A Santidade e Indissolubilidade Do Casamento
A Santidade e Indissolubilidade Do Casamento
A Santidade e Indissolubilidade Do Casamento
CASAMENTO
Da Perspectiva de Deus
O CASAMENTO
Instituio Divina Indissolvel Somente ele Santo, Honrado,
Somente a Morte Rompe O Vnculo Abenoado e Sob a Defesa de Deus
O DIVRCIO
Instituio Humana (Pag) Desafia a Deus e a Sua Ordem
Sempre Pecado, Um Sinal da Depravao do Fim
Dureza de Corao (Rebelio) "...casavam e davam-se em
Odioso, Violento, Amaldioado casamento..."- Mt 24:38
O RECASAMENTO E O CELIBATO SO
RECASAR (APS DIVRCIO) : O CELIBATO
Sempre Adultrio A deciso de se fazer Eunuco pelo
Rebelio contra a vontade de Deus Reino de Deus
o domnio da cobia A nica Soluo para os que
Desistir de Esperar em Deus temem a Deus
Falta de amor para com os filhos A nica Opo Para Quem No Pode
No pode ser abenoado por Deus Restaurar Seu Casamento
Pureza Familiar
(Famlia dos Santos)
Virgindade, Castidade, Casamento, Amor,
Fidelidade,Perseverana, Perdo, Reconciliao, Temor a
Deus, Auto-Negao, Celibato [Se necessrio],
Indissolubilidade [no ao divrcio], Monogamia [no aos
recasamentos]
X
Prostituio, Fornicao, Concubinato, Adultrio, Eu-
centrismo, Dissolubilidade [ Sim ao Divrcio], "Poligamia"
[sim aos recasamentos], dio, Ressentimento, Vingana,
Cobia, Dureza, Impacincia etc...
AGRADECIMENTOS
Da Perspectiva de Deus 0
PREFCIO 7
O PORQU DESTE TRABALHO 7
DIVRCIO E RECASAMENTO: 12
SEPARAES 14
TIPOS DE PROCESOS 14
Menores 16
Maiores 16
Total 16
UMA PALAVRA AOS IRMOS NESTA SITUAO IRREGULAR, PERANTE DEUS, SUA
PALAVRA, E SUA IGREJA 22
O DIVRCIO NO VT 42
O DIVRCIO EM DEUTERONMIO 48
O DIVRCIO EM LEVTICOS 52
O DIVRCIO EM NMEROS 54
O REPDIO DE DEUS A SUA ESPOSA ISRAEL 55
O DIVRCIO EM MALAQUIAS 57
O DIVRCIO NO NT 58
O RECASAMENTO 129
APENDICE 1 140
TESTEMUNHO POR ANNE BIEREMA 140
APNDICE 2 142
O DIVRCIO PELA TICA E LEI DOS HOMENS 142
DIVRCIO NO CDIGO CIVIL 142
BIBLIOGRAFIA 145
PREFCIO - O Porqu deste Trabalho - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 7
vital para o povo de Deus, voltar a confiar total e plenamente na Perfeita,
Toda Suficiente e Sempre atual Palavra de Deus, nesta questo do casamento e do
divrcio ou de qualquer outra questo, concientes de que, somente a Palavra de Deus a
rocha eterna, onde no s o homem, mas seu lar podero ser firmados e eternamente
bem-aventurados. Qualquer alternativa Palavra de Deus, por mais humana, justa,
caridosa, misericordiosa, solucionadora de situaes humanas e existenciais dolorosas,
terminar sempre em fracasso pessoal, familiar e em vergonha para a igreja de
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por isso, clamo, a igreja do Senhor Jesus que me l agora, para deixar de ser
pragmtica e situacionista, para provar o seu amor ao Senhor atravs de
obediencia incondicional a Sua Palavra. Deus no espera que resolvamos todos os
problemas e situaes existenciais, familiares e sociais com que nos deparamos, mas Ele
espera que o obedeamos, mesmo quando nada podemos fazer em situaes que fogem
ao nosso controle e capacidade de dar uma soluo agradvel aos nossos problemas.
Desejo sinceramente ajudar aos amados colegas de luta ministerial, no
sentido de terem mais um instrumento de estudo bblico srio e sincero numa
questo to sensvel, embaraosa e que faz tantos danos, tanto a sociedade como
especialmente a igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, peo aos amados colegas
que procurem aproveitar deste trabalho que exigiu muito sacrifcio, muita pesquisa e
leitura, muitas presses e foras contrrias para desestimular e fazer desistir ou mesmo
impedir que o trabalho fosse terminado. E essas foras, foram com certeza, assim eu
creio, mais que humanas ou culturais, mas especialmente, inumanas, supra-culturais ou
demoniacas. Era como se foras invisveis tudo fizessem para obstacular. E creio,
realmente, que foi isso, que me fez orar mais insessantemente para conseguir terminar
esse trabalho, pois no estava lutando contra carne e sangue, mas, de verdade, contra
principados e potestades, a quem interessa o caos espiritual da famlia, da igreja e
da sociedade. (Veja grfico com as estatstica das Separaes e Divrcio no Brasil,
logo mais abaixo.)
Ainda, desejo encorajar s igrejas do Senhor e seus obreiros a no desistirem
da batalha uma vez entregue aos santos, e isso s poder ser feito se:
1) No se descuidarem do cultivo da piedade, tornada real mediante genunos
temor a Deus, Amor a Deus, e Sede de Deus. nico meio de serem produzidas a
santidade genuna e a verdadeira espiritualidade;
2) Praticarem abundantemente o discipulado atravs do amor fraterno aos irmos,
e o evangelismo pessoal como um estilo de vida, para a glria de Deus
primeiramente, e em segundo lugar, por paixo pelas almas perdidas;
3) No deixarem de exercitar o vital discernimento bblico nestes difceis tempos
finais para escapar das sutis e envolventes sedues do inimigo e do mundo.
4) Voltarem a exercitar a disciplina bblica, poderoso meio de manter pura a igreja
do mundanismo devastador, em lugar, de fazerem vista grossa ao pecado.
5) Praticarem a separao bblica de qualquer coisa que contamine ou ameace a s
doutrina e os sos costumes respaldados pela Bblia;
Sobre A NEGLIGNCIA DA DISCIPLINA BBLICA COMO UM DOS FATORES QUE
DEGENERADORES E DEMOLIDORES DA IGREJA EVANGLICA, veja esta citao de
Daniel Wray:
Nestes nossos tempos de coraes endurecidos e apstatas, necessrio que a Igreja seja
chamada de volta doutrina neotestamentria da disciplina eclesistica. Em nossos dias, a Igreja
se tem tornado tolerante diante do pecado, at mesmo quando este encontrado entre a sua
PREFCIO - O Porqu deste Trabalho - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 8
prpria gente. Isso tem provocado a ira de Deus contra a indiferena da Igreja pela santidade
dEle. A Igreja moderna parece dispor-se mais a ignorar o pecado do que a denunci-lo e mais
pronta a comprometer a lei de Deus do que a proclam-la. lamentvel constatar o fato que
muitas igrejas recusam-se a tomar o pecado a srio. No temos qualquer direito de dialogar a
respeito do pecado. Esse foi o grande engano de Eva. As sugestes do tentador deveriam ter sido
prontamente repelidas por ela; mas, ao invs disso, Eva ps-se a debater acerca dessas sugestes
(ver Gnesis 3:1-5 ). Tal debate importou em transigncia e em pecado. A Igreja tambm no pode
oferecer resistncia aos seus inimigos ao mesmo tempo em que ignora o pecado em suas prprias
fileiras (Josu 7:1-26 ).
Atualmente, a Igreja enfrenta uma imensa crise moral em suas prprias alas. A sua falta em
tomar posio decidida contra o mal (at mesmo entre aqueles que dela fazem parte), bem como a
sua tendncia de preocupar-se mais com o que expediente do que com o que certo e direito,
tem custado a Igreja a integridade e o poder de que nos falam as Escrituras. verdade que,
historicamente falando, s vezes a Igreja tem falhado nesse campo da disciplina, mas, hoje em dia,
o problema se resume muito mais em uma franca e aberta negligncia. difcil algum apontar
para outra rea qualquer da vida crist que seja mais comumente ignorada pela moderna Igreja
evanglica, do que essa rea da disciplina eclesistica.2
PREFCIO - O Porqu deste Trabalho - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 9
PERFIL HISTRICO TEOLGICO DO DIVRCIO
DE VOLTA AO PAGANISMO E AO HUMANISMO
COMO O DIVRCIO ENTROU NO MEIO DO P OVO DE DEUS:
Prfil Histrico Teolgico do Divrcio - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 10
O divrcio e o recasamento devem ser esperados no meio pago, que virou as
costas para Deus e fechou-lhe a alma. A quebra do vnculo matrimonial e o adultrio do
recasamento surgiram no paganismo e l devem ficar.
O divrcio e o recasamento, como evidentes frutos da dureza de corao nunca
deveriam ter entrado no meio cristo. O divrcio e o recasamento so o contrrio do
casamento. O divrcio e o recasamento so do Diabo e do pago, diferentemente o
casamento de Deus e do cristo. O divrcio e o recasamento so completamente
incompatveis com o cristianismo bblico. Se um divorciado e recasado for mesmo um
cristo, ento um cristo vivendo como um pago, ou um filho de Deus vivendo como
um filho do diabo. Que Deus tenha misericrdia dele! Pois culpado de destruir sua
famlia legtima, cooperar para o caos social e principalmente, culpado de trazer
vergonha e desonra para o nome de Deus e de Seu Reino, tornando nulo e
desmoralizado o testemunho da igreja de Cristo.
Quando a lei de Deus e a lei dos homens entram em conflito, ao cristo genuno
no resta dvida a qual lei deve ser fiel. Antes importa obedecer a Deus que aos
homens, Tudo me lcito, mas nem tudo me convm. Os fariseus foram
condenados por Cristo, por misturarem e s vezes trocarem os mandamentos de Deus
pelos mandamentos dos homens. A religio institucionalizada e estabelecida dos
fariseus, atravs de interpretaes casusticas conseguiu astuciosamente estabelecer
uma posio favorvel ao divrcio e ao recasamento.
Cristo confrontou vrias vezes a religio estabelecida de seu tempo, quando esta
contemporizava ou se acomodava aos costumes pagos. Sendo o divrcio, um dos
muitos casos em que a religio judaica coxeou entre a lei de Jeov e o paganismo, numa
flexibilizao e contemporizao fatais.
Prfil Histrico Teolgico do Divrcio - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 11
Foi nesta poca, de rompimento do paradigma teocntrico (Deus no centro de
Tudo), e favor do paradigma antropocntrico (o homem no centro de Tudo), que surgiu
pelo lado secular, o renascimento, e pelo religioso, a reforma protestante. Ambos os
movimentos enfatizam a liberdade, igualdade e fraternidade de todos os homens. Esta
trilogia: liberdade, igualdade e fraternidade s iria ficar explicita na revoluo francesa,
mas, j no movimento renascentista e na reforma protestante eles estavam presentes.
O Renascimento rompia com a escolstica ou estudos teolgicos romanos
surgidos na Idade Mdia e voltava-se para os antigos clssicos pagos, onde o homem
era o centro e a medida de todas as coisas.
A Reforma protestante foi o movimento que rompeu com a teologia escolstica
romana e voltou-se diretamente para os originais da Bblia. Os reformadores tambm
queriam livrar-se do jugo imperial de Roma, porm, advogavam que somente em Cristo
poderia haver liberdade, igualdade e fraternidade.
O desejo de liberdade dos reformadores em algumas reas foi alm do que era
bblico. Inspirados no clima de liberdade da poca, fruto do humanismo renascentista.
No caso de divrcio e recasamento seguiram as concluses do humanista Erasmo de
Roterdan, que tomou posio favorvel ao divrcio e ao recasamento.
Iluminados pelo humanista Erasmo de Roterdan
Iluminados, no pelo Esprito Santo, mas, pelo humanista Erasmo de Roterdan,
Lutero e os demais reformadores, contrariando dezesseis sculos de crena bblica na
indissolubilidade do casamento, deram liberdade para que cnjuges vtimas de
infidelidade conjugal pudessem se divorciar e recasar novamente. De modo que
divrcio e recasamento so fruto de humanismo e desvio da prtica secular da igreja
primitiva.
DIVRCIO E RECASAMENTO:
FILHOS DO HUMANISMO RENASCENTISTA
A igreja evanglica moderna tem se distanciado cada vez mais da igreja primitiva
que resistiu valentemente ao divrcio e ao recasamento at o sculo XVI. Render-se ao
paganismo divorcista e recasamentista tem custado carssimo a igreja crist. A razo
clara: aceitar divorciados e recasados na membrasia da igreja no vem da Bblia, nem
dos tempos apostlicos, nem da igreja primitiva, mas da aceitao do humanismo e
antropocentrismo ressurgidos com o Renascimento do Sculo XVI, consolidado com o
movimento Iluminista, retratados na trilogia da Revoluo Francesa: Liberdade,
fraternidade e igualdade, ou seja, todos os homens so iguais, no tendo nada superior
acima deles, nada e ningum para lhes restringir a liberdade ou dizer o que fazer.
Este clima est plenamente estabelecido na sociedade ps-moderna e ps-crist
em que vivemos. H lugar para tudo, menos para Deus e para autoridade da Sua
Palavra. Lamentavelmente, o mesmo podemos dizer da igreja evanglica moderna. H
lugar para tudo que fortalea a imagem e auto-satisfao do homem moderno, menos
para a autoridade, relevncia e suficincia da Palavra de Deus. Msica psicodlica que
produza satisfao, sensualidade e xtase; mensagens psicologizadas voltadas para a
auto-estima e para o sucesso aqui e agora; filosofia de marketing que sempre favorea e
satisfaa o membro (fregus); pragmatismo casusta que sempre dar um jeitinho de
transformar magicamente males em bem, coisas pags em crists, profanas em
santas, adultrio em casamento, etc.
O desvio e apostasia do povo de Deus, sempre se renovam e reaparecem.
A igreja crist, aps a reforma protestante, perigosamente seguindo acomodao e
rendio judaica ao paganismo divorcista e recasamentista, tambm, flexibilizou seu
conceito de casamento indissolvel, e passando por cima do claro ensino bblico foi
Prfil Histrico Teolgico do Divrcio - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 12
progressivamente tolerando o divrcio e o recasamento at aceita-lo como uma
instituio crist. Essa prtica antibblica e anticrist, j est to solidamente
implantada no meio cristo, que falar de casamento indissolvel, de pecado e adultrio
em relao a divorciados e recasados, parece soar como legalismo, heresia e exagero
aos ouvidos dos cristos modernos.
A cultura divorcista e recasamentista alm de ser um dos grandes males, tambm,
um dos grandes sinais que caracterizam no s a paganizada, acomodada,
desmoralizada e falida igreja evanglica moderna, mas especialmente aponta para o
tempo do fim: casavam e davam em casamento.
Prfil Histrico Teolgico do Divrcio - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 13
O IMPACTO DEMOLIDOR DOS NMEROS DE
SEPARAES E DIVRCIO
Sobre a Sociedade, Famlia, e a Igreja
ESTATSTICAS CASAMENTOS E SEPARAES NO BRASIL
Os Nmeros Para o BRASIL
Colhidos nos tribunais de primeira instncia, os dados do IBGE de 1997 revelam as tendncias no pas.
De acordo com projees estatsticas, em 2000 houve 112.000 divrcios no Brasil. Quando essa quantia
somada ao nmero de separaes judiciais concedidas anualmente, cerca de 93 500, obtm-se uma
dimenso do total de casamentos encerrados nos tribunais: 205.800 num ano. As cifras permitem tambm
concluir que, de cada 100 unies oficiais no Brasil, nada menos que 28 se encerraram com a chancela da
Justia em 2000. Em 1984, eram apenas dez em 100. 3
O IMPACTO DEMOLIDOR DOS NMEROS - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 14
IMPACTO DEMOLIDOR SOBRE A SOCIEDADE
Especiamente sobre a sua Continuidade
De acordo com projees estatsticas, em 2000 houve
112.000 divrcios no Brasil.
93 500 separaes judiciais
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IMPACTO DEMOLIDOR SOBRE A FAMLIA
Especialmente sobre os Filhos
Logo abaixo, daremos uma citao respaldada por srias estatsticas que
mostram a fora destrutiva do divrcio na vida dos filhos ao longo de suas vidas, se
tornando um poderoso fator de desajuste da personalidade dos filhos, como um
grande impeclio ao sadio desenvolvimento do carter, e especialmente, pode
incapacitar para a constituio da prpria famlia, pelo fato de no mais confiarem
nas pessoas, pois foram trados em sua confiana pelos prprios pais, que s pensaram
O IMPACTO DEMOLIDOR DOS NMEROS - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 16
em si mesmos, abandonando-os a sua prpria sorte em uma idade que precisavam mais
do que nunca do seu apoio, segurana e exemplo.
Por isso, filhos de divorciados se tornam mais propensos ao fracasso no casamento
e ao divrcio, e por implicao, tambm fracassam na vida. Ainda, durante a
confeco deste estudo, fui informado do suicdio de uma bela jovem de
aproximadamente 20 anos, cujo histrico de vida exemplifica a citao abaixo, onde a
me separa-se do pai e vai viver com outro homem. Aquela jovem, aps anos de
decepo, solido e abandono dos pais, resolveu que no vale a pena viver, e tomou
veneno para rato e pos fim a uma existncia que teria sido diferente se seus pais
temessem a Deus.
Esse abandono sentido pela moa que se suicidou no foi financeiro, pois sua
famlia era de classe mdia, embora o caso de uma grande multido de filhos
divorciados pelos pais, seja, inclusive abandono, at no sentido de suporte financeiro,
porm, a fora da lei, tem forado a muitos pais continuaremm a dar uma penso para os
filhos, portanto, o mais doloroso e cruel abandono, que queremos frizar aqui a nvel
pessoal, espiritual, emocional e de uma relao significativa de amor. Leia a citao:
O que Deus espera dos seus legtimos obreiros e de todo crente que teme a Deus :
Aprendei a fazer o bem; atendei justia, repreendei ao opressor; defendei o direito do rfo,
pleiteai a causa das vivas. (Is 1:17)
O IMPACTO DEMOLIDOR DOS NMEROS - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 17
sendo que o primeiro itm, demolidor destas sociedades, exatamente, em suas palavras,
foi: Casamentos que perdem sua qualidade de sagrado frequentemente terminam
em divrcio, prosseguindo ele nomeia, como stimo fator demolidor da sociedade, o
seguinte: Crescente desejo de aceitar-se o adultrio, e aqui, acrescento, a aceitao
do adultrio motivado pelos recasamentos. Mas, adiante, o autor, destaca duas
mudanas que tm afetado drasticamente a vida familiar moderna: (1) Mudana de uma
nao rural para urbana; e (2) Desaparecimento da famlia tradicional. E
exatamente, no desaparecimento da famlia tradicional, que, o autor, novamente,
embora que, de modo indireto, aponta o divrcio como um dos elementos responsveis
pela desagregao social e familiar, citando como exemplo uma embaraosa situao
pastoral que ocorre com freqncia cada vez maior:
A famlia em meio a essas fustigaes, tem sido jogada de um lado para outro e sofrido as
conseqncias. Quantas vezes, pastor, voc j ouviu frases como esta: - No sinto mais nada por
minha esposa. Vou procurar outra pessoa que me supra emocional e fisicamente. 5
O Pr. Jaime Kemp, apesar de estar no meio neo-evanglico (em geral muitssimo
aberto na questo de divrcio e recasamento), sempre tem se mostrado muito bblico e
conservador nesta rea de famlia, e no pargrafo anterior, revelou, embora, que
inderetamente, mas o fez apropriadamente, as causas reais do divrcio e dos
recasamentos, como fruto de Humanismo, Secularismo, Materialismo, Hedonismo,
busca obsesiva de auto-realizao, e aquisio de bens, fatores estes, que quer operem
isoladamente, o que quase impossvel ou mesmo conjutamente, tem o poder, de
destruir completamente as famlias, desmoralizar a igreja, roubando-lhe a autoridade e
vigor para testemunhar, e finalmente, a demolio total da sociedade. Vejamos:
Estas duas mudanas [de uma nao rural para urbana e o
Desaparecimento da famlia tradicional], ocasionaram na prtica, um arrasto
de Humanismo (destronizao de Deus e entronizao do homem). Secularismo
(negao da existncia de Deus) e Materialismo. Tornando-nos uma sociedade que
busca obsesivamente a auto-realizao, o Hedonismo (busca do prazer) e a
aquisio de bens. 6
O Pr. Barbosa Ferraz em sua monografia sobre a famlia chama a ateno para o
fato de que no s a sociedade secular mas a prpria igreja, esto cooperando para a
destruio da famlia. Veja o que ele diz:
...importncia que possui a famlia ... alguns pressupostos: ela no fruto da
necessidade biolgica de perpetuar a espcie, nem somente a unidade econmica que sustenta os
indivduos e a sociedade, tampouco o meio mais efetivo de transmitir a cultura, muito menos o
resultado de um contrato social ou o produto natural de duas pessoas que se amam. A famlia
transcende a ns mesmos e tem origem no prprio Deus, comparando a famlia com o
relacionamento de Cristo com a igreja (Ef 5:32). ... a famlia no esta ligada simplesmente na
histria do homem, mas vai muito alm, ela nasce na criao. ... a famlia o primeiro projeto de
Deus para a vida do homem, e poderemos ento ver que fim ela esta tomando. ... e iremos notar
como ela esta sendo destruda, tanto na igreja como no mundo. Poderemos perceber como
este grande projeto de Deus esta sendo deixado de lado, e o caos que o mundo tem se tornado
por causa disso. ... Deus se preocupa tanto com a famlia, a relao que ela possui em si mesma,
a importncia que as Sagradas Escrituras do para ela, e como que ns estamos nos comportando
mediante a tudo isso. ... temos a obrigao de dar para a famlia o seu devido valor, e fazer de tudo
para resgat-la as suas origens. ... a importncia de uma famlia voltada a Deus, onde Ele o
cabea, para ento procurarmos salvar a famlia de um caos, pois com a desintegrao da famlia
o homem ir se perder cada vez mais, se afastando de Deus e do seu semelhante. 7
O IMPACTO DEMOLIDOR DOS NMEROS - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 18
de seus membros. Isso faz a igreja cair no mesmo abismo da sociedade sem Deus, o
caos familiar na igreja, o que lhe rouba a moral para testemunhar de uma nova vida em
Cristo, pois, se os que dizem pertecer a igreja e pertecer a sua membrasia, toleram
fornicao, gravidez fora do casamento, concubinato, divrcio, recasamento,
adultrio, homossexualismo, e todas as coisas que h no mundo, que mensagem esta
igreja pode ter para o mundo?
A cultura mundana est evangelizando e discipulando a igreja moderna,
dizendo-lhe o que ela tem de fazer para ser salva nos tempos modernos e como viver de
forma relevante. O que o que est acontecendo com a igreja moderna exatamente o
contrrio do que Deus determina como a sua misso: Evangelizar o mundo
cristianizando e transformando sua cultura em vez de ser transformada por ela. Citando
Sheler Jefrey, Richard L. Mauhue alerta para o processo de descaracterizao e
mundanizao do Cristianismo pela influncia da cultura mundana.
Sheler conclui que a cultura est abrindo caminho no Cristianismo, em
vez de o Cristianismo influenciar a cultura: Os crticos sociais nossa volta e a
conscincia dentro de ns indagam cada vez mais se perdemos nossa bssola
moral e renunciamos a nossa herana espiritual. 8
As obras ms da igreja devido a sua a infidelidade e amizade com o mundo
provam a sua f morta que a ningum pode dar vida e salvao. o Pr. Barbosa
Ferraz, tratando da situao famlia na igreja, deixou claro que a igreja est inundada
pelos mesmos problemas que esto destrundo a sociedade mundana e fez a seguinte
radiografia desta trgica situao:
Ao estudarmos a estrutura da famlia na igreja, percebemos ... que mesmo com
tanta informao, o nmero de mulheres (na realidade a maioria ainda adolescente ou
jovem) que casam grvida na igreja cada vez maior, tambm o nmero de separados,
ou de traio no casamento algo surpreendente. Isto ns vemos no apenas nos
membros de igrejas, mas o que mais assusta que nos ltimos anos o nmero de pastores
e lderes que caram em adultrio algo assustador e preocupante. A quantidade de
pessoas separadas ou amasiadas que entram para a igreja cada vez maior. Ao
olharmos os ltimos dez, vinte anos atrs, percebemos como a estrutura familiar decaiu
para um subnvel alarmante. O nmero de mes solteiras cada vez maior em nossas
igrejas, afetando assim a estrutura do adolescente ou jovem, que to cedo assume uma
grande responsabilidade de ser me. Isto ocorre porque muitos casais se envolvem um
com o outro apenas pela atrao sexual, ou pelo sexo em si, e no mais pelo amor e
compromisso, isto porque possuem medo de um relacionamento mais duradouro, pela
prpria insegurana em si e no companheiro. 9
Vrios estudiosos srios alertam para A CRISE SEM PRECEDENTES QUE AMEAA
MATAR A IGREJA CRIST ATUAL: (Redescobrindo o Ministrio John McArthur, Jr 25 CPAD)
Sheler Jefrey indaga ....se perdemos nossa bssola moral e renunciamos a
nossa herana espiritual.
David F. Wells denuncia ... a teologia estar desaparecendo na vida da
igreja e de alguns lderes estarem maquinando esse desaparecimento...
adorao vazia ... troca de Deus pelo eu como o objetivo central da f ...
pregao psicologizada que segue essa troca (de Deus pelo EU)... eroso das
convices ... pragmatismo gritante ... incapacidade de pensar de modo
incisivo sobre a cultura ... resvalo na irracionalidade...
George Marsden alerta os evanglicos contra as incurses do humanismo na
igreja. Ele conclui que: "enquanto os fundamentalistas e seus herdeiros evanglicos
levantam barreiras doutrinria contra o liberalismo teolgico, verses mais sutis de
valores subcristos semelhantes infiltram-se por trs de suas linhas".
O IMPACTO DEMOLIDOR DOS NMEROS - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 19
John MacArthur, Jr. - v a igreja tornando-se igual ao mundo. ... observa o
caminho paralelo e a distino comum da morte espiritual partilhada pelos
modernistas liberais de um sculo atrs com os evanglicos pragmticos de
hoje. Ambos tm averso doentia pela doutrina.
Os Guiness fornece vrias anlises investigativas da igreja e dos evanglicos
modernos . Ele associa a prostao de morte da igreja evanglica moderna aos
seguintes fatores: ... a secularizao da igreja, a idolatria e o movimento
moderno de crescimento da igreja, respectivamente.
Como ilustrao da tenso e crise mortal da igreja moderna que tem se
rendido ao humanismo e neo-paganismo da cultura ps-moderna, e que tem como
filosofia bsica do crescimento da igreja, o pragmatismo eclesistico e teolgico, onde a
igreja conformada ao pecador e ao mundo em vez de transform-los, e o ministrio
voltado para o consumidor e necessudades existenciais. Cito abaixo abaixo a concluso
sobre uma entrevista publicada na revista neo-evanglica, Christianity Today, com Bill
Hybels (uma das maores estrelas do movimento de crescimento da igreja). Richard L.
Mayhue diz sobre a entrevista:
A matria foi ocasionada pelo aumento de perguntas inquiridoras que outros
ministros estavam querendo fazer a esse pastor renomado (Bill Hybels), acerca
da base e do estilo de seu ministrio voltado para o consumidor. Muitos temem
que, se a prxima gerao tomar o caminho que hoje Hybels percorre, ser
levada ao mesmo destino a que chegou o movimento modernista no incio do
sculo XX. (a secularizao humanista e a morte da verdadeira espiritualidade10
Por isso, por amor a igreja do Senhor e para defend-la, destes ventos de
conduta mundana que entram na igreja como tempestade demolidora dos velhos mais
sadios costumes zelosos de pureza na igreja que num trabalho como este muito
difcil escrever sem dar exemplos e fazer juzo de valores quanto a prticas e
procedimentos que julgamos anti-bblicos, de colegas pastores e obreiros. Colegas, aos
quais, apesar das discordncias, amamos e temos em grande estima. Porm o seu
silncio sobre certas questes, ou at mesmo a defesa clara e aberta de outras, os faz
comear a defenderem mais tolerancia na igreja, e mais flexibilidade quanto aos
que podem se batizar e ser membros da igreja, e neste rol, se encontram
comportamentos, antes completamente inaceitveis pelos antigos padres de conduta
conservadores, tais como: fazer cerimnia de casamento (com vestiudo branco [simbolo
de virgindade], vu e grinalda) de jovens que fornicaram, batizar amaziados, aceitar
membros divorciados e recasados, inclusive em cargos de liderana, a penetrao
sorrateira da teologia feminista atravs da estranha figura das diaconisas, etc... .
Quero de antemo pedir, a esses caros irmos e colegas, que me perdoem, se no
meu deficiente e inadequado uso da palavra, vier, mesmo que indiretamente, a ferir e
magoar voc ou sua igreja. No a voc ou a qualquer pessoa que pretendo atacar, mas
ao divrcio, que Vicente Taylor chamou de uma ameaa pessoal e familiar, de
modo que, atacando o divrcio estou defendendo sua pessoa e sua famlia,
conseqntemente sua igreja.
Deus sabe, a quem invoco agora por testemunha do que estou a escrever, que no
tenho expressa intenso maligna de ferir e magoar a nenhum dos meus colegas de
ministrio. Como vocs tenho minhas, muitas, deficincias, sou inadequado e
desajeitado, e muitas vezes me supreendo como Deus pode usar algum, permitam-me a
palavra, to pattico, quanto eu. Mas, depois, reflito, e me regozijo, por perceber, que
Ele faz isso, para realar mais ainda a Sua glria, que realizar certas coisas,
exatamente atravs destes vasos desajeitados, insuficientes e inadequados (isso no
O IMPACTO DEMOLIDOR DOS NMEROS - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 20
complexo de inferioridade no, apenas, simples constatao da verdade).
E digo isso, no para chamar ateno para si mesmo, mas para responder a algum, que
me acusou de querer ser mais justo do que Deus, nesta questo de divrcio e
concubinato. Por isso, asseguro-lhes, na presena de Deus, que no me julgo melhor ou
mais justo do que qualquer um de vocs, ao contrrio, como me conheo bem e sei das
minhas fraquezas, prefiro crer e imaginar que todos vocs so muito melhores do que
eu, de modo, que no consigo, nem sequer, ser melhor do que os homens, porque teria a
pretenso de querer ser mais justo do que Deus?
Concluo a esta pequena amostragem do problemas que impactam negativamente a
igreja atravs dos divrcio e recasamentos, que roubam seu testemunho e vitalidade,
com uma boa descrio, feita pelo veterano, Pr. Gerson Rocha, acerca dos problemas
enfretados pela igreja, quando contrariando a Palavra de Deus, aceita os conceitos de
divrcio e recasamento para crentes.
Ficasse a Igreja Evanglica Bblica, na hiptese dessa conceo, com a pesada responsabilida-
de de averiguar e dicidir, num caso de infidelidade conjugal, quem seria ou quem no seria o cnju-
ge, inocente, estaria abrindo a porta para o surgimento de complexos e desconcertantes problemas,
entre os quais os seguintes:
1- O possvel surgimento de namoro (para no dizer inevitvel) de moas, rapazes e adultos
crentes com cnjuges TIDOS como inocentes
2o - Ter que aceitar cnjuges inocentes perante os homens, mas culpados perante Deus, de ex-
pedientes que fizeram um dos cnjuges cair em adultrio.
3 - A situao constrangedora de cnjuges divorciados e casados novamente, vivendo no seio
da igreja a que pertenam os antigos cnjuges dos quais se divorciaram.
4- Consentir na desesperada confuso mental e psicolgica de filhos, num lar onde o divrcio e
novas npcias fizeram infinitamente mais danos que um terremoto.
5 - A inevitvel tirania das lnguas, mormente numa cidade pequena, contra a igreja que aceita
o divrcio com contrao de novas npcias e o consequente namoro acima referido,
As infamantes diatribes por parte dos que se opem ao divrcio (no inquietantes, se o divrcio
fosse bblico) numa base religiosamente falsa, mas no bblicas, seriam demasiadamente penosos
para a igreja de Jesus.
6 - Outros problemas poderiam se juntar a estes para atormentar a igreja. Mas, por ltimo, cito
aquele que deve nos levar a profundas reflexes, antes de favorecermos o divrcio com novas np-
cias: O tremendo Ai de Jesus! .Ai do mundo, por causa dos escndalos; porque inevitvel que
venham escndalos, mais ai do homem pelo qual vem o escndalo (Mateus 18; 7).
Sim, o divrcio est ai, propondo-se a resolver problemas e conflitos domsticos, sem se impor-
tar com as solues de Deus. Dando origem, contudo, a problemas mais graves e a consequncias de
efeitos eternos, o divrcio um escndalo inevitvel para o mundo! S-lo-, tambm, para as igrejas
compradas pelo precioso sangue de Jesus? 11
O IMPACTO DEMOLIDOR DOS NMEROS - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 21
UMA PALAVRA AOS IRMOS NESTA SITUAO IRREGULAR,
PERANTE DEUS, SUA PALAVRA, E SUA IGREJA
Sei que h um grande nmero que se divorcia e recasa porque so crentes puramente
carnais, irregenarados, joio, e como denunciou Paulo: s se preocupam com as coisas
terrenas e cujo deus o prprio ventre, e cujo destino a perdio [ou endeusam seus apetites
e sensualidade]. So eles que so uma grande ameaa para a igreja do Senhor e que vo se
multiplicando com erva venenosa na Santa Seara do Senhor, de modo que se no forem
contidos, sufocaram a vitalidade de muitas igrejas, tornando-as infrutferas.
Porm, nesta, palavra inicial, no estou me dirigindo a estes, que vem o divrcio e
recasamento como sadas fceis e lcitas, e que so de fato a grande maioria dos crentes [S
Deus sabe mesmo se o so!!!] que se divorciam e recasam. So estes crentes professos, que
por causa de sua natureza inconversa e irregenerada, odeiam a mortificao da velha natureza e
a negao dos pecados que so frutos dela, usam o divrcio, como uma sada fcil dos
problemas conjugais, e uma oportunidade de partirem para novas aventuras conjugais. No, no
a esses, que me dirijo agora, a eles me dirigirei mais tarde, usando somente a Palavra de Deus.
Agora, dirijo-me a voc amado irmo, que, embora est divorciado e recasado, e que
independetemente da razo que o levou a entrar nesta difcil situao, ao estudar mais a sua
Bblia percebeu que Deus realmente odeia o divrcio e que para o Santssimo, todo recasamento
adultrio, e que a restaurao do casamento original, quando possvel, seria o certo a fazer, e
quando no possvel, adotar o chamado de Deus, para o celibato pelo Reino de Deus. E uma vez
concinte disto tudo, e porque temente a Deus, compreende que est entre duas difceis
alternativas somente:
(1) Fazer a vontade de Deus: Decidir viver em celibato pelo Reino de Deus, at que sua
situao seja biblicamente solucionada, ou seja, reconciliao com o cnjuge original, quando
isso for possvel ou viver sem companhia feminima at que o cnjuge do primeiro casamento
morra;
(2) Manter-se em rebelio contra a vontade de Deus: Decidir continuar vivendo e coabitando
sexualmente com a pessoa com quem casou aps divrcio, e arcar com as conseqncias
desta deciso, que biblicamente, significa viver continua e conscientemente cometendo
adultrio. (Quanto, ao tipo de adultrio cometido pelos divorciados e recasados e suas
conseqncias, v para o captulo III).
Portanto, amados irmos que se encontram nesta difcil situao, peo que vejam este
trabalho, no como um julgamento pessoal, ou como uma perseguio a nenhum divorciado ou
recasado, especialmente vocs que sinceramente desejam corrigir biblicamente esta situao. De
antemo me perdoe se este trabalho no alcansar o meu objetivo em relao a vos, que
sinceramente ajud-los a entender, do ponto de vista bblico, qual a sua situao e o que Deus
espera que seja feito. Eu mesmo, no sou nada e nem ningum para julg-lo ou absolv-lo. S
estou tentando sinceramente cumprir o meu dever de pregar todo o conselho de Deus, inclusive
aqueles assuntos que me so particularmente dolorosos, como o caso deste.
