Manual Boas Praticas
Manual Boas Praticas
Manual Boas Praticas
Segurana Alimentar
Maio 2014
INDICE
1.2.
1.3.
2.2.
4.2.
EQUIPAMENTO ..................................................................................................................... 20
4.3.
4.4.
4.5.
4.6.
4.7.
6.2
6.3
INDICE DE TABELAS
Tabela 1: Tipos de bactrias presentes nos alimentos ............................................................................ 10
INTRODUO
As doenas alimentares constituem uma das principais preocupaes ao nvel da Sade Pblica, principalmente nos grupos mais vulnerveis como crianas e idosos. A maioria dos microrganismos levam ao aparecimento de toxinfees alimentares quando ingeridos em grande
nmero ou quando as suas toxinas esto presentes nos alimentos.
A maioria das toxinfees alimentares tem a sua origem em superfcies, utenslios de cozinha
e mos contaminadas, bem como na contaminao cruzada, em particular de alimentos j
cozinhados e prontos para consumo com alimentos crus.
As pessoas que, de alguma forma, contactam com os alimentos nas diversas fases da sua
produo so portadoras de microrganismos que podem alterar os alimentos e provocar doenas a quem os consome. Os microrganismos esto presentes, vivem e desenvolvem-se em
diversas partes do corpo (cabelo, nariz, boca, garganta, intestinos, pele, mos e unhas) e
mesmo que a pessoa apresente um estado de sade normal, sem sintomas de qualquer doena, existem sempre no seu corpo microrganismos que se forem ingeridos podem provocar
doenas.
Os manipuladores de alimentos devem entender a higiene como uma forma de proteger a sua
sade e a dos consumidores, assim como os comportamentos adotados durante a manipulao, pois so um dos principais veculos de contaminao dos alimentos.
Uma boa higiene e um comportamento adequado evitam a contaminao dos alimentos a
nvel biolgico, qumico, e fsico.
A implementao de boas praticas previne a ocorrncia dos riscos associados produo e
confeo de produtos alimentares.
CONCEITOS E DEFINIES
Cdigo de boas prticas Conjunto de boas prticas de modo a no comprometer a segurana ou inocuidade dos alimentos.
Contaminao Presena no intencional de qualquer material estranho nos alimentos quer
seja de origem qumica, fsica ou biolgica, que o torne inadequado para consumo.
Contaminao cruzada Transferncia de microrganismos de alimentos contaminados
(normalmente no preparados) para os alimentos preparados pelo contacto direto, escorrimento ou contacto indireto atravs de um veculo como mos, utenslios, equipamentos ou
vesturio.
Higienizao Conjunto de atividades de limpeza e desinfeo.
Intoxicao Enfermidade que resulta da ingesto de alimentos contendo uma determinada
quantidade de microrganismos patognicos capazes de produzir ou libertar toxinas aps a
ingesto.
Layout Forma como se dispe a sequncia dos processos e equipamentos.
Lavagem das mos Remoo de sujidade, resduos de alimentos, poeira, gordura ou outro material indesejvel das mos.
Manipuladores de alimentos Todos aqueles que, pela sua atividade profissional, entram
em contacto direto com alimentos, isto , procedem preparao culinria de alimentos em
instalaes onde se confecionam e servem refeies.
Marcha em frente Circuito que os alimentos devem seguir, da zona mais suja para a mais
limpa, para que os alimentos prontos a servir no se cruzem com os alimentos que iro ser
descascados, lavados, etc.
Medida preventiva Aco realizada para evitar ou diminuir a ocorrncia de um perigo.
Microrganismos Seres muito pequenos, que s se conseguem ver ao microscpio, nos
quais se incluem bactrias, bolores, vrus, leveduras e protozorios.
Microrganismos patognicos Microrganismos suscetveis de causar doenas infecciosas.
Perigo Qualquer propriedade biolgica, qumica ou fsica de um alimento que possa causar
um dano inaceitvel para a sade do consumidor.
Pragas Qualquer animal capaz de, direta ou indiretamente, contaminar os alimentos.
PERIGOS BIOLGICOS
Humidade relativa um fator de elevada relevncia, pois os microrganismos desenvolvem-se em alimentos hmidos.
Oxignio A presena ou no de oxignio bastante importante, uma vez que os microrganismos tambm respiram, mas nem todos usam o oxignio. Designam-se aerbios os que usam o oxignio e anaerbios os que no necessitam deste elemento.
Crescimento Microbiano
Os microrganismos, em condies timas de desenvolvimento tm um crescimento logartmico, ou seja, se existir uma bactria num alimento em condies timas, ela vai dividir-se em 2,
e essas 2 vo dividir-se em 4, e as 4 em 8,e assim sucessivamente.
MICRORGANISMOS IMPORTANTES
Bactrias
As bactrias so o tipo de microrganismo mais comum. Muitas so prejudiciais sade das
pessoas (bactrias patognicas) podendo causar doenas de origem alimentar (intoxicaes
e/ou infees alimentares).
Importa referir que estas so residentes habituais das mos, nariz, cabelo e intestino, da que
o manipulador de alimentos seja uma das principais fontes de contaminao atravs do contacto direto dos alimentos com as mos. H alimentos que por si s so veculos de contaminao uma vez que h bactrias presentes na sua estrutura fsica.
