Eleonor Marx
Eleonor Marx
Eleonor Marx
Fico
A ME DA ME DE SUA ME E SUAS FILHAS
Ensaios
PRODUCC!N, PARCELARIA Y UNIVERSO IDEOLGICO - EL CASO DE PUQU!O
CAMPESINATO Y lDEOLOGA
MARIA] OS SILVEIRA
ELEANOR MARX,
FILHA DE KARL
Um romance
Copyright 2002 by Maria Jos Silveira
Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil. Nenhuma parte deste livro pode ser
utilizada, reproduzida ou armazenada em qualquer forma ou meio, seja mecnico ou
eletrnico, fotocpia , gravao etc. sem a permisso por escrito da editora.
ISB N 85-89362-01-9
02-6118 CDD-869.93
ndice para catlogo sistemtico:
!. Romances: Literatura brasileira 869.93
Sumrio
Nota ao leitor, 11
JUNHO
A menina d'O capital, 13
JULHO
A crise anunciada, 37
AGOSTO E SETEMBRO
O belo heri, 49
OUTUBRO
O dedo enluvado, 67
NOVEMBRO
Um casamento verdadeiro, 83
DEZEMBRO
Os domingos no parque, 99
JANEIRO
O comeo do pesadelo, 115
FEVEREIRO
O leo sem juba, 123
MARo
A morte branca, 141
Eplogo, 155
ANEXOS
Como se cria um erro histrico, 161
Pequena cronologia da famlia Marx, 169
As fontes, 173
Agradecimentos, 175
No ta ao leitor
11
Junho
A MENINA D' "0 CAPITAL"
1.
13
Eleanor Mmx , filha de Karl
14
Maria Jos Silveha
15
Eleanor Marx, filha de Km!
16
Ma ria Jos Silveim
17
Elermor Marx, filha de Karl
18
Mal"ia Jos Silveim
19
Eleanor Marx, filha de Karl
Edgar pergunta:
- Ser que algum achou essa carta? Ou ser que at
hoje ela est no livro-razo abandonado?
- Isso nunca vamos saber - diz Eleanor, sorrindo. -
E, agora, para a cama que trop tard.
- Mas tio Edward ainda no chegou - diz J ohnny.
- J deve estar chegando. Ele sempre chega no trem
das onze e vinte. hora de subir para os quartos, vamos.
Eleanor se prepara para dormir.
Ela no quis admitir, quando Johnny perguntou, mas
Edward no deveria ficar at to tarde fora de casa, com seu
problema de sade! Que temeridade a sua! Na ltima visita,
o mdico dissera que o caso era grave, de cirurgia, e ele pa-
rece no levar isso a srio! Mas, no, ela no vai ficar pensan-
do nisso agora nem brigar com ele mais uma vez. Hoje no.
Hoje, a conversa com os sobrinhos a transportara para
um tempo distante e to querido, o tempo que, ela sabe, foi
o melhor de sua vida. E l ela quer permanecer um pouco
mais, com as lembranas da infncia para sempre envolvidas
no cristal brilhante de uma alegria incorruptvel.
Eleanor veste a camisola e se deita, deixando a cortina
da janela aberta. Olha a noite l fora. uma bela noite, cla-
ra: lua, estrelas de junho. Ar fresco sem ventos.
Fecha os olhos e v a menininha de cabelos presos, cor-
rendo e chamando, eufrica:
- Mame, papai, chegaram! Os envelopes chegaram!
Tussy foi esperar o carteiro a meio caminho, e agora
voltava, correndo, sacudindo os dois envelopes na mo. Es-
ses envelopes sobrescritos com a elegante letra do General
geralmente chegavam aos pares, ou um imediatamente se-
guido do outro, cada qual com a metade de uma nota de uma
ou cinco libras.
20
Mmin Jos Silveim
21
Elemzor Marx, filha de Karl
2.
Nos dias que se seguiram, a vida na Toca continuou ab-
solutamente a mesma.
Edward no mudou em nada os seus hbitos. No se
tornou nem menos nem mais coisa alguma. O mundo per-
maneceu exatamente igual.
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Mmia Jos Silvei1a
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Eleanor Ma rx, filh a de Ka rl
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Mrwia Jos Silveim
2S
Eleanor lVIaix, filha de Kad
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Mtl?"in Jos S ilveim
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Elerm or M arx, filh a de Karl
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Mmin Jos Silv eim
3.
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Elermor !Vlnrx , filha de Kai-1
4.
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M min Jos Silvei1n
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Eleanor M arx, filha de Karl
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Mmia Jos Silveha
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Eleanor Marx, filha de Kai-1
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Mmia Jos Silveinz
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Eleanor Marx , filha de Knrl
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Julho
A CRISE ANUNCIADA
1.