Mesmo que , as pessoas divorciadas e recasadas estejam na mesma classificao bblica e
so passveis do mesmo tipo de disciplina e destino, caso no se arrependam biblicamente,
porm, eu pessoalmente fao uma diferena entre os divorciados e recasados que esto na igreja,
e pelas suas reaes a Palavra de Deus, podem ser divididos entre mpios e aqueles que ainda
mostram temor a Deus. O grupo mpio, o mas danoso para a igreja, mostram que esto nesta
situao porque so de fato irregenerados, joio e fermento pervertedor dos santos, e evidenciam
isto na sua constante tentativa de a todo custo, forar a Bblia a apoiar o seu pecado. O outro
grupo, embora, em termos de disciplina e destino so iguais ao outro grupo, se diferencia dele
na atitude quanto a Palavra de Deus, pois aceitam plenamente o ensino bblico sobre a sua
situao, e sabem, que a continuarem indefinidamente em seu pecado, no tero um destino
melhor do que os mpios mencionados acima.
Ambos os grupos de divorciados e recasados, tanto os mpios que se dizem evanglicos,
como os que ainda mostram temor a Deus, so passveis da disciplina de excluso do rol de
membros da igreja, at que sua situao seja bblica e definitivamente resolvida. Outra diferena
UMA PALAVRA AOS IRMOS - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 22
entre a disciplina de excluso dos recasados mpios e os recasados que temem a Deus, est na
questo da esperana de restaurao. A disciplina dos mpios uma punio para o seu erro,
para que sirva de exemplo para que haja pureza na igreja e outros no caem no mesmo erro por
seguir o seu exemplo. No caso deles, alm da purificao da igreja, almeja-se a sua converso,
que possvel, mais remota. Para o grupo que teme a Deus, a disciplina se reveste de mais
esperana no sentido de restaurao dos mesmos, ou seja, de deciderem obedecer
incondicionalmente o que Deus exige. Por isso a necessria disciplina de tir-los do rol de
membros, vai muito alm da punio exemplar, mas visa cima de tudo a restaur-los e a
despert-los para a terrvel situao em que se encontram, e pression-los pelo bem de sua alma
a no descansarem enquanto no conseguirem obedecer a vontade de Deus.
O CONCEITO BBLICO DE ARREPENDIMENTO (METANIA)
No existe na Bblia boas novas para pecadores impenitentes
A ordem de Deus para os adlteros que se arrependem, ou seja, deixem de adulterar, o
que implica em separar-se da pessoa com que comete adultrio.
O conceito bblico de arrependimento (metania) mudana bblica na maneira de
pensar, sentir e se comportar, em sntese, mudana na maneira de viver, que implica em real
abandono do pecado.
No Velho Testamento
- Arrependimento era sinnimo de converso, que nada mais do que, confessar e deixar o
pecado. (Is 55:7; Jr 12-14; Ez14:6, 7; Jl 2:12, 13;
No Novo Testamento
- O Arrependimento que s reconhecimento (confisso) e tristeza pelo pecado e no
abandono do pecado chamado na Bblia de Remorso, o mesmo sentido por Judas (Mt
27:3);
- O Arrependimento autntico (metania) muitissimamente mais que confisso e tristeza
pelo pecado. Muitos alcolatras, prostitutas, homossexuais, e at Judas Iscariotes tm
chegado a reconhecer e lamentar seu pecado, no entanto, como Judas, o alcolatra no
deixa a garrafa, a prostituta no deixa o bordel e nem o homossexual os atos
homossexuais.
- O genuno arrependimento bblico faz uma mudana bblica completa no arrependido.
Muda sua mente, suas emoes e decises. A prova deste arrependimento que o
alcolatra deixa a garrafa, a prostituta deixa o bordel, o adltero deixa a pessoa com quem
adltera. (Mt 4:17; At 2:38; 5:31; Rm 2:4; Ap 2:5)
- O genuno arrependimento pode ser ilustrado pela atitude do filho prdigo que provou
seu arrependimento por separar-se da vida pecaminosa para a qual tinha se desviado (Lc
16).
O tipo de adultrio dos recasado igual a qualquer adultrio. Adultrio (do gr. moiquia)
o nico nome para o tipo de pecado cometido por pessoas casadas que fazem sexo fora do
casamento. A palavra grega moiquia traduzida por adultrio palavra usada para classificar
pessoas recasadas aps divrcio, tambm palavra para classificar a mulher surpreendida em
adultrio e tambm para classificar aqueles que no iro herdar o Reino dos Cus.
Enquanto o cnjuge do primeiro casamento for vivo e os recasados continuarem fazendo
relaes sexuais, tambm continuam em adultrio, ou seja, o seu arrependimento semelhante
ao remorso de Judas Iscariotes, reconhecem que esto pecando, mas gostam demais do pecado
para deixa-lo;
No existe na Bblia boas novas para pecadores impenitentes ou que endurecidos de
corao se negam a se arrependerem genuinamente. Muitos esto brincando com o adultrio do
recasamento aps divrcio. Achando que esse negcio de que os adlteros vo para o inferno
coisa de pastores contrrios ao divrcio e ao recasamento. A Bblia suficientemente clara em
dizer que os adlteros no tero parte no Reino de Deus. (I Co 6:9-10).
UMA PALAVRA AOS IRMOS - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 23
PRESSUPOSTOS OU BASES DESTE ESTUDO
1o PRESSUPOSTO O Deus da Bblia existe, Ele PESSOAL, Criador, Soberano,
Legislador, Redentor e Juiz do Universo. Por isso, como um ser Pessoal, seu
relacionamento conosco primariamente a nvel pessoal, baseado em amor.
Como Criador, estabeleceu objetivos especficos paras as criaturas a quem criou;
Como Soberano Absoluto do Universo exige obedincia de Suas criaturas; Como
legislador estabelece leis para que o Universo no se torne um caos; Como Juiz aje com
justia perfeita castigando os que desafiam a Sua Pessoa e s Suas Leis; Como Redentor
prover por Sua Graa e somente, segundo a Sua Misericrcia, estabelece o meio de
redeno aos que esto sob a condeno do Seu justo juzo.
a) Como um Ser PESSOAL o propsito bsico de Deus em criar outros seres
pessoais Desevolver um relacionamento pessoal com os anjos e os homens
onde a comunicao ou comunho entre criatura e criador possa ser o ponto
mais exaltado e realizador na existncias desses seres pessoais, para os quais a
suprema felicidade exatamente a presena e comunho com o Seu Criador,
a quem amam acima de Tudo. Da parte de Deus h o prazer Divino de ter
comunho com aqueles que entendem a Sua Magestade, Beleza, Justia e
Amor. Portanto, o duplo propsito de Deus ao criar seres pessoais foi:
(1) Relacional Desde o princpio o alvo de Deus ficou evidente, quando
todas as tardes, antes da queda, vinha se encontrar com o homem. Aquele
encontro de Ado com Deus era a prpria essencia da razo por que Deus
criou o homem. Por isso, o relacionamento com Deus era primeiramente
pessoal e somente depois legal. Deus estabeleceu relao com Ado e
somente depois, criou uma nica lei. Aqui est o prprio cerne da vida
espiritual. Ser espiritual em se relacionar bem com o Criador. fazer como
Enoque que andou com Deus. Esta frase, andar com Deus muitssimo
significativa, e vai muito alm, do que o relacionamento legal, em que
algum anda com o outro baseado em algo fora de si mesmo, uma lei.
Andar com Deus ser guiado por uma fora maior que uma lei exterior,
ser guiado por um corao que prazeirosamente se d ao Amado. Por
isso, Deus, sem maiores cerimnias, diz o que quer de ns: Filho meu,
d-me o teu corao.
(2) Comunicativo Deus fez o homem para reagir a Sua Pessoa e Magestade
com a mais perfeita forma de comunicao entre a criatura e Seu criador: a
adorao de alma e o louvor de corao. exatamente isso que define todo
o propsito da existencia humana: criados para o louvor da Sua glria.
Qualquer coisa menor que isso faz o homem fugir da sua razo de viver.
Sim, Ele, a nossa razo de viver. Ele deve ser a nossa paixo maior,
diante da qual tudo pode ser desprezado, se nescessrio for. Por isso, Ele,
sem nenhum cerimnia nos diz que se estivermos prontos a aborrecer
qualquer outro amor em favor dEle, e somente dEle, no somos dignos de
ser seus discpulos. que cada um de ns vivessemos esta realidade em
sua plenitude. Que paz! Que doura de alma! Que realizao! Que vitria!
Am-lo de todo corao, alma, entendimento, fora. Pois somente Ele
digno de todo louvor, honra, glria e fora. Aleluia! Aleluia mil vezes.
PRESSUPOSTOS OU BASES DESTE ESTUDO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 24
b) Como SOBERANO e CRIADOR criou 3 tipos de seres:
(1) Impessoais - Animais incapazes de um relacionamento pessoal e
relacional. So guiados pelo instinto. No tm responsabilidade. No tm
de prestar contas. No tm um destino eterno. A morte o fim.
(2) Pessoais Anjos. Dotados com capacidade para relacionamento pessoal,
racional e responsvel. Tm responsabilidade. Tm de prestar contas. Tm
um destino eterno. No morrem.Propsito de sua criao: Servir e adorar
eternamente o seu Criador e gozar perpetuamente sua presena .
(3) Pessoais Homens. Dotados com capacidade para relacionamento pessoal,
racional e responsvel. Tm responsabilidade. Tm de prestar contas. Tm
um destino eterno. A morte no o fim. Propsito de sua criao: Servir e
adorar eternamente o seu Criador e gozar perpetuamente sua presena .
PRESSUPOSTOS OU BASES DESTE ESTUDO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 25
pureza da igreja, mas sabem que isso no pode ser feito sem a disciplina ou
punio dos que promovem o pecado no meio do povo de Deus.
Os termos castigo e disciplina vistos apenas pelo lado negativo, por
isso, imediatamente mau visto, e chaga-se a pensar logo em legalismo, falta
de amor, e criatividade ou naquele jeitinho de fazer vista grossa ao pecado.
Por isso, o mundo tem entrado por uma porta da igreja e a santidade tem
sado pela outra. Daniel E. Wray descreveu bem este mau cancergino que
consome a vitadde da igreja moderna:
Constitui um fato irnico que essa rejeio da disciplina seja freqentemente justificada em
nome do amor cristo. Quando o apstolo Joo escreveu, exortando que nos amssemos uns aos
outros, tambm escreveu: "E o amor este, que andemos segundo os seus mandamentos" (II
Joo 5 e 6). Conforme verificaremos, o exerccio da disciplina eclesistica uma ordem baixada
pelo Senhor da Igreja. Quando essa disciplina apropriadamente executada, trata-se de uma
profunda exibio do amor cristo. Em outras palavras, o verdadeiro amor cristo no ousa
ignorar o uso das vrias modalidades de disciplina, sempre que essas outras formas sejam
aplicveis. O amor necessariamente afronta o pecado que h em ns mesmos ou em nossos
irmos. Assim como ningum poderia ver amor em um pai que v o seu filho andar livre para o
infortnio sem det-lo, tambm ningum pode ver amor em um cristo que v um irmo em Cristo
prosseguir para um caminho de pecado sem confront-lo. Se quisermos ser testemunhas das
bnos de Deus em nossas igrejas locais, essencial que comecemos a agir de conformidade
com a Palavra de Deus. Ele nos disse como nos devemos conduzir ". . . na casa de Deus. . ." (I
Timteo 3:15 ). No devemos voltar a nossa ateno para o mundo, em busca dessa orientao. Se
tivermos de pr em prtica o amor cristo, ento ser necessrio pormos em prtica a disciplina
da Igreja. 12
Por sua vez, o comentarista Bblico Leon Morris, chama a ateno para o
fato, de que castigo ao pecado algo bblico e no legalstico.
Em todas as partes da Bblia h a insistncia de que o pecado deve ser castigado. No final,
Deus cuidar para que isso seja feito, mas temporariamente a obrigao recai sobre as pessoas
em posio de autoridade no sentido de providenciarem o castigo dos malfeitores. Alex talionis, de
Ex 21. 23-25, no a expresso de um esprito vingativo. Pelo contrrio, assegura uma justia
eqitativa (os ricos e os pobres so tratados da mesma maneira) e uma penalidade em proporo
ao crime.
Duas consideraes importantes emergem do uso lingstico no AT. O verbo usado no
sentido de "castigar" pqad, que significa "visitar". Basta Deus entrar em contato com o pecado
para ocorrer o castigo. Dos substantivos usados, a maioria simplesmente de palavras referentes
ao pecado. O pecado necessria e inevitavelmente envolve o castigo. 13
PRESSUPOSTOS OU BASES DESTE ESTUDO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 26
graa, que reala no s o poder da graa para salvar, mas tambm para santificar.
Romanos 6:
[1] Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graa mais abundante?
[2] De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, ns os que para ele morremos? [6]
sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado
seja destrudo, e no sirvamos o pecado como escravos; [7] porquanto quem morreu est justi-
ficado do pecado. [5] E da? Havemos de pecar porque no estamos debaixo da lei, e sim da
graa? De modo nenhum! [16] No sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para
obedincia, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obe-
dincia para a justia? [17] Mas graas a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo,
viestes a obedecer de corao forma de doutrina a que fostes entregues; [18] e, uma vez li-
bertados do pecado, fostes feitos servos da justia.
PRESSUPOSTOS OU BASES DESTE ESTUDO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 27
Outro tipo de tica ou forma de obedecer a Deus, largamente usada nas igreja
modernas, a chamada tica SITUACIONISTA. Esta tica tem um nome muito
sugestivo, que por si mesmo, j diz o que ela faz e significa. A tica situacista a tica
que muda conforme o caso ou a situao. Por isso, que a maoria dos pecados deixaram
de ser pecados por si mesmo e passaram a ser uma questo do caso ou a situao a que
esto relacionados. tambm, por isso, que muitos pastores, que nunca gostam de se
posicionar, saem logo com a expresso: dependende do caso ou da situao.
Uma variao das ticas humanistas, j mencionada, a teleolgica, baseada nos
resultados das aes, e situacionistas, baseada na situao, a tica HIERRQUICA
de Norman Geisler, que estabele uma perigosa e subjetiva hierarquia de verdades, onde
no final das contas, a deciso ser feita no que realmente bblico, mas, mesmo que
uma coisa seja pecado, pode ser tolerada se vier a benefiar ou fazer um bem maior a um
grande nmero de pessoas, uma variao da materialista tica UTILITRIA, onde
uma coisa mesmo errada poderia se tornar certa, de pudesse ser feita de modo a se
tornar til ou trazer benefcios para a sociedade.
Essa a situao trgica da igreja moderna, que abandonou o conceito divino de
VERDADE ABSOLUTA, que no nunca, e caiu no RELATIVISMO EM
RELAO A VERDADE, ou seja, onde a verdade deixou de ser verdade por Si
mesma. Para a igreja moderna, a verdade passou a depender dos resultados, da situao,
do caso, do benefcio imediato que possa trazer e quase nada pode ser definido
simplesmente com a Bblia. A realidade nua e crua que para muita gente, apesar de se
dizerem biblicistas e alguns at se dizem fundamentalistas bblicos, a Bblia e os
Absolutos Divinos tornaram-se obsoletos e descartveis, e como dizia Caio Fbio, entra
na histria s para amarrar a pontas, ou, melhor dizendo, o contedo bblico passa a ser
interpretado pela situao, pelos impulsos que a pessoa tem, pelas normas sociais, pela
cultura, pela poltica, etc...
O TRGICO RESULTADO DE SE ABANDONAR O ASPECTO ABSOLUTO
DA PALAVRA DE DEUS.
1 o) A OBEDINCIA A VERDADE TORNA-SE FACULTATIVA E RELATIVA
Para muitos o conceito de obedincia passou a ser um conceito legalista.
como se para Deus provar que ama o pecador e que a oferta de Sua graa genuna
deveria deixar o pecador fazer o que quisesse, e que impor constrangimentos vontade
do pecador seria legalismo. por conceitos como este, que transformam a graa divina
em libertinagem, que muitos que se dizem cristos esto descendo pelo ralo do mundo.
Amor e obedincia so dois conceitos que se entrelaam em toda Bblia. Nosso
Senhor Jesus Cristo foi muito claro em seu conceito de amor: Aquele que tem os meus
mandamentos e os guarda, esse o que me ama; e aquele que me ama ser amado por
meu Pai, e eu tambm o amarei e me manifestarei a ele. (Joo 14:21). Se guardardes
os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como tambm eu tenho
guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneo. (Joo 15:1). Por
isso, para os santos, especialmente, os santos do Novo Testamento, obedecer um ato
de amor, embora, exija sacrifcios e renncias pessoais, como o trabalhar de Jac por
Raquel, o pesado se torna maneiro, o doloroso se torna prazeiroso, o sacrifcio se torna
um ardoroso tributo de amor. Tambm dizer como Paulo:
Em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha
carreira e o ministrio que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da gra-
a de Deus; Porquanto, para mim, o viver Cristo, e o morrer lucro; Sim, deveras
considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus,
meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para
ganhar a Cristo e ser achado nele, no tendo justia prpria, que procede de lei (lega-
PRESSUPOSTOS OU BASES DESTE ESTUDO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 28
lismo), seno a que mediante a f em Cristo, a justia que procede de Deus (santida-
de), baseada na f; para o conhecer, e o poder da sua ressurreio, e a comunho dos
seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, alcan-
ar a ressurreio dentre os mortos. (At 20:24; Fp 1:21; 3:8-11).
PRESSUPOSTOS OU BASES DESTE ESTUDO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 29
mas carnalmente fastiosa, em seu sofisticado hedonismo, nem sequer percebe o que
lhe faz tanta falta, a melhor parte, Ele mesmo. Finalmente, rogo humildemente, a
meus amados colegas de ministrio e toda a igreja de Cristo, formada por aqueles, que
desejam se preparar e ajudar a igreja do Senhor para o glorioso dia do arrebatamento,
que escutem este alerta, e de minha parte dar-me-ei por agraciado por Deus se
contribuir, nem que seja com a menor parte, na preparao (nutrio, purificao e
embelezamento) da noiva do Senhor para o dia glorioso das bodas celestiais.
A ordem de Deus para todos os salvos do VT: Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu
sou o SENHOR, vosso Deus"; A ordem de Deus para todos os salvos do NT: Porque escrito es-
t: Sede santos, porque eu sou santo; O plano eterno de Deus para todos os salvos: ...os pre-
destinou para serem conformes imagem de seu Filho...; O alvo de todo crente sincero: ... ple-
no conhecimento do Filho de Deus, perfeita varonilidade, medida da estatura da plenitude de
Cristo. (Lv 20:7; 1 Pe 1:16; Rm 8:29; Ef 4:13).
PRESSUPOSTOS OU BASES DESTE ESTUDO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 30
Esprito s ser produzido por Ele mesmo. A parte enganosa que o crente nada tem a
fazer no que concerne a prpria santificao.
A verdade completa que pelo lado Divino temos a obra do Esprito Santo
restringidora do pecado e fomentadora do bem, o que poderamos chamar de obra divina
na santificao, a qual, sem ela, o crente se torna apenas um miservel legalista. Pelo
lado humano, temos a obras produzidas pela f salvadora genuna, sem estas obras
santas, aquele que se diz crente, se engana, pois a f que ele diz t-lo salvado uma f
morta que a ningum pode salvar.
De modo que, o conceito bblico de salvao pela graa implica em santificao
ativa por parte do salvo. Essa santificao ativa evidencias por esforo consciente do
crente que colocando-se inteiramente na depencia dos recursos da graa Divina, no
sentido positivo, decide usar consciente e de modo perseverante os meios da graa
educadora de Deus tais como: Leitura diria e perseverante da Bblia; Orao de entrega
de cada coisa nas mos divinas com atitude de plena conformao com a resposta e
vontade Divinas; Louvor e aes de graas contnuas em cada situao; Servio
abudante, perseverante e frutfero no discipular os crentes e evangelizar os perdidos; No
sentido negativo, o exerccio da santificao ativa requer resoluta e incondicional
tomada da cruz, onde o exerccio da mortificao da carne e despojamento do egosmo
se tornam um estilo de vida motivado pela genuna piedade e no atos legalsticos feitos
esporadicamente.
De modo que, o referencial da conduta crist ou adequada aos santos, no
uma coleo de regras e leis a que se tem de penosamente se submeter para agradar a
um Deus irado. O relacionamento entre o homem e Deus, mesmo que tenha de ser
regulamentado por regras, princpios e leis, um relacionamento no legal ou baseado
no que se obedece ou se deixa de se obedecer, mas, num relacionamento pessoal de
amor que deseja ser o motivo da alegria do amado, e para isso, no mede esforos e
nem custos para agrad-lo conforme o seu carter, gosto e desgostos.
E exatamente essa a milagrosa e infinitamente poderosa obra da graa de Deus
em Cristo, nos fazer morrer para o pecado e para a lei, no sentido de mudar a inclinao
de nossa alma para nos relacionarmos com Ele baseados em um amor que deseja em
tudo agradar-Lhe, e por ter o Seu Esprito Santo habitando em si, no consegue mas se
deleitar no pecado, mas sofre dores na alma ao comet-lo, no por est ferindo a um frio
cdigo de leis, mas por est ferindo O amado, aquele que digno de todo louvor, honra,
fora, dignidade, tudo.
PRESSUPOSTOS OU BASES DESTE ESTUDO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 31
CAPTULO I ANLISE DOS TEXTOS BBLICOS
SOBRE O CASAMENTO
A Bblia contempla o casamento como uma instituio criada e validada por Deus e no
pelo homem, o qual, no mximo, pode dar reconhecimento jurdico-social as leis que Deus
estabeleceu na revelao de Sua Palavra. Por isso, quando h conflito entre a lei de Deus e as
convenincias das leis humanas, a opo clara para quem realmente cristo se posicionar
incondicionalmente ao lado da vontade de Deus revelada em sua Palavra. No d para servir a
dois senhores, o homem e a Deus, as leis divinas e as leis humanas.
Observao: Tendo em vista o zelo e fidelidade nas interpretaes bblicas, todas as tradues
e definies lxicas e etimolgicas de termos hebraicos e gregos, quando no forem citadas
outras fontes e autoridades nas lnguas originais, foram estradas do lxico de Strongs na
Bblia Online.
CAP I - TEXTOS BBLICOS SOBRE O CASAMENTO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 32
OS PRINCPIOS BSICOS DA LEI UNIVERSAL E ETERNA DO CASAMENTO
PROMULGADA DEFINITIVAMENTE EM GNESIS
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e sobre todos os rpteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem sua
imagem, imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. ... Viu Deus tudo
quanto fizera, e eis que era muito (dam -med muito, excessivamente) bom (bwj
tb bom, o melhor, belo, precioso, favorvel, alegre, prspero. ).
Gn 2:7- Ento, formou (ruy - yatsar modelou, agiu como ceramista ou oleiro,
tornou, elaborou) o SENHOR Deus ao homem do p da terra e lhe soprou nas na-
rinas o flego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.
Gn 2:7- ... da rvore do conhecimento do bem e do mal no comers; porque, no
dia em que dela comeres, certamente morrers.
2a) Dar nome a todos os animais criados era uma tarefa colossal e
que exigia uma grande inteligncia. A capacidade intelectual de Ado podia
ser usada ao nvel mximo antes da queda, por isso a tarefa lhe seria normal;
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3a) Dar nome exige estudar o objeto a ser nomeado, fazer
comparaes. Enfim, fazer uma anlise inteligente que ligasse o animal ao nome
que lhe fosse dado;
A profunda anlise que Ado deve ter feito de todos os animais para ento dar-lhe
nomes, trouxe-lhe perplexidade, pois, percebia que apesar de todos os animais serem
maravilhosos, nenhum deles era adequado como uma companhia idnea, ou algum,
com quem pudesse compartilhar sua vida.
- Kidner tenta interpretar o que realmente causava o vazio produzido em Ado ao
perceber sua carncia de uma auxiliadora idonea: ...amar, dando-se a um ser do seu
nvel. Assim a mulher apresentada integralmente como sua associada e sua rplica.
15
Outra coisa que Ado, muito mais inteligente que ns, deve ter percebido, que
se no meio de todos os seres criados no se encontrava a sua auxiliadora idnea,
somente Deus podia dar-lhe a companheira, cuja falta, lhe causava tanta solido.
Gn 2:21a Ento, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem,
Deus diz que aos que confiam no Senhor, Ele supre as suas necessidades at
enquanto dormem (Sl 127). Aqui um exemplo. Para os que se sentem solitrios no h
razo para desespero e atos desatinados de tentar suprir a solido de qualquer jeito.
Quando as coisas so da vontade de Deus, no necessrio se violentar nenhum
mandamento da lei divina para ter nossa carncia suprida. Ado poderia ter usado vrios
mtodos de suprir suas carncias afetivas e hormonais, utilizando-se de auto-erotismo
ou at mesmo bestialidade, no entanto, vemos que Ado, embora perplexo por no
conseguir encontrar uma companheira, decidiu esperar em Deus, e no tempo prprio,
no sabemos quanto tempo durou para Ado dar nomes a todos os animais da terra, aves
dos cus e seres aquticos, talvez muito tempo em que teve de curtir dolorosa solido, o
que sabemos que durante todo esse tempo ele no foi acusado de ter cometido nenhum
ato que desagradasse a Deus.
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Gn 2:21b e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne.
Deus poderia ter feito a mulher de uma grande variedade de materiais disponveis
aps a criao, porm, Deus fez questo que ela fosse feita de um pedao do homem,
pois somente assim ela poderia ser uma extenso ou complemento perfeito do homem.
- Outra verdade a se salientada aqui que apesar da mulher ter sido criada aps o
homem, e como um complemento para ele, e como Paulo disse, que a mulher a glria
do homem, o fato de ter sido tirada da costela (o lado, representando companheirismo e
igualdade de dignidade) e no dos ps (inferioridade) ou da cabea (superioridade),
levou Paulo, a declarar que a posio ou status da mulher de uma companheira no
mesmo nvel de valor pessoal e dignidade do homem.
I Co 11:7-9 Porque, na verdade, o homem no deve cobrir a cabea, por ser ele
imagem e glria de Deus, mas a mulher glria do homem. Porque o homem no
foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem. Porque tambm o homem no foi
criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem.
I Co 11:11-12 No Senhor, todavia, nem a mulher independente do homem, nem o
homem, independente da mulher. Porque, como provm a mulher do homem, assim
tambm o homem nascido da mulher; e tudo vem de Deus.
Gl 3:28 Dessarte, no pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem
homem nem mulher; porque todos vs sois um em Cristo Jesus.
Algum pode dizer que estou tentando criar uma interpretao romntica ou irreal
desta passagem em gnesis, ao dizer que a mulher foi criada para ser uma extenso do
marido, porm, o apstolo Paulo disse exatamente isso, quando afirmou, que o homem
que ama a sua esposa ama a si mesmo. Isso impressionante, a tal ponto, que Paulo v
esta fantstica unio entre marido e mulher, como um dos mistrios da Bblia, ou seja,
est entre aquelas coisas reveladas por Deus, em que entendemos at certo ponto, e
daquele ponto em diante, temos de aceitar porque Deus revelou, embora no
entendamos bem. Paulo usa a mistriosa unio entre o marido e a esposa para ilustrar a
igualmente misteriosa unio entre Cristo, o esposo, com sua esposa a igreja.
Ef 5:28-32 - Assim tambm os maridos devem amar a sua mulher como ao prprio
corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ningum jamais odiou a pr-
pria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como tambm Cristo o faz com a igreja;
porque somos membros do seu corpo. Eis por que deixar o homem a seu pai e a sua
me e se unir sua mulher, e se tornaro os dois uma s carne.Grande este mist-
rio, mas eu me refiro a Cristo e igreja.
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Quando Deus terminou essa nova criao, Ele a deu em casamento ao seu marido,
estabelecendo assim a eternamente significativa instituio do casamento. Uma vez que
o Criador institui o casamento, este constitui um relacionamento sagrado do homem
com a mulher, envolvendo profundo mistrio e proclamando sua origem divina. O
amaroso corao de Deus sem dvida se regozijou com a instituio de um
relacionamento que devia ser sublime, puro, santo e agradvel . 16
Gn 1:27-28 Criou Deus, pois, o homem sua imagem, imagem de Deus o criou; homem e
mulher os criou. E Deus os abenoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a
terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos cus e sobre todo a-
nimal que rasteja pela terra.
g) Enfim, a Bblia condena tanto por mandamento como por princpios, toda
forma de expresso sexual fora do estado indissolvel, abenoado e selado por
Deus, o casamento monogmico e heterosexual.
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O criador estabeleceu base completa para o casamento monogmico. Rashi o grande
comentador hebreu, declara que estas palavras so um comentrio especfico do
Esprito Santo. O comentrio final sobre a unio de marido e mulher foi feito por nosso
Senhor, quando disse: Por isso deixa o homem a seu pai e sua me, e unir-se-a a sua
mulher. E sero os dois uma s carne; e assim j no so dois, mas uma s carne.
Portanto, o que Deus ajuntou no o separe o homem (Mc 10:7-9). Deus planejou que
os laos do matrimnio deveriam ser terminantemente indissolveis. Se une (deibaq)
significa colar-se a sua esposa. A palavra mulher est no singular. O homem, que
o mais forte de uni-se a ela. A esposa ficar segura ao marido...o que Deus ajuntou
no o separa o homem. Esta uma declarao antiga, mas verdadeiramente a
palavra de Deus para todos os coraes da atualidade e para sempre. 17
Ado aps ver o que Deus tinha criado como sendo a auxiliadora idnea
que de fato, seria o complemento perfeito para uma unidade conjugal,
simplesmente deslumbrado, bradou triunfante, que tinha afinal encontrado a
sua outra metade, ou a extenso de si prprio: osso dos meus ossos e carne
da minha carne.
baseado neste texto que Nosso Senhor Jesus, fala do matrimnio como
algo que Deus uniu. Neste ponto, gostaria de ilustrar a unidade matrimonial
com as peas de um quebra cabea que embora de aparencia diferentes e
outras apenas parecidas, todas elas se encaixam perfeitamente formando uma
unidade, uma nica figura. As muitas peas parecidas, s podem ser
encaixadas nos lugares certos. Assim com os cnjuges aps o casamento,
cada um representa a metade de um quebra-cabea, e que somente os dois
podero completar a imagem da unidade conjugal definida e selada por Deus
no dia em que se comprometeram atravs da aliana matrimonial.
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testemunhada por Deus, na qual Deus cumpre o seu propsito
original de que um homem e uma mulher se tornem uma unidade
indissolvel para constituir uma famlia legtima, base nica da
estabilidade da sociedade.
Gn 2:24 - Por isso... o homem ... se une (deibaq colar-se a) sua mulher.
Malaquias 2:14 - se refere ao casamento como uma aliana - "E perguntais: Por que? Porque o
Senhor foi testemunha da aliana entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste
desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliana".
Ainda, o casamento indissolvel pela prpria natureza da unio que liga marido e
mulher, que no pode ser desfeita, porque essa unio quando foi feita por Deus, uma
parte passou a ser da outra, como se a outra fosse um pedao de si mesmo, de modo,
que separ-las seria igual, a arrancar um rgo do prprio corpo de cada um deles. De
modo, que cnjuges separados so de fato cnjuges mutilados ou violentados em suas
personalidades, existncia e posio perante Deus. Sobre o fato, de Deus ter provido
para Ado um ser da sua mesma substncia, prova que ele deseja que os dois fossem
uma unidade inseparvel. Sobre a substancia de Ado e Eva, Derek Kidner afirma:
...uma auxiliadora idnea...pelo fato de que Eva da mesma substncia essencial de
Ado, sendo contudo um ser inteiramente novo. 18
a) Aliana o termo Bblico que descreve a relao homem e Deus no processo de salvao.
Tambm, tornou-se um instrumento para firmar as condies dos relacionamentos
humanos dentro de certas situaes:
(1) A aliana entre um Soberano e outro rei debaixo de sua autoridade. Na
antiguidade eram chamados de tratados de Suzerania, onde um soberano impunha
as condies de relacionamento com o rei vassalo.
(2) As alianas dos tratados de suzerania no podiam ser quebradas sem atrair
penalidades severas do rei suzerano sobre o rei vassalo e sei povo.
b) A Bblia ensina claramente que a aliana do casamento mais que uma alianca entre
marido e mulher, mas uma aliana chamada em provbios de a aliana com Deus, e
neste texto, que Deus, chama de adultria a mulher que se divrcia deixando o amigo da
sua mocidade. Veja esta sria advertncia de Deus aos que se deixam levar pelas palavras
lisongeiras dos divorciados:
Pv 2:16-7 para te livrar da mulher adltera, da estrangeira, que lisonjeia com
palavras, a qual deixa o amigo da sua mocidade e se esquece da aliana do seu Deus;
c) Para os que escolhem entrar neste estado, desde que o casamento uma concesso e no
uma obrigao, uma aliana imposta pelo Soberano Deus sobre o seu o homem, que
seu vassalo ou servo, de modo, que o vassalo no pode quebrar esta aliana, e se tentar
faz-lo, o mximo que conseguir desagradar o seu Soberano atraindo suas maldies.
d) Quando algum entra numa ALIANA INCONDICIONAL (aquela que Deus diz que nenhum
homem pode quebrar tem de ser levada a efeito at o fim da vida. Esse o carter
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bblico da aliana do casamento, um carter incondicional, aos que Deus uniu no o
separe o homem.
e) De modo que, quem consente em entrar na aliana matrimnial, mesmo que o faa por
ignorncia ou na poca de descrentes, de fato assume um compromisso inescapvel. A
Bblia fala que Deus fez uma aliana conosco. E essa aliana um vnculo inquebrvel
com Deus. Deus no quebra aliana e no nos permite quebr-la tambm. Quando algum
que est em aliana com Deus desobedece e no aceita as condies estipuladas por esta
aliana, a conseqncia a maldio, mas Deus no quebra Sua aliana.
- O casamento uma aliana, e por isto no podemos trat-lo a nosso prprio gosto.
- Isso prova que o casamento no apenas praticar relaes sexuais, nem apenas
legalizar a relao entre homem e mulher num cartrio. a criao de uma nova
famlia que ganha precedencias a todas as outras relaes sociais. Esta nova famlia
acarreta responsabilidade bem maiores do que as impostas pelos cnjuges ou das
responsabilidades impostas pelo contrato de casamento.
A exclusividade do vnculo que une marido a mulher to forte, que faz romper
aquele vnculo profundo que une um filho a seu pai, e em especial a sua me, que lhe
deu a vida.
10. O vnculo que une marido e mulher, como uma s carne vai muito
alm da expresso da sexualidade dentro do matrimnio, e envolve
a unio sagrada da personalidade inteira de ambos os cnjuges.
Ef 5:31-33 - Eis por que deixar o homem a seu pai e a sua me e se unir sua mu-
lher, e se tornaro os dois uma s carne. Grande este mistrio, mas eu me refiro
a Cristo e igreja. No obstante, vs, cada um de per si tambm ame a prpria
esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido.
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CAPTULO II ANLISE DOS TEXTOS BBLICOS
SOBRE O DIVRCIO NO VT
DIVRCIO - E AS CINCO POSIES ATUAIS-
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* O grfico acima representa uma escala de afastamento do ensino Bblico. Quanto
maior o nmero, maior o seu afastamento do ensino Bblico. Outra forma de dizer
isso : quanto maior o nmero, maior o afastamento do cristianismo bblico
ortodoxo conservador (fundamentalista bblico) indo fatalmente ao encontro de um
cristianismo contextualizado, pragmtico, situacionista ou acomodado e relativizado
conforme os padres do mundo (liberalismo tico, teolgico e filosfico =
apostasia).
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 42
mais impiedade e rebelio contra Deus na prostituta do que na mulher divorciada e re-
casada.
Todavia, a culpa e o castigo de Eva foi to grande que equivale aos atos de prosti-
tuies de todas as prostitutas e pecadores do mundo, ou seja, quando o pecador peca
consciente do que esta fazendo, o seu pecado em essencia o pior pecado do univer-
so, por menor que aparentemente se apresente, pois rebelio contra Deus, o que
Cristo chamou de dureza de corao, transformando a criao de Deus, que era um
paraso excessivamente bom, para ser, um deserto de maldade, escessivamente mal.
Deus paciente, tardio em irar-se mais jamais inocenta os que vivem folgados na
sua culpa. No tarda o terrvel dia de terror no qual tais blasfemadores piedosos vero
ser revelado sob si, o derramamento, sem clemncia da sua justa ira, e desgosto Divino
contra aqueles que com coraes duros e obstinados mudam o seu plano original, por
outro, humano, e que destre a Sua criao.
Deus criou, homem e mulher, dotados de atributos pessoais que somente Deus ti-
nha, a capacidade de pensar, sentir, agir e julgar de modo lgico e consciente dos efeitos
ou resultados de suas aes. Essa capacidade de se autodeterminar e julgar dada ao ho-
mem e a mulher, mesmo depois da queda, ainda, os capacitava a um razovel gerencia-
mento do lar imediato, o ncleo familiar, e o lar mediato, o planeta terra, de onde obte-
riam de modo inteligente os meios e recursos para a sua sobrevivncia. Porm, o efeito
degenerador da queda no homem tinha contaminado cada fibra de sua alma e endu-
recido cada particula de seu corao, por isso, inclina-se naturalmente para o pecado, e
torna-se um especialista na maldade e na impiedade.
