Neuroapostila - UFCSPA
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APOSTILA DE NEUROANATOMIA
Organizadores:
Arlete Hilbig e Laura Teixeira Canti
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Autores
Adriene Stahlschmidt AD 2012
Amanda Backoff AD 2012
Andr Reitz da Costa AD 2013
Annelise Gonalves AD 2012
Antonia Pardo Chagas AD 2015
Arlete Hilbig Coordenadora da Disciplina de Anatomia
Beatriz Cristofaro Mantuan AD 2015
Bruna Suzigan AD 2012
Bruna s. Martins AD 2012
Carla Martins AD 2012
Clara Martins Milanezi AD 2015
Daniel Luccas Arenas AD 2017
Dante Lucas Santos Souza AD 2017
Elisa Arroque AD 2013
Elosa Bartmeyer AD 2015
Francieli Pagliarim AD 2012
Larissa Marques Santana AD2015
Laura Teixeira Canti AD 2012
Leonardo Ayres Coelho AD2015
Leonardo Manoel de Carvalho AD2015
Leticia Mariani AD 2012
Luisi Rabaioli AD 2012
Olga Gaio Milner AD 2017
Srgio Francisco Siepko Jnior AD 2015
Vitor Bernardes Pedrozo AD 2015
William Menegazzo AD 2012
Formatao Grfica
Daniel Luccas Arenas
Dante Lucas Santos Souza
Laura Teixeira Canti
Reviso
Arlete Hilbig
3
Sumrio
________________________________________
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nervosa) est envolta por uma bainha lipdica de mielina que determina uma cor esbranquiada ao tecido
quando predominam os axnios. A colorao torna-se acinzentada quando predominam os corpos de
neurnios, formando as substncias branca e cinzenta, respectivamente.
As substncias branca e cinzenta tm distribuio heterognea ao longo do SN. A camada perifrica
de substncia cinzenta envolvendo crebro e cerebelo denominada, crtex cerebral e crtex cerebelar.
Acmulos de corpos de neurnio dentro do SNC (no interior do neuroeixo) tm o nome especfico de ncleo e
acmulos de corpos de neurnio fora do SNC so chamados de gnglios.
Existe grande diversidade na forma e tamanho dos neurnios, que ser estudado na disciplina de
histologia.
Nos mamferos, podemos descrever trs tipos funcionais de neurnios:
o Neurnios sensitivos ou aferentes: so responsveis por receber estmulos do meio externo e/ou
interno e possuem um prolongamento que alcana a periferia e outro que vai ao SNC.
o Neurnio motor ou eferente: especializado na conduo de estmulos para um efetuador msculo ou
glndula.
o Neurnio de associao ou interneurnio: fica sempre dentro do SNC fazendo a associao entre
diferentes reas e modificando a funo de outros neurnios. Aumentam em nmero com a evoluo
dos seres vivos, sendo os mais abundantes nos seres humanos.
Utilizamos os termos aferente e eferente tambm para denominar fibras (axnios) que chegam ou
saem de uma determinada estrutura. Assim, se o corpo de um neurnio est situado no crtex cerebral e
seu axnio vai terminar no cerebelo, ele eferente ao crtex e aferente ao cerebelo. Isso demonstra que
essa uma terminologia dinmica, dependendo das estruturas que estamos considerando no momento. Se
falarmos apenas em aferente e eferente sem especificao, estamos nos referindo ao SNC de uma forma
geral.
2. Neurglia ou Clulas Gliais: formam o componente mais abundante do SN. Tm funo auxiliar dos
neurnios dando suporte, nutrio, isolamento, ao fagocitria, formanso mielina e participando ativamente
na transmisso das informaes. So constitudas pelos astrcitos, oligodendrcitos (clulas de Schwann na
periferia), clulas ependimrias e micrglia.
a goteira neural, at que as bordas do ectoderma especializado se fundem e formam um tubo neural. O tubo
neural ento perde o contato com o ectoderma no diferenciado, que vai formar a pele do dorso. As bordas da
goteira neural daro origem a crista neural que se separa do tubo neural.
O tubo neural dar origem ao SNC, enquanto a crista neural origina o SNP.
Este tubo no homogneo em toda sua extenso sendo sua poro cranial, mais dilatada, o
encfalo primitivo; a poro distal, mais afilada, a medula primitiva.
O encfalo primitivo inicialmente forma duas zonas de
constrio e se divide em trs pores dilatadas (vesculas
enceflicas primitivas): uma mais anterior, o prosencfalo; uma
mdia, o mesencfalo; e uma posterior, o rombencfalo. A
vescula anterior e posterior sofrem nova diviso e o encfalo
primitivo passa a ter cinco vesculas: as duas primeiras derivadas
do prosencfalo: telencfalo e diencfalo; a mdia no se divide
formando o mesencfalo; e a posterior forma mais duas
vesculas, o metencfalo e o mielencfalo. Destas vesculas,
juntamente com a medula primitiva, derivaro todas as estruturas
do SN central.
As cristas neurais daro origem aos nervos perifricos, aos gnglios sensitivos dos nervos cranianos e
espinhais e gnglios do sistema nervoso autnomo, alm de tecidos situados distncia do SN (medula da
suprarrenal, melancitos, paragnglios).
Medula Medula
primitiva Espinhal
Lmina Alar
Se fizermos um corte transversal no tubo neural, observaremos que o
crescimento das paredes no uniforme e encontramos quatro paredes de Sulco
Limitante
espessuras diferentes, uma posterior, uma anterior e duas laterais.