DOENA QUE
PROVOCA
FONTES DE
CONTAMINAO
ALIMENTO
ONDE SE
ENCONTRA
Ovos
Carne Aves
Lacticnios
Pescado
Camaro
gua
MEDIDAS PREVENTIVAS
Aquecer os alimentos a> 65C
Conservar os alimentos a <5C
Prevenir contaminao cruzada
Boas prticas de higiene
Separao dos alimentos crus dos cozinhados
Limpeza e desinfeo de equipamentos, utenslios
e instalaes
Salmolenose
Intestino animal
Shigella sp.
Desinteria bacilar
Fezes humanas
Contaminadas
Escherichia coli
Toxnicaes
Colite hemorrgica
Gastroenterite
Desinteria
Intestino animal
Listeria
monocytogenes
Meningite
Septicemia
Encefalite
gua
Intestino animal
Plantas
Solo
Clostridium
botulinum
Botulismo
Solo
guas paradas
Poeiras
Clostridium
perfringes
Intoxicao
perfringe
Solo
gua
Intestino animal
Staphylococcus
aureus
Intoxicao
estafilcocica
Mucosa nasal
Mucosa oral
Cabelo
Pele
Feridas
Abcessos
Yersinia
enterocolitica
Gastroenterite
Diarreia
Vmitos
Fezes de gado
Campulobacter
spp
Campilobacteriose
Carne bovina
Moscas
gua no tratada
Frango cru
Leite cru
Salmonella sp.
Saladas
Vegetais crus
Lacticnios
Aves
Charcutaria
Carne crua ou
mal
Passada
Leite cru
Leite cru
Queijos
Vegetais crus
Frango
Carnes cruas
Pescado cru e
defumado
Marisco mal
cozinhado
Quase todos os
Alimentos em
Conservas e
Enlatados
Carne e
derivados
Pratos do dia
anterior
Carnes e
derivados
Ovos
Saladas
Pastelaria
Leite cru
lacticnios
Carnes
Ostras
Pescado
Leite cru
Bacillus cereus
Intoxicao
Ovelhas
Aves
Carne
Leite
Vegetais
Pescados
Produtos de
arroz ou
amilceos
Vibrio spp
Diarreias
Cibras
Astenias
Nuseas
Calafrios
Cefaleias
Mar
Peixe
Marisco
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Fungos e bolores
Os fungos filamentosos so chamados bolores, e so encontrados no solo, superfcies de
vegetais, em animais, no ar e na gua. Esto presentes em nmero elevado nos vegetais,
principalmente nas frutas. So prejudiciais para os alimentos porque provocam deteriorao
nestes e produzem micotoxinas que so prejudiciais.
Os bolores, so, com poucas excees, aerbios. Eles adaptam-se bem, a alimentos com pH
cido, preferem temperaturas entre os 20 e 30C, so capazes de crescer com pouca disponibilidade de gua.
vulgar encontrar bolores nos seguintes alimentos:
po
bacalhau
chourio
amendoins
pistcio
Entre outros.
Vrus
Os surtos de enfermidades virais transmitidas por alimentos ou por gua so frequentemente
atribudos a higiene pessoal deficiente, suprimento de gua contaminada ou pescados
capturados em guas contaminadas por dejetos.
Os vrus associados com transmisso por alimento incluem os vrus das hepatites A e E, vrus
Norwalk e rotavrus.
Parasitas
Os parasitas podem crescer e atingir o estado adulto no trato gastrointestinal dos humanos ou
podem ser diretamente ingeridos como resultado do consumo de alimentos contaminados.
Nalguns casos os sintomas podem durar vrias semanas ao fim das quais diminuem ou
desaparecem, para posteriormente reaparecerem.
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Animais
Todos os animais so considerados perigos alimentares, mas iremos dar nfase aos que so
normalmente considerados pragas nos estabelecimentos alimentares. Falamos assim dos
insetos, moscas, ratos, ratazanas, baratas, larvas e outros.
Estas pragas devem ser tratadas por especialistas que possuem produtos, materiais,
equipamentos e tcnicas para minimizar o perigo que estes animais representam para a
segurana alimentar.
1.2.
PERIGOS QUIMCOS
Os compostos qumicos usados atualmente podem ter efeitos adversos para a sade podendo contaminar os alimentos, constituindo assim, um meio de intoxicao do Homem.
Tambm os materiais usados para contacto com os alimentos, podem ser possveis fontes de
migrao de substncias que, se forem transferidas da embalagem para os alimentos, podero constituir um perigo para o consumidor.
Importa ainda referir que em alguns tratamentos alimentares, em especial os que envolvem
processos baseados em altas temperaturas, nomeadamente a fritura, podero levar formao de novas substncias txicas.
1.3.
ALGUNS EXEMPLOS
Produtos de higienizao
Detergentes e desinfetantes
Resduos de pesticidas
Produtos qumicos de
manuteno
Outros
PERIGOS FISICOS
Os perigos fsicos so objetos estranhos aos alimentos que, quando ingeridos inadvertidamente, podem ter prejuzos na sade dos consumidores. Os perigos fsicos passveis de serem encontrados em alimentos, so essencialmente resduos de terra, paus, poeiras, fragmentos de vidro, cabelos e pelos, adornos (anis, brincos) entre outros.
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Estes agentes fsicos podem ter origem muito diversa e resultam de uma contaminao acidental dos alimentos atravs de deficientes prticas de higiene dos manipuladores, da deficiente higiene e conservao das infraestruturas, equipamentos e outros materiais em contacto
com os alimentos, bem como da inexistncia ou ineficcia dos planos de higienizao e controlo de pragas.
Os perigos fsicos podem causar prejuzos na sade do consumidor, nomeadamente engasgamento, perfuraes ou cortes na boca, danos nos dentes, entre outros.
