Não Cabimento Da Ação de Regresso
Não Cabimento Da Ação de Regresso
Não Cabimento Da Ação de Regresso
37,6DACONSTITUIOFEDERALDE88
O art. 37, 6 da Constituio da Repblica trata da responsabilidade civil da
Administraopblica,nosseguintestermos:
6 Aspessoas jurdicas de direitopblico eas de direito privado
prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus
agentes,nessaqualidade,causarematerceiros, asseguradoodireito
deregressocontraoresponsvelnoscasosdedoloouculpa.
(grifomeu)
2.1MODALIDADESDECULPA:
2.1.1IMPRUDNCIA
Prticadeumfatocriminoso.aculpadequemage(ex.:passarnofarolfechado).
Decorredeumacondutaomissiva.
2.1.2NEGLIGNCIA
aculpadequemseomite.afaltadecuidadoantesdecomearaagir.Ocorre
sempre antes daao (ex.: no verificar osfreios do automvel antesde coloclo em
movimento).
2.1.3IMPERCIA
a falta de habilidade no exerccio de uma profisso ou atividade. No caso de
exercciodeprofisso,se,almdehaverafaltadehabilidade,noforobservadaumaregra
tcnicaespecficaparaoato,haveraimperciaqualificada.Difereseaimperciadoerro
mdicovistoqueestenodecorresomentedaimpercia,podendodecorrertambmde
imprudnciaounegligncia.
3.DONOCABIMENTODAAODEREGRESSO.
NocasodedanopraticadoaparticularporumagentedaAdministraopblica,esta
responderperanteavtimadeformaobjetiva,combasenateoriadoriscoadministrativo,
aopassoqueoagentepblicoresponderemregressoperanteaAdministraodeforma
subjetiva,dependendo dacomprovao de culpaou dolo do agente, namodalidade de
culpacomum.
RemessaNecessriaaquesenegamprovimento.
(TRF2AC:2307102000.02.01.0182301,Relator:Desembargador
Federal REIS FRIEDE, Data de Julgamento: 27/07/2005, STIMA
TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicao: DJU
Data::05/08/2005Pgina::295).
Quandoumagentepblico,noexercciodesuaatividade,praticaumatoquecausa
dano a um particular, surge o dever da Administrao Pblica de reparar esse dano.
Conformedispostono6doart.37daConstituio,oEstadotemodeverdeindenizaros
danosqueseusagentes,atuandonessaqualidade,causematerceiros.Paraessetipodeato
comissivo,foiadotada,comoregra,ateoriadoriscoadministrativo,cujoprecursorfoio
jurista francs Lon Duguit. Essa teoria est baseada na ideia de que a atividade
administrativa gera risco de dano para os administrados, cabendo ao Estado a
responsabilidadepelosdanoseventualmentecausados.Esseriscodevesersuportadopor
todos,jqueaatividadedoEstadodesenvolvidaparatodos.
doInstitutodeCriminalsticadaSecretariadeSeguranaPblicado
Estado de Gois para impingir ao apelado a conduta negligente,
aduzindo que o mesmo conduzia o veculo de forma dispersiva,
desatentovelocidadeedevidadistnciadoveculoquetrafegava
sua frente. 3. O laudo do Instituto de Criminalstica revela que o
peritonodetectouexcessodevelocidadenoveculoconduzidopelo
apelado. 4. Embora conste afirmao de que a unidade conduzida
peloapeladonotransitavacomadevidadistnciadeseguranado
veculoseguinte,olaudonoexplicacomochegouatalconcluso.Se
operitonologroudemonstraremquevelocidadestransitavamos
veculos,nohelementosquedemonstremqualseriaadistnciade
seguranarecomendvel.5.Aconclusodolaudo,noqueserefere
distnciadesegurana,noseembasouemelementosconcretosou
mesmo clculos minimamente precisos, mas, sim, em um juzo de
probabilidadeestabelecidoapartirdoexamevisualdascircunstncias
psacidente. 6. No obstante a atribuio de responsabilidade ao
apelado,emsededeinquritomilitar,nohqualquerexametcnico
doeventoporpartedasautoridadesmilitares,oumesmoevidncia
concreta, mas tosomente referncias vagas s condies em que
supostamente teria ocorrido o acidente, sendo, portanto,
absolutamente inconsistentes verificao de efetiva existncia de
culpanacondutadomilitar.7.ApelaodaUnioimprovida.
Sobreotema,verificasequehtendnciadoSTFdeconsolidaroentendimentono
sentidodequeoagentepblicocausadordodanoparteilegtimaparafigurarnopolo
passivodaaoindenizatriaajuizadapelavtima,devendo responderapenasemao
regressivamovidapeloEstado.
RECURSO
EXTRAORDINRIO.
ADMINISTRATIVO.
RESPONSABILIDADEOBJETIVADOESTADO:6DOART.37DA
MAGNA CARTA. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. AGENTE
PBLICO(EXPREFEITO).PRTICADEATOPRPRIODAFUNO.
DECRETODEINTERVENO.O6doartigo37daMagnaCarta
autorizaaproposiodequesomenteaspessoasjurdicasdedireito
pblico, ou as pessoas jurdicas de direito privado que prestem
servios pblicos, que podero responder, objetivamente, pela
reparao de danos a terceiros. Isto por ato ou omisso dos
respectivosagentes,agindoestesnaqualidadedeagentespblicos,e
no como pessoas comuns. Esse mesmo dispositivo constitucional
consagra, ainda, dupla garantia: uma, em favor do particular,
possibilitandolhe ao indenizatria contra a pessoa jurdica de
direitopblico,oudedireitoprivadoquepresteserviopblico,dado
quebemmaior,praticamentecerta,apossibilidadedepagamentodo
danoobjetivamentesofrido.Outragarantia,noentanto,emproldo
servidor estatal, que somente responde administrativa e civilmente
peranteapessoajurdicaacujoquadrofuncionalsevincular.Recurso
extraordinrioaquesenegaprovimento.
(STFRE:327904SP,Relator:CARLOSBRITTO,Datade
Julgamento:15/08/2006,PrimeiraTurma,DatadePublicao:DJ
08092006PP00043EMENTVOL0224603PP00454RNDJv.8,n.
86,2007,p.7578)