O efeito da queda sobre o homem pode ser chamado de dureza de corao pa-
ra Deus e as coisas de Deus, por isso, quando Deus fala da converso, ele fala em
termo de tirar o corao de pedra e dar um novo corao, um corao de carne.
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Essa dureza de corao que envolveu toda a personalidade humana em rebelio contra
Deus, largamente ilustrada na Bblia.
De modo, que o homem de Nazar, no podia ser aceito por Paulo, porque no
ajudava a mudar a situao social e poltica de judeus, oprimidos e injustiados por
Roma e s levava o povo a mais renuncia e sofrimento, dentro da chamada ao
discipulado que conscistia de algo absurdo do ponto de vista social, negar-se a si e dia a
dia tomar uma cruz, ao um povo que j passava por uma opresso social e poltiva
terrvel. Essa era a ordem de Deus, e era contra ela que Paulo se revoltava e perseguia
os que a advogavam.
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 44
Essa cegueira se d, porque advogam que a graa de Deus e Jesus Cristo a
soluo para todos os problemas, inclusive os problemas de divorciados e recasados,
no sentido de que Jesus embora condene divcio e recasamento, por causa de sua graa,
forado a sempre dar um jeitinho de abenoar aquilo que Deus odeia, mesmo que
inverte a sua ordem no princpio.
De modo, que para os divorcistas, a nica posio coerente com a graa salvadora
e perdoadora de Deus em relao a divorciados e recasados, arrumar um jeitinho
de mant-los divorciados e recasados sem nenhum complexo de culpa. E que o
celibato, ou no recasar enquanto o cnjuge do qual est separado estiver vivo uma
posio social e sexualmente absurda, cruel, legalista, etc.
Neste ponto, gostaria de chamar a ateno dos amados colegas de ministrio, para o
perigo representado por uma fora sutil e demolidora que penetramos sorrateiramente
na igreja, sem muitas vezes, ns pastores e demais lderes da igreja, darmos conta de
como isso aconteceu.
Este outro evangelho do caminho largo, que enche as avenidas das grandes
cidades com grandes multides nas marchas para Jesus, e que contraria o evangelho
do caminho estreito, e faz com que, a cada dia a igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo
abra mo dos marcos antigos, e se descaracterize como a nica coluna, base e trincheira
da verdade contra o pecado e o erro patrocinados pelo mundo co capitaneado por
Santans.
Muitas vezes nos enganamos pensando que pelo fato do descrente ser cego para ver
o evangelho, ele tambm cego para ver quando a hipocrisia tenta seduz-lo. Bem disse
Paulo:
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 45
Rm 1:32 e 2:1-5 Ora, conhecendo eles a sentena de Deus, de que so pas-
sveis de morte os que tais coisas praticam, no somente as fazem, mas
tambm aprovam os que assim procedem. Portanto, s indesculpvel,
homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a ou-
tro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as prprias coisas que condenas.
Bem sabemos que o juzo de Deus segundo a verdade contra os que prati-
cam tais coisas. Tu, homem, que condenas os que praticam tais coisas e
fazes as mesmas, pensas que te livrars do juzo de Deus? Ou desprezas a
riqueza da sua bondade, e tolerncia, e longanimidade, ignorando que a
bondade de Deus que te conduz ao arrependimento? Mas, segundo a tua
dureza e corao impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da
ira e da revelao do justo juzo de Deus,
Por duas ocasies, em Mateus 12:39 e 16:4, Nosso Senhor Jesus Cristo, chamou
este mundo de: Uma gerao m e adltera.... Esta gerao representada pelos
nossos primeiros pais, Ado e Eva, pela dureza e rebeldia de seus coraes rejeitou a
clara, compreensvel e toda suficiente palavra de Deus, e em lugar dela, aceitaram as
alternativas de Satans. No tempo de Nosso Senhor Jesus, a gerao admica, pela
dureza de seu corao, tambm, lhe rejeitou a Palavra e lhe pediram como alternativa
algo que lhes satisfizesse os sentidos carnais, um show sobrenatural, ou um sinal,
qualquer coisa, menos a Sua Palavra.
Esta maldade e esprito das geraes humanas podem ser traados, desde o
momento da queda, onde a humanidade, numa reivindicao de viver independente de
Deus, trocou a suficiente e eficaz palavra de Deus dada desde o princpio, pela palavra
enganosa e libertina de Satans.
Esse esprito rebelde e adltero, foi gerado no corao do homem a partir da queda
e da dureza do corao do homem rebelde contra o Senhorio de Deus, os caminhos para
a libertinagem, licenciosidade e imoralidade, quer, ora, de modo ilegal e repuldiado pela
sociedade, no que chamado de crimes hediondos, quer de modo, legitimado e
sancionado pelas leis humanas.
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 46
O fato, que legalizado ou no pelos homens, toda alternativa, para o casamento
monogmico, heterosexual, de validade at que a morte os separe, no passa de um
artifcio carnal e satnico, com o prpsito de desmoralizar e destruir a famlia, a
sociedade, e a prpria igreja que aprassar estas alternativas ms e adlteras.
Destas perverses do plano original de Deus, e que so frutos malignos diretos da gerao
pag fundada por Caim, o divrcio e o recasamento so as praticas pags que mais
respeitabilidade lograram na sociedade humana. Embora, sejam caractersticas dos mpios e
irregenerados, o divrcio e recasamento encontrou lugar at no meio do povo de Deus. De modo
que triste e lamentvel, ver filhos de Deus, agindo como filhos do diabo.
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 47
qual temos de nos livrar - para te livrar da mulher adltera, da estrangeira, que
lisonjeia com palavras, a qual deixa o amigo da sua mocidade e se esquece da aliana
do seu Deus; (Pv 2:16-7)
O DIVRCIO EM DEUTERONMIO
O QUE ESTA IMPLICADO NA CONCESSO DA CARTA DE DIVRCIO
QUESTES RESPONDIDAS A SEGUIR:
A conseo da carta de divrcio era perptua ou apenas provisria?
O que tinha validade permanente: O mandamento Divino no princpio ou a
conseo feita na base de dureza de corao?
H de fato, um mandamento, justificando algum se divorciar?
Dt 24:1 - Se um homem (vya 'iysh homem em contraste a mulher, marido) tomar (xql laqak receber
como esposa) uma mulher (hva 'ishshah esposa, casada) e se casar (leb baal casar, governar
sobre, possuir, ser dono de) com ela, e se ela no for (aum matsa' conseguir, achar, descobrir) a-
gradvel (Nx chen graa, favor, elegancia, aceitao) aos seus olhos (Nye `ayin), por ter ele achado
(aum matsa') coisa (rbd dabar palavra, coisa, matria, questo) indecente (hwre `ervah exibio
de nudez ou comportamento imprprio, vergonha ou exposio vergonhosa, vexame, sujeira, impu-
reza,) nela, e se ele lhe lavrar (btk kathab) um termo (rpo cepher escrito, documento) de divrcio
(twtyrk keeriythuwth separar, desunir, repudiar, exonerar, demitir), e lho der (Ntn nathan - dar) na
mo (dy yad), e a despedir (xlv shalach mandar embora, lanar fora) de casa (tyb bayith casa,
haibatao, famlia);
Dt 24:2 - e se ela, saindo (auy yatsa'- partir, ir embora, sair) da sua casa, for e se casar (Klh halak ir,
andar, vir, aproximar-se, aparecer) com outro (rxa 'acher diferente, outra pessoa, prximo, seguin-
te, mais um, homens) homem (vya 'iysh homem em contraste a mulher, marido);
Dt 24:3 - e se este (Nwrxa 'acharown por fim, depois, subsequente, seguinte ) a aborrecer (ans sane'
odiar, detestar), e lhe lavrar termo de divrcio, e lho der na mo, e a despedir da sua casa ou se este ltimo homem,
que a tomou para si por mulher, vier a morrer (twm muwth morrer),
Dt 24:4 - ento, seu primeiro (Nwvar ri'shown primeiro, primrio, inicial) marido (leb ba`al
proprietrio, marido, senhor ), que a despediu, no poder (lky yakol no poder) tornar (bwv shuwb
voltar, restaurar, ) a despos-la (xql laqach tomar ou receber como esposa ) para que seja sua mulher
(hva 'ishshah), depois (rxa 'achar aps, em seguida ) que foi contaminada (amj tamey ser impura,
ter se tornado impura ou suja, palavra usada nos sentidos sexual, religioso e cerimonial; ser reconhecido
como impuro; tambm pode significar, poluir, corromper, manchar, profanar), pois abominao
(hbewt tow`ebah odioso, execrvel, repugnante, repulsivo, nojento, desgosto. No sentido ritual:
comida impura, dolos. No sentido tico: impiedade, pervesidade e maldade) perante o SENHOR (hwhy
Yahueh Jeov o nico Eterno por Si mesmo o Auto-existente - o nome prprio do verdadeiro
Deus); assim, no fars pecar (ajx Khata' perder, errar, falhar, incorrer em culpa ou penalidade) a terra
(Ura 'erets pas, nao, mundo) que o SENHOR, teu Deus (Myhla 'elohiym divindade, juiz,
soberano), te d por herana (hlxn nakalah propriedade, possesso, poro).
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 48
O significado das palavras dentro do texto falam por si mesmas. Como o divrcio nasceu no cora-
o duro e pago do homem, no se devia esperar que na Lei dAquele que criou o sagrado vnculo do
casamento, contivesse uma lei para desfaz-lo. Alguns perguntam, como o fizeram os farseus da poca
de Cristo:
- Se Deus no queria o divrcio, por que permitiu que Moiss criasse uma lei para regulamentar
a situao dos divorciados? Porque Deus simplesmente no condenou o divrcio como o fez cla-
ramente com outras prticas trazidas pelo paganismo?.
A resposta no parece fcil, porm ela existe, e muitssimos comentaristas srios a tm usado para
explicar a concesso mosaica relacionada ao caos social e familiar criado pelos divrcios e recasamentos
na jovem nao hebria. Deve-se partir do fato histrico de que a sociedade pag egpcia tinha um bai-
xismo conceito de casamento, de modo que, a dissolubilidade do casamento era to fcil, que, um egpcio
bastava dizer quatro vezes para esposa: eu repudio voc e aps a quarta vez da repetio desta frase o
casamento estava completamente desfeito.
Neste contexto licencioso e libertino, os judeus, que viveram durante os quatrocentos anos no Egi-
to, sem uma sria liderana espiritual, comearam no s a assimilar seus conceitos pagos, mas tambm
a praticar os muitos costumes vs dos egpcios, inclusive o seu frouxo conceito de casamento e divrcio
por qualquer motivo e de modo completamente irresponsvel em relao famlia que era descartada em
favor do novo casamento.
Aps a sada do Egito da grande multido de hebreus, Moiss se depara com uma espantosa reali-
dade, j solidamente estabelecida entre o povo que acabava de ser redimido: o divrcio e os recasamentos
tinham criado uma gigantesca crise familiar entre o povo de Deus. Exatamente o povo que fora escolhido
para gerarem o Messias, no contexto de uma famlia santa e sob a bno de Deus.
Que fazer diante da tremenda dureza de corao dos israelitas, que casavam e se davam em ca-
samento exatamente como a sociedade pr-diluviana, que por conta desta e de outras impiedades teve
de ser eliminada da terra?
Que fazer, no caso de uma mulher que foi repudiada pelo marido, e que j recasou, mas o mari-
do tambm se divorciou dela, para se casar com outra? O que esta mulher poderia fazer? Voltar para o
marido original, se ele a quisesse de volta ou tentar encontrar outro homem que quisesse casar com
ela?
O caos estava estabelecido, de modo que, no difcil imaginar mulheres que como a mulher a
samaritana j tinha tido cinco maridos e j estava vivendo com o sexto marido. Embora, vimos que Cristo
no reconheceu aquele seu recasamento, pois disse para ela: este que tens agora no teu marido. Tam-
bm, podemos imaginar como este caos familiar afetava a linhagem do povo de Israel, que devia se man-
ter pura, pois dela viria o Messias.
A situao realmente estava fora de controle, pois devido aos mltiplos casamentos, divrcio e re-
casamentos, a mesma mulher, poderia ter filhos de vrios maridos diferentes, gerando com isso uma
grande confuso, injustias e sofrimento sem conta. Sabemos que a profecia determinava que o Messias
devia nascer de uma mulher hebraica, da tribo de Jud, da famlia de Davi, e tinha de ser virgem. Por isso
a piedade e estabelidade familiar tinham um papel muito importante no contexto destas profecias que
exigiam uma linhagem santa para o Messias, de modo que a lei, proibia um bastardo entrar na linhagem
do Messias at a dcima gerao. Tambm, por isso, foi que a linhagem do Messias foi suspensa por dez
geraes, aps o nascimento do filho bastardo de Jud, fruto de seu adultrio com Tamar. Portanto, algo
precisava ser feito para que as profecias messinicas no fossem impedidas de ser cumpridas por causa do
caos familiar reinante. Era preciso estancar o esgoto abominvel vindo do mundo pago, que ameaava
poluir toda a corrente da descendncia na qual viria o Messias e fosse criado um mnimo de piedade para
os lares, dos quais um seria escolhido para ser o lar do Messias.
Consequentemente, a soluo encontrada naquele ponto prematuro da histria da salvao, em que
todos os recursos da graa de Deus, ainda no estavam disponveis aos homens, era fazer algumas con-
cesses provisrias at que a plenitude da graa dada aos homens na vinda de Cristo pudesse, remover
os coraes duros como pedras e substitu-los por coraes sensveis vontade de Deus. O que chamo
aqui de plenitude da graa, pode ser visto apenas aps o Calvrio e o Pentecoste, quando o Esprito Santo
derramasse o amor invensvel no corao dos salvos, no ato da regenerao espiritual, possibilitando-os a
amarem com o mesmo amor dramatizado por Osias com sua esposa adulterina, para retratar o amor
invensvel de Deus por Sua adltera esposa Israel, que mesmo tendo de repudi-la por algum tempo, no
desistiu dela, nem nunca cessou de lutar por uma reconciliao. Foi esse amor invensvel, pleno de per-
do e cheio do esprito de reconciliao que o Esprito Santo derramou no corao dos salvos, conforme
Romanos cinco.
Portanto, lamentvel ver crentes apelando para uma concesso feita aos que no tinham o Espri-
to Santo e no gozavam dos invensveis e plenos recursos da graa trazida por Nosso Maravilhoso Salva-
dor Jesus Cristo para viverem acima da gerao m e adltera que os cerca. Foi neste sentido, de viverem
de um modo digno do evangelho, ou dos recursos da graa disponveis ao crente, que Nosso Senhor e
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 49
todos os escritores do Novo Testamento conclamaram e desafiaram o salvos a viverem acima de sua
gerao.
Por isso, todo o sermo do monte, ou a conduta esperada dos servos do Reino de Deus, pode ser
resumida na expreo: SEJA DIFERENTE do mundo e da sociedade paganizada que o cerca. As bem-
aventuranas mostram o que a plenitude da graa faz nos genuinamente nascido de novo. O mundo
trevas e s os salvos so luz; O mundo sem sabor e podre, somente o salvos so o sal que d sabor e
preserva da podrido; O mundo soberbo e egocntrico (s leva em conta a si mesmo), insensvel (inca-
paz de reconhecer e lamentar o pecado); violento (no mede conseqncias), injusto (tenta conseguir o
que quer por todos os meios); Sem misericrdia (incapaz de perdoar); Impuro (hedonista, dominado pela
sensualidade perde completamente o autocontrole); briguento (vingativo, incapaz de oferecer a outra
face); subornvel (corrompvel, no agenta perseguio e para no sofrer vende at a alma); amargura-
do (incapaz de se regozijar e dar graas em meio ao sofrimento).
As bem-aventuranas dizem que o verdadeiro crente como luz e sal da terra diferente de todas es-
sas terrveis caractersticas da gerao mundana. O CRENTE SALVO e transformado pela poderosa graa
de Deus, que o educa na justia de Deus, descrito por Cristo, no sermo do monte como algum que :
HUMILDE, MANSO , SENSVEL AO PECADO ao ponto de chor-lo com real choro de arrependimento;JUSTO,
sua prioriedade fazer a vontade de Deus e no burlar a justia para conseguir o que quer; cheio de
MISERICRDIA capaz de perdoar setenta vezes sete o mesmo pecado; PURO de corao por ter sido lava-
do no sangue de Jesus e pelo exerccio constante da autoconfrontao bblica a luz da Palavra de Deus;
como PACIFICADOR faz tudo para que haja paz, quando essa paz depende dele; INSUBORNVEL, pois,
como Moiss, prefere ser perseguido por causa da justia, do que, endurecido pelo engano da carne
usufruir prazeres transitrios do pecado;como Paulo APRENDE A VIVER CONTENTE EM TODA SITUAO, e
em vez de ficar amargurado quando injustiado por causa de sua fidelidade ao Reino de Deus, REGOZI-
JA- SE PELO PRIVILGIO QUE TEM DE SOFRER COMO OS PROFETAS E SANTOS DE D EUS tambm sofreram,
por isso, rejeita o galardo da carne, do diabo e do mundo, e olha esperanoso para a recompensa de
Deus, por quem vive e prazeirosamente morre.
Missionrio Joo Larrabee - Na lngua hebraica original estes versculos so uma srie de
oraes condicionais seguidas pela concluso. (Se um homem tomar uma mulher... se ela
no for agradvel aos seus olhos ...se ele lhe lavrar um termo de divrcio ...e se ela ...se
casar com outro homem--se este a aborrecer, e lhe lavrar termo de divrcio-ou se este
ltimo homem vier a morrer, ento seu primeiro marido, que a despediu, no poder tornar
a despos-la para que seja sua mulher.) Estes versculos no mandam um homem divorciar
a esposa. Moiss estava tratando de um mal social que j existia e estava dando orientao
para que fosse controlado. 21
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 50
COMENTRIOS SOBRE O NICO MANDAMENTO EM DT 24:1-4
PR. MAURO CLARK (Moiss) Proibiu que o marido viesse a casar com a mulher para
a qual deu carta de divrcio. Motivo: a mulher foi "contaminada" ao casar com
outro. Parece que, aos olhos de Deus, o divrcio no rompeu a condio original dela de ser
"uma s carne" com o antigo marido, a ponto de ter havido uma contaminao com o
novo marido. 22
O COMENTRIO BBLICO DE MOODY - DT 24:1-5. - O divrcio conforme permitido na Lei
Mosaica (cons. Lv. 21:7, 14; 22: 13; Nm. 30: 9), por causa da dureza do corao dos israelitas
(Mt. 19:8; Mc. 10:5), punha em perigo a dignidade das mulheres dentro da teocracia. Por. isso,
o abuso da permisso foi prevenido, cercando o divrcio de regras tcnicas e restries (Dt. 24:
1-4).
- A E.R.A. est certa em considerar os versculos 1-4 como uma s sentena, sendo que 1-3
constituem a condio e o 4 a concluso.
- A E.R.C. d a impresso de que o divrcio era obrigatrio na situao descrita.
- Na realidade, o que era obrigatrio no era o divrcio, mas (se algum recorresse ao divrcio)
sum processo legal que inclua quatro elementos:
a) Devia haver motivo srio para o divrcio. O significado exato das palavras coisa
indecente (v. 1; cons. 23: 14) incerto. No se trata de adultrio, pois a lei prescrevia para
isto a pena de morte (22: 13 e segs.; Lv.20:10; cons. Nm. 5:11 e segs.).
b) Uma certido da separao devia ser colocada na mo da mulher para sua subseqente
proteo.
c) O preparo deste instrumento legal implica no envolvimento de um ofcio pblico que
tambm deveria julgar a suficincia da base alegada para o divrcio.
d) O homem devia fazer uma despedida formal despedir de casa (v. 1).
O ponto principal desta lei, contudo, era que um homem no poderia tornar a se casar
com sua esposa depois do divrcio, caso ela viesse a se casar novamente, mesmo se o seu
segundo marido se divorciasse dela ou morresse. Em relao ao primeiro marido, a divorciada
casada de novo era considerada contaminada (v. 4). Tal era a anormalidade desta situao,
tolerada nos tempos do V.T., mas revogada por nosso Senhor no interesse do padro original
23
(Mt. 19:9; Mc. 10: 6-9; cons. Gn. 2: 23, 24).
Pr. Marcos Lounsbrown Comentando Dt 24:1-4 diz que A mulher divorciada que casa de
novo, sem ser por um motivo legtimo est contaminada e no tem direito a recasar
novamente. Veja a citao:
A qual ponto a mulher ficava contaminada? - Tinha de ser ao ponto de casar de novo. O
divrcio em si no faz a mulher contaminada, mas a espe contaminao atravs do novo
casamento (veja Mt 5:32). Por que? Porque ela foi divorciada sem motivo legtimo, e no tem
direito de casar com outro homem diante de Deus. 24
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 51
O DIVRCIO EM LEVTICOS
O MODELO E EXEMPLO DE MONOGAMIA
PELOS SACERDOTES DO VT E MINISTROS DO NT
Lv 21:7 - No tomaro (xql laqach tomar ou receber como esposa) mulher (hva 'ish-
shah) prostituta (hnz zanah comete fornicao, adultera) ou desonrada (llx kalal uma
mulher que foi contaminada ou imoral), nem tomaro (xql laqach tomar ou receber
como esposa) mulher repudiada (vrg garash mulher divorciada, lanada fora, empurra-
da fora) de seu marido (vya 'iysh), pois o sacerdote santo (vwdq qadowsh santo, a pa-
lavra sacerdorte subentendida do contexto) a seu Deus (Myhla 'elohiym).
Lv 21:14 - Viva (hnmla 'almanah), ou repudiada (vrg garash), ou desonrada (llx kalal), ou
prostituta (hnz zanah), estas no tomar (xql laqach), mas virgem (hlwtb bethuwlah) do
seu povo (Me `am nao, membro de um povo, neste caso, Israel) tomar por mulher.
Lv 21:15 - E no profanar (llx kalal profanar no sentido ritual e sexual, desonrar, poluir,
corromper, manchar, ferir, quebrar, violar [uma aliana]) a sua descendncia entre o seu
povo, porque eu sou o SENHOR, que o santifico.
Lv 22:13 - Mas, se a filha do sacerdote (Nhk kohen) for viva (hnmla 'almanah) ou repudiada
(vrg garash), e no tiver filhos, e se houver tornado casa de seu pai, como na sua moci-
dade, do po de seu pai comer; mas nenhum estrangeiro comer dele.
desonrada significa uma mulher que foi contaminada, uma mulher imoral. Uma mulher
abandonada pelo marido, isto , divorciada, tambm no era aceitvel como esposa de
um sacerdote (comentrio Bblico de Moody).
O padro que Deus exigia do sacerdote no Velho Testamento e dos ministros evanglicos,
pastores, missionrios, conselheiros bblicos e professores de seminrio o mesmo padro que
ele exige de todo o seu povo. Apenas que os ministros devem ser o principal exemplo de
conduta crist aceitvel perante Deus.
Deus no tem dois padres de tica, conduta ou comportamento, pois desde o Velho
Testamento ao Novo, o padro o mesmo, o seu prprio carter santo, sede santos como eu
sou Santo, portanto, o comportamento adequado aos santos a santidade, igualmente exigida
tanto do pastor como de suas ovelhas, a diferena que do pastor e mestre a exigncia ser mais
severa, pois a quem muito dado, tambm muito exigido.
Por isso, aos crentes do Novo Testamento a quem muitissmo foi dado em relao aos
crentes do Velho Testamento, proporcionalmente lhes ser exigido um comportamento muito
mais santo do que o dos crentes do Velho Testamento. Que a dureza de corao dos crentes
do VT, no ser tolerada nos homens da era da graa, especialmente dos crentes, devido ao fato,
de que a dureza de corao dos crentes do VT, podia at certo ponto, ser explicada, pela
razo de no terem a proviso do Esprito Santo habitando permanentemente neles, juntamente
com a sua ignorncia devido a dificuldade para conseguir as Escrituras j escritas e
especialmente, a ignorncia provocada pela inexistncia do restante das Escrituras bblicas que
ainda no tinham sido reveladas.
Se Deus no permitia a um ministro do VT, no caso o sacerdote, casar-se com pessoas
divorciadas, por que, Ele iria permitir que os ministros do NT, no caso, pastores,
missionrios, conselheiros bblicos e professores de seminrios, a quem muito mais deve ser
exigido, pudessem ser casados com pessoas divorciadas ? Aos pastores e demais ministros da
era da graa a exigncia de Deus clara: necessrio, portanto, que o bispo (o pastor) seja
irrepreensvel, esposo de uma s mulher.... (I Tm 3:2).
D. Edmond Hiebert d a seguinte interpretao a exigncia do pastor ser esposo de uma
s mulher:
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 52
O candidato no deve ter mais de uma esposa viva de cada vez. No deve ser bgamo
ou polgamo, e nem deve divorciar-se por motivos insuficientes. 25
O Dr. Bill Moore (Doutor em aconselhamento bblico), em um de seus cursos a que
assisti, ao usar este texto para falar das credenciais do conselheiro bblico, afirmou, que no s o
pastor, mas qualquer crente que queira exercer o ministrio de conselheiro bblico na igreja, no
podia ser uma pessoa divorciada e recasada. 26
No seguinte comentrio sobre a frase Marido de uma s mulher em I Timteo 3:12;
Tito 1:6, mostrada a impossibilidade bblica de algum envolvido em divrcio e recasamento
assumir possies de liderana, tais como dicono e pastor. Veja:
Esta frase (uma qualificao dum presbtero ou dicono) quer dizer que poligamia,
divrcio e promiscuidade so proibidos e que nenhum homem que pratica isso
qualificado para ser presbtero ou dicono. Este aplica tambm, contrrio ao que alguns
acham, para um homem divorciado e casado de novo pelas seguintes razes: (1) O
sentido literal da frase: homem de uma s mulher, inclui homens divorciados e
casados de novo. De acordo com Lucas 16:18, Quem repudiar sua mulher e casar com
outra, comete adultrio.... Se est comentendo adultrio, ento, para Deus, a primeira
ainda s sua legtima esposa e ele est vivendo em adultrio com a segunda. Isto o
desqualifica de ser pastor. (2) Divrcio na Bblia, de acordo com Mat. 19:7,8, foi
permitido por Moiss por causa da dureza de corao . Foi o resultado de rebelio
contra Deus. Ento com podia ser um exemplo de f numa situao assim? (3) Uma
possvel exceo. Um pastor cuja esposa foi continuamente infiel a ele e o deixou
(divrcio) e ele ficou solteiro. Num caso assim, seria muito difcil servir a Deus na
capacidade de pastor. .... 27
J.N.D.Kelly ao comentar I Tm 3:2 mais claro e enftico quanto a impossibilidade de um
pastor ou qualquer outro lder da igreja ser divorciado e recasado:
...o superintendente (bispo = pastor) deve ser irrepreensvel. Ou seja: no* deve apresentar
nenhum defeito bvio de carter ou de conduta, na sua vida passada ou presente, que os
maliciosos, seja dentro, seja fora da igreja, possam explorar para desacredit-lo. E STE O
SIGNIFICADO CLARO DE ESPOSO DE UMA S MULHER: Em especial, sua vida sexual deve ser
exemplar, e os mais altos padres devem ser esperados dele: DEVE SER CASADO UMA S VEZ. O
NOVO CASAMENTO, seja depois do divrcio no caso de um pago convertido, ou depois do
falecimento da sua primeira esposa, censurado como sendo imprprio num ministro de Cristo.
igualmente proibido aos diconos (3:12) e aos presbteros (Tt 1:6), e conta como uma
desqualificao nas aspirantes ordem das vivas (5:9).
(OUTRAS) ALTERNATIVAS PROPOSTAS (MAIS IMPROVVEIS) COMO INTERPRETAES SO:
(a) que as palavras so dirigidas contra manter concubinas ou contra a poligamia, i., ter mais
de uma s esposa de uma vez - sugestes estas que so extremamente improvveis, visto que
nenhuma destas prticas pode ter sido uma opo real para qualquer cristo comum, e muito
menos para um ministro;
(b) que meramente estipulam que o superintendente seja um homem casado - isto est em
harmonia com o alto valor que a carta atribui ao casamento (4:3), mas muito improvvel em si
mesmo, e de qualquer maneira torna sem sentido a palavra uma s enftica em Grego;
(c) que o objeto meramente preceituar a fidelidade dentro do casamento, tratando-se de "no
cobiar outras mulheres seno sua esposa" - mas isto extrair do Grego mais do que o texto pode
suportar. Quanto a esta questo, bem como em tantos outros assuntos, a atitude da antigidade
era marcantemente diferente daquilo que prevalece na maioria dos crculos hoje, e h evidncias
abundantes, tanto da literatura quanto das inscries funerrias, pags e judaicas, que
permanecer solteiro depois da morte da cnjuge ou do divrcio era considerado meritrio, ao
passo que casar-se de novo era considerado um sinal de auto-indulgncia.
Paulo certamente compartilhava deste ponto de vista, e embora permitisse a uma viva que
se casasse de novo, estimava-a mais bem-aventurada se se abstivesse de um segundo casamento (1
Co 7:40). De modo geral, embora se opusesse ao ultra-ascetismo que desconsiderava o casamento
e que aplaudia faanhas de abnegao (cf. e.g., sua crtica das "unies espirituais" em 1 Co 7:36-
38), tinha grande respeito pela abstinncia sexual completa, considerando-a um dom de Deus, e
tambm sustentava que o controle-prprio peridico dentro do casamento era de valor espiritual
(1 Co 7:1-7). No contexto de tais pressuposies era natural esperar que os ministros da igreja
fossem exemplos a outras pessoas e que se satisfazessem com um nico casamento. Nos
primeiros sculos cristos, devemos notar, o segundo casamento no era totalmente proibido,
mas era considerado com ntida desaprovao. 28
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 53
Se Deus no permitiu ao sacerdote, e nem permite aos ministros evanglicos da era da
graa serem divorciados e recasados, por que permitiria aos crentes fazerem a mesma coisa ?
Paulo no esperava que os crentes a quem ministrava tivesse um padro de conduta crist
inferior ao dele, pois conclamava-os a se tornarem seus imitadores, exatamente aquilo que ele
era como cristo. Deus diz que os ministros do evangelho foram dados para que todos os crentes
atingam o mesmo padro de maturidade e santidade, ou seja, varo perfeito segundo a estatura
de Cristo. Por isso, incoerente imaginar que Deus vai tolerar na vida dos crentes, algo que ele
no admite e nem tolera na vida do pastor.
Alguns at admitem que um pastor nem pode ser divorciado e nem casado com pessoas
divorciadas, mas toleram, que diconos e outros lderes da igreja sejam divorciados e
recasados, e quanto aos demais crentes, agem segundo o duplo padro da igreja catlica, ao
fazer diviso entre o clero e os leigos. O clero, os ministros devem ter um padro de conduta
crist elevada, porm, ao laicato (os leigos, o resto dos crentes comuns), dado um desconto,
ou seja, a eles permitido terem vidas menos santas e mais mundanas.
Este duplo padro tem custado caro a igreja do Senhor, pois no final das contas, quando
h duplicidade de conduta, nem lderes nem liderados expressaro genuna santidade, mas,
apenas religiosidade legalstica, de modo, que cada um, fica satisfeito com o padro que
esperado dele, esquecendo-se que o padro, igual e elevado para todos, o prprio carter de
Deus, sede santos como eu sou santo e no sede santos conforme a mdia dos crentes de sua
igreja.
Embora a santidade tenha relao direta com a obedincia s leis de Deus, ela muito
mais do que penosa e relutante observncia de cada princpio e regra das Escrituras Sagradas.
Santidade muitssimo mais que obedincia, acima de qualquer coisa um relacionamento
vivo e pessoal com Deus baseado num amor que deseja imitar o carter do Amado, pois sabe
que somente assim o relacionamento ser perfeito, de modo que agrad-lo acima de tudo e a
qualquer custo, torna-se um prazer espiritual e no um sacrificio. Esse prazer em se imolar
para a glria de Deus graa, pura graa.
Nada h mais penoso e desesperador para o legalista do que se deparar com as
exigncias da lei. A lei torna-se o seu tormento e o ladro da sua felicidade, pois ela o conduz
fracasso aps fracasso, ferindo seu orgulho e auto-suficiencia, pois quando se prope a cumprir
algumas dezenas de mandamentos e regras que selecionou conforme sua preferncia pessoal, ao
cair num s, v ruir todos os outros.
Quanta paz no teria se parasse de colecionar as regras e mandamentos que gosta de
tentar obedecer, e se entregasse ao alvo e desafio da poderosa graa de Deus de fazer os santos
gostarem do que Deus gosta e odiar o que Ele odeia, faz-los cientes de que Sua palavra sempre
est certa, sempre justa, boa e perfeita e que obedec-la um privilgio dado aos santos que
morreram para o pecado e para mundo, e nasceram de novo como cidados do cu, que se
deleitam em pensar nas coisas l do alto e no nas que so aqui da terra.
O DIVRCIO EM NMEROS
REGULA A QUESTO DO VOTO DAS VIVAS E REPUDIADAS
Nm 30:8-9 - Mas, se seu marido o desaprovar no dia em que o ouvir e anular o voto que es-
tava sobre ela, como tambm o dito irrefletido dos seus lbios, com que a si mesma se o-
brigou, o SENHOR lho perdoar. No tocante ao voto da viva (hnmla 'almanah) ou da di-
vorciada (vrg garash), tudo com que se obrigar lhe ser vlido.
Este texto de nmero serve apenas para reconhecer a figura da mulher divorciada
no meio da comunidade de Israel e regular quanto a suas responsabilidades em relao
ao votos que viesse a fazer. Pois, se estivesse sob a autoridade de um marido, o
cumprimento de seu voto estaria subordinado ao marido.
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 54
O REPDIO DE DEUS A SUA ESPOSA ISRAEL
Sua Exemplar Atitude a Ser Seguida Pelos Fiis
No Velho Testamento, Israel visto como esposa de Jeov, e devido ao seu adultrio
espiritual (idolatria deixar Deus, por outros amantes-dolos), Deus (Seu marido legtimo
espiritual) a repudiou (separou-se [afastou-se] dela por algum tempo), e chegou mesmo a dar-
lhe carta de divrcio, no sentido, de que, efetivava a separao enquanto ela se mantivesse em
adultrio, porm, toda a histria do relacionamento de Deus com Israel, revelada na Bblia,
mostra-nos, que a carta de divrcio, dada por Deus a Israel, nada tem a ver com a carta ou
documento de divrcio originada com os pagos e feita nos cartrios modernos, documento,
que aos olhos dos homens, desfaz completamente a aliana entre marido e mulher, realizado no
dia do seu casamento, como se ambos nunca tivessem sido casados, dando direito a mltiplos
novos casamentos.
Nos textos abaixo, fica claro, que o desavergonhado adultrio de Israel, no
foi forte o bastante para romper a aliana que Deus tinha com aquele povo.
[Israel] foste como a mulher adltera, que, em lugar de seu marido [Jeov], recebe
os estranhos [dolos]. (Ez 16:32)
[Israel]... tu tens a fronte de prostituta e no queres ter vergonha. (Jr 3.3b)
Assim diz o SENHOR: Onde est a carta de divrcio de vossa me, pela qual eu a
repudiei? (Is 50:1)
Quando, por causa de tudo isto, por ter cometido adultrio, eu despedi a prfida Is-
rael e lhe dei carta de divrcio, vi que a falsa Jud, sua irm, no temeu; mas ela
mesma se foi e se deu prostituio. (Jr 3:8)
A CARTA DE DIVRCIO dada por Deus a Israel, no rompia a aliana feita com Israel,
mas, traza-lhe disciplinar castigo, para mostrar-lhe que uma relao com Deus o Deus Santo,
deve ser santa, e se h traio e grosseira infidelidade, no h condies para comunho, e sim
para separao (repdio) at que haja arrependimento ou o outro morra. O prprio Deus,
mesmo aps, o repdio, continuamente, sem perder a esperana, buscou reconciliao com
Israel, e de modo nenhum quebrou a aliana feita com Ele.
