Revista Do Concreto 81 PDF
Revista Do Concreto 81 PDF
Revista Do Concreto 81 PDF
E EXECUO, NOVAS 81
JAN-MAR
2016
ALTERNATIVAS E PERSPECTIVAS ISSN 1809-7197
www.ibracon.org.br
DE APLICAO
Fundada em 1972, seu objetivo promover e divulgar conhecimento sobre a tecnologia do concreto e de
seus sistemas construtivos para a cadeia produtiva do concreto, por meio de publicaes tcnicas, eventos
tcnico-cientficos, cursos de atualizao profissional, certificao de pessoal, reunies tcnicas e premiaes.
Receba gratuitamente as quatro edies anuais Descontos nos eventos promovidos e apoiados
da revista CONCRETO & Construes pelo IBRACON, inclusive o Congresso Brasileiro
Tenha descontos de at 50% nas publicaes do Concreto
tcnicas do IBRACON e de at 20% nas Oportunidade de participar de Comits Tcnicos,
publicaes do American Concrete Institute intercambiando conhecimentos e fazendo valer
(ACI) suas opinies tcnicas
sees
& Construes & Construes
7 Editorial
8 Coluna Institucional REVISTA OFICIAL DO IBRACON
PAVIMENTOS DE CONCRETO Instituto Brasileiro do Concreto
PAVIMENTOS DE CONCRETO Instituto Brasileiro do Concreto
81 81
9 Converse com IBRACON
E EXECUO, NOVAS JAN-MAR
gico e informativoEXECUO,
E NOVAS EDITORIAL
para o setor produ- JAN-MAR
2016 2016
ALTERNATIVAS E PERSPECTIVAS ISSN 1809-7197 ALTERNATIVAS E PERSPECTIVAS
tivo da construo civil, para o ensino Guilherme Parsekian ISSN 1809-7197
11 Encontros e Notcias
www.ibracon.org.br www.ibracon.org.br
DE APLICAO DE APLICAO
e para a pesquisa em concreto. (alvenaria estrutural)
VENCEDORES DO PRMIO
SAINT GOBAIN DE ARQUITETURA
PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
CAA EM REGIES
COSTEIRAS QUENTES
112 Acontece nas Regionais PERSONALIDADE ENTREVISTADA
Ercio Thomas
CAA EM REGIES
COSTEIRAS QUENTES
24
Helena Carasek
Sistema Pavimento Industrial ASSINATURA E ATENDIMENTO
(argamassas)
office@ibracon.org.br Hugo Rodrigues
(cimento e comunicao)
GRFICA
27
Ins L. da Silva Battagin
Evoluo e alternativas em pisos industriais Ipsis Grfica e Editora
(normalizao)
Preo: R$ 12,00
ria Lcia Oliva Doniak
(pr-fabricados)
33
As ideias emitidas pelos entre-
Os dez mandamentos do pavimento de concreto vistados ou em artigos assinados
Jos Martins Laginha Neto
(projeto estrutural)
so de responsabilidade de seus
Jos Tadeu Balbo
autores e no expressam, neces-
sariamente, a opinio do Instituto. (pavimentao)
46
Todos os direitos de reproduo
Projeto de pavimento de concreto protendido reservados. Esta revista e suas (arquitetura)
Paulo Helene
para terminal de contineres partes no podem ser reproduzidas
nem copiadas, em nenhuma forma (concreto, reabilitao)
Selmo Chapira Kuperman
55
de impresso mecnica, eletrnica,
Low noise concrete pavements ou qualquer outra, sem o consen- (barragens)
timento por escrito dos autores Andra Arantes Severi
PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
Instituto Brasileiro do Concreto
90
Bernardo Tutikian
Pista experimental da USP em pavimento de 11/11/1980
Declarado de Utilidade
de concreto com armadura contnua Pblica Federal | Decreto
DIRETORA TCNICA
Ins Laranjeira
95
86871 de 25/01/1982
Concreto autoadensvel em regies costeiras da Silva Battagin
107
DIRETOR DE PUBLICAES
Avano na normalizao tcnica brasileira DIRETOR 2 VICE-PRESIDENTE E DIVULGAO TCNICA
de concreto e construes Luiz Prado Vieira Junior Eduardo Barros Millen
N
este primeiro editorial como presidente do u Manter, incentivar e
IBRACON, no poderia inicialmente deixar de agra- promover uma nova
decer ao Conselho Diretor pela confiana deposita- estratgia de Marke-
da. A responsabilidade grande, mas, com o apoio ting para nossa insti-
da Diretoria e do Conselho Diretor do IBRACON, tuio, que reconhe-
tenho a certeza que iremos levar a frente o Instituto, no obstan- cidamente a mais importante entidade tcnica nacional
te os tempos difceis que estamos vivendo. voltada cadeia produtiva do Concreto;
Com relao nova Diretoria, ressalto que j est em plena u Fortalecer e ampliar os Comits Tcnicos, inserindo-os nos
atividade, com reunies mensais na sede da ABCP. Objetivan- eventos do IBRACON e de entidades parceiras, promo-
do-se atingir resultados mais eficazes, pretendemos implemen- vendo ainda workshops no sentido de apresentar os resul-
tar uma reestruturao no mtodo de trabalho, com reunies tados obtidos;
semanais setorizadas com Diretores, de acordo com o assunto u Estreitar e aumentar o relacionamento com entidades
que se pretenda discutir. Pretendemos, com isso, proporcionar parceiras;
maior flexibilidade na rotina dos Diretores, atingindo mais rapida- u No obstante o Congresso Brasileiro do Concreto (CBC) j
mente os resultados esperados. ter reconhecimento da Comunidade Tcnica, pretende-se
A boa receptividade da nova Diretoria demonstrou o quanto se colocar na sua grade sesses tcnicas com temas prticos
quer fazer pelo desenvolvimento do Concreto no Brasil, dando e de interesse de Construtoras, atraindo novamente este im-
nfase a todas as aes que beneficiem os scios. portante participante da Cadeia Produtiva do Concreto;
Em relao ao plano de aes desta gesto, no obstante ser- u Fortalecer as atividades estudantis, com a criao da di-
mos sempre otimistas com o nosso maravilhoso pas, os dias retoria de Atividades Estudantis e sedimentando os Con-
atuais recomendam cautela, ps no cho e sem reinventar a cursos promovidos durante os eventos do IBRACON e de
roda. Dizem que o mais difcil de ser executado so sempre outras entidades;
as aes mais simples!! Por isso, transcrevo a seguir a misso u Viabilizar, tcnica e economicamente, o processo de Certifi-
do IBRACON que consta em nossos Estatutos, para tomar- cao, mediante sua reestruturao, iniciando, pela Diretoria
mos isto como o nosso plano de aes. de Cursos, o treinamento de potenciais candidatos ao pro-
O IBRACON tem por misso criar, divulgar e defender o cesso de Certificao;
correto conhecimento sobre materiais, projeto, construo, u Manter, promover e incentivar o lanamento de livros,
uso e manuteno de obras de concreto, desenvolvendo publicaes e peridicos, que tanto interesse atraem em
o seu mercado, articulando seus agentes e agindo em nossos associados.
benefcio dos consumidores e da sociedade em harmonia Finalizando, no poderia deixar de destacar o 57 CBC recen-
com o meio ambiente temente realizado em Bonito/MS. O retorno dos cerca de oito-
Para que fazer conjecturas e projetos irreais e inalcanveis? centos presentes no evento, atravs da pesquisa respondida por
Vamos implementar aes simples, que atendam filosofia eles, demonstra que o evento superou as expectativas, seja pelo
contida em nossa misso. tema principal escolhido, seja pelo alto nvel tcnico das palestras
Inmeras aes j esto em curso por todas as Diretorias, sem proferidas, destacando-se, ainda, sua perfeita organizao.
exceo, sempre com foco na misso do IBRACON, poden- Desejamos que o incio desta nova gesto frente do IBRACON
do-se destacar: coincida com o comeo de um ciclo de crescimento para o setor,
u Fortalecimento das Regionais, incentivando-as a promo- com resultados mais positivos para as empresas, criando meios
ver eventos e workshops, dando o suporte tcnico e ma- para que essas possam reinvestir em tecnologia e treinamento.
terial necessrio;
u Reestruturao no relacionamento com as Regionais, moti- JLIO TIMERMAN
vando-as a atrair mais scios locais; Presidente do IBRACON | Instituto Brasileiro do Concreto
A
ssim prenunciam os seu mercado, articulando seus
arautos do apoca- agentes e agindo em benefcio
lipse. Economistas dos consumidores e da socie-
de grandes corpo- dade em harmonia com o meio
raes, diretores de ambiente, assim o IBRACON
empresas, agncias de classifica- continuar sua rota, agora sob
o de risco indicam um ano com a presidncia do eng. Julio Ti-
srias dificuldades econmicas merman e sua nova diretoria, da
para o Brasil em geral e tambm qual orgulhosamente, por seu
com srias dificuldades polticas convite, passo a fazer parte.
para os polticos em particular. Como instituio e com o intuito
Estamos vivendo tempos nunca de no nos abatermos por previ-
antes acontecidos. No podemos ses ruins, vamos continuar a ter
dizer que j vimos este filme, por- nas publicaes um dos veculos
que presidentes e altos executivos principais de divulgao, educa-
de grandes construtoras e polti- o, informao e boas notcias.
cos sendo presos uma novida- S assim e com cada um cum-
de. Juzes corajosos para fazer a prindo com sua funo, conse-
justia prevalecer, um ministrio guiremos superar o ano com me-
pblico atuante e a polcia federal nos dificuldades, at voltarmos a
cumprindo seu dever com a determinao de agora, ter crescimento e desenvolvimento para todos.
algo inusitado. Peo especial ateno aos leitores, para conferirem os
E isso no para todos se animarem na suposio de participantes do Comit Editorial desta revista, sob a pre-
que os ladres, corruptos, desonestos, efetivamente pa- sidncia do prof. Dr. Guilherme Parsekian, com a equipe
garo pelos seus crimes? E da o medo, que antes no completada com mais profissionais, todos do mais alto
existia, de ir parar atrs das grades no ir impedir novos nvel tcnico. Com essa equipe, sem dvida, teremos ti-
delitos? Pois era essa a razo dos crimes: ningum ia mas edies pela frente!
para a cadeia a no ser o ladro de ma da feira. O planejamento geral do ano j est feito, com os temas
Sim, acredito que devemos mais nos animar com o que de capa definidos e com a disposio e comprometimen-
est acontecendo, vendo as coisas boas que esto por to j declarados de todos os integrantes do Comit em
a, do que ficarmos nos lamentando atrs das previses trabalhar em prol dos objetivos do Instituto.
de mau agouro. Um agradecimento que no podemos deixar de fazer, ao
Devemos nos engajar na luta pela decncia, honestidade, nosso incansvel e competente editor Fbio Lus Pedro-
eficincia, competncia. S assim haver progresso. so, pessoa sem a qual esta publicao no seria possvel.