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Elermor Mnrx, filhn de Knrl
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Mnrin Jos Silveira
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Elennor Mmx, filha de Karl
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Elermor Marx, filha de Karl
2.
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Elea11or Marx , filha de Karl
3.
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Mmia Jos Silveim
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Elennor Marx, filha de Karl
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Agosto e setembro
~
0 BELO HEROI
1.
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Eleanor Marx, filha de Karl
Eleanor se desespera.
Sente-se aviltada. Ferida e s. No sabe o que fazer, o
que pensar. Sente-se perdida, mergulhada em um sofrimen-
to ainda maior do que poderia imaginar.
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Mrwin Jos Si!veim
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Elen1201 Mmx, filbn de Knrl
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Mmia Jos Silveira
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Eleanoi M rn-x , filha de Karl
2.
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Mmia Jos Silveim
ss
Eleanor Marx, filha de Karl
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Elermor Marx, filha de Ka1"!
3.
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4.
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Elea1101 Mnr:c, filho de Karl
Sua,
Tussy
Que isso fique s entre naus."
5.
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Mrn-ia Jos Silveim
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Elennor Mnrx, filhn de Knrl
6.
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Mtn-ia Jos Silveira
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Elea1101 M arx, filha de Knil
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Outubro
0 DEDO ENLUVADO
1.
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Elea1101 Marx, fi!hn de Kni-1
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Mmin Jos Silvei1n
2.
Agora, doze anos depois, Eleanor e Edward - em
outra das inmeras viagens de divulgao do socialismo
que sempre fizeram- esto no trem noturno que, de Pa-
ris, segue para Lancaster, onde foram convidados a uma
srie de palestras.
Viajam em completo silncio.
Sentada na poltrona da janela, Eleanor olha a noite sem
vida atravs do vidro. As estaes so todas iguais, principal-
mente em noites assim, sem lua nem estrelas, de cu apaga-
do, cu morto.
O silncio entre ela e Edward j lhe to familiar que,
de certa forma, a tranqiliza. uma espcie de segurana: se
Edward no disser nada, nada de pior acontecer. a estabi-
lidade e a segurana do vazio. Quando Eleanor constata, co-
mo agora, que s vezes isso pode ser reconfortante, com-
preende tambm que um sinal do exuemo a que chegou sua
relao com ele.
Ento Edward se levanta e diz, quase num sussurro, que
vai ao comboio-restaurante. E no a convida. Com certeza,
planeja se sentar mesa de alguma senhorita auaente e lhe
oferecer um drinque.
Ah, como ela o conhece bem!
Eleanor aproxima o rosto do vidro frio da janela e seu
olhar procura distinguir alguma forma na paisagem escura,
deixada com estridncia e fagulhas para trs. So muitas as
viagens que j fez com Aveling nesses anos; poucas de passeio,
69
E/ennor Mnrx, filbn de Knr/
3.
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4.
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Novembro
UM CASAMENTO VERDADEIRO
1.
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Elermor Mrl1"x, fi/hn de Kni-1
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Mmin Jos Silveim
2.
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Maria Jos Silveim
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3.
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Maria Jos Silvei1a
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Elermor Mmx, filha de Kni-1
4.
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Mmin Jos Silveim
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Elennoi Mn rx, filhn de Knd
5.
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Mmin Jos Silvehn
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Elennor Mnrx, filha de Knrl
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Mal"ia Jos Silv ei?a
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Eleanor M arx, filha de Karl
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Mmin Jos Silveim
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Eleanor Ma rx, filha de Karl
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Dezembro
QS DOMINGOS NO PARQUE
1.
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Elen1101 Mnr.r:, filha de Knrl
2.
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Mmia Jos Silveim
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Elermor Mtffx, filha de Karl
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Mmia Jos Silveha
3.
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Mmia Jos Silveim
4.
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Elerm or Marx, filha de Karl
5.
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M min J os Silveim
"Queridos Camaradas,
Aqui estou de volta escura Londres, mas at nosso fog
londrino- e temos um bem representativo neste momento
- parece luminoso e agradvel quando penso no tempo fe-
liz que passei com vocs, em Aberdeen. to bom - e de
tanta ajuda- encontrar pessoas vivas como vocs, quando a
maioria de ns parece to morta - e ansiosos, e dedicados
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Elen11or Marx, filho de Karl
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Mmia Jos Silveira
6.
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Elerm or Mnrx , filha de Kni-1
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Ma ria Jos Si/veim
111
Eleanor Marx , filha de Karl
Mais tarde:
O solzinho de inverno j desapareceu faz tempo, levan-
do suas sombras e tessituras suaves, e seus mpetos de vida.