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HIGIENE PESSOAL
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comando no manual
Ensaboar
bem
as
mos
com
sabo
lquido
desinfetante
Lavar cuidadosamente os espaos interdigitais, costas
das mos, polegar e unhas; as unhas devem ser
limpas com uma escova, devendo apresentar-se
sempre limpas, curtas e sem verniz
Passar por gua corrente para remover todo o sabo
Secar com toalha de papel descartvel
Depois de fumar
Utilizao de luvas
A utilizao de luvas no necessria para garantir a higiene, porque estas em algumas circunstncias podem causar problemas se no forem corretamente utilizadas.
No caso de serem usadas luvas, os trabalhadores devem garantir o cumprimento das seguintes regras:
1. Higienizar adequadamente as mos antes da colocao de luvas e sempre que mudarem de luvas;
2. As luvas devem ser adequadas ao tamanho do utilizador, bem como para o contacto
com alimentos e descartveis,
3. Deve proceder-se troca das luvas quando estas ficarem sujas ou rasgadas
Deve ser avaliada a possibilidade de usar utenslios em vez de luvas, como esptulas ou pinas adequadamente higienizadas.
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Com ou sem o uso de luvas, as mos devem ser sempre muito bem higienizadas.
Devem ser usadas luvas nas seguintes situaes:
1. Trabalhadores com cortes, feridas, erupes na pele ou outras leses;
2. Na manipulao de produtos prontos a consumir que no iro ser submetidos a qualquer processamento com temperatura elevada (preparao de sandes, saladas ou sobremesas, corte de produtos cozinhados).
Estado de sade
1. Todos os trabalhadores devem dispor de uma Ficha de Aptido Mdica a atestar a
adequabilidade para o trabalho;
2. Todos os trabalhadores devem realizar:
Exame mdico de admisso, antes do incio da atividade;
Exames peridicos, de acordo com a idade do trabalhador;
Exames ocasionais, no caso de haver alteraes que os justifiquem (ex: ausncias
por motivo de doena e acidentes de trabalho).
fundamental que todos os manipuladores tenham a noo de que existem certas doenas
que podem provocar a contaminao dos alimentos e, consequentemente, originar uma toxinfeo alimentar.
Todo o profissional deve informar o seu superior hierrquico, sempre que houver uma alterao no seu estado de sade.
Os indivduos que manifestem sintomas de doena gastrointestinal, doenas de garganta ou
que, contactem com pessoas que manifestem estes sintomas, devem ser, temporariamente,
afastados dos locais, onde contactem diretamente com os alimentos.
Em caso de ferimento ou infeo, a nvel da mo ou brao, aps tratamento, deve proteger-se
o ferimento ou a infeo por meio de cobertura impermevel (dedeira ou luva, para os ferimentos, nos dedos ou mo, e adesivo impermevel e visvel, para ferimentos no brao).
2.2.
COMPORTAMENTO PESSOAL
As unhas devem ser mantidas curtas, limpas e sem verniz;
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No fumar dentro das instalaes e durante a laborao, devido ao perigo dos microrganismos, que se encontram na saliva e nos lbios, poderem contaminar os alimentos;
Deve ainda proibir-se qualquer outro comportamento que possa ter como resultado a
contaminao dos alimentos (comer ou qualquer outra prtica desapropriada, como
mastigar pastilhas elsticas, cuspir, etc.);
Evitar levar os dedos boca, nariz, ouvidos, olhos ou cabelo; se isto se verificar, as
mos devem lavar-se imediatamente;
Evitar tossir ou espirrar, prximo dos alimentos; sempre que haja necessidade de o fazer, deve utilizar-se um leno ou guardanapo descartveis; se isto se verificar, as
mos devem lavar-se imediatamente;
No pegar nos copos, taas ou chvenas pelos bordos e muito menos colocar os dedos dentro do seu interior;
Sempre que possvel, deve recorrer-se ao uso de utenslios apropriados para manipular os alimentos e no as mos. Nos casos em que, pela sua minuciosidade, o empratamento tenha de efetuar-se manualmente, devem utilizar-se, corretamente, luvas
descartveis, tendo em ateno que essa tarefa deve ser executada sem interrupes:
No molhar os dedos com saliva para qualquer tarefa, nomeadamente, separar toalhetes e folhas de papel vegetal.
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LAYOUT E CIRCUITOS
A forma como se dispe a sequncia dos processos e equipamentos deve estar organizada
tipo marcha em frente, de modo a que se evitem as contaminaes cruzadas. Tem que
cumprir a sequncia preparao, confeo e servio, sem haver retrocessos ou cruzamentos,
nunca permitindo que os alimentos prontos a servir se cruzem com os alimentos que esto a
chegar para ser lavados, descascados, etc.
Deve ainda estar organizado de maneira a permitir o fcil acesso a qualquer equipamento
para desincrustar, limpar e desinfetar.
O layout de uma unidade deve contemplar os espaos destinados arrumao das diferentes
matrias e produtos.
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CONCEITOS GERAIS
Higienizao
Limpeza
Desinfeo
Tipos de sujidade
Existem vrios tipos de sujidade nas indstrias alimentares aos quais devemos estar atentos
e adaptar os detergentes e desinfetantes aos tipos de sujidade:
Resduos de alimentos permitem a multiplicao de bactrias patognicas e representam um risco de contaminao cruzada quando em contacto com os alimentos
crus;
Gorduras e azeite podem ocultar outro tipo de sujidade. A gordura proveniente dos
equipamentos pode ser transferida direta ou indiretamente aos alimentos;
As aes de limpeza e desinfeo consistem na manipulao combinada de diferentes mtodos com o objetivo de remover sujidade, gorduras e microrganismos, em todas as instalaes
e equipamentos.