Com essa viso e com o propsito de cumprir os ob- Acreditemos no futuro, vamos pensar positivo e cumprir
jetivos pelos quais foi criado, quais sejam, atuar na nossas obrigaes. O IBRACON continua ao lado de
defesa e valorizao da engenharia civil, com objetivo nossa engenharia.
de divulgar a tecnologia do concreto e seus sistemas Feliz 2016 a todos.
construtivos, criar, divulgar e defender o correto co-
nhecimento sobre materiais, projeto, construo, uso ENG. EDUARDO BARROS MILLEN
e manuteno de obras de concreto, desenvolvendo D iretor de publicaes tcnicas do IBRACON
Qual a especificao e o controle apro- verticais sejam resistidos pelo uniforme que se altere o mnimo
priados para o concreto aplicado a fun- atrito lateral e apenas 20% pelo possvel durante o lanamento;
daes, considerando lanamento de fuste comprimido. Muito difcil u para conseguir isso, simplisti-
grande altura em meio fluido (polmero que o fuste suporte tenses atu- camente falando, preciso de
ou bentonita), ou ainda a concretagem antes superiores a 6MPa. Fiz um uns 450kg de finos por m3, ou
contra o solo, mais especificamente no estudo de uma estaca tipo hlice seja material de Dmax inferior a
caso de estacas escavadas de grande de 22m de profundidade e as ten- 0,150mm que pode ser cimento
dimetro, com fluido estabilizante, ou ses no concreto, mximas, no (mas seria contra a sustentabi-
estacas hlice-contnua monitoradas? chegaram nem a 3MPa; lidade do planeta) ou areia fina,
CLOVIS SALIONI JUNIOR u nas paredes diafragma o limitador argila, silte, p calcrio, escria
D iretor Presidente da ABEF em geral o tamanho dos equipa- moda, fly ash, metacaulim, silica
mentos que fazem que as espes- ativa, cal hidratada, certos aditi-
Segundo a norma atual de fundaes suras mnimas sejam da ordem de vos espessadores, etc.;
ABNT NBR 6122, o concreto deve ter 30cm (Clam Shell) e 60cm (Hidro- u claro que se for realizado um estu-
consumo mnimo de 400kg por m3 e fresa) at1,40m, creio eu. A resis- do adequado de dosagem poss-
f ck 20MPa. Como essa especifica- tncia compresso do concreto vel melhorar ainda mais o concreto
o contm em si uma incoerncia em peas fletidas (paredes dia- usando conceitos de granulometria
tcnica grave preciso atualizar. fragma), em geral, tem pequena contnua, densificao da massa, e
Por um lado essa especificao importncia frente disposio e outros que reduziriam ainnda mais
falava de sustentabilidade do plane- u em sapatas e tubules as tenses Portanto porque usar cimento se
ta, se empregava agregados naturais no concreto ficam limitadas pelas possvel usar outros materiais que
(areia grossa lavada de rio e seixo ro- tenses resistentes do solo, ou no poluem a atmosfera ou j a po-
lado) e no existia aditivos e adies. seja, algo sempre inferior a 2MPa, luram anteriormente durante a fabri-
Por outro lado muito ruim espe- em geral. bvio que no topo, no cao (resduos industriais) e hoje
cificar o que no se pode medir, e encontro sapata-pilar ou encontro seriam considerados entulhos polui-
mundo, um mtodo para medir con- pode haver momentos e at tra- Concluindo a idia usar da ordem
sumo de cimento no recebimento do o, pode ser necessrio tenses de 200kg de cimento e o restante ou-
Portanto o ideal especificar pro- Resumindo pode-se dizer, que nos Hoje, com o advento da norma de
priedades mensurveis e deixar por casos gerais, fck= 20MPa mais que concreto autoadensvel ABNT NBR
conta do produtor do concreto quais suficiente para a maioria dos casos 15823, h total possibilidade de es-
Consideraes sobre tenses de Consideraes sobre procedimento tacas e paredes diafragma (concreta-
Fabiana, antes do grauteamento 018:600.04-001 (Alvenaria de blocos UFSCar e presidente do Comit Editorial
Alvenaria Estrutural:
clculo, detalhamento
e comportamento
O livro objetiva esclarecer
dois importantes efeitos
relacionados s paredes de al-
ncia profissional em projeto
e execuo de edificaes em
alvenaria estrutural.
venaria estrutural e que devem Destina-se a engenheiros, ar-
ser considerados nos clculos quitetos e projetistas de es-
das edificaes: o efeito de trutura e de fundaes, bem
arco e os esforos resultantes como aos estudantes que
da ao do vento. desejam conhecer mais sobre
Seu autor, Jos Luiz Pereira, esse sistema construtivo.
engenheiro civil pela Escola
Politcnica da Universidade de Informaes:
So Paulo, com larga experi- www.piniweb.com.br
O mestre da arte de
resolver estruturas
O jornalista
Oliveira
Nildo
lanou
Carlos
recen-
temente o livro O mestre da
de Arte Contempornea do Rio
de Janeiro e de outros impor-
tantes marcos da arquitetura e
arte de resolver estruturas: a engenharia brasileiras.
histria do engenheiro Bruno Com 200 pginas, o livro traz
Contarini, pela editora Joseph ainda solues estruturais
Young Editorial. adotadas por Bruno Contari-
O livro, patrocinado pela ni em suas obras, no Brasil e
Arcelor Mittal, conta a vida des- no exterior.
te engenheiro, que foi um dos
responsveis pela construo Informaes:
da ponte Rio-Niteri, do Museu www.revistaoempreiteiro.com.br
IABMAS 2016
A 8 Conferncia Internacional so-
bre Manuteno, Segurana e
Gerenciamento de Pontes (IABMAS
2016) ser realizada em Foz do Igua-
u, no Brasil, de 26 a 30 de junho
de 2016, sendo organizada pela As-
sociao Internacional para Manu-
teno e Segurana de Pontes (IA-
BMAS, na sigla em ingls), tendo o pontes, reabilitao e manuteno pontes, reforo de pontes com con-
apoio da Universidade de So Paulo de pontes, aspectos geotcnicos e creto ultra-alto desempenho, entre
(USP). O evento coordenado pelo estruturais das fundaes de pon- outros temas, tambm vo integrar a
vice-presidente do IBRACON, Prof. tes, entre outros. 17 Sesses espe- Conferncia. Nela estaro presentes
Tulio Bittencourt. ciais sobre desafios impostos aos os diretores do IBRACON, professo-
A Conferncia ser composta por proprietrios e operadores pelo en- res Bernardo Tutikian, Enio Pazini,
18 simpsios, que discutiro temas, velhecimento da infraestrutura, co- Luiz Carlos Pinto e Paulo Helene.
como avaliao do ciclo de vida de lapsos repentinos e no esperados, As inscries para a Conferncia es-
pontes em ambientes agressivos normalizao da qualidade para pon- to abertas e a preos promocionais.
com base em seu desempenho, tes rodovirias, uso de tecnologias Informaes:
modelagem e monitoramento de da informao pela engenharia de www.iabmas2016.org
Jos Tadeu
Balbo
J
os Tadeu Balbo engenheiro civil formado em restaurao e drenagem da Avenida dos Bandeirantes,
1984, com mestrado e doutorado em Engenharia da Rodovia Rgis Bittencourt, dos helipontos dos Palcios
dos Transportes, pela Escola Politcnica da dos Bandeirantes e Boa Vista, dentre inmeros outros.
Universidade de So Paulo (USP). Livre
Docente em Projeto e Construo de Optou por seguir a carreira acadmica, ambiente que lhe
Pavimentos pela USP desde 1999. proporciona buscar, segundo ele, novos paradigmas para
enfrentar os problemas da Engenharia de Transportes,
Em sua carreira profissional, atuou nas empresas sendo atualmente professor da USP e chefe do
Sondotcnica, Setepla e Etep, como engenheiro e Departamento de Engenharia de Transportes
coordenador de projetos, e fundou com colegas a da Escola Politcnica. Como pesquisador, coordenador
Tecnacon, empresa de consultoria em projetos, que de um projeto de uma pista experimental em concreto
possua laboratrio para ensaios de solos e asfaltos, que continuamente armado, recentemente inaugurada, cujos
prestou servios para diversas empresas de projeto em resultados devem servir para a normalizao e o projeto
So Paulo, alm de executar projetos virios, como a estrutural desse tipo de pavimento em nosso pas.
IBRACON Em sua carreira a rea de transporte; e, por fim, a optar Jos Tadeu Balbo A origem de meu
profissional, logo aps se graduar em por seguir a carreira acadmica, depois interesse por engenharia civil e por
engenharia civil (1984), voc optou pela de ter sido engenheiro de projetos infraestrutura de transportes remonta
rea da engenharia dos transportes na em empresas como a Sondotcnica, ao incio da construo da rodovia
ps-graduao. Conte-nos as razes que Setepla e Etep, considerando ainda sua Castelo Branco em meados dos anos
o motivaram a escolher a profisso de experincia em ter sido scio-fundador e 1960. Meu saudoso pai era grande
engenheiro civil; em seguida, a preferir diretor tcnico da Tecnacon. entusiasta de rodovias e se maravilhava
IBRACON A propsito: quais foram Quanto atuao em parceria entre a desde o incio de suas pesquisas
as principais lies aprendidas pelo indstria e a academia, sou plenamente cientficas. O que so os pavimentos
pesquisador das experincias adquiridas favorvel e entusiasta desse tipo rgidos e os pavimentos semirrgidos?
nessas empresas? Quais projetos de iniciativa, assunto sobre o qual Por que o estudo cientfico desses
CONTINUAMENTE ARMADO, EXECUTADO EM JANEIRO NO CAMPUS
DA USP, FRUTO DE DOIS ANOS DE ENTENDIMENTO COM VRIOS
ENTES DA INDSTRIA E DA CONSTRUO CIVIL
[PAVIMENTOS RGIDOS, HBRIDOS E SEMIRRGIDOS] PARA AS
CONDIES BRASILEIRAS FUNDAMENTAL PARA TERMOS
RODOVIAS DE MELHOR DURABILIDADE
pavimentos importante? Quais so suas semirrgidos so aqueles que possuem que podemos fazer para melhor-las
principais aplicaes? revestimento asfltico e base ou sub- e termos resultados mais positivos no
Jos Tadeu Balbo Tradicionalmente, base, ou ambas, com algum material futuro prximo. As aplicaes desses
os engenheiros rodovirios entendem estabilizado com ligante hidrulico, tipos de pavimentos so amplas em
por pavimentos rgidos aqueles que no concreto. O estudo e rodovias, vias urbanas e BRT (Bus
que possuem revestimento em desenvolvimento dessas solues para Rapid Transit) graas evoluo da
concreto; isso no completamente as condies brasileiras fundamental tecnologia de misturas asflticas de
justificvel, pois os blocos de concreto para termos rodovias de melhor elevado desempenho para suportar
intertravados sobre bases granulares durabilidade. Para o trfego pesado trfego pesado.
so flexveis, para exemplificar. temos de pensar em pavimentos de
Prefiro cham-los de pavimentos concreto ou em pavimentos hbridos. IBRACON Recentemente tem se
de concreto quando esse material Para situaes de mdio volume de dedicado ao pavimento de concreto
seu revestimento. Quando a base trfego, os pavimentos semirrgidos continuamente armado, com a recm-
situaes de implantao?
PAVIMENTO DE CONCRETO CONTINUAMENTE ARMADO, TEREMOS UM
TRABALHO DE PESQUISA QUE TOMA AO MENOS DE 5 A 10 ANOS,
PODENDO OCORRER ANTES POR FORA DE CONDIES FAVORVEIS
de retrao?
O POTENCIAL ECONMICO DE RECICLAGEM DE PAVIMENTOS
DE CONCRETO NO BRASIL PRATICAMENTE NO JUSTIFICA A
IMPORTAO DE RECICLADORAS IN SITU DE ALTA TECNOLOGIA
E CAPACIDADE PRODUTIVA
EM CONCRETO NO BRASIL. COMEA PELO FATO DE NO TERMOS
CONSOLIDADO, EM NVEL FEDERAL E ESTADUAL, NORMA DE
PROJETO ADEQUADA S CONDIES DO BRASIL
permeveis e stone matrix asphalt. de concreto simples at 20 m ou mas no atendem tecnicamente nem
conveniente notar que essas mais. Contudo, se o controle de ao trfego circulante nem s condies
tecnologias j saram dos laboratrios cura no for rgido o suficiente, extremas de temperatura na regio
e esto em uso em pista, agradando pode se configurar a fissura de Nordeste. H trechos construdos nos
os motoristas por mais que eles retrao nessas placas longas, o que quais, aps trs a quatro anos, h
sejam amantes do concreto. Os afetaria bastante o desempenho do intensa fissurao por fadiga. Na fase
microrrevestimentos asflticos tm sido sistema. Ademais, elas mesmas tm de construo os maiores problemas se
muito empregados em servios de sua serventia na fase inicial para o atm retrao plstica e de secagem,
manuteno. H intensa normalizao controle de fissuras de retrao. como era de se imaginar ainda para
na rea de pavimentao asfltica, as condies do litoral do Nordeste.
em especial do DNIT (Departamento IBRACON Sua intensa participao Tambm ocorrem casos de juntas e
Nacional de Infraestrutura dos em pesquisas e projetos de recuperao seus componentes no atenderem
Transportes), abrangendo os mais de pavimentos de concreto confere-lhe s especificaes de projeto. Muitos
amplos aspectos, como projeto, uma posio privilegiada para fazer um engenheiros do setor rodovirio me
mtodos de ensaio, especificaes diagnstico sobre as principais causas da confidenciaram que o ps-venda do
de servios e de equipamentos, deteriorao em pavimentos de concreto, pavimento de concreto um dos
mtodos de avaliao estrutural e bem como um prognstico das medidas piores e que no h o que fazer. Eu,
funcional, critrios de deciso para tcnicas mais promissoras na soluo particularmente, acredito que h o
manuteno. Ocorre que na rea do dos problemas. Qual seu diagnstico que fazer e que podemos alterar
pavimento de concreto a normalizao e seu prognstico em relao aos esse estado de coisas: normalizao,
mnima, estranhamente, para um pavimentos de concreto no pas? certificao da mo de obra,
sistema construtivo que apresenta e Jos Tadeu Balbo Tenho atendido treinamento adequado de engenheiros
requer inmeros detalhes e cuidados ao Exrcito Brasileiro (com CGU - de obra e de projetistas, mudana
construtivos, o que faz, em muitos Controladoria Geral da Unio, TCU de enfoque para a durabilidade e a
momentos, o engenheiro de obras Tribunal de Contas da Unio e viso social do problema (rodovias
ou de projetos, rfo. Temos muita PF Polcia Federal envolvidos) em so as artrias dos brasileiros),
coisa importante e urgente para fazer, alguns casos de rodovias federais pesquisa, experimentao, busca de
mas j estou convencido a esta altura em concreto no Nordeste Brasileiro. tecnologias alternativas.