Ao contrrio dos que vem, no adultrio, razo para mais que repdio, mas, para
divrcio-pago (que separa o que Deus diz que o homem no pode separar), Jeov, que tinha
todo direito, de divrciar-se de Israel, suportou a Sua infidelidade, e no cessou de tentar no
s a reconciliao com ela, mas restabelec-la completamente, em sua posio de esposa.
desconcertante e ao mesmo tempo comovente v a Deus, o melhor, o mais amoroso,
o mais generoso e mais fiel esposo registrado na Bblia, mandando recados de amor e
reconciliao atravs de seus profetas, em um claro e incansvel objetivo, de reconquistar
aquela, que aos olhos da lei merecia ser apedrejada at a morte, por ser, a mais vil, ingrata e
infiel esposa, que se tem registro.
Vai, pois, e apregoa estas palavras para o lado do Norte e dize: Volta, prfida Isra-
el, diz o SENHOR, e no farei cair a minha ira sobre ti, porque eu sou compassivo, diz
o SENHOR, e no manterei para sempre a minha ira. To-somente reconhece a tua
iniqidade, reconhece que transgrediste contra o SENHOR, teu Deus, e te prostitu-
ste com os estranhos debaixo de toda rvore frondosa e no deste ouvidos mi-
nha voz, diz o SENHOR. Convertei-vos, filhos rebeldes, diz o SENHOR; porque eu
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 55
sou o vosso esposo e vos tomarei, um de cada cidade e dois de cada famlia, e vos
levarei a Sio. (Jr 3:12-14).
Como Deus poderia se divrciar de sua esposa Israel, se Ele mesmo disse que odeia o
divrcio?
Mesmo depois de dizer que tinha dado carta de divrcio a Israel em Jr 3:8 (...eu despedi a pr-
fida Israel e lhe dei carta de divrcio...), Deus, o esposo trado, continua afirmando que, mesmo aps ter
dado a carta de repdio (divrcio) a Israel, Ele, ainda continuava sendo o esposo de Israel, ou seja,
que a carta de divrcio, que Ele deu a Israel, no quebra o vnculo indissolvel criado pela aliana que
Ele tinha com Israel, mas, causa separao a nvel de comunho (este repdio aqui poderia ser
comparado ao desquite ou separao judicial. Ver:
Jr 3:8 (...eu despedi a prfida Israel e lhe dei carta de divrcio...) com Jr 3:14 (... porque eu
sou o vosso esposo e vos tomarei, um de cada cidade e dois de cada famlia, e vos levarei a Si-
o). (Jr 3:14).
Volta, [esposa] Israel, para o SENHOR [esposo], teu Deus, porque, pelos teus pecados, es-
ts cado... Curarei a sua infidelidade, eu de mim mesmo os amarei, porque a minha ira se a-
partou deles. (Os 14:1,4)
Se no h dureza de corao (rebelio contra a vontade e Palavra de Deus), mas, se h
verdadeiro temor a Deus, no h como evitar o dever de imitar a Deus, em seu doloroso rela-
cionamento com sua infiel esposa, Israel. Deus espera, que, nos mantenhamos fiis a aliana
original de casamento, mesmo que isso seja feito apenas de nossa parte, ou at mesmo depois de
ter havido a pag carta de divrcio. O que interessa aqui, no se isso fcil, mas que isso
que Deus espera que cada pessoa que teme a Ele faa, e se isso que Ele quer que faamos, com
certeza Ele suprir a fora e a graa suficiente para que isso possa ser feito - Sede, pois, imita-
dores de Deus, como filhos amados; (Ef 5:1). Portanto, sede vs perfeitos como perfeito o
vosso Pai celeste. (Mt 5:48).
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 56
que Deus deu a sua esposa simbolica Israel, mas que era equivalente a um desquite ou separao
judicial, ou seja, permitia restaurao do casamento original.
Portanto, a excesso dada por Cristo, no caso de relaes sexuais ilcitas, daria no mximo, direito um
repdio, num sentido parecido com desquite ou separao judicial, que impediria um novo casamento, ao
passo que deixava aberta a oportunidade de reconciliao e restaurao do matrimnio em crise.
O DIVRCIO EM MALAQUIAS
A ATITUDE DE DEUS PARA COM O DIVRCIO E RECASAMENTO
E A QUESTO DO CULTO OFERECIDO POR DIVORCIADOS E
RECASADOS
O PRPRIO D EUS AFIRMA EM SUA PALAVRA QUE AMALDIOU COM DIO O
REPDIO (COM O SENTIDO MODERNO DE DIVRCIO ) E CONSEQUENTE
RECASAMENTO , DE MODO QUE , NO ACEITA OS GEMIDOS E CHORO DE SUAS
ORAES, NEM TEM PRAZER NAS SUAS OFERTAS, OU SEJA, REJEITA O SEU
CULTO .
s vezes me surpreendo com a maneira dura e inflexvel com que Deus trata neste texto os que se
envolvem nesta questo do divrcio e recasamento. O tratamento de Deus, a essas pessoas bem
diferente daquele prestado pelas igrejas modernas. Sem nenhuma suavizao, flexibilidade ou
relativismo (desaprovando o conceito relativista de que cada caso de divrcio e recasamento um caso a
ser analizado separadamente), mas de forma direta, clara e de certo, modo, inclemente, incluindo todos
que pactuam com divrcio e recasamento, Deus mostra a insensatez e terrveis conseqncias que cairo
sobre os profanadores dos laos conjugais.
Se de acordo com a legislao humana, o homem s pode recasar aps o divrcio, e a Bblia
declara que esse divrcio odioso a Deus, como poderamos imaginar que Deus, teria como
menos odioso o recasamento produzido por este divrcio?
A bblia nos previne contra a insensatez, ou seja, no querer seguir um mnimo de bom senso e
raciocnio lgico. Como o homem poderia tornar amvel, aquilo que Deus odeia? Como o homem pode
desfazer de modo aceitvel, aquilo que Ele proibe claramente: desajuntar o que Ele ajuntou? Como o
homem pode santificar e abenoar o que Deus amaldiou ?
Se o no ouvirdes e se no propuserdes no vosso corao dar honra ao meu nome, diz o SE-
NHOR dos Exrcitos, enviarei sobre vs a MALDIO e AMALDIOAREI as vossas bnos; j as
tenho amaldioado, porque vs no propondes isso no corao. Eis que vos reprovarei a descen-
dncia, atirarei excremento ao vosso rosto, excremento dos vossos sacrifcios, e para junto deste
sereis levados... E perguntais: POR QU ? Porque o SENHOR foi testemunha da aliana entre ti e
a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da
tua aliana... Portanto, cuidai de vs mesmos, e ningum seja infiel para com a mulher da sua
mocidade. Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repdio - (Ml 2:2,3,4,15b,16).
Quando acima, disse que neste texto, Deus fala de modo inclemente em relaos aos recasados
aaps divrcio, porque, para ter clemncia com os recasados aps divrcio, ele faltaria com Sua
clemncia, para com aqueles que foram abandonados e entregues a prpria sorte, aps o divrcio. Em
geral, as pessoas, na caracterstica injustia humana, s pensa no bem estar, do novo casal, mas esquecem
do rastro de misria que deixam atrs de si aps um divrcio.
COMO O HOMEM PODERIA ABENOAR AO QUE DEUS AMALDIOU?
... enviarei sobre vs a maldio e amaldioarei as vossas bnos; j as tenho amaldioado...
(Ml 2:2)
... E perguntais: Por qu? Porque o SENHOR foi testemunha da aliana entre ti e a mulher da tua
mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliana....
No texto de Malaquias 2, Deus diz que Deus amaldioa e odeia o divrcio.
POR QUE, O DIVRCIO E RECASAMENTO ESTO SOB O DIO E MALDIO DE DEUS ?
1. PORQUE DESONRA O NOME SANTO DE DEUS:
no propuserdes no vosso corao dar honra ao meu nome... foste desleal, sendo ela a tua compa-
nheira e a mulher da tua aliana
De modo que o divrcio e recasamento, especialmente, entre pessoas que se dizem crentes,
no somente traz desonra a Deus, como tambm faz com que seu Santo nome seja blasfemado
entre os pagos.
2. PORQUE DESTRE A PRXIMA GERAO OS FILHOS .
Ml 2:15 No fez o SENHOR um, mesmo que havendo nele um pouco de esprito? E por que somente
um? Ele buscava a descendncia (filhos) que prometera. Portanto, cuidai de vs mesmos, e ningum
seja infiel para com a mulher da sua mocidade.
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 57
Sobre o impacto destruidor do divrcio sobre os filhos, veja o tpico sobre o impacto demolidor dos
nmeros do divrcio sobre a sociede, a famlia (especialmente os filhos) e sobre a igreja.
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 58
CAPTULO III ANLISE DOS TEXTOS
BBLICOS SOBRE O DIVRCIO NO NT
O DIVRCIO NO NT
QUESTES A SEREM PRIMEIRAMENTE RESPONDIDAS
1A QUESTO - A CONCESSO MOSAICA DO DIVRCIO
Convm, lembrar, que muitos mandamentos e concesses provisrios foram dados no Velho
Testamento e suspensos no Novo Testamento. Exemplo de mandamentos e concesses provisrias dadas
no VT e que foram suspensos no NT.:
QUANTO A M ATAR
Mesmo no Velho Testamento Deus suspendeu man- Mt 5:21,22 Ouvistes que foi dito aos antigos: No
damentos dando ordens provisrias: matars; mas qualquer que matar ser ru de ju-
zo. Eu, porm, vos digo que qualquer que, sem
xodo 20:13 - No matars. motivo, se encolerizar contra seu irmo ser ru
xodo 32:27 - E disse-lhes: Assim diz o SENHOR, o de juzo, e qualquer que chamar a seu irmo de
Deus de Israel: Cada um ponha a sua espada sobre a raca ser ru do Sindrio; e qualquer que lhe
sua coxa; e passai e tornai pelo arraial de porta em chamar de louco ser ru do fogo do inferno.
porta, e mate cada um a seu irmo, e cada um a seu
amigo, e cada um a seu prximo.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 58
QUANTO AOS JURAMENTOS
Levtico 19:12 nem jurareis falso pelo meu Mt 5:33-37 Tambm ouvistes que foi dito aos
nome, pois profanareis o nome do vosso Deus. antigos: No jurars falso, mas cumprirs
Eu sou o SENHOR. rigorosamente para com o Senhor os teus ju-
ramentos. Eu, porm, vos digo: de modo al-
gum jureis; nem pelo cu, por ser o trono de
Nmeros 30:2 - Quando um homem fizer voto Deus;... Seja, porm, a tua palavra: Sim,
ao SENHOR ou juramento para obrigar-se a sim; no, no. O que disto passar vem do
alguma abstinncia, no violar a sua palavra; maligno.
segundo tudo o que prometeu, far.
QUANTO AO DIVRCIO
Concesso Provisria dada por Moiss Concesso Alterada por Cristo:
Em relao ao divrcio e recasamento: Em relao ao divrcio e recasamento:
Dt 24:1-4 Se um homem tomar uma mulher e se Mt 5:31, 32 Tambm foi dito: Aquele que repudiar
casar com ela, e se ela no for agradvel aos sua mulher d-lhe carta de divrcio. Eu, porm,
seus olhos, por ter ele achado coisa indecen- vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, ex-
te nela, e se ele lhe lavrar um termo de di- ceto em caso de relaes sexuais ilcitas, a expe
a tornar-se adltera; e aquele que casar com a
vrcio, e lho der na mo, e a despedir de ca-
repudiada comete adultrio.
sa; e se ela, saindo da sua casa, for e se ca-
sar com outro homem; e se este a aborrecer,
e lhe lavrar termo de divrcio, e lho der na Mc 10:11,12 - E ele lhes disse: [Para o homem]
mo, e a despedir da sua casa ou se este l- Quem repudiar sua mulher e casar com outra
timo homem, que a tomou para si por mu- comete adultrio contra aquela. [Para a mulher]
lher, vier a morrer, ento, seu primeiro ma- E, se ela repudiar seu marido e casar com outro,
rido, que a despediu, no poder tornar a comete adultrio.
despos-la para que seja sua mulher, depois
que foi contaminada, pois abominao pe-
rante o SENHOR; assim, no fars pecar a Lc 16:18 Quem repudiar sua mulher e casar
terra que o SENHOR, teu Deus, te d por com outra comete adultrio; e aquele que
herana casa com a mulher repudiada pelo marido
tambm comete adultrio.
Pelos exemplos acima, d para perceber que na era depois da cruz ou era dos infinitos e
multiformes recursos da graa, o padro exigido por Cristo muitssimo mais elevado, do que
no Velho Testamento, portanto, ningum, espere a aprovao ou mesmo perdo fcil de Cristo,
por que agiu na base do olho por olho, do desdm e clera contra o inimigo, dos juramentos
em nome de Deus, do divrcio e recasamento a moda do Velho Testamento.
Se fossemos para viver no baixssimo nvel das concesses feitas na poca da lei, Cristo,
no teria vindo morrer em nosso lugar para que atravs de sua poderosssima graa, o
homem pudesse viver em verdadeira santidade, inclusive no casamento. De modo, que os
divrcios e recasamentos tolerados no Velho Testamento.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 59
Inclusive alguns fazem uma astuta pergunta: SE CRISTO NO QUERIA PERMITIR O
RECASAMENTO, PORQUE PERMITIU O DIVRCIO, PELO MENOS NA BASE DA EXCEO,
PROVOCADA PELO ADULTRIO ? A resposta mais simples do que os proponentes da mesma
imaginam. No Velho Testamento, o adultrio no acabava com a aliana matrimonial, s, que o
casamento era rompido, no pelo divrcio, mas pela pena de morte contra a parte que
adulterasse. Porm, Cristo suspende a pena de morte aos adlteros, e em lugar dela coloca, o
repdio, como uma separao necessria, quando no h arrepedimento no cnjuge e nem
deseja reconciliao.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 60
sem quastionar, que divrcio e recasamento, muito longe de ser algo aceito e aprovado por Deus
rebelio contra Ele, rebelio essa produzida por coraes duros e insensveis a Sua Palavra
Santa. Paulo, foi mais direto ainda: ...ser considerada adltera se, vivendo ainda o marido,
unir-se com outro homem; porm, se morrer o marido, estar livre da lei e no ser adltera
se contrair novas npcias (Rm 7:3).
A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO EST SOLIDAMENTE
ALICERADA NA ROCHA ETERNA DA PALAVRA DE CRISTO.
Marcos 10:7-9
Por isso, deixar o homem a seu pai e me e unir-se- a sua mulher, e, com sua
mulher, sero os dois uma s carne. De modo que j no so dois, mas uma s
carne. Portanto, o que Deus ajuntou no separe o homem.
Mateus 19:6
De modo que j no so mais dois, porm uma s carne. Portanto, o que Deus
ajuntou no o separe o homem.
De modo que Cristo ao abrir uma exceo para o repdio do cnjuge traidor e
impenitente, no estava ao mesmo tempo, abrindo s portas ao recasamento, o que fica
claro, que em vez da morte, dava uma chance de arrependimento aos adlteros,
poupando-lhes a vida, ao trocar a pena de morte pelo repdio, e ao mesmo tempo abria
uma vlvula de alvio aos que sofriam muito em conviver com uma pessoa que o traa
constantemente.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 61
modo que o mnimo que se espera que ele faa exclarecer e adicionar pontos
impostantes para se entender melhor as questes tratadas pelos evangelistas que o
precederam. Porm, dentro do conceito de inerrncia Bblica, Mateus jamais iria
contradizer os evangelistas precedentes. Quanto a data, R.V.G.TASKER diz que Mateus
foi escrito em uma data posterior a 70 d.C. 32
R.N. CHAMPLIN - Diz, se referindo a relao de datas entre Mateus e Marcos:
"O esboo histrico (de Mateus) foi tomado por emprstimo de Marcos, pelo que este livro
foi composto aps aquele evangelho ter sido composto. Marcos pode ter sido escrito to cedo
quanto 50 d.C., conforme asseveram algumas tradies, pelo que Mateus pode ter sido escrito
entre 50 e 70... H possveis razes, entretanto, para atribuirmos a esse evangelho uma data entre
80 e 85 Dc. 33
O que Mateus diz, em nada favorece a idia de recasamento, especialmente
quando o que ele disse visto a luz do que os evangelistas anteriores tinham registrado.
Pois se realmente a exceo dada por Cristo para repdio desse direito a recasamento,
seria um fato importante demais dentro desta questo, para Marcos e Lucas terem
deixado de fora. Porm, mesmo que a parte que Marcos e Lucas tivessem deixado de
fora, e Mateus acrescentou, fosse apenas, um complemento exclarecedor a mais dos
textos de Marcos e Lucas, isso no seria nada novo, pois isso ocorre com freqncia nos
trs primeiros evangelhos, chamados de sinticos, onde o relato de um
complementado pelo outro.
O problema incontornvel aqui, que se dissermos que a exceo de Mateus est
dando margem a recasamento, muito mais do que exclarecendo, ele estaria
contradizendo o que Marcos e Lucas disseram, de modo que, ou ele estava errado ou os
dois primeiros evangelistas estavam errados, consequentemente, no interessaria o fato
de quem estava errado, se um deles estava errado, a Bblia conteria erro, e deixaria de
ser um livro inerrante, no qual poderamos realmente confiar.
Anlise do texto.
Tambm foi dito: Aquele que repudiar sua mulher d-lhe carta de divrcio. - Eu, porm, vos
digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relaes sexuais ilcitas (pornia), a expe
a tornar-se adltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultrio (moiquia) (Mt 5:31,32).
Em toda essa seo do sermo do Monte, o Senhor parte do ensino dado na lei, e que foi interpre-
tado e crido pelos judeus: Tambm foi dito: Aquele que repudiar sua mulher d-le carta de divr-
cio.
Discordando ou Revisando o ensino dos Judeus, Cristo usa a expresso: Eu, porm, vos digo
Dando a entender que tinha nova reviso e nova revelao ao que tinha sido ensinado desde Moiss
e sido deturpado atravs dos sculos pelos rabinos judeus.
Nosso Senhor menciona dois possveis casos onde os homens lanam mo de divrcio:
(1) A mulher no culpada de adultrio
(2) A mulher culpada de adultrio
No caso da mulher no culpada de adultrio, o Senhor, ao usar a palavra exceto em caso de rela-
es sexuais ilcitas (pornia), excluia todas as outras razes para repdio;
Ao falar da mulher repudiada por carta de divrcio sem ser culpada de adultrio, o Senhor acres-
centa a sria advertncia, de que, casar com a repudiada resultaria em adultrio (que repudiada?), o
que seguindo a lgica gramatical do texto, se refere mulher repudiada indevidamente por carta de
divrcio, que mesmo sem ser adltera, pode vir torna-se adltera se algum vier a casar-se com
ela na condio de mulher repudiada.
Ao proibir que a mulher no adltera jamais fosse repudiada porque qualquer outra razo, e que
quem desobedece a seu mandamento de no repudiar uma mulher no culpada de acultrio, se tor-
naria culpado de dois pecados, o repdio indevido, e de ter cooperado para que a esposa indevida-
mente repudiada, uma vez abandonada e desamparada, acabasse por tornar-se adltera, e quem ca-
sasse com ela tambm se tornaria adltero. isso que o texto claramente diz: que a mulher divor-
ciada sem ser pelo adultrio e recasar comete adultrio.
Agora, irmos, como Isaais, eu vos chamo a arrozoar comigo em cima das concluses lgicas e
objetivas deste texto.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 62
1) Se nosso Senhor diz que a mulher inocente repudiada ao recasar se torna adltera;
Muito mais culpados de adultrio so aqueles que recasam porque foram infiis aos
seus cnjuges;
2) De modo, que Mateus no d brecha alguma para o ensino de recasamento, nem para
parte inocente (trada pelo cnjuge), nem para a parte culpada (infiel).
Por isso, o que fica clarssimo no ensino de Mateus sobre divrcio que, no h
repdio vlido sem ser por adltrio e que quem casa com a mulher repudiada, seja
ela inocente ou no, comete adultrio. Querer tirar de l a idia de recasamento,
porque para os judeus divrcio implicava em recasamento, querer ver as coisas pela
metade ou do jeito que lhe favorea. No era apenas para o judeus que o divrcio
incluia a idia de direito ao recasamento, mas esse era o conceito do mundo pago
inteiro, de onde os prprios judeus assimilaram esse ensino pago e diablico.
De modo que, dizer que Jesus estava dando no s o direito da parte inocente
repudiar a parte infiel, mas tambm, estava dando direito a recasamento, porque a
mentalidade judaica cria assim, seria muito mais do que fazer uma concesso ao
judasmo, mas ao prprio paganismo. como se Jesus contradissesse, o que acabava
de dizer, sobre voltar o propsito original de Deus na criao, de indissolubilidade do
casamento, e no s virasse s costas ao Plano original de Deus, mas, de modo absurdo,
se rendesse ao plano pago de dissolubilidade do casamento, o que ele mesmo havia
taxado de dureza de corao, e pior ainda, fizesse Jesus no saber o que Ele mesmo
estava dizendo, ao contradizer as suas prprias palavras, que tinha acabado de proferir:
o que Deus ajuntou no separe o homem.
Vimos que o prprio Mateus fala de somente dois tipos de repdio: (1) Repdio
sem ser motivado por relaes sexuais ilcitas; e (2) Repdio motivado por causa de
relaes sexuais ilcitas. O que ele deixa muito claro que o direito de repdio era dado
somente a parte que fosse trada por relaes sexuais ilcitas. No diz claramente se o
adultrio do recasamento com a repudiada porque ela foi repudiada sem ser por culpa
de adultrio, ou se foi repudiada porque foi infiel ao primeiro marido. Embora, o texto
diga, simplesmente repudiada, a lgica gramatical do texto, mostra que Cristo, ao
culpar de adultrio o que casa com a repudiada, est se referindo a repudiada
indevidamente pelo marido.
Alguns tentam encontrar uma brecha a, dizendo que essa repudiada, a
mulher que o marido repudiou por ser culpada de adultrio, por isso, s adultera quem
recasar com a mulher repudiada por culpa de adultrio, mas quem casa, com a mulher
repudiada indevidamente, no comete adultrio se casar com ela. Porm no isso que
uma interpretao natural do texto diz. O que o Senhor diz simplesmente que a nica
causa para repdio so as relaes sexuais licitas, e que quem casa com a repudiada,
independente do repdio ser pela exceo dada por Cristo ou por outros motivos,
comete adultrio. Qualquer ensino retirado desta passagem fora de repdio por relaes
sexuais ilcitas e adultrio para quem casa com a parte repudiada, ensino que viola as
mais elementares regras de hermenutica ou interpretao bblica, querer
fundamentar doutrina em especulao e deduo subjetiva altamente duvidosa e com
outras passagens contradizendo aquela interpretao. Por isso, basear recasamento na
exceo de repdio registrado por Mateus alicerar-se no na rocha eterna da
Palavra de Deus, mas nas perigosas areas movedias das comjecturas e
convenincias humanas.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 63
4a QUESTO ADULTRIO ROMPE A ALIANA
O adultrio na Lei Mosaica basicamente definido como fazer sexo com uma
mulher que pertencia a outro homem pelo casamento ou pelo noivado, que no judasmo
j criava um vnculo, cuja infidelidade sexual de qualquer das partes constitue
adultrio. (Lv 20,10; Dt 22,22ss).
O adultrio, para existir, requer um vnculo matrimonial a ser adulterado ou
profanado. De fato, o adultrio, embora no quebre o vnculo matrimonial, quebra os
votos, promessas, ou compromisso feito por ocasio da aliana matrimonial, e a aliana
entre os cnjuges fosse uma aliana meramente humana, condicionada ao comprimento
humano daqueles votos, a aliana estaria rompida e o vnculo do casamento desfeito.
Porm, o vnculo do casamento, para ser mantido, no est baseado nas cirscuntancias,
sentimentos, impulsos, cumprimento ou descumprimentos dos votos. Mas est na
deciso do casal em fazerem uma aliana, testemunhada por Deus, que depois de haver
sido feita, foi selada por Deus, de modo, que nada que o homem faa, inclusive atos
odiosos a Deus, atos feitos pelo homem, como o adultrio e o divrcio, podero
quebrar o selo de indissolubilidade criado pela aliana matrimonial. Por isso, o Senhor
disse: Portanto, o que Deus ajuntou no o separe o homem. (Mt 19:5,6).
A VERDADEIRA DIMENSO DO ADULTRIO
1. Para a sociedade mundana e pag, o adultrio mais um fato da vida, que foge
ao ideal mais que pode ser plenamente tolerado e at justificado;
2. Aos olhos de Deus o adultrio um pecado terrvel e de conseqncias trgicas,
tanto nesta vida, quanto no porvir. Nos dez mandamentos sua proibio vem
mencionada, logo aps o assassinato (Ex 20:13-14).
3. No Velho Testamento o adltero era to prejudicial e perigoso a comunidade
santa de Israel, que deveria ser arrancado radicalmente da mesma, num punio
pblica, para que servisse de exemplo para todos. Morte por apedrejamento. - Lv
20:10
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 64
4. No Novo Testamento, embora, tenha sido suspensa a pena de morte, Deus
prometeu julgar todos os fornicrio e adlteros com a excluso do Reino de
Deus - Hb 13:4; 1 Co 6:9-10.
5. Na lei do VT no havia proviso graciosa para os adlteros, embora, houvesse
parcialidade na pena de morte, que quase sempre era aplicada apenas a mulher, e
no ao adltero e a adltera como mandava a lei. Vemos essa parcialidade at no
tempo de Cristo, pois somente a mulher foi levada para ser apedrejada.
6. Na obra graciosa de Deus atravs de Cristo, foi feita proviso graciosa para
todos os perdidos, com essa da blasfemia contra o Esprito Santo. Isso porque a
misso de Cristo era exatamente buscar e salvar os perdidos. Um belo exemplo
dessa graa perdoara aplicada aos adlteros visto quando Jesus mostra
simpatia e misericrdia para com a mulher adltera trazida a sua presena pelos
fariseus. Mostrou-lhe sua graa, sem ser conivente com o seu pecado, por isso
lhe faz uma sria advertncia: v e no peques mais (Jo 8:1-11).
- Muitos, convenientemente, s vem o ato de misericrdia de Cristo, mas no
conseguem enxergar a sua advertncia de no mais continuar no adultrio.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 65
5A QUESTO - COMETER ADULTRIO E VIVER EM ADULTRIO
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 66
fora o fato de serem divorciados ou casados com pessoas divorciadas, so excelentes
obreiros, inclusive, sem falsa modstia, muitos deles, melhores que eu. Porm a
questo, depende no apenas do testemunho que passaram a dar depois que se
converteram, ou depois que recasaram.
O que complica a situao destas pessoas queridas a quem amo e sinceramente
sofro por elas, que independemente do que elas faam ou deixem de fazer, nada a no
ser a morte romper o vnculo que as prende ao cnjuge do primeiro casamento. Por
isso, biblicamente a situao deles perante Deus, diante da igreja, pela luz da Bblia,
de adltrio. O seu problema to somente o vnculo indissolvel que o mantm
ligados a primeira pessoa com quem recasaram. E independentemente de se
arrependerem ou no do adultrio do segundo casamento, o arrependimento do pecado
do segundo casamento no rompe o vnculo que os prende, enquanto o cnjuge do
primeiro casamento viver.
De modo que, enquanto o cnjuge do primeiro casamento viver, o seu
recasamento biblicamente um adultrio. E no adianta usar a falaciosa diferenciao
entre cometer adultrio e viver em adultrio, ou seja, que eles cometeram
adultrio ao recasarem, mas ao se arrependerem deixaram de viver em adultrio.
Independentemente de cometerem ou viverem em adultrio, o fato, incontornvel
persiste: S a morte do cnjuge do primeiro cnjuge desfaz a condio de adultrio e
no o arrependimento do adultrio.
Por isso, apesar de todo esforo feito por muitos telogos e estudiosos do assunto
e toda tentativa para tornar lcito, um recasamento aps divrcio, no s tem fracassado
mas fracassar sempre diante da Bblia, enquanto Deus no mudar o conceito de
indissolubilidade do casamento solidamente cravado na rocha eterna da Palavra de
Deus. Por isso a soluo do caso de pessoas divorciadas e recasadas, no est nas mos
dos homens, nem dos juzes, nem dos pastores, nem dos teologos, nem da igreja, e nem
dos divorciados e recasados. Como, conforme est claramente escrito na Bblia,
somente a morte desfaz o vnculo do primeiro casamento, e a morte algo que pertence
a jurisdio de Deus, portanto, somente Deus poderia tornar lcito um recasamento, ou
seja, quebrando o vnculo do primeiro matrimnio, tirando a vida do primeiro cnjuge.
Por isso, a validade do segundo casamento perante Deus, sempre depende do
compromisso feito quando foi selada a aliana matrimonial com o primeiro cnjuge.
Por isso, neste trabalho, tento sinceramente, despertar a conscincia dos pastores,
mestres de seminrio e lderes da igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo para o decesivo
papel que eles exercem em muitos destes divrcios e recasamentos. Mesmo antes, mas
especialmente depois de comear este trabalho, j conversei com muitos crentes
divorciados, e sempre tive a curiosidade de lhes perguntar qual foi o fator decisivo que
os levou a tomar uma deciso de natureza to drstica, quanto um divrcio e um
recasamento. A resposta, quase que invariavelmente era que, alm de no verem nem
uma sada para os seus casos, encontraram apoio de seus pastores ou algum professor de
seminrio, que lhes asseguraram que embora o ideal Divino era o casamento, se os
problemas no pudessem ser contornados, especialmente, no caso de adultrio, a sada
era de fato um divrcio e recasamento, com a vantagem de serem aprovados por Deus.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 67
6a QUESTO - HILLEL E SHAMMAI
De acordo com Robertson, os fariseus tentavam colocar o Senhor numa situao difcil perante os
seus ouvintes e discpulos.
Os fariseus, "no podiam fazer uma pergunta a Jesus sem ser por motivos sinistros"
(Bruce). Vejam 4:1 para a palavra (peirazw). {Por qualquer motivo ou causa} (kata pasan
aitian). Esta clusula uma aluso a disputa entre as duas escolas teolgicas sobre o
significado de Dt 24:1. A escola de Shammai adotou o ponto de vista severo e impopular
sobre o divrcio apenas no caso de incastidade, enquanto que a escola de Hillel adotou
a viso liberal e popular sobre o divrcio fcil, por qualquer motivo, tal como no caso, do
capricho do marido que encontrou uma mais bonita ou porque queimou seus biscoitos
para o caf da manh. Era um belo dilema cuja finalidade prejudicara imagem de
34
Jesus perante as pessoas.
A CARTA DE DIVRCIO
ROBERTSON (Grande autoridade no Grego do NT)
Mt 5:31 {A CARTA DE DIVRCIO} (apostasion), "um certificado de divrcio" (Moffatt), "um
anuncio escrito de divrcio" (Weymouth).
No grego uma abreviao de biblion apostasiou (Mt 19:7; Mc 10:4).
Na Vulgata "libellum repudium". O papiro usa suggraph apostasiou em transaes comerciais
como "um contrato de liberdade" (veja _Vocabulary_ do Moulton e Milligan, etc.) O documento
por escrito (biblion) era uma proteo para a esposa contra um capricho de um marido zangado
que poderia mand-la embora sem um documento que mostrasse o motivo para isto... A carta
de divrcio, (biblos), um rolo de papel ou documento (papiro ou pergaminho) era uma proteo
para a esposa divorciada e uma restrio frouxido. 35
O divrcio, foi criado no mundo pago para dar direito de divorciar e recasar, conceito assimilado
pelos judeus quando eram escravos do Egito. Nota-se pelo comentrio de Robertson, que neste ponto
concorda com o Dr. Loyd Jones 36 , que o divrcio j era praticado largamente pelos hebreus, quando a
lei de Dt 24:1-4 foi dada, pois um caos familiar e social tremendo estava em andamento.
Por isso, para restringir este caos social e familiar, que a conseqncia lgica do divrcio e reca-
samento em todos as naes e lugares aonde foi implantado, foi que Moiss visando proteger o casamento
defendendo a primeira famlia abandonada pelo divorcista, e especialmente, proteger a mulher de ser
falsamente acusada por ele de adultrio, o que implicaria em sua prpria morte, concedeu que se fizesse
um documento que amparasse a famlia injustiada, documento que era prontamente usado para recasa-
mentos, isso por causa da dureza pag dos coraes dos isralitas, de modo que, mesmo na poca de Moi-
ss, conforme Dt 24:1-4, as palavras relacionadas a divrcio eram restrio, contaminao e abominao
e nunca facilitao.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 68
Ainda convm salientar, que se uma mulher for acusada de adultrio pelo marido que quer arranjar
uma desculpa para se divorciar, diferentemente das israelitas, essa mulher no est sujeita a apedrejamen-
to por culpa de adultrio, portanto, no teria essa desculpa para se divrciar. E quanto manuteno dos
filhos, mesmo sem ser divorciada, pode requerer a penso dos filhos do marido que dela se separou, ou
seu direito nos bens comuns do casal, atravs de uma separao judicial, que diferentemente do divrcio,
torna-se mais fcil haver uma restaurao do casamento.
NEM HILLEL, NEM SHAMAI, NEM MOISS, MAS O CRIADOR.
Nosso Senhor Jesus Cristo, quando confrontado com a questo do divrcio, no se situou, nas opi-
nies divergentes das duas escolas farisacas de Hilel e Shamai, Ele chamou a ateno de todos para o
pensamento e caminho original de Deus nos primeiros captulos de Gnesis. Foi por essa razo que
Cristo veio dar Sua vida por ns, para que vivamos, no segundo as concesses feitas dureza do corao
do homem, como no tempo de Moises, mas para que, vivamos como Deus determinou desde o princpio.
No profeta Isaas, Deus confronta os seus superiores pensamentos e infalveis caminhos, com os pensa-
mentos rasteiros e caminhos fadados ao fracasso do homem.
Escutemos o que Deus tem a dizer claramente em sua Palavra sobre as idias e solues do
homem em relao as suas idias e solues: Deixe o perverso o seu caminho, o inquo, os seus pen-
samentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecer dele, e volte-se para o nosso Deus, porque
rico em perdoar. Porque os meus pensamentos (a verdade imutvel e eficiente de Deus) no so os vos-
sos pensamentos (teorias loucas e ineficientes), nem os vossos caminhos (paliativos, remendos mau fei-
tos), os meus caminhos (solues definitivas), diz o SENHOR, porque, assim como os cus so mais altos
do que a terra, assim so os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamen-
tos, mais altos do que os vossos pensamentos. Porque, assim como descem a chuva e a neve dos cus e
para l no tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a faam brotar, para dar semente
ao semeador e po ao que come, assim ser a palavra que sair da minha boca: no voltar para mim
vazia (cumprir perfeitamente o propsito de Deus), mas far o que me apraz e prosperar naquilo para
que a designei. (Is 55:7-11).
Em outras palavras, o que Jesus estava querendo dizer, que, no importa o que
os homens digam ou deixem de dizer sobre o divrcio e o recasamento, pois a verdade
de Deus, no precisa do apoio humano para ser verdade, e nem deixa de ser verdade se
os homens no crerem na mesma, acharem-na absurda ou no a charem justa, de fato, o
que no final das contas ter a bno e aprovao de Deus, e por isso a nica coisa que
realmente importa, o que Deus realmente diz em Sua Palavra, o que foi seu plano no
princpio, pois Deus imutvel, e se o seu plano era bom e justo, com certeza, nem Ele
e nem Cristo, iriam mud-lo, por um plano que o homem achou, mais humano, mais
justo, mais conveniente aos atuais ventos e ondas culturais.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 69
Neste ponto, bom lembrar, o que Cristo disse acerca da lei, ou seja, que no
havia vindo revogar ou mudar a lei, mais, cumpr-la, de modo, que ao se posicionar
severamente contra o divrcio e recasamento, no estava contrariando a nenhum man-
damento dado na lei de Moiss, pois, na Lei Mosaica, no h nenhum mandamento
mandando algum se divrciar, e basta uma olhada superficial em Dt 24:1-4, e vere-
mos, que no h um s mandamento para algum se divrciar, apenas, Moiss, diz que
se algum viesse a repudiar sua mulher, o que Cristo, disse, ser uma violao do plano
original de Deus, que cumprisse suas responsabilidades com o cnjuge e filhos que es-
tava a repudiar, atravs de uma carta de divrcio.
Em Dt 24:1-4, s h um mandamento, que proibindo a mulher repudiada e con-
taminada pelo recasamento voltar ao cnjuge original, deixando claro, que para Deus, o
recasamento est carregado de impureza e contaminao, por isso, fora a esse manda-
mento, de no receber de volta a mulher contaminada, o texto, mostra que no h ne-
nhum mandamento que d direito algum se divrciar e muito menos recasar. Uma das
regras mais sadias de hermeneutica, no tirar um ensino ou doutrina, daquilo que o
Velho Testamento apenas registrou sem fazer um juzo de valor, e nesse caso, Moiss
em Dt 24:1-3, Moiss apenas registra a imitao pag do Egito, feita pelos israelitas
duros de corao e faz proviso atravs da carta de divrcio para dar proteo a famlia
a abandonada, e no para cercar de direitos aquele que estava abandonando sua famlia.
