Escola de Viagens Fora Do Corpo
Escola de Viagens Fora Do Corpo
Escola de Viagens Fora Do Corpo
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01_Sequencia_de_Acoes
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10_Componentes_da_Estabilidade_do_Espaco_da_FASE
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PREFCIO
A prtica dos estados de FASE a busca mais promissora da idade moderna. Ao contrri
o do passado, as noes de "experincias fora do corpo" e "projeo astral" j perderam a su
a aura mstica e sua base real tem sido estudada nos mnimos detalhes. Agora, esse f
enmeno acessvel a todos, independentemente de sua viso de mundo. Sabe-se agora como
fcil domin-lo e aplic-lo de forma eficaz.
Este guia o resultado de dez anos de prtica pessoal extremamente ativa e estudo
do fenmeno fora do corpo (a FASE), juntamente com o sucesso na instruo de milhares
de pessoas. Conheo todos os obstculos e problemas que so geralmente encontrados qua
ndo conhecemos este fenmeno. Este livro uma tentativa de proteger os futuros prat
icantes desses obstculos e problemas.
Este guia no foi criado para aqueles que preferem leitura trivial e vazia. para
aqueles que gostariam de aprender alguma coisa. No contm especulaes ou histrias, e si
AGRADECIMENTO
Agradeo a Wagner Corange dos Santos pela valiosa contribuio na reviso final da trad
uo.
Charles Henrique Frazo Matos (Tradutor)
6 de Abril de 2012
de sucesso:
1 a 5 tentativas: (1 a 3 dias) - 50%
6 a 10 tentativas: (2 a 7 dias) - 80%
11 a 20 tentativas: (3 a 14 dias) - 90%
O FENMENO
J se foi o tempo que as pessoas no tinham conscincia. Quando a conscincia comeou a s
e desenvolver, gradualmente comeou a ocupar mais e mais o estado de viglia. Hoje e
m dia a conscincia est superando o estado de viglia e comeou sua expanso para outros
estados. A conscincia cada vez mais surge durante o estgio do sono chamado REM (Ra
pid Eye Movement - Movimento Rpido dos Olhos), dando origem ao fenmeno mais surpre
endente da existncia humana: a sensao de uma experincia fora do corpo. provvel que os
homens e mulheres do futuro tenham uma existncia consciente em dois mundos. Por
enquanto, porm, isso s pode ser realizado utilizando as tcnicas especiais descritas
neste livro.
Indcios que apontam para a ocorrncia desse fenmeno podem ser encontrados na Bblia e
em outros textos antigos. Indcios tambm podem ser encontrados na base de outros f
enmenos, tais como: experincias de quase morte, abdues aliengenas, paralisia do sono,
e assim por diante.
O fenmeno to extraordinrio que muitos movimentos ocultistas consideram-no como sen
do uma realizao da mais alta ordem. Estatsticas mostraram que uma em cada duas pess
oas ter um encontro intenso com este fenmeno. A existncia do fenmeno em si tem sido
um fato cientfico desde os anos 1970. O fenmeno bem representado em muitos tipos d
iferentes de prticas modernas, ainda que sob vrios nomes, que vo de "projeo astral" e
"experincias fora do corpo" at "sonho lcido". Vamos usar o termo pragmtico "a FASE"
ou "estado de FASE" para referir a todos os fenmenos acima, j que no h nenhuma dife
rena entre eles referente sua prtica usual. Tambm teremos uma abordagem to materiali
sta quando possvel, deixando de lado todas as bobagens tericas e nos preocupando a
penas com o que funciona na prtica.
No que diz respeito percepo sensorial do fenmeno em si, este no um mero exerccio de
visualizao. A prpria realidade apenas um devaneio sem graa em comparao com o estado d
FASE! Voc no sentir o seu corpo fsico l na cama, e todos os seus sentidos sero totalm
ente imersos em um mundo novo de percepes. Voc pode tocar e contemplar qualquer coi
sa, andar e voar, comer e beber, sentir dor e prazer, e muito, muito mais. E tud
o isso com ainda mais realismo e lucidez de percepo que na vida diria! Esta a razo p
ela qual muitos novatos podem experimentar o choque ou mesmo muito medo ao entra
r neste estado. Em termos de percepo, um mundo paralelo.
O lado prtico do fenmeno oferece uma oportunidade ainda maior. Na FASE, voc pode v
iajar pela terra, pelo universo e pelo prprio tempo. Voc pode encontrar-se com qua
lquer pessoa que quiser: amigos, familiares, falecidos e celebridades. Voc pode o
bter informaes a partir da FASE e aplic-las para melhorar sua vida diria. Influencia
r sua fisiologia e tratar uma srie de doenas. Realizar seus desejos secretos e des
envolver sua criatividade. As pessoas com deficincias fsicas podem libertar-se de
todos os grilhes e obter o que falta para eles no mundo fsico. E tudo isso apenas
a ponta do iceberg referente s possveis formas de aplicao do fenmeno na vida diria!
Se voc leu em outros lugares que so necessrios meses, seno anos de estudo, pode pen
sar que difcil o aprendizado dos assuntos relacionados com a FASE. Tire de sua ca
bea todos aqueles contos da carochinha. Ns estamos no sculo 21! As instrues contidas
nesta seo iro ajudar as pessoas a experimentar este estado incrvel em apenas 2 a 3 d
ias de tentativas. Lembre-se: as tcnicas descritas neste livro so o resultado de m
uitos anos de pesquisa experimental no Centro de Pesquisas de Experincias Fora do
Corpo. Milhares de pessoas participaram em primeira mo no desenvolvimento e aper
feioamento das tcnicas apresentadas aqui, e provaram que podem ser usadas por todo
s. Tudo o que voc precisa fazer seguir estas instrues simples, da forma mais exata
e cuidadosa que puder. Voc ser capaz de viver em dois mundos!
Existem trs mtodos principais para deixar o corpo. Eles so usados em diferentes mo
mentos do dia: depois de dormir, durante o sono e sem sono prvio. Vamos comear a g
anhar experincia usando as tcnicas mais fceis, as tcnicas indiretas, que so realizada
s imediatamente aps o despertar. Elas so bastante simples. Depois de dominar essas
tcnicas voc pode tentar deixar o seu corpo noite ou durante o dia, sem sono prvio.
Concentre sua ateno em como voc ir tentar acordar sem mover o corpo fsico. Isso no o
rigatrio, mas aumentar substancialmente a eficcia das tcnicas indiretas.
Durma por 2 a 4 horas e tire proveito dos despertares naturais que podero ocorre
r durante este perodo de tempo. Eles acontecero muito mais vezes que o habitual. A
ps cada tentativa, bem-sucedida ou no, voc deve voltar a dormir com a inteno de acord
ar e tentar novamente. Voc pode fazer vrias tentativas ao longo de uma nica manh. At
um quarto dessas tentativas sero bem-sucedidas, mesmo para os iniciantes (70 a 95
% delas sero bem-sucedidas para praticantes experientes).
PASSO 3: TENTE A SEPARAO NO INSTANTE EM QUE VOC DESPERTAR
Cada vez que voc acordar, tente no se mover, nem abrir os olhos. Ao invs disso, te
nte imediatamente separar-se de seu corpo. At 50% do sucesso com tcnicas indiretas
ocorre durante esse simples passo. to simples que as pessoas nem sequer suspeita
m que isso poderia funcionar.
Para separar-se de seu corpo, simplesmente tente ficar de p, rolar, ou levitar.
Tente faz-lo com seu prprio corpo percebido, sem mover seus msculos fsicos. Lembre-s
e que o movimento ser sentido como se fosse um movimento fsico normal. Quando cheg
ar o momento no pense muito sobre como faz-lo. Durante os primeiros momentos aps o
despertar, tente obstinadamente separar-se de seu corpo, da maneira que puder. M
uito provavelmente, voc saber intuitivamente como faz-lo. A coisa mais importante no
pensar muito e no perder os primeiros segundos aps o despertar.
Fato interessante!
Durante a segunda lio nos seminrios da Escola de Viagens Fora do Corpo, os partici
pantes so convidados a explicar com suas prprias palavras como foram capazes de se
separar, mas sem usar as palavras "facilmente", "simplesmente", ou "como de cos
tume". Eles normalmente so incapazes de cumprir com esse pedido, j que, quando o m
omento certo, a separao ocorre quase sempre, segundo eles: "facilmente", "simplesm
ente" e "como de costume".
PASSO 4: IMPLEMENTAO DOS CICLOS DE TCNICAS INDIRETAS APS TER TENTADO A SEPARAO
Se a separao imediata no ocorrer, o que se torna aparente aps 3 a 5 segundos, comec
e imediatamente a alternar entre 2 a 3 tcnicas que sejam mais simples para voc, at
que uma delas funcione. Quando uma das tcnicas der resultado, voc poder tentar nova
mente a separao. Escolha 2 ou 3, dentre as 5 tcnicas descritas abaixo, de modo que
voc possa altern-las durante os despertares.
Rotao
De 3 a 5 segundos, tente imaginar-se, to vividamente quanto possvel, girando para
cada lado, ao longo do eixo que vai da cabea aos ps. Se no surgirem sensaes, mude pa
ra outra tcnica. Se uma sensao real surgir, mesmo que sutil, concentre sua ateno sobr
e esta tcnica e gire de forma ainda mais enrgica. To logo a sensao de rotao se torne e
tvel e real, voc deve tentar novamente a separao, usando a sensao como ponto de partid
a.
Tcnica do nadador
De 3 a 5 segundos, tente imaginar, o mais decididamente possvel, que voc esteja n
adando ou fazendo gestos de nadar com os braos. Tente sentir o movimento to vivida
mente quanto for possvel. Se nada acontecer, mude para outra tcnica. No h necessidad
e de mudar para outra tcnica se surgir a sensao de que voc esteja nadando. Ao invs di
sso, intensifique as sensaes que surgirem. Depois, a verdadeira sensao de nadar na gu
a surgir. Isto j a FASE e no h necessidade de separao quando voc j est na FASE. Se
ensaes ocorrerem quando voc estiver na cama, ao invs de estar em uma massa de gua, vo
c precisar empregar uma tcnica de separao. Use as sensaes de natao como um ponto de
da.
Observao de imagens
Observe o vazio diante de seus olhos fechados por 3 a 5 segundos. Se nada ocorr
er, mude para outra tcnica. Se aparecer qualquer imagem, continue observando at qu
e a mesma se torne realista. Uma vez que a imagem tenha se tornado realista, ten
te a separao ou permita-se ser puxado para dentro da imagem. Quando estiver olhand
o para as imagens, importante no examinar os detalhes. Observe-as de forma panormi
ca.
Visualizao da mo
De 3 a 5 segundos, imagine, vvida e decididamente, que voc esteja esfregando suas
mos perto de seus olhos. Tente v-las, e at mesmo ouvir o som de uma friccionando n
a outra. Se nada acontecer, mude para outra tcnica. Se alguma das sensaes acima com
earem a surgir, continue com a tcnica e procure intensificar as sensaes at que elas s
e tornem totalmente realistas. Voc poder tentar a separao do corpo usando as sensaes d
ecorrentes da tcnica como um ponto de partida.
Movimento Fantasma
Tente mexer as mos ou os ps percebidos por 3 a 5 segundos. Sob quaisquer circunstn
cias, no mova um msculo sequer, nem imagine o prprio movimento. Tente move-los, int
ensamente, para cima e para baixo, para a esquerda e para a direita e assim por
diante. Se nada ocorrer, mude para outra tcnica. Se uma fraca ou ligeira sensao de
movimento real de repente surgir, concentre sua ateno sobre a tcnica, tentando aume
ntar a amplitude do movimento tanto quanto voc puder. Quando a amplitude do movim
ento chegar aos pelo menos 10 centmetros, tente imediatamente a separao de seu corp
o, comeando a partir das sensaes decorrentes da tcnica.
Tudo o que voc precisa fazer em cada tentativa alternar entre 2 a 3 tcnicas por u
m perodo de tempo de 3 a 5 segundos cada. Isto leva a ciclos de tcnicas indiretas,
onde o praticante alterna uma tcnica aps outra ao longo de um minuto, em busca de
uma que funcione. muito importante fazer pelo menos 4 ciclos de 2 a 3 tcnicas du
rante uma tentativa. Lembre-se: mesmo que uma tcnica no funcione de imediato, isso
no significa que ela no funcionar no ciclo seguinte ou um pouco mais tarde. exatam
ente por isso que necessrio alternar as tcnicas, realizando no menos que 4 ciclos c
ompletos, mas tudo dentro de pouco mais de um minuto.
Todo o processo pode ocorrer da seguinte forma: um praticante vai para a cama s
23:30h e programa o despertador para tocar as 6:00h. s 6:00h, ele acordado pelo d
espertador, vai ao banheiro, bebe gua, e recorda as tcnicas indiretas, bem como se
u plano de ao para a FASE (por exemplo: olhar no espelho e voar at Marte). s 6:05h o
praticante volta a dormir, com a clara inteno de entrar na FASE a cada despertar
subsequente. As 7:35h (ou sempre que ocorrer um despertar natural), o praticante
acorda inesperadamente e imediatamente tenta separar-se de seu corpo, e , no ten
do se separado dentro de 3 a 5 segundos, o praticante comea a tentar fazer rotaes,
mas isso tambm no funciona dentro de 3 a 5 segundos. O praticante executa a tcnica
do nadador, que tambm no funciona dentro de 3 a 5 segundos. O praticante tenta a tc
nica do movimento fantasma, que tambm no funciona dentro de 3 a 5 segundos, o prat
icante tenta fazer novamente a rotao, a tcnica do nadador e a tcnica do movimento fa
ntasma por 3 a 5 segundos cada. Ele, mais uma vez, faz a rotao, natao e movimento fa
ntasma, por 3 a 5 segundos cada. No quarto ciclo, ele comea a fazer a rotao e, ines
peradamente, comea a surgir uma sensao de rotao. O praticante continua com esta tcnica
, gira o mximo que pode, se separa de seu corpo usando a sensao de rotao e corre para
o espelho. No trajeto at o espelho, ele apalpa e examina visualmente tudo ao red
or a partir de uma curta distncia, o que intensifica suas sensaes. J tendo se olhado
no espelho, o praticante utiliza a tcnica de translocao e se encontra em Marte, ma
s ele, inesperadamente volta ao corpo. O praticante, logo em seguida, tenta deix
ar seu corpo mais uma vez, mas incapaz de faz-lo. Ele cai no sono com a clara int
eno de repetir a tentativa no prximo despertar, e ficar mais tempo em Marte. E assi
m por diante.
3) Se o ciclo de tcnicas
ais 3 vezes.
a-b-c
Andar de motocicleta.
Respirar debaixo d'gua.
Colocar sua mo dentro de seu prprio corpo.
Sentir vibraes.
Habitar dois corpos ao mesmo tempo.
Habitar o corpo de outra pessoa.
Mover e atear fogo a objetos, apenas olhando para eles.
Ingerir bebida alcolica.
Fazer amor e atingir o orgasmo.
Para a sua primeira FASE, certifique-se que uma das metas seja: ir at um espelho
, olhar para ele e observar o reflexo de sua prpria imagem. Voc deve programar-se
especificamente para fazer esta atividade, uma vez que ir facilitar substancialme
nte os seus primeiros passos na conquista da FASE.
Se suas sensaes na FASE estiverem maantes, tente tocar tudo ao seu redor de forma
ativa e tente examinar de perto os mnimos detalhes dos objetos. Isto ir permitir q
ue voc tenha uma experincia mais realista. Quando os primeiros sintomas de um reto
rno ao corpo ocorrerem (por exemplo: quando tudo comear a escurecer), as mesmas a
tividades devem ser realizadas com o propsito de manter a FASE.
O retorno ao corpo algo com o qual voc no precisa se preocupar. Para todos os efe
itos, o estado de FASE no ir durar mais que alguns minutos, especialmente para os
novatos, que esto pouco familiarizados com tcnicas para manter a FASE.
NO FUNCIONOU?
Estabelea o seguinte objetivo: fazer ao acordar entre 5 e 10 tentativas de deixa
r o seu corpo. Este procedimento, quando seguido corretamente, suficiente para q
ue, de 50 a 80 por cento dos novatos, obtenham os primeiros resultados. Retorne
a esta seo se voc tiver um problema, pois ela descreve os erros encontrados em 99%
das tentativas frustradas.
Nunca tente estas tcnicas todos os dias, caso contrrio, a taxa de sucesso de suas
tentativas ir cair drasticamente! Utilize no mais do que 2 a 3 dias da semana e,
preferencialmente, os dias de folga. Se voc no tem a oportunidade de dormir de for
ma longa e ininterrupta, no se esquea que os ciclos de tcnicas indiretas tambm podem
ser usados depois de qualquer outro despertar, no meio da noite, ou melhor aind
a, durante um cochilo ao meio-dia. O mais importante , antes de adormecer, estabe
lecer a clara inteno de aproveit-los.
Apesar da simplicidade destas tcnicas, os novatos teimosamente desviam-se de ins
trues claras, seguindo seu prprio caminho ou apenas metade do caminho. Lembre-se: q
uanto mais precisamente voc seguir as instrues deste livro, melhores sero suas chanc
es de sucesso. Noventa por cento obtero resultados dentro de 1 a 3 despertares, s
e fizerem tudo correto desde o incio.
Fato interessante!
Nos seminrios da Escola de Viagens Fora do Corpo, a principal tarefa no consiste
em explicar o procedimento de forma correta, mas sim fazer com que o praticante
siga-os letra por letra. Mesmo que apenas metade do objetivo seja alcanado, o suc
esso ser inevitvel.
Erros tpicos ao executar tcnicas indiretas incluem:
Esquecer de se separar
Quando qualquer tcnica comea a funcionar ao despertar, no importando com que grau
de intensidade, o praticante j est, quase sempre, na FASE, e est simplesmente deita
do sobre seu corpo. por isso que voc deve sempre tentar a separao imediatamente aps
haver sinais estveis de que uma tcnica esteja funcionando. Se isso no funcionar, vo
c precisar intensificar ainda mais a tcnica e tentar novamente a separao. Se voc no us
r os primeiros segundos de uma tcnica que esteja funcionando, a FASE geralmente t
erminar com muita rapidez e o estado necessrio ir embora. No permanea deitado sobre s
eu prprio corpo enquanto estiver na FASE!
Excesso de anlise
Se voc analisar o que est acontecendo enquanto est executando os ciclos de tcnicas
indiretas ao acordar, voc no estar concentrado nas prprias tcnicas, estar desviando-se
. Isso far com que voc perca quase todas as chances de obteno de resultados. O desej
o de experimentar a tcnica funcionando deve consumi-lo totalmente, no deixando mai
s nenhum lugar na mente para a anlise ou contemplao.
Despertar excessivamente alerta (nenhuma tentativa ou uma tentativa lenta)
Devido percepo de um despertar excessivamente alerta (que pode no ser alerta, mas
apenas parecer ser, o que acontece 70 a 90% do tempo), o praticante querer abrir
mo de tentar qualquer coisa, ou fazer tentativas bastante hesitantes, o que equi
vale a no tentar nada. Voc deve seguir as instrues automaticamente e no prestar ateno
essas percepes ao acordar.
Tentativas mais longas que 1 minuto
Se nenhum resultado for obtido aps um minuto de utilizao dos ciclos de tcnicas indi
retas, suas chances de sucesso sero muito maiores se voltar a dormir imediatament
e e aproveitar o prximo despertar, a fim de fazer uma nova tentativa, ao contrrio
de, teimosamente tentar continuar com as tcnicas.
Separao incompleta
Ao tentar a separao s vezes ela no vem de forma fcil ou completa. Lentido, partes do
corpo presas e estar preso nos dois corpos ao mesmo tempo, so algumas das coisas
que podem ocorrer. Nunca desista sob qualquer circunstncia e no pare de tentar se
separar se isso comear a acontecer. A separao total ocorrer se voc neutralizar esses
problemas com todas as suas foras.
No reconhecer a FASE
Praticantes muitas vezes entram na FASE, mas depois retornam para o corpo, porq
ue eles sentem que o que ocorreu no foi o que eles esperavam. Observando as image
ns, os praticantes so, muitas vezes, puxados para o cenrio, ou so espontaneamente j
ogados em outro mundo quando em rotao. Os praticantes muitas vezes pensam que tm qu
e experimentar a sensao de separao em si, razo pela qual eles podem voltar para seus
corpos a fim de obt-la. O mesmo se aplica a tornar-se consciente durante o sonho,
como o praticante j est na FASE, s resta aprofundar e implementar seu plano de ao.
novatos so i
um mov
de
de reali
go aps esse pensamento e foi seguida por sensaes semelhantes s que se experimenta qu
ando se est de ressaca.
003
Anthony Pucci
Eu tinha acabado de ter um sonho ligeiramente perturbador. (No me lembro agora o
que era, mas me deixou um pouco abalado.). Acordei. Meus olhos ainda estavam fe
chados e eu estava completamente imvel. "Bem, vou fazer uma tentativa", pensei co
migo mesmo. Tentei mover meus braos sem o uso dos msculos. Meu brao direito subiu l
igeiramente. Tive algumas experincias no passado que me ajudaram a lembrar das se
nsaes de formigamento presentes durante a separao. Macacos me mordam! Est finalmente
funcionando!
Eu ainda estava com um pouco de dvida quando chegou a hora de me levantar, mas t
entei. Uma sensao parecida com um "choque eltrico" me percorreu depois da separao tot
al. "Eu consegui!", disse em voz alta. "Eu posso ir v-la agora". Quem ela pode se
r explicado mais tarde, se me sentir apto a faz-lo, mas por agora, vou cham-la de
Mia, uma vez que ela relevante, e que este nome mais fcil para digitar. Me recomp
us e lembrei que tinha que aprofundar. Assim o fiz. Senti as paredes, as colunas
da cama e minhas roupas. Estava vestindo uma camisa muito longa (abaixo da minh
a cintura) e uma cueca samba cano, que eram roupas diferentes daquelas com as quai
s tinha ido dormir.
Quando finalmente consegui o retorno da minha viso, tudo parecia maior do que de
veria ser e me senti um pouco ansioso, algo parecido com uma parania que se sente
depois de assistir a um filme assustador. Fui at minha porta. Pensei para mim me
smo: "Mia est atrs desta porta". No me levou a nenhum lugar incomum, apenas para mi
nha sala. Mais uma vez, as coisas eram um pouco maiores do que deveriam ser, e p
oucos lugares estavam iluminados por uma luz esverdeada muito fraca. Chamei seu
nome, acenando, "Mia?" Minha voz estava baixa e trmula. No conseguia recuperar min
ha compostura por algum motivo. Continuei chamando o nome dela e perguntei: "Ond
e est voc?"
Ouvi sua voz na minha cabea respondendo: "Huh! Eu estou aqui!". Fui em direo ao fu
ndo do corredor meio em pnico verificando vrios lugares da casa procura dela. Todo
s os lugares por onde eu passava eram super grandes e fracamente iluminados em v
erde. "Que lugar esse?" Gritei. Sua voz me respondeu de novo: "_ O lugar de cost
ume". Agora eu estava ficando frustrado Queria muito ver Mia e perguntei: "Onde
o lugar de sempre?" Refiz meus passos. Talvez ela estivesse atrs de mim.
Infelizmente a que termina a minha histria, porque voltei ao meu corpo logo depoi
s. Tentei deix-lo novamente, mas no consegui sair do lugar. A dvida residual e o me
do em minha mente podem ter me detido. Sei que cometi alguns erros em minhas tcni
cas no estando 100% convencido de que minha porta me levaria a Mia e no executando
a manuteno.
004
Svyatoslav Baranov
Perm, Rssia
Acordei de lado. Senti que no iria mais dormir, mas, de qualquer modo, fechei os
olhos. Quando deitei de costas, imediatamente tive a sensao de que estava prestes
a cair do sof (eu estava deitado na borda), e algum tipo de lapso ocorreu, como
se estivesse sendo puxado para algum lugar. Deitei-me mais uma vez, comecei a es
cutar um zumbido e uma luz verde apareceu diante dos meus olhos. Deitei-me ainda
mais longe e minhas plpebras comearam a vibrar. Naquele momento pensei que pudess
e cair do sof, mas a minha viso surgiu e observei que j estava deitado no cho ao lad
o do sof! Levantei-me e notei que a sala estava "girando" como se eu estivesse bba
do, mas tudo rapidamente voltou ao normal. Naquele exato momento entendi que era
isso! A FASE em si (Raduga: no executou o aprofundamento)!
Em xtase me esqueci de todas as tcnicas e fui olhar o quarto (Raduga: no tinha um
plano de ao). Tudo era muito parecido com a realidade, mas algumas coisas estavam
fora de lugar. Tentei levitar e me dobrar para trs e fui, de alguma forma, empurr
ado para fora. Anoitecia l fora e havia muita neve no cho. Circulei a casa e tente
i levitar. Fui capaz de flutuar para cima e vi o horizonte e o pr-do-sol. Mas com
ecei a perder altitude. Depois de ter voado para a janela do outro lado da casa,
quis ir at o telhado, mas depois ocorreu um retorno espontneo (Raduga: no executou
a manuteno). Em uma frao de segundo tive a sensao de que no estava em nenhum lugar. M
us olhos reais se abriram (com dificuldade) e l estava mais uma vez a sensao de alg
um tipo de lapso (Raduga: no tentou a re-entrada na FASE). O nvel de conscincia est
eve fraco durante a FASE, aparentemente devido a no ter dormido o suficiente.
EMPREGANDO AS TCNICAS INDIRETAS
Se a separao ao acordar no tiver xito ou por alguma razo essa tentativa nem tenha si
do feita, ento a alternncia rpida atravs das tcnicas deve ser empregada. A separao pod
ser tentada no momento em que uma das tcnicas alternadas comear a funcionar.
005
Dodd Stolworthy
Ventura, USA
Fui para a cama s dez horas da noite. Acordei s 5:30h, usei o banheiro e voltei p
ara a cama. Levei algum tempo para cair no sono. Aps ter dormido, acordei umas du
as vezes e mudei de posio (em cada uma das vezes). Senti vibraes chegando e ouvi pes
soas falando enquanto vinham at minha casa. Tambm ouvi passos bem perto da minha c
ama e pensei que poderia ser um dos meus filhos. Felizmente lembrei-me que este
tipo de fenmeno acontece quando se entra na FASE (Raduga: no tentou a separao). Fiqu
ei quieto e tensionei o crebro para aumentar as vibraes. Isso funcionou muito bem (
Raduga: no tentou a separao). Usei a tcnica do movimento fantasma e consegui a separ
ao do meu brao esquerdo. Neste ponto tentei a separao por rolamento, mas no obtive suc
esso. Consegui separar meu brao direito, mas pensei que tinha movido meu brao real
. Estava preocupado, pois achei que tinha posto tudo a perder, mas decidi contin
uar de qualquer maneira. Tentei ver ambos os braos na minha frente. Eles rapidame
nte apareceram e os vi, mesmo com os olhos fechados! Comecei a balanar os braos de
um lado para o outro e rolei para fora do meu corpo.
Estava agora no cho, ao lado da minha cama. Estava to excitado! Tinha acabado de
conseguir fazer o que estava lendo a respeito nos ltimos 10 meses! Lembrei-me de
estabilizar a experincia esfregando as mos. Como estava fazendo isso, olhei para b
aixo e percebi que minhas mos pareciam gordas e inchadas. Vi minha mulher sair do
quarto e descer as escadas (Raduga: no tinha um plano de ao). Eu a segui e notei q
ue o sol brilhava atravs das janelas. Ainda estava escuro na vida real. Minha esp
osa subiu as escadas. Decidi ir para fora. Comecei pela porta da frente, mas dec
idi voar atravs da janela. Ca na rua e caminhei um pouco. Comecei ir at a casa da m
inha vizinha, mas notei que tudo estava desaparecendo (Raduga: no executou a manu
teno). Eu tinha perdido a experincia e agora estava de volta na cama. Rapidamente v
irei (na minha mente) e percebi que tinha retornado ao mesmo ponto em que estava
(indo para a casa da minha vizinha) antes de retornar para a cama! Andei at a po
rta da minha vizinha, toquei a campainha e esperei que ela viesse. Perdi novamen
te e tentei girar, mas no funcionou.
006
Maxim Shvets
Moscow, Rssia
Fui para a cama com a inteno de entrar na FASE enquanto estivesse sonhando ou ao
acordar pela manh. Acordei por volta das 6:30h e decidi tentar o mtodo da visualiz
ao, pois o movimento fantasma no tinha funcionado nos ltimos dois dias (Raduga: no te
ntou a separao). Imagens vagas gradualmente criaram uma cena em minha frente e me
vi participando da cena. Senti que estava me separando, e rolei para fora do meu
corpo. Abri meus olhos. Um cara me agarrou pelo ombro e disse: "Voc deixou seu c
orpo, fique tranquilo". Eu disse a ele que estava pronto. Ele me virou e eu vi m
eu corpo.
Meu corpo estava deitado de costas com os olhos abertos, mesmo tendo comeado a v
isualizao deitado de barriga para baixo. No atribuindo qualquer significado especia
l para isso, decidi aprofundar imediatamente. Agachei-me rapidamente e comecei a
apalpar o cho e as paredes com as palmas das minhas mos. Olhei para o meu dedo in
dicador e pude discernir as linhas na pele. Imaginando que tudo isso era maravil
hoso, fui para a cozinha a fim de voar (Raduga: no tinha um plano de ao). Lembrei-m
e que era melhor os novatos no tentarem isso. Voltei minha porta do quarto e imag
inei a existncia de uma praia ensolarada por trs dela. Abri a porta e imediatament
e acordei deitado de costas (Raduga: no executou manuteno e no tentou entrar novamen
te na FASE)...
007
Alan
Plymouth, Reino Unido
Acordei (Raduga: no tentou a separao) e imediatamente apliquei o movimento fantasm
a no meu brao esquerdo durante cinco segundos, e meu brao comeou a se mover livreme
nte (Raduga: no tentou a separao).
Eu poderia neste momento ter tido uma experincia fora do corpo, mas queria um so
nho lcido (Raduga: lgica errada). Depois de cinco segundos de movimento fantasma t
roquei para cinco segundos de audio interna (Raduga: ao errada). Aps cerca de dois se
gundos de audio de um som natural em alta frequncia dentro da minha cabea, ele comeou
a aumentar em volume (Raduga: no tentou a separao). Depois de cinco segundos eu ai
nda no havia entrado em um sonho e por isso troquei para cinco segundos de observ
ao de imagens. No vi nada. Mudei para o tensionamento do crebro. Imediatamente o som
agudo na minha cabea ficou muito alto e troquei novamente para a audio interna (Ra
duga: no tentou a separao). Vi uma piscina de gua roxa e senti que sua clareza era m
uito boa. A partir da me vi totalmente imerso em um sonho lcido.
Eu estava em um vale profundo, bonito, com cordeiros brincando ao redor. Olhei
minha volta e fiquei maravilhado por ter sido capaz de ter um sonho lcido em ques
to de segundos (Raduga: no executou o aprofundamento). Aproveitei meu sonho lcido..
.
008
Artem Arakcheev
Moscow, Rssia
Executei tcnicas indiretas. Enquanto examinava as imagens, avistei o mesmo episdi
o de sonho que estava observando antes de ter acordado a primeira vez. A imagem
era muito realista. Pareceu-me que eu poderia mudar tudo neste sonho. Tentei sai
r do meu corpo e imediatamente voei atravs da minha cabea para aquele sonho. Aterr
issei na porta da casa em que cresci. Encontrei-me em uma janela no segundo anda
r.
Ao lembrar das tcnicas de aprofundamento rapidamente comecei examinar minuciosam
ente a prpria janela. Tudo estava em seu lugar como na vida real. Um homem aproxi
mou-se da porta. No sei porque, mas tinha certeza de que precisava ver o que ele
estava fazendo. Instintivamente decolei da janela do segundo andar e atravessei
o vidro. Desci ao nvel do piso trreo. O homem entrou pela porta da frente. Eu o se
gui. Voei atravs da porta e comecei a persegui-lo.
Lembrei que tinha um plano para a FASE. Precisamente naquele momento o espao da
FASE comeou a enfraquecer e a desaparecer. Percebi que deveria aplicar as tcnicas
de manuteno, mas no consegui faz-lo em tempo. Dentro de um momento acordei e percebi
que estava deitado na cama. Minha temperatura corporal subiu. Minha respirao e ba
timentos cardacos tiverem um aumento na frequncia. Uma segunda tentativa de separao
no tinha utilidade.
009
Wagner
Porto Alegre, Brasil
Eu fui acordado pelo meu gato e acabei acidentalmente empregando o mtodo diferid
o (ou adiado), j que eu tinha dormido algumas horas antes dessa experincia fora do
corpo. Utilizei a tcnica do adormecimento forado e, em seguida, executei ciclos d
e tcnicas indiretas: rotao, observao de imagens, audio interna, movimento fantasma e e
c. No me lembro qual delas resultou em Vibraes. Intensifiquei as vibraes assim que as
percebi (elas eram uma sensao desconhecida para mim, at ento) mas eu no conseguia me
lembrar o que mais deveria fazer: esperar pela paralisia do sono ou tentar uma
separao. Decidi fazer qualquer coisa e tentei me separar por "levitao", como se eu e
meu corpo tivssemos cargas magnticas iguais e repelssemos um ao outro, porque eu j
tinha arruinado algumas tentativas de separao tentando rolar e movendo meu corpo d
e verdade.
Funcionou, at certo ponto. Senti como se eu estivesse flutuando a uns 30 centmetr
os de altura. At ali, meu plano era me separar, me virar, ver meu corpo e pensar
"Cara, funciona!". Eu iria comear a esfregar as mos, fazer palpao, fazer algum exame
visual e realizar uma lista de coisas enquanto praticava tcnicas de manuteno. Porm,
ao invs disso, flutuei sem ver nada, apenas sentindo o "empuxo" me empurrando pa
ra cima, que durou cerca de meio segundo ou menos e sem viso alguma. Eu simplesme
nte "estava" em um lugar que no havia escolhido conscientemente e, de alguma form
a, esqueci que poderia tomar decises. Daquele momento em diante, passei a assisti
r a tudo passivamente. Antes me lembrava de todas as tcnicas que deveria empregar
, mas dali em diante as esqueci completamente.
Fui para um lugar onde, de alguma forma, sabia que s msicos iam, para encontrar o
utros msicos e tocar com eles. O lugar tinha um timo ambiente, com um astral anima
do e positivo e ouvia vozes de pessoas falando ao meu redor. Havia uma voz femin
ina e essa guria (garota) passou da direita para a esquerda por trs de mim, mas d
e alguma forma "vi" os tnis All Star que ela usava. Ela estava comentando com algum
sobre quo legal e amistoso era aquele lugar. Havia um cara com um sobretudo pret
o e cabea raspada, tocando um instrumento que era algo entre um pisto e um trombon
e, de um azul escuro, quase preto e ele o tocava apenas com uma mo e uma guitarra
com a outra, e produzia uma msica incrvel. No havia ningum em volta dele ouvindo, m
as mesmo assim, ele tocava como se no houvesse amanh. As chaves do pisto na verdade
eram tarraxas de baixo tipo Fender "elephant ear" cromadas. Ele no ps a boca no i
nstrumento em nenhum momento e o tocou apontando-o para seu p o tempo todo. A gui
tarra estava suspensa na frente dele com uma tira normal, no seu lado esquerdo e
com o brao apontando para cima. Ela s vezes soava como um piano. No havia amplific
adores, pedais ou quaisquer cabos.
Quando percebi que ele estava a ponto de terminar a msica, quis aplaudir e dizer
a ele que tinha sido fantstico, mas ele simplesmente desapareceu, no sei por onde
, e foi estranho porque as ltimas notas da msica ainda estavam soando e no ousaria
abrir minha boca enquanto ele ainda estivesse tocando. Era uma msica linda.
Um homem com aproximadamente 60 anos que estava vestido de certa forma como um
marinheiro (pelo menos foi isso que pensei) aproximou-se de outro cara que estav
a tocando algum instrumento desconhecido, apoiando o negcio no ombro esquerdo com
o um violino. Acho que no era um instrumento de verdade, mas algo como uma daquel
as mquinas de costura antigas ou algo desse tipo, de natureza onrica. O marinheiro
parou ao lado do cara da mquina de costura e de dentro de um saco plstico preto e
gasto, pelo qual a maioria das pessoas (e nem eu) no daria um centavo, puxou uma
placa de acrlico transparente com as bordas cheias de rebarbas de corte que pare
ciam ter recm passado pela serra, e parecia um retalho aleatrio que caiu, enquanto
a pea principal, o que quer que fosse, estava sendo feita. A placa tinha aproxim
adamente 30 x 40 cm e no era exatamente retangular. Nunca imaginaria que aquilo p
udesse produzir msica.
Quando ele tocou acompanhando perfeitamente o cara da mquina de costura, eu esta
va me perguntando: "O qu? Ele vai tocar com..." Inclinei-me para frente e abri a
boca em completa surpresa. Tratava-se de um Instrumento de Flexo. Nunca tinha pen
sado nesse conceito bvio antes e talvez nunca o tivesse feito se no tivesse tido e
ssa experincia. Todo mundo conhece o som grave que chapas de diversos materiais f
DICAS DA MENTE
Durante alguns despertares a mente envia sugestes na forma de vrias sensaes que pod
em ser facilmente usadas para entrar na FASE. Voc s precisa intensificar as sensaes
e separar-se do corpo. Tais dicas geralmente consistem de imagens, estupor (leta
rgia) do sono, vibraes, rudos, fragmentos de sonhos e dormncia real ou falsa.
010
Ivan Yakovlev
Anturpia, Blgica
No sei o que me acordou, mas soube imediatamente que algo estava fora de ordem.
No conseguia abrir meus olhos e meu corpo estava quase pedindo para subir. Entend
i o que estava acontecendo. Tudo isso indicava que eu estava tendo uma experincia
fora do corpo. A primeira coisa que tentei foi levantar a minha mo esquerda e fu
ncionou. Entendi que era uma mo astral porque podia ver meu corpo atravs dela. Eu
me mudei s pressas e com cuidado para o outro lado da cama. Havia uma sensao estran
ha na minha cabea naquele momento. Eu me acalmei e tentei fazer algo novamente. L
evitei at cerca de meio metro acima da cama. A viso voltou para mim naquele moment
o e vi o que parecia ser o meu quarto. O tapete no cho era de um padro de cor dife
rente e a porta estava fechada por algum motivo (Raduga: no executou o aprofundam
ento e no tinha um plano de ao).
No conseguia compreender por que tudo estava iluminado por trs das minhas costas.
Olhei por cima do meu ombro esquerdo e vi uma pequena bola luminosa branca atrs
do meu ombro a uma distncia de 20 centmetros. Estava iluminando a sala por cima. T
entei passar pela porta, mas fui incapaz de faz-lo (Raduga: no executou a manuteno).
Por medo de que nunca fosse voltar ao meu corpo real (Raduga: lgica errada), aco
rdei no mundo cotidiano (Raduga: no tentou a re-entrada na FASE).
011
Natalya Kozhenova
Shchelkovo, Rssia
Quando tinha uns 17 ou 18 anos de idade li alguns artigos esotricos sobre projeo a
stral. Eles pareciam muito interessantes, mas no eram mais que uma curiosidade. No
acreditava nessas coisas.
Uma noite fui para a cama como de costume. Acordei no meio da noite, mas fui in
capaz de mover meu corpo e havia um barulho alto na minha cabea. Tendo lembrado d
esses artigos, tentei levitar e consegui faz-lo, como se estivesse saindo atravs d
a minha testa. A sensao de voar era muito realista, para minha grande surpresa. O
primeiro pensamento que me ocorreu foi: "Uau, esses caras que escreveram sobre p
rojeo astral no estavam mentindo! . Pairei no escuro sobre meu corpo por algum tempo.
Pensei em viso e ela comeou a aparecer. Voei em direo janela, e, ao virar em direo a
meu corpo (Raduga: no executou o aprofundamento e no tinha um plano de ao), o vi em
seu devido lugar. Decidi voar de volta para ele e toc-lo. Quando finalmente cutu
quei meu corpo ele me sugou, causando uma sensao muito estranha (Raduga: no executo
013
Evaldas
Litunia
Estava sentada em um banco, nem pensando e nem fazendo nada, quando, de repente
, uma mulher apareceu e me disse: "Talvez voc esteja sonhando". Fiquei chocada. P
areceu-me como um relmpago: "Oh meu Deus! Estou na FASE!"
Um plano, um plano, eu tinha um plano. O que devo fazer a seguir? Desde que tin
ha acabado de ler o livro de Michael, sabia tudo sobre o aprofundamento e manute
no, e assim toquei tudo ao meu redor, olhei atentamente para as minhas mos e esfreg
uei-as. Minha viso e os outros sentidos ficaram mais fortes. Segui em frente com
meu plano.
Queria tentar voar, andar, teletransportar, mergulhar no cho e atravessar parede
s. Primeiro tentei voar. Pulei o mais alto que pude e depois flutuei para baixo.
Saltei novamente e comecei a voar. Senti o vento e o sol. Podia ver longe no ho
rizonte. Quando minha viso ficou embaada decidi me teletransportar para o meu quar
to e fazer alguma manuteno e algum aprofundamento.
No meu quarto encontrei essa mesma mulher e ela me disse: "Tente atravessar par
edes". Toquei a parede e fiquei com um pouco de medo. Depois de esquecer o meu m
edo, comecei a correr para outra parede e saltei atravs dela. A sensao foi incrvel.
A mulher aconselhou-me novamente: "Experimente mergulhar no cho, mas no se esquea d
e imaginar onde voc quer chegar". Caminhei at o meio do meu quarto e comecei a cai
r. Fechei os olhos e imaginei um campo de arroz bonito. Parecia que eu estava ca
indo para sempre, e, em seguida, BOOM! Estava caindo em direo a uma enorme mesa ch
eia de pratos deliciosos que tinha arroz como ingrediente principal. Comecei a r
ir e pensei: "Uau, meu subconsciente est fazendo piada comigo". Foi quando acorde
i (Raduga: no executou a manuteno e no tentou a re-entrada na FASE).