que as mudanas trazem receios de Tambm tenho atendido ao DNIT em
vrias naturezas. So razes para a outros trechos da BR-101. H tambm IBRACON Recentemente, voc
paralisao que ns encontramos nosso envolvimento com empresas coordenou uma Conferncia
nesse aspecto. em alguns trechos, mas em geral Internacional em Melhores Prticas
As macrofibras entraram bastante somos mobilizados aps a maionese para Pavimentos de Concreto, que
forte no mercado de pisos industriais desandar, razo pela qual conheo trouxe as pesquisas e as tecnologias em
apresentados no Reino Unido e nos razes para deteriorao precoce so desenvolvimento de ponta no mundo. O
EUA comprovam que, para certos recorrentes. Placas de concreto simples que a Conferncia apontou em termos
consumos do material, podem ser de 210 a 230 mm de espessura podem de novidades e de melhores prticas em
espaadas as juntas dos pavimentos viabilizar economicamente a soluo, pavimentao em concreto? De que forma
NORMALIZAO MNIMA, PARA UM SISTEMA CONSTRUTIVO
QUE REQUER INMEROS DETALHES E CUIDADOS CONSTRUTIVOS,
O QUE FAZ O ENGENHEIRO DE OBRAS OU DE PROJETOS, RFO
o Brasil poder se beneficiar do emprego Comisso? Em sua opinio, o que poderia at o quarto ano. Fizemos isso com
dessas novidades e prticas? ser melhorado no currculo das escolas uma reduo mdia de 18% da carga
Jos Tadeu Balbo Para o meio de engenharia em relao a informaes horria anteriormente dada, para que o
virio urbano a conferncia teve muita sobre pavimentos de concreto? estudante de engenharia conseguisse
informao sobre os pavimentos de Jos Tadeu Balbo As alteraes na a formao bsica at o quarto ano.
concreto permeveis. Alm disso, grade de ensino de engenharia da Durante os quatro anos iniciais os
muito se discutiu sobre as ciclovias Escola Politcnica da USP (EPUSP) estudantes devem selecionar nove
e os materiais atinentes a essa foram uma grande paixo no meu disciplinas optativas que podem ser
modalidade de transporte. Reciclagem trabalho acadmico recentemente. cursadas a livre escolha, inclusive em
tambm entrou na temtica, bem Aprimoramos o Ciclo Bsico dos qualquer outro curso de graduao
como as melhorias que se tem engenheirandos, que possui sua ltima da USP, permitindo uma mobilidade
buscado na Europa em termos do disciplina no terceiro ano do curso. Em altamente salutar do estudante, que
emprego dos pavimentos de concreto contrapartida, os engenheiros, e no agora pode adquirir conhecimentos em
continuamente armados. somente os civis, j tm contato com ao Direito, em Marketing, em Biologia, em
menos uma disciplina de habilitao a Climatologia, onde desejar. O quinto
IBRACON Como membro da partir do primeiro ano. H um bloco de ano um ano de especializao. Nesse
Comisso de Modernizao do Curso disciplinas de Cincias de Engenharia ltimo ano o estudante cumpre um
de Graduao em Engenharia Civil e (Mecnica, Fluidos, Geomecnica, bloco de disciplinas fechado que lhe
do Ciclo Bsico de Engenharia, quais Ambiente, etc.), que segue at o terceiro permite especializar-se em Construo
tm sido suas principais propostas na ano. As disciplinas de habilitao vo Civil, em Hidrulica, em Estruturas, em
CRDITO: ARQUIVO PESSOAL DE J. T. BALBO Transportes e, alm disso, o estudante
poder escolher um quinto ano
especializado, por exemplo, em Energia
(oferecido pela Engenharia Eltrica) ou
em Produo (oferecido pela Engenharia
de Produo), para exemplificar. Isso
nos d uma perspectiva de termos
egressos com viso mais ampla sobre
sua profisso, sua rea, sua cidade,
seus problemas, seu pas, seu mundo,
e se quisermos, sobre o Universo para
aqueles que optarem por fazer uma
disciplina em Cosmologia ou Astrofsica.
Essa nova estrutura de cursos,
acreditamos, no apenas coloca um
engenheiro mais aberto para o mercado,
como tambm aumentar a busca por
vagas na EPUSP. Acredito que essas
Prof. Balbo aponta junta em pavimento de concreto da BR 101 PE mudanas sero baliza futura para
PODEM VIABILIZAR ECONOMICAMENTE A SOLUO, MAS NO ATENDEM
TECNICAMENTE NEM AO TRFEGO CIRCULANTE NEM S CONDIES
EXTREMAS DE TEMPERATURA NA REGIO NORDESTE
O sistema
Pavimento Industrial
LEVON HAGOP HOVAGHIMIAN
PBLIO PENNA FIRME RODRIGUES
Associao Nacional de Pisos e
Revestimentos de Alto Desempenho (Anapre)
A
s pessoas tm enorme ou quando vemos uma fissura de problemas especficos, como uma
facilidade de julgar as ordem estrutural, como uma quebra drenagem subsuperficial, camada de
coisas pelo seu exterior de canto de placa, automaticamente bloqueio, etc. e, outras vezes, algu-
e quando se trata de pavimentos o projetista o alvo das crticas. mas so suprimidas, como o subleito
industriais essa avaliao subjetiva Mas a realidade outra: o piso de um piso estaqueado. Finalmente,
ainda mais fcil, pois o que est industrial um elemento estrutural para completar, temos que olhar o
mostra apenas a sua superfcie: bastante complexo, composto por piso sob o ponto de vista horizontal
por exemplo, um piso com o RAD diversas camadas superpostas, com- para ento vermos outro componente
(Revestimentos de Alto Desempe- postas por materiais bastante dis- muito importante: as juntas.
nho) solto quem imediatamente tintos, como podemos ver na Figura A falha de um desses componen-
rotulado o aplicador, quando na 1 e que geralmente composto de: tes estruturais no necessariamen-
realidade podem haver outros fa- subleito, sub-base (ou base), barreira te compensada por outro; assim, se
tores importantes que conduzem a de vapor, placa de concreto e reves- o subleito mal compactado, uma
essa patologia, sem que seja ne- timento. Muitas vezes, outras cama- placa de concreto bem dimensio-
cessariamente culpa da aplicao, das so introduzidas para resolver nada pode romper com carga mui-
tas vezes bem abaixo da prevista
em projeto e, embora o defeito se
apresente de forma estrutural, na
realidade foi causado por uma falha
executiva.
Neste artigo, vamos fazer uma
breve introduo dos principais
componentes do sistema piso
industrial.
SUBLEITO
O subleito composto pelo ter-
reno de fundao do piso, sendo,
portanto, o solo local. Em pases
u Figura 1 de clima quente e mido como o
Sistema de um piso industrial
Brasil e, portanto, de grande
BARREIRA DE VAPOR
As barreiras de vapor, formadas
por camadas impermeveis, como
lonas plsticas ou imprimaes im- u Figura 3
Lona plstica barreira de vapor
permeabilizantes, so geralmente
u Figura 4
Construo do piso
JUNTAS
As juntas so elementos introdu-
zidos para o controle das variaes
higrotrmicas do concreto alm de
servirem como elementos auxiliares
na execuo. Devem apresentar a ca-
racterstica de permitir a continuidade u Figura 6
RAD
estrutural do piso, mas, mesmo assim,
O
s pisos industriais, tam- e controle do pavimento industrial, gaard, limitando-se mxima tenso
bm conhecidos como abordando o conceito do sistema de trao na flexo na placa de con-
pavimentos industriais, piso, constitudo pelo terreno de fun- creto. Westergaard foi o pioneiro no
apresentaram enorme progresso nas dao, base ou sub-base, placa de estudo das placas rgidas apoiadas
ltimas dcadas e essa evoluo de- concreto e, eventualmente, revesti- em meio elstico e, embora para os
ve-se muito mudana do ponto de mento, e que, se um dos elementos outros tipos de reforos no se em-
vista do usurio sobre o que de fato desse sistema falhar, o todo ficar pregue mais seus modelos, toda a
um piso industrial. comprometido. conceituao terica continua calca-
Pode-se defini-lo como sendo o da em seus estudos.
componente da edificao que in- 2. TIPOS DE PISOS As principais vantagens do piso
terfere diretamente no processo in- Pode-se qualificar os pisos quan- de concreto simples so:
dustrial, ou seja, como fosse um to fundao direta ou estaqueado u facilidade de execuo;
equipamento, que se no atender s e ao tipo de reforo estrutural. Nes- u rigidez elevada;
necessidades de uso, ir interferir na te texto, ser tratado apenas o piso u dosagem do concreto mais
produtividade da indstria. em fundao direta, abordando os simples.
O mercado de pisos industriais no tipos estruturais: concreto simples, Como desvantagem, pode-se
Brasil em 2011 era de 42 milhes de armado, protendido, reforado com citar:
metros quadrados, sendo que 60 % fibras e concreto de retrao com- u placas de pequenas dimenses,
foram executados sem formalizao pensada, apresentando as principais variando de 4 x 4 m a 5 x 5 m;
tcnica, isto , sem que houvesse particularidades de cada tipo, pontos eventualmente, pode ser em-
projeto ou especificao tcnica, positivos e negativos. pregada armadura superior para
enquanto 40% foi com formalizao controle de retrao do concreto,
tcnica. 2.1 Concreto simples sem funo estrutural,permitindo
Quando se considera apenas os placas de maiores dimenses;
pisos executados com formalizao Largamente empregado no pas- u quantidade elevada de juntas,
tcnica, cerca de 68% foram com sado no Brasil e ainda muito popu- variando de 0,4 a 0,5 metros de
tela soldada, 19% com fibras de ao, lar nos pases da Amrica do Norte, junta por m de piso;
10% com macrofibras e 3% protendi- um sistema que emprega apenas u menor controle de fissurao.
dos. Analisando o mercado de 2014 e o concreto como material estrutu-
2015, observa-se uma tendncia no ral e, como consequncia, o piso 2.2 Concreto armado
aumento do uso de fibras e proten- mais espesso em relao a outras
dido em detrimento da tela soldada. solues. Os pisos de concreto armado fo-
Em artigo na edio 45 desta Re- Seu dimensionamento feito no ram desenvolvidos de maneira inde-
vista, foram apresentados os princi- modelo elstico, com o emprego das pendente por dois engenheiros sue-
3. CONCLUSO
Embora seja possvel considerar
os diversos tipos de pisos industriais
como equivalentes, existem aplica-
es que podem ser mais adequa-
das para uma soluo e no to boa
u Figure 6 para outras.
Barras de ao sendo posicionadas com o avano da concretagem
O Quadro 1 procura orientar,
As vantagens do piso com con- u excelente controle de fissurao sem a inteno de ser assertivo e
u execuo de placas de grandes u juntas com pequena abertura; usos mais adequados para cada
Macrofibra Retrao
Tela Fibra metlica Protendido
polimrica compensada
Garagem corporativa ++ ++ +++ x x
Garagem residencial ++ x +++ x x
Cargas elevadas +++ ++ + +++ ++
Industrial +++ ++ ++ x ++
Logstica ++ +++ +++ +++ +++
Supermercados +++ + +++ ++ +++
+++ Excelente; ++ Bom; + Razovel; x Baixa viabilidade.
u REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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Os dez mandamentos do
pavimento de concreto
MARCOS DUTRA DE CARVALHO Engenheiro
Associao Brasileira de Cimento Portland (ABCP)
A
partir da experincia nacio- a boa tcnica da pavimentao rgida, quncia ou uma lista de procedimentos
nal e internacional adquirida podendo ser despretensiosamente e atitudes sem os quais o bom resulta-
desde a execuo do pri- chamados de Os dez mandamentos do esperado, sem dvida, no ser al-
meiro pavimento de concreto, em Bel- do pavimento de concreto. canado. E tudo depende de pessoas,
lefontaine, Ohio (EUA), em 1893, alm Os passos necessrios e funda- ou melhor, de profissionais compromis-
da viso especfica e da experincia da mentais para que se obtenha o sucesso sados, conforme descrito a seguir.