Naquele estgio da histria da salvao e da revelao progressiva, Deus iria to-
lerar a carta de divrcio, por algum tempo, isso por que ela representava uma rebeldia
e profanao do seu plano original, porm, que, com o advento de Cristo e da multifor-
me graa de Deus no Novo Testamento, Ele prprio, Nosso Senhor Jesus, faz com que
tiremos os olhos da poca catica e paganizada na vida dos Israelitas sob a liderana de
Moiss, tambm, faz com que no levemos em conta as polmicas e questionveis esco-
las de Shamai, Hillel, e ainda mais, faz com que desconsideremos tudo que a teologia e
antropologia de nossa apstata poca tem inventado, e nos remete diretamente ao prin-
cpio ao Gnesis, onde o Criador, por um ato soberano casou o primeiro casal, e sobe-
ranamente decretou a indissolubilidade do casamento para toda a raa que viria a seguir,
tanto antes como depois da queda, quer fossem crentes ou descrentes :
Por isso, deixa o homem pai e me e se une sua mulher, tornando-se os dois
uma s carne. (Gn 2:24).
Nosso Senhor depois de citar Gn 2:24, d a este texto uma interpretao at hoje
insuperavel, defendendo o carter nico e indissolvel do casamento, declarando que a
fuso ocorrida no casamento to espetcular que escapa a lgica ou compreenso hu-
mana: De modo que j no so mais dois, porm uma s carne. Aqui Cristo, usa a estranha ma-
temtica divina, que no caso da Santissma Trindade, faz que 1 + 1 + 1 seja igua a 1, em
vez de 3, e no caso do casamento, faz que 1 + 1 seja 1 em vez de dois. E, exatamente
Deus, o Soberano Criador do Universo, o autor do incrvel resultado desta estranha
soma que faz com que um homem e uma mulher casados se tornem indissoluvelmente
um, de modo que nenhum homem ou lei humana possa separar, de modo que a conclu-
so de Cristo a favor da indissolubilidade do casamento se torna clara e evidente, ao
sentenciar:
Portanto, o que Deus ajuntou no o separe o homem. (Mt 19:5,6)
A palavra juntou suzeugnumi (suzegnumi), significa: unir juntos ou jun-
tamente; atar, ligar, amarar, unir em um jugo; unir uma parelha de bois em um jugo;
unir duas coisas formando uma unidade, [e de modo especial fala] dos laos do casa-
mento. 37
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 70
Por isso, querido irmo, com problemas conjugais, quem sabe j vitimado por um
divrcio indesejado. Por amor de sua alma, e pelo bem do Reino de Deus, no se deixe
levar pelas bondosas e caridosas sadas arranjadas para que voc consiga no final das
contas o que voc quer, porm, tudo baseado nas areias movedias e abismticas da
palavra dos homens, e no na rocha eterna e bem-aventurada da Palavra de Deus. Obe-
dea a voz soberana do Senhor e Criador do Universo: o que Deus ajuntou no o separe o
homem.
O VINCULO OU LIGAO FEITA ENTRE O HOMEM E MULHER QUE SE CASAM PELA
PRIMEIRA VEZ, E TO FORTE E PODEROSO, QUE NENHUM HOMEM OU INSTITUIO DA
TERRA PODE DESFAZER.
NO VOS DEIXEIS ENGANAR PELA DUREZA DO VOSSO CORAO - PARA D EUS NO EXISTE DI-
VRCIO SEM PECADO. No h como fugir desta triste realidade espiritual: divrcio e recasamento
so sempre motivados por DUREZA DE CORAO. Corao duro o estado pecaminoso do
corao obstinado em sua prpria vontade, que se rebela carnalmente contra a vontade de
Deus, e arruma desculpas e falaciosas justificativas para viver deliberadamente em pecado.
Como Deus pode abenoar e aceitar um ato feito na base de dureza e rebelio de
corao, coisas que Ele diz abominar, e que compara com o pecado de idolatria e
feitiaria?
Como Deus poderia abenoar um divrcio e recasamento que so tambm abo-
minveis para Ele, pois so frutos da abominvel rebelio?
A Bblia diz que para os duros de corao (rebeldes e obstinados em sua prpria vonta-
de), e que rejeitam a Palavra do Senhor, em vez de aceitao, o que recebero, com toda cer-
teza rejeio no apenas de seus atos, mas at de suas prprias pessoas.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 71
Portanto, no adianta, eufemizar ou suavizar a expresso: DUREZA DE CORAO, que
a mesma coisa que tentar tapar o sol com a peneira. Ou os duros de corao se deixam
quebrantar, e abandonam seus pecados, ou sofrero rejeio da parte do Senhor.
Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso corao que Moiss vos permi-
tiu repudiar vossa mulher; entretanto, no foi assim desde o princpio (no , nem o
plano, nem a vontade de Deus revelada em Sua Palavra. (Mt 19:8)
Porque a rebelio como o pecado de feitiaria, e a obstinao (corao duro) como a
idolatria e culto a dolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do SENHOR, ele tambm
te rejeitou a ti... (I Sm 15:23 )
Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno
conhecimento da verdade, j no resta sacrifcio pelos pecados; pelo contrrio, certa
expectao horrvel de juzo e fogo vingador prestes a consumir os adversrios. (Hb
26,27)
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 72
A COBIA, geralmente definida em sua essncia como o desejo de ter aquilo
que proibido, o desejo de tomar aquilo que no se deve tomar, o no refrear os
apetites e desejos contrrios s leis de Deus e dos homens.... o pecado do mundo
sem Deus. o pecado do mundo, da sociedade, do homem que virou as costas s leis
de Deus. o prprio antnimo da generosidade do amor de Deus e da caridade da
vida crist. (Willian Barcley). "a disposio que sempre est pronta a sacrificar o
prximo em lugar de si mesmo em todas as coisas..." (Lightfoot). 38
Como a definio acima se encaixa no divrcio e recasamento motivados por
cobia. fato notrio que a grande maioria de pessoas que se divorciam e recasam so
motivadas por desejos que so proibidos a uma pessoa casada, e sua concupiscncia (do
grego, epitumia, ou desejo desenfreado), usam de todos os meios para tomar aquilo que
no se deve tomar, a mulher ou cnjuge do prximo. Para essas pessoas hedonistas que
fazem do alvo da sua vida o prazer, nada consiguir det-las em suas taras, mesmo que
tenham de passar por cima das leis de Deus e dos homens. Mesmo que tenham de
sacrificar o prximo, o cnjuge inocente e os filhos que em geral sofrero muitssimo.
Por isso, entre as terrveis associaes do divrcio e do recasamento, est
exatamente a cobia, que verdadeiramente chamada de o pecado do mundo sem Deus
ou do homem que virou as costas para Deus, embora, continue a desenvolver o que
certo comentarista bblico (Joseph Alleine, no lembro bem!), chamou de hipocrisia
inconciente, se referindo aquelas pessoas que tero uma terrvel surpresa, ao se
encontrarem juntos com os perdidos no dia do juzo final. Esses hipcritas inconsientes,
que nada negaram a sua cobia desenfreada, embora, tenham feito isto,
evangelicamente, ou com o respaldo de igrejas e pastores modernos, por isso, com a
conscincia cauterizada, passaram toda a sua vida crist se auto-enganando com sua
falsa religiosidade ou evangelicidade, ouviro as piores palavras do universo: Nem
todo o que me diz SENHOR, SENHOR, entrar no Reino dos cus, mas, aquele que
faz a vontade de meu Pai que est nos cus...apartai-vos de mim, vs que praticais a
iniquidade. (Mt 7:21-23)
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 73
citado por Champlin) era um homem ambioso, sensual, suntuoso, ao passo que Joo era
um homem disciplinado em seus apetites, renunciara o mundo, era reto e claro como a
luz. Este mpio governante governou a Galilia e a Peria de 4 a.C. a 39 d.C. Foi ele, o
Herodes a quem Jesus chamour de raposa (Lc 13.32), e foi ele, assim com Acabe,
dominado pela mulher, mandou matar a Elias, ele por sua vez, por causa, da condenao
que Joo Batista fez de seu divrcio para recasar com a mulher divorciada de seu meio-
irmo, mandou mat-lo. (Mt 14.1-12; Mc 14:1-29). Jesus o chamou de "raposa".
impressionante o dio de Herodias contra Joo Batista, por ele, denunci-la no
como a esposa de Herodes, mas como uma adltera. Joo, como um profeta do Senhor,
e a semelhana de Elias, no temeu desafiar a ordem estabelecida pelo mau e pelo peca-
do. Este texto mostra que o divrcio e o recasamento no tinham aceitao unnime,
nem mesmo entre os judeus; Joo foi chamado o maior profeta, entre os nascidos de
mulher, e sua reao aos divorciados e recasados Herodes e Herodias, deveria evidenci-
ar qual deveria ser a atitude dos santos em relao a esta questo. Veja abaixo, um pou-
co do pano de fundo histrico dos divrcios e recasamento de Herodes e Herodias.
Herodias era filha de Aristbulo, um dos filhos de Mariamne e de Herodes, o Grande. Era irm
de Herodes Agripa 1. Primeiramente casou-se com seu tio, Herodes Filipe, que era filho de
Herodes, o Grande, e de outra esposa, que tambm se chamava Mariamne. Esse Herodes no deve
ser confundido com o tetrarca Filipe. Anos depois, casou-se com seu tio, Herodes ntipas. Este
era o filho caula de Herodes e de Maltace, o qual chegou a governar a Galilia e a Peria. Esse
foi o Herodes que mandou executar Joo Batista. ...De seu primeiro casamento, ela teve uma filha,
de nome Salom. Essa filha casou-se com seu tio-av, Filipe, o tetrarca. comum os estudiosos
identificarem Salom com a jovem que danou, conforme se v em Mar. 6:22 ss; mas isso continua
sendo debatido pelos eruditos... Herodias tornou-se perenemente infame, por causa do papel que
desempenhou no caso da execuo de Joo Batista. Herodias e seu (primeiro) marido, Herodes
Filipe, residiam em Roma. Estando ela hospedada na casa de Herodes Antipas, ela e Antipas se
apaixonaram um pelo outro, e ele acabou persuadindo-a a se casar com ele. Para isso, ele
precisou divorciar-se de sua primeira esposa, uma princesa nabatia, a fim de poder casar-se
com Herodias. Joo Batista denunciou publicamente o casamento de Herodias com Antipas, e
acabou aprisionado na fortaleza de Maquero. O dio de Herodias contra Joo Batista atingiu um
ponto sem controle, e o resultado foi o pedido que ela fez para que Antipas mandasse executar o
profeta, o que sucedeu. Herodias causou a queda e o exlio de Antipas ao encoraj-lo a buscar
39
exagerado poder poltico.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 74
8a QUESTO DIVRCIO OU VIUVEZ?
Rom. 7: 2,3
ORA,
A MULHER CASADA EST LIGADA PELA LEI AO MARIDO , ENQUANTO ELE VIVE ;
MAS, SE O MESMO MORRER , DESOBRIGADA FICAR DA LEI CONJUGAL.
DE SORTE QUE , ENQUANTO VIVER O MARIDO,
SER CONSIDERADA ADLTERA , SE FOR DE OUTRO HOMEM ;
MAS , SE ELE MORRER , ELA EST LIVRE DA LEI,
E ASSIM NO SER ADLTERA SE FOR DE OUTRO MARIDO .
I Co. 7:39
"A MULHER EST LIGADA AO MARIDO
ENQUANTO ELE VIVER,
CONTUDO , SE FALECER O MARIDO ,
FICA LIVRE PARA CASAR COM QUEM QUISER ,
MAS SOMENTE NO SENHOR "
Seria impossvel falar de modo mais claro que este. O que est afirmado acima s
deixa em dvidas quem no aceitar o que o texto clara e naturalmente diz e partir para
encontrar por qualquer meio e a qualquer custo, uma brecha para divrcio e
recasamento. Portanto, falaciosa a conversa que diz que esse assunto de divrcio e
recasamento na Bblia difcil determinar o que Deus realmente quer, o que Ele permite
e o que Ele probe. O mximo que algum pode honestamente afirmar que no tem
dedicado tem suficiente para estudo este assunto que est claramente revelado na Bblia.
Por isso, que at o quinto sculo depois de Cristo, e alguns autoridades no assunto
estiquem este tempo at a poca da Reforma, os cristos aceitavam sem discusso ou
dvidas o ensino sobre a indissolubilidade do casamento e o pecado dos divrcio e do
recasamento.
O ENSINO CLARO DE TEXTOS COMO OS CITADOS ACIMA : O VNCULO FEITO
POR DEUS, POR OCASIO DA ALIANA DE CASAMENTO ORIGINAL PARA TODA A
VIDA: dois... uma s carne e que liga indissolvelmente um cnjuge ao outro to
forte que a fora dos homens e das suas mutveis e convenientes leis humanas, sejam
de carter civil ou religioso, no podem quebr-lo, de modo que, independente do que
acontea (adultrio, violncia, incompatibilidade de gnios, etc...), e com quem
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 75
acontea (seja crente ou descrente, antes ou depois da converso, parte inocente ou
parte culpada) o vnculo do casamento permanece inquebrvel, enquanto os dois
viverem.
O Comentrio Bblico Moody diz: Ser considerada adltera se vivendo ainda o
marido, unir-se com outro homem. A traduo "se for de" tem o sentido implcito de se
for casada com. Mas, depois da morte do seu marido, ela pode tornar a se casar sem
que seja acusada de adultrio. A esposa que ficou viva, est livre para casar-se com
outro.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 76
lhantemente ao Titanic a igreja crist professa ruma inexoravelmente rumo ao iceberg que pe fim a toda
soberba. Antes, urgente, urgentssimo que nos firmemos, mais ainda, de modo, incondicional e inar-
redvel, ao lado da autoridade absoluta e suficincia inesgotvel da Palavra de Deus.
De modo que, este texto de I Co 7:10-11 to claro e evidente, que no preciso fazer muito co-
mentrio sobre ele, o que pode ser chamado de texto auto-explicativo. No texto, Deus de modo cate-
grico e sem deixar margem para nenhuma dvida:
Proibe marido e mulher de se divorciarem;
Mas caso o divrcio ocorra contra a vontade da parte do crente fiel, o que esse crente abando-
nado tem de fazer est mais claro ainda: que viva de um modo em que seja possvel a reconciliao;
Se a reconciliao no for mais possvel, porque o outro cnjuge no quer reconciliao ou
porque recasou, neste caso, tambm, no h dvidas quanto ao que Deus espera que o crente faa, ou
seja: que no se case novamente, o que equivale, nas palavras de Cristo, a ser celibatrio pelo Rei-
no de Deus.
Somente se ficar vivo, pode casar novamente, sem cometer adultrio e sob a bno de Deus.
Portanto, a questo do divrcio est clarssima para quem no padesse do mal terrvel de dureza
de corao e entendimento.
Veja o comentrio do servo de Deus, Pr. Gerson Rocha, quanto a esse evidente texto:
O ensino bblico que a mulher no se separe do marido, e que o marido no se
aparte da mulher, Havendo separao, a ordem : No se case , vlida tambm pa-
ra o marido, pois a reconciliao o nico remdio apresentado para o casamento
no naufragar: Ora, aos casados, ordeno no eu, mas o Senhor, que a [Pg 10] mulher
no se separe do marido (se porm ela vier a separar-se, que no se case, ou que se
reconcilie com seu marido); e que o marido no se aparte de sua mulher (1 Corn-
tios 7:10,11).
Se, porm, a dureza do corao (Mc 10:5) impedir a reconciliao, Deus sente mui-
to, mas no vai consentir no adultrio, anulando a lei que Ele estabeleceu, no princpio: De
modo que j no so dois, mas uma s carne (Mc 10:8,9; Mt. 19:6; Gn. 2:24).
Morte, ou reconciliao - eis a soluo Coraes que se voltem para Deus em hu-
milde e vero arrependimento, j no pensam em morte, mas anelam por reconciliao, mal-
grado os motivos de suas desavenas. 41
Sobre I Cor 7:10, 11, o comentrio Bblico Moody diz: As seguintes palavras
de Paulo relacionam-se com a manuteno ou interrupo dos laos do casamento,
no caso de crentes casados (vs. 10, 11) e de um crente com um descrente (vs. 12-16).
Para os crentes a regra "no se separem", sustentada pelo ponto de vista do Senhor,
no eu mas o Senhor (cons. Mc. 10: 1-12). No caso de uma separao desaprovada,
Paulo destaca duas possibilidades. A esposa que no se case, tempo presente,
enfatizando o estado permanente. Ou ento, que se reconcilie com seu marido, tempo
aoristo, enfatizando um acontecimento de uma vez por todas, em separaes
subseqentes.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 77
10a QUESTO CRENTE PODE DIVORCIAR DE
DESCRENTE?
1. Cor. 7: 12 a 15
AOS MAIS DIGO EU, NO O S ENHOR :
SE ALGUM IRMO TEM MULHER INCRDULA,
E ESTA CONSENTE EM MORAR COM ELE,
NO A ABANDONE;
E A MULHER QUE TEM MARIDO INCRDULO,
E ESTE CONSENTE EM VIVER COM ELA,
NO DEIXE O MARIDO.
Novamente, Paulo usa de uma clareza, que torna este texto auto-explicativo. Deus proibe clara-
mente um cnjuge crente se divorciar do cnjuge descrente. Um fato a se destacar aqui, que este
cnjuge descrente no era apenas uma pessoa irreligiosa ou ligada a uma das seitas crists que ainda
mantm uma moralidade aceitvel, mas tratava-se de uma pessoa pag, envolvida com rituais pagos
abominveis. Isso se torna um fator muito forte em defesa da indissolubilidade do casamento como
uma lei que est acima da posio religiosa do cnjuge, ou at mesmo da questo do adultrio. Para o
pago, adulterar era algo natural. Tanto que Paulo deixa isso claro em I Co 6, quando se referiu ao velho
estilo de vida pag dos crentes de Corinto. E a esses crentes a quem Paulo manda tolerar cnjuges
pagos, que certamente teriam um estilo de vida licenciosa como eles tiveram.
PORQUE O MARIDO INCRDULO SANTIFICADO NO CONVVIO DA ESPOSA ,
E A ESPOSA INCRDULA SANTIFICADA NO CONVVIO DO MARIDO CRENTE.
DOUTRA SORTE , OS VOSSOS FILHOS SERIAM IMPUROS;
PORM , AGORA , SO SANTOS.
Neste versculo, Paulo d as razes porque Deus proibe do crente divorciar do pago. Sendo que a
primeira razo para um crente no se divorciar de um pago era porque atravs da convivncia do pago
com o crente, estes viessem progressivamente mudar seu comportamento, mudando-o de pago, para o
que Paulo chamou de santificado.
A segunda razo que diferentemente do Velho Testamento, onde os filhos de pagos eram tidos
como impuros, neste caso, os filhos seriam tambm santos.
A terceira razo est ligada a salvao do pago. Pois continuando com o pago, e pela observan-
cia da vida santa e piedosa do crente, o pago viesse a se arrepender e ser salvo.
Abaixo citamos a argumentao do Pr. Gerson Rocha, por ser brasileiro e bem conhecido, quanto
ao que capciosamente chamado de privilegium palinum, ou exceo abonanda por Paulo para dar
direito de recasamento ao crente que foi abandonado por um descrente. Vrios estudiosos e exegetas
bblicos srios, que poderia citar aqui, mas por questo de espao e repetio, no o farei, dizem que este
texto, de maneira nenhuma d base para recasamento de divorciados, ou seja, quem advoga essa falsa
exceo paulina, tem de usar de interpretao forada ou hermeneutica desonesta.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 78
Livres Da Servido, Mas No Para Novas Npcia Definindo o casamento de crente com in-
crdulo em termos de servido, Paulo aconselha, contudo, que ambos no se abandonem. Mt se o
cnjuge descrente quiser se apartar, que se aparte, ficando livre da servido o irmo ou a irm,
isto : o cnjuge crente. [Pg 11]
Chamando tal casamento de servido, Paulo se refere ao jugo desigual em que se re-
solve a unio do crente com o incrdulo, conforme n-lo mostra em II Corntios 6:14-16:
No vos ponhais em jugo desigual com os incrdulos....
Apartado do incrdulo, por iniciativa deste -mas se o incrdulo quiser se apartar... -
0 cnjuge crente fica livre desse jugo, mas no para novas npcias, pois estando ligado ao
seu cnjuge pela lei (Rom. 7:1 3), ser adltero se, estando vivo aquele cnjuge, pertencer a
outro.
Este o ensino claro de 1 Corintios 7:12-15, em que Paulo reconhece a existncia des-
se mau casamento, ou jugo desigual. E notem: Sobre esse jugo desigual, Deus nada mais tem a
dizer por ser aliana que no procedeu dele: Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que executam
planos que no procedem de mim, e f a z e m aliana sem a minha aprovao, para acrescenta-
rem pecado sobre pecado ( Isaias 30:1). E' por isso que Paulo, referindo-se ao casamento misto
- ao jugo desigual - diz: Aos mais digo eu, no o Senhor... (1 Cor. 7:12), admitindo que a sepa-
rao, na base j aludida, liberta o crente dessa penosa desigualdade (I Cor. 7:15). [Pg 12] Per-
do h, mas no cura sfilis, disse algum. 0 crente fica livre da servido, mas no pode con-
trair novas npcias enquanto viver o seu cnjuge. E' lamentvel colher as dolorosas consequn-
cias de um passo errado, mas no inevitvel. Relembrar Romanos 7:1.3 pode evitar que um abis-
mo chame outro abismo. 42
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 79
O divrcio no soluo, e sim um terrvel mal social, a desfazer milhes lares
atravs do mundo. O Dr. M.R. DE HAAM, pastor norte-americano disse, que no incio
do nosso sculo, algum envolvido em divrcio, sentia-se muito envergonhado, e que
quando o processo terminava, mais envergonhado, ainda, mudava-se de cidade para
comear a vida em outro lugar. Nos dias modernos a taxa de pessoas envolvidas em
divrcio cresce assustadoramente, duplica, triplica, quadruplica, e depois dobra de novo,
gerando o aumento do nmero de filhos, que tem a terrvel infelicidade de crescerem em
lares desfeitos.
As estatsticas comprovam que a maioria dos casos de crimes de adolescentes e
jovens vem exatamente de adolescentes e jovens que vieram de lares desfeitos pelo
divrcio, ou pela separao dos pais. Por issso, o divrcio um dos piores canceres a
corroer uma nao. Sentimos compaixo pelos que caem na desgraa do divrcio e na
infelicidade da separao conjugal, porm, dizemos que o divrcio no a soluo e
sim um mal terrvel a desfazer lares, orfanar crianas, condenando-as a viverem sem um
dos pais, ou at sem nenhum dos pais.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 80
CAPTULO IV REGRAS DE HERMENEUTICA
ORTODOXA
Ou FUNDAMENTALISTA BBLICA
2. Entre um texto claro e um obscuro, a doutrina deve ser tirada do texto claro e no
do obscuro .
Exemplo: Os textos de Marcos 10, Lucas 18, Rm 7, e I Co 7 - So clarssimos e diretos em declarar a
indissolubilidade do casamento e em condenar o divrcio como pecado e o novo casamento como
adultrio.
- Os textos de Marcos 10:11,12, Lucas 16:18, Mateus 5:32; 19:9, Romanos 7:3, I Cor 7:39 contm a
frase:
aquele que casar com a repudiada comete adultrio (moiquia).
- Os textos de Marcos 10:11,12, Lucas 16:18, Romanos 7:3, I Cor 7:39 no trazem nenhuma
execeo a frase:
aquele que casar com a repudiada comete adultrio (moiquia).
- Os textos de Marcos 10:11,12, Lucas 16:18, claramente culpam de adultrio, qualquer das partes
conjugais que recasem aps divrcio, sem fazer escesses ou qualquer concesso, nem mesmo para a
parte chamada de inocente:
Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultrio contra aquela. E, se ela repu-
diar seu marido e casar com outro, comete adultrio. (Mc 10:11-12)
Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultrio; e aquele que casa com a
mulher repudiada pelo marido tambm comete adultrio. (Lc 16:18)
- Os textos de Romanos 7:3, I Cor 7:39 alm de claramente culpar de adultrio, qualquer das partes
conjugais que recasem aps divrcio, sem fazer escesses ou qualquer concesso, nem mesmo para a
parte chamada de inocente, acrescenta uma informao que refora mais ainda, o conceito de
indissolubilidade do casamento, ou seja, o que liga marido e mulher quem perdura enquanto ambos
vivem e s a morte de um deles, os desobriga e livra da lei, de modo, que o recasamento feito
enquanto um dos cnjuges, ainda, est vivo, claramente chamado de adultrio. Esse o ensino
claro deste textos, tentar dizer que o que eles claramente esto dizendo, no o que eles esto dizendo,
o mesmo que dizer, que o sol ao meio-dia, embora parea brilhar, de fato est completamenteescuro.
Ora, a mulher casada est ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive;
mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficar da lei conjugal.
De sorte que, enquanto viver o marido,
ser considerada adltera, se for de outro homem;
mas, se ele morrer, ela est livre da lei,
e assim no ser adltera se for de outro marido. Rom. 7: 2,3
A mulher est ligada enquanto vive o marido;
contudo, se falecer o marido,
fica livre para casar com quem quiser,
mas somente no Senhor.
II Co 11:2 Porque zelo por vs com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos a-
presentar como virgem pura a um s esposo, que Cristo.
Joo 4:16 [16]Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e vem c; [17] ao que lhe respondeu a
mulher: No tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, no tenho marido; [18] porque
cinco maridos j tiveste, e esse que agora tens no teu marido; isto disseste com verdade.
Malaquias 3:5 - E chegar-me-ei a vs para juzo, e serei uma testemunha veloz ... contra os
adlteros, e contra os que juram falsamente, ... no me temem, diz o SENHOR dos Exrci-
tos.
Hebreus 13:4 -Venerado seja entre todos o matrimnio e o leito sem mcula; porm aos que se
do prostituio (fornicrios) e aos adlteros (relaes sexuais ilctas) Deus os julgar.
(I Co 6:10) - No erreis: nem os devassos, nem os idlatras, nem os adlteros, nem os efemina-
dos, nem os sodomitas, nem os ladres, nem os avarentos, nem os bbados, nem os maldizen-
tes, nem os roubadores herdaro o Reino de Deus.
CONCUBINATO E MEMBRAZIA
CAP V - CONCUBINATO, DIVRCIO, E MEMBRASIA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 87
os botocudos da Amrica do Sul, as classes baixas do Tib e outros povos, o
casamento era completamente experimental, e rompia-se por vontade de qualquer
dos cnjuges, sem que fossem precisas justificaes. Entre os damaras, segundo
Francis Galton, "a esposa era trocada semanalmente". Nos bailes a "mulher passava
de homem a homem, e por sua prpria vontade deixava um marido por outro.
Jovens, ainda meninas de pouco mais de 10 anos, tinham, muitas vezes, quatro ou
cinco maridos, e todos ainda vivos". A palavra original para casamento do Hava,
significa experincia. Nos taitianos, h um sculo, quando no havia filhos, as unies
eram livres e dissolveis vontade; e se vinha prole, os pais ou a destruam sem
nenhuma condenao social, ou criavam-na e ficavam morando juntos; o homem
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comprometia-se a sustentar a mulher em troca dos trabalhos de me que ela iria ter".
CAP V - CONCUBINATO, DIVRCIO, E MEMBRASIA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 88
Lembro-me de um pastor. Com quem conversei, que disse explicitamente, que se o casal
j convisse em concubinato a muitos anos e j tissevesse e at netos, no via problemas em
batizar aquele casal e integr-los ao rol de membros de sua igreja. Outro missionrio, homem
muito dedicado e trabalhador, aps, ouvir certo professor de teologia dizer que no via
problemas com batismo de amaziados, logo aps, encontrou-se comigo e disse: o papel do
casamento que se assina no cartrio no to importante assim, o que importa mesmo a
boa convivncia do casal, se referindo as pessoas em concubinato.
Porm, a eterna Palavra de Deus, a Bblia sagrada, nica regra de f e prtica dos
santos, no muda seus conceitos sobre o pecado, porque a sociedade passou a cham-los
por outros nomes, e lhes deu no s respeitabilidade mais at legalidade. Deus,
imutvel em seu carter e conceitos, por isso, conforme Ele revelou na Bblia, pessoa
em concubinato, no caso de pessoas solteira fazendo sexo fora do casamento legtimo,
so chamadas por ele de fornicrias e se no se arrependerem, sero julgadas e
condenadas ao inferno pelo pecado, chamado por Ele de fornicao. No caso de
pessoas em concubinato j sendo casadas, so chamadas por ele de adlteras e se no
se arrependerem, sero julgadas e condenadas ao inferno pelo pecado, chamado por Ele de
adultrio. Toda a Bblia exalta e margnifica exclusivamente o casamento e adverti
seriamente para o julgamento divino que cair sobre os fornicrios e adlteros . O texto
de Hebreus fala claramento sobre esse julgamento:
Malaquias 3:5 - E chegar-me-ei a vs para juzo, e serei uma testemunha veloz ... contra os
adlteros, e contra os que juram falsamente, ... no me temem, diz o SENHOR dos Exrci-
tos.
Hebreus 13:4 -Venerado seja entre todos o matrimnio e o leito sem mcula; porm aos que se
do prostituio (fornicrios) e aos adlteros (relaes sexuais ilcitas) Deus os julgar.
(I Co 6:10) - No erreis: nem os devassos, nem os idlatras, nem os adlteros, nem os efemina-
dos, nem os sodomitas, nem os ladres, nem os avarentos, nem os bbados, nem os maldizentes,
nem os roubadores herdaro o Reino de Deus.
Quando Cristo declarou que tanto quem pede divrcio como quem sofre o divrcio
vindo a recasar comete adultrio, estava dizendo, conforme a definio para adultrio,
que a mulher que casou com um divorciado, o homem divorciado no de fato seu
esposo, e que o homem que casa com uma mulher divorciada, a divorciada no de
fato sua esposa, por isso, em vez de uma relao de casamento, Deus chama a relao
deles de adultrio. Isso o ensino em Marcos, o primeiro evangelho escrito, e nos
demais, o Senhor usou a palavra grega, moicea (moikeia), que , tambm, a mesma pala-
vra usada para adultrio no caso da mulher surpreendida em adultrio, e levada pelos fariseus
a presena de Jesus, para ser apedrejada por est fazendo sexo fora do casamento, e ainda,
a mesma palavra usada por Paulo, para descrever as pessoas que no podero herdar o Rei-
no dos Cus. Veja as passagens abaixo:
CAP V - CONCUBINATO, DIVRCIO, E MEMBRASIA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 89
Marcos 10:11-12 Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultrio moicea
(moikeia) contra aquela. E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultrio
moicea (moikeia).
Joo 8:3 Os escribas e fariseus trouxeram sua presena uma mulher surpreendida
em adultrio moicea (moikeia) e, fazendo-a ficar de p no meio de todos.
Entre os livros que causaram profunda influncia em meu ministrio, foi um dos
livros de Joseph Alleine, que mostrava a impiedade de confortar pecadores com a
segurana da salvao, quando os seus frutos inconversos indicavam a sua caminhada
inexorvel para o inferno, em vez, de usar de honestidade, no sentido de mostrar-lhes
para que destino apontava os seus frutos.
Por isso, alm de ser um terrvel engano (mentira), impiedoso dizer, sem
nenhum respaldo bblico, que o adultrio dos divorciados menos culposo, do que o
adultrio dos casados adlteros que fazem sexo com qualquer pessoa. Isto porque, para
no ofender o ente querido, nem lhes trazer constrangimento, escondem a realidade
terrvel de que RECASADOS APS DIVRCIO SO CATALOGADOS NA BBLIA COM A MESMA
PALAVRA QUE CLASSIFICA E ENQUADRA NO ROL DE MEMBROS DO INFERNO, os que
cometem adultrio, ou fazem sexo fora do casamento autorizado por Deus.
Consequentemente, mais piedoso e sincero, dizer aos recasados aps divrcio,
que se arrependam do seu adultrio e se faam celibatrio pelo Reino dos Cus, ou,
conforme o registro bblico, continuaro no rol daqueles que no tero parte no Reino
dos Cus.
CAP V - CONCUBINATO, DIVRCIO, E MEMBRASIA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 90
De modo, que arrependimento que no leva ao abandono do pecado, ou confisso
que em vez de purificar da injustia e pecado, ao contrrio, santifica o pecado (uma impossi-
bilidade teolgica), com certeza um arrependimento falso e enganador, que levar o peca-
dor a se descuidar do verdadeiro arrependimento, condio bsica para a salvao da sua
alma. A prova do arrependimento do acoolismo a deciso de abandon-lo. A prova do arre-
pendimento de uma prostituta deixar o bordel. A Prova do arrependimento de um matador de
aluguel abandonar o crime. A prova que algum est arrependido do adultrio motivado pelas
relaes sexuais feitas dentro do recasamento aps divrcio deixar as relaes sexuais adul-
terinas e no dar um jeitinho de transformar, de modo mgico (porque pela Bblia no d), o
adultrio, representado pelo segundo casamento, num santo matrimnio.
Muita gente j tem perguntado se algum que est em adultrio por causa do
segundo casamento crente ou no? A resposta impossvel de ser dada aos olhos
humanos, mas podemos ter uma pista da resposta. A Bblia diz que todo crente pode
cair no pecado, e aquele que diz que no tem pecado mentiroso. Porm a Bblia deixa
claro que o verdadeiro crente, embora possa cair no pecado, como um acidente, quando
acontece algo que lamenta profundamente, e do qual procura livrar-se com todas as
foras. O crente, por uma fatalidade lamentvel por ele, pode at cair no pecado, mas
no ficar atolado se deleitando nele e arrumando desculpas para amortecer sua
consciencia. O crente que assim procede est dando um claro sinal de que nunca nasceu
de novo. Por isso, todo verdadeiro crente h de procurar sair do pecado que o escraviza
e aprisiona. Se um divorciado for realmente crente, com certeza ele h de lutar para sair
da condio de adultrio. Por isso difcil julgar se ele crente ou no. Sua reao ao
ensino bblico, mostrar a situao de sua alma.
CAP V - CONCUBINATO, DIVRCIO, E MEMBRASIA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 91
QUANTO A MEMBRASIA DE DIVORCIADO, RECASADOS E
EM CONCUBINATO
Algum pode perguntar, porque um divorciado e recasado no podem ser
membro de uma igreja, e se forem devem deixar o rol de membros desta igreja? A
resposta dada pelo prprio Deus. Deus diz que no aceita com prazer as oraes
(mesmo feitas com lgrimas, choro e gemidos) e ofertas dos divorciados e recasados.
Por isso, os divorciados e recasados, no podem ser membros da igreja, nem sequer
dirigir oraes na igreja, at que resolvam a sua situao. Veja o que Deus diz em
Malaquias 2:13-15:
Ainda fazeis isto: cobris o altar do SENHOR de lgrimas, de choro e de gemidos, de
sorte que ele j no olha para a oferta, nem a aceita com prazer da vossa mo. E per-
guntais: Por qu? Porque o SENHOR foi testemunha da aliana entre ti e a mulher da
tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher
da tua aliana. No fez o SENHOR um, mesmo que havendo nele um pouco de esprito?
E por que somente um? Ele buscava a descendncia que prometera. Portanto, cuidai de
vs mesmos, e ningum seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Porque o
SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repdio e tambm aquele que cobre de vio-
lncia as suas vestes, diz o SENHOR dos Exrcitos; portanto, cuidai de vs mesmos e no
sejais infiis.
O padro de vida exigido dos crentes para pertencer a congregao dos santos no Novo
Testamento no se tornou mais frouxo e complacente do que no Velho Testamento. Como j
foi dito, a quem muito dado, muito exigido, por isso o padro para ser membro da igreja
crist muito mais elevado do que aquele exigido para um israelita pertencer a congregao
de Israel.
Observaes importantes:
- Eram privados de seus privilgios no tabernculo e no templo: Os que tivessem
qualquer tipo de impureza.
- Eram retirados do rol de membros da nao e do servio do tabernculo e do
templo: A retirada radical do rol de membrasia em Israel era feito atravs da pena de
morte a vrios tipos de transgresso como: adultrio, feitiaria, homicdio doloso,
rebeldia contumaz contra os pas, etc.
CAP V - CONCUBINATO, DIVRCIO, E MEMBRASIA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 92
- Batismo nas guas imerso simblica na morte (para o pecado) e ressurreio
(nova vida) com e em Cristo.