014
Ssergiu
Resita, Romnia
No achei que precisava perceber que estava sonhando, porque, logo que adormeci,
tornei-me lcido. No conseguia ver nada a no ser a tela de um iPhone e sabia que tin
ha que escolher o lugar que queria estar. Escolhi um lugar estranho que nunca ti
nha visto antes e vi uma porta branca. Abri a porta imaginando onde ela iria me
levar (Raduga: no executou o aprofundamento e no tinha um plano de ao). Entrei em um
quarto estranho e havia um monte de esqueletos no cho. Fiquei apavorado e me tel
eportei para outro lugar.
Lembrei-me de ter estado em muitos outros lugares quando acordei ao lado de min
ha cama. No estava certo do que tinha acontecido. Achei que ainda era um sonho lci
do.
Estava ao lado de minha cama e pude ver quase tudo no meu quarto, mesmo a telev
iso desligada, mas no podia olhar em direo a minha cama. No queria fazer isso de modo
algum.
Depois de um tempo comecei a sentir minha respirao. Estava com medo porque estava
respirando muito lentamente e pensei que ia morrer se no comeasse a respirar mais
rpido (Raduga: lgica errada).
Eu queria acordar, mas cada vez que tentava voltava ao meu corpo. Tentei acorda
r por cerca de 7 vezes antes que tivesse finalmente acordado (Raduga: ao errada).
Estava com medo, mas tambm surpreso pelo que tinha me acontecido. Poderia me cons
iderar uma pessoa de "sorte" porque tinha experimentado a paralisia do sono ante
s e sabia como sair dela.
Aps a experincia nem mesmo me aborreci tentando o sonho lcido novamente. Voltei to
do meu interesse para as experincias fora do corpo.
015
Roman
Rostov-on-Don, Russia
A primeira vez que entrei na FASE sonhei que estava correndo em algum lugar e e
stava constantemente pensando em alguma coisa. Em certo momento maravilhoso cheg
uei a concluso que estava sonhando e decidi tentar sair (Raduga: ao errada e no exec
utou o aprofundamento). Estava deitado no cho e comecei a sair, imaginando que es
tava me separando do corpo. Durante a transio quase fui expulso da FASE devido ten
so e o medo. Mesmo assim tive sucesso. Eu me vi em uma porta depois de ter rastej
ado atravs de uma parede. Foi como sair de um pntano. A sensao de separao foi muito vv
da.
De repente notei uma pessoa l. Ele me ajudou a sair (Raduga: no tinha um plano de
ao). Ele se apresentou e comeou a me contar alguns detalhes sobre o mundo no qual
tinha pousado. No me lembro bem o que ele disse. Estava o tempo todo olhando. No c
onseguia tirar os olhos das redondezas. Fiquei atordoado. No final, fiquei preoc
upado com meu corpo e decidi que era hora de voltar (Raduga: lgica errada). Volta
r foi como um pesadelo. Havia vozes, sons e sensaes estranhas. Tive a sensao de que
o tempo tinha parado... Estava to feliz ao acordar que no consegui dormir o resto
da noite.
016
Josh
Austrlia
Uma noite sonhei que estava viajando em um carro com uma amiga. Achei que ela e
stava dirigindo muito rpido e tive sensaes bizarras que envolveram todo o meu corpo
fsico. Pareceu que eu estava sendo virado do avesso.
As sensaes pararam. Eu estava totalmente acordado e completamente consciente. Abr
i os olhos. Estava no meu quarto deitado de costas e meu corpo tinha uma tonalid
ade azul (Raduga: no tentou a separao e no executou o aprofundamento). Senti meus br
aos se movimentando, percebi o que tinha acontecido e entrei em pnico. Pedi para v
oltar ao meu corpo e, em seguida, com um leve formigamento, abri meus olhos reai
s (Raduga: ao errada). Estava deitado ao lado de minha parceira.
Soube que a experincia tinha sido real.
017
Alexei Bakharev
Sochi, Rssia
Esta foi a primeira vez que consegui tornar-me consciente durante um sonho. Ant
es de adormecer concentrei-me na escurido diante dos meus olhos e tentei manter-m
e consciente tanto quanto pude. De repente sonhei que estava levitando at o teto,
o que resultou na minha tomada de conscincia de que estava sonhando. Meu corpo f
antasma respondeu mal s tentativas de control-lo e pairou abaixo do teto (Raduga:
no executou o aprofundamento). Havia duas pessoas sentadas abaixo no cho. Eles est
avam olhando na minha direo, mas parecia que no estavam me vendo (Raduga: no tinha u
m plano de ao e no executou nenhuma manuteno). Neste momento acordei e senti uma espci
e de formigamento e coceira nas pernas (Raduga: no tentou a re-entrada na FASE).
SADA DIRETA DO CORPO SEM SONO PRVIO
A entrada direta na FASE sem antes ter dormido (ou aps um perodo de plena conscinc
ia) conseguida atravs de mergulhos rasos para fora da conscincia desperta. Tudo o
que resta se separar do corpo no caminho de volta de mergulhos como esses.
018
Phil B.
Nova Iorque, EUA
Acordei s 6:00h, foi ao banheiro, e depois deitei-me imediatamente para tentar d
ormir. Geralmente tenho dificuldade em adormecer, por isso, desta vez, e pela pr
imeira vez, coloquei protetores auriculares e uma mscara de dormir. Aps cerca de u
ma hora ainda estava acordado pensando em minha aula.
Depois de uma hora no tinha cado no sono, mas estava muito relaxado fisicamente e
por isso tentei o adormecimento forado. Aps cerca de 10 a 15 segundos senti um de
slocamento estranho e uma dormncia se instalou em meu corpo (Raduga: no tentou a s
eparao). Era uma sensao fora do comum. Imediatamente tentei a audio interna e ouvi um
som muito alto, como alarmes de incndio tocando. Continuei ouvindo. O som ficou m
ais alto e alcanou o que pareceu ser o pico. Era muito alto (Raduga: no tentou a s
eparao), mas nada mais estava acontecendo e por isso mudei para a observao de imagen
s durante alguns segundos. O som ficou mais baixo e voltei a tentar a audio intern
a. Ficou mais alto novamente e novamente pareceu ter alcanado o pico.
Tentei rolar com um puxo repentino, e BAM! Estava fora da cama, de p no cho! No pos
so descrever como isso foi inesperado. No tinha idia do que sentiria ao executar u
m rolamento. Acabou sendo uma sensao parecida com a sada de uma piscina, com uma re
sistncia semelhante. Conselho de Michael: no se preocupe, apenas faa.
Estava muito animado, mas lembrei-me do conselho da Escola de Viagens Fora do C
orpo e imediatamente procurei realizar o aprofundamento. Tudo era cinza e eu no s
entia nada. Tambm no ouvia nada. S via silhuetas cinzas em torno de mim. Comecei es
fregando as mos firmemente na frente do meu rosto e elas lentamente apareceram, j
unto com tudo mais no meu quarto. Comecei olhando para minhas mos e dedos e minha
viso ficou cristalina. Meu quarto ganhou foco perfeito como na vida real. Andei
pelo meu quarto olhando e apalpando tudo o que pude encontrar. Como estava sendo
minha primeira vez na FASE, examinei todos os objetos aleatrios espalhados nas m
inhas prateleiras e mesa e todos eles pareciam perfeitamente reais, at mesmo o qu
e estava escrito neles (no parei para tentar ler as palavras individuais porque no
queria ter um retorno espontneo). Continuamente me lembrava que estava na FASE,
de modo a no perder a conscincia e cair no sono (Raduga: no tinha um plano de ao).
Depois de passar cerca de um minuto olhando para tudo e estar espantado com o s
imulacro da realidade, decidi tentar fazer alguma coisa com a experincia. No tinha
nenhum plano de ao porque no estava esperando ter sucesso, mas decidi, no calor do
momento, tentar voar. Olhei para o teto, em seguida, para os meus ps. Respirei f
undo e tentei levitar enquanto olhava para os meus ps. Eles lentamente subiram al
guns centmetros do cho, e quando expirei, eles voltaram para baixo. Perfeitamente
controlado como eu esperava. Tentei de novo com outra respirao profunda, e desta v
ez um salto. Lancei-me atravs do teto com os punhos estendidos como o super-homem
. No queria passar atravs do teto insubstancialmente, queria explodir para fora, e
020
John Merritt
Houston, EUA
Um amigo meu encontrou o livro "Escola de Viagens Fora do Corpo - Um Guia Prtico
" na internet e me enviou o link. Li o livro, e logo, finalmente aconteceu.
Fui dormir em torno de 22:00h ou 23:00h e acordei s 4:00h. Fiquei acordado por 3
0 minutos e fui deitar novemente. Comecei a meditar e repassei em minha mente as
tcnicas de separao. Ca em um estado livre flutuao, entrando e saindo da conscincia. C
mecei observando imagens. Logo comearam a vibraes. J tinha experimentado vibraes uma o
u duas vezes. A primeira vez que as senti estava com medo e elas foram embora de
pois de alguns segundos. Na segunda vez tentei intensific-las e isso pareceu func
ionar por alguns segundos, mas novamente, nada. Desta vez usei o tensionamento d
o crebro e as vibraes ficaram mais e mais fortes. Desta vez no as perdi. Elas intens
ificaram at chegarem a um determinado volume. Elas acabaram e me senti diferente.
Meu prximo pensamento foi que j estava separado do meu corpo. Tudo que tinha a fa
zer era apenas levantar-me! Estava certo.
Eu me levantei para fora do meu corpo, sentei-me e sai da cama. Estava fora! No
tinha planejado o que faria (Raduga: no executou o aprofundamento e no tinha um pl
ano de ao). O quarto estava escuro e meu primeiro pensamento foi o de acender uma
luz. Entrei no banheiro do quarto e liguei o interruptor de luz. Nada aconteceu.
Vagamente pensei: "Talvez a luz esteja queimada". Sa pelo corredor e fui at o ban
heiro do andar de cima e liguei o interruptor de luz. Mais uma vez, nada. Lembre
i-me que nos livros que li sobre sonho lcido diz que interruptores de luz no funci
onam em sonhos. Como estava em meu corpo astral, minhas tentativas de ligar o in
terruptor de luz no iriam funcionar.
Decidi voltar para minha cama e olhar para mim mesmo. Corri para o quarto para
olhar minha cama. L estava eu, ou l estava meu corpo. Foi a sensao mais incrvel que j
experimentei na minha vida. Estava fora do meu corpo e sabia disso. Estava bem a
cordado, plenamente consciente, com toda minha essncia, lembranas, tudo de mim. L e
stava eu dormindo na cama. Meu corpo fsico. At vi um dos meus braos se mexer um pou
co. Depois senti a necessidade de verificar o que tinha acontecido e ver se cons
eguia me lembrar. Logo estava de volta em meu corpo e muito desperto (Raduga: no
tentou a re-entrada na FASE). Era verdade. Tinha acontecido. Finalmente tinha co
nseguido fazer isso. Era real. Lembrei-me de cada segundo.
021
Artem Mingazov
Ulyanovsk, Rssia.
Deitei no sof e tentei sair diretamente. Tudo estava indo bem quando de repente
minha conscincia desapareceu por um momento. Quando voltei percebi que estava dei
tado na cama e senti um corpo fantasma. Tentei rolar para o lado e funcionou, em
bora com alguma dificuldade.
Comecei a apalpar a cama e a mim mesmo (fiz tudo um pouco s pressas). Ainda no ti
nha o sentido da viso. Decidi que poderia aprofundar e mergulhei de cabea no cho (m
ais exatamente, no vazio). Voei para baixo um pouco e encontrei-me no apartament
o do meu vizinho de baixo. Voei de volta para meu prprio apartamento e fiquei no
cho. Abri meus olhos na tentativa de restaurar a viso. Parecia que estava tentando
abrir os olhos depois de um longo perodo de privao de sono. Minhas plpebras estavam
pesadas e se renderam a contragosto. Olhei em volta. Estava em meu quarto. L for
a estava ensolarado. Decidi tentar voar. Adoro voar! (Raduga: no tinha um plano d
e ao). Fui capaz de voar at o teto, mas logo comecei a cair suavemente de volta par
a baixo, sendo puxado para trs. Ao tocar no cho pulei de volta para cima. Desta ve
z foi comparvel a quando um balo cai e bate no cho, sobe novamente e cai. Saltei pa
ra cima novamente. S fui capaz de permanecer de p no cho depois de repetir este pro
cesso vrias vezes.
De repente se tornou difcil para respirar. Tentei voltar para o meu corpo (Radug
a: ao errada), mas fui incapaz de faz-lo. Inicialmente despertou-me pnico. Percebi q
ue ceder ao medo no me faria bem. To logo me acalmei e relaxei (Raduga: no executou
a manuteno), tive um retorno espontneo (Raduga: no tentou a re-entrada na FASE). To
das as sensaes acima duraram cerca de um minuto.
022
Matthias Holzer
Viena, ustria.
13 Maro de 2001. Esta foi a minha primeira experincia fora do corpo. Houve duas e
xperincias anteriores com o "estado vibracional", mas no tive a coragem de ir adia
nte com elas. Na poca acreditava que a alma essencial deixaria o corpo, o que pod
eria ser perigoso. Desta vez decidi faz-lo de verdade. Na poca tinha 20 anos. Acor
dei s cinco horas da manh. Estava me sentindo muito cansado e sabia que ia cair no
sono novamente logo que deitasse. Assim que relaxei o estado vibracional se ins
talou. Meu corpo estava paralisado, como se estivesse dormindo. Ouvi o barulho e
strondoso que j conhecia. O estado parecia no ser muito profundo, porque, logo que
tentei me movimentar, movimentei o corpo fsico e acordei.
Imediatamente comecei uma segunda tentativa, que funcionou. Esperei um pouco ma
is desta vez. De repente minha "percepo corporal" mudou e me movi cuidadosamente c
omo se estivesse me levantando com meu corpo fsico. No momento seguinte estava de
p e sabia que estava fora do corpo. No conseguia ver muito bem, apenas um pouco (
Raduga: no executou o aprofundamento e no tinha um plano de ao). Estava curioso para
saber se o "cordo de prata", sobre o qual tinha lido a respeito, existia (Raduga
: lgica errada). Quando olhei, l estava ele, estendendo-se a partir das minhas cos
tas astrais. Tentei olhar para meu corpo fsico na cama, mas no pude v-lo. Tentei ol
har para mim mesmo, meu corpo astral, e pude ver a minha mo esquerda cintilando e
m uma cor prpura clara. Neste ponto decidi acabar com a experincia e voltar para a
cama a fim de me reinserir em meu corpo fsico (Raduga: ao errada). Isto no funciono
u no incio, mas no havia medo. Minha conscincia se desvaneceu em um sonho e acordei
cerca de uma hora mais tarde, bem descansado e muito satisfeito.
023
Oleg Kudrin
Moscow, Rssia
Acordei. Ainda estava escuro. Respondi ao "chamado da natureza" e olhei para o
meu relgio: 4:15h. Fui para a cama, deitei do meu lado esquerdo, fechei os olhos
e... Parecia que algo estava brilhando nos meus olhos. Percebi que isso era impo
ssvel. Era 4:15h e eu era o nico acordado. No havia mais ningum no quarto alm da minh
a esposa. A luz intensificava continuamente. Tive um pouco de medo misturado com
curiosidade. O que aconteceria a seguir? Depois a luz se tornou mais e mais bri
lhante. Senti que estava em perigo (Raduga: no tentou a separao). Ao mesmo tempo se
ntia um instinto investigativo. Sabia que algo incomum estava acontecendo, mas s
abia que tudo isso era impossvel. Uma luz brilhante de natureza desconhecida perf
urando meus olhos atravs das plpebras fechadas! Uma idia ocorreu por conta prpria: e
les estavam vindo verificar alguma coisa em mim. Irei at o fim!
No momento seguinte encontrei-me em uma sala pequena, retangular e com uma luz
suave. Havia bordas ao longo da parede nas quais voc poderia sentar-se (percebi q
ue eram bancadas). Uma parede tinha portinholas redondas de cerca de trs metros d
e largura. Olhei atravs delas e percebi que estava nas profundezas de espao exteri
or (Raduga: no executou o aprofundamento e no tinha um plano de ao). Havia uma const
ruo impressionante fora da sala em que estava. O que vi no poderia existir, mesmo n
os ambientes mais fantsticos da terra. Era uma construo entrelaada, mas os elementos
no tinham uma estrutura lgica. Parecia uma colmia. Parecia ser uma construo de tubos
duplos de propores to colossais que o dimetro de apenas um dos tubos podia ser comp
arado com o dimetro de um estdio. Movimentando e correndo ao redor da estrutura es
tavam pequenas espaonaves que pareciam estar fazendo algum tipo de trabalho.
um portal de hamgaragem, soou a resposta na minha cabea. Virei-me e no canto da
sala estava uma linda jovem vestida completamente de modo terrqueo, com uma saia
e uma jaqueta. Por mais estranho que possa parecer, ela parecia uma cantora pop
famosa, embora a semelhana estava incompleta. A mulher era muito mais interessant
e do que a artista.
Vou formular a pergunta que me ocorreu naquele momento da seguinte forma: "O qu
e o vazio do qual falam os mestres budistas?". Formulei essa pergunta para a pes
soa de boa aparncia que estava no quarto comigo. Por alguma razo, no vim com a idia
de fazer algo mais... Alm disso, sou casado. Mas a minha pergunta foi ouvida, e a
resposta se seguiu...
O que experimentei no tem paralelos na vida cotidiana. Esses sentimentos no podem
ser expressos em palavras. A linguagem humana no tem a capacidade de comunicar t
ais conceitos, mas vou tentar. Era como se eu tivesse virado do avesso. Tudo for
a de mim acabou sendo colocado dentro de mim, incluindo as estrelas, galxias e ou
tros mundos. Em suma: todo o universo material. Tudo isso foi comprimido a propo
res to pequenas que poderia passar pelo buraco de uma agulha. E eu, estando fora de
ste universo material, estava olhando para ele simultaneamente por todos os lado
s, apesar de no ter centenas de milhes de olhos. Eu era um grande campo que abrang
ia o espao em torno deste universo comprimido, e era capaz de absorver visualment
e tudo de uma vez! Eu mesmo no tinha fim, no tinha limites nem no espao, nem no tem
po. Tudo ao redor era quietude. Eu mesmo era essa quietude. Contemplar este univ
erso trouxe a percepo de que, atravs do esforo, poderia me transformar no nada. Em s
eguida pensei: no haveria mais nada para fazer a no ser contemplar?
Tornei-me um funil coletando tudo a partir do permetro do meu universo, girando
dentro dele, puxando tudo mais e mais fundo, at que estava deitado na cama, como
uma coisa normal. Ele pegou minha mo e disse: "Vamos!". Um momento depois nos enc
ontramos em uma rua de uma velha cidade. A casa que ficava em frente tinha um re
tngulo azul no canto com o nome da rua e nmero da casa. Eu era facilmente capaz de
ler tudo. Fiquei surpresa com o que vi.
Estvamos quase nus no meio da rua, mas os transeuntes no prestavam nenhuma ateno. P
ercebi que eles no nos viam. No parei para olhar em volta, pois estava chocada e a
ssustada com o que estava acontecendo. Minha cabea estava cheia com o que era, na
poca, uma pergunta terrvel: "Como regressar?"
O jovem de repente correu em direo esquina da casa que estava nossa frente. Entra
ndo atravs de sua parede, ele disse que era hora dele voltar, j que seu amigo esta
va para chegar. Ele desapareceu. Permaneci no mesmo lugar por algum tempo vendo
as pessoas passarem por mim. No sabia como voltar para o meu quarto porque o luga
r a partir do qual entramos na rua era uma parede. Que situao! Como eu faria para
atravessar a parede? Fechei os olhos e pensei em meu quarto, e recitei: "o que s
er, ser". Dei um passo frente e encontrei-me na minha cama.
Varrendo meus olhos pelo quarto descobri que nada nele havia mudado. O sol bril
hava como antes. Suspirei de alvio e fechei os olhos na grande esperana de que aco
rdaria. Apressei-me para abri-los. Para meu horror, ao invs de acordar, encontrei
uma bandeja com instrumentos mdicos na minha cama. Ondas de medo tomaram conta d
e meu corpo com renovada intensidade. Engoli em seco, pois senti que no conseguir
ia passar pela experincia de ser operada. Fechei os olhos mais uma vez e comecei
a rezar. O medo diminuiu gradualmente. Acalmei-me... Finalmente acordei. A prime
ira coisa que fiz foi certificar-me de que a bandeja com os instrumentos mdicos no
estava mais l. Pulei e comecei a bater sobre a cmoda, na parede, e na janela, a f
im de me certificar de que estava tudo acabado.
027
Andre Sanchez
theandresanchez@gmail.com
Estava em minha cama e notei dois objetos de plstico na minha mo direita. Pensei
que era estranho eles estarem l. Levantei-me e os joguei no cho. O primeiro no fez
qualquer tipo de som. O segundo fez, muito provavelmente porque passei a esperar
que ele fizesse algum tipo de som ao cair no cho. Por achar que algo estava estr
anho fui para o interruptor perto da porta e tentei ligar a luz. No funcionou. Ti
ve dois pensamentos: "Muito estranho... ser que estou na FASE" e "Ser que est falta
ndo energia eltrica?"
Sa do quarto e fui para o corredor. Caminhei em direo a sala de estar. Estava muit
o escuro (o que seria normal se a energia eltrica tivesse acabado durante a noite
). Pensei sobre como tudo isso parecia, de alguma forma, estranho, mas sentia co
mo se fosse muito "real". Comecei a me preocupar e tentei acalmar-me, pensando q
ue, se algo muito estranho e/ou assustador tivesse acontecido, eu poderia ter ce
rteza de que estava na FASE, e no deveria me preocupar. Eu me lembro vagamente de
uma fraca luz amarelo-esverdeada comeando a aparecer a partir da sala de estar,
mas no vi nada.
028
Dmitry Markov
Moscow, Rssia
Minha primeira vez foi o evento mais terrvel da minha vida. Nunca tinha experime
ntado tamanho terror. Aconteceu em dezembro de 1990. Estava caindo no sono na mi
nha cama em casa. De repente ouvi algum entrar no meu quarto. No prestei ateno no "i
ntruso". Duas mos femininas me agarraram por trs, e, enquanto pressionam a minha b
arriga, comearam a levantar meu corpo. Sentia dedos finos com unhas compridas na
minha barriga, mas estava completamente paralisado e absolutamente incapaz mover
alguma parte do meu corpo ou impor qualquer tipo de resistncia. Senti meu corpo
passar pelo teto, e, em seguida, ele foi puxado ainda mais alto.
Fiquei com medo que isso pudesse ser a morte. Estava com medo, no tanto da morte
como do desconhecido. Tudo isso aconteceu to rapidamente que no me achei preparad
o para tal "cruzamento" (para ir alm). Comecei a rezar. Pedi a Deus para me ajuda
r, me libertar e me levar de volta. Entrei em pnico. No posso dizer quantos segund
os a minha levitao forada durou ou quo alto fui levantado acima da minha casa, mas o
momento chegou quando imediatamente retornei a minha cama.
029
April L. Alston
Raleigh, EUA
Tive minha primeira experincia fora do corpo acidentalmente. Depois do meu trein
o da manh no ginsio, senti-me exausta e voltei para meu dormitrio para tirar uma so
neca. Quando estava acordando do sonho, senti que estava localizada em trs lugare
s diferentes ao mesmo tempo. Estava consciente. Podia sentir tudo no meu sonho.
Podia sentir tudo no meu corpo que estava deitado na cama. Senti uma terceira co
nscincia caindo da cama. Meu "terceiro eu" era o que eu acreditava ser uma experin
cia fora do corpo para a "zona de tempo real (ZTR)". Meu corpo energtico parecia
que estava se separando do meu corpo fsico, caindo da cama. Isso aconteceu por ac
idente.
Senti como se j no tivesse um corpo, como se eu fosse uma esfera flutuante de con
scincia. Podia sentir as coisas 360 graus ao meu redor, mas no pude ver com meus o
lhos porque no tinha olhos. Pude perceber que as coisas estavam ao redor. Tive um
a sensao de queimao intensa na minha cabea e, quanto mais tentava concentrar minha co
nscincia no corpo astral, mais a dor piorava. Eventualmente, acordei com a experin
cia. Ainda fiquei deitada e tentei reentrar no transe, mas no obtive sucesso.
030
Tatyana Kiseleva
Vancouver, Canad.
Naquela noite especial finalmente decidi lidar com o rudo exterior que havia arr
uinado algumas tentativas anteriores. Coloquei um conjunto de agradveis tampes de
cor laranja em meus ouvidos.
Tapei meus ouvidos e fui para a cama com a inteno de acordar de manh e praticar o
mtodo diferido (adiado). Pouco antes de ir para a cama li algumas mensagens posta
das no frum no site do Michael sobre as primeiras experincias das pessoas. Tudo is
so levou ao seguinte:
Acordei no meio da noite por causa do som muito alto de uma "pancada". Ouvi em
algum lugar do prdio. Estava sentada na minha cama pensando que a pancada deveria
ter sido muito alta, porque tinha conseguido ouvi-la perfeitamente, mesmo com o
s meus ouvidos tapados. Decidi ir at a porta da frente na esperana de ver o que es
tava acontecendo. Ouvi a pancada novamente. Soou um pouco assustador. Baixei os
meus ps no cho, levantei-me e sai do meu quarto em direo porta da frente. Podia sent
ir o cho frio com os meus ps descalos. Quando me aproximava da porta da frente pude
ver um buraco brilhante aparecendo na escurido. Cheguei a uma concluso: "Estou na
FASE!"
No acreditei em mim mesma. "No fiz nenhuma tcnica", pensei, duvidando.
Decidi testar se era uma FASE. Levantei meus dois ps para cima, o que me fez fic
ar "sentada" no ar. Peguei com minha mo direita a borda de uma porta de correr de
um armrio e empurrei ambas as pernas contra a porta. Voei para trs todo o caminho
at o outro lado da minha sala de estar, surpresa que ainda estava sentindo a min
ha mo segurando a porta do armrio! O meu brao deve ter esticado uns 3 metros (Radug
a: no executou o aprofundamento e no tinha um plano de ao)!
Estava flutuando direto para minha lareira vendo meus dois ps no ar em minhas ca
las de pijama. Ainda no acreditava que estava na FASE. Decidi voar para cima, mas
no conseguia empurrar o cho porque meus ps estavam no ar. Cheguei concluso que no era
a FASE (Raduga: lgica errada) e decidi voltar a dormir.
Naquele momento me encontrei sentada na minha cama. Percebendo mais uma vez que
minhas orelhas tamponadas estavam me incomodando muito, tirei os tampes dos meus
ouvidos. Um segundo depois percebi que meus ouvidos ainda estavam tampados. "Hu
mm", pensei, "que estranho". Tirei os tampes, no tirei?
Foi a que percebi que estava deitada na minha cama e estava sentindo meus ouvido
s reais. Pulei de emoo quando percebi o que tinha acontecido. Foi minha primeira e
xperincia fora do corpo real, embora no tenha acreditado! Estava 100% consciente D
A experincia, mas estava cerca de 90% consciente NA experincia, caso contrrio iria
saber que estava fora do corpo.
Peguei um bloco de notas e como estava escrevendo tudo, vividamente lembrei das
vibraes que senti antes de deixar o corpo. Aconteceu exatamente como elas so geral
mente descritas: como sofrer um choque eltrico, sem sentir dor.
031
Joshua Rachels
Belleville, EUA
Eu me vi lutando para cair em um sono completo, com o que pareciam ser "cochilo
s". A ltima vez que verifiquei o horrio na realidade era 4:30h da manh.
Tinha mais uma vez recostado minha cabea. A prxima coisa que lembro de estar cami
nhando em direo a uma velha loja que costumava visitar. No tendo qualquer noo de como
tinha chegado l. Olhei para o cho sob os meus ps e questionei se estava sonhando.
Tentei saltar to alto quanto fosse possvel, o que iniciou um salto de vrios metros
de altura e bem longo, servindo como uma dica de que estava sonhando.
Naquele momento as coisas ficaram um pouco quebradas para mim...
A prxima coisa que me lembro de estar dentro de um edifcio que me disseram que er
a um centro de reabilitao. Todos ao meu redor estavam vestidos de branco. Nenhuma
das faces era completamente reconhecvel, exceto duas: um amigo meu chamado Dan e
uma mulher sem nome (na FASE me referia a ela como "a pessoa que amo"), e at mesm
o o rosto da mulher era uma mistura entre Natalie Portman e uma das minhas ex-na
moradas.
Lembro-me de Dan encostado em uma porta ao meu lado enquanto eu estava olhando
para um espelho. Eu podia me ver, mas minha mo ficava tocando meu rosto como se e
stivesse turvo. A nica parte visvel era a minha roupa branca e meus cabelos. Ele c
omeou a responder o que s posso supor que tenha sido minha pergunta subconsciente:
por que eu estava l e por quanto tempo?. Eu lhe disse que no conseguia me lembrar
como tinha chegado l ou porque estava l e me lembro de sua resposta clara como o
dia:
Dan: "Voc sabe por que est aqui?"
Eu: "No posso nem lhe dizer como cheguei aqui. Maconha?
Lembre-se que eu estava em um "centro de reabilitao".
Dan: "Haha, voc no consegue se lembrar?" Isso aconteceu provavelmente porque voc j
estava aqui. Voc est aqui por volta de um ms. V e verifique o calendrio.
Naquele momento acredito que meu subconsciente comeou a entrar em pnico sobre a p
ossibilidade de ficar preso l. As pessoas comearam a aglomerarem-se ao meu lado em
torno do "calendrio". Eu me lembro especificamente de um homem afro-americano gr
itando ao meu lado, "quem Josh, quem Josh!", logo depois levando-me para fora em
direo porta da frente, onde "a pessoa que amo" tinha encostado, apontando-me para
que eu chegasse mais perto.
Lembro-me de andar com "a pessoa que amo". Ela comeou a chorar implorando para q
ue eu no me acordasse, gritando que ns poderamos ser felizes juntos l se eu ficasse.
Durante esta birra correntes apareceram nos braos e pernas dela. Comecei a me se
ntir pesado.
Comecei a pensar em minha famlia, minha me especificamente e pensamentos de ficar
preso em um coma, que acredito que levou meu subconsciente para o pnico, ainda m
ais porque o tempo parecia ainda mais curto.
"A pessoa que amo" me levou para um quarto e, sem querer ficar vulgar, comeamos
a ter relaes sexuais. Um pouco antes que eu chegasse ao orgasmo ela comeou a gritar
para eu no ir, altura em que me senti sendo puxado dali.
Ora, aqui est o que tocou minha mente sobre toda a experincia: Acordei luz do dia
e corri para fora do meu quarto para encontrar minha me e meu padrasto de p na sa
la de estar. Peguei o meu telefone e percebi que haviam muitos arranhes e amassad
os sobre ele. Entreguei meu celular para a minha me para ela olhar os danos e qua
ndo ela apertou o boto e apareceu a luz de fundo, acordei!
Acordei quase que imediatamente aps a abertura dos meus olhos. Ainda estava escu
ro l fora e olhei para o horrio. Era 5:17h.
ias atrs.
Meu despertador tocou e levantei... caso contrrio, acho que poderia ter continua
do por mais uma hora ou mais.
034
Jorge Antonio Becerra Perea
Hidalgo, Mxico
Depois de acordar em torno das 8:00h (em um feriado, claro) tomei caf da manh e v
oltei a dormir. Depois de ter um sonho muito estranho, consegui acordar sem me m
over. Imediatamente tentei me separar rolando. Falhou. Tentei o adormecimento fo
rado, seguido pelo movimento fantasma, mas desta vez, tentei mexer as pernas lent
amente e sentir o movimento. De repente notei que j estava de p ao lado da minha c
ama, mas com o meu cobertor ainda sobre meu corpo. Depois de tir-lo comecei a apr
ofundar na FASE, tocando e olhando para tudo. Imediatamente aps me sentir em um a
mbiente hiper-realista comecei a explorar a minha prpria casa (Raduga: no tinha um
plano de ao).
O tempo estava mudando constantemente entre o dia e a noite. No outro quarto en
contrei meu tio assistindo televiso. Estava to animado com a FASE e to curioso que
tentei explicar-lhe que tudo era "no fsico", apenas para observar suas reaes. Ele di
sse que eu era louco, me ignorou e continuou assistindo televiso. Atirei a televi
so pela janela e continuei me deslocando para o prximo quarto. De repente voltei a
o meu corpo (Raduga: no executou a manuteno) e comecei novamente a separao.
Eu me separei novamente no meu quarto. Desta vez, era noite. Comecei a chamar p
or uma mulher que eu estava procurando pelo nome, mas comecei a ter problemas co
m a minha voz. Decidi translocar para a minha escola. Fechei os olhos e imaginei
o lugar. De repente comecei a sentir uma sensao de vo. Ao abrir meus olhos j estava
l. O lugar estava muito diferente do que era na realidade, mas gostei muito mais
da nova verso que de sua forma costumeira. Passei muito tempo da FASE procurando
por aquela mulher, perguntando s pessoas, chamando o nome dela. No obtive resulta
dos.
No final, perdi a conscincia e ca em um sonho normal. De qualquer forma foi uma e
xperincia maravilhosa.
035
Jorge Antonio Becerra Perea
Hidalgo, Mxico
Tive a conscincia de que era um sonho quando estava prestes a ir para o andar de
cima l de casa, logo aps um falso despertar. As escadas se mexiam de uma forma to
estranha que imediatamente fiquei lcido no sonho. De repente, a FASE se desvanece
u, e antes que pudesse perceber o que estava acontecendo, voltei para o sonho. A
pareci no meio de uma rua enorme (Raduga: no executou o aprofundamento). No tinha
qualquer plano porque no estava esperando essa experincia. Ao invs de pensar sobre
isso, decidi explorar correndo e pulando entre os carros e os edifcios, em um tip
o de estilo extremo de "parkour". Parkour, ou arte do deslocamento, uma atividad
e cujo princpio mover-se de um ponto a outro o mais rpido e eficientemente possvel,
usando principalmente as habilidades do corpo humano.
Foi uma das experincias de FASE mais vvidas e divertidas que j tive. No tenho palav
ras para descrever o sentimento de completa liberdade que tive naqueles momentos
. Depois de explorar metade da cidade (estava correndo muito rpido) comecei a ter
srios problemas com a estabilidade da FASE e por isso decidi acordar sozinho, an
tes que casse em um sonho normal e perdesse as preciosas recordaes dessa experincia
(Raduga: lgica errada).
036
043
Jason
New York, EUA
Acordei e tentei no me mover, mas no tive sucesso. De qualquer maneira decidi ten
tar alguns ciclos e comecei com o movimento fantasma. Para minha surpresa, senti
meu corpo entrar em paralisia do sono e ficar dormente (Raduga: no tentou a sepa
rao). Mudei para audio interna, mas decidi tentar a separao atravs do rolamento. Houve
resistncia, mas acabou funcionando e me levantei. Estava ctico quanto a saber se e
stava na FASE, apesar de ter tido muitas experincias anteriores. Acho que foi por
que, at aquele momento, nunca tinha sentido a transio entre a viglia e o sonho de fo
rma to consciente e to auto-induzida. Para no mencionar que levou apenas cerca de u
m minuto.
Ouvi minha me na cozinha. Fiz uma verificao de realidade. Tentei fazer meu dedo in
dicador direito atravessar a palma da minha mo esquerda. Foi uma luta, mas funcio
nou. Soube que estava na FASE. Andei at a cozinha e minha me me disse: bom dia! De
i-lhe um beijo na bochecha e continuei pelo corredor (Raduga: no tinha um plano d
e ao). Toquei as paredes, j que estava andando para estabilizar a experincia, apesar
de no estar precisando. Estava muito escuro dentro de casa mas podia ver que est
ava ensolarado l fora. Estava de camisa e cueca samba cano, embora quando normalmen
te vou l pra fora as roupas aparecem em mim sem eu notar.
Abri a porta da frente e vi todos os vizinhos de cima do lado de fora, na varan
da. Fechei a porta s para checar se estava na FASE. Antes de ir para fora de cuec
a fiz a verificao de realidade e funcionou de novo. S ento fui l fora. Nessa altura o
s vizinhos estavam indo para o andar de cima. Estava ensolarado e havia uma cria
na l fora me chateando, mas ignorei-a. Tentei sem entusiasmo criar um portal e tam
bm tentei me teleportar passando pelo cho, mas ambos no funcionaram. Andei pela qua
dra. Tentei isso porque li sobre dar uma volta bem rpida, mas no gostei dessa expe
rincia. Voei para cima e no tive muito controle. Continuei indo mais e mais alto e
tive que agarrar-me linhas de fora para me impedir de sair da atmosfera.
Foi uma FASE longa e, por algum motivo, a partir da perdi um pedao da memria (Radu
ga: no executou a manuteno). No me lembro onde pousei. Lembrei-me somente de alguns
pedaos, mas minha memria entrou novamente em ao quando estava em uma loja de departa
mentos e vi um cara que me pareceu familiar. Perguntei: "No te conheo?" Ele balanav
a a cabea respondendo que "no" e continuava andando. Ele olhava de forma desconfia
da. Fiquei de olho nele. Ele se encontrou com outro cara e apontou para mim. Ele
s comeam a correr atrs de mim. Eu me escondi atrs de algumas pessoas enquanto eles
corriam e iam por outro caminho. Sa atravs de uma sada de emergncia esperando que o
alarme soasse, mas isso no aconteceu. Havia dois portes fechados levando at as esca
das que vo para o telhado. Passei atravs dos portes me derretendo e fui para o telh
ado. Voei e eles saram e comearam a voar atrs de mim. Usei a energia mental para vo
ar mais rpido, mas no foi o suficiente. Ns lutamos por um tempo e acabei em um port
al dentro de uma espcie de nave espacial.
Estava me movimentando atravs de uns tneis que me fizeram lembrar da Matrix. Bati
contra algumas paredes, mas na maior parte fui bem. Fui para cima, para o lugar
onde os tneis convergiam. Essa parte chata por isso vou ignor-la.
Sa do prdio e cheguei em uma paisagem urbana cheia de pessoas. Andei por esse qua
rteiro e minha viso ficou diferente, quase como um filme. Andei no saguo de um hote
l. Pessoas estavam sentadas ao redor. Decidi procurar algum para fazer sexo e ter
minar a experincia, porque queria lembrar de tudo. Todas as mulheres em torno ou
no eram atraentes ou eram muito jovens. Olhei para trs na porta do hotel e havia u
ma senhora olhando para mim, mas ela afastou-se rapidamente. Estava curioso em s
aber por que ela estava me olhando e por que ela tinha se afastado rapidamente.
Ela estava em uma espcie de pnico correndo em direo a uma van preta. Corri atrs dela
e abri a porta antes que eles sassem. Havia um cara no assento do motorista e ela
estava chorando no banco do passageiro. Ela disse que quando meu amigo teve sua
promoo (da parte chata da experincia que saltei antes), ela foi obrigada a coloc-lo
para cima e que este era o cara que tinha feito isso. Comecei a soc-lo na FASE e
isso me fez perder o meu estado de esprito adequado para me manter. Acordei (Rad
uga: no tentou a re-entrada na FASE).
044
Jason
New York, EUA
Acordei com uma leve conscincia e no tive a certeza de ter ou no me movimentado. M
eu primeiro pensamento foi voltar a dormir, mas decidi tentar entrar na FASE. Ap
liquei o adormecimento forado e imediatamente comecei a sentir as vibraes. Elas osc
ilavam entre fortes e suaves. Comecei a sentir que elas estavam desaparecendo. L
embrei o que sempre digo: se consegui vibraes, j estou na FASE . Tentei rolar para for
a do meu corpo. Houve resistncia, mas fui capaz de faz-lo.
Levantei-me no meu apartamento atual e estava completamente escuro. Enquanto es
tava andando em direo porta da frente, tentei atravessar meu dedo indicador direit
o na da palma da minha mo esquerda para me certificar de que estava na FASE. Func
ionou. Abri a porta para o corredor, mas no parecia com minha sala real. A FASE a
inda estava muito fraca e havia outro senhor l. Apontei para reas diferentes e dis
se a palavra "luzes". Uma por uma elas acenderam. Continuei tocando coisas para
envolver os sentidos enquanto estava andando. Entrei em um quarto e tinha um rap
az nele. Ele estava assistindo televiso. Pensei no meu plano de ao. Lembrei que que
ria experimentar a tcnica de teletransporte que tinha aprendido na Escola de Viag
ens Fora do Corpo. J tinha sido teletransportado derretendo pelo cho, mas no era co
nfivel e possivelmente iria acabar na escurido, como aconteceu algumas vezes. Tinh
a lido no livro Explorando o Mundo dos Sonhos Lcidos que fechar os olhos em um sonh
o poderia fazer com que voc acordasse. Percebi que, se Michael faz isso o tempo t
odo, ento no verdade.
Perguntei ao rapaz para onde eu deveria ir... a um jogo de futebol? Ele disse q
ue sim, mas achei que, j que nunca tinha ido a um jogo de futebol, ao invs disso,
deveria ir a um jogo de basquete. Fechei meus olhos e concentrei-me em onde quer
ia ir. Comecei a sentir o movimento e at mesmo tive aquela sensao que normalmente s
e tem quando se comea descer de forma ngreme em uma montanha russa. Quando o movim
ento parou, abri os olhos. Tinha funcionado. Estava em p no meio de uma arena ond
e estava acontecendo um jogo de basquete. Dei um passo para dentro da quadra e l
ogo o rbitro apitou para parar o jogo e me retirar da quadra. Fui sentar na arqui
bancada e comecei a conversar com uma das garotas mais bonitas. No me lembro a re
speito do que estvamos falando, mas depois de um tempo ela quis sair da arena pri
ncipal e ir em direo aos banheiros. Voc pode adivinhar como foi o resto da experinci
a?
045
Matthias Holzer
Viena, ustria.