ABCP sobre o assunto, destacam-se desejado nas obras de pavimentao
aqui os princpios bsicos que regem de concreto traduzido como uma se- 1 MANDAMENTO
10 MANDAMENTO
* Trabalho extrado, atualizado e editado da Prtica Recomendada PR-5 da ABCP, da srie Pavimento de Concreto, de ttulo Os Dez Mandamentos da
40 | CONCRETO & Construes Pavimentao Rgida, de autoria do engenheiro Marcos Dutra de Carvalho, especialista em projeto e tecnologia do pavimento de concreto e responsvel
pelo Ncleo de Especialistas em Pavimentao da ABCP
u estruturas em detalhes
A
evoluo do concre- restrito nmero de laboratrios ca- estrutural com o uso do CRF. No
to reforado com fibras pacitados para a realizao de en- entanto, isto vem atrelado, necessa-
(CRF) no Brasil ainda est saios especficos de caracterizao riamente, a um maior rigor no nvel
aqum do nvel tcnico das aplica- do CRF. Outro problema a carn- de controle de qualidade do material
es observadas em outros pases. cia de normas nacionais focando o estrutural.
Na Europa, o CRF j utilizado h CRF. Nesta situao, as inovaes
algum tempo para lajes ou pavimen- obtidas recentemente se restringem 2. NOVO CDIGO MODELO fib
tos elevados tendo as fibras como disponibilizao de novas fibras Na concepo do Cdigo Modelo
nico material de reforo. No Brasil, no mercado. Mesmo assim, devido fib 2010 (FIB, 2013) o foco de anlise
a principal aplicao ainda so os insuficincia de controle tecnol- do comportamento bsico do CRF
pavimentos industriais apoiados em gico, as novidades que surgem vm est na capacidade de absoro de
solo. Esta soluo sempre vincu- acompanhadas de dvidas quanto esforos ps-fissurao. So previs-
lada de alguma forma s facilidades ao seu real desempenho estrutural. tos dois tipos de comportamento b-
executivas que o uso do CRF pos- No sentido de mitigar este pro- sico. No primeiro, chamado de amo-
sibilita, como o fato de dispensar o blema, ocorreu recentemente a lecimento ou softening, associado a
processo de instalao da armadura instalao de um Comit Tcnico um volume de fibras abaixo do volu-
convencional. Alm disso, o uso do CT303 IBRACON/ABECE: Uso de me crtico, a resistncia ps-fissura-
CRF permite a entrada de caminhes Materiais no convencionais para o do material inferior resistn-
betoneira para o lanamento direto Estruturas de Concreto, Fibras e cia da matriz. Por consequncia, a
do concreto no local de aplicao. Concreto Reforado com Fibras. capacidade de absoro de esforos
Um problema frequente relacio- Este comit foi iniciado pela ABE- diminui com a fissurao da matriz e
nado ao uso do CRF para pavimen- CE (Associao Brasileira de Enge- o aumento da abertura da fissura (Fi-
tos est no controle reduzido ou nharia e Consultoria Estrutural) que gura 1a). Nesta condio ocorre ape-
nulo das caractersticas estruturais publicou uma recomendao de nas uma fissura no compsito uma
do material. Apesar do reduzido n- projeto para aplicaes estruturais. vez que a tenso no material diminui
vel de demanda estrutural dos pa- Esta recomendao foi baseada nas com o seu surgimento e ampliao.
vimentos, a ausncia de estudos novas propostas do Cdigo Modelo O outro comportamento previsto
de dosagem e do controle regular fib 2010 (FIB, 2013), que traz uma aquele em que o material apresenta
das caractersticas do CRF gera um concepo que possibilita maior fle- uma resistncia ps-fissurao su-
carter emprico aplicao. Parte xibilidade aos projetistas no dimen- perior da matriz, (Figura 1b). Esta
3. O CONTROLE DO CRF
PARA PAVIMENTOS
Os programas de controle de
qualidade do concreto deveriam ser
algo bsico e de total domnio da
comunidade tcnica de uma regio
u Figura 3 onde se executem obras de respon-
Curva padro para medida de resistncia residual ps-fissurao no ensaio
sabilidade. Nas ltimas edies do
de flexo em prismas com entalhe adotado pela norma EN14651:2007
Congresso Brasileiros do Concreto,
a obteno das equaes constitu- funo da relao f R3k/f R1k. O valor do IBRACON, foram relatados traba-
tivas do material, sendo que ELS = de f R1k pode variar de 1 MPa a 8 lhos que demonstraram claramente
CMOD 1/l cs e ELU = Wu/l cs, sendo que MPa e a relao f R3k/f R1k pode se cir- o risco de baixa qualidade de en-
Wu seja considerado de modo a 1% cunscrever nos seguintes intervalos saios sendo realizados por laborat-
H tambm uma classifi- u a, se 0.5 f R3k/f R1k 0.7; reduzido de laboratrios acreditados
cao do comportamento do u b, se 0.7 f R3k/f R1k 0.9; pelo INMETRO para a realizao do
CRF quanto tenacidade pre- u c, se 0.9 f R3k/f R1k 1.1; ensaio de compresso axial. Isto
vista pelo Cdigo Modelo. Nele u d, se 1.1 f R3k/f R1k 1.3; prejudicial para a fundamentao da
pode ser relacionado com o ELS, Alm disso, estabelecida a re- pas. Se esta condio difcil ocorre
correspondente ao f R1k, atravs da lao mnima f R3k/f R1k 0,5 o que para um ensaio simples como o de
relao f R3k/f R1k. Ou seja, so esta- configura uma resistncia residual determinao da resistncia com-
belecidas categorias de compor- mnima no ELU que a metade da presso, para o controle da tenaci-
tamento residual (a, b, c, d, e) em resistncia residual no ELS. Dessa dade ainda mais crtica. Estudos
anteriores demonstraram que o en-
saio de determinao da tenacidade
a b atravs do tradicional mtodo JSCE
SF4:1984, realizado com o mesmo
concreto em quatro laboratrios
distintos, foi problemtico em ter-
mos de reprodutibilidade. Ressalte-
-se que esse ensaio tem uma con-
cepo menos sofisticada do que o
ensaio EN14651:2007 e, principal-
mente, muito limitado para anli-
se das capacidades resistentes no
u Figura 4 ELS e ELU. A isso se soma o fato
Grficos representativos das equaes constitutivas para o de que esse ensaio exige um siste-
dimensionamento de elementos com CRF apresentando comportamento ma fechado de controle de deforma-
de softening (a) e hardening (b) segundo o fib Model Code
(di Prisco et al., 2010) o, ou seja, a deformao imposta
no ensaio deve ser controlada pelo
u REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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of Civil Engineering and Management. Vol. 19, n. 2, 2013
Projeto de pavimento em
concreto protendido para
um terminal de contineres
MATEUS BERWALDT SANTOS Professor Mestre
Instituto Federal Sul-Riograndense (IFSUL)
O
s pavimentos porturios dastes de prtico sobre pneus (RTGs). partculas finas, tornando a sub-base
geralmente esto sujeitos a Os tipos de pavimentos tradicional- mais recalcvel. Desse modo, a ao
cargas elevadas e o dina- mente utilizados em portos so: pedra das rodas dos veculos poder cau-
mismo das movimentaes nos portos natural, concreto compactado a rolo, sar tenses maiores no pavimento na
cria dificuldades para obras de manuten- placas de concreto, concreto armado e proximidade das juntas. Alm disso, a
o. Por isso, as solues de pavimenta- blocos intertravados de concreto. grande intensidade das cargas em um
o devem ter resistncia e durabilidade. Os pavimentos de concreto podem terminal porturio exige placas de maior
As cargas variam em geometria fornecer excelente desempenho, sob espessura e, muitas vezes, requer o
e intensidade, conforme a finalidade grande variedade de condies opera- uso de elevada taxa de armadura.
do terminal porturio. No caso de um cionais. No entanto, as juntas de dilata- No pavimento rgido em concreto pro-
terminal de contineres como de Rio o relativamente prximas constituem tendido, os esforos de trao so con-
Grande, destacam- se as seguintes pontos por onde pode ocorrer infiltra- trolados pela protenso, a qual comprime
o concreto, criando nele uma reserva de
tenso que permite uma reduo sens-
vel na espessura da placa. A placa assim
comprimida se constitui num pavimento
praticamente impermevel e sem trincas.
As juntas de dilatao, maior fonte de
quebras na placa convencional, podem
ser distanciadas at 150 m uma da outra
(SCHMID, 2005).
A protenso constitui um mtodo
eficiente para diminuir o nmero de jun-
tas e reduzir o risco de fissurao na
placa. Assim, a protenso prolonga a
vida til do pavimento, alm de permitir
u Figura 1
Ptio do Tecon de Rio Grande RS a reduo da espessura da placa.
Este trabalho tem como objetivo
3.1 Dados iniciais de 4.1 Dados iniciais calque do solo apresenta resultados
VASCONCELOS (1979) menos expressivos.
Tabelas de 4.1 a 4.6 Dados iniciais
Tabelas de 3.1 a 3.6 Dados iniciais 5. CONCLUSES
de VASCONCELOS (1979) 4.2 Resultados Neste artigo foi apresentado um
modelo para dimensionar pavimentos
3.2 Resultados de VASCONCELOS Tabelas de 4.7 a 4.13 Resultados em concreto protendido, sendo que
(1979) para pavimento porturio as equaes esto de acordo com a
ltima verso da NBR 6118. As pla-
Tabelas de 3.7 a 3.13 Resultados 4.3 Estudos paramtricos nilhas de clculo apresentadas per-
de VASCONCELOS (1979) mitem analisar os resultados de cada
Na figura 3 so testadas variveis de etapa com agilidade, servindo como
3.3 Resultados do modelo projeto para avaliar a influncia de cada ferramenta de auxlio para o dimen-
de clculo uma sobre os momentos de fissurao sionamento. Alm disso, foi realizado
e de servio, ou seja, sobre o desem- um exemplo completo de dimensio-
Tabelas de 3.14 a 3.20 Resultados penho do pavimento. Como referncia namento de pavimento para o Tecon
do modelo de clculo foi escolhida a Situao A, no meio da de Rio Grande, demonstrando que o
placa, do projeto de pavimento para o uso da protenso em pavimentos por-
4. PROJETO DE PAVIMENTO Tecon. Cada grfico estuda a influncia turios vivel.
PORTURIO de apenas uma varivel, de forma que O modelo de clculo e suas pla-
As tabelas 4.1 a 4.13 apresentam todas as demais esto de acordo com nilhas foram verificados por meio do
a aplicao do modelo de clculo ao o dimensionamento apresentado nas projeto de pavimento para aeroporto
ptio do Tecon de Rio Grande. Aps tabelas 4.1 a 4.13. apresentado na bibliografia. A veri-
uma visita ao Tecon e consultas em Os mtodos mais eficientes para ficao demonstrou que o modelo
manuais de fabricantes, foi constatado ampliar a capacidade de carga do eficiente, pois apresenta resulta-
que o veculo com a maior carga por pavimento so: aumentar a espes- dos prximos nas diferentes etapas
roda o Stacker SWV 4531 TB6, uma sura da placa e a taxa de armadura, de clculo.
empilhadeira produzida pela empresa os quais trazem grandes ganhos. J A perda de protenso devi-
Konecranes. aumentar o fck ou o coeficiente de re- do ao atrito com a sub-base
8
rea de ao de protenso (A p) [cm/m] 5,13 Meio da A 293,70 22,4 42,80
Fora inicial de prot. na extremidade [kN/m] 359,30 placa B 144,70 20,6 36,30
nc = Ecc/Ect 3,0 Ponto de A 317,90 22,7 43,90
Ponto de repouso [m] 18,00 repouso B 271,20 22,0 41,90
Alongamento dos cabos para cada lado (Dl) [m] 0,186 Raio de rigidez mdio ( l ) [m] 0,48
60 60
50 55
40 50
30 45
20 40
Ap/m
(cm/m)
10 35
14 16 18 20 22 h (cm) 2 3 4 5 6 7 8
54 56
52 54
50 52
48 50
46 48
44 46
42 k 44 fck
120 140 160 180 200 (MPa/m) 30 35 40 45 50 (MPa)
Mr [kNm/m] Mser [kNm/m] Mr [kNm/m] Mser [kNm/m]
u Figura 3
Influncia de variveis de projeto nos momentos de fissurao e de servio
funo do peso prprio do pavimen- os quais trazem grandes ganhos. J a proposta deste artigo de um pavi-
to e do coeficiente de atrito, de modo aumentar o fck ou o coeficiente de re- mento protendido na espessura de
que a fora de protenso no inter- calque do solo apresenta resultados vinte centmetros e sub-base de CCR
fere nessa perda. Portanto, quan- menos expressivos. de dez centmetros seja competitiva
to menor for a fora de protenso O pavimento atual do Tecon de financeiramente. Alm de trazer van-
adotada, maior ser a perda percen- Rio Grande formado por blocos in- tagens, como controle da fissurao e
tual devido ao atrito com a sub-base. tertravados de concreto de alta resis- fechamento das juntas de construo,
Os mtodos mais eficientes para tncia, com uma sub-base de concre- o que evita a percolao de gua e
ampliar a capacidade de carga do to compactado a rolo (CCR), a qual perda de partculas finas da sub-base
pavimento so: aumentar a espes- possui espessura de quarenta cent- e do subleito, aumentando a vida til
sura da placa e a taxa de armadura, metros. Dessa forma, provvel que do pavimento.
u REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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Low-noise
concrete pavements:
the European practice
LUC RENS Consulting Engineer | Managing Director
FEBELCEM - EUPAVE
C
ontrolling traffic noise fic noise, it is more efficient to ad- the goal.
has become an increas- dress the problem at its source by This paper will show that concrete
ingly important priority in using quieter pavement. That is why pavements are not as noisy they are
recent decades. The European Union the development of alternative types often perceived; it will provide ex-
addressed the general issue of envi- of pavement and surface finishing amples of techniques to ensure low-
ronmental noise in a 2002 European currently remains highly relevant. noise concrete pavements and will
directive known as the Environmen- The goal is the reduction of the tyre- look at case studies and real data
tal Noise Directive (END). The mem- pavement noise generated by the in- showing concretes performance.
ber states were asked to draw up teraction between tyres and the road
noise maps and to take steps to pre- surface, which is the primary cause 2. GENERAL INFORMATION
vent and mitigate the harmful effects of traffic noise. At the same time, it ON TRAFFIC NOISE
of the noise, with particular focus on is also important that other essential
busy roads and railways, in densely characteristics of the road structure 2.1 About sound and traffic noise
populated areas, and in proximity to and the surface are preserved, for
sensitive sites such as hospitals and example, the smoothness and skid Traffic noise encompasses sound
schools. Steps have already been resistance of the road surface, but from various types of sources, which
taken in various countries includ- also its durability. Finally, it is im- are usually divided into the following
ing the installation of noise barriers portant for a quiet pavement to re- categories:
along highways. main intact for as long as possible. u propulsion: motor, exhaust and
other components of the vehi-
cles drive mechanism;
u interaction tyre-road surface:
known as tyre-pavement noise;
u aerodynamic sound: caused by
the wind turbulence around the
vehicle.
The type of vehicle and its speed
play an important role. For passen-
ger cars, the tyre-pavement noise
will outweigh the propulsion sound
u Figure 1
once a speed has been reached of
Examples of noise barriers along highways
around 30 km/h. For trucks, this
u Figure 3
Noise measurement with from left to right: SPB CPX OBSI (HAIDER (2010); AWV, Belgium;
RASMUSSEN (2008)).)
u Figure 6
Two slipform pavers laying a
u Figure 5 double-layered jointed plain
Coarse concrete 0/40 or 0/32, left, based on porphyry aggregates, concrete pavement on the A1,
and right, based on crushed gravel near Vienna
5.2 Micro-milling
u REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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Pervious concrete
pavements: materials,
drainage characteristics
and structural issues
MATTHEW OFFENBERG
W. R. Grace
1. INTRODUCTION Kingdom in 1852 [ACI 522R-10 - Re- today in North America. Since the
W
ith the convergence of port on Pervious Concrete], it wasnt 1970s it has been used for pavement
sustainable construction, used in North America until the fol- applications. In 1975, a patent was is-
increasing stormwater lowing century (Figure 1). The old- sued for this application in the United
regulation, and developing technology, est known pervious concrete in North States [MEDICO, J. Porous Pavement.
pervious concrete is experiencing signif- America dates back to about 1928 United States Patent 3870422 A.
icant growth as a pavement material in [SEEGEBRECHT, G. Reinforcing Steel USPTO. Washington, DC, USA. Mar
the United States (US). Now, since the in Pervious Concrete. Concrete Interna- 11, 1975]. This has been extended to
development of new test methods spe- tional. Farmington Hills, MI, USA, 2015] include sidewalks, parking lots, and
cifically for pervious concrete, we can at the Rosehill Cemetery in Chicago, Il- nature trails in current applications.
better characterize the performance of linois where it was used in decorative The construction methods for per-
the finished product through several cri- walls around the property. Interestingly, vious concrete are somewhat different
teria. This paper will examine how those much of this pervious concrete that is from those employed in the construc-
test methods can help a concrete pro- still standing contains reinforcing steel. tion of ordinary concrete flatwork [OF-
ducer select the optimal raw materials. Later, as documented in Engineering FENBERG, M.. Producing Pervious
Additionally, drainage properties will be News Record in 1939 [ENGINEERING Pavements. Concrete International.
discussed with respect to construction NEWS RECORD (ENR). A Low-Cost Farmington Hills, MI, USA. March 2005,
technique and maintenance. Structural Concrete Building], pervious concrete Vol. 27, No. 3. pp 50-54. 2005]. With
issues will further be examined with a was again used in structural wall con- this material, it must be compacted af-
focus on testing. Rather than present- struction, but this application was for a ter placement to improve the ultimate
ing new research, this paper will review building that was to serve as a plumb- strength and raveling resistance; how-
the literature and discuss the state of ing and electric shop in Washington ever, too much compaction will tighten
the technology and industry. State. Pervious concrete was selected the voids thus slowing the flow of storm-
to reduce the risk of fire, as opposed to water through the section. Critical to
1.1 History of pervious concrete a wood-framed building, and reduced achieving success in pervious concrete,
in North America formwork requirements. then, is optimizing the density that is
No longer used for vertical con- finding a balance between strength and
While there is evidence of pervious struction or structural applications, permeability. As compaction increases,
concrete construction in the United pervious concrete is used for flatwork the strength of the pavement increases
u REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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Tokyo, Japan. 2004.
A
Rodovia dos Imigrantes te elevado, contendo um percentual atravs de seu programa de conces-
(SP 160) interliga a re- expressivo de caminhes. ses, delegou a administrao da Ro-
gio metropolitana de So Originalmente, a Rodovia dos Imi- dovia dos Imigrantes por um prazo de
Paulo ao Porto de Santos, o maior e grantes foi aberta ao trfego em 1976 20 anos Ecovias, um grupo empre-
mais importante da Amrica do Sul, com as trs faixas da pista norte, sarial privado.
passando, tambm, pelas indstrias construdas em concreto de cimento Um ano mais tarde, em 1999, as
petroqumicas de Cubato. A rodovia Portland (CCP) no trecho da Serra. faixas da pista sul no trecho da Serra
u Figura 1
Segmento estudado da rodovia SP 160 - Subida da Serra (fonte: Google Earth)
2. PROJETO DE PAVIMENTO
Considerando-se o ambiente em
que a rodovia e seus diversos tneis
foram implantados, com um subleito
bastante fraco e um elevado volume
de precipitao (em mdia 4.000mm/
ano, com umidade mdia do ar prxi-
ma a 80%), a soluo tcnica mais vi-
vel foi a construo de um pavimen-
to de concreto de cimento Portland.
O projeto se baseou no mtodo da
PCA (Portland Cement Association)
de 1966 e seus parmetros bsicos
so os apresentados a seguir:
u ndice de suporte do subleito:
CBR=4%;
u Mdulo de reao do subleito:
k=6,6 kgf/cm2/cm (66 MPa/m);
u Fator de segurana de carga: u Figura 2
FS=1,2; Tabela de dimensionamento original, preparada pela DERSA (Pitta, 1976)
u Espessura das placas de concre-
to: 22,5cm; u Sub-base 1: 10cm de espessura, dovia dos Imigrantes foi concedida
u Resistncia trao na flexo: tratada com cimento e resistncia e passou a ser administrada pela
4,5MPa; compresso de 4,5MPa; Ecovias.
u Dimenses das placas: 6,0 x 3,5 m; u Sub-base 2: 7cm de camada A Figura 2 mostra a tabela de di-
u Reforo das juntas: Barras Dowel granular; mensionamento, parte integrante da
de 1 (0.50m de comprimento a u Ano de abertura ao trfego: 1976; documentao original sobre a cons-
cada 0,35m); Barras de conexo u O percentual de fadiga para o ele- truo da rodovia dos Imigrantes,
de 1/2 (0,70m de comprimento a vado trfego projetado foi de 45%, preparada pela Dersa (Pitta, 1976).
cada 0,70m); na poca. A Figura 3 mostra a distribuio
u Membrana plstica entre a superfcie A rodovia foi construda pela Der- percentual da infraestrutura do pavi-
da placa e a sub-base para evitar sa, uma empresa pblica/privada e mento (terraplenagem, tneis ou pon-
aderncia (Polietileno flexvel, com esteve sob sua administrao at tes) para o segmento estudado da
espessura entre 0,2 mm e 0,3 mm); 1998. A partir desse ponto a Ro- rodovia (km 59 at o km 41).
u Figura 3
Extenses por tipo de
infraestrutura abaixo do
pavimento (km 59 ao km 41,
Pista Norte - SP 160)
3. PROJETO DE REABILITAO
O segmento em estudo, com- c d
posto por pavimento de concreto de
cimento Portland, passou por duas
u Figura 4
grandes intervenes de reabilitao/ Servios de reabilitao realizados: (a) selagem de trincas com grouting;
conservao especial, tal como ilustra (b) reparo localizado; (c) e (d) reconstruo de placas
a Tabela 1.
Os dois servios de conservao ros: reconstruo de placas. A Figura 6 ilustra a variao sa-
especial consistiram das seguintes A Figura 4 exemplifica algumas das zonal do VDMc na pista norte ao lon-
solues: tcnicas de reabilitao utilizadas. go dos meses e anos de operao
u Placas com fissuras de retra- da Concessionria desde o ano de
o plstica e fissuras lineares 4. TRFEGO 2004, quando foi iniciado o processo
com mdio e alto grau de seve- No incio das contagens autom- de contagem automatizada por laos
ridade: selagem de trincas com ticas realizadas por laos contado- contadores.
grouting; res, no ano de 2004, o volume dirio A Figura 7, por sua vez, ilustra a
u Placas com degrau de junta, pe- mdio de veculos comerciais (VDMc) variao horria do VHM (volume ho-
quenos reparos, quebras localiza- era da ordem de 3.700 veculos na rrio mdio) de veculos comerciais
das, quebra de canto e esborci- pista norte da Rodovia dos Imigran- referente ao ano de 2014 e a Figura
namento de juntas: execuo de tes. Atualmente, o VDMc da ordem 8 ilustra a variao sazonal dos vo-
reparos localizados; de 5.500 veculos (referente ao ano lumes de trfego. Verifica-se a maior
u Placas bailarinas e grandes repa- de 2014). incidncia de veculos comerciais
Executada em
Rodovia Item de servio Investimento
Incio Fim
Recapeamento/restaurao pista
SP 160 05011001 Descendente/ascendente km 40+000 ao km 60+000 01/04/2003 23/12/2003
So Bernardo do Campo / So Vicente 1 Interveno
Recapeamento/Restaurao pista
SP 160 05011002 Descendente/ascendente km 40+000 ao km 60+000 26/05/2006 22/12/2008
So Bernardo do Campo / So Vicente 2 Interveno
u Figura 6
Variao sazonal (ms a ms) do VDM comercial na pista norte SP 160
u Figura 7
Variao horria mdia dos volumes de veculos comerciais Pista Norte SP 160
u Figura 8
Variao semanal mdia dos volumes horrios de veculos comerciais Pista Norte SP 160
u Figura 9
Dados provenientes da estao de pesagem do km 56
A comparao entre o trfego acu- ponvel, a taxa de crescimento estima- avaliado atravs de levantamentos
mulado real e o trfego estimado no da para o trfego foi de 4% ao ano. anuais de IRI International Roughness
projeto original ilustrada na Figura 10. Index (ASTM, 2008) e o ndice de
Durante os anos em que a contagem 5. DESEMPENHO DO PAVIMENTO condio de pavimentos (Pavement
automtica de veculos no estava dis- O desempenho do pavimento foi Condition Index PCI).