- Novidade de Vida (as coisas velhas j passaram Rm 6:4; II Co 5:17)
Observaes importantes:
- No deveriam ser batizados nas guas: Os que andam conforme a velha vida
alcoolismo, tabagismo, fornicao, concubinato, adultrio, divrcio, recasamento,
trabalho desonesto, etc...
- Deveriam ser retirado do rol de membros da igreja: Os que deixam de andar em
novidade de vida, e voltam aos velhos caminhos mpios e pagos ou se desviam para
o mundanismo: alcoolismo, tabagismo, fornicao, concubinato, adultrio, divrcio,
recasamento, trabalho desonesto, etc...
Exemplos:
- O Conclio de Jerusalm exemplificou algumas coisas que os pagos convertidos
deveriam se abster, entre elas as relaes sexuais ilcitas ou sexo fora do casamento.
(At 21:25)
- Paulo, grande defensor da santidade e pureza da igreja, sem maiores consideraes,
recomendou com veemncia a excluso da membrasia ao culpado de relaes sexuais
ilcitas da igreja de Corinto. ...andais vs ensoberbecidos e no chegastes a la-
mentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou? (I
Co 5:1-12)
- A condenao de Paulo, ao pecado de incesto, cometido pelo irmo de Corinto,
tirado do rol de membro com uma veemncia e dureza que at parece ser grosseiria,
mais no , de fato, o preo que uma igreja tem de pagar, para ser pura e santa,
aquilo que Paulo chamava de zelo, para apresentar a igreja pura e santa a um s
esposo. O apstolo diferentemente do que ocorre nas igrejas onde o rol de membros
cabe todo mundo, por se conformarem as evolues do tempo e do mundo, porm,
Paulo, ia exatamente contra aqueles tipos de conduta que tinha se tornado plenamente
aceitvel na sociedade grega de Corinto, as relaes sexuais ilcitas, o homosexualismo,
e inclusive o incesto.
Paulo, sabia que na sociedade em que ele estava vivendo, a questo no era se o
comportamento era lcito ou legal, mas se era conveniente aos padres de santidade
revelados na Palavra de Deus. Por isso ele afirmou, Tudo me lcito, mas, nem tudo
convm. Diferentemente de Paulo, os crentes de hoje, tentam aproveitar tudo, no s o
que lcito na sociedade e at o que a prpria sociedade condena. H incredlos que
condenam o divrcio e o recasamento, pois por uma simples questo de lgica
estatstica sabem a desgraa na famlia provocada por estes dois males.
- Neste ponto, ser bom que se saiba que a dura disciplina eclesistica aplicada pela
igreja de Cornto sob ordem de Paulo, para manter o seu rol de membros
desembaraados de comportamentos anticristos, no foi um caso isolado na igreja
primitiva, mas esse foi o padro que manteve o vigor e bom testemunho da igreja
primeva: f e comportamentos santos. O Comentarista bblico, Michael Green,
fazendo um contraste da vida santa dos crentes na igreja primitiva e a sociedade pag da
poca assim registra o zelo dos crentes primitivos pela pureza e santidade da igreja:
Esta relao entre f e comportamento como um fio de ouro que passa pela literatura
crist. As duas coisas no podem ser separadas sem provacarem resultados desastrosos, entre os
quais est o fim da evangelizao eficaz. Por esta razo que os escritores do Novo Testamento
so to intolerantes com erros doutrinrios e morais por parte dos convertidos. As filosofias
falsas de que falam Colossenses, 1 Joo e 1 e 2 Corntios, todas tiveram conseqncias morais
repugnantes. Da mesma forma toda literatura contra os hereges do segundo sculo se preocupa
tanto com a conduta certa como com o credo ortodoxo. As duas coisas estavam geminadas de
forma inseparvel na misso e desafio cristos. Quando acusados de opinies atestas, banquetes
CAP V - CONCUBINATO, DIVRCIO, E MEMBRASIA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 93
de Tieste e moral de Edipo," os Apologistas apontavam para a vida dos cristos, que desmentia
as calnias populares. Depois, acusavam os pagos caluniadores da mesma coisa.
Tefilo, por exemplo, rejeitou a acusao de atesmo lembrando que os cristos crem em
um Deus moral, criador do universo. Ele rejeita a acusao de incesto e promiscuidade
lembrando que pensamentos maus so ofensivos conscincia crist, quanto mais atos
licensiosos. Ele refuta a acusao de crueldade criminosa mostrando que os cristos estavam
proibidos at de ver lutas de gladiadores, para no serem contaminados pela crueldade e
cometerem crimes. "Longe dos cristos conceberem coisas como estas; eles tm domnio
prprio, praticam o controle dos seus desejos, observam a monogamia, guardam a castidade,
exercem a justia, prestam culto, conhecem a Deus; a verdade os governa, a graa os guarda,
a paz os protege, a Palavra santa os guia..."" Depois de defender os cristos ele passa a
repreender os pagos pelas mesmas coisas: ` `Por que Epicuro e os esticos ensinam o incesto e
o homossexualismo? Eles encheram livrarias com estas coisas, ensinando s pessoas este
relacionamento ilegal desde a infncia. Os poetas incentivaram o canibalismo com seu
ensino. 46
CAP V - CONCUBINATO, DIVRCIO, E MEMBRASIA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 94
Lc 14:26-27 - Se algum vem a mim e no aborrece a seu pai, e me, e mulher, e fi-
lhos, e irmos, e irms e ainda a sua prpria vida, no pode ser meu discpulo. E
qualquer que no tomar a sua cruz e vier aps mim no pode ser meu discpulo.
CAP V - CONCUBINATO, DIVRCIO, E MEMBRASIA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 95
O MAL TERRVEL D A NEGLIGNCIA DISCIPLINA
ECLESISTICA
1. Um fator degenerador e demolidor da igreja evanglica;
2. fruto de coraes endurecidos e apstatas;
3. dialogar com o pecado e Satans e negociar com eles, em vez de separar-se deles sem nenhum
dilogo ou concesso. Isso teria salvado Eva (Gn 3:1-5)
4. Significa a derrota da igreja. Como no caso do pecado de Ac, a igreja amargar derrota sobre
derrota at ser destruda ou se decida a tratar e disciplinar o pecado em seu meio. (Js 7:1-26)
5. resultado de tolerncia ao pecado e indiferena da igreja pela santidade; A tolerncia da igreja de
Tiatira adulterina Jezabel, dando-lhe permisso para seduzir ao pecado aos servos de Deus, custou-
lhe a ameaa de ser reduzida prostrao e morte. (Ap 2:20-23)
6. disposio para ignorar ao pecado em vez de denunci-lo e promover o verdadeiro arrependimento
e abandono do pecado (Ef 5:11);
7. Prontido a comprometer a lei de Deus em vez de proclam-la;
8. a recusa de levar o pecado a srio, por negar-se a tomar posio decidida contra o mal. Essa
neutralidade mergulha a igreja numa crise moral fatal que lhe rouba a integridade, o poder para
testemunhar e a vida para cumprir sua misso.
- O poder falado em Atos 1:8, que capacita a igreja a cumprir sua misso um poder santo, pois
vem do Esprito de Deus, que no em vo que se chama Santo. As portas do inferno s no prevalecero
contra as verdadeiras igrejas cuja santidade evidencia a presena do Esprito Santo habitando em seus
membros. (Mt 16:18)
- Uma igreja que no zela por Santidade, tem de Cristo a ameaa de retirar dela o seu candeeiro (O
Esprito Santo) (Ap 2:5). Isso ocorrer quando os verdadeiros crentes, sarem daquela igreja, por no mais
suportarem a sua cumplicidade com as obras das trevas e disfarada apostasia.
- O Missionrio John Lee mencionou 600 igrejas na Inglaterra que morreram por causa de seu
mundanismo. Hoje no lugar destas igrejas, existem bares, prostbulos, casas comerciais, etc. As
portas do inferno prevaleceram contra elas, por que de fato, embora tivessem sido igrejas de Cristo
no passado, a prxima gerao deixou de ser igreja de Cristo. E deixaram de ser igrejas de Cristo
porque descuidaram da santidade e disciplina bblicas.
9. A indiferena aos apelos diretivos da Palavra de Deus representa uma resistncia, tentao e rejeio
ao Esprito Santo, evidenciando impenitncia e falta de regenerao espiritual. Uma igreja cuja
membrasia irregenerada uma igreja morta. Onde no h santidade, O Esprito Santo :
- Entristecido por comportamentos egocntricos, carnais e pagos; (Ef 4:30).
- Resistido pela dureza e rebelio do corao insensvel a Palavra (At 7:15).
- Rejeitado pela ausncia ou rebaixamento da santidade (I Ts 4:7-8)
- Desafiado ou tentado, quanto, at que ponto Deus pode tolerar o pecado sem castigar (At 5:3-5).
- Apagado na Sua funo de candeeiro que ilumina o caminho da igreja. A persistncia da igreja em
continuamente arranjar desculpas para as trevas do pecado faz que a luz do Esprito deixe de ser
percebida. As igrejas que apagam o Esprito Santo so semelhantes as virgens loucas que no
participaro da bodas do noivo. No participaro do arrebatamento. (I Ts 5.19; Mt 25:8).
- Afrontado pelo pecado premeditado, consciente e atrevido (Hb 10:29, 31;12:10, 14, 25, 28, 29; I
Co 5:2-5).
- Blasfemado. O homem indiferente ao ministrio de iluminao das Escrituras Sagradas pelo
Esprito Santo, acaba perdendo o controle de si mesmo, e desesperado na luta v e louca de
encontrar apoio para seu pecado, acaba por blasfemar contra o Esprito Santo, caracterizando assim
o seu estado impenitente e irregenerado (Mt 12:31, 32).
- Retirado. Isso aconteceu com as 600 igrejas inglesas mortas, que outrora foram luzeiros para
Inglaterra, mais medida que absorviam os conceitos mundanos e pagos, entraram num fatal
processo de morte, at, finalmente, o Senhor retirar delas o Esprito Santo ou o Seu candeeiro (Ap
2:15).
At quando assistiremos a morte de nossas igrejas sem fazer nada a respeito? At quando no
perceberemos que alguns costumes pagos adotados pelas igrejas modernas, tais como falta de
disciplina eclesistica, falta de separao eclesistica da apostasia, falta de tomada decisiva
contra qualquer tipo de pecado e negativa da f, de fato, matam a igreja ?
Exemplo de vrus mortais semelhantes ao HIV da AIDS: msica contempornea (Rock, samba,
forr, regue, etc.), dana litrgica, moda mundana (vestes de prostituta), namoro mundano
(impureza que quase sempre acaba em fornicao), concubinato (chamado de unio estvel,
quando de fato adultrio estvel), divrcio (dureza de corao = rebelio contra Deus) e
recasamento (adultrio contnuo = escndalo), etc.
CAP V - CONCUBINATO, DIVRCIO, E MEMBRASIA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 96
CAPTULO VI TEOLOGIAS HUMANISTAS-LIBERAIS
Hermenutica a disciplina que estabelece as regras para uma correta interpretao bblica. De modo
geral, as teologias liberais apstatas, as seitas e hereges no respeitam estas regras, pois o que lhes
importa a convniencia pessoal. Abaixo damos um grfico que mostra como muitos esto usando a
Bblia, no para pregar o que realmente nela est escrito, mas para da autoridade as suas heresias.
CAP VI - TEOLOGIAS HUMANISTAS-LIBERAIS - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 100
CAPTULO VII DEMOLIO DA TICA BBLICA
A RAZO DO DIVRCIO E DO RECASAMENTO ESTAREM SE
TORNANDO NORMAIS NAS IGREJAS EVANGLICAS:
A DEMOLIO DA TICA GENUINAMENTE BBLICA
Substituda pela
TICA HIERRQUICA-SEXISTA-ANTROPOCNTRICA
Devido a sua tremenda influncia no meio evanglico, ser usado aqui como exemplo,
o livro: TICA CRIST - Alternativas e Questes Contemporneas Norman L. Geisler 49
Este livro tem sido adotado praticamente pelos professores de todos os seminrios evanglicos
do Brasil, quase, que sem distino de denominao, seja, liberal, neo-evanglica, pentecostal-
carismatica ou fundamentalista.
Lembro-me de que na ltima Associao Nacional dos Batistas Regulares ter escutado o
Pr. Paulo Bondezan, de uma Igreja Batista Regular em Curitiba, fazer um lamento em relao a
falta de discernimento e leitura com um esprito crtico de certos livros que sutilmente tem
penetrado em nossos seminrios e igrejas. O pastor Bondezan chamava a ateno para o esprito
de preguia intelectual de muitos obreiros, que simplesmente vo lendo os ltimos livros
teolgicos da moda, e sem fazer nenhum juzo de valor, vo ensinando e aplicando novos
conceitos que de uma certa perpectiva parecem modernos e corretos, de fato, esto fermentados
de insidioso veneno.
Lembro-me, tambm agora, do estudo de saudoso colega de ministrio, o Pastor Severino
Tenrio, que usava a ilustrao, do veneno do rato, cuja composio a soma de 99% de
excelente e saudvel farinha de milho com 1% de veneno fatal. No seu humor intelegente, o
querido Pr. Severino Tenrio, perguntava se as esposas teriam coragem de preparar um cuscuz
(po de milho) com aquela farinha, s pelo fato de que, a grande parte do preparado ser de boa
farinha de trigo. As respostas das esposas so bvias.
Por isso, embora, procure deliberadamente evitar apontar nomes de igrejas e colegas
conhecidos, com o desejo sincero de no mago-los ou fer-los desnecessriamente, no poderei
me furtar ao dever de como um arauto do Senhor, dar um grito de alerta, mesmo que seja como
uma voz no deserto, falarei como aquele discpulo de profeta que percebeu o mau na comida
que ia ser servida aos colegas, e sem vacilar, gritou: H veneno na panela!!!, da minha parte,
darei o grito visando mostrar que a fonte da qual alguns esto bebendo est contaminada, e que
o po de milho que esto preparando para suas igrejas e seminaristas est envenenado.
Creio irmos, que muito da literatura que circula em nosso meio veneno na panela, ou
semelhante a composio do veneno para rato, inclusive o livro de Norman Geisler supra citado,
e que ser analisado doravante: Comecemos pelas seguintes citaes do livro:
1) Aparentemente inofensivas, veremos que as tais citaes, denunciam o
curso que o autor vai tomar em relao ao homem e ao uso do sexo, de fato, j
nesta citao, comea a exaltar ao extremo a bondade e poder do sexo.
No somente o sexo essencialmente bom como tambm muito poderoso. Isto foi
subentendido no fato de que podia ser usado para "multiplicar" as pessoas e "encher" a terra
(Gn 1:28)
... Quando a natureza da criatura humana produzida atravs do sexo plenamente
apreciada, provavelmente no seja exagero considerar o sexo um dos poderes mais
relevantes do mundo. Quando um esperma masculino e um vulo feminino se unem, um
pequeno "DEUS" est sendo feito. 50
CAP VII - DEMOLIO DA TICA BBLICA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 101
Logo, pelo processo da sexualidade humana so produzidos no somente muitos seres
humanos como tambm muitos "DEUSES." [????] - Jesus citou Salmo 82:6 que diz: "Eu
disse: SOIS DEUSES , sois todos filhos do Altssimo.(Joo 10:35). 51
Paralelamente, como uma conseqncia inevitvel de sua tica imoral, deprecia o
poder e conseqntemente o valor do vnculo matrimonial, por isso adota uma posio to
relativista, pragmtica e anti-bblica quanto a poligamia e o divrcio.
Norman Geisler, pela classificao abaixo, baseado em sua tica hierrquica que
no passa de tica antropocntrica, utilitria-situacionista, hedonista e relativista-
flexibilizadora vai tirando obreiros e igrejas da rocha da Palavra, para base-las na areia
movedias das convenincias e valores e humanos.
A maneira antiga e muitssimamente usada nos dias de hoje vulgarizar e redefinir
termos clssicos, com a intenso de poder manipul-los ao sabor das cirscunstncias e
convenincias. Esse sutil processo feito, dando-se multiplas significaes, releituras e
aplicaes a mesma palavra, pois somente assim, o sentido original acaba por perder a sua
fora, e em meio, as multiplas e confusas explicaes no s perde a sua fora conceitual, mas,
especialmente perde o seu poder moral e tico, sobrando, apenas, convenincias
antropocntricas, ou seja, que do mais importncia aos direitos e bem-estar do homem, do que,
aos direitos e glria de Deus. Abaixo, damos alguns exemplos do que est claro para quem
quiser ver:
1) Embora, com certas reticencias, Geisler, no s admite uma espcie de
casamento polgamo, em algumas cirscunstncias especiais, como qualifica a
relao sexual dentro de tal situao de: sexo dentro do casamento polgamo,
assim relativizando e flexibilizando o conceito de casamento vlido, no caso
nico, o casamento mongamo.
A funo do sexo pode ser vista de vrios ngulos: (1) antes do casamento, (2)
dentro do casamento mongamo, (3) fora do casamento, (4) dentro do
casamento polgamo, (5) e para divorciados. 52
Norman Geisler em sua interpretao relativista e flexibilizadora dos conceitos e
costumes bblicos, embora, seja forado a admitir que o casamento ideal para Deus o
casamento mongamo, todavia, flexibiliza a condio dos que vivem em casamentos
polgamos, destacando apenas aspectos secundrios dos problemas envolvidos com a
poligamia, ou seja, embora haja problemas com os casamentos polgamos, eles devem ser
permitidos em algumas situaes, o que nos coloca na areia movedia da apstata tica
utilitria e situacionista, baseada nas liberais filosofia e teologia existencialistas, onde a
verdade deixa de ser absoluta, ou verdade por si mesma, em qualquer contexto, situao,
poca e lugar, para ser um tipo de verdade relativizada, e flexibilizada (de fato,mudada)
conforme o caso, ou para ser exato, conforme a convenincia. Aquilo que Norman Geisler,
chama de tica hierrquica, escolher e moralizar um mal menor para se evitar um mal
maior, o velho casusmo, claramente condenado por Paulo, quando disse em Romanos
3:8: E por que no dizemos, como alguns, caluniosamente, afirmam que o fazemos: Prati-
quemos males para que venham bens? A condenao destes justa.
Na poligamia, h a ameaa sempre-presente dos cimes e a questo de quem a
esposa "predileta."
Realmente, no possvel ter duas esposas "prediletas" no mesmo sentido. Logo,
possvel para um homem ter um relacionamento sem igual com uma s esposa. 53
CAP VII - DEMOLIO DA TICA BBLICA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 102
NMERO DE PESSOAS. A verdade deixa de ser verdade por si mesma e passa a depender, da
aprovao e convenincia da maioria.
Esta literalmente a definio da anti-bblica tica utilitarista, e por implicao, se
encaixa, na definio de tica situacionista, que tem sido, um poderoso fator de demolio,
dos mandamentos, princpios e valores absolutos bblicos. Como conseqncia desta viso
antropocntrica ou humanista, qualquer tipo de comportamento errado e aberrante, pode vir
a tornar-se certo, desde que seja conveniente a determinado grupo, e usando, as palavras do
prprio Geisler: fazer aquilo que melhor para a maioria das pessoas. Veja o que Geisler
diz abaixo:
Em quais condies, portanto, o relacionamento mongamo pode ser transcendido pela poligamia?
H varios destes deveres superiores que TALVEZ justifiquem casos especiais da poligamia.
(1) Quando uma ordem direta de Deus por razes talvez plenamente conhecidas somente por Ele.
(2) Quando algum poderia fazer aquilo que melhor para a maioria das pessoas atravs da
poligamia. Por exemplo, teria sido um ato de egosmo se um homem no Antigo Testamento no tivesse
continuado a herana do seu irmo mediante o gerar de filhos para a esposa do seu irmo.
(3) Se um homem fosse o nico no mundo e sua esposa no pudesse ter filhos, neste caso a
poligamia seria justificvel a fim de propagar a espcie Mas todos estes so casos especiais; no so
normativos. A monogamia a norma. Mas at mesmo uma boa norma no deve ser seguida to
legalisticamente a ponto de destruir mais pessoas do que salvar. Em sntese, a poligamia justificada
somente se h um princpio moral sobrepujante tal como a obedincia a Deus ou a preservao da
vida (ou mais vidas), que a exija. 54
- Geisler propositalmente joga com conceitos e pressupostos que apenas parecem bblicos, mas no so. Por
exemplo. Acima diz que teria sido injustia um homem no continuar a descendncia do seu irmo
casando-se com a viva. Tenta dar a entender, erroneamente, que Deus permitia que a lei do levirato ou
do cunhado, fosse aplicada por um irmo j casado, ou seja, alm da sua primeira esposa adicionar um
segundo casamento com a cunhada. Se a lei do levirato fosse e permitisse o que Geisler est fantasiando,
ento o prprio Deus estaria abrindo brecha para a poligamia. Porm, as maiores autoridades Bblicas,
inclusive o dicionrio Internacional de Teologia do NT claro em dizer que a lei do levirato era vlida
apenas para os irmos solteiros, portanto, afastando qualquer, possibilidade de poligamia.
- Na citao acima, Geisler mistura e confunde o conceito de legalismo, ao dizer que at mesmo uma boa
norma no deve ser seguida to legalisticamente a ponto de destruir mais pessoas do que salvar. O sigficado
da cruz sutilmente anulado atravs deste falso raciocnio de Geiler. Ser discpulo, significa tomar
incondicionalmente a cruz, que um instrumento de destruio material. No conceito que Cristo tinha da cruz,
salvar a vida significava perd-la, ou no temer que ela fosse destruda, quando o seu discipulado fosse posto
porva (Mt 10:38-39). A automutilio do discipulado no opcional, mas requesito indispensvel para os que
no querem queimar no inferno (arrancar ou cortar qualquer membro que faz tropear, sacrificar os
relacionamentos pessoais e familiares mais caros, e renunciar a prpria vida Mt 5:29-30; Lc 14:25-33). De
fato, os conceitos no legalistas de Geiler, no passam de disfarado dio a cruz. De acordo com essa tica
boazinha e compreensiva, o discpulo deve tentar poupar a si mesmo e a outros da automutilao e destruio
provocadas por situaes existenciais provocadoras de sofrimento, dor e morte. Por isso, esto ai as concesses
ao divrcio, recasamento, masturbao, concubinato, poligamia, mentira por um bem maior, aborto para
gravidez de risco, msica mundana na igreja, nudismo, etc... Esse dio a cruz foi bem identificado por Paulo
entre muitos cristos hedonistas de sua poca.
18 Pois muitos andam entre ns, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, at
chorando, que so inimigos da cruz de Cristo. 19 O destino deles a perdio, o deus deles o ventre, e
a glria deles est na sua infmia, visto que s se preocupam com as coisas terrenas. (Fp 3:19-20)
CAP VII - DEMOLIO DA TICA BBLICA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 103
se torna bom e direito. Mas, para aqueles que no tiveram a felicidade de assistir as aulas de
teologia contempornea do professor Tom Willson do Seminrio Batista do Cariri, mas
que tm lido com ateno os livros de Francis Schaeffer, que como um profeta moderno,
com seu agudo discernimento, previu este desastre em que afunda a igreja evanglica, no
vem como algo inesperado, esta sintetizao entre verdade e erro, a conciliao entre
opostos irreconciliveis biblicamente. Schaeffer de acomodao est maneira liberal e
irresponsvel como a Bblia est sendo tratada e interpretada, no como verdade absoluto,
mas como um instrumento moldvel pela fora dos interesses humanistas do homem
moderno.Veja o que disse Francis Schaeffer:
Eis o grande desastre evanglico - o fracasso do mundo evanglico que no consegue sustentar
a verdade como tal. S existe uma palavra para isso: ACOMODAO. A igreja evanglica
acomodou-se ao esprito do mundo presente. Em PRIMEIRO LUGAR, houve uma acomodao
em relao s Escrituras, de modo que muitos que se consideram evanglicos tm uma
concepo pobre da Bblia e j no afirmam a verdade de tudo o que-a Bblia ensina - a
verdade no apenas em assuntos religiosos, mas nas reas da cincia, histria e moralidade.
Como parte disso, muitos evanglicos esto agora aceitando os mtodos da alta crtica no
estudo da Bblia. Lembre-se de que esses mesmos mtodos foram os que destruram a
autoridade da Bblia na igreja protestante da Alemanha no sculo XIX, e que vem destruindo a
Bblia para os liberais em nosso prprio pas desde o incio do sculo XX. Em SEGUNDO
LUGAR, existe a acomodao em relao aos problemas, j no havendo posies claras com
respeito a questes ligadas vida e morte. 55
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Pela citao que vemos acima, vimos a moderna defesa evanglicado concubinato,
divrcio e recasamento, j so coisas normais para igreja e j ningum se escandaliza
com essas coisas. Vocs lembram, aquela velha estria do camelo, que numa noite fria do
deserto tentava entrar na tenda do beduno, que por vrias vezes resistiu, mas a cada vez,
deixava o camelo entrar um pouquinho mais na tenda, at que antres de terminar a noite, o
camelo estava totalmente dentro da tenda e o beduno totalmente fora.
Do mesmo jeito do camelo da estoriazinha, o pecado, o diabo e o mundo, fazem presso
para entrar dentro da igreja, e as igrejas, como na expresso do humorista Chaves, sem
querer querendo vo fazendo uma resistenciazinha insignificante, de modo que, o pecado e
o mundo vo entrando, ao passo, que Cristo acabar do lado de fora da igreja, como na
igreja de Laodicia. Aplicando isto ao nosso tento, a igreja moderninha, resistiu um
pouquinho, mas acabou engolindo o divrcio e o recasamento (espcie sutil de
poligamia).
De modo que, o prprio passo do camelo, tambm, chamado de principe deste
mundo, empurrar o resto das alfarrobas goela a dentro da igreja prdiga, que agora
forada, tambm a engolir a poligamia propriamente dita, ou seja, um homem ser casado
simuntneamente com duas ou mais mulheres. Inclusive, o mestre Geisler, explica porque
a poligamia pode ser uma escolha correta, se evitar que um homem casado apela para a
prostituio (sexo comercializado) ou adultrio (tomar a mulher de outro homem), essa a
conseqncia lgica das palavras dele ao dizer que a poligamia melhor que a prostituio
ou adultrio:
melhor do que a imoralidade; melhor tomar uma mulher como uma segunda esposa
do que fazer uso dela como meretriz; A poligamia, pelo menos, um relacionamento em
que a outra pessoa pode ser tratada como uma pessoa... 58
Norman Geisler admite que pode haver moralidade numa relao entre um homem
casado com duas mulheres, e claramente discordando de Cristo, que a mulher do segundo
casamento no adltera ao ter relaes sexuais com ele, enquanto o primeiro casamento est
em vigor, e de modo ilgico, afirma que a segunda esposa do segundo casamento no est
tratada como pessoa, onde bblicamente, algum s tratado como pessoa quando
respeitado dentro de um relacionamento de fidelidade, e que tipo de fidelidade poderia
haver num relacionamento entre um homem e duas mulheres?
5) A razo destes absurdos ticos e destas incoerncias lgicas devido ao fato,
de que Norman Geisler, define claramente casamento, como simplesmente
fazer relaes sexuais.
assim que define sexo antes do casamento, e a fornicao como uma espcie de
casamento, embora, defina a tal relao de fornicao, como um casamento ruim, assim,
confundindo o que fornicao e o que casamento, e ainda afirma:
Se o casal no fosse casado, ento as relaes[sexuais fornicrias] o tornaria casado.
No que diz respeito Bblia, no h papel algum para as relaes sexuais antes do
casamento. A relao j um tipo de casamento.
Se estiver fora de um compromisso vitalcio do amor, ento um "casamento" ruim. Na
realidade, um pecado que a Bblia chama de fornicao (cf. Gl 5:19; 1 Co 6:18).
...Em sntese, no existem relaes sexuais pr-nupciais na Bblia. Se o casal no fosse
casado, ento as relaes o tornaria casado.
O Novo Testamento confirma isto, ainda mais, pelo uso das palavras "matrimnio" e "leito
nupcial" em paralelo (Hb 13:4). Neste sentido, no h relaes sexuais antes do casamento. A
relao j inicia um "casamento." Se no for empreendida dentro de um compromisso
vitalcio do amor, ento foi uma unio m, um ato de fornicao. 59
O triste e absurdo nesta definio que ele no percebe a auto-contradio em cima
do que ele mesmo tem escrito, ou seja, se existe um casamento mongamo (um homem para
uma mulher que entram em uma aliana testemunhada por Deus, sendo, este tipo de
casamento o nico digno de ser chamado casamento), ento as outras relaes sexuais no
CAP VII - DEMOLIO DA TICA BBLICA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 105
podem corretamente serem chamadas de casamento, mas simplesmente sexo fora do
casamento, especialmente depois do advento do Novo Testamento, que nem sequer a
poligamia, outrora tolerada por Deus, encontra lugar, ou possibilidade de ser chamada
casamento, e muito pior ainda, chamar fornicao, de casamento ruim , querer reduzir o
casamento a mera relao sexual e exatamente isso que ele faz a seguir.
6) Interpreta e define de modo meramente sexista ou fsico, a expresso divina
para o casamento:
uma s carne. Para Geisler, o casamento basicamente definido e reduzido a uma
mera relao sexual, claramente omitindo o real fator que realmente define e valida um
casamento, a aliana feita pelos cnjuges, tendo a Deus por testemunha. D para entender,
porque ele, nenhuma vez sequer, define e valida o casamento em termos de uma aliana
indissolvel.
A primeira referncia ao casamento declara que o homem e a mulher ficam sendo "uma s
carne" (Gn 2:24), o que d a entender que o casamento ocorre quando dois corpos so
juntados.
Que a relao sexual casamento fica sendo ainda mais claro pela maneira comum de
descrever o ato como sendo um homem "deitando-se" com uma mulher. Moiss ordenou: "Se
um homem for achado deitado com uma mulher que tem marido, ento ambos morrero. . ."
(Dt 22:22). 60
bvio que este conceito e validao do casamento como uma mera relao sexual,
torna mais fcil engolir a falsa desculpa de que uma relao sexual fora do casamento, ao se
constituir tambm um casamento, quebra o vnculo do casamento anterior, deixando o outro
livre para o divrcio, e legalizao de um novo casamento. Porm, uma anlise srie da
doutrina bblica do casamento, nos mostra que o vnculo que uni marido e mulher
incompreensivelmente mais elevado, do que a unio sexual, de modo, que atos sexuais fora
do casamento, que podem criar srios problemas para os cnjuges, porm, no podem
romper o vnculo matrimonial, que s pode ser realmente rompido com a morte.
7) Continuando o desfile de absurdos, Norman Geisler equipara a declarao
divina de uma s carne referente ao vnculo indissolvel do santo
matrimnio, com a expresso um s corpo resultado da unio abominvel
entre um imoral e uma prostituta.
E quando um homem vai para uma prostituta, a Bblia considera isto como um "casamento."
Paulo escreveu: "No sabeis que o homem que se une prostituta, forma um s corpo com
ela?" citando como sua prova que as Escrituras dizem: "Sero os dois uma s carne" (1 Co
6:16). Em sntese, no existem relaes sexuais pr-nupciais na Bblia. Se o casal no fosse
casado, ento as relaes o tornaria casado. Se j estivesse casado, ento as relaes com
outra pessoa formariam para eles um segundo casamento, adltero. A prostituio
considerada um casamento ilegtimo. 61
Em meio a seqncia de definies relativistas, confusas e auto-contradizentes Norman
Geisler, por um momento, nos faz ficar animados, ilusoriamente pensando que ele vai
colocar o casamento num status nico e insubstituvel, quando ele diz, que o relacionamento
sexual dentro do casamento, um relacionamento nico e sem igual, porm, somente
alguns pargrafos na frente, ele confunde, o significado absoluto, da expresso:
relacionamento nico e sem igual, quando, sem maiores explicaes usa a mesma
expresso no caso de relacionamento homossexual. Usando suas prprias palavras veja o
que ele diz:
Os atos homossexuais so errados porque estabelecem um relacionamento sem igual de
marido e mulher entre os que no podem ser marido e mulher, por serem do mesmo sexo. 62
CAP VII - DEMOLIO DA TICA BBLICA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 106
Por isso, chega ao absurdo do ponto de vista bblico, de subdividir o casamento em
vrias categorias e tipos: tais como casamento mongamo, casamento poligamo,
casamentos baseados em fornicao, prostituio, adultrio e em divrcio, ou seja,
praticamente todo tipo de relacionamento sexual casamento, tendo deixado fora da
categoria de casamento ou talvez tenha apenas silenciado, quanto a que categoria pertecem
as relaes sexuais baseadas em homossexualismo, bestialidade, incesto e estupro, embora,
com certeza, ele dar um jeito de encaix-las na categoria que ele mesmo chamou de sexo
fora do casamento.
9) Por causa de tudo que foi dito acima, acerca da tica frouxa e antiblica de
Norman Geisler, o seu conceito subjetivo e relativista sobre divrcio
baseado igualmente no seu conceito subjetivo e relativista sobre o
casamento.
Ele faz uma subjetiva diferena sentimental e cirscunstancial, quanto aos casamentos
que foi Deus que uniu e os casamento que Deus no uniu. Ele tenta criar uma brecha de
divrcio e recasamento, para os casamentos problemticos, que segundo ele, so assim,
porque Deus no uniu o casal. Veja o que ele diz:
A questo, portanto, no realmente do "divrcio" (a separao) mas, sim, de se realmente
ainda h um "casamento" (uma unio) de duas pessoas.
- Ou seja, naturalmente, o homem no deve dividir o que Deus uniu; a pergunta : Deus uniu
este casal?
- Se Deus no o uniu num amor sem igual e permanente, ento pode ser igualmente errado
procurar unir aquilo que Deus no uniu.
-A referncia de Jesus fornicao ou incastidade como motivo para separao um
exemplo tpico. Se um parceiro rompeu o relacionamento conjugal sem igual, ao juntar?se
sexualmente a outra pessoa, logo, tanto a permanncia quanto a qualidade sem igual do
vnculo foram quebradas. Em semelhante caso, onde no h possibilidade de restaurar e
perpetuar um relacionamento com relevncia permanente, a separao melhor....
Sob quais responsabilidades superiores, pois, so justificados o divrcio ou a separao?
(1) Quando Deus nunca os juntou num relacionamento de amor sem igual desde o incio, e
quando no h esperana de que ocorrer no futuro (Mt 19:6).
(2) Quando o relacionamento sem igual irreparavelmente quebrado pela infidelidade (Mt
19:9). 63
O curioso e impressionante mesmo, nesta perigosa generalizao que define toda relao
sexual como um casamento, no importanto se legtimo ou no, ver como este autor no
percebe, que tudo isso leva a fatais auto-contradies provocadoras de confuso e
permissividade, especialmente, quando define, em alguns lugares, adultrio e prostituio
como casamentos, e em outros lugares, como sexo fora do casamento. Se adultrio
casamento , logicamente, sexo dentro de uma espcie de casamento, portanto, torna-se
contraditrio e confuso tentar classific-lo tambm como sexo fora do casamento,
especialmente, quando usa termo casamento, de modo no especfico, ou seja, sexo fora do
casamento monogmico.
Ao definir e reduzir o casamento a uma mera questo de relacionamento sexual, faz com
que, mesmo que alguns destes casamentos classificados por ele, ora, como ruim, no caso da
fornicao, e ilegtimo, nos casos da prostituio e adultrio, se tornem facilmente, casamento
bons no caso da fornicao e adultrio, tambm, facilmente, usando os artifcios das leis
humanas, se tornem casamentos legtimos, dando assim tambm, um falso respaldo, aos
segundos casamentos baseados em divrcio, classificados como adultrio, a chance de
tornarem-se, facilmente, casamentos legtimos.
Quando o casamento rebaixado e reduzido as fatores meramente humanos como relao
sexual, tudo o mais, se torna possvel, ou seja, os limites impostos por Deus, embora, tenha sido
sutilmente quebrados, de fato, a porta ficou aberta para o HEDONISMO ou filosofia do prazer,
onde sempre se d um jeitinho de se aprovar qualquer tipo de comportamento. Exemplo de
coisas, que somente de modo aparente so condenadas por Norman Geisler, mas que ele
CAP VII - DEMOLIO DA TICA BBLICA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 107
sempre encontra aquele jeitinho conveniente de santificar o que Deus condena e moralizar o
que imoral:
Aprovao do Auto-Erotismo ou da Masturbao:
No que diz respeito autossexualidade (i.e., a MASTURBAO), geralmente errada. A
sublimao (drenar a energia sexual atravs do exerccio) e as emisses noturnas naturais so
consideradas maneiras legtimas de queimar energia sexual excessiva.
A masturbao pecaminosa
(1) quando seu nico motivo mero prazer biolgico,
(2) quando permitida tomar?se um hbito compulsivo, e/ou
(3) quando o hbito resulta de sentimentos de inferioridade e causa sentimentos de culpa.