Tive um sonho lcido. Foi um sonho que tenho muitas vezes: indo do trabalho para
casa e percebendo que tinha esquecido a minha maleta. Assim que chego em casa, n
o sonho, com certeza minha maleta est l. Tomei cincia de uma descontinuidade. Lembr
ei que tinha perfurado o carto do relgio de ponto no trabalho quando sai, mas o ca
rto estava na minha mala. Como eu poderia ter feito isso se a minha mala estava e
m casa? Este deve ser um sonho! Tornei-me lcido. Como de costume nestas ocasies, i
mediatamente acordei por causa da minha emoo. Imediatamente entrei em um estado vi
bracional que parecia muito forte e estvel. Tentei o mtodo de rolamento e ele func
ionou perfeitamente.
Como de costume, alcancei o cordo de prata, mas s senti algo como energia eltrica
leve em meu pescoo, onde o cordo fica normalmente localizado (Raduga: no executou o
aprofundamento). Primeiro decidi entrar o quarto de minha me, com quem estava vi
vendo na poca (Raduga: no tinha um plano de ao). Esperava v-la na cama. Por um instan
te pensei que ia ver exatamente isso: seu rosto sobre o travesseiro (eu no conseg
uia ver muito bem). Percebi que ela deveria estar na sala de estar porque ela se
mpre se levanta muito cedo. Certamente deveria estar acordada naquele momento. D
eve ter sido uma flutuao da realidade. Olhei para um dos espelhos do quarto de min
ha me imaginando o que eu veria. O que vi foram vrias partes do meu corpo distinta
mente separadas flutuando ao redor, como se uma fotografia tivesse sido cortada
no formato de um quebra-cabea!
Olhei para minhas mos e elas comearam a derreter, assim como a imagem no espelho.
Continuei na sala de estar procurando por minha me, mas no a vi. Decidi que final
mente tinha que deixar meu apartamento, algo que nunca tinha conseguido em todos
os meus anos de experincias fora do corpo. Sem qualquer dificuldade atravessei a
porta principal que estava fechada e cheguei no corredor. A luz l fora parecia e
star ligada, mas percebi que estava tendo algum tipo de viso de tnel, um campo mui
to estreito de viso. Exigi mais energia e melhor viso, mas isso no ajudou muito. En
quanto caminhava pelo corredor a realidade fsica desaparecia mais e mais para o f
inal do corredor (onde, na realidade, a porta do apartamento da minha av estava l
ocalizada, onde eu queria ir). Havia apenas uma espcie de portal retangular. Agor
a, apenas meio consciente, decidi voltar ao meu corpo e acabar com a experincia p
orque no queria arriscar perder minha memria sobre ela (Raduga: lgica errada). Ness
e mesmo instante acordei fisicamente na minha cama (Raduga: no tentou a re-entrad
a na FASE)
046
Oleg Sushchenko
Moscow, Rssia
Ontem noite passei cerca de uma hora desenvolvendo a interao de imagens na minha
mente depois que deixei de sentir todas as percepes cinestsicas. Estava deitado de
costas em uma posio desconfortvel. Depois de dormir por algum tempo senti ligeiras
vibraes e ecos dos sons do mundo dos sonhos, mas a posio desconfortvel ainda me incom
odava. No final, pensei "Dane-se!". Decidi deitar-me desta vez mais confortvel. V
irei e me deitei de barriga para baixo. Apesar do fato de que o movimento pertur
bou o processo, aps cerca de cinco minutos o estado comeou a retornar e formar-se
novamente. Eu era capaz de perceber um pouco de vibrao, embora fosse incapaz de am
plific-la. Desenhei a foto de minha cozinha em minha mente, e pelo fato das image
ns nesse estado serem vvidas, fortes e realistas, depois de algum tempo entendi q
ue no estavam ali apenas minha ateno e minha conscincia, mas tambm minhas sensaes corp
rais. Fiquei muito surpreso que a FASE tinha sido to fcil de ser alcanada (no havia
dvida de que era a FASE).
Saltei pela janela e comecei a voar ao redor do ptio. Foi a primeira vez que tin
ha voado apenas baseado em um nico comando mental, sem qualquer esforo fsico (Radug
a: no executou o aprofundamento e no tinha um plano de ao). O ptio possua apenas 10% d
e similaridade com seu homlogo da vida real, mas no estava nada surpreso com isso.
Desfrutei tanto quanto pude do que podia ver e no fui imediatamente expulso. Dep
ois de ter olhado e chegado na cidade surgiu a dvida daquele estado ser a FASE e
no apenas um sonho lcido. Estava to consciente no sonho que era capaz de compreend-l
os e diferenci-los. Voc pode imaginar? Tenho de acrescentar que dei pouca ateno minh
a memria, por isso no posso dizer o quanto a minha "autoconscincia" estava l, mas es
tava consciente o suficiente para ser capaz de diferenciar entre a FASE e um son
ho lcido (ou pelo menos, pensar sobre a diferena).
Eu mesmo fui e perguntei s pessoas ao redor se era a FASE ou um sonho lcido. Pare
ce engraado, no ? O mais engraado foi que eles responderam que era um mundo diferent
e. Eles se recusaram a discutir o tema mais profundamente comigo. Decidi no mistu
rar tudo em minha mente e apenas seguir com o que tinha sido planejado, o que ac
abou por ser bastante longo e ininterrupto! Lembrei-me de um momento do dia ante
rior em que tinha deitado e induzido a FASE enquanto estava deitado de costas, e
como eu tinha virado e voado para longe. Lembrei-me de tudo isso periodicamente
durante o decurso da FASE. Percebi que deveria tentar perguntar mais tarde no fr
um sobre o que estava acontecendo comigo.
Mais tarde na FASE me encontrei em um poro. Como havia apenas um cheiro desagradv
el l, decidi que j tinha tido o suficiente e que era hora de voltar. Isso acontece
u at mesmo com mais facilidade. To logo pensei em voltar (Raduga: ao errada) uma vib
rao leve como uma brisa passou por mim e eu estava de volta no meu corpo com plena
conscincia, sentindo o corpo e a mente bem descansados. Estava completamente ren
ovado! E isso apesar do fato de que eu ter me lembrado de tudo, cada segundo do
sonho, a partir do momento em que comecei a voar!
047
Jaime Munoz Lundquist
Orange County, EUA
Levantei-me s 7 da manh, fiz o caf, e voltei para a cama em torno das 7:30h. Comec
ei a relaxar, colocando-me em um estado meditativo e comecei fazer a tcnica da re
spirao (do livro de Michael Raduga) para induzir-me ao adormecimento. De repente s
enti um solavanco. Percebi que era o momento que estava esperando para estar cie
nte do fenmeno. Continuei a relaxar: inspirando e expirando. De repente me levant
ei da minha cama, olhei em volta e comecei a examinar meu quarto. Comecei a apli
car a tcnica de aprofundamento que tinha aprendido: tocar nas paredes, sentir as
texturas, esfregar as palmas das minhas mos uma contra outra, olhar para os meus
braos e dizer a mim mesmo: "Isto um sonho? , Estou fora do meu corpo?" (Raduga: lgica
errada).
A textura do tecido da camisa que estava usando era real. Toquei a parede e ela
estava slida (Raduga: no tinha um plano de ao). Ouvi em algum lugar que possvel atra
vessar paredes, mas isso no aconteceu. Olhei novamente ao redor do meu quarto e d
e repente tudo ficou verde, como uma cor de floresta, at mesmo minha camisa. Era
uma cor verde-esmeralda muito intensa. Pacfico e ao mesmo tempo to intenso. Estava
plenamente consciente do que estava acontecendo e ao mesmo tempo muito animado.
Lembrei-me que precisava ser muito determinado (agressivo) na minha tcnica de ap
rofundamento. Continuei tocando tudo em minha volta e continuei a esfregar as mos
, tocar meus braos e tentar olhar para mim mesmo. Sabia que era eu. Foi to real! F
oi incrvel! No entendo porque, mas estava pensando em meu irmo e, do nada, ele apar
eceu no meu quarto. No entrei em pnico. Comecei a abrir a porta do meu quarto e tu
do estava to diferente! Eu ia l embaixo e tudo ainda estava verde. Parecia uma cas
a da dcada de 1920.
Continuei indo para o prximo nvel e vi trs ces pretos e seus pelos estavam iluminad
os como luzes azuis de non. Incrvel! Estava pensando comigo mesmo: Ok, isso sufici
ente (Raduga: lgica errada). Voltei ao meu corpo. Quando acordei comecei a escrev
er tudo porque no queria esquecer de nada, pois me foi dito para documentar a min
ha experincia e meu progresso.
048
Karen
New York, EUA
(www.karen659.blogspot.com)
Encontrar com amigos que se interessam por experincias fora do corpo na Califrnia
e partilhar o entusiasmo com eles me motivou a querer experimentar algo novo e
ver se poderia comear experincias fora do corpo ao viajar no avio para casa. Sabia
que seria uma longa viagem e conseguiria dormir. Estava preocupada que no fosse a
contecer, pois nunca tinha tentado isso em um ambiente barulhento e agitado, mas
ainda queria tentar.
Usei minhas afirmaes usuais e pratiquei visualizao antes de dormir. Lembro-me de es
tar surpresa ao sentir meu joelho esquerdo flutuando enquanto estava sentada na
poltrona do avio. (Eu estava em um assento prximo janela, ao lado da asa do avio).
No tive a conscincia de estar tendo uma experincia fora do corpo, pois minha mente
registrava como algo interessante, mas no to incomum.
Foi nesse momento que tivemos alguma turbulncia, ou talvez a pessoa que estava n
o acento ao meu lado tenha se movido ligeiramente e tenha encostado-se em mim. S
enti minha perna astral rapidamente disparar de volta para meu corpo fsico, o suf
iciente para me assustar, me proporcionando mais conscincia.
Percebi, "Uau! Estava comeando a ter uma experincia fora do corpo!". Sem acordar
completamente estabeleci-me de volta e logo encontrei os dois joelhos agora flut
uando, at o ponto onde me senti totalmente esmagada no banco! Fiquei pensando, co
mo faria para sair daquela poltrona de avio totalmente sentada?
Pensei que uma mudana de posio poderia ajudar. Inclinei-me para trs caindo na parte
de trs do assento. Usei uma visualizao "flutuante" para tentar levantar. Minha prxi
ma memria foi ver o teto do avio a apenas alguns centmetros do meu rosto!
Agora percebi que estava fora! Estava to excitada, mas disse a mim mesma para no
ficar muito animada. Lembro-me de pensar que deveria verificar movendo minha mo a
travs do teto do avio (Raduga: no executou o aprofundamento). Como consegui atraves
sar parte da minha mo no teto com sucesso, lembrei-me que estava em um avio em mov
imento e, talvez, no devesse mexer em alguns fios importantes ou outras partes. P
uxei minha mo rapidamente para trs! (Isso me mostra o quo forte eram as minhas crena
s porque no fui para fora ou nem quis mexer com um avio em movimento!)
Estava "plantando bananeira" nas costas dos assentos. Mudei-me para a frente do
avio. Encontrei acentos vazios ao lado de um homem jovem e pensei: Vou parar aqu
i para dar uma olhada na primeira classe. Enquanto estava l a comissria de bordo f
ez alguns anncios. Percebi que ningum estava muito feliz por ela ter perturbado o
silncio. Podia sentir a irritao dos passageiros e at senti algum descontentamento da
comissria de bordo, pois ela estava fazendo seu trabalho.
Nesse ponto tivemos uma turbulncia. Acordei completamente da minha experincia. Es
tava to feliz por ter conseguido! Sabia que tinha me sentido confinada no interio
r do avio pelo meu medo de causar problemas se tivesse sado.
049
Karen
New York, EUA
(www.karen659.blogspot.com)
Encontrei-me "acordada" deitada no sof sentindo medo! No tanto um sentido de esta
r com medo, mas o temor que foi associado com algum bem prximo ao meu corpo que ja
zia no sof (Raduga: no tentou a separao).
No vi essa pessoa num primeiro momento, apenas senti as energias que emanavam me
do, dele ou dela, o que me deixou um pouco preocupada. Meu medo dissipou-se imed
iatamente quando percebi que era uma criana muito pequena de p ao meu lado! (Ele no
poderia ter mais que 2 anos de idade, provavelmente menos...)
Fui pega de surpresa perguntando-me: "_ Agora o que fao?" (Raduga: no executou o
aprofundamento e no tinha um plano de ao) Senti a presena de um adulto prximo da part
e inferior da rea do sof. Era uma mulher, via-se claramente: cabelo cor de areia e
culos pequenos. De alguma forma eu sabia que ela estava esperando que a criana so
ubesse que ela estava l.
No tenho certeza de como fiz isso, mas voltando-me para o rosto da criana, enviei
amor e at tentei abra-la com as minhas energias. Ela acalmou-se imediatamente e eu
lhe disse:
_ Olha quem est aqui!
Peguei a criana e entreguei mulher. No tenho nenhuma idia de como eu sabia o que f
azer ou se estava fazendo a coisa certa. S fiz o que sentia ser certo.
A mulher sorriu, as energias da criana mudaram e ficaram calmas. As duas desapar
eceram!
050
Evaldas
Litunia.
Estava em um perodo de abstinncia de uma semana e meia sem tentar entrar na FASE.
Mas quebrei meu perodo de jejum tornando-me consciente dentro de um sonho. Quand
o entendi que estava na FASE, imediatamente tentei fazer o aprofundamento, mas f
alhou e fui jogado de volta ao meu corpo. Recusando-me a me render, de alguma fo
rma consegui reentrar na FASE. Depois de ter conseguido entrar novamente na FASE
, realizei aprofundamento e, durante toda a FASE, realizei tcnicas de manuteno.
Meu plano era falar com meu subconsciente e perguntar sobre meus talentos e sob
re uma maneira rpida de ganhar dinheiro. Depois de convocar a minha personagem de
sonho para falar comigo, comecei a conversa. Foi uma conversa muito estranha, p
orque ela insistia em fazer perguntas que no estavam relacionadas com o que eu qu
eria saber. No me lembro quais foram essas perguntas. Finalmente consegui fazer a
pergunta que estava querendo, e ela respondeu: "Comer". Ela disse isso e nada m
ais. Foi quando minha FASE terminou, aps cerca de 10 minutos de permanncia (Raduga
: no executou a manuteno e no tentou a re-entrada na FASE).
051
Evaldas
Litunia
Ainda estava num perodo de abstinncia da FASE e decidi no tentar tcnicas indiretas.
Encontrei-me acordado depois de cerca de 6 horas de sono, mas sem o uso de um a
larme. Voltei a dormir. Tive um despertar consciente e me senti como se j estives
se na FASE. De fato, uma sensao muito estranha. Pensei: "Bem, eu deveria tentar us
ar uma tcnica de separao". Usei e consegui a separao.
Estava no meu quarto, mas meu corpo no estava na cama. Comecei a duvidar que est
ivesse na FASE, mesmo que a separao tivesse sido sentida de forma muito real. Imed
iatamente tapei minhas narinas com meus dedos e pude respirar atravs delas. Esfre
guei as mos e toquei tudo ao meu redor. Quando senti que a minha FASE tinha boa q
ualidade comecei a atuar como planejado. No final foi uma experincia de FASE muit
o agradvel, mas tinha esquecido de fazer a manuteno e acordei aps cerca de 10 minuto
s.
052
Evaldas
Litunia
O despertador do meu celular quebrou (no pergunte como isso aconteceu). Ultimame
nte tenho tentado acordar aps 6 horas de sono sem qualquer tipo de dispositivo pa
ra me ajudar. Hoje consegui. Acordei, fui ao banheiro e voltei a dormir. O pensa
mento do despertar consciente estava passando por minha cabea enquanto me derivei
para um sonho. Consegui sair desse sonho e acordei sem me mover (Raduga: no tent
ou a separao). Tive que enfrentar minha maior dificuldade: rudos altos (minha famlia
tinha acordado muito cedo e estava se preparando para ir trabalhar e eles estav
am gritando, sem uma boa razo). Decidi no deixar essa chance escapar e realizei a
observao de imagens. Funcionou imediatamente e no houve necessidade de realizar a tc
nica de separao. Acabei na FASE.
Aps entrar na FASE realizei imediatamente o aprofundamento. Tambm realizei a manu
teno durante toda a FASE. Meu plano era tentar a metamorfose, me transformando em
um lobo. Tentei imaginar-me transformando num lobo e comecei a correr de quatro
como um co. No tive sucesso e tentei novamente. Depois de algumas tentativas sem s
ucesso comecei a ouvir rudos altos e pensei que eram meus pais. Tinha que fazer a
lguma coisa. Executei o aprofundamento, mas no obtive resultados. Perdi o control
e e acordei. Tentei entrar novamente, mas falhou.
053
Shaun
Minneapolis, EUA
Depois de despertar sem me mover comecei as tcnicas indiretas. Ainda estava com
muito sono. Enquanto estava executando a tcnica do movimento imaginado comecei a
ter sensaes muito reais e perder toda a conexo com o meu corpo fsico. Estava cego em
algum lugar da FASE.
Esfreguei as mos, braos, pernas e rosto at que surgisse a viso. Estranhamente, num
primeiro momento, a viso apresentou-se como num sonho normal, mas rapidamente tor
nou-se uma viso completa, como na vida real. A FASE ainda estava muito fraca, mas
comecei meu plano de ao. Deveria ter aprofundado ainda mais atravs do exame visual
minucioso ou atravs de outras opes, mas no o fiz. Eu iria pagar por isso em breve.
Estava em meu quarto. Minha esposa estava l, mas, felizmente, ningum mais estava.
No havia estranhos zanzando, como de costume. Normalmente ela no estaria l. Ainda
estava tonto. Comecei a falar com ela, mas depois lembrei do meu plano de ao e des
ci as escadas.
Andei pela minha sala de estar a caminho da cozinha e toquei na parede para mud
ar sua cor. A parede tornou-se amarela, embora eu tenha querido torn-la azul. Dev
eria ter aprofundado, pois esta era uma indicao de que eu no tinha completo control
e. Ao invs disso continuei na cozinha.
Havia dois estranhos na minha cozinha, no local onde tomvamos caf da manh. Isto no
era incomum. Eles me ignoraram.
Abri a geladeira com a inteno de que tivesse uma pequena vasilha com lquido. Este lq
uido ir me ajudar a aprofundar e prolongar a FASE (digo isso a mim mesmo para indu
zir um efeito tipo placebo). A geladeira estava cheia de comida, mas as bebidas
eram apenas "7-Up" e leite. "7-Up" um refrigerante semelhante a uma soda limonad
a. Ns nunca tnhamos "7-Up" em nossa geladeira. Fechei e abri a geladeira novamente
com a inteno placebo. Mais uma vez ela estava cheia de comida e tinha "7-Up" e le
ite. Bebi o "7-Up" dizendo a mim mesmo: " minha poo da FASE".
Eu deveria ter aprofundado. A falta de controle sobre itens de minha geladeira
e o estado geral grogue mostrou uma FASE muito fraca.
Continuei meu plano de ao indo para nosso jardim. Quando pisei fora de casa minha
viso foi embora. Nunca tinha perdido a viso antes na FASE. Comecei a esfregar as
mos e tentar aprofundar, mas estava to grogue e a FASE to fraca que eu j estava pert
o de sair para o sono, como fao muitas vezes.
No final restaurei a viso, mas j no estava to realista como de costume. No chegava n
em perto da vida real.
Andei at uma das minhas videiras e fiz com que ela crescesse o equivalente ao pe
rodo de um ano e produzisse frutos maduros. O fruto parecia muito doente e sem go
sto. Essa falta de controle deveria ter servido como um sinal para que me aprofu
ndasse, mas continuei.
De repente no estava mais no meu quintal. Estava em um lugar aleatrio com duas pe
ssoas que tinha conhecido no passado. Eles estavam falando comigo.
Tinha perdido quase a totalidade da lucidez e no tinha mais controle sobre a min
ha FASE. Estvamos perto de uma piscina e um amigo jogou o outro dentro. Isto era
muito onrico e no muito lcido, mas tinha pouca lucidez.
Encontrei uma rvore que parecia com a minha "chokecherry" e tinha frutas maduras
. (Chokecherry uma espcie de cereja nativa da Amrica do Norte). Peguei uma e comi.
Ao contrrio das uvas, o gosto pareceu apenas com uma "chokecherry", o que signif
ica dizer que muito amargo e horrvel. Comecei a cuspi-la em todos os lugares e pe
nsar:
_ "Por que estou provando isso e no minhas uvas? isso horrvel, mas minhas uvas so
incrveis!".
Voltei ao meu corpo. Era 8:00h. (Raduga: no tentou a re-entrada na FASE). Minha
memria de toda a experincia estava um pouco diminuda. Estava bastante certo de que
tinha entrado em estado de sonho completo em algum momento, porque no cheguei a m
e sentir completamente real como uma experincia normal da FASE deveria ser.
054
Shaun
Minneapolis, EUA
Tive uma separao comum, mas sem viso. Senti os arredores, mas os mveis no faziam par
te da minha moblia. Pensei que seria legal estar em uma cabana na montanha, e, qu
ando o sentido da viso apareceu, eu estava em uma cabana numa montanha desconheci
da. Mais uma vez estava sozinho.
Parecia completamente real como na minha ltima experincia. Estava to animado que c
omecei a correr (depois de fazer aprofundamento). Corri ao redor da casa explora
ndo por algum tempo at ficar quase sem respirao (Raduga: no tinha um plano de ao). Fiq
uei com medo que toda aquela respirao pesada me acordasse.
Desta vez, o pensamento de ter um corpo real instantaneamente fez a experincia d
e FASE enfraquecer. Fiquei com medo de cair no sono. Comecei a aprofundar-me.
Vi um jarro de uma bebida na cozinha e disse a mim mesmo que iria me ajudar a a
profundar.
Foi a coisa mais deliciosa que j provei. J tinha comido e bebido em FASES anterio
res e tudo sempre teve o gosto que pensei que teria. No tinha nenhuma outra expec
tativa, s a de aprofundamento. O gosto era como o de uma bebida gaseificada doce.
Foi indescritvel.
Estranhamente a bebida fez aprofundar-me de volta para um completo realismo. Es
tava to animado que corri e explorei novamente. Mais uma vez fiquei com medo de a
cordar. Desta vez, o pensamento me trouxe de volta para a cama.
Tentei separar, mas depois minha mulher chamou por mim, ento me levantei na hora
. Depois de alguns momentos percebi que ainda estava na FASE. Na verdade sa da ca
ma na FASE, mas levou alguns instantes para que eu tivesse percebido. Estava de
056
Daniel
Bistrita, Romnia
Ajustei meu despertador para tocar s 5 horas da manh, pois tinha ido para a cama
meia-noite! O despertador tocou. Silenciosamente sa da cama s 5:10h. Fui at a cozin
ha. Comi alguma coisa e depois voltei para a cama com inteno.
No sei como cheguei na FASE de novo. Acho que apenas acordei nela.
Lembro-me muito bem de novamente estar em um quarto estranho. Minha viso estava
embaada. Lembro-me do lugar como sendo muito colorido. Gritei em voz alta: "Preci
so de uma viso clara". Depois de alguns segundos, tudo estava claro como um crist
al, to bem definido quanto a imagem de um disco de Bluray.
Aprofundei perfurando as paredes. Desta vez, como todas as outras vezes, observ
ei os detalhes do meu punho entrando na parede. Senti de forma muito realista. E
ra como se a parede fosse feita de borracha. Vi e senti como a parede se moldava
ao meu punho. A parede at mudou de cor. Passou de amarelo para azul. Como tipica
mente acontece comigo, no tinha um plano de ao. Mesmo quando tenho um plano de ao, no
me lembro muito bem dele quando estou na FASE.
Encontrei um espelho. Olhei para meu reflexo e tudo estava normal. Fechei os ol
hos determinado a ver meus msculos como sendo maiores. Quando abri meus olhos meu
peito parecia muito grande, mas parecia que era o peito de um homem de 70 anos.
Pensei: "Que droga!"
Fechei os olhos novamente e criei a minha inteno, dessa vez mais intensamente. Qu
ando abri os olhos novamente, para minha surpresa, estava parecido com "Vin Dies
el": peito grande, bem definido, braos musculosos, etc. Disse: "Minha aparncia est
incrvel!"
A partir da acho que perdi a FASE (Raduga: no executou a manuteno). Mas foi timo mes
mo assim...
057
Robyn
Austrlia
Tive um despertar e imediatamente tentei rolar para fora. No funcionou. Tentei t
ensionar o crebro, mas ainda nada... Realizei um movimento fantasma, no tenho cert
eza em que parte do meu corpo. Estava determinado a me separar.
Funcionou, e me senti movendo para cima e para frente. Pareceu-me estar parcial
mente preso, e pensei: "Oh, vou simplesmente me levantar, eles dizem que funcion
a quando voc est preso". Levantei-me imediatamente. As pernas, dos joelhos para ba
ixo, atravessaram a minha cama. Foi muito agradvel estar livre do meu corpo. Todo
o movimento de separao teve uma leve sensao de formigamento efervescente.
Mudei-me para o lado da minha cama, mas ainda no tinha aberto meus olhos, pois e
stava um pouquinho ansioso (excitado) sobre o que eu iria ver. Comecei a tocar t
udo que estava ao meu alcance: a parede, a cama e a banqueta no final da minha c
ama. Abri meus olhos.
Imediatamente vi e senti uma pequena sombra escura em meus ps. Sabia que era o "
Tsar", o gato Azul da Rssia de minha me. Embora ele no vivesse comigo naquele momen
to, sabia que era ele. Como me mudei de quarto, pude vislumbrar meu corpo deitad
o na minha cama. Minha boca estava ligeiramente aberta e podia ouvir-me suavemen
te roncando. No tinha vontade de olhar diretamente para o meu corpo.
Estava emocionado por estar fora de meu corpo. Caminhei at a minha sala de estar
(Raduga: no tinha um plano de ao). minha esquerda estavam um cordeiro, uma ovelha
e vrios gansos marrom escuros. Fiquei encantado ao v-los l na minha sala de estar.
Senti "Tsar" (o gato) aos meus ps de novo.
Havia uma infinidade de pssaros no cu. Foi muito surreal. Tive o mesmo sentimento
que tenho ao assistir a cena do filme Jurassic Park quando as aves voavam.
Voltei minha sala de estar. Os animais tinham ido embora, mas notei que estava
Fiz isso duas vezes. Na terceira vez decolei. Voei pela estrada. Ainda no consegu
ia ver atravs do meu olho direito. Pensei: "Acho que consigo fazer chover . Disse:
"Eu quero que chova". Comeou a chover! Logo que comeou a chover pude ver com ambos
os olhos. Limpei meu rosto. Havia belas gotas de chuva fria quando eu estava vo
ando! Era to cheio de paz! No queria que aquilo acabasse!
Infelizmente chegou ao fim e encontrei-me sentada na beira da estrada a um quar
teiro da minha casa. Percebi que precisava ir ao banheiro! Maldio! Acordei.
Esta foi a coisa mais legal que j experimentei na minha vida: muito divertido! No
posso esperar para ter mais experincias fora do corpo!
059
Boris Bender
Moscow, Rssia
Eu me tornei consciente no meu sonho quase que imediatamente depois de adormece
r. Estava em meu apartamento em p no corredor. Fiquei surpreso por ter me encontr
ado to de repente na FASE. Comecei a tocar nas paredes com as minhas mos para test
ar sua firmeza e seu realismo, bem como para intensificar a FASE atravs do toque.
Entrei no quarto (Raduga: no tinha um plano de ao). Havia uma cama junto da parede
com a minha me dormindo sobre ela. No podia ver seu rosto, s seu corpo sob o cober
tor. O quarto e o corredor eram rplicas exatas de seus homlogos da vida real.
Ao pensar sobre a minha me dormindo comecei a me sentir um pouco desconfortvel. Q
uando me aproximei da janela vi uma paisagem grotesca por trs dela, semelhante a
imagens de filmes sobre catstrofes: um terreno baldio, casas em runas, pilha de ma
teriais de construo, lajes de concreto, lixo, crateras de exploses aqui e ali. Note
i figuras humanas em alguns lugares.
Temendo um retorno espontneo causado pelo fato de que estava olhando de forma pa
normica (a vista da janela se estendeu por 180 graus cortada pelo horizonte, que
quase exatamente como a vista do meu apartamento na vida real) voltei para o qua
rto e comecei a tocar no guarda-roupa. Ajoelhei-me para tocar o cho. Todo o tempo
meu medo vinha se tornando mais e mais forte por pensar sobre a minha me dormind
o e devido paisagem vista da janela. A ansiedade transformou-se em medo real. Em
questo de alguns segundos transformou-se em terror e pnico. Perdi a capacidade de
pensar criticamente. S tinha um pensamento: Tinha que voltar para o meu corpo (Rad
uga: lgica errada). Corri de volta para minha cama e, de repente, me vi deitado s
obre ela. Fechei os olhos, mas no conseguia distinguir se estava em meu corpo rea
l ou ainda na FASE. Meu terror cresceu ainda mais quando entreabri meus olhos e
vi que minha me se levantava de sua cama. Ela parecia um personagem de um filme d
e terror. Aparentemente era hostil para mim.
Queria desaparecer, dissolver e acordar! Tentei freneticamente recordar as tcnic
as para uma sada de emergncia da FASE, mas com poucos resultados. Tentei congelar,
relaxar e tocar meus dedos dos ps, a fim de sentir uma conexo com o meu corpo rea
l. Em alguns momentos senti como se tivesse conseguido, pensando: "A conexo foi r
estabelecida!". Abri os olhos, mas percebi que ainda estava na FASE. Vi que o qu
arto tinha mudado e agora estava inundado de lixo.
O fato de que as repetidas tentativas terminavam com falsos despertares foi me
deixando louco. Fiquei especialmente chocado quando me levantei depois de um dos
falsos despertares e vi minha me de p na minha cama ainda olhando ameaadoramente p
ara mim, como um vampiro ou um zumbi de um filme de horror. Ela comeou a estender
as mos em minha direo.
Continuei a tentar congelar e mexer os dedos dos ps, desta vez sem abrir meus ol
hos. No verifiquei onde estava. Comecei a acalmar-me depois de algum tempo, mas e
ra incapaz de sentir o meu corpo real, o que foi confirmado pelo fato de que son
s vinham da FASE. Ouvi pardais cantando fora da janela, embora, na realidade, j e
ra tarde demais para pardais estarem cantando do lado de fora. O canto e as asso
ciaes que ele me trouxe (calor, dia, pardais e sol), me ajudaram muito a me acalma
r. Finalmente consegui sentir meu corpo real e encontrei-me na realidade. Depois
que levantei comecei imediatamente a verificar por cerca de meio minuto que no e
stava mais na FASE, tocando objetos, certificando-me que eles eram duros e perce
bendo todas as sensaes do meu corpo.
060
Sumer
sumer.phase@gmail.com
Todas as minhas entradas na FASE foram espontneas, via sonho lcido, ou em um esta
do de conscincia muito fraca. Esta foi a minha primeira separao plenamente conscien
te. Devido a isso parecia muito divertido.
Voltei de uma viagem de negcios e fui para a cama as 15:00h. Coloquei uma mscara
de dormir. Tentei entrar na FASE atravs dos mtodos diretos, mas adormeci. Acordei
aps cerca de 3 horas e no me movimentei. Senti que tinha acordado completamente (R
aduga: no tentou a separao). Algo me disse para tentar mover meu brao, para o caso d
e poder ser um brao fantasma. O brao comeou a subir juntamente com o edredon. Tive
uma sensao de que o edredom estava cobrindo minha cabea tambm (o que no era verdade).
Decidi levantar mais o brao para testar se era ou no o meu brao fantasma. Percebi
que era meu brao fantasma. Tentei rolar para fora. No incio a separao foi parcial. T
entei de novo e rolei para fora da cama e acabei de quatro no cho. Minha viso apar
eceu quase que imediatamente. Comecei a apalpar o cho, paredes e persianas, senti
ndo a textura. Levantei-me e comecei a bater palmas. No havia som. Fui explorar o
s quartos (Raduga: no tinha um plano de ao). Passei por um espelho. Olhei para o es
pelho e me vi l com culos escuros e com um sorriso largo, embora no estivesse sorri
ndo no momento. Entrei numa sala e vi uma bela divisria na parede onde tinha um a
qurio. Vi pessoas atrs da divisria e fui para l e, em seguida, tive um retorno espon
tneo! (Raduga: no executou a manuteno). Uma nova tentativa de separao no funcionou.
Meu erro principal na FASE foi no ter percebido que o aprofundamento no era o suf
iciente. As pistas foram: no houve mudana perceptvel de realismo aps a aplicao de tcni
as de aprofundamento, o som fraco das minhas mos batendo palmas e o reflexo estra
nho de mim mesmo no espelho.
061
John Merritt
Houston, EUA
J tinha tido alguns sucessos com projeo astral, mas no durou muito tempo. Nunca tin
ha feito isso da minha casa. Consultei uma amiga e ela me disse que havia uma es
pcie de gravidade que tende a pux-lo de volta para seu corpo se voc ficar muito prxi
mo a ele, e o que ela fez foi tentar deixar imediatamente o local do corpo fsico,
para que a atrao fosse mais fraca.
Direcionei minhas intenes para sair da minha casa o mais rpido possvel na prxima ten
tativa que fosse bem-sucedida. Depois de alguns dias tive uma projeo. Desta vez le
mbrei que tinha querido sair da casa. Logo que me levantei da cama comecei a cor
rer pelo corredor. Desci as escadas e me dirigi para a porta da frente. Abri a p
orta (ou pelo menos parecia que tinha aberto a porta) e corri para fora. Tinha c
onseguido fazer isso! Poucos segundos aps sair do meu corpo consegui chegar no la
do de fora da casa. No tinha planejado o que faria ao chegar do lado de fora. Com
ecei a correr pelo ptio em direo rua. Olhei para trs em direo a casa. Vi um par de pe
uenos olhos vermelhos na escurido. Aqueles olhos tambm se moviam! Podia ver que el
e (o que quer que fosse) estava correndo tambm. Tive medo de que ele estivesse co
rrendo atrs de mim! Fiquei assustado e imediatamente me vi de volta em meu corpo
(Raduga: no executou a manuteno e no tentou a re-entrada na FASE).
Essa projeo foi especial porque foi a primeira vez que fui capaz de sair de casa
e a primeira vez que encontrei uma outra entidade, enquanto fora do meu corpo.
062
Alexei Teslenko
Moscow, Rssia
No estava planejando viajar naquela noite, mas quando acordei por volta da meianoite, decidi tentar entrar na FASE. Comecei a realizar movimentos fantasma com
os braos, mas, em seguida, uma forte letargia sonolenta me dominou. De repente qu
Dodd Stolworthy
Ventura, EUA
Estava acordando e senti algo estranho nas minhas mos e ps. Notei que estava dorm
indo na cama do beb, mas, como na maioria dos sonhos, no achei nada estranho. Sent
i a presena de algum em p na minha cama. Era um sentimento estranho. Essa presena me
fez questionar minha lucidez. Enfiei minha mo na parede, e BAM! Estava lcido!
Peguei meu filho de 7 anos, o coloquei em meus ombros e disse-lhe que amos voar.
Pulei, mas nada aconteceu. Decidi atravessar a parede. Ao atravessar a parede t
udo ficou escuro e eu sabia que estava perdendo a FASE. Esfreguei as mos e espere
i pacientemente a FASE retornar. Para minha surpresa ela retornou! J tinha sido c
apaz de recuperar FASES antes, mas nenhuma depois de t-la perdido por tanto tempo
como aconteceu com esta. Por isso, desta vez, decidi no fazer nada at que fosse c
apaz de fazer com que a FASE ficasse mais estvel. Esfreguei as mos um pouco mais e
tudo tornou-se muito vvido. Ainda tinha meu filho em meus ombros. Decidi pular a
travs da parede e gentilmente flutuei para a rua. Que corrida! Dei outro grande s
alto e lentamente flutuei para baixo outra vez (Raduga: no tinha um plano de ao). T
udo desapareceu e eu no senti que pudesse esfregar as mos. Foi assim que terminou
(Raduga: no executou a manuteno).
J ouvi falar que pessoas so capazes de re-entrar na FASE, mas no fui capaz de faz-l
o.
065
Matthew Shea
Canad
Estava tendo um sonho, e no final do sonho, pude sentir uma mudana na conscincia
quando voltei para minha cama (Raduga: no tentou a separao). Tentei esfregar as mos
uma contra outra e tambm esfregar meu rosto. Comecei a sentir realismo e fiz um e
sforo ainda maior. Tentei levantar-me. Imediatamente depois de tentar levantar-me
questionei se isso era o mundo fsico ou no. Independentemente disso continuei ten
tando. Tive que colocar uma grande quantidade de esforo nisso, mas finalmente con
segui levantar-me da cama.
No consegui abrir os olhos. Tentei com as mos for-los a abrir e senti ter entrado u
m pouco de luz. Lembrei-me que s vezes a viso pode estar ausente no incio da FASE e
que voc precisa fazer tcnicas de aprofundamento. Comecei a sentir as paredes e lo
go minha viso comeou a aparecer. No processo podia ouvir uma mulher que conhecia d
ando ordens a algum. Quando chegou a minha viso a mulher se foi.
Eu me projetei no quarto do meu irmo ao invs do meu. Toda a casa estava diferente
. Havia gente em todos os lugares vestidas com uniformes de caa. Entrei em um qua
rto e l estava, por trs de uma mesa, uma garota que conheo (Raduga: no tinha um plan
o de ao). Ela parecia estar no comando do que estava acontecendo por l. Ns conversam
os por um minuto e, em seguida, algum entrou com um veado morto em um saco enorme
. Foi muito estranho!
Continuei a andar para algum outro lugar, mas no sei como cheguei l. Era uma sala
enorme com prateleiras cheias de fitas VHS de um lado e algum tocando piano. Ele
s estavam tocando msica judaica, eu acho. As pessoas estavam ao redor escutando.
Caminhamos para uma outra sala e algum comeou a danar. Comecei a danar com eles apen
as brincando. Todos entraram na sala, nos viram danando e juntaram-se a ns. Comece
i a perder a FASE. Podia sentir-me parcialmente deitado na minha cama. Tentei no
vamente aprofundar-me, mas j era tarde demais. Podia sentir as laterais da minha
cama. Tentei sair do meu corpo mais uma vez, mas no funcionou.
066
Matthew Shea
Canad
Senti como se estivesse deitado na minha cama, mas, ao mesmo tempo, senti como
se estivesse em um sonho. Podia ouvir alguma coisa na televiso, mas foi na minha
cabea. Relaxei e sabia que estava em um sonho ou que estava prestes a entrar em u
m. De repente fui empurrado para a FASE. Ca em um campo gramado em um lugar parec
ido com a minha cidade, mas tendo uma aparncia um pouco diferente. Caminhei. Sent
i a grama e outras coisas enquanto caminhava. Cruzei uma estrada quando um enorm
e veculo veio em minha direo. O veculo bateu em mim e me derrubou, mas felizmente no
me feriu. Eu me senti como se estivesse observando um filme. Foi timo! De repente
percebi qual era o meu plano de ao.
Queria tentar voar e ir visitar algum que conheo. Saltei algumas vezes sem sucess
o. Pulei e comecei a voar um pouco. De repente a polcia veio, me puxou para fora
do cu (Raduga: ao errada) e me acusou de terrorismo! Acabei sendo deixado de fora d
a conversa porque no sei o que diabos estavam falando. Fui para casa depois disso
. Queria tentar visitar o meu amigo de novo. Calcei os sapatos. Nesse ponto come
cei a pensar sobre o meu corpo fsico. Imediatamente parei de pensar sobre isso e
continuei calando o sapato.
Caminhei para fora e comecei a pensar a respeito da aparncia do mundo ao meu red
or. Olhei para cima, atrs da minha casa, onde normalmente h alguns morros. Eles ag
ora eram enormes e, ao invs de gramados, eram muito rochosos. Isso me divertiu e
olhei ao redor um pouco mais. Ora, havia morros no meu quintal da frente. Enquan
to olhava para o cu notei algo incrvel. Havia luas de diferentes formas e tamanhos
, diferentes da cor normal. Algumas eram azul-claras. Algumas eram ovais e outra
s eram redondas. Era uma viso fantstica. Depois disso continuei meu caminho para v
isitar o meu amigo. Comecei a andar na estrada tentando voar vrias vezes.
Meu irmo apareceu e eu disse a ele o que estava fazendo. Ele sugeriu a mim que e
le me desse um impulso. Eu lhe disse que assim poderia acabar me machucando e po
r isso ele no me deu o impulso. Continuei tentando. Eu at pulei na cabea de algum qu
ando os vi subindo a estrada. Acho que finalmente desisti. Houve um pequeno laps
o entre as tentativas e acabei na minha casa (Raduga: no executou a manuteno). Uma
vez tendo acabado em minha casa, estvamos comendo alguma coisa. Como estava senta
do na mesa da cozinha, de repente acordei (Raduga: no tentou a re-entrada na FASE
). uma sensao muito interessante acordar pacificamente em sua cama depois de uma e
xperincia como essa.
067
Chris
Chrille_pk@hotmail.com
Acordei e comecei a aplicar as tcnicas indiretas, aps uma tentativa de separao. Nad
a aconteceu...
Lembrei-me de continuar fazendo os ciclos. Quando cheguei ao quarto ciclo e est
ava lutando para no cair no sono, notei que estava ouvindo um sinal sonoro. Comec
ei a tcnica da audio interna. No lembro, mas acho que naquele momento tentei a separ
ao no meu quarto. Teletransportei-me e de repente me vi de p em um shopping center.
Eu meio que sabia que era um sonho, mas minha mente no podia aceitar isso, e est
ava, ao mesmo tempo, consciente e inconsciente. Mas a minha "metade consciente"
resolveu tocar o cho e tudo o que via ao redor. O sonho agora tinha ficado perfei
tamente claro.
Tentei chamar uma pessoa. Pensei: "Ao virar nessa esquina vou encontrar minha a
miga Johanna". Ao dobrar a esquina eu a vi! Ela estava com roupas diferentes do
que o habitual, mas seu rosto parecia o mesmo. Falava com ela e, ao mesmo tempo,
admirava o mundo vvido e projees de pessoas que conheo. Ela me olhou por alguns seg
undos e me beijou! Fiquei chocado porque no tinha sentimentos por ela. Nesse mome
nto perdi a lucidez (Raduga: no executou a manuteno)...
068
Dmitry Bolotkov
Moscow, Rssia
O que vou relatar aconteceu depois que acordei e comecei a cochilar novamente.