u Figura 10
Trfego acumulado durante o perodo de operao
u Figura 11
Evoluo do IRI por segmento homogneo Faixas 1, 2 and 3, respectivamente
u Figura 12
Evoluo estatstica do IRI Faixas 1, 2 and 3, respectivamente
a b
u Figura 13
Evoluo estatstica do IRI por infraestrutura do pavimento: (a) faixa 1; (b) faixa 3
u Figura 14
Evoluo do PCI por segmento homogneo Faixas 1, 2 e 3, respectivamente
u REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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Pavimento de concreto
continuamente armado com e
sem controle ativo de fissuras
ANNE BEELDENS Pesquisador senior LAMBERT HOUBEN Professor adjunto LUC RENS Engenheiro consultor
Centro de Pesquisas em Estradas Belgas DONGYA REN Doutorando Febelcem
FERNANDO FRANA DE MENDONA FILHO
Mestrando (tradutor)
Delft Universidade de Tecnologia
E
ste trabalho aborda o com- barras da armadura longitudinal depende mm abaixo da superfcie do pavimento,
portamento de fissuras de da classe do concreto e do dimetro das o que significa que existe sempre um
pavimentos de concreto con- barras e varia de 500 mm a 700 mm. O cobrimento de concreto de pelo menos
tinuamente armados (PCCA), testados espaamento de centro a centro das bar- 70 mm nas barras. Nas sees de tes-
em sees de duas rodovias (E17 e ras da armadura transversal 700 mm. te na Blgica, discutidas neste trabalho
E313) na Blgica e uma sesso de tes- No passado, a armadura longitudi- (rodovias E17 e E313), o centro da ar-
te na rodovia A50 nos Pases Baixos. nal era posicionada a uma profundida- madura longitudinal est a uma profun-
O PCCA caracterizado pela au- de mediana da camada de concreto. didade de 90 mm abaixo da superfcie
sncia de juntas transversais, onde as Existe, no entanto, uma forte tendncia do pavimento. No entanto, na seo
fissuras de retrao so controladas pela de posicionar a armadura mais acima holandesa de teste (rodovia A50), a ar-
elevada taxa de armadura longitudinal, na camada de concreto para reduzir madura longitudinal est na metade da
criando um padro de fissuras finas es- a abertura de fissuras na superfcie do profundidade da camada de concreto.
paadas. O dimetro das barras de ao pavimento. As especificaes do Minis- Atualmente, aplica-se uma camada
da armadura longitudinal 20 ou 16 mm. trio dos Transportes e Meio Ambiente intermediria de concreto asfltico en-
A Figura 1 d um exemplo de layout da holands, em suas especificaes de tre a camada de base e a placa de con-
armadura de acordo com as especifi- 2014, determinou que o centro das creto do PCCA. Como vantagens desta
caes do Ministrio dos Transportes e barras da armadura longitudinal deve camada, pode-se citar:
Meio Ambiente holands de 2014 (DUT-
CH MINISTRY FOR TRANSPORT AND
THE ENVIRONMENT: Specifications for
design of continuously reinforced con-
crete pavements). Consiste de armadura
longitudinal e armadura transversal que ,
em sua maioria, instalada em um ngulo
de 60 com o eixo da via. Neste exem-
plo, o espaamento de centro a centro
das barras da armadura longitudinal
u Figura 1
180 mm e as barras mais externas so
Exemplo do layout da armadura para PCCA em mm
posicionadas a 70 mm do fim do pavi-
b
o concreto e a camada subjacente;
u as deflexes dessas vigas de con-
creto devido s cargas de trfego
causam esmagamento da superf-
cie da base, resultando em muitas
c partculas finas, que, ento, so,
junto com gua, bombeadas para
u Figura 6 fora atravs de fissuras transversais
Desenvolvimento do padro de fissuras em 3 subsees de teste ou atravs de uma junta longitudinal
na rodovia E17
u Figura 8
Medida da abertura da fissura na superfcie do PCCA por um microscpio digital (esquerda) e medida da mudana
na abertura da fissura na borda do PCCA por LVDT (centro e direita)
u Figura 9
Esquema de tenses de carregamentos de trfego em fissuras transversais prximas (esquerda) e punchouts
(centro e direita) (KOHLER, 2005)
3.3 Aparecimento de fissuras de concreto asfltico denso, 250 mm um espaamento mdio de fissuras de
de base granular e 250 mm de uma ca- 1,92 m, que consideravelmente alto.
Nos Pases Baixos, uma cama- mada de areia como sub-base sobre o 27% dos espaamentos de fissura ti-
da silenciosa deve ser aplicada em terreno natural. nham um mximo de 0,6 m, enquanto
rodovias e, na prtica, isso significa As- Em 9 de novembro de 2013, foi vis- por outro lado, 32% dos espaamen-
falto Poroso (AP). Se a camada de AP toriada uma seo de 100 m. A tem- tos de fissuras eram maiores que 2,4
construda no topo de um PCCA, ento peratura ambiente nesse dia estava m, com mximo acima de 6 m. 15 das
existe o risco do aparecimento de fissu- em torno de 5C. Um total de 52 fissu- 52 fissuras, ou seja, aproximadamente
ras, principalmente devido a mudanas ras foram observadas, o que significa 30% apareceram no AP (Figura 10).
na abertura de fissuras no PCCA com a
temperatura.
Normalmente, desgaste o tipo
de defeito dominante no AP. Este, no
entanto, no foi o caso na rodovia A50
(Eindhoven); ao invs disso, surgiram
fissuras. O pavimento, construdo em
2004/2005, consiste de 70 mm de
camada dupla de AP, 250 mm PCCA
(classe de concreto C35/45, 0,67% de
taxa de armadura longitudinal a meia u Figura 10
Aparecimento de fissuras no revestimento de AP na A50 em 9 de novembro
profundidade da camada de concreto),
de 2013
60 mm de uma camada intermediria
u Tabela 6 Abertura de fissura dos 9 cilindros na A50 em 9/11/13; Em 2014 a pista de AP na A50 foi
temperatura ambiente 5C fresada em 35 km e substituda por
uma camada intermediria para ab-
Abertura da fissura (mm) Soma do espaamento Aparecimento soro de esforos (SAMI Stress
Nmero
de fissuras em ambos os de fissuras Absorbing Membrane Interlayer), alm
do cilindro topo meio fundo lados da fissura (m) no AP
de uma camada dupla de AP.
1 0,35 0,25 0,35 5,90 sim
2 0,23 0,30 4,25 no
4. PADRO DE FISSURAS EM
3 0,29 0,10 0,25 3,85 sim
PCCA COM CONTROLE ATIVO
4 0,55 0,30 0,41 4,00 sim DE FISSURAS
5 0,35 0,30 0,30 4,00 sim Conforme apresentado anterior-
6 0,18 0,18 0,20 3,15 no mente, as fissuras muito prximas e
7 0,20 0,17 0,29 2,45 no tambm muito distantes em PCCA
8 0,28 0,34 3,25 sim podem ocasionar efeitos prejudiciais
9 0,32 0,26 0,33 sim durabilidade do pavimento. Medidas
para o controle do padro de fissuras,
portanto, podem contribuir substancial-
mente para a durabilidade do PCCA.
O projeto de reconstruo da ro-
dovia E313 foi executado em 2012.
A Figura 12 mostra o layout da seo
de teste na E313, que foi construda
de acordo com as recomendaes
tcnicas atuais na Blgica: PCCA de
250 mm sobre uma camada interme-
diria de 50 mm de concreto asfltico
e uma base de concreto compactado
com rolo de 150 mm. A taxa de ar-
madura longitudinal foi de 0,75% e a
posio da armadura longitudinal 90
mm abaixo da superfcie do pavimen-
to. Alm disso, devido s exigncias
de reduo de rudo e consideraes
u Figura 11 de ordem econmicas, a placa de
Abertura de fissura em 9 cilindros na A50 em 9 de novembro de 2013 concreto foi executada em duas ca-
versus a soma de espaamentos das fissuras em ambos os lados da fissura;
madas. A espessura da camada supe-
temperatura ambiente 5C
rior (superfcie de agregados exposta,
teste com corte de 60 mm, 78,3% das os primeiros meses com a diminuio camada superior da E313, em contras-
fissuras se localizavam nos cortes, en- de temperatura, enquanto bem poucas te com o concreto mais grosso (0-20
quanto isso esse valor menor para cor- novas fissuras ocorreram durante meses mm) da E17.
tes de 30 mm de profundidade, 56,5%. mais quentes. Figuras 15-b e 15-c mostram o
Isso indica que o entalhe com maior pro- Em contraste com a rodovia E17 desenvolvimento da abertura de fissu-
fundidade mais efetivo em iniciar fissu- (Figura 5), a maioria das fissuras apre- ras no tempo desde a construo do
ras nos locais designados. No entanto, sentadas nas sees da rodovia E313 PCCA na rodovia E313. Aps 20 me-
reforado que o momento da serragem e, especialmente, as fissuras que se ses, a seo de teste com corte de
do corte de 60 mm de profundidade foi iniciaram nos cortes, na superfcie, so 60 mm tem apenas 14% de fissuras
mais cedo que a serragem do corte de bem retas e perpendiculares ao eixo da prximas umas das outras e 11% de
30 mm. Em ambas as sees, fissuras via (Figura 14). Uma das razes para fissuras bem distantes. Para a seo
rapidamente se desenvolveram durante isso o concreto fino (0-6,3 mm) na de teste com corte de 30 mm, essas
u Tabela 7 Porcentagem de fissuras iniciada no local dos cortes na rodovia E313 na Blgica
da construo (incluindo 2 invernos se- comparadas com a seo 1 na E17. do cada vez mais adotados quando
ras de 1,35 m para a seo de teste 5. CONCLUSES mentos para vias de trfego pesado.
com corte de 60 mm e 1,00 m para a Pavimentos de concreto continua- Considera-se essencial para um bom
Cortes de 30 mm 29,6 65,9 4,5 0,99 dro de fissuras superior, com grande
maioria dos espaamentos de fissuras
desempenho a longo prazo (30-50 em abertura de fissura elevada e mu- no intervalo desejvel de 0,6 2,4 m
anos) um padro de fissuras otimizado, danas significativas de abertura devi- e aberturas de fissura pequenas, como
o que significa no apenas aberturas de do a mudanas de temperatura). Uma um resultado da aplicao de cortes
fissura limitadas (menores que 0,4 mm), taxa de armadura longitudinal adequa- por meio de serragem parcial na su-
mas tambm poucas fissuras prximas da (0,70% a 0,75% da rea da seo perfcie, promete um bom desempenho
(que podem resultar em punchouts) e transversal) e uma camada interme- estrutural a longo prazo e, portanto,
poucas fissuras distantes (que resultam diria de concreto asfltico abaixo do um tipo de pavimento durvel.
u Tabela 9 Efeito da temperatura do pavimento na abertura das fissuras na superfcie do pavimento nas sees de teste
na Blgica, medidas por um microscpio ptico
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Pavimento de concreto
com armadura contnua: o
experimento USP e parceiros
JOS TADEU BALBO
Universidade de So Paulo
D
iversas rodovias cons- DE FORMAO DE JUNTAS DE cagem) muito crtica para grandes re-
trudas nas duas ltimas CONTRAO E SEUS as e volumes expostos ao clima durante
dcadas no Brasil, com PROBLEMAS TPICOS sua construo; e que no h maneira
soluo em pavimento de concreto Os pavimentos de concreto simples de controlar a ocorrncia de tal fen-
simples, vem apresentando desem- so moldados in loco para a constru- meno, embora esse possa ser mitigado
penho insatisfatrio, induzido por o de rodovias, corredores de nibus, com diversas tecnologias disponveis,
aspectos de projeto em vrias nu- pistas e ptios aeroporturios, portos, da mais simples s mais rebuscadas em
ances (tal como mtodo de dimen- pisos industriais, estacionamentos, aspectos de qumica tecnolgica.
sionamento inadequado), bem como dentre outras aplicaes. reconheci- A serragem de juntas nos pavimen-
por falhas construtivas, estas em sua damente uma soluo de pavimenta- tos de concreto simples (PCS) constitui
maior parte relacionadas s juntas de o de grande durabilidade especial- a tcnica cabal para controle das fissu-
contrao exigidas por esse tipo de mente para suportar o trfego pesado. ras de retrao. Em geral, com um ser-
soluo. Esse estado de coisas tem Sua durabilidade indiscutvel, desde vio esmerado e consciente do ponto
origem em diversas fases do proces- que a obra seja resultado de um projeto de vista de engenharia, o que requer
so que at hoje parecem serem mal consciente e amadurecido, que envolva controle de qualidade do processo de
compreendidas pelos vrios agentes os aspectos mecnicos que permeiam modo constante pelos engenheiros e
envolvidos. No querendo nos furtar o comportamento dessas placas com encarregados de obras, essas juntas
aqui de esclarecimentos sobre essas juntas e barras de transferncia, consi- so eficientes. possvel, todavia, que
srias questes, a questo da pavi- deradas a as respostas s cargas am- ao longo de anos, possam paulatina-
mentao em concreto com elimina- bientais e do trfego. Infelizmente esse mente causar desconforto ao rolamento
o de juntas de contrao em pla- quadro se aplica muito bem Alema- de veculos, caso ocorram escalona-
cas parece ser o aspecto mais crucial nha, por exemplo, e no tem sido re- mentos ou degraus nelas. A ausncia de
para a reflexo de uma tecnologia trato das obras rodovirias brasileiras. esclarecimento sobre a questo entre os
alternativa. Este artigo discute a con- Outra exigncia para se alcanar atores das obras, que em geral no re-
cepo do projeto de pavimento de essa durabilidade, que deve ser conside- cebem treinamento e certificao, sem
concreto continuamente armado (ou rado como o aspecto mais crtico simul- eximir de responsabilidade os engenhei-
com armadura contnua), as parcerias taneamente com o processo de fadiga ros responsveis, tem gerado mazelas
estabelecidas para a pesquisa e os do concreto, so as juntas de induo que se repetem em obras de pavimen-
aspectos executivos da pista experi- de fissuras de retrao, denominadas tao rodoviria do Oiapoque ao Chu.
mental construda em janeiro de 2016 simplesmente por juntas de contrao. As causas mais comuns para fa-
no campus da Universidade de So Os engenheiros devem entender que lhas na construo dessas juntas, que
Paulo, na capital. essa propriedade do concreto na fase resultam na ocorrncia da fissura de
u Figura 1
Seo transversal do PCCA concebido com 200 m de extenso contnua
u REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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& Contruo, v. 79, p. 48-58, 2015.