Lmina Basal
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A luz do tubo neural apresenta, na sua superfcie interna, um sulco longitudinal muito importante que
o sulco limitante. Toda a poro do tubo neural adiante do sulco limitante tem o nome de lmina basal, e a
parede atrs do sulco limitante chama-se lmina alar. Os neurnios motores se diferenciam da lmina basal
e os sensitivos da lmina alar. As reas situadas prximo ao sulco limitante relacionam-se com a inervao
visceral, tanto sensitiva como motora. Essa disposio e funo podem ser identificadas em algumas pores
do SN no indivduo adulto. As clulas situadas ao longo das cavidades do tubo neural, futuas cavidades
ventriculares, vo sofrer um processo de migrao e formar as diferentes pores (crtex, ncleos) do SNC.
A cavidade central do tubo neural passa por alteraes no tamanho e forma e vai dar origem ao
sistema ventricular do adulto, onde encontramos lquor:
Telencfalo Ventrculos laterais (I e II)
Diencfalo III ventrculo
Mesencfalo aqueduto cerebral (de Sylvius)
Ponte e Bulbo (Rombencfalo) IV ventrculo
Medula espinhal canal central da medula
Divises do SNC
As divises do SN sevem para facilitar o entendimento e a comunicao entre os profissionais, mas
na realidade existe uma continuidade estrutural e funcional no SN.
1. Diviso Anatmica: a mais utilizada!
o SN central (SNC): situado dentro do esqueleto axial.
Encfalo:
Crebro - Telencfalo e diencfalo;
Cerebelo;
Tronco enceflico Mesencfalo, ponte e bulbo.
Medula espinhal.
o SN Perifrico (SNP): faz a ligao entre SNC e periferia. Compreende os nervos cranianos
e espinais, os gnglios e as terminaes nervosas.
2. Diviso Funcional:
o SN somtico (SNS) ou da vida de relao;
o SN autnomo (SNA) ou da vida vegetativa, dividido em simptico e parassimptico.
3. De segmentao ou metameria:
o SN segmentar SN perifrico + medula espinhal e tronco enceflico (substncia branca
por fora e cinzenta por dentro);
o SN supra-segmentar crebro e cerebelo (crtex de substncia cinzenta e centro de
substncia branca contendo ncleos).
4. Diviso Embriolgica:
o Prosencfalo
o Mesencfalo
o Rombencfalo
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o Nervos espinhais: Existem 31 pares de nervos que esto ligados medula espinhal: 8 cervicais, 12
torcicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccgeo. Eles tm origem a partir da unio de uma raz anterior
(motora) com uma posterior (sensitiva), que forma um nervo misto. Todos apresentam tambm fibras do
SNA, em diferentes propores.
NEUROCRNIO
Arlete Hilbig
Base do
O neurocrnio formado por oito ossos: crnio
o Ossos mpares: situados na linha mdia - frontal, etmoide, esfenoide e occiptal.
o Ossos pares: situados lateralmente - temporal e parietal.
Alguns ossos do crnio (frontal, temporal, esfenide e etmide) so ossos pneumticos e contm
cavidades que formam os seios da face.
A medula espinhal contnua com o encfalo atravs do forame magno, uma grande abertura do osso
occiptal, na base do crnio.
Ossos do Neurocrnio
A anatomia dos ossos do assoalho da cavidade craniana apresenta importncia pela sua relao com
encfalo e por sua disposio formando diferentes andares ou fossas cranianas. Desta forma, a poro
mais anterior tambm mais alta fossa craniana anterior; a poro mais posterior a mais baixa fossa
craniana posterior; e a poro entre as duas tambm fica em altura intermediria fossa craniana mdia.
Alguns aspectos relacionados aos ossos sero salientados, mas mais importante o entendimento da
formao da cavidade craniana e suas relaes.
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1) Osso Frontal:
Possui trs faces: - Face externa - Face interna - Face orbitria
A parte mais anterior do osso uma superfcie plana chamada de
escama. Possui uma poro horizontal (parte orbital) logo abaixo da
escama que forma o teto da rbita e o assoalho da fossa anterior da
cavidade craniana.
A margem supra-orbital do osso frontal possui a incisura supra-
orbitria para a passagem dos nervos e de alguns vasos supra-orbitais.
Logo acima da margem supra-orbital h uma crista, o arco superciliar.
Entre os arcos superciliares h a glabela, uma salincia logo acima da
raiz do nariz.
De cada lado da escama, na parte mais inferior, existem duas eminncias sseas que so os
processos zigomticos, parte da articulao do osso frontal com o osso zigomtico.
A interseco dos ossos frontal e nasal o nsio.
Na parte interna do osso frontal, existe o sulco do seio longitudinal superior (dependncia da
dura-mter) que vai se alargando medida que se dirige posteriormente. De cada lado do sulco existem
algumas pequenas depresses que so as impresses das granulaes aracnideas. Na parte mais
inferior da escama, existe uma salincia chamada crista frontal, onde se prende a foice do crebro (outra
dependncia da dura-mter). Na base da crista frontal, est o forame cego do osso frontal, que d
passagem aos vasos durante o desenvolvimento fetal, porm insignificante aps o nascimento.
Lateralmente a lmina horizontal, h uma depresso, a fossa da glndula lacrimal.
No osso frontal existe uma cavidade contendo ar chamado de seio frontal. Serve para dar
ressonncia voz. Comunica-se com a cavidade nasal atravs do ducto fronto-nasal.
Crista galli
2) Etmide
Pertence ao neuro e esplancnocrnio. Somente a poro horizontal (lmina crivosa)
e a parte superior da lmina perpendicular (crista galli) fazem parte do neurocrnio).
Labirinto
etmoidal
Lmina perpendicular do etmide: uma haste vertical faz parte do septo
nasal e a poro superior penetra na cavidade craniana (processo crista galli).