Estava deitado de lado e estava comeando a adormecer quando vi algumas imagens di
storcidas de um sonho anterior. Meu corpo comeou a se encher de tristeza. Pratica
mente parei ao sentir isso. Suaves vibraes surgiram. Imediatamente lembrei-me da F
ASE e apenas relaxei... Imagine minha surpresa quando senti que estava separando
. Meu batimento cardaco aumentou abruptamente durante o processo. Eu me separei e
me vi em suspenso no ar (ainda no tinha o sentido da viso). Comecei a movimentar m
eus braos e pernas girando na escurido, tentando voar para mais longe possvel do me
u corpo. Deparei-me com algo slido (o teto, eu acho). Minhas pernas balanaram para
a esquerda e assumi uma posio vertical. Comecei a esfregar as mos tentando v-las. M
inha viso foi aparecendo gradualmente.
Finalmente vi minhas prprias mos. Elas eram menores do que na realidade. Pareciam
ter uma tonalidade verde. Analisei a situao: estava no meu antigo apartamento, ma
s a moblia estava caoticamente organizada. Comecei a apalpar e a examinar tudo. M
inha viso era incrivelmente ntida, muito mais clara do que na realidade (me tornei
bastante mope ao longo dos ltimos dois anos). Estranhamente senti como se meus ol
hos estivessem fechados, mas mesmo assim ainda podia ver. De alguma forma fui ca
paz de desligar a minha viso. Mergulhei no cho (Raduga: no tinha um plano de ao).
Voei para baixo por algum tempo. Parei e fiz com que minha viso retornasse. Esta
va no espao exterior. Vi planetas totalmente estranhos. Como tenho medo de altura
, desliguei a minha viso novamente e quis me encontrar em outro lugar, onde tives
se algo slido para me sustentar. Aps alguns momentos senti que estava de p em algum
a coisa. Fiz com que minha viso retornasse. Estava no deserto. Estranhos animais
pastavam. Havia pombos em toda parte e fichas de poker espalhadas por toda a are
ia. Por alguma razo percebi que estava perto de Las Vegas. Andei um pouco pelos a
rredores. Quando comecei a olhar em volta meu campo de viso comeou a diminuir. Com
o no havia nada alm um pequeno campo de viso remanescente comecei a esfregar as mos,
uma contra outra e olhar para elas. Minha viso retornou aps alguns segundos. Um p
ombo veio at mim com a clara inteno de morder minha perna. Comecei a fugir, chutand
o areia contra o pssaro (Raduga: ao errada). Foi quando tudo terminou. Encontrei-me
de volta no meu corpo e abri meus olhos (Raduga: no tentou a re-entrada na FASE)
.
069
Yan Gvozdev
Moscow, Rssia
Ao implementar a tcnica da contagem, pensei sobre parques, e uma imagem de uma f
otografia de um parque de Outono surgiu diante de mim. Tentei trazer vida para a
imagem como se estivesse movendo os detalhes da mesma. Senti que estava em um e
stado adequado para tentar entrar na FASE. Fui capaz de mergulhar na imagem na m
inha primeira tentativa.
Agora me encontrava naquele parque de outono que era muito bonito. Em um esforo
para aprofundar comecei a apalpar tudo ao meu redor: folhas, a casca das rvores e
as minhas prprias mos. O estado de FASE estabilizou e fui dar uma caminhada ao re
dor daquele parque maravilhoso. Estava cheio de pssaros cantando e de folhas bem
ntidas.
Como planejado anteriormente decidi fazer o que viesse a minha mente.
A primeira coisa que me veio mente foi a questo de como a minha futura casa seri
a, algo no qual vinha pensando muito a respeito. Eu me concentrei e me transport
ei at aquela casa usando o mtodo dos olhos fechados.
Encontrei-me perto de uma casa muito bonita. Nunca tinha sequer sonhado com uma
casa to bonita na vida real. Andei em direo a ela esfregando as mos por todo o cami
nho a fim de aprofundar o estado. Quando cheguei mais perto a casa comeou a mudar
e assumir diferentes formas em uma velocidade compatvel com os pensamentos na mi
nha cabea.
Andei pela casa por algum tempo. Olhei para os mveis e os toquei. Tinha o pensam
ento de que a casa de alguma forma me lembrava um belo hotel, e ento, a casa tran
sformou-se em um hotel. Estava diante de mim um daqueles enormes resorts turstico
s beira-mar no Egito.
Entrei naquele hotel enorme. Estava cheio de hspedes. Andei no meio deles, conve
rsei com alguns e toquei em outros por curiosidade. Fui para o restaurante. Vi u
ma variedade de pratos. Provei alguns deles. Sa para uma caminhada no interior do
hotel. Continuei a falar com as pessoas que encontrava pelo caminho.
Internamente tinha me perguntado sobre o futuro prximo da vida real e tentei des
cobrir quem ou o que poderia me dizer algo sobre isso. Minha esposa Alexandria a
pareceu e comeamos a pensar juntos sobre o nosso futuro prximo, pois ficamos muito
interessados em saber sobre isso. A verso da minha esposa na FASE se comportava
exatamente como minha esposa na vida real, com os mesmos traos de carter.
Alexandria props que ns tentssemos nos divertir pensando em algo para se fazer bei
ra-mar. Poderamos descer o grande escorregador do parque aqutico do hotel.
Fomos at o mais alto tobogua. Era to alto que fiquei com falta de ar. Percebi que
descer como uma lmina de gua enorme seria bom para manter e estabilizar o estado d
e FASE. No estava claro o porque de no haver uma piscina no final. Imaginei que ta
lvez no fosse uma idia to boa deslizar para baixo j que estvamos muito alto. Mas Alex
andria foi primeiro, e eu, como um verdadeiro cavalheiro, deslizei atrs dela. Com
o tinha imaginado, o escorregador terminou a 50 metros do cho. O cho era de asfalt
o. No houve tempo para me concentrar e imaginar que haveria uma piscina no final
do escorregador. Voei diretamente para o asfalto. 110% de realismo. Enquanto ain
da estava voando percebi que o pouso seria muito doloroso. Pousei com uma batida
bem no meu p. A dor correu meu corpo inteiro, especialmente minhas canelas e joe
lhos. Quanto percebi que a dor tinha sido modelada antes da minha queda, apenas
por ter pensado nela, a dor desapareceu imediatamente.
Alexandria decidiu se divertir mais. Ela j estava em um estado de esprito muito b
rincalho. Ela encontrou algum tipo de diverso em um canho de "balas humanas" que ir
ia atirar-nos muito longe no mar.
Ela mais uma vez decidiu ir primeiro. Fui logo depois dela. Ele atirou-nos a un
s 300 ou 400 metros para fora da costa. Enquanto estava voando atrs de Alexandria
fiquei com bastante medo. Por que to longe no mar? Seramos capazes de nadar de vo
lta costa?
Costumo comparar mentalmente o espao da FASE com o mundo real. Posso afirmar que
eles so muitas vezes indistinguveis. Isto especialmente verdadeiro em uma FASE mu
ito realista quando voc pergunta a si mesmo: "Onde exatamente estou agora?" Nesse
s momentos a nica coisa que ajuda uma anlise profunda da situao e pensar sobre o cor
po, mas ao faz-lo corre-se o risco de acontecer um retorno espontneo.
Ela foi primeiro para a gua, e eu atrs dela. Devido altura e velocidade a partir
da qual ca mergulhei muito profundamente na gua. Senti como se estivesse sufocando
. No conseguia respirar debaixo d'gua. Comecei a procurar por Alexandria. Avistei
Alexandria nadando corajosamente nas profundezas do oceano.
Comecei a concentrar-me em respirar debaixo d'gua. Fui bem-sucedido, mas o peso
e a profundidade da gua me deixavam nervoso. Nadei at alcanar Alexandria.
Nadamos mais e mais superando a presso da gua com dificuldade. Descemos a uns 150
0 metros abaixo do nvel do mar. Impressionado com o que vi, estava quase me perde
ndo em pensamentos, j que os eventos que ocorreram eram completamente indistinguve
is da realidade. Nadamos ainda mais para o fundo e algo chamou nossa ateno. Nadamo
s at mais perto e vi algo parecido com uma caverna num recife de coral. Quando de
scemos um pouco mais para o fundo, o fundo do mar tornou-se claramente visvel.
Vimos um tnel que levava a uma caverna e nadamos em direo a ele. Alexandria pareci
a j conhecer o caminho. Segui atrs dela sem entender para onde estvamos indo, mas c
onfiava nela completamente. Nadamos para dentro da caverna e emergimos do lago e
m seu interior em um espao cheio de ar. Esta cmara tinha janelas que eram como aqur
ios. Era possvel observar vrios tipos de peixe nadando. Na caverna fomos recebidos
por quatro mulheres que pareciam estar esperando por ns. Elas nos colocaram sent
ados um ao lado do outro. Pareciam jornalistas e apresentadoras.
Quando sentei, parei de me movimentar e comecei a desaparecer. Comecei a concen
trar-me em questes relacionadas com o nosso futuro, esquecendo-me de fazer a manu
teno da FASE.
Comecei a fazer perguntas para elas logo que comeou o noticirio. Acidentalmente p
ensei sobre o meu corpo e ocorreu um retorno espontneo (Raduga: no tentou a re-ent
rada na FASE). Obtive uma grande quantidade de informaes visuais que depois organi
zei em eventos e imagens.
Duas semanas depois fui de frias para um grande hotel no mundo real onde vi as m
esmas imagens que foram descritas acima. Claro, a correspondncia no foi de 100%, m
as o quadro geral da situao coincidiu completamente em termos de significado e imp
ortncia.
070
Breadbassed
cabeludo@hotmail.co.uk
Na noite passada, aps cerca de 4 horas de sono, acordei e fiz algumas coisinhas:
fui ao banheiro, acendi um incenso e depois voltei para a cama. Assim que comec
ei a cair no sono comecei a observar imagens onricas entrando e saindo da minha c
onscincia. Quando senti que uma era forte o suficiente levantei-me e cai no final
da minha cama. Estava agora na FASE.
Estava em completa escurido, o que acontece muito comigo quando saio do meu corp
o. Realizei tcnicas de aprofundamento at comear a ver. Aqui est a parte interessante
: Estava querendo fazer um "teste" em uma experincia fora do corpo. Assim, antes
de ir para a cama naquela noite embaralhei umas cartas e coloquei uma delas num
lugar alto em meu quarto onde no podia ver (no tinha olhado para a carta). Assim q
ue pude ver depois do aprofundamento subi e olhei para a carta. O que vi foi um
8 de ouros.
Depois de ter feito isso pulei pela janela e explorei um jardim de "FASE". Duas
criaturas parecidas com aliengenas dirigiram-se at mim e me apontaram suas armas,
mas os desarmei rapidamente. Roubei o carro deles e dirigi nos arredores batend
o em coisas para me divertir. Tive um falso despertar. Estava de volta no meu qu
arto, mas tinha acordado em uma posio em p. Instantaneamente soube que ainda estava
na FASE.
Desta vez decidi tentar outra coisa. Pode soar um pouco louco, mas falei com as
plantas no meu quarto e as fiz crescer muito. Ficaram imensas e encheram meu qu
arto. Parecia espetacular. O esprito das plantas manifestou-se, o que era estranh
o. Ele falou como um velho Ingls. No me lembro o que disse.
Pouco tempo depois acordei de verdade. Levou um pouco de tempo para eu lembrar
o que tinha feito na FASE, mas quando lembrei, pulei e fui verificar a carta de
baralho para ver se estava certo. Ela era um 8 de paus. O naipe estava errado, m
as o nmero estava certo! Eu ainda estava muito feliz! Embora no tivesse acertado 1
00%, tinha chegado perto o suficiente para mim!
071
Breadbassed
cabeludo@hotmail.co.uk
Acordei s 6:30h esta manh. Fiz algumas coisas e voltei para a cama. No fiz qualque
r tcnica, mas levou tanto tempo para eu voltar a dormir que me senti entrando num
a paralisia do sono. Logo senti que era o momento certo. Levantei-me e ca no fina
l da minha cama (parece estar se tornando meu procedimento de sada padro nos dias
de hoje). Depois de algum aprofundamento e de ter sado do meu quarto vi meu refle
xo no espelho. Estava usando um chapu que foi a confirmao de que eu estava agora na
FASE, pois no usava um chapu h anos.
Queria repetir o meu teste anterior de uma maneira ligeiramente diferente. Pedi
a minha irm para escrever um nmero de 3 dgitos e coloc-lo em seu quarto para ver se
podia l-lo quando estivesse tendo uma experincia fora do corpo. Fui ao quarto del
a e seu namorado estava dormindo. Chamei o nome dele algumas vezes e tentei conv
enc-lo que era uma FASE, mas ele parecia sonolento e no respondeu. Os resultados d
e olhar para o nmero foram inconclusivos, j que talvez no tivesse aprofundado o suf
iciente e no estava muito estvel. Vou dizer a minha irm o que vi de qualquer maneir
a, pois valer a pena ouvir o resultado. Enfim, depois de tambm contar para minha i
rm que eu estava em uma FASE e que poderia fazer o que quisesse, mergulhei pelo c
ho e me reloquei.
Acabei em uma antiga biblioteca e tentei algum aprofundamento, bem como o mtodo
normal de apalpao. Tudo funcionou. Havia um CD no cho. Eu queria usar mais sentidos
alm do toque para aprofundar ainda mais, e assim, lambi o CD. No incio no tinha go
sto de nada, mas depois de algumas lambidas comeou a ter o gosto que supunha que
teria um CD. Isto parecia deixar meu ambiente mais realista.
Ontem noite, antes de dormir, estava lendo um site muito interessante sobre os
"Illuminati", feito por alguns membros. Imaginei que iria tentar descobrir mais
sobre eles na FASE, e assim chamei: "Illuminati!". Antes de terminar a palavra 3
cadeiras se moveram. Alinharam-se em uma pequena fila e uma voz disse: "Sente-s
e!". Assim o fiz. As paredes da biblioteca abriram-se em um palco e muitas figur
as vestidas com trajes cerimoniais comearam a fazer um show e cantar (nada como e
u estava esperando!). Pouco depois o show comeou e pensei comigo mesmo: "Se eu se
ntar aqui e ficar assistindo provavelmente acordarei logo". Eis que depois de pe
nsar acordei praticamente de imediato (Raduga: no tentou a re-entrada na FASE).
Talvez apenas o fato de ter o pensamento sobre acordar tenha me feito perder a
FASE mais rapidamente.
Tenho notado que se tiver alguma idia do que vou fazer na FASE ela geralmente ve
m com algumas expectativas do que vai ocorrer. Nem sempre a FASE atende s minhas
expectativas (no estou dizendo que isso seja bom ou ruim, mas apenas completament
e diferente do que eu esperava). Na FASE eu esperaria que os acontecimentos ocor
ressem com base em nossas expectativas, mas no bem isso que ocorre.
072
Breadbassed
cabeludo@hotmail.co.uk
Na noite passada tive o que pareceu ser uma experincia muito longa na FASE. Fui
para a cama 1:00h. Assim que comecei a adormecer comecei a notar alguns efeitos
visuais. Finalmente encontrei-me em uma sala que estava escura e sem brilho. Par
ece que minhas experincias ao cair diretamente no sono sempre parecem acontecer d
essa forma. Alm disso me senti muito instvel e senti alguma fora invisvel me puxando
, como se estivesse tentando me agarrar.
Como no tinha tido sorte usando a amplificao sensorial para melhorar a minha viso e
m experincias diretas anteriores, decidi tentar algo um pouco diferente. Sentei-m
e na minha posio normal de meditao e fiz algumas respiraes profundas. Quando sentei a
"fora" estava forte . Continuei me movendo como um navio em uma tempestade, mas aps a
lgumas respiraes profundas a fora enfraqueceu e minha viso melhorou. Voei para fora
da janela, e logo depois, acordei novamente na escurido.
Percebi que era um falso despertar e lembro de me sentir desconfortvel novamente
. Comecei a cantar a minha cano favorita de Bob Marley. Lembro-me de um homem em u
m terno que estava vindo atrs de mim, como se eu no pertencesse quele local. Estava
tentando me levar embora. Tentei faz-lo desaparecer, mas no funcionou, ento, fui a
t ele. Ele desinflou-se como um balo e caiu no cho.
Estava no que parecia ser um clube e perguntei a uma mulher "Qual a verdade sob
re essa realidade? . Ela respondeu: " tudo estatstica!". Achei isso confuso e por is
so caminhei um pouco ao redor tentando decidir o que fazer (Raduga: no tinha um p
lano de ao). Lembrei-me de um website onde algum postou h algum tempo uns "testes".
Um deles dizia para desenhar o smbolo do infinito em uma porta, e, em seguida, at
ravess-la. Encontrei uma porta, arranhei um sinal de "omega" nela e entrei. Era a
penas um outro quarto no clube, com um bar e dois homens. Um deles parecia muito
ocupado (pensei que fosse o gerente) e o outro estava sentado bebendo. O gerent
e passou por mim e lhe pedi para me dizer algo sbio. Ele disse: "Meias ruins!".
Falei com o outro homem brevemente, mas no pude me lembrar da conversa. Sa da sal
a e sentei-me com algumas pessoas. Peguei um leno de papel e o transformei em um
bolo de queijo. O gosto era to delicioso que me fez querer ter relaes sexuais. Salt
ei sobre uma moa nas proximidades. Quando comeamos, tambm comeamos a voar. Lembro de
estarmos voando atravs de rvores e podia sentir as folhas acariciando minha pele.
No ponto de clmax acordei novamente na escurido.
Ainda estava na FASE. Desta vez em algum lugar parecido com uma fbrica, com uma
mquina verde enorme, no tinha certeza para que a mquina servia. Os personagens da F
ASE me disseram que era necessrio uma engrenagem especial para que ela funcionass
e. Acho que eles a chamaram de engrenagem "trigadore". Depois disso lembro de um
amigo meu entrando na sala chateado. Dei-lhe alguns conselhos. Disse a ele que s
vezes voc tem que perdoar a si mesmo e no ser demasiado duro consigo mesmo. Isso
pareceu t-lo animado.
Mais uma vez eu tinha deslocado para a escurido quase esperando que tivesse acor
dado naquele momento, mas no, ainda estava na FASE. Decidi tentar me acordar (pen
sei que no poderia funcionar, mas tentei de qualquer jeito), e s acabei sentindo u
ma sensao de movimento e voltei a aparecer na escurido. Encontrei-me de volta no cl
ube onde estava anteriormente. Neste momento estava comeando a ficar preocupado,
pois estava me sentindo como se tivesse estado na FASE por muito tempo. Andei em
torno do bar e perguntei a uma mulher: "Se estive lcido durante toda a noite, qu
anto tempo teria se passado?" Percebi que era uma pergunta tola, j que o tempo na
FASE no pode ser estabelecido. Reformulei a questo perguntando quando eu poderia
acordar. Ela disse: "Em algum momento hoje". Pouco depois acordei de verdade.
Senti que esta FASE durou sculos e aconteceram ainda mais coisas que no escrevi p
or ter me esquecido. Quando eventualmente acordei de verdade olhei para o relgio:
1:43h. S tinha dormido por cerca de 40 minutos, mas parecia muito mais tempo. Te
ntei o meu melhor para lembrar o quanto pude. Quis escrev-lo depois, mas no queria
acordar minha namorada, por isso decidi no faz-lo naquele momento.
073
Arlindo Batista
London, UK
Esta foi minha primeira experincia fora do corpo em que pude ver como o mundo ap
arentemente fsico. Vi a mim mesmo e a minha parceira deitados na cama. Tudo estav
a claro. Tive a sensao de ser catapultado para fora do meu corpo como quando ouvi
um barulho semelhante a uma pedra batendo dentro de um balde. Vi o teto branco d
e minha casa se aproximando de mim muito rapidamente. Assim que pensei que ia ba
ter nele diminui de velocidade. Nunca permaneci em um nico local. Eu me movo cons
tantemente. O movimento foi gradual, como se estivesse me movendo em quadros de
espao, se isto faz algum sentido para o leitor. Eu podia ver tudo no meu quarto.
Estava perto do teto e um sentimento de excitao me fez saltar por todo o lugar a u
ma velocidade incrvel, sem tocar em qualquer objeto.
Desejei inspecionar de perto o meu corpo e imediatamente me vi ao lado dele com
o se fosse por teletransporte (Raduga: no tinha um plano de ao). Foi muito estranho
! Inicialmente tinha me sentido como se fosse apenas uma "cabea flutuante", mas a
o ver o meu corpo fsico, comecei a olhar para o meu novo corpo. De repente uma ve
rso transparente das minhas mos e braos podia ser visto. Dentro de meus membros nov
os podiam ser vistos padres de movimento e algo como veias transparentes e o que
parecia ser um fluido passando atravs delas, diferente do que vi ilustrado em liv
ros de anatomia humana.
Voei para fora da janela do meu quarto e vi a paisagem l fora nas primeiras hora
s da manh. Estava pairando a uns quatro metros e meio acima do solo. Quando me mo
vi vi uma garotinha na janela do meu vizinho olhando para mim. Voei em direo a ela
um pouco confuso porque ela podia me ver. Perguntei a ela: "Voc pode me ver?". P
arecia que eu tinha projetado isso para ela como uma forma de pensamento. Ela ba
lanou a cabea em negao, o que contradiz o fato de que ela tinha respondido. Ela pare
cia apavorada. Pairei longe e voltei ao meu quarto. Quando acordei (Raduga: no te
ntou a re-entrada na FASE) pensei comigo mesmo: "Foi um intenso sonho lcido . Pelo
que sei foi muito preciso.
Conhecia meus vizinhos e nunca tinha visto aquela menina antes (ela parecia ter
cerca de 5 anos de idade). Nos dias seguintes notei que as filhas do meu vizinh
o tinham amigos ao redor. Num certo dia minha parceira enviou-me para uma lancho
nete que vendia peixes com batatas fritas. No caminho de l passei por nossa Igrej
a Batista local. Vi meu vizinho conversando com algumas pessoas de fora. De repe
nte vi a menina! Ela era real e veio correndo para fora da igreja com outras cri
anas. Ela no me viu, pois estava se divertindo correndo com seus amigos ao redor d
os adultos. Percebi que estava provavelmente vendo a menina pela primeira vez co
m meus olhos fsicos. Mas como eu poderia ter uma memria visual dela?
074
Arlindo Batista
London, UK
Aps um dia agitado no parque com nossos filhos, Stacey e eu fomos para a cama em
torno de 0:30h. Bebi um copo de leite e comi umas bolachas de chocolate antes d
e ir para a cama. Estava to cansado que no demorei muito tempo para adormecer. Aco
rdei s 3:50h para usar o banheiro. Meus sintomas e a inrcia do sono eram fortes e
parecia a oportunidade perfeita para uma excurso fora do corpo. Deitei sentindo-m
e como um peso morto e apenas relaxei. Logo entrei em um estado de clareza bem f
amiliar e o assobio pulsante retornou. Lembro-me de ter pensado que talvez o "mo
tor pineal" j estava ligado e fui acelerando at chegar a um som parecido com o de
uma montanha russa em funcionamento. O que se seguiu foi uma sensao de desapego de
tudo, mas ainda estava consciente de estar deitado na cama sem o sentido da viso
.
De repente pude ouvir vozes, como se um rdio tivesse sido ligado na minha cabea.
No conseguia entender o que eles diziam, mas de alguma forma o udio focava em uma
voz especial do sexo feminino que falava como se fosse dar uma palestra (Raduga:
no tentou a separao). O objeto parecia ser a prpria conscincia. Algo me ocorreu: O 'e
u' o centro da conscincia, por isso somos todos centros de conscincia . A voz passou
a divulgar um segredo profundo sobre a realidade que me fez experimentar uma ep
ifania, e ainda assim no me lembro do que foi dito. Epifania uma sbita sensao de com
preenso da essncia ou do significado de algo. A voz transformou-se em um sussurro
e foi abafada pela msica orquestral e pelas palmas. Isto foi seguido por uma onda
de vibrao. Posteriormente pareceu que eu tinha me separado do meu corpo somente p
elo meu desejo de faz-lo.
A viso estava turva, mas podia distinguir o ambiente do meu quarto (Raduga: no ex
ecutou o aprofundamento). Fui para o corredor em direo ao espelho na parede que pa
recia cinza e absolutamente no reflexivo. Deslizei atravs dele j que queria ver Mar
ge, a falecida av de Stacey. O que incomum sobre o que se seguiu que eu no estava
viajando atravs de um vazio escuro, como tpico quando mergulho no espelho do corre
dor. Ao invs disso estava passado prximo das copas das rvores, telhados, estradas e
veculos. Quando cheguei a um impasse vi que estava ao nvel do solo deslizando atr
avs de um beco cheio de lixo em plena luz do dia. As cores do ambiente eram maante
s e tentei torn-las mais brilhantes com a minha mente, mas no tive sucesso. Involu
ntariamente teleportei-me para outro local.
Inicialmente era difcil ver onde eu estava, porque sempre paralelamente examinei
vrias superfcies e fui incapaz de me fixar em um determinado local. Consegui dimi
nuir meu movimento perto do teto do que parecia ser um grande banheiro. Vi uma m
enina que parecia ter oito ou nove anos de idade em uma banheira cheia de gua suj
a. Seu rosto estava ligeiramente do lado de fora. Pude v-la engolir gua e um monte
de cabelos, at que sua cabea estivesse completamente submersa. Um homem carrancud
o entrou no quarto. Ele era alto, corpulento e seu cabelo era curto, escuro e es
petado. Com os olhos arregalados e num frenesi o personagem afogou a criana press
ionando sua cabea ainda mais para baixo usando um desentupidor de pia. Nenhum dos
personagens notou minha presena. A intensidade da experincia foi alarmante e eu e
stava na situao "lutar ou fugir", j que tinha testemunhado aquele crime.
Minha perspectiva mudou drasticamente e eu parecia estar agora na banheira. O q
uarto era o mesmo, mas a iluminao estava diferente. O mesmo homem carrancudo entro
u e veio em minha direo. Em um ato reflexo, subi para o teto e, quando olhei para
baixo, observei um menino nu na banheira gritando de horror. Sem piedade o homem
afogou o menino, e, quando ele fez isso, culpou a criana pelo que estava acontec
endo com ele e acusou-o de ser a razo pela qual ele era um monstro. Ele rosnou e
sacudiu o menino debaixo d'gua. Os esforos da criana para libertar-se foram inteis.
Eu me movimentei pelo quarto incontrolavelmente enquanto tentava ver o que mais
estava acontecendo.
Recuperei a conscincia fsica na paralisia do sono, na esperana de que o que tinha
experimentado tivesse sido apenas imaginao. Minha cabea sussurrou novamente. Ouvi m
ais vozes na minha cabea como se estivessem envolvidas em dilogos com intervalos d
e msica clssica. Consegui novamente a separao, mas desta vez, em um vazio escuro. Qu
eria ver Marge e senti duas mos segurando-me em ambos os lados e me levando a alg
um lugar. Vi luz frente e encontrei-me em um ambiente fresco. As cores fortes de
finiam um cenrio surreal composto pelo que pareciam ser runas romanas em uma flore
sta. Propus-me a olhar para l, mas ao invs disso, Marge encontrou um homem negro c
areca. Perguntei-lhe quem ele era e ele me disse que seu nome era tanto Simo quan
to Joo Figo. Falamos em Portugus. Perguntei-lhe onde estvamos e ele me disse que es
tvamos no mesmo lugar o tempo todo. A conversa tornou-se mais vaga e mais parecid
a com um sonho. s vezes eu tinha a impresso de que ele poderia dizer o que eu esta
va pensando e vice-versa. Era como se estivssemos de alguma forma ligados. No tinh
a certeza se poderia, por vezes, controlar seu discurso, ou, se o fato de que es
tava pensando o mesmo que ele disse, era apenas coincidncia.
Quando recuperei a conscincia fsica ouvi fracos sons de chuveiros na minha cabea e
meu corpo sentiu frio. Era 7:30h (da manh).
075
Dmitry Plotnik
Moscow, Rssia
Retornando de uma noite fora ns fomos at uma loja chamada "A Pedra Mgica". Ns compr
amos um pedao de drusa (pequenos cristais incrustados na superfcie de uma rocha ou
mineral, em nosso caso, ametistas). De acordo com a minha namorada a pedra ajud
a a "sintonizar com seus sonhos". necessrio colocar a pea na cabeceira da prpria ca
ma e apenas ir dormir. Foi exatamente o que fizemos. Tivemos que acordar muito c
edo na manh seguinte (cerca de cinco horas), a fim de nos prepararmos para uma ex
curso. No tnhamos tempo a perder. Fiz uma tentativa de "sintonizar os meus sonhos".
Senti que tinha dormido em algum momento, mas continuei a sonhar que estava dei
tado na cama e que estava tentando sintonizar-me para uma sada do corpo. Naquele
exato momento senti um formigamento leve nas minhas costas, uma espcie de energia
vital. At tentei facilitar a sensao pensando: "timo, est vindo, hora de agir!". A se
nsao de formigamento intensificou-se e agora sentia como se fossem ondas que subia
m e desciam na minha espinha (Raduga: no tentou a separao). A sensao caracterstica, h
uito esquecida, atravessava do meu corpo. A sensao no poderia ser considerada agradv
el de modo algum. Foi a que pensei para mim mesmo: "Agora me lembro porque tinha
parado intencionalmente de tentar entrar na FASE". J era tarde demais para voltar
atrs. Em poucos instantes estava levantando. Mal tive tempo de olhar para trs no
sof.
Logo encontrei-me em uma sala espaosa (Raduga: no executou o aprofundamento). Era
to grande que a nica coisa que podia ver claramente era a parede ao meu lado. Hav
ia tambm algumas pessoas na sala. Todos eles queriam algo de mim e continuaram vi
ndo at mim com pretextos estpidos. Ficava dizendo-lhes: "Caiam fora!". Ficava tent
ando afast-los. S tinha um pensamento na minha cabea: "Tinha que encontrar a minha
namorada". Esforcei-me o mximo que pude para lembrar onde ns tnhamos adormecido, ma
s minha memria falhou. Diferentes personagens constantemente distraiam-me. Um del
es foi especialmente persistente. Em um determinado momento ele at insistiu para
que eu o ajudasse a abrir sua garrafa de vinho com um saca-rolha. Decidi ajud-lo.
Quando tinha aberto a garrafa pensei: "Por que no? . Nunca tinha experimentado vin
ho na FASE. Coloquei a garrafa na minha boca. O vinho tinha um gosto engraado, ma
is como uma aguada gelia de amora com pedaos de frutas flutuando. De repente a gar
rafa j no estava mais em minhas mos. Continuei tentando sair daquela sala.
A nica coisa que pude encontrar para aprofundar foi uma parede de uma estranha c
onstruo feita de tbuas de madeira. Estavam pintadas de branco com o que parecia ser
uma tinta base de leo (mais que qualquer outra coisa ela me lembrou uma patente)
. Eu estava a ponto de meter minha cabea para dentro quando um tipo persuasivo e
confiante avisou:
_ "... um portal atravs do qual os hspedes no convidados podem se dar mal..."
Encontrei-me de volta na minha cama, mas no desisti. Decidi tentar uma outra for
ma de ter meu namorado junto a mim na FASE Peguei as mos dele e comecei a desliza
r para fora da cama. Camos da cama, mas no camos no cho. Era como se tivssemos cado de
um penhasco e estivssemos suspensos no ar. Mesmo que estivesse escuro no quarto
em que estvamos dormindo, havia luz do dia ao nosso redor durante nossa queda. Tu
do estava brilhante, muito mais brilhante do que na experincia que tinha acabado
de ter. Tinha certeza que tinha sido bem-sucedida em pux-lo para a FASE comigo! V
i que os braos me segurando no eram dele. Baixei os olhos e vi que estava abraando
outro homem!
Ele parecia um pouco como o meu namorado, mas seu rosto era mais velho e um pou
co diferente. Seu cabelo era mais longo e unia-se em um rabo-de-cavalo. Eu o afa
stei e perguntei: "Quem voc?". Ele respondeu: "Bem, j lhe disse meu nome". "Ou tal
vez voc esteja apenas vendo o futuro?". Acalmei-me um pouco e disse-lhe: "Preciso
de um vestido! . No quero andar por a seminua". Ele respondeu: "Ento vamos comprar um
". Virei-me e vi uma loja. Entramos, ou melhor, flutuamos para dentro a cerca de
uns 30 centmetros do cho. Fomos recebidos por um lojista mulato. Ele mostrou-me t
odos os vestidos que estavam pendurados. Eu estava em xtase! Entrei no provador..
. e imediatamente me vi de volta ao meu corpo (Raduga: no tentou a re-entrada na
FASE). Que vergonha no ter sido capaz de usar aqueles vestidos bonitos pelo menos
na FASE!
No
No
No
No
No
tentou a
executou
tinha um
executou
tentou a
separao;
o aprofundamento;
plano de ao;
a manuteno;
re-entrada na FASE.
077
Sylvan J. Muldoon
A projeo do Corpo Astral (1929)
Algumas manhs atrs acordei cerca de seis horas e fiquei acordado por cerca de 20
minutos. Dormi de novo e sonhei que estava de p no mesmo lugar que costumava ocu
par nos sonhos.
Sonhei que minha me estava sentada em uma cadeira de balano. Ela me disse: "Voc sa
be que est sonhando?". Respondi: "Por Deus, estou, no estou? . Aquilo fez terminar o
sonho. Parecia que eu no tinha dito: "Por Deus, estou" e acordei no corpo fsico,
na cama. Estava consciente, mas era incapaz de me mover, no podia proferir um som
sequer, no podia mover minhas plpebras. Esta condio prevaleceu durante cerca de trs
minutos. O tempo todo meu corpo se manteve contrado, especialmente os membros. De
repente ficou tudo normal.
Cerca de dois segundos mais tarde ouvi um som alto, como se algum tivesse batido
no ferro da cama com um martelo pesado. O barulho foi to alto que "mergulhei". E
le assustou-me um pouco... Lembre-se, eu estava perfeitamente consciente cerca d
e dois segundos antes de ter ouvido este som. No havia ningum por perto e isso oco
rreu em plena luz. Estas manifestaes fsicas eram interessantes para mim, j que nunca
tinha experimentado tais coisas. Nunca tinha tentado. Essas coisas surgiram por
si mesmas...
078
Robert A. Monroe
Journeys Out of the Body (1971)
... Acordei cedo e sai para tomar caf da manh s sete e meia. Voltei ao meu quarto
aproximadamente 8:30h e me deitei. Quando relaxei vieram as vibraes. Em seguida ve
io uma impresso de movimento. Pouco tempo depois parei. A primeira coisa que vi f
oi um menino andando e jogando uma bola de beisebol para cima e capturando-a. Um
a mudana rpida e vi um homem tentando colocar alguma coisa no banco de trs de um ca
rro, um sedan de grande porte. A coisa era um dispositivo de aparncia estranha qu
e interpretei como um pequeno carro com rodas e um motor eltrico. O homem girava
079
Robert A. Monroe
Journeys Out of the Body (1971)
... As vibraes vieram de forma rpida e fcil. No foram de todo desconfortveis. Quando
elas estavam fortes tentei levantar para fora do fsico, mas no obtive resultado. S
eja qual for o pensamento ou a combinao que eu tenha tentado, permaneci confinado
exatamente onde estava. Lembrei-me do truque rotativo que funciona como se voc es
tivesse virando na cama. Comecei a girar e percebi que o meu corpo fsico no estava
"virando" comigo. Eu me movi lentamente e depois de um momento estava "de bruos"
ou em oposio direta colocao de meu corpo fsico. No momento em que cheguei posio d
graus havia um buraco. Essa a nica maneira de descrev-lo. Para os meus sentidos p
arecia ser um buraco em uma parede que tinha cerca de 60 centmetros de largura e
estendia-se infinitamente em todas as direes (no plano vertical).
O contorno do buraco tinha precisamente a forma do meu corpo fsico. Toquei a par
ede e ela me pareceu lisa e rgida. As bordas do buraco eram grosseiras. (Todos es
ses toques foram realizados com minhas mos "no-fsicas"). Atravs do buraco no dava pra
se ver nada alm de escurido. No era a escurido de um quarto escuro, mas um sentimen
to de distncia infinita, como se eu estivesse olhando atravs de uma janela para o
espao distante. Senti que, se a minha viso estivesse boa o suficiente poderia prov
avelmente ver estrelas e planetas prximos. Minha impresso foi de um espao profundo,
externo, alm do sistema solar, em uma distncia incrvel.
Eu me movi cautelosamente pelo buraco segurando em suas bordas. Coloquei a minh
a cabea com cuidado. Nada. Nada alm de escurido. Nenhuma pessoa. Nada material. Rec
uei s pressas por causa da completa estranheza. Girei 180 graus de volta. Senti-m
e fundindo com o fsico e me assentei. Era plena luz do dia, exatamente como quand
o eu tinha deixado alguns minutos antes. O tempo decorrido: uma hora, cinco minu
tos...!
080
Robert A. Monroe
Journeys Out of the Body (1971)
... Esta foi uma experincia incomum e viva. Fui para a cama tarde e muito cansad
o, por volta de duas da manh. As vibraes vieram rapidamente sem induo. Decidi "fazer
algo", apesar da necessidade de descanso. (Talvez este seja o descanso). Sa com f
acilidade. Visitei vrios lugares em sequncia rpida. Ao lembrar da necessidade de de
scanso, tentei voltar para o fsico. Bastou um pensamento sobre meu corpo deitado
na cama e quase imediatamente meu corpo estava deitado na cama. Logo percebi que
algo estava errado. Havia uma mquina em forma de uma caixa sobre meus ps. Havia d
uas pessoas na sala, um homem e uma mulher vestida de branco que reconheci como
enfermeira. Eles estavam conversando em voz baixa a uma curta distncia da cama.
Eventualmente foi como se estivesse sonhando s para encontr-los. Eles nunca tenta
ram avanar em direo a mim, nem nunca interferiram comigo de qualquer maneira. Eles
ficavam ali, imveis, diante de mim, enquanto meu sonho durasse...
084
Carlos Castaneda
A Arte de Sonhar (1993)
...Tive um sonho muito incomum. Tudo comeou com o aparecimento de um batedor do
mundo dos seres inorgnicos. Os batedores, bem como o emissrio, tinham estado estra
nhamente ausentes de meus sonhos. No tinha sentido falta nem pensava em seu desap
arecimento. Estava to vontade sem eles que at mesmo esquecera de perguntar a Don J
uan sobre sua ausncia.
Nesse sonho o batedor tinha sido, a princpio, um topzio amarelo gigante, que eu t
inha encontrado preso no fundo de uma gaveta. O momento em que verbalizei minha
inteno de ver, o topzio transformou-se em uma bolha de energia crepitante. Temia se
r obrigado a segui-lo. Afastei meu olhar para longe do batedor e concentrei-me n
um aqurio com peixes tropicais. Verbalizei minha inteno de ver e tive uma enorme su
rpresa. O aqurio emitia um brilho fraco e esverdeado e transformou-se num grande
retrato surrealista de uma mulher cheia de jias. O retrato tambm emitiu o mesmo br
ilho esverdeado quando verbalizei minha inteno de ver.
Enquanto eu olhava aquele brilho todo o sonho mudou. Estava andando em seguida
em uma rua de uma cidade que me pareceu familiar. Parecia ser Tucson. Olhei para
uma vitrina de roupas femininas em uma loja e falei em voz alta a minha inteno de
ver. Instantaneamente um manequim negro que estava em posio de destaque comeou a b
rilhar. Olhei em seguida para uma vendedora que veio naquele momento reorganizar
a vitrina. Ela olhou para mim. Depois de verbalizar minha inteno, vi a mulher bri
lhar. Foi algo to estupendo que tive medo que algum detalhe em seu brilho esplend
oroso pudesse me prender, mas a mulher entrou na loja antes que tivesse tempo de
concentrar toda minha ateno sobre ela. Certamente pretendia segui-la. Minha ateno s
onhadora foi atrada por um brilho em movimento. Ele veio em minha direo cheio de dio
. Havia desprezo e depravao naquilo. Pulei para trs. O brilho interrompeu seu ataqu
e. Uma substncia negra me engoliu. Acordei.
As imagens eram to ntidas que acreditei firmemente que tinha visto energia...
085
Robert Bruce
Dynamics Astral (1999)
... Acordei por volta das duas da manh deitado de costas com o meu corpo todo vi
brando. Podia sentir-me prestes a me projetar de forma espontnea. Meus braos e per
nas j estavam comeando a flutuar para fora. No queria me projetar. Estava cansado e
tinha tido um dia agitado. S queria voltar a dormir. Estava tendo um sonho muito
interessante e queria voltar para ele se pudesse. Senti-me pesado e lento, mas
consegui rolar para o meu lado esquerdo. As vibraes foram interrompidas imediatame
nte e o sentimento de um pesado afundamento logo desapareceu. Feliz aconchegueime e relaxei de volta em mim mesmo, concentrando-me na paisagem do sonho que tin
ha acabado de abandonar. O nome que tinha dado a ele era: "Vantagem". Esperava q
ue isso me levasse de volta para ele, j que muitas vezes este truque funcionava.
Depois de apenas alguns segundos apareci diretamente no sonho do qual tinha ant
eriormente sado. A transio foi de tirar o flego. Houve uma continuao cheia de conscinc
a desperta. No adormeci e depois acordei dentro do sonho. Fui projetado diretamen
te para ele a partir do estado pleno de viglia. De repente apareci em uma movimen
tada e iluminada loja de departamentos, exatamente como tinha sonhado anteriorme
nte.
Na minha frente uma mulher de cabelos escuros estava montando uma sala de janta
r numa vitrina. Vi pessoas em todos os lugares, comprando, servindo, arrumando p
rateleiras e etc. Tudo o que via e sentia parecia muito real, estvel e slido. Foi
alucinante! Pulei para cima e para baixo algumas vezes para sentir o peso do meu
corpo. Belisquei-me. Ouch! Doeu como doeria na vida real. Senti meu corpo com o
peso normal. Estava completamente vestido e podia at mesmo sentir a textura das
minhas meias quando mexia os dedos dos ps dentro dos sapatos.