Assim, quando se aplica um processo de limpeza e desinfeo, deve proceder-se sempre da
seguinte forma:
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Em superfcies de contacto, como as bancadas/ limpar com toalhas descartveis, e no cho remover a maior quantidade de gua com a ajuda de um rodo
ou de um aspirador;
EQUIPAMENTO
FERRAMENTAS E UTENSLIOS
Todas as ferramentas de trabalho (facas, esptulas, colheres, pinas) devem ser higienizadas
aps a sua utilizao para evitar a contaminao cruzada. Devem ser de material liso, lavvel
e imputrescvel.
Devem existir utenslios prprios para cada gnero de alimento (carnes, aves, peixe, legumes) que devem estar corretamente identificados.
Nas pausas de trabalho, as ferramentas devem ser limpas com produto prprio e mergulhadas numa soluo desinfetante adequada.
4.4.
SUPERFCIES DE TRABALHO
Por superfcies de trabalho entende-se todos os balces, mesas, bancadas e prateleiras onde
se manipulem ou armazenem alimentos.
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As superfcies em contacto com os gneros alimentcios devem ser construdas com materiais
lisos, impermeveis, facilmente lavveis, no txicos e de fcil desinfeo.
As superfcies de corte tm de ser em material resistente, impermevel, de fcil limpeza e
desinfeo.
Todas as superfcies devem ser lavadas e desinfetadas diariamente e sempre que necessrio. Nas pausas de trabalho no se podem deixar as superfcies sujas.
Para cada gnero alimentcio deve existir uma zona/superfcie prpria. Ou seja, o local onde
se prepara o peixe diferente do local onde se prepara a carne ou onde se preparam os vegetais. Assim como o local onde se manipulam alimentos processados tem que ser distinto
dos locais onde se preparam os alimentos crus. Na impossibilidade de criar zonas distintas
devido a problemas de espao, a manipulao dos diferentes gneros alimentcios pode ser
efetuada no mesmo local desde que separados no tempo e desinfetando o local no intervalo
entre as manipulaes.
4.5.
UTENSLIOS DE LIMPEZA
Todos os utenslios de limpeza tais como, esfreges, panos, escovas, etc., devem ser mantidos limpos, uma vez que representam um elevado risco de contaminao. Por isso, necessitam de cuidados especiais, nomeadamente:
Secos ao ar.
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Todos os produtos devem estar corretamente identificados para o uso pretendido, por
exemplo, codificados por cores ou rtulos.
4.6.
PLANOS DE HIGIENIZAO
LIXOS E PRAGAS
Lixos
Os caixotes de lixo que se encontram no interior devem possuir tampa e a sua abertura comandada por pedal. Devem estar sempre limpos e com um saco do lixo a revestir o seu interior. Os contentores exteriores devero ser desinfetados uma vez por dia, borrifando com lixvia.
Os resduos suscetveis de rpido crescimento microbiano (restos, desperdcios da preparao de carnes, ovos, massas, etc.) devem ser rapidamente removidos. Deve ser estabelecido
um sistema para recolha de lixos.
Pragas (de insetos, roedores, pssaros, vermes e outros animais)
Em todos os locais onde se manipulam, confecionam, armazenam, expem e comercializam
alimentos tem de se realizar sempre o controlo de insetos (moscas, formigas, baratas, etc.) e
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de roedores, porque so uma fonte na transmisso de doenas. So vetores de contaminao por microrganismos e substncias txicas. Embora no seja visvel para ns, em quase
todas as instalaes existe um nmero significativo de esconderijos (tetos falsos, tubagens,
etc.) que facilitam a fixao de pragas.
Para prevenir possveis infestaes deve-se inspecionar os produtos quando estes chegam,
remover detritos, tapar os contentores do lixo, rodar os stocks e impedir a indisponibilidade de
gua (secar bem todas as superfcies).Deve-se ainda assegurar que as pragas no conseguem entrar nas instalaes atravs de orifcios, janelas ou portas, excluindo os principais
vetores de penetrao.
No caso das medidas citadas falharem, poder-se- recorrer ao uso de pesticidas qumicos,
para sua destruio. A utilizao destes produtos muito perigosa e a sua aplicao deve ser
cuidadosa e realizada, preferencialmente, por um profissional. Devem-se respeitar os tempos
de ao de cada produto e proceder a uma limpeza e desinfeo de modo a retirar insetos e
roedores mortos, ou partes destes e eliminar os vestgios de qumicos utilizados. Existem outras medidas de combate alm dos pesticidas, tais como: inseticidas, eletrocutores de insetos,
estaes com iscos para ratos, redes mosquiteiras nas janelas, sifes, entradas (chamins,
portas, etc.) protegidas, conservao das instalaes e equipamentos, e limpeza.
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CAPTULO V HACCP
5.1.
PRINCIPIOS GERAIS
O sistema HACCP Hazard Analysis Critical Control Point Anlise dos Perigos e Pontos
Crticos de Controlo - tem uma base cientfica e sistemtica, identificando perigos especficos
e medidas para seu controlo, de forma a garantir a segurana dos alimentos.
Constitui uma ferramenta que deve ser aplicada para analisar e avaliar os perigos e estabelecer medidas de controlo direcionadas para a preveno da ocorrncia de situaes indesejveis.