Lmina crivosa do etmide: transversal lmina perpendicular, constitui
parte do teto da cavidade nasal e assoalho da fossa anterior do crnio. Possui vrios
orifcios, os quais do passagem a razes do 1 nervo craniano (nervo olfatrio).
De cada lado da lmina crivosa, esto as massas laterais do etmide
(labirinto etmoidal), que possuem cavidades sseas chamadas de clulas etmoidais (se comunicam com a
cavidade nasal), A face lateral das massas laterais faz parte da parede medial da cavidade orbitria; a face
medial faz parte das paredes laterais das cavidades nasais. Nas paredes mediais das massas laterais
existem dois prolongamentos sseos chamados conchas nasais superior e mdia. H uma concha nasal
inferior, porm um osso isolado que faz parte do esplancnocrnio. Entre as conchas nasais e a parede
lateral das cavidades nasais existe um espao chamado de meato.
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3) Esfenide
Osso irregular cuja forma lembra um morcego, formado por um corpo e trs pares de processo: asas
maiores, asas menores e processos pterigides.
O corpo apresenta uma cavidade, o seio esfenoidal, que se comunica com a cavidade nasal. O
corpo apresenta uma forma cbica e, na sua face superior, uma depresso
chamada de sela trcica, onde est alojada a glndula hipfise. A sela trcica
circundada pelos processos clinides, dois anteriores e dois posteriores.
Nos processos clinides posteriores prende-se a tenda do cerebelo.
Processo
pterigide Entre a asa maior e a asa menor do esfenide existe um espao,
chamada de fissura orbitria superior. Na asa maior do esfenide h, anteriormente, o forame
redondo e, lateralmente, o forame oval.
4) Occipital
O mais posterior dos ossos mpares; facilmente palpvel em sua extenso.
A parte mais posterior e palpvel do osso uma superfcie chamada escama. No plano mediano da
escama h, externamente, a protuberncia occipital externa, facilmente palpvel.
Na face interna do osso existe uma salincia localizada acima da protuberncia occipital externa
chamada de protuberncia occipital interna. Existem, tambm, depresses sseas dispostas em cruz que
so as impresses dos seios da dura-mter. As depresses se encontram na confluncia dos seios.
Na poro mais inferior do osso, existem duas salincias, cndilos do occipital (superfcies
articulares para a articulao atlanto-occipital).
Ao nvel do forame magno est a transio entre bulbo e medula.
5) Parietal
Na superfcie externa existem duas linhas arqueadas, linha temporal superior e inferior. Na linha
temporal superior est inserida a fscia temporal, e na inferior, est inserido o msculo temporal
(mastigao). Na face interna existem vrios sulcos deixados pela impresso das ramificaes da artria
menngea mdia.
6) Temporal
Apresenta trs pores: escamosa, timpnica e petrosa.
o Escama: apresenta o processo zigomtico, para articulao com o
osso zigomtico, formando a arcada zigomtica.
o Placa timpnica: apresenta na parte mais lateral um orifcio, o meato
acstico externo.
o Poro petrosa: apresenta processos ou salincias sseas. Atrs do pavilho auricular podemos palpar
o processo mastide. Adiante do processo mastide, e profundamente situado, est o processo
estilide. Entre os processos mastide e estilide est o forame estilomastideo, por onde se
exterioriza o nervo facial. Dentro da poro petrosa, ou rochedo temporal, est situada a orelha interna.
No interior da cavidade craniana a poro petrosa contm um orifcio, o meato acstico interno.
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Base do Crnio
Mais importante que o estudo dos ossos individualmente o entendimento de suas relaes e
formaes na base do crnio. atravs da base que passam todas as estruturas que esto entrando ou
saindo da cavidade craniana. Ela no uniforme, apresentando trs andares ou fossas cranianas: fossa
anterior, fossa mdia e fossa posterior.
Fossa anterior do crnio: o limite posterior a borda posterior da asa menor do esfenide, uma borda
cortante denominada crista esfenoidal. A crista etmoidal rodeada de vrios orifcios que formam a
lmina crivosa do etmide, por onde penetra o nervo olfatrio.
Fossa mdia do crnio: o limite anterior a borda posterior da asa menor do esfenide e o limite
posterior a borda posterior da poro petrosa do osso temporal (rochedo temporal). Na linha mdia
est a sela turca no corpo do esfenide, que abriga a hipfise. Vrios forames esto situados na fossa
mdia:
A fossa mdia do crnio fica estendida em funo da insero de uma dobra menngea, a tenda
do cerebelo, que separa a cavidade craniana em compartimentos supra e infratentorial (ver captulo
meninges).
Fossa posterior do crnio: limite anterior a poro petrosa do osso temporal. A maior e mais
profunda das trs fossas do crnio aloja o cerebelo e o tronco enceflico. fechado superiormente pela
tenda do cerebelo. O sulco do seio transverso, quando chega base da poro petrosa do osso
temporal descreve um s em direo ao forame jugular: formando o sulco do seio sigmide.
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COLUNA VERTEBRAL
Daniel L. Arenas, Dante L. S. Souza
Funes
Suas principais funes so: proteger a medula espinal, sustentao, insero de msculos, manter
a postura ereta, auxiliar na locomoo e servir de suporte para o crnio.
Movimento
Por ser formada por vrias vrtebras articuladas e devido disposio de seus ligamentos, a coluna
possui muita elasticidade e grande mobilidade, resultante do somatrio de pequenos movimentos
intervertebrais - flexo, extenso, flexo lateral e rotao.