(4) A masturbao pecaminosa quando realizada em conexo com imagens pornogrficas,
porque, conforme disse Jesus, a concupiscncia uma questo dos interesses do corao (Mt
5:28).
A masturbao pode ser certa
- se for usada como um programa limitado e temporrio de controle-prprio para evitar a
concupiscncia antes do casamento.
- Se a pessoa se comprometer plenamente a viver uma vida pura antes do casamento, talvez seja
permissvel ocasionalmente usar o estmulo autossexual para aliviar sua prpria tenso.
- Enquanto no se tornar um hbito nem um meio de gratificar sua concupiscncia, a masturbao
no necessariamente imoral.
- De fato, quando o motivo no a concupiscncia, porm o controle-prprio, a masturbao
pode ser um ato moral (cf. 1 Co 7:5; 9:25).
A regra bblica que tudo quanto possa ser feito para a glria de Deus, tudo quanto no escraviza
o praticante (1 Co 10:31; 6:12) moral at quele ponto.
- A masturbao usada com moderao para o propsito de manter sua pureza, no imoral. 64
A citao acima d para mostrar que a tica crist moderna est em maus lenis, pois o
relativismo tico chegou a tal absurdo, ao ponto de dizer que a masturbao, tentativa de
reproduzir o gozo sexual somente lcito no estado de casamento, e que levada a efeito, quando
os desejos sexuais no podem ser mais refreiados (por definio isso concupiscncia), pode
no somente ser praticada de modo moral mas para a glria de Deus. A base, para tal absurdo,
est na clara deturpao do texto bblico feita pelo autor, cuja falaciosa interpretao d a
entender que tudo pode ser feito para a glria de Deus, desde que se observe certas limitaes, e
neste, tudo cercado de certas limitaes, inventadas por ele mesmo, que, Norman Geisler,
inclue muitas coisas que violam princpios Bblicos, inclusive a masturbao. No precisa ser
um perito em Bblia, para perceber que uma tica que diz que a masturbao pode ser feita para
a glria de Deus, e que pode ser usada para manter a pureza, que um ato moral, e que
no um ato imoral, de fato, pode ser classificada como uma tica antropocntrica, imoral e
antibblica.
Aprovar o auto-erotismo equivale a dizer que eu devo dizer sim a mim mesmo,
tambm dizer: sim, a minha natureza terrena com sua pornia (desejos desenfreados), sim a
impureza (coisas que at podem provisoriamente me tirar de um sufoco mas que mancham a
pureza exigida por Deus), sim a paixo lasciva (sentimentos e atitudes sexuais controladoras),
sim aos desejos malignos (que exigem satisfao, mesmo que seja de maneira desautorizada
por Deus. Fazer assim, significa claramente, dizer no ao cultivo da verdadeira
espiritualidade, dizer no a Cristo e a Sua Cruz.
De fato, aprovar o auto-erotismo, significa, admitir implicitamente que Nosso Senhor
Jesus Cristo errou quando disse: Dizia a todos: Se algum quer vir aps mim, a si mesmo se
negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. (Lc 9:23). e que Paulo, tambm errou, quando
disse: Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituio, impureza, paixo lasciva,
desejo maligno...; (Cl 3:5).
impressionante a capacidade deste cidado em perverter os conceitos bblicos ortodoxos
tradicionais e fundamentalistas, apesar de enganosamente adotar um ar de intelectualidade
piedosa, pretensamente, baseada na Bblia. Ele tem o domde se parecer erudito ou sabido
atravs de suas falsamente piedosas e confusas auto-contradies.
CAP VII - DEMOLIO DA TICA BBLICA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 108
exatamente em nossos seminrios, que um hbil e erudito pervertedor das Escrituras
como este, atravs de seus livros, est sendo o mestre dos futuros pastores das nossas igrejas.
Chamei mestre, de fato, um falso mestre.
Tudo isso conduz a uma palavra da moda: flexibilizao, que , de fato, sinnimo de
afrouxamento e desmoronamento da tica do Reino ou tica genuinamente crist, onde, atravs
de um processo persistente de demolio dos antigos valores cristos, os sos costumes
respaldados por princpios bblicos so substitudos por costumes flexveis, convenientes e
adequados a uma vida que pode desfrutar as coisas de Deus e as coisas do mundo, sem nenhum
conflito de conscincia.
Em verdade, a to propalada flexibilizao dos meios neo-evanglicos, no passa de
redefinio dos prprios conceitos da s doutrina e rejeio dos costumes conformados a cruz de
Cristo e no ao mundo. A rejeio dos costumes coerentes com a cruz do discipulado cristo,
apenas a sutil, mas fatal abertura feita pela apostasia.
Por isso no de admirar que estamos cada vez mais vendo jovens pastores,
experimentados obreiros e at professores de seminrios fundamentalistas, adotando posies
cada vez mais relativistas (flexibilizadoras), hedonistas e mundanizadoras no s dos costumes
respaldados por princpios bblicos, mas at da s doutrina da igreja, ao passo, que sem
nenhuma cerimnia, rejeitam posies e prticas sadias, adotadas pela segura experincia dos
anos, tais como: no batizar um novo convertido, enquanto ele no resolvesse sua situao de
concubinato (palavra bonita para disfaar e tentar diminuir a culpa de adultrio mantido por
longo tempo e com a mesma pessoa); frouxido em relao ao divrcio e ao recasamento;
diaconisas (cujos argumentos que defendem tal postura antibblica so os mesmos usados para
ordenao de mulheres ao pastorado, de modo que, se podemos ter diaconisas, nada nos
impede de termos tambm pastoras), e da segue, uma longa lista de mundanismos
sacralizados, que poderia continuar citando, mas, neste ponto finalizo provisoriamente a
listagem, por falta de tempo, com um lamentoso e triste etc..
CAP VII - DEMOLIO DA TICA BBLICA - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 109
CAPTULO VIII A TICA DO REINO
CAP VIII - A TICA DO REINO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 110
O Sermo do Monte no lei, mas evangelho, ou seja, o que se espera de algum nascido de novo e
habitado pelo Esprito Santo. O dom de Deus precede as exigncias que ele faz;
Os princpios do Reino dados por Jesus so relevantes e praticveis para aqueles que pela graa de Deus
experimentam o Reinado de Deus;
O elemento que diferencia o ensino tico de Jesus, de todos os outros, que em Sua Pessoa o Reino de
Deus com seu poder regenarador e santificador invadiu a histria humana, e os homens no foram apenas
colocados debaixo das exigncias ticas deste Reino, mas devido a sua prpria experincia
transformadora do Reino de Deus, so tambm capacitados a dar cumprimento ao novo padro de justia.
A diferena a tica de Jesus e a dos fariseus est no ponto focal da tica, os rabinos enfatizam a
obedincia externa da letra da lei (legalismo), Jesus exigia uma justia interior perfeita (santidade).
1. Obedeceu as injunes da Lei, como Palavra de Deus (Mt 17:27; 23:23; Mc 4:12);
2. Sua misso efetiva o cumprimento do verdadeiro propsito da lei (Mt 5:17);
3. Mostrou que o AT tinha validade permanente (Mt 5:17,18)
4. A lei e os profetas vigoram at Joo; aps os dias de Joo vem a salvao messinica,
no por mrito humano, porm, a salvao pela graa no anula a lei como um padro
de vida santa (Lc 16:15-18; Ef 2:8-10)
Uma nova relao entre Deus e os homens foi estabelecida, no pela mediao da
Lei, mas, pela mediao da prpria pessoa do Senhor Jesus e do Reino, que irrompeu na
histria por seu intermdio.
5. O padro de conduta exigido por Cristo, consiste primariamente de arrependimento e
renovao moral;
Cristo exigia uma deciso radical e irrestrita como condio para o discipulado Dar as costas a
todas as outras relaes. Isso pode implicar em:
1) Desapego ao prprio lar (Lc 9:58);
2) As exigncias do Reino deve Ter supremacia sobre todas as obrigaes normais do homem (Lc 9:60)
3) Pode mesmo implicar numa ruptura das relaes familiares mais ntimas (Lc 9:61);
De fato, a lealdade ao Reino incondicional e irrestrita de modo, que todas as outras lealdades so
secundrias e descartveis diante da lealdade ao Reino.
4) O discipulado significar, algumas vezes, entrar em conflito com pai, filha, me, nora e sogra. Os
adversrios podero ser os da famlia E quem amar mais a me do que a Jesus no digno do
Reino (Mt 10:34-39)
5) O afeto que o indivduo mantm com os seus amados descrito como dio, quando comparado ao
seu amor ao Reino de Deus (Lc 14:26)
Qualquer lao, ou afeio humana, que impede a deciso pelo Reino de Deus deve ser quer
quebrada.
6) Jesus coloca o dedo sofre o dolo de cada um e exige que seja quebrado como no caso do jovem
rico Lc 14:33
- O destino do homem depende desta deciso radical de negar e mortificar o seu prprio ser quando
consequentemente considera a sua prpria vida como perdida, ele tema promessa do Filho do
Homem de que na sua Vinda (parousia) ser recompensado pelo que fez.
7) O discipulado implica AMAR A DEUS COM TODAS AS FORAS (Mc 12:28; Mt 22:40)
a) Amar a Deus significa fundamentar todo os ser em Deus, submetendo-se a Ele com uma
confiana irrestrita, deixar com Ele todo cuidado e responsabilidade final;
b) O amor a Deus exclui o amor a mammon e o amor prprio.
c) O amor que procura o prestgio e Status pessoal incompatvel com o amor a Deus (Lc 11:43)
8) O Amor a Deus deve expressar-se no amor ao prximo.
a) No judasmo, o amor ao prximo visto como amar ao povo da aliana (Lv 19:18), e alguns,
odiar os pagos.
b) Cristo define o amor ao prximo, como amar a qualquer que se encontra em necessidade (Lc
10:29s)
CAP VIII - A TICA DO REINO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 111
A TICA CRIST E A NECESSIDADE DE
CONCORDNCIA O ENSINO BBLICO SOBRE O PECADO
Graus de pecado: Venial e Mortal (Catolicismo Romano). Aqui defendida a idia de que
existem pecados pequenos e grandes. verdade que alguns pecados tm conseqncias
maiores ou de mais longo alcance que outros, Porm, pecado permanece pecado,
independente do tamanho ou da aparente gravidade. Fracassar em um dos mandamentos de
Deus, posto que dos menores, pecado e isso nos coloca na condio de foras da lei (Tg
2:10). Para Deus: "Toda Injustia pecado" (I Jo 5:17). No importa se a injustia
pequena ou grande, ela fere a santidade e a justia de Deus. O seu tamanho
desconsiderado, porque todo pecado dito pequeno, nada mais, que o incio de um processo,
que acabar em pecados terrveis.
Que o pecado uma doena (Psicologia e Psiquiatria).
- O pecado no uma doena no pecador, que o faz indesculpvel.
a) A Bblia ensina a total responsabilidade do homem relao ao processo progressivo
que conduz ao pecado (Tg 1: 14-16).
b) Deus demonstra que cada pessoa s pode culpar a si mesma quando peca. "Ningum,
ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus no pode ser tentado pelo
mal e ele mesmo a ningum tenta. Ao contrrio, cada um tentado pela sua prpria
cobia, quando esta o atrai e seduz." (vss. 13, 14).
c) A Bblia no s descreve o processo em que ocorre o pecado, mas adverte sobre sua
falta conseqncia: "Ento, a cobia, depois de haver concebido, d luz o pecado; e
o pecado, uma vez consumado, gera a morte." (vss. 14, 15).
Que o pecado anulado pela graa depois que algum salvo
- A idia aqui faamos mais pecado para que a graa seja mais realada ou mais
abundante Ou trocando em midos: J que estou salvo pela graa, no tenho mais nada a
temer quando peco, pois meu pecado s exalta a graa que me salva a pesar de tudo que eu
fao.
- A graa capacit-nos a mortificarmos o pecado - em vez de nos dar liberdade para pecar, ao
contrrio, Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graa mais abundan-
te? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, ns os que para ele morremos? (Rm 6:1-
2).
CAP VIII - A TICA DO REINO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 112
TIPOS DE PECADO
A. Por COMISSO e por OMISSO
1. Pecado por Comisso = Desobedecer a Vontade de Deus.
a. Quando ns vamos alm da lei de Deus, ns cometemos pecado (Iniquidade,
transgresso da lei ou ilegalidade, como implicar Deus tem presentemente uma lei, Gal.
6:2
b. O homem pode pecar em suas aes, seus pensamentos, e sua linguagem (Jo
3:19; Pv 24:9; Tg 3:2, 6).
- Porm, a palavra de Deus pode prevenir o pecado. Oua o Salmista, "Guardo no
corao as tuas palavras, para no pecar contra ti." (Sl. 119: 11).
c. Conseqentemente, ensinar falsa doutrina (ir "alm da doutrina de Cristo")
pecado (II Jo 9-11).
2. Pecado por Omisso = fracassar ou Deixar de fazer a vontade de Deus.
O pecado de omisso = deixar de fazer o bem (Tg 4: 17 -Portanto, aquele que sabe que de-
ve fazer o bem e no o faz nisso est pecando.
Por IGNORNCIA e DELIBERADO (voluntrio, consciente)
a. Pecado por ignorncia. Dois tipos: Desobedincia a Deus por negligncia ou por falta
de oportunidade em ambos os casos h pecado (Lv 4:22 ss);
(1) Muitos no sabdem porque no estudam a Bblia. Cristo condenou o erro dos que
negligenciam os conhecimento bblico (Mt 22:29; Rm 1:18)
(2) Outros no sabem por falta de oportunidade, e neste, caso, o juzo ser menor sobre
quem teve menos oportunidade, todavia, sabendo ou no, o pecado tem
conseqncias e juzo inevitveis (Rm 1:19,20; 2:14-16).
b. Pecado voluntario = por rebeldia ou pecado de atrevimento (Hb 10:26).
(1) Para o pecado deliberado, rebelde ou atrevido esto reservadas os piores castigos:
Horrvel coisa cair nas mos do Deus vivo (Hb 10:31). porque o nosso Deus fogo
consumidor. (Hb 12:29).
Exemplos: No VT: Nadabe e Abiu; No NT: Ananias e Safira.
O pecado deliberado uma maneira carnal de zombar de Deus, e Ele no se deixa
zombar. No vos enganeis: de Deus no se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso
tambm ceifar. Porque o que semeia para a sua prpria carne da carne colher corrup-
o; mas o que semeia para o Esprito do Esprito colher vida eterna. (Gl 6:6-7).
CAP VIII - A TICA DO REINO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 113
- Aro tentou eximir-se de culpa, culpando o povo Ex 32:22-24.
- Saul fez o mesmo - I Sam 15:17-21.
- Pilatos deu ordem para crucificar Jesus e depois atribuiu o crime aos judeus - Mt 27:24.
7) Dores (citando o parto) - ( Gn 3:16-19)
8) A Terra foi amaldioada. (Gn 3:17)
a) O sustento ser obtido com fadiga v 17.
b) A Terra produzir cardos e abrolhos v 18 com Rm 8.20-21.
c) No suor do rosto comers v 19.
9) A morte alcana o homem - (Gn 3:19)
A palavra "morte" ocorre na Bblia, (ligada ao conceito de separao:
10) Expulso da presena de Deus - Gn 3:22-24.
Rm 6:19-22 -(..)oferecei, agora, os vossos membros para servirem justia para a santificao.
Rm 8:1,4-9 - " (...) ns, que no andamos segundo a carne, mas segundo o Esprito.
Cl 2:6-7 Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e
confirmados na f, tal como fostes instrudos, crescendo em aes de graas.
1 Ts 4:1 ss - Pois esta a vontade de Deus: a vossa santificao, que vos abstenhais da prostituio; que cada um
de vs saiba possuir o prprio corpo em santificao e honra, no com o desejo de lascvia, como os gentios que
no conhecem a Deus; e que, nesta matria, ningum ofenda nem defraude a seu irmo;
Hb 12:4 ss - Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda no tendes resistido at ao sangue (...)
Hb 12: 14 - Segui a paz com todos e a santificao, sem a qual ningum ver o Senhor,
CAP VIII - A TICA DO REINO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 114
O Papel Do Crente Na Santificao
- Conforme Colossenses 3:1-4:7
- Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo.
a) buscai as coisas l do alto, onde Cristo vive, assentado direita de Deus.
b) Pensai nas coisas l do alto, no nas que so aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida est
oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que a nossa vida, se manifestar, ento, vs
tambm sereis manifestados com ele, em glria.
c) Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: [mortificao o segredo da santificao]
(1) prostituio, - Qualquer tipo de atividade sexual fora do casamento. Precavenha-se.
(2) impureza, - Conscincia culpa por qualquer tipo de pecado ou transgresso
(3) paixo lasciva, - Sentimentos guiados pela sensualidade (sexopatia)
(4) desejo maligno - Desejas coisas erradas ou que fatalmente resultam no mal ou pecado.
(5) avareza, que idolatria; - Deixar de depender de Deus para depender de outra coisa.
(6) Ora, nessas mesmas coisas andastes vs tambm, noutro tempo, quando viveis nelas.
d) Agora, porm, DESPOJAI- VOS, igualmente, de tudo isto: [arrancar ou atacar a raiz]
(1) ira, indignao, - Descontrole emocional causa por desgosto, injustia ou frustrao;
(2) maldade, - Motivao consciente, errada e maligna, que prejudica algum
(3) maledicncia, - Fofoca = falar do prximo; Murmurao falar mal de Deus
(4) linguagem obscena do vosso falar. Pornofonia, linguagem suja e anti-crist
(5) No mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos - Mentira a
mais poderosa arma de Satans para escravizar uma pessoa.
e) e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem
daquele que o criou; (...) REVESTI- VOS, pois, como [Plantar e alimentar virtudes crists]
(1) - eleitos de Deus, - Selecionados para exibir a vida de Cristo.
- santos - Diferentes dos no eleitos, no pensar, sentir e agir.
- amados, - Sem frustraes ou complexo de inferioridade, por ser amado por Deus.
(2) de ternos AFETOS DE MISERICRDIA, - afetos e compaixo autnticos, do interior.
(3) de BONDADE, - Motivaes e intenes voltadas sempre para o bem
(4) de HUMILDADE Deus sempre em primeiro lugar fonte de toda suficincia
(5) de MANSIDO, - Total confiana e dependncia de Deus No se preocupa.
(6) de LONGANIMIDADE. - Pacincia para esperar o tempo de Deus
(7) SUPORTAI-vos uns aos outros, - Tolerncia para com os mais fracos
(8) PERDOAI-VOS mutuamente, caso algum tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor
vos perdoou, assim tambm perdoai vs; - Nada e Ningum entre mim e Cristo.
(9) acima de tudo isto, porm, esteja o AMOR, que o vnculo da perfeio. Amor a Deus com todo o
ser, provando isso por obedincia incondicional e confiana irrestrita; Amor ao Prximo como a si
mesmo (prximo = qualquer um em necessidade)
(10) Seja a PAZ de Cristo o rbitro em vosso corao, qual, tambm, fostes chamados em um s corpo; e
Pergunte: Minha conscincia est tranqila diante de Cristo ?
(11) sede agradecidos. Nunca lamentar nem murmurar
(12) Habite, ricamente, em vs A PALAVRA DE CRISTO; O santo um homem da Palavra.
- instru-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, - Santo = sbio
- louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cnticos espirituais, - Alegria espiritual
- com gratido, em vosso corao. V o agir invisvel de Deus ou o pressupe
f) E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ao, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por
ele graas a Deus Pai. No feito em si e por si, mas nEle e por Ele.
(1) ESPOSAS, sede submissas ao prprio marido, como convm no Senhor. Pronta Obedincia
(2) MARIDOS, amai vossa esposa e no a trateis com amargura. Amor sacrificial
(3) FILHOS, em tudo obedecei a vossos pais; ... faz-lo grato diante do Senhor. Obed. Indisc.
(4) PAIS, no irriteis os vossos filhos, para que no fiquem desanimados. Tato x Grosseiria
(5) SERVOS (empregados) , obedecei em tudo ao vosso senhor segundo a carne, (...)mas em singeleza de
corao, temendo ao Senhor. O melhor servio (para o Senhor)
(6) Tudo quanto FIZERDES, fazei-o de todo o corao, como para o Senhor e no para homens, (...)
Alvo de cada ao: O Senhor; Buscar o Bem Feito do Senhor.
(7) Senhores (Patres), tratai os servos com justia e com eqidade, certos de que tambm vs tendes
Senhor no cu. Justia: dar ao outro o que gostaria de receber.
g) Perseverai na ORAO,
(1) vigiando com AES DE GRAAS. Atento aos ataques da amargura.
(2) Suplicai, ao mesmo tempo, tambm por ns, para que Deus nos abra porta palavra, a fim de
falarmos do mistrio de Cristo,(...) Orar e Evangelizar como Estilo de Vida.
h) Portai-vos com SABEDORIA para com os que so de fora; - Tato no trato com os descrentes.
i) aproveitai as oportunidades. Perceber a hora de agir provida por Deus.
j) A vossa PALAVRA seja sempre agradvel, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a
cada um. Muito Cuidado e Cautela no falar e responder.
CAP VIII - A TICA DO REINO - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 115
CAPTULO IX POSIO DE LDERES
FUNDAMENTALISTAS
POSIO DE LDERES FUNDAMENTALISTAS
SOBRE DIVRCIO E RECASAMENTO
1. O CASAMENTO INDISSOLVEL ?
Sim, o casamento indissolvel, porque o prprio Deus disse que o que Ele uniu no o
separe o homem. O homem se divorcia indevidamente por causa da dureza de seu corao
De modo que j no so mais dois, porm uma s carne. Portanto, o que Deus ajuntou
no o separe o homem... Por que mandou, ento, Moiss dar carta de divrcio e repudiar?
Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso corao que Moiss vos permitiu
repudiar vossa mulher; entretanto, no foi assim desde o princpio. (Mt 19:6-8)
2. E DIVRCIO DESFAZ O CASAMENTO?
No diante de Deus. Tanto, no desfaz o casamento perante Deus, que quem casar com a
parte repudiada comete adultrio (Mt 19:9; Rm 7:1-3)
3. H DIFERENA ENTRE REPDIO E DIVRCIO ?
REPDIO a separao autorizada por Deus por causa de adultrio, no caso de
infidelidade conjugal; E DIVRCIO o repdio legalizado, e se houver recasamento
torna-se em ADULTRIO LEGALIZADO.
4. H QUALQUER DIREITO PARA QUALQUER UMA DAS PARTES
RECASAREM, SEJA PARA A PARTE FIEL OU PARA PARTE INFIEL ?
Diante de Deus no. Nem a parte inocente tem direito a recasar. A vocao e a vontade de
Deus para pessoas repudiadas o celibato enquanto o cnjuge do primeiro casamento
viver, se vier a recasar comete adlterio. Por causa desta posio de Cristo, os discipulos
se escandalizaram e disseram: Se essa a condio do homem relativamente sua mu-
lher, no convm casar. (Mt 19:10) - Ento Cristo, mostrou o que ele esperava das
pessoas que fossem repudiadas ou divorciadas: se fazer eunuco pelo reino porm nem
todos podem aceitar este conceito, inclusive muitos pastores no aceitam esse duro
conceito Alm disso, Cristo mostra que a situao diante de Deus em nada se altera, pelo
fato dos homens no aceitarem o conceito de Deus, e acrescenta: Quem apto para o
admitir admita, ou seja, o problema deles se no aceitarem este conceito e passando
por cima de tudo recasarem. Jesus, porm, lhes respondeu: Nem todos so aptos para
receber este conceito, mas apenas aqueles a quem dado. Porque h eunucos de nascena;
h outros a quem os homens fizeram tais; e h outros que a si mesmos se fizeram eunucos,
por causa do reino dos cus. Quem apto para o admitir admita. (Mt 19:11-12)
CAP IX - POSIO DE LDERES FUNDAMENTALISTAS - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 116
Na igreja Batista Bblica de Vitria da Conquista temos algumas mulheres repudiadas,
que tm se mantido firmes no celibato - porm, uma destas senhoras que havia dito as
seguintes palavras: eu prefiro ficar sozinha do que desprezar Jesus cristo. Eu posso passar
sem um marido, sem Jesus no; mas depois voltou atrs, e foi para o movimento
carismtico, cuja frouxido doutrinria faz que aceitem uma posio frouxa sobre o
divrcio e outras coisas. Isso mostra que algumas pessoas repudiadas, logo no incio de seu
repdio, podem vir a aceitar a posio celibatria em obedincia a Cristo, mas depois as
convenincias pessoais podero faz-las mudar de opinio.
5. A PARTE FIEL E A PARTE INFIEL QUE RECASAR ENQUANTO O
CNJUGE ESTIVER VIVO EST EM ADULTRIO CONTNUO?
Sim. Esto em adultrio contnuo, porque isso que a Bblia diz.
6. O QUE TER DE FAZER A PARTE INFIEL QUE RECASAR PARA
SAIR DO ADULTRIO CONTNUO E SER PERDOADA ?
Separar-se do cnjuge com quem se casou sem autorizao divina.
7. COMO A IGREJA DEVE PROCEDER COM DIVRCIADOS E
RECASADOS, QUE QUEREM CONTINUAR EM SEU ADULTRIO
CONTINUO ?
A igreja aceita apenas como congregados e no como membros da igreja.
os divorciados assumam a responsabilidade diante de deus pelos seus atos, e no a igreja.
Como congregados da igreja, e no membros, sero tratados com respeito como
qualquer cidado. Porm, se cnjuge recasado voltar ao primeiro cnjuge, resolvido estar
ento plenamente o problema.
8. SE O DIVORCIADO E "RECASADO" FEZ ISSO QUANDO AINDA
ERA DESCRENTE, COMO FICA A SUA SITUAO EM RELAO A
DEUS E A IGREJA?
Paulo confessa arrependido muitos pecados cometidos antes de sua converso e diz que
praticou tais pecados na ignorncia, mas no praticou mais tais pecados, porque se converteu.
Ento, o mesmo se aplica, aos recasados de divrcio, que fizeram isso antes da converso ou
na ignorncia, e a prova de que realmente se arrependeram, que esto prontos a desfazer o
pecado que fizeram durante a ignorncia, ou seja, separar-se do adultrio contnuo causado
pelo casamento no autorizado por Deus. Se mesmo um salvo, tambm uma nova criatura, e
se nova criaturas as coisas velhas passaram, inclusive o adultrio, tambm tem de passar.
9. MUITOS PASTORES PERMITEM OS RECASADOS CONTINUAREM
EM SEUS SEGUNDOS CASAMENTOS E DIZEM QUE DEUS OS
PERDOOU E QUE PORTANTO NO MAIS ESTO EM ADULTRIO
CONTNUO, ISSO POR QUE ELES SE ARREPENDERAM, E QUE NO
H PECADO QUE DEUS NO PERDOA - ASSIM COMO PERDOOU UM
ASSASSINO QUE PRATICOU O ASSASSINATO ANTES DA CONVERSO
E ELE PODE SER ACEITO SEM RESTRIES NA IGREJA E AT NO
MINISTRIO, PORQUE DEUS NO FARIA O MESMO COM OS
RECASADOS DE DIVRCIO ?
O que cometeu assassinato antes de ser crente, e verdadeiramente se arrependeu, no
est cometendo mais este pecado. Em provrbio 28:13 - a bblia diz: o que encobre as suas
transgresses jamais prosperar; mas o que confessa e deixa, alcansar misericrdia. O
mesmo pode ser aplicado aos divorciados e recasados, enquanto lutarem por encobrir a
condio de adultrio em que esto, e no o abandonarem, jamais podero ter a misericrdia
ou o perdo de Deus".
CAP IX - POSIO DE LDERES FUNDAMENTALISTAS - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 117
PALAVRA DE VRIOS LDERES SOBRE A QUESTO DE DIVRCIO E
RECASAMENTO:
SOBRE A EXCEO DE MATEUS 5 e19
Paulo (que foi instrudo diretamente por Cristo) ao escrever sobre casamento e divrcio, deixou claro, o
mais claro que pde, que os laos matrimoniais s se desfazem com a morte, sem fazer referncia a qual-
quer exceo.
A Igreja, desde o incio no aprovava o recasamento, sob quaisquer circunstncias. Apenas no 16o.
sculo que comeou, com Erasmo, a surgir a idia de recasamento no caso de adultrio.
Ora, se Jesus Cristo abriu uma exceo, porque no foi praticada desde a poca dEle?
O divrcio e o recasamento fecham a possibilidade de reconciliao, atravs do perdo e do amor em
Cristo, que o ideal. O contrrio seria continuar na fase da "dureza de corao" dos tempos de Moiss.
mais prudente para a preservao da pureza da Igreja, j que no h risco desse procedimento desa-
gradar a Deus . 66
CAP IX - POSIO DE LDERES FUNDAMENTALISTAS - Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 118
CAPTULO X - UMA VOCAO OU CHAMADO
SUPERIOR
1 Corntios 7:20 Cada um permanea na vocao em que foi chamado.
Efsios 4:1 - Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocao
[klhsiv] a que fostes chamados
CAP X - UMA VOCAO OU CHAMADO SUPERIOR- Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 119
- Samuel Por sua inexperincia teve no incio dificuldade para perceber o
chamado de Deus, porm, ao distinguir claramente a vocao de Deus para
Ele, no exitou em dizer: eis-me aqui Senhor- (I Sm 3:4)
- Elias Obedecia a vocao de Deus mesmo quando era para fazer algo que
para a sociedade poderia ser visto como esquisito ou humilhante: ser
sustentado por uma mulher, e ainda uma mulher pobre e viva (I Re 17)
(1) No Novo Testamento:
- Jesus Cristo Sendo Deus se fez homem; sendo rico se fez pobre; sendo
Senhor absoluto se fez servo; merendo toda honra se humilhou at a morte e
morte de Cruz;
- Joo Batista A voz que clama no deserto, roupa e comida rsticas, por fim
dou-se com martir, por amor ao Reino;
- Paulo Gastou e se deixou gastar pelo reino, inclusive, adotou o celibato,
deixando de casar, algo inconveniente para si, mas conveniente para a vocao
e misso que Deus lhe tinha dado. Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser
apstolo, separado para o evangelho de Deus. (Rm 1:1)
A vocao de Jonas incluiu ir para um lugar onde ele jamais teria querido ir e
fazer o que ele jamais desejou fazer. Tentou resistir a chamada de Deus e fazer o
que lhe era mais conveniente fazer conforme o seu julgamento prprio, e conforme a
CAP X - UMA VOCAO OU CHAMADO SUPERIOR- Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 120
sua justia prpria. Pois para ele, era completamente injusto ir pregar aos ninivitas,
o povo guerreiro mais cruel da antiguidade, inclusive, eram culpados de muita
crueldade com seus irmos judeus. Por isso, achou-se no direito de resistir a
chamada e vocao de Deus. Todos ns sabemos no que deu a aventura de Jonas.
Depois de ter se Rebelado contra a vocao de Deus e ter se dado muito mal por
causa disso, para no morrer teve de concordar com Deus. Que este no seja o seu
caso. (Jn 1)
A vocao para um cristo ficar solteiro ou mesmo no casar de
novo aps um divrcio indesejado pode ser uma vocao dolorosa e
difcil para aqueles que resistirem vontade de Deus. Como no caso de
Jonas esta rebeldia pode lhe custar a vida.
De acordo com I corntios 7, No d para um cristo decidir ficar
solteiro e ao mesmo tempo seguir o chamado do seu ser interior - No d para
seguir ou ouvir simuntaneamente a chamada de dois senhores.
1. Os que dividem suas afeies entre Deus e Si mesmo, tem grande dificuldade em
compreender e aceitar a vocao de Deus para a sua vida isso, porque eles j
tem a sua vocao pessoal, e no abriro facilmente mo da sua vontade e planos em
troca da sacrificial e auto-crucificante santa vocao de Deus;
2. A voz de si mesmo, da cobia do mundo, a tentativa de se proteger contra o
sofrimento e renncia implicados na chamada de Deus, abafam o Esprito,
impedindo que a vocao de Deus seja ouvida.
A causa de alguns no compreenderem o que Jesus diz claramente em Sua
Palavra, no porque a Palavra de Cristo no clara, mas porque muito difcil de
ser obedecida do ponto de vista da carne ou do homem. De fato, a realidade no
que no compreendem, mas que no querem compreender, isso porque, conforme
Rm 8:5-7, o pendor ou preferncia da carne cogita (fronew - froneo = procura
entender) as coisas do ponto de vista da carne, por isso no se sujeita a lei (vontade,
vocao) de Deus e nem mesmo se quisesse podia se sujeitar a vontade de Deus,
porque so impedidos de compreender a Palavra e Vocao de Deus para a sua
vida, porque o EU entronizado e a seduo deste mundo lhe falam to alto, que
sufocam e abafam a voz da chamada de Deus. Jesus descreve estas pessoas como:
a) Pessoas seduzidas pelos cuidados do mundo e de suas riquezas - que ouvem a
Palavra de Deus somente at onde ela no contraria seus interesses pessoais. - "E o que
foi semeado entre espinhos o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a
seduo das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutfera;" (Mt 13:22).
b) Pessoas superficiais em sua f e consagrao que no suportam tribulaes e
sofrimentos que faro tudo para fugir da cruz implicada em sua vocao. - "Mas no
tm raiz em si mesmos, antes so temporos; depois, sobrevindo tribulao ou
perseguio, por causa da palavra, logo se escandalizam." (Mc 4:17)
c) Pessoas enganadas pelas riquezas e ambio de outras coisas (inclusive sexo)
Nosso Jesus Cristo nos mostra a tragdia das pessoas que trocam a vocao de Deus por
outras vocaes. elas sero finalmente enganadas e fracassadas em suas vidas. "Mas
os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambies de outras coisas,
entrando, sufocam a palavra, e fica infrutfera." (Mc 4:19)
3. Alguns imersos na gerao adltera e pecadora atual, se envergonham das
palavras de Cristo, como se elas no mais se aplicassem mais aos tempos
modernos Por isso no encontrando apoio na velha Bblia para as suas
CAP X - UMA VOCAO OU CHAMADO SUPERIOR- Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 121
pretenses carnais e mundanas, vo em busca dos pontos de vista antropolgicos
das cincias humanas, tais como: sociologia, psicologia, psiquiatria, etc... que
parecem modernas, mas s conseguem mal disfarar a velha imoralidade,
apresentada como uma nova moralidade, permissiva (tudo permitido),
hedonista (o prazer acima de tudo) e relativista (a verdade pode mudar conforme
as convenincias humanas), onde o sofrimento e a renuncia so evitados, e a
prioridade mxima da existncia passa a ser o bem-estar emocional e sensual do
homem moderno, nem que crianas tenham de ser assassinadas pelo aborto e
famlias tenham de ser destrudas pelo divrcio.
Esta nova, de fato, velha imoralidade, tambm, teleguiada pela cincias
humanas, em vez da velha Bblia, invadiu o mundo evanglico, na forma de uma
nova moralidade gospel (supostamente no legalista, instruda e cheia de
amor), onde ao crente permitido fazer tudo que a gerao m e adltera
condenada por Cristo faz.
Porm, o juzo sobre esta nova gerao gospel, que tenta contornar ou
evitar o claro ensino de Cristo est sob o antema de Cristo: "Porquanto,
qualquer que, entre esta gerao adltera e pecadora, se envergonhar de mim
e das minhas palavras, tambm o Filho do homem se envergonhar dele,
quando vier na glria de seu Pai, com os santos anjos." (Mc 8:38)
4. A Palavra e vocao de Deus em relao ao casamento e ao divrcio no podem
ser entendidas do ponto de vista humano ou antropolgico somente os que
vem a dimensso, os direitos e interesses do Reino de Deus como prioritrios e
superiores a dimenso, direitos e interesses do Reino deste mundo que podem
entender a santidade do matrimnio e a renncia auto-crussificante que Deus exige
dos que so realmente vtimas do divrcio. "Ele, porm, lhes disse: Nem todos
podem receber esta palavra, mas s aqueles a quem foi concedido." (Mc 19:11)
CAP X - UMA VOCAO OU CHAMADO SUPERIOR- Pr. Jos Larton (85) 296-9151 Fortaleza-Ce Pg - 122
CAPTULO XI - O DIVRCIO NO VELHO
TESTAMENTO E A INFLUNCIA DA CULTURA DE
DIVRCIO NA SOCIEDADE ORIENTAL DA POCA
VEJA CITAES ABAIXO DESCREVENDO O PROCESSO DE DIVRCIO:
1) O DIVRCIO SE TORNAVA RARO EM ALGUMAS CULTURAS , EMBORA
SUA ACEITAO FOSSE GENERALIZADA DEVIDO AS DURSSIMAS
CONDIES E EXIGNCIAS.