Pr-Requisitos do Sistema HACCP
Os pr-requisitos so um conjunto de medidas de controlo, no domnio da higiene alimentar,
destinados a garantirem a segurana dos alimentos, que incluem: instalaes; equipamentos,
utenslios e superfcies para contacto com os alimentos; receo e armazenamento; embalagem; transporte; gesto dos resduos; controlo de pragas; higienizao; qualidade da gua;
manuteno da cadeia de frio; sade e higiene dos funcionrios e respetiva formao.
O HACCP baseia-se em 7 princpios:
Princpio 1: Anlise dos Perigos Identificao de quaisquer perigos que devam ser evitados, eliminados ou reduzidos para nveis aceitveis;
Princpio 2: Determinao dos Pontos Crticos de Controlo Identificao dos pontos crticos
de controlo na fase ou fases em que o controlo essencial para evitar ou eliminar um perigo
ou para o reduzir para nveis aceitveis;
Princpio 3: Estabelecimento de Limites Crticos Identificao de limites que separem a
aceitabilidade da no aceitabilidade, com vista preveno, eliminao ou reduo dos perigos identificados;
Princpio 4: Estabelecimento do Sistema de Monitorizao Aplicao de processos eficazes
de vigilncia em pontos crticos de controlo;
Princpio 5: Estabelecimento de Aes Corretivas Quando a vigilncia indicar que um Ponto Crtico de Controlo est fora de controlo, deve ser colocada em prtica a respetiva ao
corretiva;
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Princpio 6: Estabelecimento de Procedimentos de Verificao Deve ser efetuada regularmente, uma verificao para analisar se as medidas referidas nos princpios 1 a 5 esto a
funcionar eficazmente;
Princpio 7: Estabelecimento da Documentao Elaborao de documentos e registos adequados, a fim de demonstrar a aplicao eficaz das medidas referidas nos Princpios 1 a 6.
A equipa HACCP ser responsvel por toda a aplicao do Sistema, nomeadamente pela sua
definio, implementao, operacionalidade e atualizao. Deve existir um responsvel da
equipa, que coordenar todas estas atividades.
A equipa deve definir o mbito de aplicao do Sistema HACCP, incluindo todas as atividades
e todos os produtos.
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26
Congelado
ESTADO DE
TEMPERATURA
CONSERVAO
(C)
Ultracongelado
-18
Fresco
0a2
Pescado
Bivalves vivos
Refrigerado
Bacalhau seco
12 a 15
0a4
Ultracongelado
-18
Congelado
- 12
Carnes
Carnes
frescas
gorduras
animais
frescas
Carnes de aves, coelho e caa
4
Refrigerado
picada
Produtos base de carne
Em natureza
6
Refrigerado
0a5
Ovos
Pasteurizados
Iogurtes
Produtos
lcteos
Gorduras
0a3
Refrigerado
0a6
Queijo fresco
0a4
0a6
Manteigas e margarinas
Refrigerado
0a6
Temperaturas internas
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las. Cada zona deve estar devidamente identificada e equipada com material adequado a
cada preparao.
Caso no seja possvel a existncia de trs zonas distintas, por falta de espao, a preparao
dos diferentes tipos de alimentos dever ser efetuada em diferentes momentos, desinfetando
sempre o local depois de cada preparao.
Nunca demais referir que as zonas de preparao devem ser limpas e desinfetadas imediatamente aps a concluso de cada tarefa, conforme indicado no captulo dedicado aos procedimentos de higienizao, sendo importante ter em considerao os seguintes aspetos:
Os alimentos devero permanecer na zona de preparao (4C e 63C) o menor tempo possvel para o efeito, tendo a tarefa que ser realizada rapidamente e sem interrupes. Devem ser colocados na cmara de refrigerao, devidamente acondicionados,
aps a sua preparao e at sua confeo;
Todos os materiais devem ser utilizados apenas para uma tarefa, sendo lavados e desinfetados assim que esteja terminada.
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Aves
Pescado
Bacalhau
Ovos
Produtos de mercearia
CARATERISTICAS
Consistncia firme e seca
Cor vermelho vivo
Cheiro agradvel
Sem parasitas visveis
Limpas, sem penas
Abertas ao meio, se inteiras
Evisceradas
Sem manchas
Sem sinais de fraturas ou amputaes
Olhos cristalinos, convexos, pupila negra e brilhante
Guelras com cor vermelhas e brilhantes
Pigmentao viva e brilhante
Muco transparente
Corpo rgido
Barbatanas intactas sem traumatismos e parede abdominal
rgida
Cheiro a maresia ou neutro
Pele brilhante e aderente
Carne firme, branca ou rosada
Tentculos resistentes ao puxar ou esticar
Olhos salientes e brilhantes
Cheiro a maresia
Cheiro a maresia
Quando em gua, devem abrir todas
Quando verificar existncia de proibio de apanha, no se
deve comprar
Os bivalves devem ser sempre adquiridos embalados e com
etiqueta de salubridade
Rijo e sem se desfazer
Descabeado, eviscerado, escamado e seco
Colorao branco-amarelado uniforme
Sem manchas rosa-avermelhadas ou cinzentas
Sem bolores
Sem folhas velhas
Sem razes podres
Sem muita terra
Secos ou com pouca humidade
Grau de maturao e colorao semelhante
Isentos de insetos ou parasitas bem como danos por este
provocados
Tomates e batatas (no devem estar verdes)
Casca ntegra e limpa
Sem sinais de condensao
Sem sinais de fezes
As embalagens devem vir limpas e intactas
Latas ou pacotes no opados, amolgados e enferrujados
Rotulagem bem percetvel
Sem sinais da presena de parasitas
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Preparao de alimentos
Os procedimentos operacionais nas zonas de preparao no refrigeradas e na cozinha, devero ter uma sequncia, para permitir a salvaguarda dos produtos perecveis.