A velha neblina retomou seu lugar e, depois da breve trgua,
pretende se vingar, atravessando os vidros das janelas e inva-
dindo a casa. Aquela frgil felicidade que me visitou de ma-
nh se foi, no sei para onde.
Tenho um grande horror de decepcionar a f que meu
pai e o General tinham em mim e meu trabalho poltico. Te-
mo que a herana infinitamente preciosa que eles me deixa-
ram seja tambm demasiado pesada e dominadora. Mas acho
que no estou, no estou conseguindo pensar direito sobre
essas coisas, esses dias.
O movimento tem se dividido muito e as vitrias so
poucas. Pessoas que deveriam estar altura do momento
112
Mrwin Jos Silveim
Sua, sempre
Tussy"
113
Janeiro
Q COMEO DO PESADELO
1.
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Eleanor Marx, filha de Karl
2.
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Mmin Jos Silveim
11 7
Eleanor Ma1x , filha de Km!
118
Mmia Jos Silveim
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Auelino da Rosa Oliveira ]
va Afonso Oliveira
Elermor Mmx , filha de Kni-1
3.
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Mmia Jos Silveim
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Eleanor M arx, filha de Karl
"Prezado Camarada,
Gostaria que, atravs de sua coluna, me permitisse pe-
dir aos setores dos Sindicatos dos Trabalhadores de Gs e
Trabalhadores em Geral que no anunciassem minha pre-
sena para falar em nenhum lugar antes de primeiro me per-
guntar se possvel, e, segundo, de receber minha confirma-
o. Tenho toda vontade e prazer em ir a qualquer lugar
onde h trabalho a ser feito. Mas no justo nem com o p-
blico nem comigo publicar meu nome como oradora, a me-
nos que seja certo que eu possa estar presente. A dificuldade
no fica menor quando anunciado que falarei em dois ou
trs lugares ao mesmo tempo sem ter sido consultada po.r
nenhum deles. Permita-me, portanto, pedir, atravs do jor-
nal, que os organizadores dos encontros que possam querer
meus servios por favor se comuniquem comigo antes de fa-
zer qualquer anncio pblico.
Fraternalmente,
Eleanor Marx Aveling"
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Fevereiro
0 LEAO SEM JUBA
1.
123
Elen1101 !Vlnr:c, filbn de Knrl
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Mmin Jos Silv eira
Sua Tussy
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E!ennor Mnrx, filhn de Knr/
2.
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Mmia Jos Silveim
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Elermor Mrffx , filha de Karl
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Elea1101 Man:, filha de Ka rl
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Mrwia Jos Silveim
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E/ennor Mmx, filha de Knrl
3.
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Mmia Jos Si!vei1a
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Elennor Mnrx, filhn de Kai-1
para atriz? A voz, ela sabe, o que tem de melhor. Mas se-
r que s a voz basta? Ser que conseguir emocionar um
grande pblico? O pblico do teatro amador, que a aplau-
de, no , por definio, menos exigente que o pblico do
teatro profissional?
Ela se inquieta, desespera-se. "Quanto tempo perdi! J
no sou to jovem para perder mais tempo com os artigos e
tradues e, se eu no puder fazer isso logo, j no terei mui-
to tempo. Mas no tenho dinheiro para as aulas com Mada-
me Vezin ... certamente ela no me aceitaria como aluna se
no acreditasse que tenho chances de ter sucesso ... Tenho
que tentar fazer alguma coisa ... Talvez eu no seja inteligen-
te o suficiente para viver uma vida puramente intelectual
mas tampouco sou to estpida a ponto de me contentar fa-
zendo nada." Ah, meu querido velho pai, como o amo ... e no
entanto devo viver minha prpria vida ...
- Vamos, Tussy, assim no possvel. No d para jo-
gar xadrez com um espectro - impacienta-se Marx.
- Desculpe, Mouro. minha dor de cabea. Se prefe-
rir, poderemos continuar a partida mais tarde.
-Acho que melhor, realmente. Quando voc voltar
para a ilha.
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5.
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6.
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Elenno r Mnrx, filhn de Knr!
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Maro
A MORTE BRANCA
1.
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Eleanor Marx , filha de Karl
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Ma ria Jos Silveira
mundo ao meu redor, mas que o veja, que retire dele algum
sentido. Quando consigo realmente trabalhar, um repouso.
Escrevo cartas para o editor. Para Liebknecht. Para Lau-
ra. Mas no falo de mim. S para voc e para Freddy. Detes-
to falar de mim e mais detesto ainda me queixar e no h co-
mo falar de mim hoje sem falar de todos esses horrveis
problemas.
Sinto tanta falta tambm dos companheiros do movi-
mento, dos meus amigos do East End, as bravas mulheres e
homens do povo, to autnticos e genunos como um bom
alimento. O entusiasmo e a fora que eles so capazes de
transmitir podem ser contagiantes. Eu, pelo menos, sempre
me sentia mais calma e segura quando estava com eles, e ho-
je tenho certeza de que foi um grande erro ter me afastado
- ainda que temporariamente - para cuidar de Edward.