Olhei para minhas mos. Elas pareciam normais e no se derreteram. Tentei criar uma
ma na mo, mas nada aconteceu. O mundo de sonhos onde eu estava no vacilou nem um po
uco. Curioso, pensei. Em um sonho lcido normal o ambiente pode ser alterado e tud
o pode ser criado a partir da imaginao. Independentemente disso estava plenamente
consciente de que estava sonhando.
Caminhei at a jovem e perguntei o que ela estava fazendo. Ela me disse que eles
estavam se preparando para o grande dia, o que quer que aquilo fosse. Peguei um
grande vaso de flores da mesa que estava no meio dos mveis. A porcelana chinesa p
arecia real e as flores cheiravam como flores reais. Arranquei uma ptala de rosa
e comi. Tinha um gosto seco, perfumado e levemente amargo, como deve ser o gosto
de uma ptala de rosa, mas o sabor no se demorou na minha boca como aconteceria no
rmalmente. Virei o vaso e espirrei um pouco de gua na minha mo. Senti frieza e umi
dade, assim como acontece com a gua real.
Eu me preparei esperando que estivesse dentro de um sonho lcido, como acreditava
estar. Puxei com rapidez a toalha de linho da mesa principal. Quase funcionou,
mas o vaso e um par de pratos caram no cho e quebraram ruidosamente. Algumas pesso
as olharam, mas ningum parecia se importar com o que havia sido quebrado, nem mes
mo a assistente da loja cujo trabalho tinha acabado de arruinar. Ela passou a de
sembalar e organizar as coisas como se nada tivesse acontecido.
Mais confiante agora caminhei por um corredor e empurrei vrios pedaos grandes de
cermica da prateleira de cima, uma de cada vez. Olhei em volta para ver se algum t
inha notado. Isto fez produzir sons muito altos e fez voar pedaos quebrados em to
das as direes. Algumas pessoas olharam, mas ningum parecia se importar. Tranquiliza
do por isso fui at os caixas e saltei em cima de um dos bancos. Algumas pessoas o
lharam para mim, mas ningum parecia se importar e ningum disse nada.
Escorreguei de volta para meu corpo e fiquei pensando: "Uau! Isso foi incrvel...
to real!". Lutei para controlar minha emoo, me recompor e tentar voltar para o son
ho. Isso estava ficando muito interessante. Eu me concentrei na loja e em seu no
me e tentei retornar a ela, mas sem sucesso. As vibraes comearam novamente e sentime comeando a projetar. Desta vez o reflexo da projeo me pegou e me colocou para fo
ra do meu corpo. Fui parar ao p da minha cama. A casa estava escura e silenciosa.
Eu flutuava ao redor do meu quarto decidindo o que fazer. Dei uma rpida olhada e
m minhas mos. Elas pareciam estranhamente alongadas e comearam a derreter.
No querendo continuar a experincia fora do corpo, mergulhei de volta para meu cor
po e abri meus olhos. Fiquei ali por um momento. Fechei os olhos e tentei voltar
para o sonho. As vibraes comearam de novo e uma nova onda de um pesado afundamento
veio sobre mim e comecei a projetar novamente. Lutei para sair e rolei para o m
eu lado direito. Os sintomas de projeo pararam, mas no pude voltar para meu sonho.
Rolei para o meu lado esquerdo e novamente me ajustei em mim mesmo. Senti-me mui
to melhor nesta posio. Mantendo a imagem e o nome do ambiente do sonho em mente ma
is uma vez, logo me encontrei l.
Reapareci na loja onde tinha estado durante a minha ltima visita alguns minutos
atrs. A mesma assistente de loja estava ocupada arrumando a mesma vitrina. O vaso
que eu tinha quebrado estava inteiro e de volta na mesa onde estava anteriormen
te. Andei pela loja procurando por sinais de danos da minha visita anterior. Tud
o o que eu tinha quebrado antes estava inteiro e de volta nas prateleiras. Era c
omo se nada tivesse acontecido. Isto foi incrvel! No importava o que tivesse feito
, o cenrio se repararia por si s.
Deslizei de volta para meu corpo de novo e rolei sobre minhas costas tentando f
azer com que retornasse para meu sonho. Acho que a minha emoo tinha interrompido.
Reiniciaram as vibraes. Rolei para o meu lado esquerdo novamente. Estava pegando o
jeito. Percebi que projetar-me para um sonho era muito mais fcil quando realizad
o a partir do meu lado esquerdo. Mantendo novamente a imagem e o nome da loja em
minha mente, coloquei-me de volta na loja. Tudo estava normal e estava de volta
onde tinha originalmente iniciado, com a mesma jovem ocupada com a criao de sua v
itrina. Ela olhou para cima e sorriu quando acenei e continuou feliz realizando
seu trabalho. Decidi explorar um pouco antes que algo mais acontecesse. Caminhei
para fora do balco de atendimento no shopping. Andei por algum tempo explorando
o enorme shopping. Havia um bom nmero de pessoas ao redor.
Todos pareciam muito ocupados com as compras ou preocupados com o que eles esti
vessem fazendo. Nota: todas as crianas que vi estavam muito tranquilas e bem comp
ortadas, andando educadamente como pequenos robs ao lado de suas mes.
Havia uma suave msica de fundo tocada por num rgo e um rudo habitual de pessoas agi
tadas. Algumas pessoas estavam falando ao telefone aqui e ali, mas ningum parecia
estar conversando ou falando uns com os outros. As pessoas respondiam quando qu
estionadas, mas suas respostas eram desinteressantes e no foram muito teis. Pareci
a impossvel iniciar uma conversa que no envolvesse a tarefa que a pessoa estava re
alizando no momento.
Todos pareciam ser desprovidos de personalidade, como personagens de fundo em u
m filme. Superficialmente este ambiente de sonho era incrivelmente real, talvez
demasiadamente real, mas abaixo da superfcie faltava alguma coisa.
Parecia ser a vida real, mas no era o mesmo tipo de vida real com a qual estava
familiarizado.
Tinha decidido procurar uma maneira de sair do shopping e fazer algumas exploraes
diferentes quando, de repente, me senti fraco e pesado. Minha fora comeou a dimin
uir e senti como se estivesse me movendo em cmera lenta. Minhas pernas flutuavam
lentamente para cima. Ca muito lentamente no cho e permaneci l, fraco e paralisado.
Pessoas passaram por cima e em volta de mim enquanto estava l, mas ningum prestou
ateno em mim. Senti-me como um balo de criana flutuando sobre no cho. Estava fraco e
pesado e j no podia sentir o peso normal do meu corpo, nem mais podia sentir o cho
debaixo de mim.
Deslizei novamente de volta para meu corpo, desta vez bem desperto. Deitei de c
ostas e fiquei ali ponderando sobre o significado daquelas experincias. As vibraes
no aconteceram desta vez, provavelmente porque agora eu estava muito desperto. Fi
cou bvio para mim que minha posio de repouso tinha afetando os diferentes tipos de
experincias que tive. Estava muito animado e bem acordado para fazer qualquer tip
o de explorao, ainda mais com esse fenmeno. Desisti. Peguei uma bebida e registrei
Em minha mente ficava pedindo para que aquelas criaturas adiassem minha viagem,
dizendo que no estava preparado e que tudo seria melhor de uma prxima vez. Ao mes
mo tempo condenava-me por minhas fraquezas. Entendi que essas coisas no acontecem
todos os dias. Estava deitado de lado, de frente para uma parede, e assim no con
seguia ver o resto do quarto, embora no tivesse esperana de ver ningum porque acred
itava que eles estavam fazendo isso a partir de uma nave. Tinha certeza que eles
conseguiam ouvir meus pensamentos. Pareceu que meu estado de esprito no os incomo
dava, j que algo me levantou da minha cama.
Meu corao no poderia ter batido mais rpido. Implorei para que eles parassem. Eles p
araram. To cautelosamente como haviam me levantado, colocaram-me para baixo. No po
deria ter me sentido mais feliz. Senti como se tivesse nascido de novo. Um suspi
ro de alvio escapou dos meus pulmes. Mas era cedo demais para a champanhe.
No me dando a oportunidade de desfrutar da minha recm libertao, eles me levantaram
novamente e me carregaram at a janela. Ainda no podia me mover, no importa quo duram
ente tentasse. Algo despertou meu interesse e quase esqueci o quanto estava com
medo. Estava indo em direo janela com os ps mais a frente de meu corpo. Pude ver qu
e a janela estava fechada. Fiquei curioso sobre como eles iam conseguir me arras
tar para fora. Tudo era to real que fiquei esperando que eles no me usassem para q
uebrar o vidro. Sabia que no iriam faz-lo. Sendo os representantes de uma civilizao
avanada, certamente iriam encontrar um jeito para me poupar de experincias desagra
dveis alm de preservar as janelas. Quando estava perto da janela fechei os olhos a
fim de intensificar as novas sensaes e no quebrar a janela (no sei nem por que ache
i que isso ajudaria). No senti quase nada. S tive uma sensao quase imperceptvel de qu
e algo tivesse passado por meu corpo, dos ps cabea.
Abri os olhos. Estava fora no nvel do terceiro andar em frente a minha janela. O
cu sem nuvens estava salpicado de estrelas. Nunca tinha olhado para as estrelas
a partir dessa posio. Foi inesquecvel! Nessas alturas j tinha conseguido vencer o me
u medo. O que deveria fazer? Decidi tirar o mximo da experincia. Eu at mesmo estava
contente que os aliengenas no tivessem me escutado e que tivessem me arrastado pa
ra fora da cama, porque nunca teria a coragem de ter consentido que o fizessem.
Meu medo diminuiu e consegui relaxar. At reclamei do tempo, pois estava bastante
frio e estava usando o "traje de Ado" (pelado). Reconciliei-me com meu destino e
comecei a olhar para o lado brilhante da experincia. No momento seguinte, j estav
a no meu quarto e na minha cama.
S depois de 1 a 2 anos que eu iria comear a entender que tinha sido minha primeir
a experincia espontnea com a FASE e que no tinha nada a ver com aliengenas.
087
Fevereiro 2001
Um copo de suco
Acordei durante a noite e pensei sobre a FASE. Esse pensamento evocou uma forte
excitao, quase um medo, e graas a isso ca bem dentro da FASE. Comecei fazendo exper
imentos com as vibraes, mas ainda estava com medo de me separar. As vibraes gradualm
ente tornaram-se to fortes que fui atirado para fora do meu corpo. Depois de ter
superado meu medo com grande dificuldade, flutuei no quarto. Quando minha viso re
tornou, a noite transformou-se em dia. Voltei e fiquei no cho, extremamente assus
tado com a autenticidade de tudo o que tinha acontecido.
Contudo havia uma mesa junto janela do quarto que no deveria estar l. Nem sequer
parei para pensar sobre isso, pois ainda estava chocado com tudo o que estava ac
ontecendo. Concentrando-me na situao que tinha em mos, notei um copo com algum tipo
de lquido sobre a mesa. Tive a idia de testar o quo real o sentido do paladar seri
a (na FASE). Ainda totalmente surpreso com o realismo de tudo fui at a mesa, pegu
ei o copo e o ergui at a altura dos meus olhos a fim de obter um melhor ngulo de v
iso para observ-lo. Hesitantemente trouxe-o para os meus lbios e bebi um gole. Meu
Deus! No esperava que fosse to realista. Era um copo de suco de tomate. Podia sent
ir sua textura com meus lbios, lngua e palato. No momento em que atingiu minha gar
ganta j estava saboreando o gosto. Sentia o frio do vidro nas minhas mos e nos meu
s lbios. Tudo era indistinguvel da vida real.
Saboreando tanto o gosto do suco quanto meu triunfo por ter entrado na FASE, pe
nsei sobre as novas fronteiras que estavam se abrindo diante de mim, enquanto ma
tava minha sede. Esqueci completamente a necessidade de concentrao e tive um retor
no espontneo. Fiquei com um excelente estado de esprito durante todo o dia seguint
e depois de ter vivenciado aquela experincia.
088
Maio 2001
Aprofundamento Mximo
Logo aps o jantar decidi entrar na FASE usando o mtodo direto. Comecei a aplicao da
tcnica da concentrao em pontos do corpo (concentrando minha ateno em diferentes pont
os do meu corpo). Encontrei dificuldades durante o relaxamento. No consegui fazer
com que minha mente parasse de distrair-se com outros pensamentos. S com grande
dificuldade fui capaz de me concentrar na tarefa. Mantive o relaxamento. Empregu
ei a tcnica da concentrao em pontos do corpo por aproximadamente 20 minutos, mas na
da funcionou. Contudo, fracas vibraes surgiram ao longo do tempo. Tornei-me mais e
mais sonolento. Em um determinado momento tive um lapso de conscincia, mas rapid
amente voltei (isso no pareceu ter durado mais que um minuto, o que foi confirmad
o pelo meu despertador ao retornar para o corpo) sob a influncia de minha inteno pr
eliminar de no adormecer. Comecei a me sentir alerta e fui envolvido por vibraes qu
e ocorreram por conta prpria em meio transio entre os estados fisiolgicos. Fui facil
mente capaz de amplificar as vibraes.
Levantei-me. As vibraes comearam a enfraquecer e fui colocado de volta em meu corp
o. Tentei separar novamente usando a tcnica da escalada. Fui capaz de faz-lo apesa
r de ter tido grande dificuldade. Estava agora suspenso em um espao indeterminado
e tinha vagas sensaes. Enquanto estava me separando tive uma forte sensao de descon
forto que quase me convenceu a abortar a tentativa. Sabia que isso s vezes aconte
ce antes de um mergulho em uma FASE mais estvel. Para aprofundar a FASE decidi em
pregar a levitao.
Consegui e senti um grande prazer nesse processo. Por alguma razo a levitao no me c
onduziu para uma FASE mais profunda. Comecei a mergulhar de cabea a fim de me apr
ofundar ainda mais.
O movimento e o aprofundamento me trouxeram um sentimento de ligeiro mal-estar
que beirava o medo, mas fui capaz de mant-lo sob controle desde o incio. Logo perc
ebi que estava no mais profundo estado que j tinha experimentado. Isso aumentou m
inha ansiedade. Por uma questo de experincia, continuei indo cada vez mais fundo.
Comecei a ter pensamentos sobre a impossibilidade de retornar para o corpo a par
tir de tais profundidades. Minha viso oscilava entre mais e menos desbotada, no pe
lo que podia ver ao redor, mas pelo desconforto que estava experimentando em meu
s sentimentos. Uma vez tendo chegado minha viso, o que vi no pode ser descrito em
palavras. Observe a seguir o quanto fora incomum, indescritvel e realista. Era co
mo se estivesse vendo com outro rgo de viso muito mais avanado que o olho humano. No
podia sentir meu corpo (nem o real, nem o fantasma).
Pela primeira vez na minha vida senti fisicamente meus pensamentos. Quando comea
va a pensar em alguma coisa comeava a me mover automaticamente atravs do espao. Pod
ia dizer que eram meus pensamentos que estavam causando o movimento. Meu crebro e
stava de alguma forma sendo atormentado pelo meu pensamento. Foi a primeira vez
que tinha tido este tipo de experincia e por isso no posso dizer o quanto fora rea
lista ou se ela pode ter sido experimentada em um estado normal. A sensao foi bast
ante realista. Ao perceber o quo profundo eu estava na FASE, decidi sair de l, poi
s temia por minha vida. No foi fcil. Comecei a sentir medo. Estava completamente i
ncapaz de entrar no meu corpo, bem como de obter o controle dele. Quando finalme
nte fui capaz de senti-lo parecia que eu era outra pessoa. Contrariamente s minha
s expectativas, no ajudou nem mesmo concentrar-me no meu dedo do p. Ao invs de tirar
-me daquele estado o relaxamento s fazia aprofund-lo ainda mais. Fiquei completame
nte perdido. O que normalmente ajudava naquela situao no estava funcionando e no hav
ia outros mtodos eficazes para serem empregados. Aps longas tentativas desesperada
s finalmente consegui entrar no meu corpo. Isso s aconteceu graas s tentativas de m
over qualquer parte do corpo que conseguisse, alm de me concentrar na respirao.
089
Junho de 2001
Um Paraso em uma Cpula
De repente percebi que estava em um sonho. Senti alegria e satisfao. As emoes posit
ivas foram to abundantes que, ao tomar conhecimento da minha presena em um mundo f
ora da realidade, tentei compartilhar minhas emoes com os transeuntes. Nem sequer
me preocupei se havia alguma finalidade em fazer isso. Deve-se notar que no tive
que voltar ao meu corpo a fim de aprofundar o estado e separar mais uma vez, com
o deve ser feito normalmente, pois havia um realismo imediato e atpico ao meu red
or. Foi aquele realismo que me fez tomar conscincia de que estava sonhando.
Estava em um lugar muito interessante. No havia cu. Ao invs disso havia uma cpula a
zul baixa e grande que distribua uma estranha luz por todo o espao. Tudo no cenrio
me lembrava um pedao do paraso. Havia muitas fontes, riachos e inmeras curiosidades
arquitetnicas de propsito desconhecido. Havia flora e fauna em toda parte. Todos
os crregos estavam cheios de um incontvel nmero de peixes. Todas as rvores estavam c
heias de vida com o canto dos vrios bandos de pssaros exticos (desde simples papaga
ios verdes at aqueles de aparncia mais fantstica). Havia tanto a olhar em volta! On
de quer que se olhasse havia lindas flores e rvores de todas as formas e muitas p
essoas fazendo todo tipo de coisa. No estavam prestando a mnima ateno em mim. Havia
muitos objetos com outros objetos estranhos ao redor.
Tudo era caracterizado por uma riqueza de vida em todas as suas manifestaes. Todo
s os lugares estavam lotados e no havia praticamente nenhum lugar livre para fica
r. Tudo fervilhava. No havia espao suficiente para me mover. Fui tomado por intens
a emoo decorrente de uma paisagem to incomum, e, mais importante, realstica e vvida.
Tudo podia ser observado visualmente e nos mnimos detalhes. Havia muitas coisas a
o redor para serem observadas. Eu o fiz com prazer. Executei a tcnica da concentr
ao e nem sequer tive que pensar sobre os procedimentos de manuteno. No senti nenhuma
vontade de realizar as tarefas que tinha previamente planejado. No precisava de m
ais nada alm de desfrutar do simples prazer de observar aquele cantinho de paraso.
Eu me senti como um estranho num mundo estranho. Estava muito feliz de ter dese
mbarcado em tal lugar e de ser capaz de experiment-lo. Estava sinceramente agrade
cido pela FASE. Algo como isto nunca teria acontecido na vida real. Um pensament
o s vezes vinha at minha mente trazendo uma dvida: se isto era meu mundo interior o
u se era real. As leis nas quais tudo se baseava no permitiam dvidas desse tipo. A
nica coisa que poderia ter me assustado foi o realismo da situao. Meu mundo interi
or no podia aceitar tais coisas, j que havia crescido acostumado a pensar sobre a
realidade de uma maneira diferente.
Minha presena naquele paraso foi ameaada pela possibilidade de minha conscincia dei
xar o estado e posteriormente eu adormecer. Comecei a ficar muito preocupado com
isso e por isso tive que realizar alguns exerccios ativos, a fim de manter a min
ha conscincia distante de uma submerso. Sem pensar duas vezes decidi comear a falar
com as pessoas, porque esta sempre foi uma das coisas mais interessantes para s
e fazer na FASE. Infelizmente todos l presentes no eram familiares minha vida real
. Mas isso no me incomodou muito. Uma cena interessante comeou a desenvolver-se di
ante dos meus olhos.
Dois homens comearam a cantar algumas msicas. Antes disso eles estavam discretame
nte sentados em um banco e desfrutavam de um lquido desconhecido que estava em um
odre. (Odre um saco de couro destinado ao transporte de lquidos). Pelo tom de vo
z e pela aparncia podia-se facilmente adivinhar que o concerto vocal tinha uma in
spirao alcolica. Depois de cantar os refres de algumas msicas bem conhecidas eles com
earam a declamar poemas humorsticos obscenos e a contar piadas. Foi quando ficou i
nteressante. Esperava que eles recitassem coisas que eu j sabia, mas para minha s
urpresa total, no foi isso que aconteceu. Fiquei l e ouvi tudo com muita ateno. Mesm
o que os poemas fossem engraados, estava mais chocado do que divertido, j que nunc
a tinha ouvido nenhum deles. Isto significava que, naquele momento, meu crebro es
tava compondo um material de qualidade bastante elevada sob improviso, sem qualq
uer interveno minha no processo. Talvez tivesse sido involuntariamente exposto a t
udo o que ouvi naquele mundo e no tivesse dado ateno. Agora toda a informao anteriorm
ente recolhida estava retornando para mim daquela forma.
De repente tive a idia de que deveria me divertir de uma maneira mais ativa e in
comum. Afinal, temos que viver o momento...
090
Maro 2002
Curando a mim mesmo
Depois de um dentre muitos despertares matutinos, no tinha me movido fisicamente
. Imediatamente comecei a tentar separar-me do meu corpo. Percebi depois de algu
ns segundos de tentativas que a separao no iria acontecer naquele momento. Passei a
olhar para o vazio diante dos meus olhos tentando discernir qualquer imagem. No
havia nenhuma. Depois de alguns segundos comecei com o movimento fantasma, que m
anifestou-se um pouco nos ps. Ambos os ps elevaram-se um pouco e, em seguida, volt
aram a descer. Enquanto isso meus ouvidos foram preenchidos com um rudo suave e h
ouve um "zumbido" leve no meu corpo.
Tentei aumentar a amplitude do movimento por 5 a 10 segundos, mas ainda era inc
apaz de conseguir qualquer coisa. Para superar essa barreira decidi mudar para a
tcnica da observao de imagens por algum tempo e depois continuar com o movimento f
antasma. As imagens que vieram eram to fortes que percebi que poderia pular o mov
imento fantasma, pois seria muito mais fcil usar as imagens. Diante de minha ment
e apareceu um rio, e, atrs dele, uma colina com rvores altas. Comecei a observar a
imagem tentando examin-la por inteiro, sem me ater a detalhes. Ela imediatamente
tornou-se mais e mais ntida. Percebi depois de 2 a 4 segundos que estava vendo a
imagem como se estivesse em uma janela na vida real. Assim que percebi isso rol
ei para fora do meu corpo e encontrei-me no meu quarto.
Rapidamente levantei-me e comecei a apalpar e tentar ver. Minha viso chegou de r
epente. A FASE estava suficientemente profunda e podia ver tudo to claramente qua
nto na realidade. A utilizao de tcnicas de aprofundamento fez com que tudo se torna
sse muito mais intenso e colorido visualmente do que estava acostumado na vida r
eal. Isso me assustou um pouco. O pensamento de voltar ao corpo passou pela minh
a mente, mas fui capaz de super-lo. Imediatamente concentrei-me nos objetivos que
tinha definido: tratar a hipertenso arterial, a realizao de um experimento sobre a
viscosidade dos lquidos e alguns itens divertidos para melhorar meu humor.
Abri a porta do meu guarda-roupa que continha uma caixa de medicamentos. Olhei
para a droga que foi receitada para ajudar a baixar minha presso arterial ou, pel
o menos, fazer com que se torne mais fcil lidar com minha condio. Investigando a ca
ixa, tirei vrios tubos de pomadas diferentes, pacotes e latas de spray, sempre ol
hando para eles a fim de manter a FASE. Tambm tentei descobrir que remdios eram e
se precisava deles.
Demorou de 15 a 20 segundos. No consegui encontrar nada de valor. De repente pux
ei um frasco azul com plulas. Nele estava escrito: "LifeMix - Vida sem Hipertenso.
Todos os melhores produtos em um". Isto foi muito prximo do que estava procurand
o. Imediatamente mastiguei e engoli dois comprimidos. Eles eram muito amargos e
desagradveis. Em um determinado momento o gosto amargo at me fez esquecer que esta
va na FASE e precisava fazer algo para evitar que ela terminasse. Ao invs de deix
ar que isso acontecesse, me abaixei e cobri o rosto com as mos.
De repente uma onda de sensaes estranhas e incomuns percorreu meu corpo. Minha ca
bea e rosto comearam a se encher de sangue, causando inchao nos meus lbios, nariz, b
ochechas e plpebras. Desnecessrio dizer que foi uma sensao desagradvel. Era mais do q
ue incomum. Isto foi especialmente verdadeiro para as sensaes que tive dentro da m
inha cabea. Era como se ela tivesse aquecendo-se e expandindo-se. Percebi naquele
momento que tinha feito algo errado.
Assim que pensei isso me senti como se um balo cheio de gua fria tivesse estourad
o na minha cabea. Nesse momento o calor transformou-se em frio e minha cabea e meu
corpo comprimiram-se at retornarem ao tamanho normal. Senti por dentro uma levez
a e um frescor incomuns. Tive a sensao de ter aproveitado uma nova reserva de fora
091
Abril 2002
A FASE Quase Sendo Desperdiada
...Depois de mais um despertar decidi tentar entrar na FASE. Mesmo que no houves
se sintomas da FASE estar perto fui imediatamente capaz de rolar para fora. Surp
reendido com a facilidade que tinha sido para rolar para fora comecei a aprofund
ar por meio da palpao. Primeiro corri minha mo ao longo do comprimento da cama e de
pois comecei a dar tapinhas nos objetos prximos a ela. As sensaes gradualmente torn
aram-se cada vez mais reais. Mas ainda no podia ver. Decidi continuar com a palpao
na esperana de que a viso aparecesse por si s, como sempre acontecia nessas circuns
tncias. Depois de dar vrios passos no apartamento a viso chegou para mim um pouco d
esfocada. Fui facilmente capaz de aprofund-la concentrando-me em minhas prprias mos
.
Ao invs de fazer algo produtivo, como a realizao de pesquisa, decidi ter algum div
ertimento. Para comear disparei como um foguete atravs dos apartamentos acima do m
eu experimentando a sensao inesquecvel de voar atravs de pisos de concreto. Repeti o
movimento na direo oposta todo o caminho at o trreo. Pude ver como os meus vizinhos
tinham decorado seus apartamentos atravs desse vo para cima e para baixo. Houve u
ma grande tentao em causar estragos no apartamento no primeiro andar, mas eu estav
a mais interessado em voar. Decolei de cabea em um ngulo para cima atravs da parede
e sai para o ar livre. Voei cerca de 50 metros para fora e pairei sobre a praa d
e recreao do complexo de apartamentos. Para permanecer na FASE olhava para as minh
as mos de vez em quando e s ento olhava a paisagem. Assim ia fazendo. Meu corao salto
u nas alturas. Podia sentir rajadas de ar que vinham de pssaros que estavam voand
o prximos a mim. Isso tudo me deu uma grande altitude. Em um determinado momento
fiquei um pouco desbotado e quase perdi a FASE, mas consegui criar vibraes atravs d
o tensionamento do crebro. Fui muito hbil em manter a FASE depois isso, controland
o as vibraes sem ter que recorrer concentrao.
Tive uma brilhante idia: decidi tentar me testar no papel de um piloto de caa. No
foi fcil concentrar-me neste objetivo. Rapidamente peguei velocidade e dei uma gu
inada para o lado. Quanto maior era a velocidade em que eu voava mais alto se to
rnavam os rudos em meus ouvidos. Senti a velocidade enlouquecedora e a fora-G com
todas as clulas do meu corpo. Poderia ter escolhido sentir s o movimento em si, ma
s deliberadamente sintonizei com a sensao de todos os efeitos aerodinmicos. O ar ap
itava e o calor aumentava medida que o vento flua ao meu redor. Foi somente com d
ificuldade que superei o medo instintivo que havia trazido comigo do mundo real.
Nuvens passavam por cima. Abaixo de mim tinha casas, florestas e pessoas. Tudo
era to real que tive que refletir sobre o que estava acontecendo e o que deveria
fazer com aquilo...
092
Janeiro 2004
Uma Jornada ao Espao Exterior
Meu corpo ainda estava muito cansado apesar de j ter conseguido dormir por vrias
horas naquela noite. Assim que me deitei quase que imediatamente senti as vibraes
ocorrerem, mas no estava relaxado o suficiente a ponto de conseguir increment-las
at a fora total. Naquele momento a melhor maneira de relaxar e entrar na FASE pare
ceu-me ser atravs do "trans-despertar" (o estado de livre flutuao da mente). Eu est
ava certo! Depois da quinta ou sexta vez senti vibraes intensas envolvendo-me por
todos os lados. No havia necessidade de ampliar as vibraes ou aprofundar a FASE, j q
ue meu corpo estava cansado e que iria criar um estado mais profundo por si mesm
o a fim de mais rapidamente restaurar as energias vitais. S deitei por algum temp
o e observei as mudanas que ocorriam dentro de mim. No podia ficar ocioso por muit
o tempo para que no adormecesse sem querer.
Passei algum tempo fixando minha ateno secundria em evitar cair no sono e involunt
ariamente sair da FASE.. Rolei para fora. Como de costume levantei-me da cama co
mo se fosse real, mas no toquei no cho. Ao invs disso pairei sobre o cho como se tiv
esse cado sobre um colcho de ar invisvel de trinta centmetros de altura. J rolei para
fora centenas de vezes, mas sempre tenho dvida, l no fundo da minha mente, sobre
se estou caindo da cama na realidade.
Numerosas idias passaram pela minha mente sobre como utilizar esta posio. Imediata
mente formulei um plano aproximado de ao que inclua essas coisas sem sentido que gu
ardava para um dia chuvoso. Decidi pela ensima vez observar cenas do espao exterio
r. Executei o meu objetivo: o Cosmos. L estava eu imediatamente pego por uma fora
misteriosa que fazia com que me movesse a uma velocidade vertiginosa. Minha viso
rapidamente voltou. Encontrei-me flutuando em uma parte desconhecida do Cosmos.
No sei como seriam as reais sensaes de estar l, pois nunca estive no espao sideral. P
rovavelmente experimentei como se fosse na vida real. A viso foi o sentido predom
inante. Parei de prestar ateno aos outros quatro sentidos. Ter a galxia dentro do m
eu campo de viso me trouxe um prazer fantstico. A raridade na percepo visual consist
ia na maneira incomum que meus olhos tinham que se concentrar, j que raramente us
amos nossos olhos dessa forma na vida real. Para ter a galxia dentro do meu campo
de viso era necessrio meus olhos descruzarem totalmente e olharem em paralelo. A
galxia parecia estar viva! Disse a mim mesmo que aquela provavelmente tinha sido
a coisa mais linda que j tinha visto.
No podia ficar l por muito tempo, j que no havia nada em que meu sentido de viso pud
esse concentrar-se, pois os objetos estavam muito distantes. Voltei para o vazio
, e, suspenso em uma posio esttica, criei fortes vibraes. Por um tempo aproveitei est
a sensao incomum. Foi interessante observar as caractersticas deste fenmeno. Quando
levantei meus braos e trouxe as palmas das minhas mos em direo ao meu rosto senti um
vento forte e quente deslizando em meu rosto. Rudos encheram meus ouvidos. Quand
o apalpei minha cabea com as minhas mos pareceu que eu estava tocando o meu crebro
sem proteo, mas no senti dor alguma.
Aproveitei este estado por algum tempo mergulhando em alguma direo desconhecida.
Aps um vo curto fui atirado de volta para o meu quarto em casa. Desta vez tudo nel
e correspondia a 100% da realidade, embora no tivesse me colocado esse objetivo.
No havia nada que me interessasse no quarto e assim andei atravs da porta do meu q
uarto para os outros quartos. Tudo continuava como na vida real. No tive que proc
urar muito por aventura, pois encontrei minha me e meu irmo no outro quarto, ambos
os quais no via h muito tempo. Falei com eles sobre qualquer coisa que me veio me
nte apenas por uma questo de ouvir as suas vozes e ter a chance de olhar para ele
s. Este foi um verdadeiro presente para mim, mas comecei a perder parte da profu
ndidade e do realismo da FASE. S consegui com muita dificuldade recuperar o contr
ole sobre o estado utilizando a tcnica do mergulho de cabea...
093
Outubro 2006
Um Amigo Assassinado
No assista ao noticirio da manh e coma ao mesmo tempo. Vomitei todo o caf da manh de
hoje no vaso sanitrio depois de assistir ao noticirio que algum que conhecia, long
e de ser um conhecido distante, havia sido brutalmente assassinado naquela noite
. Ele tinha tentado me ligar um par de semanas antes, mas no estava com estado de
esprito de acompanh-lo em mais uma de suas bebedeiras. Para minha prpria paz de es
prito decidi tentar de alguma forma para fazer as pazes com a situao.
Deitei-me. Acalmei-me com muita dificuldade e comecei a focar minha ateno no movi
mento fantasma do meu brao. Nenhum movimento ocorreu no incio, mas quando ele veio
, comeou a aumentar rapidamente em amplitude. Um pequeno lapso na conscincia ocorr
eu aps cerca de 10 minutos e fui capaz de facilmente levantar-me da cama.
No tive necessidade de realizar aprofundamento. Depois de fechar meus olhos imed
iatamente foquei a minha ateno sobre a imagem do meu amigo. Alguma coisa me pegou
e me moveu em uma direo desconhecida. Aps alguns segundos fui jogado na cozinha do
apartamento dele. Como de costume ele sentou-se em uma cadeira que estava junto
a uma mesa cheia de conhaque. Ele no prestou nenhuma ateno a mim. A aparncia dele no
era boa. Tinha muitas contuses e cortes no rosto e nos braos. Apesar de no haver qu
ase nenhum sangue era tudo horrvel de olhar devido ao hiper-realismo. Comecei a m
e sentir enjoado novamente. Quando cheguei mais perto ele virou-se para mim e ch
orou. Tentei perguntar-lhe o que tinha acontecido. No noticirio no disseram exatam
ente o que havia ocorrido. Descobri que seu estilo de vida tinha sido a causa de
tudo isso. Ele comeou a gritar que queria viver e que deixaria de agir como vinh
a agindo se pudesse viver novamente. Pedi desculpas por no ter respondido aos seu
s telefonemas. Olhei para ele pela ltima vez. Agindo contra as minhas convices volt
ei ao meu corpo.
noite a explicao dele sobre o que tinha acontecido foi confirmada. Quanto ao comp
ortamento e aparncia externa dele foi compreensivelmente desencadeado por minhas
emoes ainda cruas. Acho que, se encontr-lo daqui a vrios meses, ele ir olhar e agir d
e forma diferente.
094
Dezembro 2008
Tyrannosaurus rex
Acordei de uma sesta durante o dia. Ainda em um estado sonolento tentei rolar p
ara fora do meu corpo e voar. Nada aconteceu. Senti que estava em um estado muit
o prximo ao da FASE. Tentei adormecimento forado. Senti lapsos de conscincia. Image
ns piscavam diante dos meus olhos durante os lapsos de conscincia. Alguns segundo
s depois decidi tentar separar-me do meu corpo novamente. Sabia que se isso no fu
ncionasse poderia mudar para observao de imagens, pois elas j estavam l. Isso acabou
no sendo necessrio, j que fui facilmente capaz de levantar-me para fora do meu cor
po. Minha viso imediatamente veio at mim. Fui capaz de fazer rapidamente com que o
estado em que estava ficasse extremamente realista atravs da palpao e atravs do exa
me visual minucioso dos objetos que estavam minha volta. Tambm consegui rapidamen
te apalpar meu corpo. Fiquei o tempo todo criando e ampliando as vibraes a fim de
consolidar-me em uma FASE profunda.
Tinha um plano de ao formulado sobre o estudo da FASE. J tinha revisado seus detal
hes vrias vezes naquela semana. Naquele momento s queria usar a FASE para o meu prp
rio prazer pessoal e fazer algo que estava ansioso para fazer j havia algum tempo
. Em um de meus seminrios, cerca de uma semana antes, tinha dito aos meus alunos
sobre como foi possvel ir para uma caminhada entre os dinossauros. Um desejo de f
az-lo ardeu dentro de mim, j que no tinha feito nada do tipo h um longo tempo. Decid
i abandonar meu plano de ao anterior. Fechei os olhos e concentrei minha ateno sobre
o Tyrannosaurus rex. Tive uma sensao de movimento. A translocao demorou mais tempo
do que o habitual. Isto era normal para tal situao, porque psicologicamente difcil
acreditar que se possa ver os dinossauros, apesar de ter conseguido faz-lo muitas
vezes antes. O crebro racional tende a ter dificuldades com coisas como o encont
ro com os dinossauros.
Consegui concentrar minha ateno. Pousei em algo macio. Era um pedao de musgo na fl
oresta. Comecei a analisar o musgo e apalp-lo com minhas mos. A viso veio quase que
imediatamente e tornou-se incrivelmente ntida. Eu agachei no cho e olhei por um t
empo tudo o que estava na minha frente, principalmente pequenos galhos de vrios f
ormatos e folhas deterioradas. Havia tambm insetos de todos os tipos.
Foquei minha ateno em meus prprios sentimentos e percepes. Ainda estava usando a mes
ma camisa e o mesmo calo com os quais tinha adormecido. Meu corpo, por sua vez, pa
recia estranhamente plido. Fiquei surpreso com o quo difcil era respirar. No foi s o
ar saturado de odores indescritivelmente repugnantes, tambm estava muito quente e
mido. Tentar respirar apenas atravs do meu nariz me deixou tonto. O ar estava to q
uente que, ao respirar pela boca, doa minha garganta. No final decidi respirar pe
la boca e fui capaz de banir a dor.
Voltei minha ateno ao meu redor. Havia floresta por toda parte. Muito pouco de so
l atravessava a copa das rvores. As rvores eram muito altas e tinham troncos muito
altos e retos. Havia plantas parecidas com samambaias por todo lado, mas elas e
ram quase da minha altura. Encontrei-me em uma pequena clareira sem rvores. O lug
ar inteiro estava cheio de sons que no eram naturais de uma floresta. Ao invs de ps
saros cantando ouvi assobios e coaxares. Ouvia rugidos ao longo do tempo vindos
de algum lugar distncia. Ouvi estalos. Algo caiu no cho. Podia ouvir um monte de r
udos e de golpes surdos vindo de algum lugar atrs dos arbustos cerca de trinta met
ros de distncia de mim. Compreendi imediatamente que era l que estava o meu objeti
vo.
No momento em que decidi ir at meu dinossauro j estava com constantes coceiras re
sultantes de ataques de insetos exticos, de todas as cores e tamanhos, tanto terr
estres quanto areos. Enquanto ia em direo ao alvo examinava o tempo todo meus braos
e as folhas que tinha arrancado com as mos. Intencionalmente fui direto para os t
roncos das rvores frente. Mantive especial ateno sobre o hiper-realismo da experinci
a, pois este foi o fator mais importante nesta experincia. As vibraes no diminuram ne
m um pouco, j que sempre procurei mant-las desde o incio.
Fui at os arbustos e cautelosamente olhei atravs deles. Havia um rio ladeado por
um banco de lama. Meu objetivo estava na superfcie, no meio do rio. Quase gritei
em xtase ao v-lo. S mantive o silncio pelo desejo de no atrair sua ateno, o que poderi
ter arruinado tudo. Tentei evitar chamar a sua ateno, no tanto porque estava com u
m pouco de medo e sim por um desejo de ver essa criatura magnfica de lado e enche
r meus olhos com sua beleza.
J tinha visto um Tyrannosaurus rex pelo menos cinco vezes antes, mas este era mu
ito maior do que todos os anteriores. At a cor da pele dele era diferente, um pou
co mais escura e com menos manchas. Por alguma razo parecia ser uma fmea. A gigant
e parou em um determinado momento, aparentemente reagindo a mim. Imediatamente r
etornei minha ateno para as folhas e os insetos sobre elas, de modo a no interferir
na situao com o dinossauro e tambm permanecer em uma FASE profunda.
Fiquei com muito medo de que aquela FASE pudesse no ser suficiente para mais sen
saes. Ao invs de cutuc-lo, corri rapidamente para me posicionar atrs dele. Ele imedia
tamente virou-se em minha direo, mas concentrei-me o mximo que pude no pensamento d
e que ele me visse como um amigo e no um inimigo. Arriscando a FASE, at mesmo pare
i a fim de programar a situao. Sua enorme cabea olhou para mim por vrios segundos, e
depois, calmamente inclinou-se. Pareceu que havia visto uma vtima.
Corri at a sua cauda enorme e olhei para ela de perto, e ento, dirigi-me para a s
ua face. Estava em pnico em relao FASE e sua profundidade. Fiz um grande esforo para
ampliar as vibraes que estava sentindo. Acariciei o rptil o tempo todo. Movi minha
s mos na sua lateral e entrei na gua fria at os tornozelos. Tudo j estava to extraord
inrio que no queria ser ejetado para a realidade por fazer um movimento estpido. O
medo do monstro j tinha passado completamente, mas comecei a ficar um pouco preoc
upado com a grande profundidade da FASE. De repente me veio a idia doentia de fic
ar l para sempre. O instinto de autopreservao protegeu meus sentidos.
Levantei o enorme e musculoso corpo do rptil. No tinha visto muitas vezes tiranos
sauros to de perto. Estava me divertindo achando seus antebraos inteis (tiranossaur
os s tem dois membros com garras). Eles so geralmente considerados vestigiais, mas
este rptil estava usando-os para ajudar a si mesmo com a carcaa de um outro grand
e lagarto, segurando-a. Por sua vez, a presa parecia ser muito feia e esqueltica.
Suas entranhas estavam saindo das grandes mandbulas do rptil que estava jantando.
Agachei-me apenas a um metro de distncia do focinho do dinossauro e assisti a ce
na. Ele no me deu ateno, mesmo quando peguei a perna retorcida de sua vtima (que par
ecia uma perna de galinha, mas uma centena de vezes maior) e joguei-a de lado. O
Tyrannosaurus rex ainda me ignorando ergueu a cabea e foi direto para a iguaria.
Seu movimento parecia exigir um grande esforo e todos os msculos de suas patas tr
aseiras empurravam-no para a frente quando flexionados. Podia ver que a besta er
a incrivelmente forte.