PROCEDIMENTOS
Colocar as postas num recipiente com gua fria potvel
Bacalhau seco
(demolha)
A demolha deve ocorrer em refrigerao. Nunca deve ser realizada temperatura ambiente
No ultrapassar as 48 horas de tempo total de demolha.
Peixes e moluscos
A preparao destes alimentos deve ser realizada o mais prximo possvel da confeo. (mximo 30 minutos)
A preparao destes alimentos deve ser realizada o mais prximo possvel da confeo. (mximo 30 minutos)
vsceras
Enchidos
Ovos
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Processo de descongelao
A confeo a ltima hiptese de destruio dos microrganismos que possam estar presentes nos alimentos. Para assegurar a sua destruio durante o processo de confeo (a quente) do alimento, a temperatura deve ser superior a 75C.
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PRODUTO
E TEMPO
Carne recheada, massas e recheios que
Carne
moda
ou
desfiada
incluindo
Peixe e marisco
Alimentos pr-cozinhados
O processo de confeo deve ocorrer sem interrupes, devendo-se ter o cuidado de reduzir
ao mnimo imprescindvel toda a manipulao de um produto aps a sua confeo a quente.
Na preparao de pratos, molhos ou sobremesas que no sofrem um processamento trmico
ou com processamento trmico ligeiro, nunca devem ser utilizados ovos crus ou mal cozinhados, devido aos riscos que apresentam para a sade.
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Para este tipo de confees dever-se- recorrer ao uso de ovo pasteurizado, que pode existir
sob a forma de ovo inteiro, s gema ou s clara.
Os ovos crus ou mal cozinhados no devem ser utilizados devido presena de uma bactria, a salmonela, que pode provocar toxinfees alimentares. Por isso, os ovos devem ser
sempre sujeitos a um intervalo de tempo/temperatura de confeo que permita eliminar esta
bactria.
Os ovos possuem um perodo de conservao de duas a trs semanas, devendo ser mantidos na embalagem de modo a controlar e respeitar o prazo de validade. Para sua conservao, as seguintes regras devem ser cumpridas:
Armazenar os ovos longe dos alimentos de cheiro intenso (peixe, queijo, etc.);
O ovo cozido com casca deve ser consumido no prazo de 4 dias, e 2 dias se estiver
sem casca.
TEMPO (minutos)
Quente
3 (gua em ebulio)
Cozido
10 (gua em ebulio)
Escalfado
Estrelado
4-5
Mexido
5-6
Omeleta
4-5
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Manuteno da temperatura
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Caso estas no existam, o arrefecimento dever ser efetuado colocando o recipiente com o
alimento num banho de gua fria, introduzindo-o posteriormente na cmara de refrigerao.
Nunca se devem deixar arrefecer os alimentos temperatura ambiente, durante um longo
perodo de tempo, pois esta prtica coloca os alimentos na zona de perigo.
Reaquecimento
O reaquecimento o processo em que um alimento confecionado a quente e mantido durante
um determinado tempo em refrigerao, volta a sofrer um tratamento trmico antes de ser
servido. A temperatura de reaquecimento (ou regenerao) deve atingir os 75C em pelo menos 2 horas. Qualquer alimento reaquecido no pode ser refrigerado outra vez.
leos de fritura
Durante a confeo de alimentos, deve-se ter em conta a possibilidade de poderem ocorrer
contaminaes qumicas por via do prprio processo de confeo. o caso da degradao
dos leos alimentares no decurso dos processos de fritura.
O aquecimento prolongado a altas temperaturas, com a presena de gua e oxignio contidos
nos alimentos, provoca a oxidao do leo de fritura originando compostos qumicos txicos.
Existem algumas boas prticas que, se estabelecidas, permitem alargar a durabilidade dos
leos, nomeadamente:
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Servio
Aps a confeo, os diversos alimentos que compem as ementas so empratados. Nesta
etapa deve-se respeitar todas as regras de higiene pessoal, nunca tocando nos alimentos
diretamente com as mos, mas usando sempre pinas, colheres ou esptulas adequadas
para o efeito.
Nas situaes de self-service deve-se ter o cuidado de colocar os talheres destinados ao
utilizador, inclusive os talheres de sobremesa, em saquetas apropriadas, juntamente com o
guardanapo. Nas situaes em que o consumidor se serve da quantidade desejada (po, saladas, etc.), devem existir utenslios adequados e exclusivos para cada alimento, de modo a
evitar possveis contaminaes cruzadas. Estes alimentos devem estar disponveis em equipamentos protegidos (com tampa, porta, prateleira, etc.), de modo a impedir a queda sobre os
alimentos de gotculas respiratrias, cabelos, objetos, p, etc.
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37
O presente captulo incide sobre os procedimentos e prticas do Refeitrio da Cmara Municipal de Loures. que organicamente insere-se no Departamento de Recursos Humanos.
A Estrutura Orgnica dos Servios do Municpio de Loures, aprovada, e publicada em Dirio da
Repblica, 2. srie N. 73 15 de abril de 2013, define o Departamento de Recursos Humanos como integrante da Direo Municipal de Gesto Administrativa, Recursos Humanos,
Planeamento Estratgico e Relaes Institucionais (DMGARHPERI).
