A Casa Que Os Maias Vieram Habitar em Lisboa
A Casa Que Os Maias Vieram Habitar em Lisboa
A Casa Que Os Maias Vieram Habitar em Lisboa
atribuda por Vilaa num relatrio sobre a casa que enviou a Afonso, o qual se riu
da observao; mas de facto l que morre Pedro na sequncia do abandono de
Maria Monforte e l tambm que Afonso vai morrer de desgosto aps descobrir o
incesto dos netos.
O jardim do Ramalhete rico em simbologias. Numa primeira e ltima fases,
este espao evidencia a tristeza e o abandono e, na desolao do jardim,
sobressaem trs smbolos do amor puro e imortal. O cipreste (smbolo da morte) e
o cedro (smbolo do envelhecimento), unidos entre si por laos quase mticos que
se perdem nos anais da mitologia grega, inseparveis em vida, envolvidos num
amor puro e forte e cuja recompensa foi a unio incorruptvel das suas razes,
que a tudo resistem, emblematizando o Amor Absoluto; podendo ainda estar
ligados ao mundo romntico por serem rvores de cemitrio conotadas com a
morte, acabam por simbolizar duas personagens romnticas mas que na teoria, se
dizem realistas e que no final da obra ficam to ss como estas duas rvores:
Carlos e Ega. Velada por este par imortal, encontramos Vnus Citereia, deusa do
amor, ligada seduo e volpia, liga-se igualmente s trs fases do Ramalhete:
numa primeira fase relaciona-se com a morte de Pedro enegrecendo a um
canto; numa segunda fase, e aps a remodelao, aparece em todo o seu
esplendor simbolizando a ressurreio da famlia para uma vida feliz e harmnica
(a sua recuperao coincide com o aparecimento de Maria Eduarda), deixando
adivinhar prenncios de uma desgraa futura, enquanto smbolo da feminilidade
perversa; na terceira e ltima fase, enquanto smbolo do Amor e do Feminino,
aparece aos nossos olhos coberta de ferrugem, simbologia negativa, assumindose como duplo de Maria Eduarda, ltimo elemento feminino que, atravs do amor,
destruiu para sempre a frgil harmonia da famlia Maia. O facto de a esttua ser
de mrmore simboliza o universo clssico, numa ntida tentativa de relembrar a
tragdia clssica; por outro lado, o mrmore liga-se ao cemitrio por ser frio
como a morte e por ser o material usado nas campas. A cascata , na tradio
judaico-crist, smbolo de regenerao e de purificao; cheia de gua, conota-se
com o choro, com as lgrimas, num ntido prenncio da tristeza que se abatera
sobre os Maias; como numa clepsidra, a gua fluir gota a gota, marcando a
passagem inexorvel do tempo e, acentuando melancolicamente, o implacvel
Destino d Os Maias, condenados ao desaparecimento, aps a doura ilusria de
um instante que durou dois anos.
Influenciaram Ea de Queirs
1.
2.
Impresses captadas;
Importncia da cor, luz, objetividade e construes impessoais.
Estilo Indireto Livre um dos meios favoritos de Ea para dar vida s suas
personagens, colocando-as a falar ou a pensar, sem recorrer ao dilogo ou ao monlogo.
Para evitar a monotonia, recorre alternncia entre o Discurso Direto e o Discurso
Indireto Livre.
Oralidade que no s torna o estilo mais coloquial como cria uma certa familiaridade
com o recetor / leitor.
A nvel sinttico
frase flexvel recorrendo a uma organizao nova e expressiva dos
o
vocbulos.
o
inversa.
o
o
o
ADJETIVO
ADVRBIO DE MODO
- gouvarinhar;
- escrevinhador;
- adulteriozinho;
- excessozinho.
CARACTERSTICAS DO DISCURSO INDIRETO LIVRE
No plano formal:
no
pela
PAPEL
DA
EDUCAO
A
educao
tradicionalista
e
conservadora
desvalorizou
a criatividade
e
o
juzo
crtico,
deformou a vontade prpria, arrastou os
indivduos para a decadncia fsica e
moral.
Em Pedro da Maia, por exemplo, levou-o
a uma devoo histrica pela me e
tornou-o
incapaz
de
encontrar
uma soluo para a sua vida quando
Maria
Monforte
o
abandonou;
em
Eusebiozinho,
tornou-o
"molengo
e
tristonho", arrastou-o para uma vida de
corrupo, para um casamento infeliz e
para
a
debilidade
fsica.
Pelo contrrio, a educao inglesa
procurou "criar a sade, a fora e os
seus hbitos", fortalecendo o corpo e o
esprito. Foi graas a ela que Carlos
da Maia adquiriu valores do trabalho e
do conhecimento experimental que o
MAIS TARDE...
A desagregao da famlia com:
Morte de Afonso;
Separao de Carlos e Maria Eduarda.
resumo:
TTULO E SUBTTULO
Aparentemente, conta-se a histria de uma famlia
atravs de trs geraes mas, o segundo ttulo,
indica uma segunda inteno, a de descrever certo
estilo de vida o romntico atravs de episdios,
mas admite duas hipteses: que tais episdios
pertenam histria d Os Maias ou que decorram
margem, num pano de fundo.
O ttulo justifica-se porque o heri / anti-heri
aparece integrado numa famlia, explicado por
antecedentes familiares e cuja tragdia implica a
morte do av. Este o fator de unidade pois
atravs dele que se evoca o passado.
Justifica-se o subttulo visto que o romance nos
oferece
mltiplos
casos,
cenas,
atitudes,
considerados tpicos de um Romantismo que
continua
vivo
em
1875-76.
Existe um elemento de coeso que reside no facto
de, tantoOs Maias (Carlos em particular) como esses
episdios e os figurantes da comdia lisboeta,
representarem
uma
personagem
encoberta:
complementares
ESPAO(S)
em flash
back da
famlia.
Fsico