Depois de distanciar-se um pouco de sua presa e examinar os arredores o dinossa
uro virou-se novamente, regressando para a carcaa. J tinha pensado em aliment-lo co
m a mo, mas depois, algum tipo de alarme disparou. Percebendo rapidamente que est
ava vindo de fora da janela do mundo fsico, imediatamente mergulhei minha cabea de
baixo d'gua a fim de me livrar daquele som, programando as qualidades do espao ao
redor. verdade que, debaixo d'gua, o som ficou mais baixo, mas o alarme ainda est
ava audvel. Enquanto observava as pedras no fundo da gua clara tapei meus ouvidos
com os dedos. O som tornou-se ainda mais silencioso. Empregando a tcnica do tensi
onamento do crebro fiz com que as vibraes ficassem ainda mais fortes, criando um ba
rulho que comecei a escutar. O som do alarme cessou. Voltei tona e tirei os meus
dedos dos meus ouvidos. Ocorreu-me que poderia ter sido um alarme de carro. Pen
sei: E se tivesse sido o alarme do meu carro? . Xingando todos os assuntos terrenos
lembrei-me do meu corpo a fim de voltar para ele. Foi apenas ao sentir o corpo
fsico que me lembrei que meu carro j estava no mecnico h vrios dias. Ouvi o alarme no
vamente, mas ele no estava vindo do meu carro. No havia nenhum motivo para encurta
r a experincia de FASE. Tentei voltar para a FASE mais uma vez, mas o barulho do
alarme no parou. Todas as minhas tentativas para retornar FASE foram em vo.
095
Agosto 2008
Um experimento e Uma Histria de Amor
Acordei por volta 8:00h e tomei uma ducha fria, mas ainda no consegui entrar em
ritmo de trabalho. Decidi voltar a dormir. Sabendo que este seria um bom momento
fazer tentativas de entrar na FASE, decidi tentar. No estava com vontade de tent
ar qualquer outra coisa a no ser o movimento fantasma. No estava esperando nada de
le. Sem entusiasmo e monotonamente tentei "balanar o barco" com uma mo. A mo por su
a vez rapidamente cedeu e comeou a se mover, embora inicialmente com pequena ampl
itude. J tendo praticamente cado no sono notei que a amplitude aumentou dramaticam
ente e minha mo comeou a escorregar para fora do meu corpo. Decidi acompanhar a si
tuao mais de perto e fui capaz de mover meu brao mais e mais para cada lado. Em um
determinado momento fui capaz de traar um crculo completo com ele. Ocorreu-me que
tinha havido uma mudana significativa no meu senso de percepo corporal. Algo comeou
a ocorrer. Tentei rolar para fora. Isso no funcionou, mas as vibraes surgiram aps as
tentativas. Isso serviu como um sinal para eu tentar mais ativamente rolar para
fora. Tentei de novo e funcionou. Houve alguma dificuldade e lentido, mas funcio
nou.
Eu me levantei da cama, mas o estado era instvel. No houve sensaes distinguveis e fu
i atrado de volta para meu corpo. Comecei de forma irregular a palpao em tudo. O pu
xo no meu corpo foi desaparecendo. Depois de 5 a 10 segundos minha viso comeou a vo
ltar. Usei-a para aprofundar atravs do exame visual minucioso, o que provou ser o
fator decisivo. A FASE tornou-se hiper-realista.
Lembrei-me ali mesmo o que precisava ser realizado naquela FASE e comecei a par
tir do item mais importante: experimentar com a translocao. Queria mais uma vez ve
rificar o quo difcil era para translocar no espao usando a tcnica da porta. Primeiro
fechei a porta. Concentrei minha ateno na existncia de um auditrio por trs dela, no
qual eu ia dar uma palestra. Abri a porta, entrei no auditrio e fechei a porta no
vamente. Foquei a minha ateno no outro lado da porta como sendo a sala de musculao d
a academia que frequento. Abri a porta e olhei para a sala de musculao. Fechei a p
orta e abri novamente. A sala de musculao ainda estava l. Entrei nela e fechei a po
rta atrs de mim. Focalizei um profundo espao exterior estando por trs da porta. Abr
i a porta, o que levou para o corredor que estaria l se fosse para a sala de musc
ulao. Fechei a porta e concentrei-me ainda mais fortemente no espao exterior estand
o por trs. Comecei a abrir a porta, mas algo parecia estar segurando-a de volta d
o outro lado. Tive que usar a fora para fazer com que a porta cedesse. Depois dis
so ela abriu facilmente por completo. Nesse ponto percebi que o espao da FASE tin
ha comeado a diluir-se. Consegui concentrar-me e restaurar seu realismo atravs do
tensionamento do crebro. Atrs da porta estava o espao profundo.
Estava na entrada da sala de musculao. Um passo a frente de mim existia uma exten
so infinita, sem comeo nem fim. Podia respirar livremente. Uma corrente de ar gela
da entrou pela porta. Experimentos tm mostrado que, a menos que se esteja desloca
ndo de uma sala para outra, a utilizao da tcnica da translocao atravs de portas um do
mtodos mais difceis. Essa dificuldade acontece provavelmente devido aos bloqueios
psicolgicos internos que as pessoas tm. Enquanto estava em p analisando o que esta
va acontecendo fui sugado para o estncil (corpo fsico real). A nica coisa que poder
ia fazer naquele momento era pegar na maaneta da porta, o que fiz quase que autom
aticamente.
Senti que estava deitado no meu corpo. Minha mo ainda estava segurando a maaneta
da porta. Comecei a mover a mo fantasma livremente. Logo senti que seria capaz de
separar. Rolei com facilidade e encontrei-me no meu quarto.
Rapidamente trouxe o estado a um nvel de hiper-realismo atravs do exame visual mi
nucioso, intercalado com a palpao. Percebendo que j tinha alcanado meus objetivos pr
imrios cedi a um desejo de me encontrar com uma garota que no via h muito tempo. Ai
nda tinha sentimentos por ela. Fui at a porta do banheiro e a abri sem um pingo d
e dvida de que ela estaria do outro lado. E isso foi o que aconteceu. Abri a port
a e vi atrs dela o interior do meu antigo apartamento, onde ela costumava visitar
-me. Esperava t-la visto nua na banheira, mas este cenrio no foi de todo ruim.
Ela estava sentada no sof olhando pela janela. Senti que ela percebeu que eu est
ava bem perto. Subi e sentei no cho ao lado dela. Aconcheguei-me e comecei a ser
carinhoso com ela. Graas ao hiper-realismo da experincia as sensaes eram incrivelmen
te intensas e surpreendentes. Acariciar sua saia e seu casaco foi uma experincia
impressionante, como era antes na realidade. Foi extremamente agradvel sentir seu
corpo macio e quente sob a roupa e sob a meia-cala, na altura do joelho.
Quando coloquei minha mo em sua cabea e comecei a movimentar o cabelo para longe
de seu rosto ela virou-se para mim e sorriu. Depois de ver aquele mesmo olhar e
aquele mesmo sorriso no havia nada que eu pudesse fazer em resposta, a no ser sorr
ir tambm. Continuei a passar minhas mos sobre o rosto, cabea e corpo, a fim de mant
er a FASE. Seus olhos estavam tristes. Seu sorriso parecia estar em meio a lgrima
s. O tempo todo sua expresso era mais aberta e sincera do que jamais tinha sido n
a realidade.
Ela tambm comeou a alisar meu rosto e minhas mos. Ela me perguntou como eu estava
me sentindo. Entendendo que essa comunicao era apenas uma formalidade de importncia
secundria na FASE, respondi apenas em monosslabos. Enquanto desfrutava do fato de
que estava ao lado dela podia sentir seu toque, ver seus olhos e ouvir sua voz
dolorosamente familiar. Surpreendentemente no estava sobrecarregado pelos instint
os sexuais desenfreados que normalmente surgem quando entro em contato com o sex
o oposto na FASE.
Depois de passar mais algum tempo com ela decidi que era hora de trazer um fim
ao encontro, j que podia v-la outra vez. Atrs de mim ainda permanecia a tarefa de e
ntrar e sair do meu corpo vrias vezes. Praticar essa habilidade tinha sido uma pa
rte do meu plano preliminar de ao.
Intencionalmente voltei ao meu corpo e imediatamente comecei a tentar sair dele
. Fui facilmente capaz de rolar para fora. Voltei ao meu corpo e depois rolei pa
ra fora de novo. Minha conexo com a realidade aumentou muito depois do retorno pa
ssado e levou uma boa quantidade de esforo para voar para fora do meu corpo. Tambm
tive que empregar a tcnica do adormecimento forado.
Tendo flutuado mais uma vez no centro do quarto entendi que no havia nenhum moti
vo para voltar novamente para o corpo. Sem sequer me preocupar em fortalecer a F
ASE atravs do aprofundamento, intencionalmente corri de volta ao meu corpo a fim
de descobrir o limite da minha prpria capacidade e refinar ainda mais minha habil
idade em sair do corpo. Preso no estncil (corpo fsico real) mal consegui me mover,
mas depois fui tomado por uma onda de despertar. Mudei para o adormecimento fora
do e depois para a observao de imagens, quando o adormecimento forado no funcionou.
Nenhuma imagem apareceu. Mais uma vez comecei a tentar a separao, mas depois surgi
u a sensao de estar totalmente desperto.
Comecei a tentar mover as mos para baixo ao longo do meu corpo e nas costas. Um
movimento fantasma surgiu depois de alguns segundos e minha conscincia imediatame
nte submergiu profundamente, afundando para longe do mundo exterior. Concentreime ainda mais no movimento e ele aumentou ainda mais. Comecei a tentar levantarme. Fui capaz de levantar-me, mas muito lentamente. Meu corpo parecia ser vrias v
ezes mais pesado do que realmente era. Qualquer relaxamento de minha parte imedi
atamente fazia com que eu retornasse para o estncil (corpo fsico real). Em um dete
rminado momento consegui separar completamente e me ver ao lado da cama. Tentei
caoticamente usar todas as tcnicas disponveis de aprofundamento, mas nada ajudou.
Voltei ao meu corpo. J tinha realizado o suficiente para aquela sesso.
096
Janeiro 2009
Obtendo informaes
Depois que fui para cama tive vontade de tentar entrar na FASE usando uma tcnica
direta. Depois de ter descansado um pouco e de ter feito alguma reflexo de final
de dia, o que me acalmou e relaxou at certo ponto, comecei a concentrar minha at
eno na rotao imaginada ao longo do eixo que vai da cabea aos ps. Fui incapaz de dar ma
is que metade de uma volta, no primeiro minuto. Fui capaz de executar uma volta
inteira. Isso ficou mais e mais fcil a cada minuto. Rodei em uma direo e depois em
outra. Periodicamente caia em sono e em um sonho superficial. Nem sequer tentei
a separao quando voltava tona, porque no senti nenhum sintoma da FASE. Em um determ
inado momento a conscincia afundou no inconsciente por um perodo mais longo de tem
po do que antes (quase adormeci completamente). Quando retornei a rotao estava um
pouco lenta. Intensifiquei a rotao e girei em torno de mim mesmo como um motor eltr
ico. Todo o meu corpo estava repleto de vibraes, mesmo que a rotao ainda fosse imagi
nria e no perceptivelmente real como de costume. Tambm ouvi rudos. Ficou claro que s
e no estivesse j na FASE, deveria estar perto dela. Tentei rolar para fora pela pr
imeira vez. Funcionou como um encanto. No ca no cho, mas flutuei uns cinco centmetro
s acima dele, como me pareceu.
Sem perder tempo levantei-me abruptamente no meio do quarto. No podia ver o quar
to em volta de mim, mas entendi que estava nele. Rapidamente comecei a apalpar o
cho, armrio, roupa de cama, meu prprio tronco e assim por diante. No todo poderia
dizer imediatamente que a FASE era profunda, mesmo que ainda no tivesse o sentido
da viso. Fiz tudo isso mais por hbito e para garantir uma FASE longa e segura. O
lapso de conscincia era recente e seria necessrio recuperar totalmente a conscincia
antes de entrar em ao, caso contrrio, poderia facilmente derivar para fora da FASE
. Aps 5 a 10 segundos de palpao minha viso voltou. Logo que a viso voltou olhei para
as minhas mos. Examinei todas as linhas das palmas e todos os dedos. A FASE torno
u-se no apenas real em termos de percepo, tornou-se hiper-realista.
Naquele momento rapidamente defini meus objetivos: obter informaes sobre a formao d
a FASE e conduzir um experimento sobre a conexo entre o corpo percebido na FASE e
o corpo fsico deixado para trs na cama. Inicialmente no lembrei o que mais queria
fazer, mas lembrei das outras tarefas ao completar as duas primeiras.
Todos os pensamentos a respeito do no meu plano de ao no demoraram mais que dois s
egundos. Fechei os olhos e concentrei-me em encontrar um velho sbio. De repente v
oei e rapidamente encontrei-me em uma cabana. Depois de voar atravs da parede, en
trei como se estivesse cambaleando. O sbio homem sentou-se de costas para mim. An
dei rapidamente para v-lo de frente. Perguntei-lhe como poderia fazer para melhor
ar a minha metodologia de ensino nos seminrios. Esperava que ele mais uma vez fos
se me propor truques e tcnicas especiais. Ao invs disso ele inesperadamente disse
que valia a pena trabalhar mais ativamente com o fator emocional e, especialment
e, a motivao, j que muitos no fazem o esforo necessrio, principalmente porque eles no
ntendem o que os espera e como interessante. Apesar das tcnicas algumas vezes ter
em que ser corrigidas, no h motivo para fazer isso quando eles no esto sempre motiva
ei-me a ainda tentar fazer alguma coisa. O despertar foi to alerta que foi um pou
co difcil convencer-me a esse fim. A situao foi agravada pelo movimento fsico. Estav
a deitado desconfortavelmente sobre meu estmago.
Imediatamente realizei o adormecimento forado por alguns segundos fazendo-me sen
tir uma queda acentuada no meu estado mental, como se estivesse recuando profund
amente em mim mesmo. Tentei imediatamente a separao, mas nada aconteceu: nem a lev
itao, nem o rolamento, nem levantar-me. Comecei a realizar uma das minhas tcnicas f
avoritas: o movimento fantasma. Nenhum movimento surgiu. Alguns segundos depois
tentei visualizar minhas mos. Tentei a observao de imagens. No houve resultado, mas
notei que minha audio estava diminuindo. J no podia ouvir claramente os sons proveni
entes do exterior da janela ou do quarto. Aquilo significava algo. Tentei novame
nte o movimento fantasma, mas nada aconteceu depois de alguns segundos de tentat
iva.
Decidi fazer a visualizao das mos em conjunto com o adormecimento forado. Comecei a
acenar as mos na frente do meu rosto, e, em seguida, esfreguei as palmas uma con
tra a outra tentando distinguir tudo isso visualmente. Enquanto isso me senti em
um estado mais profundo, levando a minha conscincia para o vazio. Foi ento que pe
rcebi que senti minhas mos menos debaixo do travesseiro e mais na frente do meu r
osto. Uma vez que minha conscincia distraiu-se com isso, tudo parou ali mesmo. Ma
is uma vez comecei a perder a FASE. Depois tentei sentir e ver minhas mos na minh
a frente. Com os vestgios restantes da minha conscincia comecei a notar que a pres
ena de minhas mos na frente do meu rosto estava cada vez mais palpvel. At comecei a
ser capaz de visualiz-las. Assim que percebi que podia v-las reativei minha conscin
cia e comecei a tentar discernir as mos, to claramente quanto fosse possvel. E depo
is de alguns segundos elas tornaram-se to claramente visveis quanto eram na realid
ade. Agora podia senti-las 100%. At esqueci onde elas repousavam na realidade. No
tinha passado mais que 30 segundos desde que houve o despertar inicial.
Depois disso, s levantei-me da cama e rapidamente mentalizei meu plano de ao. O te
lefone que estava no cho ao lado da cama inesperadamente comeou a tocar. Apanhei o
telefone e podia sentir no s suas caractersticas fsicas, mas tambm como ele vibrava
e como era o som de seu toque de chamada. Meu colega de trabalho apareceu na ide
ntificao de chamada. Eu me perguntei o que ele diria para mim na FASE. Apertei o b
oto para atender a chamada. Para minha surpresa o telefone continuou a tocar. Tor
nei-me confuso. Mais uma vez pressionei o boto para atender a chamada, mas sem su
cesso. Percebi que o telefone estava tocando provavelmente tambm na realidade.
Assim que percebi isso instantaneamente voltei ao meu corpo. O telefone estava
realmente tocando. De fato era meu colega de trabalho me chamando. A questo perma
neceu sobre o porqu do som no ter imediatamente me nocauteado na FASE. Talvez porq
ue o espao da FASE foi sobreposto ao mundo real de uma maneira completamente lgica
.
099
Dezembro 2010
Tornando-me a Mmia de Lenin
Foi um dia cansativo. Voei para Seattle a partir de Los Angeles e dirigi para Y
elm, apenas a tempo para a primeira sesso de um seminrio. por isso que o plano no e
ra entrar na FASE, mas, pelo menos, recuperar o atraso com algum sono.
Acordei bem cedo na manh seguinte e fui direito para a cozinha para pegar uma am
ostra das delcias que a minha hspede tinha preparado. L fora j estava bastante ilumi
nado e tive a chance de apreciar a beleza da floresta de pinho e do riacho que p
odia ver do lado de fora da janela. Pensei: que bom que deveria ser viver em um
lugar com uma paisagem dessas. Depois de ter apreciado algumas guloseimas com um
copo de leite, voltei para a cama. Quando me deitei quase que imediatamente ouv
i algum barulho. Isto era um enigma, j que a FASE raramente vem a mim de forma rpi
da e sem lapsos de conscincia. Aquele rudo era um sinal definitivo de que uma FASE
j estava em andamento. Algo no estava correto...
Finalmente ocorreu-me: nessas partes do norte nesta hora da manh no poderia estar
to iluminado l fora como me pareceu. Tudo tinha acontecido na FASE! Os deleites,
o leite e a paisagem. E at eu, com toda minha experincia, nunca teria descoberto i
sso se no fosse pelo rudo que denunciou o fato de que estava na FASE, uma vez que
voltei ao meu corpo. Incrvel!
Rolei para fora do meu corpo imediatamente e realizei uma srie de experincias...
Assim que o meu plano de ao obrigatrio tinha sido concludo fui devolvido ao meu cor
po. Rolei de novo com facilidade e decidi passear nos arredores da pequena e fab
ulosa cidade de Blueberry Hill, chegando at l pela fora de vontade. O lugar era bas
tante impressionante. Atravessei pela janela e comecei a correr em torno da casa
a uma distncia de aproximadamente 100 metros, examinando atentamente tudo com o
que me deparava.
Com meu plano de ao secundrio completo, retornei ao meu corpo. No conseguia lembrar
de mais nada importante a fazer. Mas eu tinha que espremer tudo desta FASE e usla ainda mais. Por algum motivo tive a estranha idia de transformar-me no corpo m
umificado de Vladimir Lnin em seu tmulo na Praa Vermelha de Moscou. Sem antes separ
ar comecei a tentar sentir-me sendo ele. Meu corpo foi imediatamente reduzido em
estatura. Comecei a sentir-me na posio exata em que o corpo encontra-se em sua mmi
a, bem como em suas roupas. Pela primeira vez em muito tempo, quando comecei a s
entir o ambiente circundante estando na FASE, tive um sentimento muito assustado
r. O realismo incrvel das sensaes evocaram algum estranho terror que me fez decidir
encurtar a FASE, indo contra o meu prprio conselho. Voltei para o meu corpo com
apenas um pouco de dificuldade. Abri os olhos. Estava escuro ao meu redor. Era d
uas horas da manh.
Voltei para o corpo de Lnin, mas o terror no retornou. Fiquei de certa forma um p
ouco infeliz, pois gostaria de experimentar tais sentimentos extraordinrios novam
ente. Vendo como minha aventura tinha sido ilustrativa para muitos itens do meu
currculo, decidi compartilh-la com todos no seminrio do dia seguinte e dar umas boa
s risadas.
100
MAIO 2011
Uma Tpica FASE Investigativa
Acordei s 6:00h. Liguei a televiso no canal de notcias CNN. Comi alguma coisa como
meu costume. Depois de assistir s ltimas notcias desliguei a televiso. Comecei a re
ver atentamente meu plano de ao para as FASES futuras do dia e adicionar novos det
alhes. A primeira FASE da manh era para ser dedicada a um experimento sobre a man
uteno, por meio de assumir uma posio extremamente desconfortvel ou mesmo dolorosa com
o corpo percebido. Na segunda FASE seria necessrio realizar um experimento sobre
a consistncia da percepo do corpo. Algo como separar ou cortar um brao e ver o que
acontece com as sensaes. Outros pontos do plano de ao para as subsequentes FASES con
sistia-se em situaes mais "p no cho" e em metas dirias.
As 6:20h fechei a porta da varanda, coloquei tampes de ouvido e coloquei uma msca
ra de dormir para que a luz solar no interferisse. Depois de deitar em uma posio co
nfortvel, de barriga para baixo, mais uma vez pensei sobre o meu plano de ao. Decid
i entrar na FASE usando uma tcnica direta. No comecei com a tcnica imediatamente. A
o invs disso decidi chegar ao limiar do primeiro sono. Em um determinado momento
me perdi em pensamentos e minha imaginao transformou-se em episdios que me envolver
am. Minha mente retornou ao corpo de repente. Tentei separar mas no tive sucesso.
Comecei a fazer a tcnica de rotao muito lentamente e de forma passiva. Minha consc
incia mais uma vez comeou a desaparecer e ocorreu outro lapso superficial. No cami
nho de volta, nem levantar-me, nem levitar, nem rolamento foram bem-sucedidos co
mo tcnicas de separao. Podia sentir que uma FASE se aproximava. Comecei a fazer vis
ualizao sensrio-motora imaginando que j tinha separado e estava andando pelo quarto,
enquanto estava aprofundando a FASE. Essas sensaes imaginadas comearam a tornar-se
reais aps outro micro-lapso de conscincia de cerca de trs minutos.
Assim que as sensaes tornaram-se fiis realidade, rapidamente as tornei hiper-reali
sta atravs de uma mistura de palpao, exame visual minucioso e da inteno focalizada. C
a para trs no cho e dobrei minhas pernas tentando recriar um sentimento de puxo nos
meus quadris, que uma vez me ajudou a permanecer na FASE por um longo tempo. Des
ta vez minhas pernas dobraram-se de forma bastante flexvel. Nenhuma dor ou tenso s
urgiu. Tendo sensao de que a FASE finalizaria em breve de qualquer maneira, comece
i a torcer as minhas pernas ainda mais intensamente. Uma leve dor finalmente che
gou. Percebendo que no poderia esperar muito mais nesse ponto decidi ver se essas
fracas sensaes eram suficientes para manter a FASE. Agora esmorecendo mantive min
has pernas em uma posio to dolorosa quanto foi possvel. Comecei a contar os segundos
que se passaram durante todo o tempo, desfrutando de uma tranquilidade incomum
da FASE. Afinal de contas, para permanecer na FASE pelo maior tempo possvel, norm
almente requer uma ao catica a fim de estimular todos os sentidos. Aos 26 segundos
as sensaes de repente comearam a dissipar-se, assim como a dor. Alguns segundos dep
ois eu estava de volta no meu corpo. Fui incapaz de me reinserir no estado de FA
SE, o que significava que seu curso tinha se extinguido completamente.
Comecei a cair no sono com a inteno de repetir o teste durante a minha prxima expe
rincia na FASE e s ento passar para as outras atividades do meu plano de ao. O mtodo i
ndireto me traria mais duas vezes para a FASE naquela manh, o que me permitui con
tinuar com o experimento. Uma outra FASE viria graas a tornar-me consciente duran
te o sonho. Tudo isso aconteceu por volta de 9:30h.
que as experincias sensoriais da viglia. Este conceito difcil de imaginar sem que s
e tenha experincia anterior com a FASE. No sem razo que esta prtica considerada um e
stado mais elevado de auto-hipnose ou meditao. Em vrios movimentos religiosos e msti
cos (exemplo: yoga, budismo, dentre outros) esta prtica referida, sob diversos no
mes, como sendo a mais alta realizao humana.
Como a FASE Difere da Viglia e do Sonho
Viglia
FASE
Sonho
Conscincia e
Autoconscincia
v
v
------Realismo
da Percepo
v
v
------Estabilidade
do Espao
ao Redor
v
------------Esforo Necessrio
para Entrar
------v
-------
Fato interessante!
Participaram de seminrios na Escola de Viagens Fora do Corpo pessoas com 9 anos
de idade e pessoas com 75 anos. Ainda que muitos preocupem-se com a questo do qua
nto a idade ajuda ou atrapalha na prtica, estas so as pessoas que demonstram algun
s dos melhores resultados de seus grupos.
Mesmo uma abordagem cientfica para o fenmeno estabelece inequivocamente que a FAS
E acessvel a todos, excetuando-se as pessoas que possuem patologias cerebrais gra
ves. Isto tem sido inequivocamente confirmado pela pesquisa experimental. No h sen
tido no raciocnio de que a FASE algo difcil, acessvel apenas a um pequeno crculo de
pessoas ou fora do alcance de qualquer pessoa. As dificuldades em domin-la deve-s
e apenas a erros relacionados com a tcnica e no inacessibilidade do fenmeno.
A CINCIA E A FASE
A cincia s aceitou a possibilidade do estado de FASE dentro do contexto da conscin
cia dos sonhos com a experincia realizada por Keith Hearne em 1975 na "England's
Hull University". Ao longo do experimento, o praticante Alan Worsley foi capaz d
e fazer movimentos oculares deliberados e previamente acordados, ao mesmo tempo
em que o monitor do eletroencefalograma indicava que seu crebro estava em um esta
do de sono. Vrios anos depois Stephen LaBerge realizaria uma experincia semelhante
na Universidade de Stanford. Stephen LaBerge tornou-se conhecido devido a sua c
ontribuio ativa para o desenvolvimento deste campo de estudo.
Um bom nmero de experimentos cientficos tm sido realizado em todo o mundo para pro
var a existncia do fenmeno e investigar a sua natureza. Experimentos realizados em
trs praticantes da FASE no Instituto Max Plank, em Frankfurt (2008) demonstraram
o seguinte: a maior diferena entre os estados de viglia, a FASE e movimento rpido
dos olhos (REM) observada na frequncia de 40 Hz e est concentrada nas partes front
ais do crebro. Foi demonstrado que a FASE algo que fica entre a viglia e o sono RE
M. Partes do crebro que so mais responsveis pela conscincia e cujo desenvolvimento d
istingue os humanos dos primatas so as mais ativas enquanto na FASE. Este trabalh
o foi realizado por J. Allan Hobson, Ursula Voss, Romain Holzmann e Inka Tuin. C
rditos so dados a eles por demonstrarem a diferena entre os estados de conscincia em
40 Hz.
a prtica. A prtica indiscutvel enquanto a teoria sempre leva contestao. Por essa raz
no faz diferena que o praticante considere a natureza do fenmeno como sendo esotric
o ou mstico. Toda pessoa tem direito sua prpria perspectiva. De maneira alguma o o
bjetivo deste livro influenciar qualquer filosofia de vida ou incentiv-la a se do
brar a qualquer teoria. O mais importante que o leitor seja capaz de obter a prti
ca real do fenmeno.
Infelizmente ainda no h definio clara do fenmeno na cultura esotrica nem um termo ine
quvoco para ele. Dependendo da prtica esotrica, o estado de FASE alternativamente c
onfundido com projeo astral ou viagens fora do corpo e s vezes com o sonho lcido. po
stulado que a alma ou o corpo astral deixa o plano fsico e encontra-se em algum l
ugar: no mundo fsico, no mundo dos sonhos, no plano astral e etc. O nmero de mundo
s que podem ser visitados varia dependendo da escola mstica. O plano astral pode
ser mais alto ou mais baixo, ou tambm o plano mental, o plano etreo e assim por di
ante. Em algumas escolas msticas esta considerada a maior experincia em termos de
uma prtica pessoal e do estado de ser. Em outras equiparada ao mundo fsico e apena
s mais uma camada entre reinos etreos. As explicaes sobre a natureza do fenmeno e se
u significado tambm variam amplamente.
Tambm frequentemente considerado o mesmo estado que as pessoas experimentam quan
do morrem. Em muitas prticas e religies orientais, como o budismo por exemplo, ond
e o principal objetivo interromper o ciclo das reencarnaes atravs de permanecer con
sciente enquanto morre, acredita-se que morrer consciente s pode ser realizado at
ravs da capacidade de entrar na FASE, o que seria uma forma de treinamento para o
momento da morte, permanecendo consciente durante a mesma.
H discordncias interminveis sobre como sonho lcido, ou seja, conscincia do sonho, di
fere da chamada "viajem para fora do corpo", e se a sua classificao na FASE se jus
tifica. A mesma controvrsia estende-se para outro termo esotrico: projeo astral. Ess
as dvidas s se constituem em problemas para os novatos e para aqueles cuja familia
ridade com a FASE superficial. Nenhum praticante experiente capaz de diferenciar
inequivocamente esses fenmenos, embora as explicaes para isso possam variar. Ao cl
assificar todos esses fenmenos juntos, um praticante concluir que um mundo paralel
o, enquanto outro pode afirmar que tudo gerado pela mente.
H muitas razes para classificar o sonho lcido, ou seja, a conscincia do sonho, junt
amente com as viagens fora do corpo. Isto no provado somente atravs das pesquisas
j existentes e do grande nmero de experincias pessoais. H uma srie de perguntas que o
s adeptos da diviso dos fenmenos da FASE em vrios estados no podem responder. Primei
ro: Porque os "sonhadores lcidos" e os "viajantes para fora do corpo" usam exatam
ente as mesmas tcnicas para conseguir seus estados, mas apenas chamam o resultado
por nomes diferentes? Segundo: Porque as propriedades fundamentais do plano for
a do corpo e do mundo do sonho lcido so exatamente as mesmas? Terceiro: Se o mundo
dos sonhos pode assumir qualquer forma externa com quaisquer propriedades, como
que se diferencia uma separao real entre a alma e o corpo no mundo fsico e uma sep
arao num astral paralelo a partir de um espao de sonho simulado? Muitos podem ofere
cer explicaes tericas, mas ningum pode comprov-las na prtica.
As pessoas costumam encontrar dificuldades fisiolgicas extremas em deixar para t
rs a idia de que h uma infinidade de mundos para onde eles podem ir. Isto geralment
e est firmemente entrelaado com sua filosofia de vida e viso de mundo, cujas costur
as podem ser puxadas por esse tipo de questionamento. Porm, mesmo os adversrios da
classificao conjunta das experincias de FASE podem facilmente usar as tcnicas para
alcan-la de uma forma compatvel com suas perspectivas. Isto novamente demonstra o p
apel secundrio da teoria e mostra a importncia primordial da prtica.
Fato interessante!
Se algum acredita que necessrio posicionar a cama com a cabeceira voltada para o
noroeste, ou alguma outra direo, a fim de ter experincias fora do corpo mais eficaz
es, isso ir invariavelmente ter um efeito positivo nos resultados. O assunto em q
uesto no o posicionamento do corpo, mas sim, a firme crena decorrente de uma inteno,
que, por sua vez, extremamente importante.
Tem-se observado que um estilo de vida regular e ordenado aumenta a frequncia de
experincias genunas e duradouras na FASE. Um sono normal e saudvel o exemplo mais
bsico de uma escolha por um estilo de vida que produza impacto direto e positivo
nos resultados, especialmente quando o praticante compromete-se com noites compl
etas de descanso vrias vezes por semana.
A fim de entender melhor a abordagem adequada para a prtica, vale a pena enumera
r quatro tipos de pessoas que costumam ter resultados melhores e com mais rapide
z. Primeiro: as pessoas que so inclinadas s cincias exatas. Quanto mais exatamente
as instrues dadas neste livro forem seguidas, maior ser sua eficcia. Pessoas com men
tes matemticas (mais inclinadas lgica) comeam imediata e claramente entender todo o
processo em sua totalidade, razo pela qual eles tm mais sucesso em sua realizao. Em
seguida esto os atletas. Sua prtica facilitada pela sua clareza de propsitos, bem
como a capacidade de concentrar-se e de avanar alm de seus limites. Compe o tercero
tipo de pessoas aqueles que gostam de dormir. Uma prtica bem-sucedida pode ser p
revista para uma pessoa que adormece facilmente e pode dormir por 10 a 12 horas,
acordando muitas vezes e, em seguida, caindo no sono novamente. Finalmente, as
crianas. Seu sucesso garantido no s por fatores fisiolgicos, mas tambm devido a uma m
aior clareza de esprito, ainda no sendo oneradas com conhecimento intil e paralisad
as por anlise excessiva. Instrues prticas alcanam suas mentes livres e so facilmente e
xecutadas sem erro.
No h absolutamente nenhuma exigncia para enquadrar-se nas categorias acima a fim d
e assumir a prtica dos estados de FASE. Voc s precisa discernir e entender esses ti
pos de pessoas, tentar encontrar traos similares em si mesmo, e em seguida, acent
u-los em sua prpria prtica.
Podem ser apontados certos tipos de pessoas que muitas vezes tm dificuldades em
iniciar a sua prtica da FASE. Os primeiros so aqueles que tm sono leve, breve ou in
termitente devido s caractersticas fisiolgicas, estilo de vida ou seu trabalho. Em
seguida, esto os praticantes ativos de tcnicas esotricas com muitos anos de experinc
ia. As mentes dessas pessoas esto to sobrecarregadas por vrias teorias e prticas que
pode ser impossvel transmitir para elas mesmo o mais bsico sobre as tcnicas, j que
elas imediatamente interpretam tudo sua maneira idiossincrtica e sintetizam-nas c
om outro conhecimento acumulado. Depois esto as pessoas que so desatentas. Idiossi
ncrasia a maneira de ver, sentir e reagir, peculiar a cada pessoa. ( uma disposio d
o temperamento e da sensibilidade que faz com que um indivduo sinta de modo espec
ial e muito seu a influncia de diversos agentes). O problema das pessoas desatent
as consiste na frequncia com que dirigem seu foco para questes secundrias, ao mesmo
tempo ignorando ostensivamente o que mais importante.
Se um praticante se encaixa em uma das categorias acima no significa que nada va
i funcionar para ele ou que seja melhor ele desistir desta prtica. A verdade que
esta prtica funciona para todos, mas alguns dos hbitos e comportamentos relacionad
os acima podem interferir com o seu desenvolvimento. Se voc reconhecer tais tendnc
ias em si mesmo, tudo o que tem a fazer tentar super-las ou mitig-las. (Mitigar si
gnifica: Amansar, tornar brando, aliviar, suavizar, acalmar, atenuar, diminuir).
Um dos principais critrios para um bom incio de uma prtica fora do corpo abord-la c
omo uma lousa em branco. Se um praticante tiver lido, ouvido ou experimentado al
go, mesmo tendo a ver com esse fenmeno, melhor esquec-lo ou pelo menos coloc-lo de
lado por agora. A lousa em branco deve ser cuidadosa e exatamente preenchida com
estas instrues que tm sido comprovadamente funcionais para milhares de pessoas em
todo o globo.
Uma srie de prticas comprovaram ter um efeito positivo sobre as viagens fora do c
orpo. Esportes ajudam a aprender a concentrar-se em metas para fazer com que fra
quezas sejam superadas. A prtica de parar o dilogo interno permite intensa concent
rao e evita anlises desnecessrias quando desejado. Auto-hipnose e meditao tambm permit
m aprender a concentrar-se, bem como ter controle sobre a mente e o corpo. Voc nu
nca deve esgotar suas energias e entusiasmo realizando um nmero excessivo de prtic
as de uma s vez. Isso normalmente leva total falta de resultados.
No deve haver neuroticismo ou obsesso ao se aproximar da FASE, pois reduzem as pr
obabilidades de sucesso para praticamente zero. Todas as aes devem ser tranquilas
e seguras de si, sem deixar que a importncia do objetivo final leve a pessoa a um
frenesi.
O sono profundo um indicador de que a pessoa est tendo uma abordagem correta e e
st seguindo as instrues. Se todos os mtodos forem implementados corretamente o prati
cante sempre desfrutar de sono profundo. Por outro lado, sono agitado e cronicame
nte leve, assim como insnia, sempre so indicativos de erros na abordagem da prtica.
Um sentimento geral de bem-estar tambm um bom indicador de uma correta abordagem
. A prtica correta da FASE nunca causar fadiga nem desgaste emocional ou fsico. Pel
o contrrio, a FASE deve ser emocionalmente revigorante e energizante. Simplifican
do: a prtica no deve causar qualquer desconforto mesmo durante tentativas mal suce
didas.
REGIME DE PRTICA: 2 A 3 DIAS POR SEMANA
Nunca recomendvel praticar o Estado de FASE mais que 2 ou 3 dias por semana! Ist
o categoricamente proibido para os novatos e motivado por fatores externos, alm d
e uma poro de outras razes, principalmente psicolgicas. Ao longo dos primeiros meses
, ou mesmo anos, melhor concentrar-se em apenas tentativas antes de um dia de fo
lga do trabalho, quando no h necessidade de acordar cedo ou quando possvel tirar so
necas tarde. Nunca faa qualquer tentativa de deixar o corpo em outros dias. Duran
te esses outros dias tente desviar-se da FASE e ocupe-se com outras prticas muito
diferentes dela.
Se a FASE comear a ocorrer de forma espontnea durante essa interrupo no h necessidade
de fugir dela. Aproveite essas oportunidades fazendo uso de todo seu repertrio d
e tcnicas e de todas as suas habilidades prticas.
Com o passar do tempo, apenas os praticantes experientes so capazes de definir u
m cronograma ideal que no afete a qualidade de suas tentativas. Alguns podem at fa
z-las todos os dias. No h sentido em forar-se a esse nvel. impossvel para o novato n
mportando o quo bem ele tenha aprendido todos os aspectos mais importantes da prti
ca.
Fato interessante!
Os novatos que participam dos seminrios de 3 dias de aulas na Escola de Viagens
Fora do Corpo executam prticas em duas noites seguidas. Por um grande nmero de raze
s, isto to eficaz quanto seria se o seminrio durasse cinco 5 dias ao todo.
Se um praticante tem tentado tcnicas de entrada na FASE todos os dias ou quase t
odos os dias, ele deve fazer uma pausa de 1 a 2 semanas para comear a faz-las nos
momentos certos (2 ou 3 vezes por semana).
Voc deve tentar entrar na FASE apenas 2 a 3 dias por semana, independentemente d
e suas tentativas serem ou no bem-sucedidas. Esta deve ser uma regra obrigatria, d
e modo que voc no sofra de exausto emocional ou bata com cara na parede em relao sua
prtica. Quando seguida corretamente, voc pode ter muitas experincias com a FASE ao
longo de um nico dia, e por isso mesmo que 2 a 3 dias por semana totalmente sufic
iente para fazer progressos constantes.
Ignorar esta regra pode levar o praticante a ter graves conseqncias. A entrada na
FASE pode no acontecer e um bloqueio na prpria prtica pode surgir devido falta de
sucesso. Esse bloqueio pode piorar e levar at a perda completa da f em nossas prpri
as capacidades ou at mesmo a perda da ocorrncia do prprio fenmeno. A nica cura uma ab
stinncia ainda maior durante a semana. Uma abstinncia peridica tambm til, mesmo quand
o a prtica est sendo bem-sucedida. Para ser franco, um praticante da FASE deve man
ter um certo ritmo e ciclo durante bons e maus momentos.
SEQUNCIA DE AES PARA DOMINAR A FASE
Um praticante novato deve compreender o processo de aprendizagem e de domnio da
entrada na FASE. Este procedimento consiste em diversas etapas primrias onde cada
uma delas uma cincia nica.
1) O primeiro e mais importante passo est relacionado com as tcnicas utilizadas p
ara entrar no estado de FASE. No necessrio dominar todas as tcnicas de entrada (dir
etas, indiretas, sonho consciente). Aprender e aplicar as tcnicas mais fceis forne
ce os pr-requisitos necessrios para os mtodos mais avanados. Se assim o desejar possv
el experimentar tcnicas de entrada mais difceis concomitantemente utilizao de mtodos
fceis enquanto estiver passando por etapas subsequentes para dominar a FASE.
2) Ao contrrio da opinio popular, a necessidade de tcnicas conscientes no cessa com
a entrada na FASE. absolutamente necessrio aprender e aplicar mtodos de aprofunda
mento na FASE para se conseguir um consistente ambiente hiper-realista. A no apli
cao de tcnicas de aprofundamento garante que a experincia ser confusa e indefinida, d
esinteressante e de curta durao. Aps ter dominado qualquer um dos mtodos de entrada,
os praticantes devem imediatamente aprender e aplicar as tcnicas de aprofundamen
to.
3) A terceira etapa envolve tcnicas de manuteno da FASE, pois, sem elas, uma pesso
a comum teria experincias com durao muito mais curta. Quando o praticante encontrase na FASE, a questo de como deix-la quase nunca ocorre, pelo contrrio, normalmente
o praticante empurrado para fora se no fizer nada no curso de alguns segundos.
4) Depois de aprender todas as tcnicas necessrias para dominar o estado de FASE h
ora de aprender e aplicar os mtodos de controle que englobam a capacidade de tran
slocar, encontrar e interagir com objetos, influenciar o ambiente e assim por di
ante.
5) Uma vez que os passos observados anteriormente tenham sido realizados, o pra
ticante poder continuar a aplicar as experincias adquiridas na FASE para melhorar
a vida cotidiana. Ao longo deste guia iremos examinar dezenas dessas valiosas ap
licaes.
SEQUNCIA DE AES PARA DOMINAR A FASE
A prtica da FASE somente ser vantajosa e efetiva quando os resultados forem consi
stentes. Se um praticante entrar na FASE apenas uma vez por ms a experincia ser emo
cional demais a ponto de no permitir a observao de importantes princpios e metodolog
ias. A entrada deve ocorrer pelo menos uma vez por semana. ambicioso, porm benfico
, trabalhar visando a obteno de uma quantidade maior que uma entrada semanal. De d
uas a quatro experincias com a FASE por semana pode ser considerado o nvel de um g
rande mestre, mas est longe de ser o limite superior (2 a 6 FASES por dia!).
Como regra, os praticantes novatos alcanam a FASE menos frequentemente do que de
sejado. Com tentativas regulares o sucesso ocorre com mais frequncia, o que ajuda
a aliviar qualquer frustrao resultante de tentativas fracassadas.