Estrutura
As vrtebras so as unidades estruturais da coluna, possuindo caractersticas peculiares sua
localizao no dorso. No entanto, elas possuem constituio bsica comum. So formadas por corpo e
arco vertebral, que juntos delimitam o forame vertebral que, por sobreposio das vrtebras, forma o
canal vertebral, onde se encontra a medula espinhal e os envoltrios menngeos.
O corpo depreende a poro anterior da vrtebra. O arco caracteriza sua poro posterior, sendo
formado pelo pedculo, processo transverso, lmina e processo espinhoso. A lmina une o processo
transverso ao espinhoso, e o pedculo une o processo transverso ao corpo vertebral.
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No arco, encontram-se ainda quatro processos articulares, dois superiores e dois inferiores, por
onde as vrtebras se articulam entre si. As vrtebras possuem ainda duas incisuras, uma superior e outra
inferior, que delimitam com as demais vrtebras contguas os forames intervertebrais (de conjugao),
por onde passam os nervos espinais correspondentes e vasos.
Caractersticas regionais:
Apresentam corpo retangular pequeno com superfcie superior cncava e inferior convexa;
Corpo cordiforme;
Sacro (5 - fusionadas):
Cccix (4 - fusionadas):
Pirmide invertida;
Caractersticas Individuais:
Tubrculo posterior e anterior;
Fvea do dente para a articulao com o
processo odontide (trocide);
2 massas laterais com duas superfcies
articulares superiores (articulao com os cndilos do
occipital) e 2 superfcies articulares inferiores
(cncavas, articulao com axis).
Articulaes e Ligamentos
As articulaes entre os corpos vertebrais so do tipo anfiartrose tpica ou verdadeira e so feitas
por meio de discos intervertebrais, coxins fibrocartilaginosos que possuem, no centro, um ncleo pulposo
(muito hidratado).
Participam ainda destas articulaes os ligamentos longitudinais anterior e posterior, sendo que
o primeiro vai do atlas ao sacro ventralmente, e o segundo vai do xis ao sacro dorsalmente, impedindo a
hiperextenso e a hiperflexo, respectivamente.
Existem tambm outros tipos principais de ligamentos que mantm a integridade e conformao da
coluna, unindo as vrtebras: interespinhal, supraespinhal, nucal,
intratransversal, capsular e amarelo.
O ligamento interespinhal fraco e membranoso, une
os processos espinhosos adjacentes, fixando-os da raiz at o
pice de cada processo. O ligamento supraespinhal forte e
fibroso, une as extremidadesdos processos espinhosos desde
C7 at o sacro, fundindo-se com o ligamento nucal na regio
cervical posterior. O ligamento intratransversal liga os
processos transversos e o ligamento amarelo, as lminas dos
arcos vertebrais.
Curvaturas da Coluna
MENINGES
Dura-mter
Meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo rico em fibras
colgenas, contendo vasos e nervos, que so responsveis por quase toda a sensibilidade intracraniana,
ocasionando a maioria das dores de cabea (cefalia). A dura formada por dois folhetos, um externo, que
adere aos ossos do crnio e comporta-se como peristeo, mas sem a capacidade osteognica; e um interno.
O folheto interno por vezes afasta-se do externo e forma dobras de duramter, que dividem a
cavidade craniana em compartimentos, ou formam outras dependncias descritas a seguir. As principais
pregas so:
1. Foice do crebro: separa os dois hemisfrios cerebrais ocupando a fissura longitudinal e divide o
crnio em compartimentos D e E.
2. Tenda do cerebelo: forma-se a partir do osso
occiptal em direo ao rochedo temporal, onde se insere. Sua
borda livre anterior deixa uma abertura de concavidade
anterior denominada incisura da tenda, por onde passa o
mesencfalo. Forma um septo transversal que separa os
lobos occipitais do cerebelo e divide a cavidade craniana em
dois compartimentos: o supratentorial e o infratentorial.
3. Foice do cerebelo: septo vertical situado abaixo
da tenda entre os dois hemisfrios cerebelares.
4. Diafragma da sela: pequena lmina horizontal que
fecha superiormente a sela trcica, formando um
compartimento para a glndula hipfise. Deixa uma abertura superior por onde passa a haste hipofisria.
5. Seios da Dura-mter
So canais venosos revestidos de endotlio entre os dois folhetos da dura-mter, para onde drena o
sangue proveniente das veias do encfalo e do bulbo ocular. Por fim os seios drenam para as veias
jugulares internas.
5.1 Seios Venosos da Abbada
a) Seio sagital superior: percorre a margem da insero da foice do crebro, terminando na
confluncia dos seios.
b) Seio sagital inferior: situa-se na margem livre da foice do crebro, terminando no seio reto.
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Aracnide
Membrana muito delicada justaposta dura-mter, separada por um espao virtual (espao
subdural) que contm somente o lquido necessrio lubrificao das superfcies de contato. A aracnide
separa-se da pia-mter pelo espao subaracnide, que possui quantidade considervel de lquor, alm das
principais artrias cerebrais. Pertencem tambm aracnide as pequenas trabculas que se dirigem at a
pia-mter, estruturas semelhantes a uma teia de aranha, de onde deriva o nome desta meninge. Como a
distncia entre a aracnide e a pia-mter varivel, formam-se cisternas que contm grande quantidade de
lquido. As principais cisternas so:
a) Cisterna cerebelomedular/Cisterna Magna: maior e mais
importante, sendo usada para punes, ocupa o espao entre a face
inferior do cerebelo e a fade dorsal do bulbo e o tecto do IV ventrculo;
b) Cisterna pontina: ventral a ponte. Contm a artria basilar
e o sexto nervo craniano;
c) Cisterna quiasmtica : ventral ao quiasma ptico;
d) Cisternas perimesenceflicas: quadrigeminal,
Ambiens, e interpeduncular: envolvem o mesencfalo.