O QUE DE SURPREENDENTE, QUE EXISTIU SOVIEDADE PAGS, QUE
PERCEBERAM A MALIGNIDADE DO DIVRCIO, POR ISSO, CERCARAM DE TODO
TIPO DE RESTRIES E MUITAS IGREJAS EVANGLICAS TUDO FAZEM PARA
FACILITAR DIVRCIO E RECASAMENTO.
"Escrito pelo marido, esse termo de divrcio era entregue, pessoalmente, mulher, na presena de
testemunhas. Ao marido no estava licenciado repelir sua mulher por meio de palavras
simplesmente. A dissoluo do matrimnio exigia formalidades, que eram realizadas atravs de um
processo rigoroso, que visava essencialmente fornecer uma oportunidade de reflexo e
reconciliao. Raras vezes aparecia um caso de divrcio devido as exigncias no cumprimento das
condies estipuladas na ketuback [o texto original dos Massoretos, sem vogais] 68
O propsito destes pagamentos era para dar segurana para o casamento, como
tambm sendo o selo legal da aliana ou contrato de casamento. Em certo sentido a
aliana se parecia com uma venda, em que o noivo compra sua noiva de seu pai.
Porm, era entendido que o pai daria um dote bem mais caro do que o noivo dava
para o pai da noiva, de forma que o pagamento lquido era feito pelo pai da noiva
para o noivo. O dote podia ser considerado como equivalente a parte ou herana da
filha na propriedade familiar, o que representaria segurana para ela e para seu
marido no estabelecimento do seu novo lar.
3) A CARTA DE DIVRCIO EXIGIA A DEVOLUO DA QUANTIA DO DOTE
DADO PELO PAI NA POCA DO CASAMENTO
O dote dado pelo pai como parte da herana da filha na propriedade da famlia
e que servia de ajuda para o estabelecimento do novo lar, devia ser devolvido, se
caso houvesse divrcio, isso, tambm visava evitar de algum casar com uma moa
apenas pelo dote do pai, ou para servir de freio contra o divrcio e consequente
abandono e desamparo da esposa e filhos, sem lhes deixar nenhuma condio
financeira de sobrevivncia. Porm, se a esposa causava o divrcio ela perdia tudo.
De modo que as exigncias do divrcio eram muito duras, tanto para homens quanto
para mulheres.
O dote tambm dava segurana pessoal para a noiva. O dote, mesmo depois do casamento,
continuava a pertencer noiva, assim se seu marido morria ou se divorciava dela, ela tinha dinheiro
para viver. No caso de divrcio ela tambm podia conseguir uma parte da propriedade do marido,
CAP XI - A INFLUNCIA DA CULTURA ORIENTAL - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 123
alm de seu dote. A nica exceo para isto era quando o divrcio era causado pela esposa. Em
alguns acordos a esposa conseguia s metade do dote, e no caso em que ela provocava o divrcio,
entretanto, normalmente ela perdia toda propriedade do dote. 70
Por essa citao, e por muitos outros registros histricos, parece que at no
paganismo antigo de muitas culturas, havia pesadas e srias restries ao divrcio, de
modo que, a nossa poca de divrcios fceis, parece ser a pior poca da histria da
humanidade no que se refere ao descartamento fcil do casamento e a banalizao
leviana do divrcio, e isso, at no meio chamado evanglico. Vivemos numa poca,
em que os que se dizem crentes so de um nivel moral mais baixo do que os pagos
da antiguidade, no que se refere, especialmente ao divrcio. Na citao acima, veremos
que at nas religies pags, a pessoa que provoca o divrcio sem ser de um modo
legtimo, alm de tido como culpado era penalizado, vindo a perder seus direitos. Em
contraste, a isto, o cristianismo moderno, desprezando e ridicularizando o casamento e
espondo ao desamparo a famlia, chama de legalismo e falta de amor, qualquer
penalizao ou restrio feita aos que so culpados de divrcio. Os evanglicos agem
como a jurisprudncia brasileira, como disse certo advogado, a um jornal, que no Brasil
tem mais leis para proteger bandido do que s suas vtimas.
CAP XI - A INFLUNCIA DA CULTURA ORIENTAL - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 124
a abominao de promover a separao daquilo que Deus uniu, alm, de ser cmplice,
na destruio, misria e terrvel infelicidade nos filhos e cnjuges vtimas do divrcio.
O grito hoje, parece ser: No podemos permitir que a famlia de algum recasado
venha a sofrer com penalidades impostas aos que se divorciaram e recasaram!
Tambm no podemos permitir que um casal que se ama venha a ser separado por
causa do legalismo de fariseus legalistas e sem amor! Todavia, esse mesmo esprito
de luta e de amor em defesa dos provocadores de divrcio e recasadores, no ouvido
em favor, da primeira esposa e dos filhos abandonados do primeiro casamento. At
parecem os grupos de direitos humanos, que defedem os direitos dos encacerados, em
muitos casos, bandidos perigosssimos e culpados de assassinatos cruis, deixando uma
multido de vivas e rfos desamparados, na maioria dos casos, na mais extrema
misria, porm, esses mesmos grupos, chamados de defensores dos direitos humanos,
quase nunca defendem os direitos da vtimas dos bandidos que eles tanto defendem. O
mesmo acontece com o divrcio na maioria das igrejas evanglicas, quase ningum se
preocupa com a mulher e filhos abandonados pela tragdia do divrcio, ou que a
primeira esposa, de fato, legtima esposa, est sofrendo solido e abandono, que os
filhos sem a orientao do pai, sozinhos, abandonados, vo sendo engolidos pelo mundo
co a sua volta.
Evitar, quando possvel, o Sofrimento das Reais Vtimas dos Divrcios, Recasamentos
e Adultrio [Os Filhos]
Celibato at a viuvez ou at morte aos Que No Podem Restaurar Seu
Casamento Original
No estamos defendendo que seja feita injustia com os filhos de um segundo
casamento, eles tambm so vtimas, da insensatez de seus pais, e portanto, devem ser
CAP XI - A INFLUNCIA DA CULTURA ORIENTAL - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 125
amparados e criados com amor, descncia e justia. Tambm no estamos dizendo que
no sejam dadas condies a mulher de um segundo casamento, condies financeiras
dela acabar de criar seus filhos e poder ter uma vida descente.
O que estamos dizendo, que a prioridade deve ser dada ao casamento original, de
modo, que se j houve divrcio e no houve recasamento, que haja reconciliao com o
conjuge original, o primeiro e legtimo; Se porm, o cnjuge original no queira se
reconciliar ou tambm j tiver recasado, que fique celibatrio at que por causa de
viuvez possa recasar novamente; Ou se depois do divrcio, tambm j tiver recasado,
que assuma as responsabilidades financeiras com os filhos das duas famlias, e d
amparo financeiro as duas mulheres com quem produziu filhos, porm, se quer seguir
fielmente a vocao de Deus, mesmo que seja, no dizer de alguns, a parte inocente, se
bem, que nos conflitos e crises entre marido e mulher, nunca h, um 100% inocente, e o
outro 100% culpado, que permanea no celibato at a viuvez, e se ela nunca acontecer,
agradea a Deus pelo o tempo em pode desfrutar do sexo, e pea a graa de Deus para
ser eunuco pelo Reino de Deus at a morte.
CAP XI - A INFLUNCIA DA CULTURA ORIENTAL - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 126
CONCLUSO E RESUMO
GRFICO ANALTICO E DIAGNSTICO BBLICO DO
DIVRCIO E RECASAMENTO E A V OCAO PARA O CELIBATO
PELO REINO DE DEUS
O PROBLEMA O SINTOMA A SOLUO
Impiedade = no Justia Prpria = criada Justia = conformidade
conformidade com a para benefcio e servio com a vontade de Deus
vontade de Deus prprio
Corao duro Adultrio Corao contrito
Rejeio do Plano de Deus Falta de Perdo Por causa do Reino
revelado no Princpio Falta de Arrependimento PERDO
Rejeitar a Soluo de Deus DIVRCIO ou
Buscar a Soluo do RECASAMENTO CELIBATO
Homem
Natureza Admica PECADO Obedincia Incondicional a Cristo
A Carne ou o EU Fazer o que Deus Proibe e Crussificao da Carne e do Eu
O prazer terreno em troca dos Abomina malvado
valores celestiais O domnio da vontade prpria Anulao de Si Mesmo
Entronizao do EU Adultrio romper a sagrada No Adulterando
Cogita ou no procura ver as coisas aliana de uma s carne Arrependendo-se
do ponto de vista de Deus No Arrepender-se Perdoando
Medo de sofrer e auto-sacrificar-se No buscar Perdo Mesmo prejudicado e vtima,
Aceitao da mentira de que s no No buscar sinceramente restaurar o buscando sinceramente restaurar o
casamento algum pode ser feliz e casamento abalado casamento abalado
realizado; Ficar ressentido e No dar o Perdo No se aproveitando da situao de
Iluso de que s arravs da prtica No dar chance de reconciliao e vtima para separar que Deus uniu
do sexo pode haver gozo e alegria; restaurao do casamento violado Mesmo que o divrcio seja inevitvel,
Descrena no fato de que a vontade pelo adultrio Esperando que a morte faa a
de Deus sempre boa, perfeita e Aproveitar-se da situao para separao e abra verdadeiramente a
agradvel; acabar de Separar o que Deus Uniu porta para um outro casamento, se
No ver que o celibato pode trazer Deixando de aguardar na vontade de essa for a vontade de Deus.
bnos e vantagens para o servio Deus - No esperando que a morte Enquanto aguarda na vontade de
do Reino de Deus, que ningum faa a separao e abra Deus - SE TORNA EUNUCO OU
casado poderia ter; verdadeiramente a porta para um CELIBATRIO, deixando de casar
No querer crer que um celibatrio segundo casamento. pelo reino de Deus. Usando a
pelo Reino de Deus, pode gozar de oportunidade para servio.
uma paz e felicidade sem igual.
{Resistente e Insensvel ao Esprito {Rebelio e desobedincia} {Submisso e Obedincia total}
Santo}
Transgresso da Lei; Santidade com o alvo da vida
- Ouve a Palavra s at onde
conveniente. Meu Reino e Minha Vontade O Reino de Deus e Sua Vontade em
Primeiro. Primeiro Lugar
Solo RochosoA Palavra entra No suporta o sol da tribulao Solo bom que vence a tribulao e
apenas superficialmente por isso no frutifica bons frutos tentaes por isso frutifica
seno os frutos da dvida, incerteza e bons frutos os doces frutos da
Recebe-a pela convenincia e falta de paz. certeza, segurana e verdadeira
descarta-a na inconvenincia. paz.
RAZES DA RELUTNCIA EM ADOTAR A POSIO BBLICA CLARA
SOBRE O DIVRCIO.
1. A posio Bblica nos far questionar muitas pessoas que amamos quanto a
validade de seus divrcios e recasamentos (parentes, amigos, colegas de trabalho e at de
ministrio).
2. O temor de no futuro virmos a ser vtimas do divrcio - A posio Bblica nos
impe responsabilidade de viver altura das exigncias de Deus. E se fosse eu?
3. A dvida se a posio da nossa "velha" bblia relevante ou adequada para os
problemas modernos.
O CELIBATO
PELO REINO DE DEUS
Aps o divrcio
Mantm possvel a restaurao do casamento original. Muitos problemas e traumas so facilmente
curados com o tempo. Se muitos casais tivessem pacincia, o tempo seria um bom aliado na sua
reconciliao.
Mantm a existncia de apenas uma famlia - Pelo menos isso vendade em relao ao cnjuge
que no recasa, possibilitando ao mesmo dar melhor cuidado aos filhos produzidos pelo primeiro
casamento
Mesmo para a parte culpada de pelo adultrio ter rompido o casamento, mas em
arrempendimento se mantem casto, o perdo de Deus lhe garantido. Se no recasar novamente
poder dispor de muito mais tempo para fazer a obra de Deus e melhor se consagrar a Deus. O fato,
que sempre melhor viver na condio de uma salvo do que por alguma coisa do mundo, no caso um
segundo casamento, por em jogo ou mesmo a perder a prpria alma.
Abre-se uma marabilhosa porta de servio abnegado e grandemente frutfero para o Reino de
Deus. Grandes Obras missionrias e teolgicas tm sido feitas por pessoas que fizeram do celibato,
o grande trunfo para produzirem abundamente para o Reino deDeus.
Se o seu cnjuge j casou com outro, nada mais lhe resta seno esperar no Senhor
a soluo do seu caso. Pois nenhum homem, pastor ou igreja tem a autoridade de
respaldar um segundo casamento. Portanto, sua nica opo o celibato pelo Reino de
Deus.
arrancar ...o olho ... a mo... o p..., dar a outra face, caminhar a segunda milha, orar
pelo bem dos que nos perseguem, aborrecer pai, me, mulher, filhos e a prpria vida, perder
a vida, para somente assim ganh-la, etc...
Por tudo que j foi dito, o meu apelo, a esses queridos irmos que temem a
Deus, que j recasaram e que o seu cnjuge original j casou tambm com outro, nada
mais lhe resta seno esperar no Senhor a soluo do seu caso.
O que Deus exige de voc o celibato pelo Reino de Deus. Sei que isso
doloroso e parece at mesmo injusto e inconcebvel, pois, provavelmente, na nova
famlia os laos criados j so fortes e sinceros.
uma situao profundamente embaraosa e de difcil soluo. S posso lhe
afirmar o que a Palavra de Deus afirma. Todavia, sei que Deus sabe quem realmente
teme a Ele e sincero, e se esse o seu caso Ele haver de ajud-lo na soluo do seu
caso.
Tambm lhe peo para no ficar tentando arrumar desculpas para a sua
situao, isto faz a Sua situao perante Deus ficar pior, pelo contrrio, aceite
incondicionalmente o que a Palavra de Deus diz, e tente desestimular casais com
problemas a se divorciarem mostrando-lhes o que Deus declara sobre o assunto.
Entre neste estudo bblico, com sincero desejo de descobrir a vontade de Deus
para a sua vida e das pessoas que dependem de voc.
- Coopere com a deciso de Sua igreja se ela pedir que se afaste da membrazia e
de seus cargos de liderana e ensino.
- No se afaste da igreja, mas continue congregado ouvindo a Palavra de Deus e
ajudando no que for possvel, enquanto aguarda da parte de Deus, luz e fora para
solucionar o seu caso.
- Ajude a sua igreja a fortalecer os casamentos e a combater no contra os
divorciados e recasados, mas combater decididamente contra o divrcio e o
recasamento.
Pelo que j dissemos acima, mesmo sabendo que o casamento uma das ricas
bnos de Deus para a humanidade, que deve ser defendido e protegido da ameaa
constante de violao e profanao do seu carter de indissolubilidade, ou de vlidade
permanente, at que a morte separe. Com certeza, o casamento no o plano de Deus
para todo mundo. E que fora s ricas bnos exclusivamente dadas aos que se casam,
Deus tem tambm, ricas bnos, que so exclusivamente dadas aos que pelo Reino de
Deus, ficam solteiros ou que obedecem a vocao para o celibato pelo Reino de Deus,
na impossbilidade de contrair um novo casamento.
AOS QUE ACHAM QUE PELO FATO DO DIVRCIO SER LEGAL, SE ENGANAM
PENSANDO QUE ELE TAMBM B BLICO
Q UE O DIVRCIO , ENCARADO DE UM PONTO DE VISTA LEGAL , OU SEJA, VISTO APENAS AOS
OLHOS E LEIS DA SOCIEDADE HUM ANA, ROMPE MESMO A SOCIEDADE E ALIANA MATRIMONIAL ,
PORM , DE A CORDO COM A B BLIA , NEM TUDO QUE LEGAL BBLICO , E DE UM MODO MISTERIOSO E
INEXPLICADO POR ELA, O VNCULO QUE UNE MARIDO E ESPOSA TO FORTE E PODEROSO QUE S A
MORTE ROMPE DEFINITIVAMENTE O VNCULO MATRIMONIAL .
AOS QUE VEM O CELIBATO COMO UMA TRAGDIA OU O FIM DE UMA VIDA FELIZ,
REALIZADA E TIL PARA O SENHOR.
AOS QUE PENSAM QUE ALGO ALM DA VIVEZ QUEBRA OS LAOS MATRIMONIAS.
MOSTRAR QUE A QUEBRA DO CELIBATO APS DIVRCIO, somente NO CASO DE
VIUVEZ S E RECASAR ANTES DA VIUVEZ, TER DIFICULDADE PARA PROVAR, QUE O
SEU CASO ESPECIAL E QUE OS VERCCULOS ABAIXO, NO SE APLICA AO SEU
RECASAMENTO OU SEJA, SER DIFCIL PROVAR QUE NO EST EM ADULTRIO
CONTNUO.
Apndices 01 -Testemunho Anne Bierema - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 140
possa ter amigos do sexo oposto, no s pode, mas deve ter esses amigos. (Porm, o
que aconselhvel, para o caso de confidncias ntimas, uma amiga crist, no caso
da solteira, e um amigo cristo, no caso do solteiro, com quem compartilhar alegrias e
dificuldades e para servir como algum a se prestar contas, pois, isso ajuda o solteiro
a se manter responsvel. Quando no temos a quem prestar contas, tendemos a ficar
relaxados).
O MUNDO
O mundo tem uma atitude impertinente sobre sexo e casamento. A sociedade vive
para buscar a satisfao prpria. Nutre o conceito de "jogo de balano." A atitude de
muitos que voc deve fazer sexo ou voc no normal. Um no-cristo disse
recentemente A mim, "Na sociedade de hoje, ser virgem um milagre. Claro, isto
uma atitude no-crist, mas at alguns cristos acreditam que voc deva ter algum
se voc quiser ter uma vida plena. Isto pode fazer um individuo solteiro parecer um
pouco estranho - que talvez Deus ele omitir e no est encontrando seu "precisa."
Para combater isto, eu reconheo que eu devo pensar como Deus pensa. A verdade
que Jesus Cristo satisfaz minhas necessidades. Ningum mais e nada mais pode
trazer realizao verdadeira. Ele d a vida abundante.
Novamente, importante para eu disciplinar minha vida mental (II corntios 10:5).
Eu medito e memorizo a Bblia para se contrapor as filosofias mundanas. Alguns
versos que me ajudaram ser Fp 4:8, Cl 3:1-5, e II Co 7:1.
O mundo diz que contato fsico o que ns precisamos e o merecemos de fato, a
maioria de diz que isso para ser esperado. Para um solteiro, uma tentao deixar o
aspecto fsico se tornar base para um relacionamento. Enquanto algum contato
fsico pode ser bom e apropriado, deve sempre ser mantido sob o controle do Esprito.
Deus diz, "Mantenha voc mesmo puro" (1 Tm 5:22). Eu preciso lembrar de viver pelos
fatos de Palavra de Deus, e no pela carne e pelos sentimentos. E eu me esforo por
manter em um desenvolvimento saudvel e correto, minhas amizades com o sexo
oposto. 72
Apndices 01 -Testemunho Anne Bierema - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 141
APNDICE 2
O DIVRCIO PELA TICA E LEI DOS HOMENS
O QUE : 1. Dissoluo do vnculo matrimonial, ficando os divorciados livres para contrarem
novas npcias. [Cf. desquite.] - 2. Fig. Desunio, separao.
O divrcio no Brasil foi sancionado pela lei 6.515 que o regulamentou em 26 de dezembro de 1977,
desde ento, o divrcio se tornou legal em nosso pas. Direito de requererem a dissoluo de seu
casamento, desde que comprovem: (1) Estarem separados, de fato, h 5 anos antes da vigncia da lei. (2)
Estarem separados judicialmente, h 1 ano.
EFEITOS DO DIVRCIO (Cdigo Civil) - Princpio geral - Art. 1788 - (estado: 01/06/97)
O divrcio dissolve o casamento e tem juridicamente os mesmos efeitos da dissoluo por morte, salvas
as excepes consagradas na lei. 73
DIVRCIO NO CDIGO CIVIL
MODALIDADES DE DIVRCIOS - Art. 1773
1. O divrcio pode ser por mtuo consentimento ou litigioso.
2. O divrcio por mtuo consentimento pode ser requerido por ambos os cnjuges, de comum acordo, no tribunal ou
na conservatria do registo civil se, neste caso, o casal no tiver filhos menores ou, havendo-os, o exerccio do
respectivo poder paternal se mostrar j judicialmente regulado.
3. O divrcio litigioso requerido no tribunal por um dos cnjuges contra o outro, com algum dos fundamentos
previstos nos artigos.
D IVRCIO LITIGIOSO
(1) Violao culposa dos deveres conjugais (Art. 1779) - 1. Qualquer dos cnjuges pode requerer o
divrcio se o outro violar culposamente os deveres conjugais, quando a violao, pela sua gravidade ou reiterao,
comprometa a possibilidade da vida em comum. 2. Na apreciao da gravidade dos factos invocados, deve o tribunal
tomar em conta, nomeadamente, a culpa que possa ser imputada ao requerente e o grau de educao e sensibilidade
moral dos cnjuges. (Redaco do Dec.-Lei n 496/77, de 25-11)
Excluso do direito de requerer o divrcio (Art. 1780) - (estado : 01/06/97) - O cnjuge no pode obter o
divrcio, nos termos do artigo anterior: a) Se tiver instigado o outro a praticar o facto invocado como fundamento do
pedido ou tiver intencionalmente criado condies propcias sua verificao; b) Se houver revelado pelo seu
comportamento posterior, designadamente por perdo, expresso ou tcito, no considerar o acto praticado como
impeditivo da vida em comum. (Redaco do Dec.-Lei n 496/77, de 25-11)
(2) Ruptura da vida em comum - Art 1781 (estado : 01/06/97) - So ainda fundamentos do divrcio
litigioso: a) A separao de facto por seis anos consecutivos; b) A ausncia, sem que do ausente haja notcias, por
tempo no inferior a quatro anos; c) A alterao das faculdades mentais do outro cnjuge, quando dure h mais de
seis anos e, pela sua gravidade, comprometa a possibilidade de vida em comum.
(3) Separao de facto Art 1782 (estado : 01/06/97) - 1. Entende-se que h separao de facto, para os efeitos
da alnea a) do artigo anterior, quando no existe comunho de vida entre os cnjuges e h da parte de ambos, ou de
um deles, com o propsito de no a restabelecer. 2. Na aco de divrcio com fundamento em separao de facto, o
juiz deve declarar a culpa dos cnjuges, quando a haja, nos termos do artigo 1787 (Redaco do Dec.-Lei n 496/77,
de 25-11)
(4) Ausncia Art 1783 - (estado : 01/06/97) - aplicvel ao divrcio decretado com fundamento em ausncia
o disposto no n 2 do artigo anterior. (Redaco do Dec.-Lei n 496/77, de 25-11)
(5) Alterao das faculdades mentais - Art. 1784 - (estado : 01/06/97) - O pedido formulado com base na alnea
c) do artigo 1781 deve ser indeferido quando seja de presumir que o divrcio agrave consideravelmente o estado
mental do ru. (Redaco do Dec.-Lei n 496/77, de 25-11)
Legitimidade - Art. 1785 (estado : 01/06/97) - 1. S tem legitimidade para intentar aco de divrcio, nos
termos do artigo 1779 ,o cnjuge ofendido ou, estando este interdito, o seu representante legal, com autorizao do
conselho de famlia; quando o representante legal seja o outro cnjuge, a aco pode ser intentada, em nome do
ofendido, por qualquer parente deste na linha recta ou at ao terceiro grau da linha colateral, se for igualmente
Apndices - 02 - Leis do Divrcio no Brasil - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 142
autorizado pelo conselho de famlia. 2. O divrcio pode ser requerido por qualquer dos cnjuges com o fundamento
da alnea a) do artigo 1781 ; com os fundamentos das alneas b) e c) do mesmo artigo, s pode ser requerido pelo
cnjuge que invoca a ausncia ou alterao das faculdades mentais do outro. 3. O direito ao divrcio no se transmite
por morte, mas a aco pode ser continuada pelos herdeiros do autor para efeitos patrimoniais, nomeadamente os
decorrentes da declarao prevista no artigo 1787 , se o autor falecer na pendncia da causa; para os mesmos efeitos,
pode a aco prosseguir contra os herdeiros do ru. (Redaco do Dec.-Lei n 496/77, de 25-11)
Caducidade da aco - Art. 1786 - (estado : 01/06/97) - 1. O direito ao divrcio caduca no prazo de dois anos,
a contar da data em que o cnjuge ofendido ou o seu representante legal teve conhecimento do facto susceptvel de
fundamentar o pedido. 2. O prazo de caducidade corre separadamente em relao a cada um dos factos; tratando-se
de facto continuado, s corre a partir da data em que o facto tiver cessado. (Redaco do Dec.-Lei n 496/77, de 25-
11)
Declarao do cnjuge culpado - Art. 1787 - (estado : 01/06/97) - 1. Se houver culpa de um ou de ambos os
cnjuges, assim o declarar a sentena; sendo a culpa de um dos cnjuges consideravelmente superior do outro, a
sentena deve declarar ainda qual deles o principal culpado. 2. O disposto no nmero anterior aplicvel mesmo
que o ru no tenha deduzido reconveno ou j tenha decorrido, relativamente aos factos alegados, o prazo referido
no artigo 1786 . (Redaco do Dec.-Lei n 496/77, de 25-11)
Data em que se produzem os efeitos do divrcio - Art. 1789 (estado : 01/06/97) - 1. Os efeitos do
divrcio produzem-se a partir do trnsito em julgado da respectiva sentena, mas retrotraem-se data da proposio
da aco quanto s relaes patrimoniais entre os cnjuges. 2. Se a falta de coabitao entre os cnjuges estiver
provada no processo, qualquer deles pode requerer que os efeitos do divrcio se retrotraiam data, que a sentena
fixar, em que a coabitao tenha cessado por culpa exclusiva ou predominante do outro. 3. Os efeitos patrimoniais
do divrcio s podem ser opostos a terceiros a partir da data do registo da sentena.
Partilha - Art. 1790 - (estado : 01/06/97) - O cnjuge declarado nico ou principal culpado no pode na
partilha receber mais do que receberia se o casamento tivesse sido celebrado segundo o regime da comunho de bens
adquiridos. (Redaco do Dec.-Lei n 496/77, de 25-11)
Benefcios que os cnjuges tenham recebido ou hajam de receber - Art. 1791 - (estado : 01/06/97) - 1. O
cnjuge declarado nico ou principal culpado perde todos os benefcios recebidos ou que haja de receber do outro
cnjuge ou de terceiro, em vista do casamento ou em considerao do estado de casado, quer a estipulao seja
anterior quer posterior celebrao do casamento. 2. O cnjuge inocente ou que no seja o principal culpado
conserva todos os benefcios recebidos ou que haja de receber do outro cnjuge ou de terceiro, ainda que tenham sido
estipulados com clusula de reciprocidade; pode renunciar a esses benefcios por declarao unilateral de vontade,
mas, havendo filhos do casamento, a renncia s permitida em favor destes. (Redaco do Dec.-Lei n 496/77, de 25-11)
Reparao de danos no patrimoniais - Art. 1792 (estado : 01/06/97) - 1. O cnjuge declarado nico ou
principal culpado e, bem assim, o cnjuge que pediu o divrcio com o fundamento da alnea c) do artigo 1781
devem reparar os danos no patrimoniais causados ao outro cnjuge pela dissoluo do casamento. 2. O pedido de
indemnizao deve ser deduzido na prpria aco de divrcio. (Redaco do Dec.-Lei n 496/77, de 25-11)
Casa de morada da famlia - Art. 1793 - (estado : 01/06/97) - 1. Pode o tribunal dar de arrendamento a
qualquer dos cnjuges, a seu pedido, a casa de morada da famlia, quer esta seja comum quer prpria do outro,
considerando, nomeadamente, as necessidades de cada um dos cnjuges e o interesse dos filhos do casal. 2. O
arrendamento previsto no nmero anterior fica sujeito s regras do arrendamento para habitao, mas o tribunal pode
definir as condies do contrato, ouvidos os cnjuges, e fazer caducar o arrendamento, a requerimento do senhorio,
quando circunstncias supervenientes o justifiquem. (Redaco do Dec.-Lei n 496/77, de 25-11)
SECO II - Separao judicial de pessoas e bens
Remisso - Art. 1794 (estado : 01/06/97) - Sem prejuzo dos preceitos desta seco, aplicvel
separao judicial de pessoas e bens, com as necessrias adaptaes, o disposto quanto ao divrcio na
seco anterior. (Redaco do Dec.-Lei n 496/77, de 25-11)
Reconveno - Art. 1795 - (estado : 01/06/97) - 1. A separao judicial de pessoas e bens pode ser pedida em
reconveno, mesmo que o autor tenha pedido o divrcio; tendo o autor pedido a separao de pessoas e bens, pode
igualmente o ru pedir o divrcio em reconveno. 2. Nos casos previstos no nmero anterior, a sentena deve
decretar o divrcio se o pedido da aco e o da reconveno procederem. (Redaco do Dec.-Lei n 496/77, de 25-11)
Termo da separao - Art. 1795-B - (estado : 01/06/97) - A separao judicial de pessoas e bens termina pela
reconciliao dos cnjuges ou pela dissoluo do casamento. (Aditado pelo Dec.-Lei n 496/77, de 25-11)
Reconciliao - Art. 1795-C - (estado : 01/06/97) - 1. Os cnjuges podem a todo o tempo restabelecer a vida
em comum e o exerccio pleno dos direitos e deveres conjugais. 2. A reconciliao pode fazer-se por termo no
Apndices - 02 - Leis do Divrcio no Brasil - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 143
processo de separao ou por escritura pblica, e est sujeita a homologao judicial, devendo a sentena ser
oficiosamente registada. 3. Quando tenha corrido os seus termos na conservatria do registo civil, a reconciliao faz-
se por termo no processo de separao e est sujeita a homologao do conservador respectivo, devendo a deciso ser
oficiosamente registada. 4. Os efeitos da reconciliao produzem-se a partir da homologao desta, sem prejuzo da
aplicao, com as necessrias adaptaes, do disposto nos artigos 1669 e 1670 . (Redaco do Dec.-Lei n 163/95, de
13-7)
Da Converso da separao em divrcio - Art. 1795- (estado : 01/06/97) - 1. Decorridos dois anos sobre o
trnsito em julgado da sentena que tiver decretado a separao judicial de pessoas e bens, litigiosa ou por mtuo
consentimento, sem que os cnjuges se tenham reconciliado, qualquer deles pode requerer que a separao seja
convertida em divrcio. 2. Se a converso for requerida por ambos os cnjuges, no necessrio o decurso do prazo
referido no nmero anterior. 3. A converso pode ser requerida por qualquer dos cnjuges, independentemente do
prazo do n 1 deste artigo, se o outro cometer adultrio depois da separao, sendo aplicvel, neste caso, o artigo
1780 . 4. A sentena que converta a separao em divrcio no pode alterar o que tiver sido decidido sobre a culpa
dos cnjuges, nos termos do artigo 1787 , no processo de separao. (Aditado pelo Dec.-Lei n 496/77, de 25-11)
CEA / GDDC-PGR - Jos Moutinho : moutinho@cr4.cea.ucp.pt <mailto:moutinho@cr4.cea.ucp.pt> Pedro Furtado Martins :
pfm@cr4.cea.ucp.pt <mailto:pfm@cr4.cea.ucp.pt> Carlos Rondo : carlos@cr3.cea.ucp.pt <mailto:carlos@cr3.cea.ucp.pt>
Henrique Sousa Antunes.
LEI DA CONCUBINA
LEI N. 8.971, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1994
Regula o direito dos companheiros a alimentos e sucesso.
O PRESIDENTE DA REPBLICA
Art. 3 - Quando os bens deixados pelo(a) autor(a) da herana resultarem de atividade em que
haja colaborao do(a) companheiro, ter o sobrevivente direito metade dos bens.
Apndices - 02 - Leis do Divrcio no Brasil - Pr. Jos Larton (85) 296-9151) Fortaleza-Ce Pg - 144
BIBLIOGRAFIA
PREFCIO - O Porqu deste Trabalho
1
C.E.Graham Seuit Novo Comentrio Bblico vol III pg 1025 Edies Vida Nova
2
DISCIPLINA BBLICA NA IGREJA - Daniel E. Wray - Editora Fiel Pg 3,4
O IMPACTO DEMOLIDOR DOS NMEROS
3
Especial da Revista VEJA 13/junho, 2001 Artigo: Duelo na Separao Conjugal Pgs. 122-129
4
(Fonte: Estudo recolhido na Internet: Endereo: http:// www.gentle.org/ idelcalvario/ newpage32.htm
Ttulo: El Plan Divino para el Matrimonio ).
5
Jornal LIDERANA PASTORAL Vol 12 No 99b out/nov/94
6
Idm 5.
7
Famlia Tese Pr. Barbosa Ferraz - E-mail pr.klumb@bit-on.com.br.
8
Redescobrindo o Ministrio John McArthur, Jr 25 CPAD.
9
Idm 7.
10
Idm 8.
11
Livreto:Exceo Para Novas Npcias? Pr. Gerson Rocha Pgs. 15-16.
PRESSUPOSTOS OU BASES DESTE ESTUDO
12
DISCIPLINA BBLICA NA IGREJA - Daniel E. Wray - Editora Fiel Pg 3,4.
13
Enciclopdia Histrico-Teolgica da Igreja Crist - L. MORRIS - Editor: Walter A. Elwell - Pg: 243 245)
CAP I - TEXTOS BBLICOS SOBRE O CASAMENTO
14
Gnesis Introduo e comentrio Derek Kidner Srie Cultura Bblica - pg 61
15
Idm 14.
16
Comentrio Bblico Moody Charles F. Pfeiffer e Everet F Harrison Pg 8 Editora Batista Regular)
17
Idm 16.
18
Gnesis Introduo e comentrio Derek Kidner Srie Cultura Bblica - pg 62
19
Idm 18.
CAP II - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO VT
20
Estudo: DIVRCIO E RECASAMENTO LUZ DA BBLIA - Um ponto de vista pessoal - Pr. Mauro Clark
21
Apostila: Casamento, Divrcio e Segundo Casamento Conforme Bblia - Miss Joo Larrabee.
22
Idm 20.
23
Comentrio Bblico de Moody - sobre Dt 24:1-5
24
Apostila: A Santidade do Casamento Prof Marcos Lounsbrow, do SBC Seminrio Batista do Cariri Crato-
CE Pg. 3
25
A PRIMEIRA EPSTOLA A TIMTEO D. Edmond Hiebert - pg. 63 Editora Batista Regular
26
O Dr. Bill Moore tem dado cursos de Aconselhamento Bblico em Fortaleza-Ce e em um deles,
baseado em I Tm 3:12, mencionou sua posio contrria a um conselheiro ser divorciado.
27
Curso: Casamento e Lar Cristo - Pgs. 43-44, SIBIMA Seminrio e Instituto Bblico Maranata
Fortaleza-Ce.
CAP III - TEXTOS BBLICOS - DIVRCIO NO NT
28
I e II Timteo e Tito J.N.D. Kelly Introduo e Comentrio Srie Cultura Bblica - Pgs. 77-78
29
O Novo Testamento em Quadros . H. Wayne House Pg 14
30
Mateus - introduo e comentrio - srie cultura bblica - R.V.G.TASKER - Pg 13
31
Idm 29.
32
Idm 30.
33
NTIVPV - O Novo Testamento Interpretado Versculo Por Versculo - R.N. Champlin - Vol 1 - Pg.261.
34
Citado de um site da internet: ROBERTSON'S WORD STUDIES - Robertson, Grammar, pg. 509.
35
Idm 34.
36
Estudos no Sermo do Monte- O Ensino de Cristo sobre o Divrcio Mt 5:31-32 Martin. Loyd
Jones Pgs 237.
37
Conforme o Lxico de grego (Strongs), verbete 4801, na Bblia On-line.
38
Palavras Chaves do NT Pg 166 - Willian Barcley
39
Enciclopdia de Bblia Teologia e Filosofia Vol 3 H-L RN Champlin, JM Bentes Pg 103.
40
The Great Evangelical Disaster (Westchest, III: Crossway, 1984) Francis A. Schaeffer.
41
Exceo Para Novas Npcias? Pr. Gerson Rocha - Pg 11,12.
42
Idm 41.
CAP V - CONCUBINATO, DIVRCIO, E MEMBRASIA
43
Histria da Civilizao, Will Durant, Vol. I, pp.41/42.
44
Idm 43.
45
Definio dada pela Bblia Online.
46
Evangelizao na igreja Primitiva - pg 219 Edies Vida Nova.
CAP VI - TEOLOGIAS HUMANISTAS-LIBERAIS
47
(Redescobrindo o Ministrio John McArthur 26 CPAD)