Todo praticante novato deve perceber que as instrues dadas neste livro so as melho
res ferramentas para a pessoa mdia atingir o estado de FASE. Muitos tm suas prprias
idiossincrasias fisiolgicas e estilo de vida, e assim, alguma coisa poderia no at
end-los ou ser contra a sua natureza. Desde o incio so permitidos pequenos ajustes
com as instrues, desde que eles sejam pequenos. Mudanas substanciais so apenas para
pessoas com experincia substancial e s devem ser feitas usando mtodos experimentado
s e verdadeiros. Os mtodos funcionam para todos e para todos os casos, mas para o
praticante experiente eles so apenas modelos que podem ser ajustados para melhor
ar ainda mais os resultados. Se nada funcionar para um praticante, no uma questo d
e mtodo, mas uma questo de quo bem o mtodo est sendo aplicado. por isso que a introdu
de mudanas substanciais nas FASES iniciais categoricamente proibida.
O objetivo deste livro estabelecer uma base slida para a prtica individual que de
sprovida de quaisquer elementos duvidosos. Algumas coisas podem no ser to extravag
antes ou fantsticas como se poderia desejar. Por outro lado, tudo aqui descrito e
st respaldado pelos fatos. Todo mundo tem o direito de escolher seu prprio caminho
, sua filosofia de crescimento pessoal e sua interpretao do que est acontecendo na
construo do alicerce da prtica que est aprendendo.
TIPOS DE TCNICAS
Existem trs tipos principais de tcnicas que possibilitam a entrada na FASE: a dir
eta, a indireta e o sonho consciente. Estes mtodos so executados estando-se deitad
o ou reclinado, de olhos fechados e com o corpo em um estado de relaxamento.
Fato interessante!
Frequentemente as pessoas tm uma experincia fora do corpo sem conhecimento prvio o
u crena no fenmeno. Simplesmente acontece! Um grande nmero de evidncias foram reunid
as para comprovar este fato. Ainda mais interessante que as experincias espontneas
ocorrem frequentemente aps um breve estudo de um material sobre o tema, como por
exemplo, este guia.
ias. O mtodo indireto ser responsvel por cerca de 50% (metade atravs de separaes imedi
atas ao acordar e a outra metade usando as tcnicas). O restante das experincias se
ro obtidas graas conscincia dos sonhos. Algumas vezes a fronteira entre os mtodos to
difcil de definir que parece impossvel atribuir uma entrada na FASE a um mtodo espe
cfico.
Alm das tcnicas descritas acima tambm h meios no autnomos e instrumentos: vrios dispo
itivos, programas, influncias externas e assim por diante, que podem ser utilizad
os para entrar na FASE. necessrio mencionar que elas s so teis para os praticantes q
ue so capazes de entrar na FASE sem ajuda suplementar.
Algumas substncias qumicas tm sido recomendadas para ajudar a entrada na FASE. O u
so destas substncias nunca produziu o efeito que pode ser alcanado atravs da prtica
no adulterada.
CONTRA-INDICAES
No existe prova cientfica de que entrar na FASE seja perigoso ou mesmo seguro. Co
nsiderando que o estado de FASE existe como ocorrncia natural dos estados da ment
e, pouco provvel que seja perigoso. A FASE acompanhada por movimentos rpidos dos o
lhos (REM - Rapid Eye Movement) que cada ser humano vivencia por at 2 horas por n
oite. Deduz-se ento que a experincia de FASE seja inteiramente segura e natural.
J so confirmadas as influncias psicolgicas da FASE sobre a mente e o corpo fsico, ou
seja, os efeitos emocionais que podem ocorrer durante o acesso ao estado de FAS
E.
A entrada na FASE uma experincia incrvel e muito profunda que pode provocar o med
o que invocado por um instinto natural de autopreservao. A FASE pode criar estress
e. Isto especialmente verdadeiro para os novatos e para aqueles que mal conhecem
a natureza do fenmeno e as tcnicas utilizadas para control-lo. Sem o conhecimento
e a prtica adequada, uma reao induzida pelo medo pode ocasionar emoes indesejadas. Af
inal, na FASE, a fantasia se torna realidade rapidamente e os medos reticentes p
odem assumir qualidades hiper-realistas. O medo pode afetar negativamente pessoa
s sensveis, o idoso e pessoas com doenas cardiovasculares. Isto no significa que as
pessoas nestes grupos devam abster-se de praticar a FASE. A soluo : conhecer e evi
tar os estressores comuns associados com a prtica, conhecer a mecnica de controle
de objetos e compreender os princpios necessrios para executar uma sada de emergncia
.
Dada a possibilidade de experincias negativas acontecerem na FASE, seria aconsel
hvel que os praticantes limitassem o tempo em 15 minutos, embora seja bastante ex
cepcional manter a FASE at tal durao. Os prazos propostos so totalmente tericos e mot
ivados pelo fato de que os sonos REM naturais normalmente no duram mais do que 15
minutos, e, correndo o risco de ter efeitos colaterais devido alterao dos ciclos
naturais, as experincias direcionadas a prolongar artificialmente os sonos REM no
so recomendadas.
RECOMENDAES SOBRE O USO DESTE LIVRO DIDTICO
Durante a instruo em sala de aula na Escola de Viagens Fora do Corpo vrios fatores
-chave so conhecidos por produzir efeitos positivos e negativos que podem aumenta
r ou diminuir a probabilidade de sucesso durante a prtica individual:
Efeito positivo na Prtica
Efeito negativo na Prtica
Estudo atento e completo do material do curso
Estudo precipitado e desatento dos materiais do curso
Trabalho consistente com elementos prticos
Aplicao inconsistente das tcnicas
A prtica genuna de entrada na FASE iniciada de forma mais eficiente quando so util
izados os mtodos mais fceis e mais acessveis: as tcnicas indiretas; que so aes conscie
tes realizadas ao despertar do sono. Alguns crticos supem incorretamente que as tcn
icas indiretas no so ideais e preferem comear com tcnicas diretas. Isso no d nenhuma g
arantia de sucesso e resulta em um grande desperdcio de tempo e esforo. Iniciar a
prtica utilizando tcnicas indiretas aumenta consideravelmente a possibilidade de e
ntrada na FASE.
Uma tcnica especfica que se adapte a todos os praticantes um mito, j que os indivdu
os diferem muito em personalidade, psicologia e velocidade de aprendizagem. Exis
te um procedimento, ou uma sequncia de aes que considera as caractersticas de cada p
essoa, que se constitui na maneira mais racional e eficaz para se atingir as ent
radas iniciais na FASE. Esta sequncia de aes compreende a prtica cclica das tcnicas in
diretas referidas neste captulo. Essas tcnicas, apesar de seus vrios graus de dific
uldade, so adequadas a todos os praticantes que desejem experimentar a FASE.
Podem ser esperados resultados imediatamente aps as primeiras tentativas. Para a
lcanar resultados mensurveis devem ser feitas em mdia cinco tentativas por dia. Faz
er mais que 5 tentativas ao longo de um dia tambm bom. No h dificuldade em entender
como as tcnicas devem ser executadas, uma vez que esto claramente definidas e tm c
omo base processos internos reais. Devido prtica correta das tcnicas indiretas, ma
is da metade dos alunos da Escola de Viagens Fora do Corpo conseguem entrar na F
ASE depois de apenas dois dias.
Fato interessante!
Muitos praticantes experientes preferem ignorar o esforo associado com as tcnicas
diretas e aprimoram suas habilidades atravs do uso exclusivo das tcnicas indireta
s.
A fim de assegurar que os esforos sejam mais frutferos vamos examinar cada etapa
e princpio por trs das aes. Vamos comear a partir de uma descrio das tcnicas em si, q
se aplicam tanto s tcnicas diretas quanto s indiretas. Elas se diferem apenas em ca
racterstica e tempo de aplicao.
Depois de praticar todas as tcnicas indiretas apresentadas neste captulo o pratic
ante dever ser capaz de escolher trs ou quatro dentre as mais simples e eficazes.
As tcnicas de separao sero examinadas mais tarde. Elas so completamente diferentes d
as tcnicas usuais que s levam o praticante at a FASE, mas no necessariamente separao
o corpo. Depois do emprego dessas tcnicas tambm necessrio saber como fazer parar a
percepo do corpo fsico.
necessrio entender qual o momento certo para empregar essas tcnicas e a importncia
de despertar do sono sem abrir os olhos e sem mover o corpo. A tentativa de ent
rar na FASE imediatamente aps o despertar deve ser aprendida e praticada a ponto
de se ter o domnio, uma vez que constitui a principal barreira para uma prtica bem
-sucedida.
Depois de examinar as informaes relacionadas com as tcnicas indiretas sero examinad
os seus ciclos, incluindo o que so, como funcionam e como podem ser mais bem util
izados. O sucesso da entrada na FASE o resultado direto da realizao destes ciclos.
Existem excees. No totalmente necessrio prosseguir com estes ciclos se a prpria ment
e do praticante, de alguma forma, sugerir exatamente a partir de onde se deve co
No importa qual parte do corpo seja utilizada para exercitar a tcnica do moviment
o fantasma. Pode ser o corpo inteiro ou apenas um dedo. Nem importante a velocid
ade do movimento. O objetivo da tcnica aumentar a amplitude do movimento percebid
o.
Treinamento. Para treinar a tcnica do movimento fantasma, deite-se, feche os olh
os e relaxe a mo e o antebrao por alguns minutos. Sem mover nenhum msculo, tente, p
or 2 a 3 minutos cada, fazer os seguintes movimentos: para cima e para baixo, pa
ra esquerda e para direita, fazer rotao, estender e contrair os dedos, abrir e fec
har o punho. Inicialmente nenhuma sensao ir ocorrer. Gradualmente a sensao de ao muscu
ar se tornar to evidente que o movimento percebido ser indistinguvel do movimento re
al. Durante as primeiras tentativas de treino os praticantes frequentemente tent
am abrir os olhos para ver se o movimento real est ocorrendo. Isso mostra o quo re
al a sensao parece.
Visualizao
Testando a Eficcia Individual. Imediatamente aps ter despertado de um sono, perma
nea imvel e com os olhos fechados. Tente examinar atentamente algo previamente det
erminado e prximo (10 a 15 centmetros dos olhos) por 3 a 5 segundos. Pode ser suas
prprias mos esfregando uma na outra ou pode ser uma ma. Se no surgirem imagens dentr
o de 5 segundos, mude para outra tcnica. Se surgirem imagens, mesmo que estejam f
racas, desfocadas ou embaadas, mantenha a tcnica e tente examin-las da melhor manei
ra possvel. A imagem tornar-se- mais vvida e saturada de cores. To logo ela se torna
r perceptivelmente real voc poder separar-se do corpo.
Ao executar a tcnica evite o erro mais comum: somente imaginar que est vendo o ob
jeto, ao invs de procurar ter uma viso real do mesmo. A principal diferena entre ob
servar imagens e visualiza-las est no desejo ativo de ver algo previamente determ
inado, ao invs de olhar passivamente para o vazio em busca de algumas imagens esp
ontneas.
Treinamento. Para praticar essa tcnica, deite-se com os olhos fechados em um qua
rto escuro e tente detectar vrias imagens predeterminadas no vazio diante de seus
olhos, comeando por objetos simples (mas, velas, um X, etc) e chegando at objetos m
ais complicados (paisagens, interiores de quartos, cenas de ao, e assim por diante
). Tente ser capaz de ver todos os detalhes dos objetos visualizados o mais clar
amente possvel. Quanto mais vvidas e mais detalhadas forem as imagens, melhor ser o
resultado final. tambm desejvel tentar ver objetos que esto um pouco acima do nvel
dos olhos, prximos da testa.
Movimento Imaginado
Testando a Eficcia Individual. Imediatamente aps ter despertado de um sono, perma
nea imvel e com os olhos fechados. Por 5 a 10 segundos, concentre-se na visualizao d
e qualquer das seguintes aes: correr, pular corda, etc. Se nada acontecer, uma tcni
ca diferente dever ser empregada. Se a sensao de movimento for fraca ou surgir a se
nsao de estar em dois corpos ao mesmo tempo, mantenha a tcnica e aumente o grau de
realismo da sensao para o mais alto possvel: ao nvel da sensao real. Nesse momento a s
ensao imaginada tornar-se- dominante e voc poder tentar se separar de seu corpo, pois
voc j estar na FASE. Ao implementar esta tcnica poder haver uma translocao espontnea
aso ocorra uma translocao espontnea, a separao se torna desnecessria.
Treinamento. Para praticar a tcnica, deite-se com os olhos fechados em um quarto
escuro e tente sentir to autenticamente quanto possvel vrios tipos de movimentos i
maginados: nado livre, corrida, caminhada rpida, pedalar com as mos e com os ps, pu
lar corda, esfregar as mos uma contra a outra em sua frente e etc. Esse treinamen
to vai te ajudar a aprender a criar rapidamente a inteno de se ter uma sensao especfi
ca, que ir desempenhar um papel chave justamente quando for mais necessrio.
Audio Interna
Testando a Eficcia Individual. Imediatamente aps ter despertado de um sono, perma
nea imvel e com os olhos fechados. Tente ouvir um barulho (um rudo) proveniente do
interior de sua cabea. Faa isso por 3 a 5 segundos, sem se mover e sem abrir os ol
hos. Se no acontecer nada durante este perodo de tempo, mude para outra tcnica. Se
algum som similar a um zumbido, assobio, tilintar, ou mesmo um som melodioso oco
rrer, preste ateno ativamente. O resultado que o som ir aumentar em volume. Oua aten
tamente enquanto haja algum dinamismo no volume do som. Quando o som parar ou to
rna-se alto o suficiente, uma tcnica de separao poder ser tentada. s vezes o prprio ba
rulho lana o praticante para dentro da FASE. Em um certo estgio os sons podero torn
ar-se extremamente altos e, inclusive, j foram descritos como semelhantes ao rugi
do de um motor a jato.
A ao de ouvir os sons internos consiste em explorar um som com ateno, toda a sua to
nalidade e amplitude, e como ele reage ao ouvinte.
Existe uma tcnica opcional conhecida como audio forada. Para execut-la necessrio que
er fortemente ouvir algum som. Fazer esforos internos intuitivos, via de regra, e
st correto. Se a tcnica for realizada corretamente, os sons forados intensificar-se
-o da mesma forma que acontece com os sons obtidos atravs da tcnica da audio interna
padro.
Treinamento. Para praticar audio interna, deite em um lugar silencioso, mantenha
os olhos fechados e oua os sons originados no interior de sua cabea. Estas tentati
vas so geralmente coroadas com sucesso aps alguns minutos, e se comea a ouvir aquel
es barulhos que todo mundo tem dentro de si. O praticante tem que saber como ent
rar em sintonia com ele.
Rotao
Testando a Eficcia Individual. Imediatamente aps ter despertado de um sono, perma
nea imvel e com os olhos fechados. Imagine que o corpo fsico esteja girando em torn
o de um eixo por 5 a 10 segundos. Se no ocorrerem sensaes incomuns, tente outra tcni
ca. Se vibraes ocorrerem durante a rotao, ou o movimento de repente parecer real, co
ntinue com a tcnica enquanto houver progresso no desenvolvimento da sensao. H vrios r
esultados possveis quando a rotao praticada. A rotao imaginria poder ser substituda
uma sensao muito real de girar ao longo de um eixo. Se isso ocorrer, o praticante
poder facilmente deixar o corpo. O outro resultado poder ser a presena repentina de
fortes vibraes ou sons altos, tornando-se possvel a separao do corpo. Durante a rotao
sabido que a separao pode ocorrer espontaneamente, proporcionando ao praticante a
entrada na FASE.
Treinamento. Para praticar a rotao, deite-se, mantenha os olhos fechados e, duran
te vrios minutos, imagine que esteja girando em torno de um eixo que vai da cabea
aos ps. No necessrio concentrar a ateno sobre os efeitos visuais da rotao ou pequena
ensaes no corpo. O fator-chave a sensao vestibular (sensao de desequilbrio) que surg
a rotao interna. Como regra geral, muitos praticantes encontram dificuldades para
realizar a rotao completa. Enquanto uma pessoa poder estar limitada a 90 graus de m
ovimento, outra poder girar at 180 graus. Com a prtica correta e consistente, poder
ocorrer uma rotao completa (360 graus).
Vrias dezenas de Tcnicas secundrias e tcnicas mistas so apresentadas em uma seo separ
da no final do livro (Captulo 12).
SELECIONANDO AS TCNICAS CORRETAS
O prximo passo para dominar as tcnicas indiretas a escolha das tcnicas que mais se
adequem s predisposies individuais. No h nenhum sentido em escolher uma tcnica ou out
ra somente porque parece mais interessante ou porque algum escreveu ou falou muit
o a respeito. A escolha deve ser baseada no que for mais conveniente ao pratican
te.
Dentre todas as tcnicas indiretas primrias enumeradas, praticamente s o tensioname
nto do crebro funciona de forma fcil e rpida para 95% dos praticantes quando eles e
sto treinando (no quando esto executando as tcnicas ao acordar). Todas as outras tcni
cas funcionam imediatamente para apenas cerca de 25% a 50% dos praticantes duran
te o treinamento inicial. Aps vrias sesses de treinamento cada tcnica produz resulta
dos para 75% dos praticantes comprometidos.
Todo praticante deve identificar um determinado conjunto de tcnicas que funcione
melhor. Um conjunto deve ser composto de pelo menos 3 tcnicas; 4 ou 5 ainda melh
or, pois permite mais opes e combinaes prticas. Tcnicas que no esto funcionando no d
ser descartadas, pois oferecem uma oportunidade para alcanar o sucesso atravs de n
ovas experincias que anteriormente no apresentaram bons resultados.
Para garantir a correta seleo das tcnicas, cada uma deve ser praticada em separado
ao longo de um perodo de pelo menos trs dias. Deve-se experimentar cada uma das tc
nicas primrias de 2 a 10 minutos antes de adormecer ou mesmo durante o dia. bom e
scolher pelo menos uma tcnica secundria. Este regime permite uma determinao precisa
das tcnicas que iro produzir os melhores resultados para o praticante. Durante o p
rocesso de seleo das tcnicas personalizadas, o praticante dever aprend-las e ret-las d
e uma forma ntima e pessoal, o que afetar positivamente a maneira como elas sero us
adas nos momentos crticos. No adie as tentativas de entrar na FASE na semana em qu
e voc estiver treinando. Ao invs disso, faa as duas coisas em paralelo.
Nunca treine antes de ir dormir se voc planeja usar as tcnicas na manh seguinte. m
uito melhor treinar durante o dia ou pela manh. Este um dos erros mais crticos que
os novatos cometem. O treinamento na noite anterior traz exausto interna em sua
viglia e dissipa a inteno. Como resultado, o praticante ter muito menos tentativas n
oite e pela manh, e elas sero muito menos focadas e de qualidade inferior.
A seleo final das tcnicas deve ser variada. A escolha de ambas as tcnicas, de tensi
onamento do crebro e de tensionamento de todo o corpo intil, pois so praticamente a
mesma coisa. Tal prtica tende mais ao fracasso que ao xito. por isso que as tcnica
s devem envolver vrios tipos de percepes sensoriais: visual, auditiva, cinestsica, v
estibular, percepo sensorial imaginria e a tenso interna. Lembre-se que as prioridad
es e os objetivos mudam com o tempo e que uma tcnica que parou de funcionar de fo
rma inesperada durante as tentativas iniciais poder revelar-se til mais tarde. Sej
a flexvel. Nenhum conjunto de tcnicas deve ser considerado como nico. O conjunto de
tcnicas deve ser mudado vrias vezes ao longo das primeiras semanas, medida que o
praticante for descobrindo quais produzem os melhores resultados individuais.
Para concluir esta parte uma tabela ser apresentada detalhando as tcnicas indiret
as mais eficazes. A tabela foi construda a partir dos dados coletados na sala de
aula da Escola de Viagens Fora do Corpo e pode ser til na determinao de um conjunto
eficaz de tcnicas indiretas.
As tcnicas indiretas mais eficazes
nos seminrios da Escola de Viagem Fora do Corpo
(2010-2011)
Tcnica da Natao (Movimento Imaginado)
25%
Movimento Fantasma
20%
Observao de Imagens
20%
Rotao
20%
Outras tcnicas
15%
TCNICAS DE SEPARAO
Vamos comear com um fato totalmente chocante: durante 50% das entradas bem-suced
idas na FASE usando tcnicas indiretas no necessrio realizar nenhuma tcnica de entrad
a especfica, pois as tcnicas de separao so imediatamente bem-sucedidas. Isto foi esta
tisticamente comprovado nos seminrios da Escola de Viagens Fora do Corpo e nas anl
Rolamento
Quando estiver despertando do sono, tente rolar at a borda da cama ou at a parede
sem o uso dos msculos. No se preocupe em cair da cama, bater na parede ou com os
detalhes de como voc deve se sentir quando estiver utilizando esta tcnica. Apenas
role.
Levantar-Se
Ao acordar tente sair da cama sem esforo fsico. Esta tcnica deve ser realizada da
maneira que for mais confortvel para o praticante.
Escalada
Ao despertar, tente sair do corpo escalando (usando um apoio) sem o uso dos mscu
los. O apoio pode ser a borda da cama, a parede, o criado mudo e etc. Essa tcnica
deve ser utilizada quando houver uma separao parcial ou quando uma parte do corpo
foi completamente separada.
Levitao
Ao acordar, tente levitar para cima, paralelo cama. Ao tentar levitar, no procur
e saber como isso deve ser realizado. Todo mundo, intuitivamente, sabe como levi
tar a partir de suas experincias com os sonhos.
Queda
Praticamente o mesmo que a levitao: ao acordar, tentar afundar na cama.
Puxando Para Fora (Sada Frontal)
Ao acordar, tente sair do corpo atravs da cabea, como se estivesse escapando de u
m casulo com tampa.
Rolamento Para Trs
Ao despertar, tente executar uma cambalhota para trs sobre a cabea, sem usar os ms
culos fsicos.
Inchar Os Olhos
Ao acordar, empurre para fora ou inche os olhos sem abri-los. Pode ocorrer um m
ovimento frontal em direo a separao.
Imaginar-se j separado
Voc pode imaginar-se j separado dentro de seu quarto, tentando sentir que seu cor
po j esteja separado, to intensamente quanto for possvel. Suas sensaes gradualmente f
luiro em seu corpo sutil, a partir do seu corpo fsico, e tornar-se-o realistas.
Translocao
Voc pode tentar empregar a tcnica da translocao sem antes se separar, o que far com
que ambos, a translocao e a separao, ocorram ao mesmo tempo. O teletransporte com os
olhos fechados funciona melhor para esse fim.
VO
Voc pode tentar sentir-se voando em alta velocidade.
As tcnicas de separao so unidas por uma idia singular: nada deve ser imaginado. O mo
vimento deve ser tentado sem o uso de msculos fsicos. As tcnicas produzem as mesmas
sensaes dos movimentos sentidos na vida real. Se nada acontecer imediatamente dep
ois da tentativa ento a tcnica no ir funcionar naquele momento, embora possa apresen
tar resultados em um momento posterior. O praticante imediatamente ser capaz de r
econhecer se a tcnica funcionou. As pessoas esto muitas vezes despreparadas para o
realismo das sensaes e pensam que esto fazendo um movimento fsico, ao invs de perceb
erem que uma parte ou a totalidade do corpo se separou. Aps uma falha como esta,
deve ser feita uma anlise cuidadosa com o objetivo de entender o que aconteceu e
a partir da tornar possvel o planejamento de uma prxima tentativa bem-sucedida.
Se a separao foi incompleta ou ocorreu com alguma dificuldade um sinal de que a tc
nica est sendo realizada corretamente. Fora e esforo determinado (agressivo) so nece
ssrios a partir deste ponto para conseguir a separao completa. Se algum movimento c
omeou e em seguida parou depois de ter feito algum progresso, o praticante deve e
xecutar novamente o mesmo movimento na mesma direo, porm, de forma ainda mais forte
.
Para praticar tcnicas de separao, deite-se com os olhos fechados e tente todas ela
s ao longo de vrios minutos. A separao provavelmente ser realizada se nenhum msculo fs
ico for tensionado e, mesmo assim, ocorrer uma sensao de movimento. Haver um esforo
interno forte, e quase fsico, para executar um movimento. Nenhum movimento fsico o
correr e o praticante permanecer deitado e imvel. No momento certo essas aes levaro a
uma entrada na FASE.
Fato interessante!
Aproximadamente de 1% a 3% do tempo em que a FASE praticada, o praticante perce
be imediatamente aps despertar que j est separado. Isto significa que j possvel ir a
algum lugar e deitar, sentar, ficar de p e etc. Isto no , contudo, tornar-se consci
ente em um sonho, mas realmente um despertar.
Tambm vale a pena discutir como conduzir-se na separao, quando uma das tcnicas de c
riao da FASE comear a funcionar. Em tal situao importante perceber que a separao dev
er feita com o mesmo corpo e mesmas sensaes que foram obtidos durante a execuo da tcn
ica. Ao girar, voc precisa se separar usando as mesmas sensaes desencadeadas pelo g
iro. Ao observar imagens, voc precisa se separar usando o mesmo corpo que viu as
imagens, e assim por diante.
importante no retornar completamente ao corpo se a sua tcnica de criao da FASE envo
lver a sensao de separao parcial. Se a rotao funcionou antes de tentar a separao, no
essidade de voltar para dentro do corpo e fundir-se com ele. A separao tornar-se- m
uito mais difcil. melhor realiz-la continuamente, aps a suspenso da rotao e em uma po
io perpendicular em relao ao seu corpo fsico. A mesma situao pode surgir durante o mov
mento fantasma, quando a separao deve comear a partir do brao que comeou a se mover.
O praticante no deve mov-lo de volta para o corpo fsico. O mesmo vale para todas as
tcnicas de separao parcial.
Se voc for um principiante e tiver aprendido o que um movimento fantasma e como
ele sentido poder proceder separao fazendo com o corpo inteiro o mesmo que j estava
fazendo com o membro fantasma. Esta uma tentativa de mover-se com a percepo que se
est tendo com o corpo sutil (corpo percebido), consequentemente, nenhum msculo fsi
co deve ser movido.
A coisa mais importante perceber imediatamente que, se as tcnicas indiretas func
ortante nesta situao no relaxar e sim comear a se mover por si prprio o mais rapidame
nte possvel. Essa situao geralmente ocorre com as chamadas "abdues aliengenas", que na
maioria das vezes so experincias envolvendo FASES espontneas e no reconhecidas.
Suco
Ao executar tcnicas como a observao de imagens ou a visualizao, os praticantes so mui
tas vezes completamente sugados para a imagem que est sendo observada, juntamente
com todas as sensaes que acompanham esse processo. Essa imagem torna-se o prprio e
spao da FASE. No h necessidade de retornar ao seu corpo fsico a fim de se separar.
Colocar-se por Inteiro em uma Tcnica
Ao realizar a visualizao sensrio-motora e vrias outras tcnicas ocorre uma convergncia
entre a separao e a tcnica em si. Isto torna desnecessria a separao em seu sentido tr
adicional. Durante a visualizao sensrio-motora o praticante comea de forma ativa ima
ginando que ele est caminhando em direo a um quarto, mas imagina que a percepo gradua
lmente se transforma em uma sensao real, uma sensao de estar no quarto. Quando um mo
vimento fantasma est acontecendo, s resta se levantar do corpo a partir de onde o
movimento est sendo sentido e assim por diante. No h necessidade de retornar ao seu
corpo fsico a fim de se separar.
Conscincia do Sonho
Tornar-se totalmente consciente enquanto sonha, ou seja, ter pleno conhecimento
do que o que est ocorrendo um sonho, tambm constitui-se em um mtodo de entrada e d
e separao que no envolvem tcnicas diretas ou indiretas. No h necessidade de voltar ao
corpo a fim de se separar, embora muitos assim o faam a fim de obter sensaes mais vv
idas.
O MELHOR MOMENTO PARA A REALIZAO DA PRTICA
As chaves para a prtica so a quantidade e a qualidade das tentativas. Elas so dire
tamente responsveis pelo aprimoramento das habilidades de um praticante. Existem
janelas de tempo mais adequadas para o emprego de tcnicas indiretas.
O sono segue um padro cclico. Despertamos a cada hora e meia e rapidamente adorme
cemos, o que d origem aos ciclos do sono. Experimentamos dois estgios primrios de s
ono: Movimento Rpido dos Olhos (REM - Rapid Eye Movement) e Movimento "No Rpido" do
s Olhos (NREM - Non-Rapid Eye Movement). O sono NREM (Movimento "No Rpido" dos Olh
os) inclui muitos estgios internos. Quanto mais dormimos menos o corpo precisa do
sono NREM profundo e mais tempo passamos em sono REM. A probabilidade de entrad
a na FASE maior durante o sono REM.
A melhor maneira de implementar as tcnicas indiretas atravs da utilizao do mtodo dif
erido (adiado). O objetivo do mtodo interromper um ciclo de sono durante a sua FA
SE final e, em seguida, interromp-lo novamente, depois de voltar a dormir, o que
torna sono leve (superficial) durante o resto do ciclo. O sono ser acompanhado po
r despertares frequentes que podem ser usados produtivamente.
Fato interessante!
Quando o mtodo diferido (adiado) foi utilizado pela primeira vez em um seminrio d
e 3 dias na Escola de Viagens Fora do Corpo em junho de 2008 a taxa de sucesso i
mediatamente dobrou.
Se um praticante for para a cama meia-noite dever programar um despertador para
tocar s seis horas da manh. Ao acordar o praticante dever fazer algum tipo de ativi
dade fsica, como: ir ao banheiro, beber um copo d'gua ou ler algumas pginas deste l
ivro. Mais tarde dever voltar para a cama pensando em como, dentro das prximas dua
s a quatro horas, ele ir acordar vrias vezes e fazer uma tentativa de entrar na FA
SE em cada despertar.
Se o praticante for para a cama mais cedo, seu despertador dever ser ajustado le
vando-se em conta a mesma quantidade de tempo, pois, seis horas de sono o ideal.
Se o praticante dormir menos que seis horas, o sono da segunda metade da noite
ser muito profundo. Se o praticante dormir mais que seis horas, haver pouco tempo
restante para as tentativas ou ele no mais ser capaz de adormecer.
Se o praticante tiver dificuldade em voltar a dormir quando acordado de forma f
orada, ele no deve fazer uso de um despertador. Nesse caso, o praticante deve volt
ar a dormir imediatamente.
Se um praticante capaz de voltar a dormir depois de ter estado acordado por 45
minutos melhor manter esse intervalo, uma vez que isso permitir uma maior probabi
lidade de sucesso durante despertares subsequentes.
O mtodo diferido (adiado) mais aplicvel aos casos onde o praticante tem a possibi
lidade de dormir o quanto deseje sem ter que acordar cedo. Nem todo mundo pode d
esfrutar diariamente desse hbito, mas quase todo mundo tem dias de folga quando o
tempo pode ser reservado para a prtica do mtodo diferido (adiado). atravs do mtodo
diferido (adiado), ensinado nas salas de aula dos cursos da Escola de Viagens Fo
ra do Corpo, que at dois teros dos participantes conseguem entrar na FASE em um nic
o final de semana!
A segunda janela de tempo mais eficaz para entrar na FASE acontece no momento d
o natural despertar matinal. Isso geralmente ocorre durante uma soneca aps uma no
ite inteira de sono.
Outro momento apropriado para a prtica de tcnicas indiretas acontece aps o despert
ar de um cochilo durante o dia. Este tipo de sono tambm leve e curto, o que forne
ce o relaxamento necessrio ao corpo e permite que a memria e a inteno sejam mantidas
intactas no momento do despertar. Nem todos tm a oportunidade de tirar cochilos
durante o dia, mas se tal oportunidade surgir ser muito benfico aproveit-la.
Despertares noturnos so menos eficazes para a experimentao da FASE, pois nestes mo
mentos o crebro ainda necessita de uma grande quantidade de sono profundo. Ao des
pertar durante a noite, a mente ainda est fraca e dificilmente capaz de qualquer
esforo. Mesmo que alguns resultados sejam observados, o despertar muitas vezes te
rmina com o rpido retorno ao sono. Isto no quer dizer que a prtica da FASE no possa
ocorrer noite. Ela s no ser to eficaz como em outros momentos. A opo noturna melhor
ra aqueles que no tm a oportunidade de usar as outras janelas de tempo.
Despertamos noite a cada 90 minutos, razo pela qual um mnimo de quatro despertare
s quase garantido enquanto dormimos, mesmo por apenas seis horas. Quando o prati
cante sabe disso e se esfora para aproveitar esses momentos, com o tempo ele ir ob
ter vantagens.
DESPERTAR CONSCIENTE
Despertar consciente acordar com um pensamento em particular, e, em nosso caso,
um pensamento sobre as tcnicas indiretas. Devido s peculiaridades da mente humana
e seus hbitos, nem sempre fcil conseguir lembrar de qualquer idia em particular ao
acordar.
Fato interessante!
Existe uma crena de que o fenmeno de viagens fora do corpo seja praticamente inat
ingvel e seja acessvel apenas a uns poucos eleitos atravs de prticas que requerem co
nhecimentos secretos. A maior dificuldade quando se tenta experimentar viagens f
ora do corpo em um curto perodo de tempo reside apenas em lembrar imediatamente d
as tcnicas ao acordar e permanecer imvel. Isso tudo simples e direto. Mas precisam
ente esse detalhe o maior obstculo que as pessoas encontram ao tentar experimenta
r um fenmeno to incomum.
Isso no difcil para aproximadamente 75% da populao. Para o quarto restante da popul
ao esta uma barreira to difcil que pode at parecer insupervel. Se tais pensamentos su
girem, deve-se entender que as tentativas persistentes e os treinamentos so a cha
ve para super-los.
As razes pelas quais as pessoas so incapazes de se lembrar das tcnicas para entrar
na FASE ao acordar so: no ter o hbito de fazer alguma coisa imediatamente aps o des
pertar, o desejo de dormir mais, o desejo de ir ao banheiro, sentir sede, o dese
Afirmando desejos: s vezes, para algumas pessoas, afirmar uma inteno interna no o s
uficiente, pois so incapazes de faz-la corretamente em virtude de caractersticas in
dividuais. Uma afirmao dos desejos deve ser introduzida no nvel fsico. Isso pode ser
implementado na forma de uma nota com a descrio de um objetivo. Essa nota deve se
r colocada ao lado da cama, sob o travesseiro ou pendurada na parede. Pode tambm
ser uma conversa com amigos ou familiares sobre o desejo particular ou a vocaliz
ao por vrias vezes das aes que precisaro ser executadas ao acordar. Pode at ser uma no
a escrita em um dirio, blog ou mensagens de texto num telefone celular.
Fato interessante!
H casos conhecidos de praticantes que programam a ingesto de comida e gua para ind
uzir a entrada na FASE. Eles esto essencialmente empregando tanto auto-sugesto qua
nto o efeito placebo. Esto programando sua mente subconsciente para perceber a co
mida como algo que traz no s a saciedade, mas tambm uma alta probabilidade de entra
r na FASE.
Analisando tentativas fracassadas de despertar consciente: Ao lembrar da tentat
iva fracassada depois de vrios minutos, vrias horas ou mesmo no final do dia, conc
entre-se e decida ter sucesso durante a prxima tentativa. A explorao profunda do fr
acasso altamente eficaz e prtica, uma vez que o praticante est aprendendo o que fu
nciona, o que no funciona e tomando decises saudveis visando o sucesso.
Criando motivao: Quanto maior for o desejo de entrar na FASE para realizar um obj
etivo, mais rpido ser alcanado o sucesso no despertar consciente. A motivao deve ser
criada por um grande desejo de fazer ou experimentar algo na FASE. Visitas anter
iores FASE so uma grande motivao, mas uma pessoa que no a conhece precisar de algo co
m o qual possa relacionar. Poderia ser o sonho de infncia de voar at marte, a opor
tunidade de ver um ente querido que faleceu, a chance de obter informaes especficas
, influenciar o curso de uma doena fsica e assim por diante.
Alm dos mtodos naturais utilizados para se conseguir um despertar consciente exis
tem vrios dispositivos e ferramentas que podem ser empregados como facilitadores.
Estes sero abordados no Captulo 5, na seo que descreve maneiras no autnomas de entrad
a na FASE.
O melhor momento para o despertar consciente acontece ao sair de um sonho. Este
o momento mais eficaz e produtivo para se tentar a separao ou a realizao das tcnicas
. Neste momento a conscincia fsica do corpo est em seu mnimo. A conscientizao no final
dar com ele, e, em seguida, agir de acordo com as prticas recomendadas quando aco
ntece o movimento ao acordar.
Nem todos os movimentos ao despertar so reais. Mesmo que apenas por essa razo, ca
so o movimento ocorra, tcnicas indiretas devem ser utilizadas.
Fato interessante!
At 20% das sensaes e aes que acontecem ao acordar no so reais como parecem. So sensa
ntasma.
Falsas sensaes ocorrem de maneiras muito diversificadas. Muitas vezes as pessoas
no entendem o que est acontecendo, a menos que tenham experimentado a FASE. Uma pe
ssoa pode pensar que est coando a orelha com a mo fsica quando na realidade est usand
o a mo fantasma. Uma pessoa pode ouvir pseudo-sons na sala, na rua, ou na vizinha
na, sem notar nada de anormal. Uma pessoa pode olhar ao redor do quarto sem saber
que seus olhos (fsicos) esto fechados. Se tais momentos acontecerem, o praticante
dever tentar imediatamente a separao.
CICLOS DE TCNICAS INDIRETAS
At agora foram descritas tcnicas indiretas utilizadas para a entrada na FASE e tcn
icas para se obter a separao. O despertar consciente e os melhores horrios para a r
ealizao das prticas tambm foram examinados. Agora ser apresentada uma sequncia especfi
a de aes para a implantao das tcnicas indiretas. Seguindo esta sequncia podero ser obt
dos resultados rpidos e prticos.
Deve ser entendido que quanto mais natural e mais profundo for o sono precedent
e a uma tentativa, maiores sero as chances de sucesso ao despertar. O que necessri
o adormecer rapidamente e ter um sono profundo, aps o qual um despertar pode ser
bem aproveitado. Ciclos de tcnicas indiretas ocasionalmente podem ser utilizados
com sucesso durante o sono intermitente, mas, na maioria dos casos, um puro desp
erdcio de tempo e energia. Quando se dorme mal melhor no executar as tcnicas e agua
rdar outra oportunidade para ter um sono profundo, ao contrrio de gastar todo seu
tempo tentando agarrar a FASE a fora; uma situao cansativa e dificilmente recuperve
l.
Sequncia de Aes ao Acordar:
1) Teste tcnicas de separao durante 5 segundos
Como dito anteriormente, 50% das tentativas bem sucedidas de entrada na FASE ad
vm do sucesso imediato das tcnicas indiretas. Isso se deve ao fato de que os prime
iros segundos depois de acordar so os mais teis para se entrar na FASE. Quanto men
os tempo tenha passado aps o despertar melhor. Se o praticante deitar-se e ficar
esperando algo acontecer, as chances rapidamente se dissiparo.
Ao acordar, de preferncia sem se mover, o praticante deve imediatamente tentar vr
ias tcnicas de separao, como: rolamento, levantar-se ou levitao. Se uma tcnica de repe
nte comear a dar resultados por aproximadamente 5 segundos, a separao do corpo deve
ser tentada. Poder surgir durante as tentativas de separao uma inrcia, uma dificuld
ade ou uma barreira. No deve ser dada ateno a estes problemas. Ao invs disso, decida
se separar de seu corpo com determinao (agressividade).
Tentar a separao imediatamente ao acordar uma habilidade de extrema importncia que
vale a pena ser aprimorada desde o comeo e nunca dever ser esquecida.
2) Ciclo de tcnicas indiretas a ser utilizado pelo praticante caso no ocorra a se
parao
Se a separao no acontecer depois de alguns segundos significa que ela provavelment
e no ocorrer, independentemente do tempo utilizado no esforo. Neste momento o prati
cante dever recorrer a outras tcnicas.
O praticante deve escolher no mnimo 3 tcnicas entre primrias e secundrias que se ad
equem a um repertrio prtico. Este o momento em que as tcnicas so postas em prtica.
Vamos examinar o uso de trs tcnicas especficas que devem ser substitudas por um con
junto de tcnicas testadas. As seguintes tcnicas sero usadas apenas como exemplo: ob
servao de imagens, movimento fantasma e audio interna.
Depois de uma tentativa fracassada de separao, o praticante dever comear imediatame
nte a observao do vazio atrs das plpebras. Se comearem a aparecer imagens dentro de 3
a 5 segundos a observao deve continuar sem que as imagens sejam examinadas em det
alhe, do contrrio elas evaporar-se-o. Como resultado desta ao, a imagem rapidamente
poder tornar-se cada vez mais realista e colorida, envolvendo o praticante. Se tu
do acontecer corretamente ocorrer uma translocao sbita para dentro da cena ou quando
a imagem tornar-se muito realista dever ser tentada a separao do corpo. Se nada ac
ontecer aps 3 a 5 segundos o praticante dever passar a utilizar a tcnica do movimen
to fantasma.
Por 3 a 5 segundos o praticante dever rapidamente procurar no corpo inteiro uma
parte que possa ser movimentada. Todo o perodo de tempo tambm poder ser utilizado p
ara a tentativa de movimentao de uma parte especfica do corpo: um dedo, uma mo ou um
a perna. Se os efeitos desejados ocorrerem o praticante dever continuar com a tcni
ca visando atingir a amplitude mxima possvel de movimento. Durante este processo u
ma srie de coisas podero acontecer, incluindo: a separao espontnea, uma tentativa de
separao bem-sucedida, a livre movimentao de uma parte do corpo ou a presena de sons o
u vibraes. Todos estes eventos so bastante proveitosos. Se nada se movimentar ao lo
ngo de 3 a 5 segundos o praticante dever passar a utilizar a tcnica da audio interna
.