A aracnide possui estruturas especializadas que penetram no interior dos seios da dura-mter em
alguns pontos denominadas granulaes aracnideas. So adaptadas para absoro do lquor, que neste
ponto une-se ao sangue venoso e ao sistema circulatrio. So mais abundantes junto ao seio sagital
superior.
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Pia-mter
Meninge mais interna, adere intimamente superfcie do encfalo e medula, conferindo resistncia a
essas estruturas. A pia tambm acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso, formando a parede
externa dos espaos perivasculares, onde prolongamentos do espao subaracnide, contendo lquor,
formam um manguito protetor em torno dos vasos, amortecendo o efeito da pulsao das artrias.
MEDULA ESPINHAL
Laura T. Canti, Lusi Rabaioli, Arlete Hilbig
O primeiro nervo espinhal emerge acima da vrtebra C1, entre esta e o osso occipital. As razes
cervicais emergem pelo forame de conjugao acima da vrtebra correspondente e C8 est entre C7 e T1.
A partir de T1, o nervo emerge abaixo da vrtebra correspondente.
que perfura o fundo de saco dural e vai at o hiato sacral; a partir da,
passa a receber prolongamentos de dura-mter, inserindo-se no
peristeo da superfcie dorsal do cccix e formando o ligamento
coccgeo.
Os folhetos de pia-mter, que revestem a medula anterior e
posteriormente, se unem de cada lado formando os ligamentos
denticulados, que se dispe em um plano frontal ao longo de toda a extenso da medula. So 21 processos
triangulares que se inserem firmemente na aracnide e na dura-mter em pontos que se alternam com a
emergncia dos nervos espinhais, e auxiliam na fixao da medula.
Funculo posterior: entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior. Na regio cervical,
dividido pelo sulco intermdio posterior em fascculos grcil (mais medial) e cuneiforme (mais lateral).
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bulbar
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Vias Sensitivas
Antes de falar na organizao anatmica das vias, necessrio fazer algumas consideraes sobre
os diferentes tipos de sensibilidade que existem.
O nosso relacionamento com o meio externo e a nossa capacidade de adaptao tanto melhor
quanto maior for a informao que recebemos sobre esse meio. Existem diferentes formas de enxergar o
mundo exterior e isso se traduz em formas de sensibilidade diversas. Ao tocar um objeto, temos a sensao
do toque, mas podemos tambm dizer se ele est quente ou frio; se o segurarmos, podemos saber se leve
ou pesado, se liso ou enrugado e que forma tem. Isso s possvel pela integrao central dos diferentes
tipos de sensibilidade que transitam por locais especficos e formam as grandes vias sensitivas.
Estas vias tm incio na periferia, em receptores especficos para cada forma de sensibilidade
(sensibilidade geral) ou em um rgo receptor (sensibilidade especial ou sentidos).
Os receptores que esto localizados na pele e/ou tecido subcutneo (estruturas com origem no
folheto ectodrmico do embrio) formam as chamadas sensibilidade exteroceptiva; os com receptores nas
articulaes e msculos (origem mesodrmoca), a sensibilidade proprioceptiva; e aquelas com receptores
nas vsceras (origem endodrmica), a sensibilidade visceroceptiva.
As fibras ligadas a esses receptores penetram pela raiz dorsal dos nervos espinhais e seu corpo
celular est localizado no gnglio sensitivo (na raiz posterior), trazendo impulsos de vrias partes do corpo.
As formas conscientes de sensibilidade destinam-se ao tlamo e posteriormente crtex cerebral,
enquanto as inconscientes vo ao cerebelo.
Sensibilidade Geral
Exteroceptiva:
Protoptica: relaciona-se com percepo de tato grosseiro ou contato, dor
(algesia) e temperatura.
Epicrtica: um tato fino ou discriminativo.
Proprioceptivas: podem ser conscientes ou no.
Consciente: cintico-postural, barestsica, vibratria e dor profunda.
Inconsciente: destinadas ao cerebelo, levam informaes sobre movimento.
Interoceptivas: no so individualizadas topograficamente.
Sensibilidade Especial
Viso, Audio, Olfato e Gustao
Todas as formas de sensibilidade geral esto representadas na medula e formam as grandes vias
ascendentes. A sensibilidade especial ser estudada com o tronco enceflico, pois transmitida pelos
nervos cranianos.
Importante salientar que todas as informaes que chegam oupartem do SNC so cruzadas, ou seja,
a sensibilidade e motricidade do hemicorpo D so de responsbilidade do hemisfrio E, e a do E, do
hemisfrio D. Este um princpio bsico de neuroanatomia.
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Como as vias so cruzadas e este cruzamento ocorre em pontos diferentes do SNC, importante
saber aonde ocorre pois determinar os sintomas clnicos.
Vias Ascendentes
1. Vias Espinotalmicas (cruzam na medula)
o Sensibilidade Exteroceptiva Protoptica de Contato
Trato espinotalmico anterior
O 1 neurnio (protoneurnio) est no gnglio sensitivo, penetra pela raiz posterior e faz sinapse na
cabea do corno posterior com o 2 neurnio (deutoneurnio); este cruza na medula, na frente do canal
medular, indo para o funculo anterior onde passa a ser ascendente, formando o trato ou feixe
espinotalmico anterior (FETA) que vai ao tlamo.