Concreto autoadensvel
em regies costeiras
de clima quente
CARLOS F. A. CALADO Doutorando | AIRES CAMES Professor-Doutor
CTAC, Universidade do Minho - Portugal
O
concreto autoadensvel SCC nas suas obras, o tempo dis- dade, enquanto que os superplastifi-
(CAA no Brasil e SCC in- ponvel entre o incio da mistura e a cantes tm efeitos sobre a disperso
ternacionalmente) j vem concluso do adensamento nas fr- de partculas de cimento por meio de
sendo aplicado h aproximadamente mas, quando ento se inicia a cura, repulso estrica e/ou eletrosttica,
20 anos e vem se tornando alternativa representa um importante desafio a com caractersticas de elevada redu-
tecnicamente vivel para aplicao em ser atendido. O SCC, para a manu- o de gua. A adsoro do aditivo
lugar do concreto convencional vibrado teno da autoadensabilidade, ne- pode estender a manuteno da flui-
(CC). Atualmente, constata-se que os cessita atender os requisitos de flui- dez atravs da disperso das partcu-
estudos sobre o SCC avanaram muito dez, capacidade de preenchimento, las de cimento, mas a concentrao
e j possvel responder a quase todas capacidade de passagem e resistn- de ons sulfato, proveniente do gipsita
as indagaes acerca do comporta- cia segregao. O tempo inicial de que controla a pega do cimento, na
mento do SCC frente ao CC, vantagens pega, juntamente com a consistncia soluo pode ajudar a reduzir a in-
e possveis desvantagens nos aspectos e coesividade do concreto fresco, tensidade desse efeito estrico do
tcnicos de aplicao e utilizao. determinam o tempo de durao em polmero. A temperatura mais eleva-
No entanto, Rich et al [1] estuda- que a mistura permanece num pero- da provoca rpida taxa de hidratao
ram a aceitao do SCC entre os em- do de dormncia, plstica e trabalh- inicial, conduzindo a uma distribuio
presrios da construo civil do Reino vel, podendo ser manuseada e aplica- no uniforme dos produtos de hidra-
Unido e concluram que as pesqui- da no canteiro de obra. Para regies tao dentro da pasta. Ento, o con-
sas, poca, desenvolviam estudos com clima seco e temperatura mais creto aplicado e curado a alta tem-
especficos do material em questo, elevada, caso da regio de Recife peratura endurece mais rpido, mas
sem apresentar outros benefcios e (Pernambuco, Brasil), o tempo dis- apresenta resistncias menores em
conceitos aos construtores, a exem- ponvel para aplicao do SCC fresco relao aos aplicados e curados em
plo de como, quando e onde aplicar pode ser reduzido com relao a ou- temperaturas mais baixas. [2,3,4].
SCC, importando para a tomada de tros tipos de regies [2]. A durabilidade do concreto sofre
deciso dentro do planejamento do O CAA obtido na regio de Recife influncias adversas que envolvem o
processo, bem como o tempo de provm de composies que asso- transporte de fluidos e gases atravs
construo. Ou seja, o SCC deveria ciam contedo de adies minerais dos poros do concreto, alm de outros
ser visto como um mtodo e no ape- com os aditivos plastificantes. Os fatores, como relao gua/cimen-
nas como mais um material. plastificantes so aditivos redutores to, temperatura, grau de hidratao,
Agulha de Vicat (AV); Resistividade bem como as diferentes temperaturas e armazenados em cmara mida at o
eltrica em pastas (REp); Cone Mar- idades de cada uma das composies, momento de realizao dos ensaios. A
sh (CM); Espalhamento (slump-flow) em cada um dos ensaios. cmara mida foi mantida temperatu-
(Es) e t500; Abatimento (slump) (At). A Tabela 3 apresenta as composi- ra de (27 2)oC, com umidade relativa
Os ensaios aplicados aos concretos es da pasta CAA (SCC) e dos con- do ar superior a 95%. J os CPs CAA
endurecidos, envolvendo os temas cretos, SCC e CC, aplicados nos en- L-AP1, CAA L-AP2, CAA L-AP3, CC
de resistncia e durabilidade, na tem- saios no laboratrio de pesquisa (L-P) L-AP4 e CC L-AP5, foram conservados
peratura de 32 C, foram: resistncia
o e no laboratrio do canteiro de obra em rea coberta do laboratrio da obra,
da Arena Pernambuco (L-AP).
mecnica compresso (RC); difu- protegida com uma lona para evitar a
so de ons cloreto (IC); absoro de perda de gua e, 24h aps a concre-
2.2 Obteno dos corpos
gua por capilaridade (AB); ascenso tagem, os CPs foram desmoldados,
de prova utilizados nos
capilar (AC); resistividade eltrica em quando ento receberam a identifica-
ensaios da pesquisa
concreto (REc); ndice de vazios (IV); e o e foram conservados nos tanques
carbonatao acelerada (CA). A pasta de cura at a idade de rompimento.
Os corpos de prova (CPs) foram
de SCC e os diferentes tipos de con-
obtidos em atendimento ABNT NBR
cretos esto indicados na Tabela 1. 2.3 Normas aplicadas para
5738:2015 quanto ao procedimento
A Tabela 2 apresenta os ensaios apli- a realizao dos ensaios
para moldagem e cura. Aps essa eta-
cados na pesquisa, para a pasta SCC e
pa, os CPs CAA L-P e CC L-P foram
as composies de concreto adotadas, As pastas e os concretos fres-
cos tiveram as temperaturas con- 2.4 Procedimento do ensaio raturas escolhidas. Dessa forma,
troladas, para assegurar os valores de resistividade eltrica a presente pesquisa desenvolveu
propostos de 25 C, 32 C, 38 C e
o o o
em pastas um aparato muito simples e de
45 C, seja atravs de resfriamento
o
fcil implementao em cantei-
ou aquecimento dos constituintes e O ensaio buscou avaliar o com- ro de obra, com objetivo de aferir
da mistura. Os concretos endureci- portamento da passagem de cor- o tempo de incio de pega de um
dos foram ensaiados temperatura rente eltrica no fluido cimentcio concreto atravs da medida da re-
mdia de 32 C. A Tabela 4 expe os
o
durante um tempo determinado, sistividade eltrica, conforme com-
experimentos realizados e as normas bem como as variaes de resul- provado nos estudos de Zongjin
de referncia. tados para as diferentes tempe- et al. (2007) [8]. As Figuras 3 e 4
mostram o aparato e o esquema do onde foi possvel avaliar diferenas mento, abatimento e t500, respectiva-
diagrama eltrico aplicado. de trabalhabilidade entre o CAA e mente. Apresentam-se, tambm, as
CC (composies das Tabelas 2 e 3) perdas percentuais de desempenho
3. RESULTADOS com o aumento da temperatura, para relativamente temperatura padro,
A Tabela 5 apresenta os resulta- o mesmo tempo inicial de medio considerada igual a 32oC.
dos dos ensaios de Agulha de Vi- aps mistura. A Tabela 6 apresenta os resultados
cat, Resistividade eltrica e Cone As Figuras 5 a 8 apresentam grfi- dos ensaios de Resistncia mecnica
de Marsh. Esses ensaios permitiram cos de resistividade eltrica da pasta compresso (RC), e dos ensaios de
avaliar a trabalhabilidade do CAA CAA ao longo do tempo, obtidos atra- durabilidade: Difuso de ons cloreto
atravs do desempenho da pasta vs dos ensaios de Vicat, Resistivida- (IC), Absoro de gua por capilari-
CAA (C+MK+SP+P+A) com o au- de e Cone de Marsh, nas temperatu- dade (AB), Ascenso capilar (AC), Re-
mento da temperatura e do tempo ras de 25 C, 32 C, 38 C e 45 C.
o o o o sistividade eltrica em concreto (REc),
decorrido aps incio da mistura. A As Figuras 9, 10 e 11 apresentam ndice de vazios (IV) e Carbonatao
Tabela 5 apresenta ainda os resulta- grficos de perda de desempenho em acelerada (CA), para concreto endu-
dos dos ensaios de Espalhamento funo da temperatura, calculados recido, conforme Tabela 2.
(slump-flow) e Abatimento (slump), a partir dos resultados de espalha- A Figura 12 apresenta o grfico
Temperatura (C)
Resultados Composio Unid
25 32 38 45
Ti(V)/Tf(V) Pasta CAA (h) 6,15/8,92 5,54/8,07 3,88/5,74 3,31/4,89
Ti(R)/Tf(R) Pasta CAA (h) 3,1/4,7 2,72/3,91 2,41/3,26 2,40/3,24
T(CM) Pasta CAA (h) 2,0 1,5 1,25 1,25
V(Es) CAA (mm) 728 725 717,5 713
V(At) CC (mm) 120 118 115 112
V(t500) CAA (s) 1,80 1,78 1,72 1,69
Ti(V) = tempo de incio de pega por Vicat; Tf(V) = tempo de fim de pega por Vicat; Ti(R) = tempo de incio de pega por Resistividade; Tf(R) = tempo de fim de pega por Resistividade; T(CM) = tempo
de ensaio em que a pasta deixou de fluir pelo Cone Marsh; V(Es) = valor medido do espalhamento; V(At) = valor medido do abatimento; V(t500) = valor medido do tempo t500.
u Figura 7 u Figura 8
Resultados pasta CAA para 38C Resultados pasta CAA para 45C
u Figura 9 u Figura 10
Espalhamento Abatimento
Ensaios
Idade
Comp. Resist. Durabilidade
(dias)
RE (MPa) IC (Coulomb) AB (%) AC (%) REc (k.cm) IV (%) CA (mm)
CAA L-P 3 33,98 11,0
CAA L-P 7 36,19 17,8
CAA L-P 14 44,69
CAA L-P 28 45,86 900 8,22 10,7 37,3 13,07 8,75
CAA L-P 56 51,24 53,6
CAA L-P 90 53,88 828 4,88 7,5 64,8 8,86 5,75
Ensaios
Idade
Comp. Resist. Durabilidade
(dias)
RE (MPa) IC (Coulomb) AB (%) AC (%) REc (k.cm) IV (%) CA (mm)
CC L-P 3 32,32 9,7
CC L-P 7 33,03 16,5
CC L-P 14 40,39
CC L-P 28 42,69 1517 8,36 20,0 34,2 14,97 13,97
CC L-P 56 43,80 45,0
CC L-P 90 47,83 1250 5,85 13,3 60,4 10,24 8,87
CAA 7 40,0
L-AP1 28 50,0 8,50 8,99
CAA 7 39,4
L-AP2 28 49,8
CAA 7 41,6
L-AP3 28 50,5
CC 7 38,7
L-AP4 28 48,6 8,92 10,59
CC 7 34,2
L-AP5 28 47,5
indicadores de perda de trabalha- de incio e fim de pega obtidos atravs tudo desenvolvido por Zongjin et al.
bilidade obtidos por Resistividade de Vicat com os resultados de resisti- (2007) [8].