O praticante dever tentar detectar um som interno. Se aparecer algum som o prati
cante dever tentar faz-lo crescer em volume. Como resultado, o volume do som poder
aumentar at tornar-se um rugido. Poder ocorrer: a separao espontnea, a tentativa de u
ma tcnica de separao ou o aparecimento de vibraes. Se nenhum rudo ocorrer ao longo de
3 a 5 segundos, todo o ciclo dever ser repetido.
benfico examinar a razo atravs da qual se justifica o uso de um conjunto de trs tcni
cas indiretas. Isto motivado pelo fato de que o corpo muitas vezes reage s tcnicas
de forma muito peculiar. Uma determinada tcnica pode funcionar um dia e no funcio
nar em outro. Se apenas uma tcnica for utilizada, at mesmo uma muito boa, e que fu
nciona frequentemente, o praticante poder ser privado de muitas experincias difere
ntes justamente por no ter tirado vantagem da variedade. Um repertrio prtico deve s
er composto de vrias tcnicas.
Fato interessante!
Algumas vezes a primeira tcnica que funciona para um praticante no resulta em ent
rada na FASE na prxima tentativa. Por outro lado, outras tcnicas que no eram eficaz
es nos estgios iniciais da prtica mais tarde podem comear a funcionar regularmente.
Mesmo que apenas algumas das tentativas estejam acompanhadas por um esforo decid
ido e concentrado, os 4 passos descritos na sequncia de aes podero produzir a entrad
a na FASE.
Deve ser sempre lembrado que um dos erros mais comuns cometido pelos novatos co
ntinuar deitado na cama enquanto se encontra na FASE. De um modo geral, para cad
a tentativa bem sucedida realizada pelos novatos h outras 2 ou 3 tentativas em qu
e a FASE tambm ocorreu mas eles no aproveitaram o momento e perderam a separao que e
stava muito prxima. Qualquer tcnica que esteja funcionando extremamente bem imedia
tamente aps o despertar um sinal claro da FASE. Ao invs de continuar deitado na FA
SE executando uma tcnica ou alternando atravs de outras, tente to fortemente quanto
voc puder sair de seu corpo. Qualquer possvel evidncia de que uma tcnica esteja fun
cionando deve ser testada da mesma maneira.
Tambm importante tirar proveito imediato de uma tcnica que esteja funcionando. Qu
ando algo comea a funcionar um novato muitas vezes, por algum motivo, no consegue
tirar proveito imediato do momento. A FASE termina em alguns segundos e as tcnica
s no funcionam mais. Se uma oportunidade de entrar na FASE no for aproveitada no i
nstante em que ela ocorre, a janela de tempo para deixar o corpo se fecha dentro
de alguns segundos. por isso que necessrio tentar deixar o seu corpo imediatamen
te aps qualquer tcnica comear a funcionar substancialmente bem. Caso contrrio, o mom
ento ser perdido.
Para usar de forma mais efetiva o sistema de ciclos de tcnicas indiretas necessri
o discutir o que fazer quando a tcnica inicialmente funcionar e em seguida, o pro
gresso cessar, no ocorrendo a entrada na FASE.
Primeiro: Se uma tcnica comeou a funcionar, apenas a falta de experincia e habilid
ade impedir a FASE.
Segundo: As barreiras, caso ocorram, podero ser superadas atravs da mudana temporri
a para outras tcnicas. Vamos supor que rudos obtidos com a utilizao da tcnica da audio
interna cresceram at atingirem um determinado volume e estabilizaram. Certamente
seria benfico mudar, por alguns segundos, para a tcnica do adormecimento forado ou
da observao de imagens e, em seguida, retornar tcnica da audio interna. O som pode to
rnar-se muito mais alto e proporcionar uma oportunidade para prosseguir com a tcn
ica. Ocasionalmente faz sentido interromper as tcnicas vrias vezes e depois retorn
ar para a que produziu mais resultados.
A coisa mais importante nunca desistir de uma tcnica que comeou a funcionar de fo
rma no muito pronunciada. Em essncia, um sinal mostrando um caminho mais curto par
a a FASE e deve ser sempre seguido.
possvel executar simultaneamente duas ou mesmo trs tcnicas e no ter como resultado
efeitos negativos. Tambm normal e natural alterar a ordem das tcnicas desviando-se
de um plano especfico de ao. Muitas vezes surgem sons durante a tcnica do movimento
fantasma. O praticante deve passar para a tcnica da audio interna. Outros pares de
resultados frequentemente encontrados so: imagens a partir de sons, sons a parti
r do tensionamento do crebro, tensionamento do crebro a partir de sons, vibraes a pa
rtir da rotao, vibraes a partir do movimento fantasma e assim por diante.
os podem ser alcanados desta maneira. Quando o praticante estiver mais vontade co
m a prtica, tais problemas no mais ocorrero.
DICAS DA MENTE
A execuo de ciclos variados de tcnicas indiretas uma condio quase obrigatria para a
bteno do melhor resultado. H algumas excees. s vezes, atravs de indicadores indiretos,
o praticante pode estar inclinado a comear com determinadas tcnicas independenteme
nte do que havia sido planejado. A capacidade de usar tais sinais desempenha um
papel extremamente importante na utilizao das tcnicas indiretas, pois permite ao pr
aticante aumentar substancialmente a eficcia.
Dica nmero 1: Imagens
Ao acordar, se o praticante toma conscincia de algumas imagens, fotografias ou r
estos de sonhos, deve proceder imediatamente para a tcnica da observao de imagens e
todos os resultados da decorrentes. Se isso no der resultado, a execuo dos ciclos d
e tcnicas indiretas dever ser iniciada.
Dica nmero 2: Rudos
Ao acordar, se o praticante perceber que est ouvindo um rudo interno, um rugido,
um zumbido, um apito e assim por diante, ele dever iniciar imediatamente a execuo d
a tcnica da audio interna. Se isso no produzir efeito, os ciclos de tcnicas indiretas
devero ser iniciados.
Dica nmero 3: Vibraes
Se o praticante, enquanto estiver despertando, sentir vibraes no corpo, elas deve
ro ser amplificadas atravs da utilizao da tcnica do tensionamento do crebro ou do tens
ionamento de todo o corpo, sem o uso dos msculos. Quando as vibraes atingirem seu a
uge o praticante poder tentar a separao. Se nada acontecer aps vrias tentativas, os c
iclos de tcnicas indiretas devero ser iniciados.
Dica nmero 4: Dormncia
Se o praticante acordar sentindo dormncia em uma parte do corpo, o movimento fan
tasma dessa parte dever ser tentado. Se nenhum resultado for obtido aps vrias tenta
tivas, os ciclos de tcnicas indiretas devero ser iniciados. Ser melhor abster-se da
execuo de outras tcnicas se a dormncia for muito intensa e causar um desconforto su
bstancial.
Dica nmero 5: Paralisia
Se o praticante sente que seu corpo est imobilizado e que ele incapaz de mover u
m msculo sequer ao acordar, ele est sentindo a paralisia do sono (estupor do sono)
. Estupor um estado de conscincia ou sensibilidade apenas parcial ou insensibilid
ade acompanhada por pronunciada diminuio da faculdade de exibir reaes motoras. Este
fenmeno um sinal de que se est na FASE. S resta para o praticante, de alguma forma,
proceder a separao do corpo, bem como superar o terror noturno que muitas vezes s
urge durante a paralisia do sono.
Essas dicas podem surgir no s imediatamente aps o despertar mas tambm ao realizar c
iclos de tcnicas. Se as dicas forem mais pronunciadas do que os resultados das tcn
icas em si, faz sentido direcionar a ateno para elas ou explor-las simultaneamente
com as tcnicas.
Tambm necessrio entender o que a dica est tentando dizer-lhe. Se alguma sensao irrea
l de repente surgir por conta prpria ao acordar, necessrio intensific-la e deixar o
corpo logo em seguida. Se voc seguir este princpio geral, no precisar saber exatame
nte o que as dicas so ou exatamente o que fazer quando elas ocorrerem. Tudo deve
acontecer de forma intuitiva e fcil. H um grande nmero de outras manifestaes da FASE
alm das cinco sugestes acima para as quais deve-se estar sempre preparado. Seria i
mpossvel descrev-las todas e muito menos lembrar-se delas.
Tcnica Independente
Esta tcnica usada como uma tcnica alternada quando se est executando os ciclos ao
acordar. Ao longo de 3 a 5 segundos o praticante tenta abruptamente e com determ
inao (agressividade) forar um adormecimento, alm de manter a inteno de no adormecer po
completo ou de voltar para si mesmo no ltimo momento antes de perder a conscincia
. Ao fazendo isso a separao poder ser facilmente bem-sucedida. Podem surgir as segu
intes sensaes: vibraes, imagens, rudos e assim por diante. As sensaes precisam ser int
nsificadas a fim de se entrar na FASE. Para os caso do despertar alerta seguido
de movimento fsico recomendvel comear os ciclos de tcnicas a partir do adormecimento
forado.
Fato interessante!
Alguns praticantes realizam o adormecimento forado to bem que ao acordar eles no f
azem nada alm de altern-lo com tcnicas de separao.
Ajustes Peridicos do Estado
Isto usado entre tcnicas ou entre ciclos completos de tcnicas. tambm chamado de mto
do Dnepropetrovsk. Dnepropetrovsk o nome de uma cidade na Ucrnia. A idia de imitar
um adormecimento por volta de 3 a 5 segundos no s pode invocar a prpria FASE como
tambm causar uma espcie de retorno a um estado mais transitrio, aumentando assim a
eficcia de todas as aes subsequentes. Todas as vezes antes de executar as tcnicas ou
os ciclos completos de tcnicas o praticante se atira de volta em um estado sonol
ento, via adormecimento forado, a fim de aumentar a sua eficcia. Ao executar corre
tamente adormecimento forado ocorre uma situao em que todas as aes so executadas como
se o praticante estivesse imediatamente aps a um despertar, momento em que as pro
babilidades de sucesso so maiores.
Fato interessante!
Em um seminrio experimental realizado de 21 a 23 agosto de 2009 em Dnepropetrovs
k (Ucrnia), 40 participantes foram convidados a realizar ciclos obrigatrios de tod
as as tcnicas indiretas em conjunto com a tcnica do adormecimento forado. A taxa de
sucesso para todo o grupo chegou a 75% depois de apenas duas noites, sem contar
os participantes que no fizeram nenhuma tentativa. Este foi o seminrio de maior s
ucesso em 2011 e o sistema foi testado pela primeira vez l, por isso assumiu o no
me "Mtodo de Dnepropetrovsk".
Pano de Fundo para Todas as Tcnicas
Isso para ser empregado simultaneamente com todas as tcnicas indiretas como pano
de fundo. Ao executar qualquer tcnica o praticante deve ao mesmo tempo tentar ad
ormecer, como se as tcnicas que esto sendo realizadas (movimento fantasma, rotao, et
c) fossem necessrias no para a entrada da FASE e sim para acelerar o adormecimento
. O praticante deve tentar adormecer com a tcnica que est sendo executada, sem rea
lmente adormecer. Qualquer tcnica geralmente comear a funcionar nesse momento e pod
er facilmente lev-lo para a FASE. Nesse momento o praticante no precisar mais contin
uar com o adormecimento forado. Se a mo de um praticante no comear a se mover dentro
de alguns segundos de movimento fantasma ele dever comear a tentar mexer a mo e, a
o mesmo tempo, tentar adormecer. A mo geralmente cede ao movimento dentro de algu
ns segundos e a amplitude do movimento comear a aumentar. O adormecimento forado co
mo pano de fundo pode ser includo na rotina desde o incio das tentativas ou soment
e quando as tcnicas em si no estiverem funcionando. Tal abordagem muitas vezes gar
ante as maiores chances de sucesso para as tcnicas indiretas.
Fato interessante!
Quando realizado corretamente, o uso do adormecimento forado como pano de fundo
faz com que a escolha da tcnica realizada ao acordar passe a ter importncia secundr
ia, j que qualquer tcnica ir imediatamente comear a funcionar.
Dando uma Concluso s Tcnicas
Isso para ser usado nos casos em que alguma tcnica indireta tenha comeado a funci
onar, embora de forma muito fraca ou insuficiente. Para fazer com que a tcnica qu
e est funcionando atinja o correto grau de manifestao o praticante deve comear a rea
lizar concomitantemente o adormecimento forado. O praticante deve tentar aparente
mente adormecer com a tcnica que est sendo executada. Como resultado, a tcnica que
est se manifestando parcialmente comear a funcionar muito melhor e far com que a FAS
E possa ser alcanada muito mais cedo.
Apesar de todos os mritos do adormecimento forado e as oportunidades que ele ofer
ece, ele muito raramente funciona para iniciantes nos seminrios da Escola de Viag
ens Fora do Corpo. Muitas vezes apresentada como um elemento para praticantes av
anados que tenham atingido o prximo nvel de sofisticao. O problema consiste no fato d
e que o adormecimento forado quase sempre difcil para os novatos conceituarem. A s
obrecarga de informao leva a uma incapacidade de digerir informaes adicionais e a ri
scos de sobrecarregar as tarefas mais elementares no incio da prpria prtica.
principalmente por isso que o adormecimento forado deve ser abordado com cuidado
. O praticante deve comear a sentir por conta prpria qual ser o melhor momento de u
tiliz-lo. Isso geralmente ocorre aps praticamente j ter tido uma primeira experincia
Alguns acreditam erroneamente que as tcnicas indiretas iro produzir resultados rpi
dos e fceis como uma plula. Apesar das tcnicas descritas neste guia serem os melhor
es meios para se entrar na FASE, grande esforo ainda precisa ser realizado.
Tcnicas indiretas funcionaro se praticadas de forma consistente e como descrito.
J foi observado que na maioria dos casos fazer vrias tentativas concentradas ao te
r acordado sem se movimentar suficiente para produzir resultados. Pode ser que s
eja necessrio muito tempo e esforo para alcanar a entrada da FASE, assim, os pratic
antes que estabelecem metas e trabalham com afinco sero coroados com o sucesso
As tentativas so de grande importncia, no s para o resultado final, mas tambm para o
prprio processo em si. Durante a prtica possvel aprender de forma independente a r
esolver problemas que podem no ter sido entendidos a partir da leitura do guia. O
utras vezes o praticante poder encontrar situaes que nunca foram descritas at ento. i
mpossvel preparar o praticante para todos os possveis cenrios. Na medida em que o p
raticante avana, um portflio individual e nico de experincias passa a ser desenvolvi
do, o que certamente ser til no futuro. At l, a prtica assdua das informaes apresenta
neste livro deixar o praticante preparado para lidar com sua fronteira pessoal.
As aes nas prticas requerem ateno concentrada. Estude as tcnicas e selecione aquelas
que funcionem melhor. Estabelea um objetivo consistente para conseguir despertar
sem se mover. Estabelea um objetivo para que possam ser realizados ciclos de tcnic
as indiretas ao acordar, dia sim, dia no. Aps ter estabelecido um plano de ao, o pra
ticante nunca dever desviar sua ateno ou dissipar sua energia com outras aes, como po
r exemplo, a prtica de tcnicas diretas. Se as tcnicas indiretas no funcionarem no cu
rso de vrios dias, continue tentando. Os resultados mais tardios ocorrem em questo
de semanas, no meses ou anos, como algumas fontes dizem. Os objetivos devem ser
perseguidos obstinadamente, passo a passo, com firmeza e assiduamente.
Se nenhum resultado ocorrer aps 10 a 20 dias, ser melhor cessar as prticas por uma
semana, descansar um pouco e somente depois retornar com uma motivao renovada. in
teressante observar que, justamente durante uma parada espontnea, podero ocorrer e
ntradas na FASE atravs dos mtodos mais diversos.
Se o praticante no obtiver sucesso mesmo depois de 2 semanas de tentativas, deve
r ser realizada uma anlise aprofundada do regime para eliminar alguns eventuais er
ros ou deficincias mais bvias. Se super-los tornar-se difcil ou impossvel, no recomen
ado mudar para as tcnicas diretas, uma vez que j foi provado serem muito mais difce
is que as indiretas. Ao invs disso devero ser praticadas as tcnicas para entrar na
FASE atravs do sonho consciente.
Tambm no vale a pena pular as reas problemticas, nem tentar compensar os erros desp
endendo ainda mais esforos. Ignorar a pr-condio de despertar sem se mover ser uma ten
tativa infrutfera. Ignorar esse requisito funciona para poucas pessoas. Ao enfren
tar todos os problemas de frente e trabalhar duro, o praticante ser ricamente rec
ompensado com preciosas e inesquecveis experincias. Continue tentando!
ERROS TPICOS COM TCNICAS INDIRETAS
executada a tcnica de observao de imagens, ao invs de olhar para o que est sendo natu
ralmente apresentado.
- Simplesmente ouvir os rudos quando se emprega a tcnica da audio interna, ao invs d
e aument-los em volume at o nvel mximo.
Tarefas
1) Tente todas as tcnicas indiretas primrias enquanto se encontra em um estado rel
axado e destaque de 3 a 5 tcnicas que paream funcionar. Repita essa mesma formao em
outros dias.
2) Experimente todas as tcnicas de separao em um estado relaxado.
3) Alcance um despertar consciente seguido de ciclos de tcnicas indiretas.
4) Alcance um despertar consciente sem qualquer movimento fsico e tente uma tcnica
indireta.
5) Aps acordar sem se mover, realize um ciclo completo de tcnicas indiretas e repi
ta este exerccio at que a entrada na FASE seja alcanada.
As tcnicas diretas so utilizadas para a obteno de experincias fora do corpo sem o prrequisito do sono; atravs da realizao de aes especficas enquanto deitado e com os olho
s fechados. A vantagem das tcnicas diretas que, em teoria, elas podem ser realiza
das a qualquer momento. Existe uma grande desvantagem referente quantidade de te
mpo que necessrio ser despendido para se chegar ao domnio das tcnicas. Apenas 50% d
os praticantes alcanam o sucesso depois de fazerem tentativas dirias durante um pe
rodo de 3 a 6 semanas. Para alguns um ano inteiro pode passar antes que os result
ados sejam obtidos. A dificuldade na obteno de resultados atravs da utilizao de tcnica
s diretas no um problema de inacessibilidade e sim das caractersticas psicolgicas n
aturais do indivduo. Nem todo mundo capaz de compreender claramente as nuances es
pecficas envolvidas, razo pela qual alguns podero cometer erros continuamente.
Muitos praticantes se esforam para dominar as tcnicas diretas imediatamente porqu
e elas parecem ser mais convenientes, simples e concretas. um grave erro iniciar
a tentativa de domnio da entrada na FASE a partir deste nvel. Em 90% dos casos em
que os novatos comeam seu treinamento com tcnicas diretas, o fracasso garantido.
Uma grande quantidade de tempo, esforo e emoo sero desperdiadas. Como resultado, poss
el haver uma completa desiluso com todos os assuntos relacionados s experincias com
a FASE.
As tcnicas diretas s devem ser praticadas aps o domnio das tcnicas indiretas mais fce
is ou o domnio de como tornar-se consciente quando se est sonhando. Um conheciment
o avanado das tcnicas indiretas ir tornar consideravelmente mais fcil a entrada dire
ta na FASE.
Tambm vale a pena sempre ter em mente a quantidade mdia de tempo gasto pelos prat
icantes da FASE com tcnicas diretas e indiretas para alcanar resultados. Um novato
gasta uma mdia de 5 minutos (5 tentativas) em tcnicas indiretas para cada experinc
ia de FASE (mdia de tentativas bem e mal sucedidas), ao passo que gasta 300 minut
os (20 tentativas) em tcnicas diretas para cada experincia de FASE. Um praticante
avanado da FASE gasta em mdia menos de um minuto (1 a 2 tentativas) executando tcni
cas indiretas para cada experincia de FASE, ao passo que gasta 30 minutos em tcnic
as diretas (2 a 3 tentativas).
A qualidade da experincia de FASE no depende da tcnica de entrada escolhida. Ao se
rem comparadas com as tcnicas indiretas, as tcnicas diretas no levam necessariament
e a uma FASE mais profunda e duradoura.
As tcnicas diretas so mais adequadas para alguns praticantes que para outros, enq
uanto as tcnicas indiretas so acessveis para todos.
Fato interessante!
Para obter melhores resultados no tradicional seminrio de trs dias da Escola de V
iagens Fora do Corpo, os instrutores omitem completamente as tcnicas diretas ou e
speram at o ltimo dia para ensin-las, de modo a evitar que os novatos utilizem-nas
inicialmente, evitando assim uma taxa mais baixa de sucesso do grupo.
Se um praticante decidiu comear a prtica pelas tcnicas diretas ou ganhou a experinc
ia atravs das tcnicas indiretas, os princpios bsicos ainda precisam ser aprendidos.
Sem eles nada ocorrer, exceto por coincidncia e em casos raros. A chave para o suc
esso no uso de tcnicas diretas est em alcanar um estado de livre flutuao da conscincia
. Vamos primeiro examinar uma grande variedade de aspectos muito teis e fatores q
ue tornam a entrada direta na FASE muito mais fcil.
Primeiro vamos examinar quando o melhor momento para a execuo das tcnicas e com qu
e intensidade sua prtica deve ser exercida. Vamos examinar um fator muito importa
nte que a posio do corpo e a questo no menos crucial de quanto tempo deve ser utiliz
ado para a execuo das tcnicas. Faremos uma breve investigao sobre o problema do relax
amento e vamos imediatamente passar para as tcnicas diretas propriamente ditas. S
omente depois de percorrer todos os itens acima seremos capazes de aprofundar a
questo do que vem a ser um estado de livre flutuao da conscincia e como alcan-lo.
O MELHOR MOMENTO PARA A PRTICA
A questo do tempo no importante quando as tcnicas que esto sendo executadas so as in
diretas, j que o pr-requisito importante que elas sejam realizadas imediatamente a
ps ter ocorrido o despertar. No caso de tcnicas diretas, a questo do tempo muito ma
is crtica.
Em relao disposio do tempo, o mtodo diferido (adiado) proporciona o melhor momento p
ara a realizao das tcnicas diretas e indiretas. Existem algumas diferenas importante
s. Pode-se interromper o sono em praticamente qualquer hora da noite ou da manh.
Depois de ter acordado (5 a 15 minutos) no se deve voltar a dormir, mas sim proce
der imediatamente s tcnicas.
As tcnicas diretas so muitas vezes mais eficazes se realizadas nos horrios definid
os pelo mtodo diferido (adiado) que em qualquer outro momento. Isto devido ao fat
o de que, com o mtodo diferido (adiado), a mente no tem tempo para tornar-se 100%
alerta, tornando-se mais fcil a entrada em um estado alterado de conscincia que pe
rmitir resultados.
Quando se trata de medidas especficas, deve-se acordar no meio da noite de forma
espontnea ou com a ajuda de um despertador. Deve-se levantar e fazer algo por 3
a 10 minutos e depois deitar-se novamente e executar as tcnicas. Se o praticante
acordar em um estado muito alerta e no estiver nem mesmo sonolento, o intervalo e
ntre o despertar e a realizao da tcnica direta deve ser encurtado, e poucas coisas
devem ser feitas durante esse perodo de tempo. Note que, com essa configurao, um es
tado de livre flutuao da mente desempenha um papel muito menor que com outros proc
edimentos.
A segunda janela mais eficaz de tempo acontece noite quando o praticante for pa
ra a cama, antes de adormecer. Durante este perodo de tempo o crebro precisa "desl
igar" o corpo e a mente, a fim de renovar suas foras que foram despendidas ao lon
go do dia. Este processo natural pode ser aproveitado atravs da introduo de alguns
ajustes.
As tentativas de realizar tcnicas diretas durante o dia so menos eficazes. Se a f
adiga tiver se instalado, isso poder ser aproveitado, pois o corpo ir tentar cair
no sono. Isto especialmente adequado para aqueles que esto acostumados a tirar um
a soneca durante o dia.
Geralmente as outras janelas de tempo produzem um resultado muito pior e por is
so que se deve comear com a realizao de tcnicas diretas no meio da noite ou antes de
dormir. Somente aps essas tcnicas terem sido dominadas ser possvel realizar tentati
vas durante o dia.
INTENSIDADE DAS TENTATIVAS
O grau de entusiasmo est diretamente relacionado ao sucesso em alcanar um objetiv
o. muito importante saber quando aliviar, especialmente quando se trata de uma q
uesto delicada como a entrada na FASE. Uma tentativa por dia utilizando uma tcnica
direta o suficiente. Se forem feitas mais tentativas a qualidade de cada uma di
minuir consideravelmente.
Fato interessante!
Muitos abordam as tcnicas diretas como se estivessem cavando um poo: quanto mais e
u cavar e quanto mais rpido o fizer, melhor . O resultado: dezenas de tentativas qu
e no daro frutos.
Um grande nmero de praticantes acredita que dezenas de tentativas ao longo de u
m dia traro a FASE. Este no o caminho para o sucesso e levar rapidamente desiluso co
m a prtica. Mesmo depois de no se obter resultados em uma semana ou um ms, as tcnica
s diretas devem continuar sendo tentadas apenas uma vez por dia. O praticante qu
e for persistente, analtico, sensvel e praticar corretamente, conseguir o efeito de
sejado.
DURAO DE UMA TENTATIVA
intil tentar entrar na FASE usando uma tcnica direta apenas deitando-se na cama e
decidindo nem dormir nem se levantar at que a FASE ocorra. Uma imposio rigorosa na
manipulao da delicada natureza da mente poder produzir uma rpida exausto emocional.
Prazos rgidos devem ser aplicados durante a execuo de tcnicas diretas antes de um s
ono ou no meio da noite. Tentativas de tcnicas diretas devem durar apenas de 10 a
20 minutos. Perodos mais longos inibem o sono, porque a mente ir concentrar-se po
r muito tempo nas tcnicas, e o desejo de adormecer dissipar-se-, resultando em insn
ia, que poder durar vrias horas. Esforos exagerados afetam negativamente o entusias
mo natural devido ao sono perdido e o cansao no dia seguinte, que agravado com um
nmero crescente de tentativas fracassadas.
Se as tcnicas diretas no surtirem efeito no curso de 10 a 20 minutos antes de dor
mir ou no meio da noite, melhor ir dormir com o pensamento de que tudo vai dar c
erto numa prxima vez. Esta a perspectiva positiva que um praticante deve sempre m
anter.
POSIO DO CORPO
A posio do corpo no importante quando se executam as tcnicas indiretas, pois o obje
tivo o despertar consciente independentemente da posio em que o corpo se encontre.
A posio do corpo crucial durante a prtica das tcnicas diretas.
No h uma posio do corpo exata que sirva para todos os praticantes, pois, mais uma v
ez, as caractersticas individuais e os instintos diferem muito. Existem regras es
pecficas que permitem selecionar a posio correta com base em indicadores indiretos.
Muitos mantm a crena de que a posio correta a chamada de decbito dorsal: deitado de
costas sem travesseiro, pernas e braos esticados. Esta noo foi provavelmente copiad
a de outras prticas sob a alegao de que ajuda a alcanar um estado alterado da conscin
cia. a posio mais dolorosa para a maioria dos praticantes. A posio de decbito dorsal
s deve ser utilizada quando for provvel que o praticante v rapidamente cair no sono
.
Se o praticante tiver dificuldade em adormecer e acordar constantemente durante
a execuo das tcnicas diretas, uma posio mais confortvel dever ser utilizada.
Se o sono vier facilmente para o praticante, o mesmo deve mudar para uma posio me
nos natural. Se o praticante sentir poucos lapsos de conscincia quando as tcnicas
estiverem sendo executadas e tiver mais dificuldade para adormecer, dever ser uti
lizada uma posio mais confortvel. Dependendo da situao, h muitas posies possveis: de
de costas, sobre o estmago, de lado ou mesmo em uma posio parcialmente reclinada.
possvel que o praticante tenha que mudar de posio de uma tentativa para outra, faze
ndo ajustes relacionados a um estado de livre flutuao da conscincia. No mais que 3 d
ias por semana devem ser gastos com as tcnicas diretas. O mesmo vale para a prtica
da FASE em si. Esse limite s pode ser elevado em caso de um alto nvel de experinci
a e se praticamente todas as tentativas forem bem-sucedidas.
RELAXAMENTO
Deve-se entender que as tcnicas diretas so, por si s, mtodos de relaxamento, na med
ida em que nenhuma FASE pode ocorrer sem que haja relaxamento. O praticante pode
executar as tcnicas diretas sem que haja um relaxamento prvio especfico.
Uma vez que a janela mais eficaz de tempo para se utilizar as tcnicas diretas oc
orre antes de dormir e noite e dura apenas de 10 a 20 minutos, nenhum tempo adic
ional deve ser desperdiado na tentativa de relaxamento, nem o tempo para relaxame
nto deve ser subtrado dos 10 a 20 minutos.
O relaxamento correto e de qualidade uma busca difcil e muitos abordam-no de for
ma muito especfica, produzindo uma oposio ao relaxamento natural. Muitos se esforam
para relaxar seus corpos a tal ponto que, no final, a mente fica to ativa como qu
ando se tenta resolver uma equao matemtica difcil. Neste tipo de situao, entrar na FAS
E praticamente impossvel.
O corpo relaxa automaticamente quando a mente est relaxada. melhor os iniciantes
se absterem dos problemas e das nuances relacionadas ao relaxamento e guardar s
uas energias para as questes mais elementares.
Ao invs de forar um relaxamento tcnico, o praticante deve deitar por alguns minuto
s e isso ir proporcionar o melhor relaxamento. Deitar ativa processos de relaxame
nto naturais, o tipo mais poderoso.
Um relaxamento completo e pacfico s pode ser coagido por aqueles especializados e
com profunda experincia. Geralmente essas pessoas empregaram uma grande quantida
de de tempo e esforo para dominar os estados meditativos e de transe. O relaxamen
to, nestes casos, no dever demorar mais que 1 a 3 minutos, pois, quando o pratican
te especialista em relaxamento, pensar sobre ele suficiente para fazer com que o
mesmo ocorra.
Todas as tcnicas de relaxamento podem servir muito bem s tcnicas diretas, desde qu
e ocorra um estado de livre flutuao da conscincia enquanto elas estejam sendo execu
tadas.
VARIAES NA UTILIZAO DAS TCNICAS DIRETAS
As tcnicas utilizadas para a obteno das entradas diretas na FASE so exatamente as m
esmas utilizadas para a obteno das entradas indiretas. A nica diferena est no mtodo de
implementao. As tcnicas esto descritas em detalhe no Captulo 2. Como tcnicas diretas
necessitam sobretudo de passividade, nem todas as tcnicas funcionam igualmente be
m para os dois tipos de entrada na FASE. Tcnicas ativas, como a do tensionamento
do crebro, no devem ser usadas para a obteno de uma entrada suave na FASE.
As tcnicas diretas diferem das indiretas na implementao por causa da produo lenta de
resultados, que ocorre desde o incio de uma tentativa direta at o seu final. A me
sma movimentao de um membro fantasma pode rapidamente comear antes de dormir, mas a
amplitude de movimento no ser fcil de aumentar e toda a implementao da tcnica contar
om um movimento rtmico prolongado. Os resultados levam muito mais tempo para acon
tecer: 10 minutos, ao invs de 10 segundos. Essas diferenas tambm podem ser aplicada
s a todas as tcnicas descritas neste guia.
Da mesma forma que acontece com a prtica das tcnicas indiretas, para comear a prtic
a das tcnicas diretas, o praticante deve escolher as 2 ou 4 mais adequadas dentre
aquelas que provaram ser mais eficazes para o indivduo.
A principal diferena na prtica das tcnicas diretas em relao s indiretas o tempo nece
srio para a execuo de cada uma delas. Se o teste de uma tcnica indireta leva apenas
de 3 a 5 segundos, sero necessrios vrios minutos para a execuo da mesma tcnica na vers
direta. A durao varia de acordo com alguns fatores.
H trs maneiras principais de se realizar as tcnicas: clssica, sequencial e em ciclo
s - semelhante aos ciclos usados com as tcnicas indiretas. Para entender qual var
iante deve ser utilizada, considere a seguinte tabela:
Variaes na Utilizao
das Tcnicas
Quando Usar
Clssica (passiva):
Tentativa de 1 tcnica.
A tcnica deve ser alternada a cada tentativa.
- Quando estiver aprendendo tcnicas diretas
- Quando um praticante geralmente dorme mal;
- Se as tentativas levarem ao completo despertar;
- Se as tentativas com outras variaes ocorrerem sem lapsos de conscincia;
- Se o corpo e a conscincia esto em um estado relaxado;
Sequencial (mdia):
Uma tentativa com 2 a 3 tcnicas por 1 a 5 minutos.
As tcnicas so alternadas com pouca frequncia.
A determinao (agressividade) varia durante o perodo de tempo em que as tcnicas esto s
endo executadas.
- Usada caso o adormecimento ocorra enquanto se est usando a variao clssica ou se a
variao em ciclos resulta em longo despertar;
- Quando o praticante geralmente adormece com rapidez;
Em Ciclos (ativa):
A sequncia de aes composta por ciclos de 3 tcnicas, conforme acontece com a entrada
na FASE atravs da utilizao de tcnicas indiretas, mas a execuo de cada tcnica deve dura
de 10 segundos a 1 minuto, e no 3 a 5 segundos.
- Usadas quando as variaes clssica e sequencial levarem a um adormecimento;
- Quando, de um modo geral, os praticantes adormecem muito rapidamente;
- Tambm pode ser empregado quando o praticante se encontrar esgotado ou em privao d
e sono;
O praticante deve sempre comear com a variao clssica, usando apenas uma tcnica duran
te todo o decorrer da tentativa. Devido natureza incomum dos esforos envolvidos,
o entusiasmo de um iniciante pode lev-lo a um estado completamente alerta. Mais t
arde, porm, podero ocorrer fortes e prolongados lapsos de conscincia. Pode ser nece
ssrio aumentar o nvel de atividade atravs da transio para a variao sequencial.
A variao sequencial a principal tcnica direta utilizada por causa de sua flexibili
dade na aplicao. Pode ser passiva, se ao longo de 15 minutos o praticante alternar
duas tcnicas de cinco minutos cada. Tambm pode ser determinada (agressiva), se us
ado um sequenciamento de trs tcnicas para um minuto. Tudo o que estiver entre esse
s dois extremos permite a prtica adequada das tcnicas e a seleo das melhores variaes p
ara se atingir um estado de livre flutuao da conscincia.
Se o praticante repetidamente cair no sono, mesmo utilizando a forma ativa de s
equenciamento, deve-se iniciar a utilizao dos ciclos de tcnicas indiretas, com cada
tcnica sendo executada num tempo que fique entre 10 segundos a 1 minuto.
Como se faz necessrio um longo trabalho com as tcnicas, o praticante no deve atorm
entar-se caso no queira fazer algo, seno poder frustrar-se com muita rapidez. Tudo
deve ser prazeroso e no causar qualquer tenso emocional excessiva.
O ESTADO DE LIVRE FLUTUAO DA CONSCINCIA
H um nmero quase infinito de descries de tcnicas de entrada direta oferecidas, na li
teratura, na internet e em seminrios. s vezes uma descrio fundamentalmente diferente
da outra. Na maioria dos casos existem pontos em comum que unem quase todas as
descries: curtos lapsos de conscincia, lapsos de memria, sono superficial; que so car
actersticas do estado de livre flutuao da conscincia. Aps a ocorrncia de qualquer um d
esses fenmenos, todos os tipos de sensaes incomuns de pr-FASE ou de FASE podero surgi
r.
Lapsos de conscincia podem durar segundos, minutos ou mais de uma hora. Eles pod
em variar, desde uma simples perda de conscincia, at a entrada em um sonho complet
o. Eles podem ser nicos e raros ou podem ocorrer vrias vezes ao longo de um minuto
. O que quer que tenha ocasionado um lapso faz com que a mente atinja um modo de
operao que ideal para a experimentao da FASE, desde que o praticante seja capaz de
abster-se de um sono profundo e voltar rapidamente a um estado de viglia.
Nem todos os lapsos de conscincia conduzem FASE. O lapso deve ter profundidade s
uficiente para ser eficaz. Para cada lapso sem sucesso, ocorrer um outro mais pro
fundo.
desejado. Tais tcnicas cumprem mais ou menos uma funo auxiliar e no se faz necessrio
ser to rigoroso em suas utilizaes.
Fato interessante!
No importa qual tcnica direta seja utilizada, uma vez que leve a lapsos de conscin
cia, o sucesso ser possvel.
Ao realizar as variaes das tcnicas, o praticante poder comear a oscilar entre o esta
do de alerta total e o sono completo.
Para evitar cair no sono faz-se necessrio um forte desejo de retornar ao estado
de viglia. Isto pode ser realizado atravs de uma forte determinao (agressividade) po
r parte do praticante, mesmo que ocorram entradas e sadas no sono ao ser executad
a uma tcnica direta. O praticante deve afirmar vigorosamente que, no momento em q
ue a conscincia diminuir, deve ocorrer o imediato despertar.
Por outro lado, se os lapsos no ocorrerem e forem substitudos pelo completo estad
o de viglia, os seguintes truques podero ajudar: concentrao total em aes mentais ou, i
nversamente, meditao e devaneio devero ser utilizados em paralelo com a tcnica. Note
que essas ajudas s sero eficazes na FASE inicial de utilizao das tcnicas diretas, po
is podem causar um forte efeito indutor do sono.
Se tcnicas diretas no conduzirem ao sono leve ou a lapsos singulares aps um longo
perodo de prtica regular, deve-se supor que o praticante est lidando com algum erro
significativo na tcnica ou na durao do procedimento.
A regulao do nmero de lapsos pode ser feita modificando a posio do corpo durante a p
rtica ou alterando a variao usada durante a execuo das tcnicas.
A entrada na FASE atravs de um estado de livre flutuao da conscincia, na maioria da
s vezes, ocorre como o resultado de trs fatores-chave. Primeiro: durante um lapso
, uma tcnica ou outra pode comear a funcionar bem. Segundo: aps um lapso, a proximi
dade da FASE pode inesperadamente manifestar-se atravs de sons ou vibraes. Nesse mo
mento, deve-se proceder a transio para tcnicas que correspondam aos sintomas acima
(ouvir, tensionar o crebro). Terceiro: s vezes, ao sair de um lapso, fcil alcanar di
retamente a separao ou encontrar rapidamente uma tcnica que funcione, prestando ate
no nos indicadores iniciais.
Fato interessante!
H uma teoria que diz que no h um mtodo direto de entrada na FASE e que todos os mtod
os diretos so na realidade uma subcategoria dos mtodos indiretos. A nica diferena se
ria que as tcnicas de induo diretas envolvem um micro-sono que autenticamente imita
o adormecer, criando assim um estado fisiolgico mais prximo do despertar natural,
momento em que torna-se mais fcil a entrada na FASE.
Lapsos de conscincia no so obrigados a ocorrer em 100% dos casos. Esforar-se para a
lcanar lapsos desempenha um papel muito importante, pois eles nem sempre so percep
tveis. Uma ocorrncia de lapso nem sempre bvia. Eles podem ter durao muito curta ou se
rem superficiais. Podem tambm no ocorrer. Tcnicas devidamente aplicadas para produz
ir lapsos podem levar entrada na FASE. Isto especialmente verdadeiro para o mtodo
diferido (adiado) de entrada direta na FASE. importante notar tambm que os lapso
s de conscincia podem ser to superficiais e breves que o praticante pode no ser cap
az de reconhec-los.
FATORES AUXILIARES
Pode ser afirmado categoricamente que h uma situao em que o praticante constanteme
nte tem problemas com o mtodo direto ou nunca consegue faz-lo funcionar: desejo ex
cessivo de obter resultados aqui e agora. O praticante no deve deitar-se na cama
com o pensamento de que ele v entrar na FASE a qualquer custo usando o mtodo diret
o. Desejo excessivo inevitavelmente encontra expresso fisiolgica na forma de uma f
alta de lapsos de conscincia ou sua pouca profundidade. O problema que praticamen
te todo praticante novato comete esse erro. Tcnicas diretas so muitas vezes consid
eradas difceis devido a este erro aparentemente insignificante e quase imperceptve
l.
Fato interessante!
Para a maioria dos praticantes, uma pea-chave abrandar um desejo demasiado de en
trar na FASE.
por isso que antes de comear, ou pior, durante uma tentativa deve haver um eleme
nto de quietude interior e indiferena para com o resultado final. Voc precisa deix
ar de tentar controlar incisivamente o momento de sua ocorrncia e empenhar-se par
a entrar na FASE. A mente deve estar completamente parada e quase completamente
indiferente em relao a quo bem-sucedida ser a tentativa: se ele funcionar, timo. Se no
funcionar, quem se importa? Deve haver uma inteno de entrar na FASE que deve ser
mantida em seu interior e no encontrar expresso em um desejo excessivo ou controle
sobre a situao.
At que o praticante aprenda a ter calma em sua abordagem aos mtodos de entrada di
reta na FASE, ele no deve ter esperana de obter nenhuma experincia real e prtica. Na
melhor das hipteses, apenas uma tentativa em cinquenta resultar na FASE, embora a
maioria de suas tentativas poderiam ter sido bem-sucedidas. o suficiente consid
erar que todos os usurios avanados das tcnicas diretas se beneficiam da ambivalncia
em relao ao resultado, mesmo que no o faam de forma deliberada. Por outro lado, toda
s as tentativas realizadas pelos novatos so acompanhadas por um desejo excessivo
em obter um resultado e essa a principal razo para a falta de sucesso.
Analisar um exemplo tpico de como a tcnica direta pode funcionar deve esclarecer
a situao: digamos que algum acidentalmente descreveu as tcnicas diretas quando conve
rsando com uma outra pessoa sobre a FASE. Seu interesse revigorou-se. O recm-inic
iado vai para casa e comea a fazer uma tentativa apenas por diverso, sem ter um de
sejo excessivo. Acontece que isso funcionou na primeira tentativa. Ele experimen
tou uma FASE turbulenta e hiper-realista. Agora que ele sabe com a experincia ele
anseia repeti-la. No dia seguinte, ele volta para a cama com uma lembrana clara
dos eventos eletrizantes e deseja repetir a experincia. Mas agora, sua mente tant
o anseia por resultados que seu corpo se torna fisiologicamente incapaz de entra
r no estado que precedeu a sua primeira tentativa bem-sucedida e que foi realiza
da sem qualquer esforo excessivo. Como resultado, as mesmas tcnicas diretas j no tra
zem a FASE. Algum que acredita que a obteno de resultados dependa exclusivamente da
implementao de tcnicas, no percebendo que tambm uma questo de atitude em relao ao
sso, ficaria pasmo.