No diencfalo (tlamo ptico) est o 3 neurnio, cujo axnio ir at o crtex sensitivo.
o Sensibilidade Exteroceptiva Protoptica Termoalgsica:
Trato espinotalmico lateral
O 1 neurnio est no gnglio sensitivo, penetra pela raiz posterior e faz sinapse com o 2 neurnio
localizado na cabea do corno posterior. Esse 2 neurnio cruza a medula na frente do canal medular
(comissura branca) at o funculo lateral, quando passa a ascender e integra o trato espinotalmico lateral.
A 2 sinapse ocorre no tlamo ptico, e o 3 neurnio vai at o crtex cerebral.
Vias Descendentes
Formadas por fibras que se originam no crtex cerebral ou no tronco enceflico e fazem sinapse
com neurnios medulares ou com ncleos motores do tronco enceflico.
1. Vias Piramidais
Feixes crtico-espinhais lateral (cruzado) e anterior (direto).
O 1 neurnio sai do crtex motor e vai at o bulbo, na sua poro anterior e do mesmo lado.
80% (fig. Esquerda) das fibras cruzam na decussao das pirmides, formando o feixe piramidal
cruzado, descem no funculo lateral da medula. Fazem sinapse com os neurnios motores do corno anterior
da medula no segmento medular onde saem pela raiz anterior.
20% (fig. Direita) das fibras seguem pelo funculo anterior, formando o feixe piramidal direto e s
cruzam na medula, para fazer sinapse com o neurnio motor do corno anterior do lado oposto.
Relacionam-se com a motricidade voluntria. Assim, percebe-se que essa motricidade cruzada, indicando
que uma leso acima da decussao das pirmides causar paralisia (perda de fora) da metade oposta do
corpo.
2. Vias Extrapiramidais
So vias que servem para modular a motricidade voluntria, sendo fundamentais para as
caractersticas do movimento: velocidade, amplitude, coordenao, manuteno do equilbrio. Participam
tambm na execuo de movimentos automticos e reflexos.
O feixe rubro-espinhal relaciona-se com a motricidade distal dos membros, enquanto os demais tm
relao com a musculatura axial (tronco) e proximal dos membros.
Todas as vias piramidais e extrapiramidais fazem sinapse, na medula, com os neurnios motores do
corno anterior. Este neurnio foi denominado via final comum por Sherrington, pois nele fazem sinapse
todas as vias motoras, piramidal e extrapiramidal.
29
ARCO REFLEXO
Bulbo
Possui formato de cone invertido. Pode ser chamado tambm de bulbo raqudeo ou medula
oblonga. A diviso entre o bulbo e a medula espinhal geralmente se d ao nvel do forame magno, pelo
primeiro filamento radicular do primeiro nervo cervical. Cranialmente, o bulbo limita-se com a ponte por um
sulco horizontal: o sulco bulbo-pontino.
O bulbo composto por diversos sulcos, os quais formam os compartimentos laterais, anterior e
posterior. Esses compartimentos so continuaes dos funculos da medula espinhal. Possui em seu
interior o canal central do bulbo, que continuao do canal ependimrio da medula espinhal.
Olivas bulbares: um par de eminncias ovais, situadas na rea lateral do bulbo, entre os sulcos
lateral anterior e posterior. composto por uma grande massa de substncia cinzenta, o ncleo
olivar inferior, situado logo abaixo da superfcie.
Ponte
Situa-se entre o bulbo e o mesencfalo, ventralmente ao cerebelo e separada deste pelo IV
ventrculo; repousa sobre o osso occipital e o dorso da sela trcica do esfenide. Sua base, ventralmente,
possui estrias transversais devido s numerosas fibras transversais que convergem para formar o pednculo
cerebelar mdio, que penetra no hemisfrio cerebelar
correspondente. A parte dorsal da ponte constitui
parte do assoalho do IV ventrculo. Na sua superfcie
ventral existe um sulco, o sulco basilar, deixado pela
impresso da artria basilar.
32
Devido a emergncia do VII e VIII nervos cranianos em um pequeno espao na poro mais lateral do sulco
bulbo-pontino, tumores nessa regio podem comprimir essas razes, provocando a Sndrome do ngulo
ponto-cerebelar.
IV ventrculo
a cavidade do rombencfalo e tem uma forma losngica. Situa-se entre o bulbo e a ponte
ventralmente, e o cerebelo dorsalmente. Continua caudalmente com o canal central do bulbo e cranialmente
com o aqueduto cerebral, cavidade do mesencfalo atravs da qual o IV ventrculo se comunica com
o III ventrculo.
A cavidade do IV ventrculo se prolonga de cada
lado para formar os recessos laterais, situados na
superfcie dorsal do pednculo cerebelar inferior. Esses
recessos se comunicam com o espao subaracnideo, por
meio das aberturas laterais do IV ventrculo (forames de
Luschka). H tambm uma abertura mediana do IV
ventrculo (forame de Magendie). Por meio dessas
aberturas, o lquor produzido na cavidade ventricular,
passa para o espao subaracnideo.
Assoalho: Formado pela parte dorsal da ponte e pela poro aberta do bulbo. Limita-se nfero-
lateralmente pelos pednculos cerebelares inferiores, que ligam o cerebelo ao bulbo e medula, e pelos
tubrculos dos ncleos grcil e cuneiforme; e spero-lateralmente pelos pednculos cerebelares superiores
compactos feixes de fibras nervosas que, saindo de cada hemisfrio cerebelar, fletem-se cranialmente e
convergem para penetrar no mesencfalo.
