar, tanto
mais acentuado quanto mais argiloso o solo. Para solos arenosos a ascenso de
30cm. Em solos argilosos observa-se ascenso muito maior. Em So Paulo, na pista do
Aeroporto de Congonhas, a ascenso capilar atingiu 35m (Vargas, 1987).
Da teoria do tubo capilar tem-se:
A gua subir dentro de um tubo capilar de dimentro d, at uma altura hc, tal que a
componente vertical da fora capilar Fc, seja igual
ao peso da coluna d'gua suspensa.
Fc
Fc
A Fsica explica o fenmeno admitindo a existncia
de uma tenso superficial Ts atuando ao longo da
linha de contato com o lquido, sob um ngulo .
menisco
tubo capilar
F c . cos W w
hc
NA
F c .d . T s
Ww
d2
. hc . w
4
Logo:
hc
4 . Ts
. cos
d . w
70
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
0.3
d
100
S (%)
nvel capilar
altura de
asceno
capilar
mxima
NA
z
Altura de ascenso capilar em solos, Terzaghi prope:
hc
c
e . 10
71
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
Onde:
e = ndice de vazios.
10 = dimetro efetivo, em cm
c = constante que depende da forma dos gros, variando entre 0,1 e 0,5 cm.
Exemplo: Se, para um determinado solo 10 = 0,035mm e e = 0,5, qual a altura de
ascenso capilar para esta areia?
hc
c
0.5 . 0.0035
partcula
menisco
partcula
De fato, a fora que arrasta a gua em tubos capilares corresponde a uma reao que
comprime as paredes do tubo. A existncia desta fora pode ser constatada observandose o comportamento de tubos capilares compressveis, sob o efeito da evaporao da
gua no interior. Existe, assim, agindo sobre o solo e em todas as direes, uma presso
chamada presso capilar, que cresce medida que a gua evapora. Esta compresso
produzida pela presso capilar explica a contrao dos solos durante seu processo de
perda de umidade.
72
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
COESO APARENTE
De maneira anloga, pode-se explicar a coeso aparente. Uma demonstrao simples e
convincente da existncia e ao da presso capilar em uma massa porosa a seguinte:
satura-se um pedao de algodo com gua. Depois, dentro d'gua, comprime-se com a
mo e solta-se, seguidamente. Pode-se observar que o chumao de algodo recupera-se
com certa rapidez. Se, porm, aps comprimir o algodo dentro d'gua, retiramo-lo,
deixando-o ao ar, nota-se que ele no apresenta variao visvel, permanecendo
comprimido. Ao devolv-lo para dentro d'gua, a recuperao volta a se apresentar pois
os meniscos so destrudos.
SUCO EM SOLOS NO-SATURADOS
A diferena entre a presso do ar e da gua (ua - uw) nos vazios de um solo no saturado
convencionalmente chamada de suco.
A suco, na verdadade a soma de duas parcelas: a suco osmtica, devida a presses
osmticas que surgem em funo dos solutos existentes na gua e a suco matricial,
devida, principalmente s foras capilares. A manifestao fsica da suco na forma
de uma presso negativa na gua que cria uma forte ligao entre as partculas de solo
aumentando sua resistncia ao cisalhamento e a rigidez da estrutura.
No estudo de solos no-saturados, deve-se ressaltar a importncia da condio do ar nos
vazios no comportamento destes solos:
- quando o ar est em forma contnua, o fluxo controlado pela
permeabilidade do ar nos vazios o que faz com que as deformaes ocorram
rapidamente. A suco, pode atingir nveis baixsimos e tem influncia
decisiva no comportamento do solo, especialmente na compressibilidade e na
resistncia. O aumento do grau de saturao leva reduo da suco,
podendo ocorrer o brusco colapso da estrutura do solo.
- quando o ar est ocluso, a permeabilidade da gua que controla o fluxo nos
vazios. A suco torna-se praticamente nula e a gua pode fluir. comum
admitir-se que em amostras compactadas a ocluso ocorre em torno da
umidade tima. Em solos naturais, pode-se admitir que esta ocluso ocorre
quando o grau de saturao supera 85%.
O aumento da saturao em um solo no saturado, diminue a suco e por consequencia
a resistncia ao cisalhamento deste solo. por isto que uma prtica comum na
Mecnica dos Solos tratar o solo no-saturado como saturado em face desta situao ser
a mais desfavorvel em termos de resistncia.
73
IESPlan
FacPlan
Faculdades Planalto
NA
74