O Departamento de Recursos Humanos, tem por misso assegurar o apoio gesto de recursos humanos da Cmara Municipal de Loures, articuladamente com o desenvolvimento das
atividades dos servios, atravs do planeamento, recrutamento e da seleo de pessoal, da
qualificao, avaliao e realizao dos direitos dos trabalhadores, da comunicao interna, da
higiene e segurana e sade ocupacional, bem como do apoio social interno.
Para a realizao da respetiva misso, o Departamento de Recursos Humanos exerce as seguintes competncias:
No mbito administrativo dos recursos humanos:
a) Apoiar, tcnica e administrativamente, a aplicao dos sistemas de carreiras dos trabalhadores;
b) Assegurar a satisfao dos direitos dos trabalhadores, nomeadamente, os relativos
remunerao e proteo social;
c) Assegurar o controlo da assiduidade e da pontualidade dos trabalhadores;
d) Promover os procedimentos de aposentao;
e) Assegurar os descontos e retenes previstos na lei e a sua entrega s entidades ou
servios a que se destinem;
f)
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g) Gerir programas de estgios, bem como outros programas de integrao socioprofissional, articulando com outras entidades;
h) Gerir os processos de formao de adultos;
i)
j)
No mbito da higiene e segurana no trabalho, sade ocupacional e apoio social aos trabalhadores:
a) Planear a preveno integrando a todos os nveis, a avaliao dos riscos e as respetivas
medidas preventivas de doenas profissionais e ou acidentes de trabalho;
b) Proceder ao acompanhamento e anlise das situaes de acidentes de trabalho e doenas profissionais;
c) Organizar os elementos estatsticos relativos segurana e sade;
d) Formar e informar sobre os riscos para a segurana e sade, bem como sobre as medidas de preveno e proteo;
e) Promover a criao de condies de trabalho adequadas fisiologia e psicologia humanas;
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f)
Cooperar com o Servio Municipal de Proteo Civil na organizao e gesto de emergncia, nos edifcios municipais visando a salvaguarda de pessoas e bens;
j)
Refeitrio
Municipal
O refeitrio municipal constitui uma resposta social destinada aos trabalhadores e aposentados, onde diariamente, se preparam, confecionam e servem, em mdia mais de 300 almoos.
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Po
Sopa
Prato principal (peixe ou carne), dieta (peixe ou carne) e respetivos acompanhamentos (massa, arroz, batatas, legumes) ou vegetariano
Salada
Preparao de legumes
Excluem-se as folhas exteriores dos legumes, sendo que as restantes so lavadas em gua
fria corrente, e mergulhadas durante o tempo recomendado numa soluo de gua e desinfetante apropriada e, de seguida, passadas novamente por gua fria corrente.
Seguidamente so sujeitos a corte, de acordo com o fim que se destinam, conforme alguns
exemplos abaixo apresentadas:
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Principais
Principais
utilizaes
utilizaes
fritar
salada
guisar
salada ou
sopa
sopa,
cozer
saladas e
pratos
cozinhados
sopa,
juliana
saladas e
pratos
cozinhados
jardineira
salada
pratos
cozinhados
refogar
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Preparao de carnes
As carnes utilizadas no refeitrio so das seguintes variedades: novilho, porco, borrego, coelho, frango, pato e peru.
As carnes so rececionadas no dia, frescas, sendo que, seguidamente, so preparadas, limpas de peles, gorduras, lavadas e sujeitas a corte de acordo com a ementa definida e respeitando os procedimentos atrs enunciados
Preparao de peixes
Os peixes normalmente utilizados no refeitrio so das seguintes espcies: bacalhau, pescada, maruca, cherne, sardinha, carapau, chocos, lulas, entre outros.
No caso do bacalhau trata-se de peixe seco, nos restantes casos poder tratar-se de pescado
congelado ou fresco, logo com algumas especificidades ao nvel da preparao.
A preparao do peixe desde a sua descongelao, se for o caso, at a retirada de vsceras,
lavagem e corte deve ter em considerao o tempo necessrio que inviabilize a exposio a
temperaturas consideradas de risco, como j acima descrito.
(ver procedimentos no captulo V)
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Sopa Juliana
Tipo de ingredientes
Quantidades
Batata
1 Kg
Lombardo
400gr
Cenoura
350gr
Cebola
100 gr
Azeite
q.b.
Sal
Q.b.
Nabo
200gr
Modo de confeo
Cozer as batatas, cebolas e metade das cenouras, temperar com sal e um pouco de azeite.
Quando estiver cozido reduzir a pur, juntar a couve cortada em juliana, a cenoura e o
nabo aos cubos, retificar o sal, temperar com o restante azeite e deixar cozer.
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Sopa da Pedra
Tipo de ingredientes
Quantidades
Batata
800 gr
Feijo manteiga
200gr
Cebola
100 gr
Azeite
q.b.
Sal
q.b.
Cacheira
60gr
Orelha
60gr
Toucinho entremeado
60gr
Massa macarro
50gr
Coentros
20gr
Chourio de carne
40gr
Louro
1 folha
Modo de confeo
45
Quantidades
Pato
4kg
Arroz
1kg
Cenoura
200gr
Bacon
200gr
Chourio de carne
150gr
Sal
q.b.
Modo de confeo
Lavar e cozer o pato em gua temperada com sal. Quando estiver cozido retirar do lume e desfiar. Cozer o arroz no caldo de cozer pato. Cozer a cenoura e o chourio e cortar
em rodelas. Num tabuleiro colocar uma camada de arroz, uma de pato e cobrir com
arroz. Enfeitar com rodelas de cenoura, chourio e bacon. Levar ao forno a tostar
.