O assoalho do IV ventrculo percorrido em toda a sua extenso pelo sulco mediano, que se
prende cranialmente no aqueduto cerebral e caudalmente, no canal central do bulbo. Lateralmente ao sulco
mediano posterior est o sulco limitante. Este sulco separa os ncleos motores, situados medialmente, dos
ncleos sensitivos, situados lateralmente. Este mesmo sulco se alarga para formar a fvea superior e a
fvea inferior. Medialmente fvea superior est o colculo facial conjunto de fibras do nervo facial que
contorna o nervo abducente. Na parte caudal da eminncia medial limitada pelos sulcos mediano e
33
limitante observa-se o trgono do nervo hipoglosso que corresponde ao ncleo do nervo hipoglosso.
Lateralmente a esse trgono est o trgono do nervo vago que corresponde ao ncleo dorsal do vago. Na
poro lateral do sulco limitante h a rea vestibular, correspondente aos ncleos vestibulares do nervo
vestbulo-coclear. Estendendo-se na fvea superior em direo ao aqueduto cerebral, lateralmente a
eminncia medial, encontra-se uma rea mais pigmentada denominada lcus ceruleus, estrutura rica em
noradrenalina.
Mesencfalo
Interpe-se entre a ponte e o diencfalo, do qual separado por um plano que liga os corpos
mamilares comissura posterior, pertencentes ao diencfalo. atravessado pelo aqueduto cerebral, que
une o III ao IV ventrculo. A parte situada dorsalmente ao aqueduto corresponde ao tecto do mesencfalo, e
a parte situada ventralmente o pednculo cerebral, o qual se divide em: tegmento (predominantemente
celular) e a base (fibras longitudinais). O tegmento est separado da base pela substncia nigra, a qual
formada por neurnios ricos em melanina e produtores de dopamina. O sulco lateral e o sulco medial do
pednculo cerebral limitam, externamente, a base do tegmento.
Bulbo
A organizao interna do Bulbo semelhante da medula. Porm, ao nvel da oliva bulbar, no
existe mais semelhanas devido ao aparecimento dos ncleos prprios do bulbo, como os ncleos grcil e
cuneiforme, da decussao das pirmides, da abertura do IV ventrculo, alm da decussao dos lemniscos
ou decussao sensitiva.
o Ncleo do trato espinhal do nervo trigmio: ncleo sensitivo dos nervos trigmio (V), facial (VII),
glossofarngeo (IX) e vago (X). Os ltimos 3 pares (VII, IX e X) trazem a sensibilidade geral do
pavilho e conduto auditivo externo. Junto com o V par, trazem a sensibilidade de quase toda a
cabea.
Ponte
A ponte formada por uma parte ventral, denominada base da ponte, e uma parte dorsal,
denominada tegmento. O limite entre o tegmento e a base da ponte dado por um conjunto de fibras
mielnicas de direo transversal, o corpo trapezide, que faz parte da via auditiva.
Base da ponte
A base da ponte uma rea prpria da ponte, sem correspondncia em outros nveis do tronco
enceflico. Apareceu juntamente como neocerebelo e o nercrtex. Na base da ponte encontramos fibras
longitudinais, transversais e os ncleos pontinos.
A. Fibras Longitudinais:
1. Tracto corticoespinal: Fibras que saem das reas motoras do crtex para os neurnios motores
da medula.
2. Tracto corticonuclear: fibras de neurnios motores do crtex que vo at os ncleos dos nervos
cranianos.
3. Tracto corticopontino: Fibras que se originam no crtex cerebral e vo at os ncleos pontinos.
Tegmento da ponte
O tegmento da ponte assemelha-se estruturalmente ao bulbo e ao tegmento do mesencfalo.
Apresenta fibras ascendentes, descendentes e transversais, alm de ncleos de nervos cranianos e
substncia cinzenta prpria da ponte.
Mesencfalo
O mesencfalo constitudo por uma poro dorsal, o tecto do mesencfalo, e outra ventral, os
pedculos cerebrais, separados pelo aqueduto cerebral. Este percorre longitudinalmente o mesencfalo e
circundado por uma espessa camada
de substncia cinzenta, a substncia
cinzenta central ou periaquedutal.
Cada pednculo cerebral
possui duas pores: uma dorsal ou
tegmento do mesencfalo; e outra
ventral ou base do pednculo.
Separando o tegmento da base,
observa-se uma lmina de substncia
cinzenta pigmentada, a substncia
negra.
Tecto do Mesencfalo:
O tecto do mesencfalo constitudo de quatro eminncias, os colculos superiores, relacionados
com a viso, e os colculos inferiores, relacionados com a audio (recebem fibras do leminisco lateral).
Alm dos colculos o tecto do mesencfalo tambm formado pela rea tectal, tambm chamado
de ncleo tectal, que se relaciona como controle dos reflexos das pupilas. Localiza-se na extremidade
rostral dos colculos superiores e no limite do mesencfalo com o diencfalo.
Tegmento do Mesencfalo:
O tegmento do mesencfalo uma continuao do tegmento da ponte. O tegmento do mesencfalo
apresenta, alm de formao reticular, substncia cinzenta e substncia branca.
Doena de Parkinson:
Causada por falta de dopamina por degenerao dos neurnios da substncia negra. Caracteriza-se
por sintomas motores: tremores, lentido dos movimentos e rigidez.
C. Substncia Branca
Fibras ascendentes: percorrem o tegmento e representam a continuao dos tractos que sobem da
ponte: os quatro lemniscos (medial, espinal, lateral e trigeminal) e o pednculo cerebelar superior. Ao nvel
do colculo inferior, os quatro lemniscos aparecem agrupados em uma faixa lateral.
Fascculo longitudinal medial: constitui o feixe de associao do tronco enceflico.
CEREBELO
Annelise Gonalves , Letcia Mariani, William Menegazzo, Arlete Hilbig
O cerebelo origina-se da parte dorsal do metencfalo e est situado dorsalmente ao bulbo e ponte,
separado desses pelo IV ventrculo e contribuindo para formao do seu teto. Repousa sobre a fossa
cerebelar do occipital, sendo separado do crebro pela tenda do cerebelo.