(mudana acentuada de declividade vidade eltrica em pasta, usando um As Figuras 5 e 6 mostraram que,
da curva nos grficos das Figuras 5 aparato original e simples, passvel de para as temperaturas de 25 e 32oC
a 8) e Cone de Marsh (tempo T(CM), aplicao em laboratrio de canteiro respectivamente, os indicadores de
onde a pasta deixou de fluir) para as de obra, mostrou-se compatvel com fluidez por Marsh e incio de pega por
temperaturas mais elevadas, de 38 e os demais resultados de ensaios em Resistividade aconteceram quando a
45 C. O indicador de desempenho do
o
pasta, a exemplo do Cone de Marsh. pasta ainda no havia manifestado a
Cone de Marsh foi o de menor tempo Dessa forma, comprovou-se o es- alterao marcante na mudana de
com relao aos indicadores de Vicat
e Resistividade para as quatro tempe-
raturas ensaiadas. O segundo menor
tempo foi obtido pelos indicadores
de Resistividade, ficando por ltimo
os indicadores de Vicat. Os tempos
de incio e fim de pega do ensaio de
Agulha de Vicat so referenciados
para pastas de consistncia normal,
cimento e gua. A presena dos adi-
tivos qumicos demonstrou que esses
tempos so afetados, o que foi con-
firmado pelos indicadores de Resisti-
vidade e Cone de Marsh. Ressalte-se u Figura 13
Correlao entre resistividade eltrica e resistncia compresso
que a correlao entre os resultados
u REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
[01] RICH, D., WILLIAMS, D., GLASS, J., GIBB, A. and GOODIER, C., To SCC or Not To SCC? UK Contractors Views. Theme: Production and Placement of SCC - 6th
International RILEM Symposium on Self-Compacting Concrete and the 4th North American Conference on the Design and Use of SCC, 26 to 29 September, 2010,
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[02] Soroka, I. (2004) Concrete in Hot Environments, Published by E & FN Spon, an imprint of Chapman & Hall, 2-6 Boundary Row, London SE1 8HN, UK, pp. 179-200.
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Revista de Engenharia Civil-Universidade do Minho, N. 23, pp. 19-30.
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620.136, cdigo engenharia: 620.136.
Prmio Saint-Gobain de
Arquitetura Habitat
Sustentvel anuncia vencedores
E
m sua terceira edio, Criada em 2013, a premiao de construo para estimular a
o Prmio Saint-Gobain reconhece os trabalhos de maior criatividade e as possibilidades
de Arquitetura Habitat destaque que focam aspectos tcnicas dos profissionais do se-
Sustentvel anunciou os melhores econmicos, sociais e ambien- tor em desenvolver projetos que
projetos em arquitetura, urbanis- tais, constituindo-se em solues combinam eficincia energtica,
mo, design de interiores, enge- e prticas inovadoras. Esta pre- consumo responsvel de recursos
nharia e tecnologia da construo, miao refora para o merca- naturais, assim como o bem-estar
entre os 796 projetos inscritos. do a importncia dos materiais e conforto dos seus usurios,
u Categoria Profissional/
Arquitetura de Interiores
CRDITO: DIVULGAO
u Categoria Profissional/
u Categoria Profissional/ Modalidade Residencial
Modalidade Empresarial
1 lugar
1 lugar e Melhor dos Melhores Projeto: Habitao Estudantil
Projeto: Aliah Hotel Profissional: Marcelo Consiglio Barbosa
Profissional: Joo Paulo Payar Escritrio: Barbosa & Corbucci Arquitetos
Escritrio: Arkiz Associados
2 lugar 2 lugar
Projeto: Complexo Multiuso Projeto: Habitat Belagua 1 lugar
Profissional: Celso Rayol Profissional: Christian Renato DAbruzzo Projeto: Reforma Residncia Urbana
Escritrio: Cit Arquitetura Escritrio: Intrio Arquitetos Sustentvel Manduri
Profissional: Lucas Buitoni
2 lugar
Projeto: Restaurante Olga Nur
Profissional: Paula Zasnicoff Cardoso
Avanos na Normalizao
Tcnica Brasileira de Concreto
e Construes
ENG INS BATTAGIN
Superintendente do ABNT/CB-18 e diretora tcnica do IBRACON
N
esta primeira edio de
2016 da Revista Concreto e
Construes do IBRACON
apresenta-se um resumo dos trabalhos
de normalizao concludos em 2015
e o estgio de desenvolvimento de al-
guns projetos de normas de interesse.
Vale sempre lembrar que as Normas
Tcnicas so elaboradas pela socieda-
de para uso dessa mesma sociedade,
consistindo em valiosas ferramentas
de trabalho, pois textos de normas pa-
dronizam procedimentos, facilitam a
verificao de requisitos, diminuem a
variabilidade, promovem a segurana e Teste de permeabilidade de bloco de concreto
uso em laboratrios, em todo o territ- outros pases e normas brasileiras que concreto para segurana no trfego.
rio nacional. estabelecem critrios de durabilidade O Projeto ABNT NBR 14885 faz
das estruturas de concreto. parte de um conjunto maior de docu-
2. PROJETOS DE NORMAS A partir do cadastro inicial da obra de mentos, relacionados na ABNT NBR
EM DESENVOLVIMENTO arte de engenharia (OAE) foi estabelecido 15486 (Segurana no trfego Dispo-
um roteiro para o acompanhamento de sitivos de conteno viria Diretrizes
Projeto ABNT NBR 9452 sua vida til, com inspees rotineiras que de projeto e ensaios de impacto), que
Inspeo de pontes, viadutos visam possibilitar a realizao de interven- est em fase final de aprovao no m-
e passarelas de concreto es para correo de processos degene- bito do ABNT/CB-16 (Comit Brasileiro
J aprovado para ser publicado casos de aes extraordinrias. mas de outros pases (especialmente
como Norma Brasileira, este Projeto foi O aumento da vida til das estru- Comunidade Europeia, Estados Unidos
elaborado pela ABNT/CEE 169 (Comis- turas e a reduo dos custos de ma- e Chile), estando alinhada s premissas
so de Estudo Especial de Inspees de nuteno corretiva so alguns dos internacionais de construo e implan-
Estruturas de Concreto), com o apoio benefcios que certamente viro da im- tao de barreiras de concreto e aten-
do ABNT/CB-18 (Comit Brasileiro de plementao dos procedimentos pre- de s exigncias de segurana impos-
Cimento, Concreto e Agregados), e es- vistos neste documento. tas pelos rgos brasileiros.
nais que realizam a inspeo das es- mnimos exigveis para o projeto cons- A reviso da ABNT NBR 9062
Projeto 18:600.04-001
estabelece os requisitos para o pro- rede dupla. Esse Projeto est em
Alvenaria de blocos de concreto
jeto, a execuo e o controle de es- Consulta Nacional (http://www.abnt
Mtodos de ensaio
truturas de concreto pr-moldado, online.com.br/consultanacional/).
armado ou protendido e se aplica
Este Projeto de Norma estabele-
tambm s estruturas mistas ou Projeto ABNT NBR 15116 ce o procedimento de preparo e os
compostas. Distingue os elementos Agregados reciclados de resduos mtodos de ensaio de elementos em
pr-moldados dos pr-fabricados,
slidos da construo civil alvenaria construdos com blocos de
estabelecendo condies especfi-
Utilizao em pavimentao e concreto (prisma, pequena parede e
cas de projeto, produo e controle
preparo de concreto sem funo parede), submetidos a esforos de
de execuo. O Projeto de Reviso
estrutural Requisitos
est em Processo de Consulta Na-
cional (http://www.abntonline.com.
A necessria atualizao do conte-
br/consultanacional/).
do desta Norma, em funo da nova
bem como pesquisadores interessados Perspectivas do uso de fibras de vidro Fbio Saro
para reforo do concreto OWENS CORNING
no CRF. Veja programao na tabela 1.
Perspectivas do uso de fibras de ao Gelmo Chiari
O evento gratuito e as ins- para reforo do concreto BELGO BEKAERT
cries devem ser feitas no site Horizontes da normalizao do CRF no Brasil Mesa-redonda
www.abece.com.br .
Atividades na Bahia
A Regional do IBRACON na Bahia vai
realizar, por meio do Laboratrio de
Argamassas da Escola Politcnica da Uni-
tecnolgico do concreto com vistas a as-
segurar a qualidade, resistncia e durabili-
dade das estruturas de concreto armado.
tncia, cujo objetivo testar a habilida-
de dos competidores na preparao de
concretos coloridos e resistentes.
versidade Federal da Bahia, de 16 a 20 de No evento ser promovido um con- Na Regional est programado tam-
maio, a 4 Semana Pensando em Concre- curso entre estudantes de Engenharia bm o 6 Seminrio de Materiais de
to, que vai discutir e divulgar as pesquisas Civil na Bahia nos moldes do Concurso Construo da Escola de Engenharia
relacionadas tecnologia do concreto, Tcnico COCAR do IBRACON Con- da Universidade Catlica de Salvador
com nfase na especificao e no controle curso Concreto Colorido de Alta Resis- (UCSAL), que objetiva divulgar aos es-
tudantes e profissionais a importncia
da correta e sustentvel aplicao dos
materiais de construo, bem como
disseminar o conhecimento de normas
tcnicas relacionadas.
O local do 6 Seminrio ser no
campus Pituau da UCSAL. A data
ser em breve divulgada.
Os eventos so voltados para em-
presrios e profissionais de Engenharia
Civil e Arquitetura, tcnicos e estudan-
tes da rea.
votorantimcimentos.com.br/mapadaobra
CONCRETO & Construes | 113
Concursos Tcnicos IBRACON
O Instituto Brasileiro do Concreto -
IBRACON organiza anualmente
Concursos Tcnicos para os estudan-
competio saudvel entre os cursos
de engenharia do Brasil e do exterior.
Em breve sero disponibilizados no site
jetria retilnea. Por sua vez, o Cocar
testa a habilidade dos competidores
na preparao de concretos resisten-
tes de Arquitetura, Engenharia Civil e www.ibracon.org.br os Regulamentos tes e coloridos de corpos de prova
Tecnologia. Seu objetivo incentivar os do 23 Concurso Aparato de Proteo cbicos com 10 cm de aresta. Por
alunos a pr em prtica o que aprende- ao Ovo (APO), 13 Concrebol, 3 Con- fim, o Ousadia provoca os estudantes
ram nas salas de aula por meio de uma curso Colorido de Alta Resistncia (Co- a elaborarem um projeto bsico de
car) e 9 Concurso Ousadia. uma obra que seja um marco arqui-
O APO desafia o estudante a tetnico para a regio onde acontece
projetar e construir um prtico as edies do Congresso Brasileiro
de concreto armado, que seja do Concreto, frum nacional de de-
capaz de resistir ao impacto bate sobre a tecnologia do concreto e
vertical de uma carga dinmi- seus sistemas construtivos.
ca crescente. J, o Concrebol A premiao dos vencedores neste
espera que os alunos constru- ano vai acontecer no Minascentro, em
am uma bola (esfera) de con- Belo Horizonte, no Jantar de Confra-
creto leve, com dimenses ternizao do 58 Congresso Brasileiro
pr-estabelecidas, resistente, do Concreto, que ocorrer de 11 a 14
homognea e que role em tra- de outubro.
Data: 18 a 20 de maio
Local: Rio de Janeiro RJ
Realizao: Abece/ABPE
6 Brazil Road Expo
Informaes: www.abece.org.br
Data: 29 a 31 de maro
Local: So Paulo Expo Exhibition
Realizao: Clarion
Construction Expo 2016
Informaes: www.brazilroadexpo.com.br
Data: 15 a 17 de junho
Local: So Paulo Expo Exhibition
Realizao: Sobratema
Feicon Batimat 2016
Informaes: www.sobratema.org.br
Data: 12 a 16 de abril
Local: Anhembi So Paulo
Realizao: Reed Exhibitions Alcantara Machado
7 Congresso Brasileiro do Cimento
Informaes: www.feicon.com.br
Data: 20 a 22 de junho
Local: Maksoud Plaza So Paulo
88 Encontro Nacional da Indstria Realizao: ABCP/SNIC
Data: 11 a 13 de maio
Local: Foz do Iguau PR 8 Conferncia Internacional sobre
Realizao: CBIC
Manuteno, Segurana e Gerenciamento
Informaes: www.cbic.org.br/enic
de Pontes
Data: 26 a 30 de junho
Local: Foz do Iguau PR
2 Congresso Brasileiro de Patologia Realizao: IABMAS
Data: 18 a 20 de abril
Local: Belm Par
Realizao: Alconpat Brasil
International Conference on
Informaes: http://alconpat.org.br/cbpat2016/ alkali-aggregate reaction
Data: 3 a 7 de julho
Local: So Paulo SP
Realizao: IBRACON
Informaes: http://ibracon.org.br/icaar/
Informaes e prazos para submisso Sobre os Planos de Investimento, informe-se: Tel. (11) 3735-0202 ou e-mail:
www.ibracon.org.br arlene@ibracon.org.br
R E A L I Z A O