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Ensopado de borrego
Tipo de ingredientes
Quantidades
Borrego
3,5kg
Tomate
360gr
Alho
45gr
Pimentos
200gr
Cebola
500gr
Batata
2,5kg
Tosta
q.b.
Azeite
q.b.
Vinho branco
q.b.
Salsa
q.b.
Coentros
q.b.
Hortel
q.b.
Sal
q.b.
Modo de confeo
Levar as cebolas picadas e os alhos a alourar juntamente com o azeite, juntar os tomates picados, e deixar cozinhar um pouco. De seguida, juntar o borrego, os pimentos
cortados em tiras, temperar com sal, salsa, vinho branco, e um pouco de gua. Deixar
cozinhar at a carne estar macia, por fim polvilhar com coentros picados e hortel. Servir com batata cozida, ou frita e tostas, regadas com o molho.
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Quantidades
Bacalhau desfiado
2kg
Batata palha
500gr
Leite
1,5lt
Farinha
130gr
Gemas pasteurizadas
Claras pasteurizadas
Cebolas
650gr
Natas
300gr
Azeite
q.b.
Pimenta
q.b.
Noz moscada
q.b.
Alhos
q.b.
Sumo de limo
q.b.
Modo de confeo
Cozer e desfiar o bacalhau. Cortar as cebolas em meias luas finas e refoga-las em azeite juntamente com os alhos picados, juntar o bacalhau desfiado e deixar cozinhar um
pouco. Preparar o bechamel com o leite, a farinha e as gemas, e temper-lo com pimenta e noz-moscada. Num recipiente apropriado juntar o bacalhau, a batata palha e o
bechamel envolver bem. Temperar com sumo de limo, juntar as natas, por ltimo envolver as claras batidas em castelo. Colocar num tabuleiro e levar ao forno.
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Caldeirada fragateiro
Tipo de ingredientes
Quantidades
Caldeirada de peixe
3,5kg
Batata
2kg
Cebola
600gr
Pimentos
350gr
Amijoa branca
500gr
Tomate maduro
300gr
Vinho branco
2dl
Pimenta
q.b.
Azeite
q.b.
Hortel
q.b.
Salsa
Q.b.
Coentros
q.b.
Modo de confeo
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Bolonhesa de soja
(vegetariano)
Tipo de ingredientes
Quantidades
650gr
Cebola
650gr
Alho
30gr
Tomate
650gr
Coentros
50gr
Azeite
q.b.
Vinho branco
q.b.
Alecrim
q.b.
Queijo
q.b.
Modo de confeo
Selecionar e lavar legumes. Cortar cebola e alhos (picar), tomate (maduro), e coentros (picar). Refogar a cebola e alhos com o alecrim. Refrescar com vinho branco. Demolhar e escaldar a soja. Espremer e juntar ao refogado. Puxar. Adicionar o tomate e coentros. Deixar
confecionar. Adicionar farinha diluda em leite. Retificar de sal e pimenta.
Servir sobre o esparguete e polvilhar com queijo ralado e coentros.
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Farfias
Tipo de ingredientes
Quantidades
150gr
Claras
220gr
Leite
6dl
Acar
120gr
Limes (casca)
q.b
Canela (pau)
q.b.
Modo de confeo
Levar o leite ao lume com a casca de limo, o pau de canela e metade do acar. Bater
as claras em castelo firme e juntar-lhe a outra parte do acar. Quando o leite estiver a
ferver reduzir o lume e deitar cuidadosamente colheradas de claras, envolvendo-os no
leite e deixar cozer sem desmanchar. Retirar com uma escumadeira para um passador.
Por fim, colocar as farfias escorridas nas taas e cobri-las com o leite-creme. O leitecreme feito com o leite de cozer as farfias, depois de passado pelo passador e medido.
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Charniqueiros
Tipo de ingredientes
Quantidades
(para 17 unidades aprox.)
Acar
400gr
Farinha
125g
Leite
5dt
Ovo
Manteiga
q.b.
Limo (raspa)
q.b
Modo de confeo
Juntar o acar com os ovos e mexer bem. De seguida, adicionar a manteiga amolecida,
o leite, a farinha misturada com o fermento e a raspa de limo. Mexer bem para que
no fiquem grumos. Colocar o preparado em formas untadas e polvilhadas com farinha. Vai a cozer em forno quente a 160 cerca de 30m.
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Servio
O servio efetuado atravs da linha de self-service, numa s direo. Os produtos /
utenslios so disponibilizados nesta linha, acondicionados. O empratamento realizado
pelas cozinheiras na linha e servido no momento. Excetua-se o caso das saladas que so
disponibilizadas numa ilha de refrigerao, na
qual os utilizadores se podem servir.
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BIBIOGRAFIA
Associao da Restaurao e Similares de Portugal. (2006). Cdigo de Boas Praticas e Higiene e Segurana Alimentar para Pastelarias e Padarias: Lisboa: Autor.
Portal da Sade Pblica. (2007). Higiene Alimentar Cdigo de Boas Praticas Boas praticas
de Higiene e Boas Praticas de Fabrico, Preparao e Confeo de Alimentos. Acedido em 6
de maio de 2014 em:
http://www.saudepublica.web.pt/TrabClaudia/HigieneAlimentar_BoasPraticas/HigieneAlimentar_Codigo
BoasPraticas1.htm
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