Eu no imaginava que seria assim. No imaginava que esse
sacrifcio seria em vo. E agora no sinto fora para retomar
minha vida de antes. No agora. No at tudo estar resolvi-
do entre mim e Edward.
Muitas vezes tenho quase certeza de que ele vai morrer.
De certa forma, chego a desejar isso, no sei se voc pode me
entender. Sei que sou insuportavelmente egosta ao pensar
assim, mas s vezes quase desejo que esses sejam seus ltimos
dias. Porque isso, de certa forma, me d foras para ser pa-
ciente e procurar entend-lo e perdo-lo. Perdoar sua doen-
a moral. Me perdoar. Perdoar ns dois.
Penso, mais que nunca, em um dos motes de nossa ju-
ventude, lembra? 'Vou tentar. Se falhar, falhei.'
Sua, sempre
Tussy"
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3.
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Ela, no.
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4.
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Elermor Mmx, filhn de Knrl
5.
31 de maro de 1898.
Uma rara manh de sol no final do inverno em Lon-
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6.
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Eleanor Ma rx, filh a de Karl
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Eleanor Marx, filha de Kai-1
7.
Quando Gertrude volta da farmcia e sobe ao quarto,
por volta das dez e quarenta e cinco, encontra Eleanor ago-
nizando na cama. O rosto azul, j quase sem respirar, em
contores e espasmos. E quase no mesmo instante, parali-
sia muscular e morte.
O cido prssico - conhecido como cianureto - ve-
neno de efeito terrvel e sujo, e por isso raramente usado. Sua
grande vantagem a rapidez; a morte sobrevm em segundos.
No quarto, resta o cheiro pesado de amndoas podres.
Aveling, que tomara o trem para Londres depois das
dez naquela manh, s regressa s cinco horas da tarde. A ca-
sa j estava cheia com os oficiais de polcia, o legista e mui-
tos amigos perplexos e consternados.
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/
EPILOGO
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Elermo1 Marx, filha de Karl
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Mmia Jos Silveim
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ANEXOS
159
Como se cria um erro histrico
Prezado Senhor,
Agradeo-lhe por ter-me honrado com a remessa de
sua grande obra sobre o capital e, de todo o corao, gosta-
ria de ser mais digno de receb-la, tendo uma compreenso
melhor do tema profundo e importante da economia polti-
ca. Conquanto nossos estudos tenham sido muito diferentes,
creio que ambos desejamos sinceramente a ampliao do sa-
ber e, a longo prazo, certo que isso contribuir para a feli-
cidade da humanidade.
Subscrevo-me, Prezado Senhor,
Atenciosamente,
Charles Darwin"
161
Eleanor M arx, filha de Karl
Prezado Senhor,
Sou muito grato pela gentileza de sua carta e pelo ane-
xo. A publicao de seus comentrios sobre meus escritos,
sob qualquer forma, na verdade no precisa de consentimen-
to de minha parte, e seria ridculo eu consentir o que no re-
quer consentimento. Eu preferiria que a parte ou o volume
no fosse dedicado a mim (embora lhe agradea pela inten-
o dessa honra), pois isso implicaria, at certo ponto, minha
aprovao da publicao geral, sobre a qual no tenho ne-
nhum conhecimento. [... ]
Lamento recusar seu pedido, mas estou velho e tenho
po.uqussimas foras, e o exame de provas tipogrficas (como sei
por minha experincia atual) deixa-me extremamente fatigado.
Subscrevo-me, Prezado Senhor,
Atenciosamente,
C. Darwin"
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Mmia Jos Silv ei1a
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Eleanor M arx , filha de Kai-1
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Mmin Jos Silv eha
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Elermor Mmx, filhn de Karl
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Mmia Jos Silveim
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Elean o1 Ma 1x, filha de Karl
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Pequena cronologia da famlia Marx
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1848. Marx escreve o Manifesto do Partido Comunista.
170
Mrn-in Jos Silveira
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As fontes
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E/eanoi IV!arx, filha de Karl
174
Agradecimentos
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Este livro usa a fonte tipogrfica J anson, que por muito tempo
julgou-se ter sido criada pelo holands Anton J anson em Leipzig, entre
os anos de 1668 e 1687. Posteriormente comprovou-se, contudo, que a
Janson foi trabalho do hngaro Nicholas Kis (1650-1702),
discpulo do holands Dirk Voskens. AJanson um ntido exemplo da
influncia que exerceu a tipografia holandesa em toda Europa antes do
surgimento dos designs do ingls William Caslon (1692-1766).