Aspectos Anatmicos
Na face superior encontramos uma poro mediana, o vrmis cerebelar, ligado a duas grandes
massas laterais, os hemisfrios cerebelares. Na face inferior, o vrmis est numa depresso denominada
valcula, bem separado dos hemisfrios. A face anterior do cerebelo entra na constituio do IV ventrculo.
O cerebelo fica ligado face posterior do tronco enceflico por trs feixes de fibras nervosas:
pednculo cerebelar inferior - liga o cerebelo ao bulbo e medula; pednculo cerebelar mdio liga
cerebelo ponte; e pednculo cerebelar superior liga o cerebelo ao mesencfalo.
O cerebelo e o crebro so estruturas supra-segmentares, portanto a substncia cinzenta dispe-se
externamente, formando um crtex e a substncia branca dispe-se internamente formando o corpo
medular. No interior do corpo medular, acima do teto do IV ventrculo, existem aglomerados de substncias
cinzentas que formam os ncleos centrais do cerebelo, de lateral para medial: denteado, globoso,
emboliforme, e fastigial.
A superfcie do cerebelo percorrida por sulcos que delimitam as folhas (folias) cerebelares. Sulcos
mais profundos, que separam o rgo em lbulos denominam-se fissuras do cerebelo.
O cerebelo difere fundamentalmente do crebro porque funciona em nvel involuntrio e inconsciente
sendo sua funo sobre a motricidade exercida do mesmo lado.
43
1. Ontognese
Baseia-se no desenvolvimento embrionrio com o aparecimento das primeiras fissuras.
o A fissura prtero-lateral (FPL) a primeiro fissura que apareceu no cerebelo e o divide em duas
pores bastante desiguais: lobo fculo-nodular, constitudo pelos lbulos de fculo e ndulo; e
o o corpo.
o A segunda fissura a aparecer foi a fissura prima (FP) que divide o corpo do cerebelo em lobo
anterior e lobo posterior.
Corpo
Flculo Ndulo
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2. Filognese:
Baseia-se no desenvolvimento do cerebelo na escala zoolgica e na complexidade dos movimentos
nos grupos de vertebrados. empregada para compreenso das sndromes cerebelares. Possui trs
divises:
o Arquicerebelo ou Cerebelo Vestibular: o mais antigo. representado pelo lobo flculo-nodular e
est conectado com o sistema vestibular. Responsvel pelo equilbrio.
o Paleocerebelo ou Cerebelo Espinhal: representado pelo lobo anterior do corpo do cerebelo. Surgiu
nos peixes que, como possuem nadadeiras, precisam, alm do equilbrio, manter o tnus muscular e
realizar movimentos automticos, como nadar.
o Neocerebelo ou Cerebelo Cortical: representado pelo lobo posterior. Surgiu com os mamferos,
principalmente com os primatas, onde a musculatura das extremidades distais dos membros serve para
realizar movimentos mais complexos. Surgiu junto com o neocrtex cerebral, com o qual passou a
manter relaes. Relaciona-se com o planejamento e a coordenao dos movimentos mais delicados
(coordenao fina).
Arquicerebelo
Lobo flculo-nodular Fastigial Equilbrio
Cerebelo vestibular
Interpsito:
Paleocerebelo Lobo anterior, pirmide e tnus muscular;
emboliforme;
Cerebelo espinhal vula controle postural
globoso
Conexes aferentes:
o Fibras aferentes de origem vestibular: se distribuem principalmente ao arquicerebelo. Trazem
informaes sobre a posio da cabea a partir do labirinto e ncleos vestibulares. Importante para a
manuteno do equilbrio e da postura bsica.
o Fibras aferentes de origem medular: essas fibras so representadas pelos tractos espino-cerebelar
anterior e posterior. Esses tractos terminam no crtex do paleocerebelo. So responsveis pela
manuteno do tnus muscular e da postura.
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o Fibras aferentes de origem pontina: essas fibras tm origem nos ncleos da ponte e distribuem-se
principalmente ao crtex do neocerebelo. Essas fibras fazem parte da via crtico-ponto-cerebelar.
Fundamentais para a coordenao do movimento apendicular, com planejamento motor e correo dos
movimentos.
Conexes eferentes:
Constituem a sada das fibras do cerebelo, comeando como axnios das clulas de Purkinje do
crtex cerebelar que se dirigem aos ncleos.
As fibras dos ncleos denteado, emboliforme e globoso saem do cerebelo pelo pednculo cerebelar
superior. As fibras do ncleo fastigial saem pelo pednculo cerebelar inferior.
Atravs de suas conexes eferentes, o cerebelo exerce influncia sobre os neurnios motores da
medula. Entretanto, ele no age diretamente sobre esses neurnios, mas sempre atravs de rals
intermedirios, situados em reas do tronco enceflico, do tlamo ou das prprias reas motoras do crtex
cerebral. Logo, o cerebelo est ligado ao tronco enceflico por grossos feixes de fibras eferentes e aferentes,
os pednculos cerebelares.
As fibras aferentes penetram no cerebelo atravs de trs pednculos:
OBS: pesquisas recentes indicam que o cerebelo recebe fibras noradrenrgicas (locus ceruleos) e
serotoninrgicas (ncleos da Rafe), participando do processo de memria.
DIENCFALO
Adriene Stahlschmidt, Bruna H. Suzigan, Carla C. Martins, Francieli Pagliarim, Arlete Hilbig
Na parede lateral do III ventrculo encontramos um sulco que vai do aqueduto ao forame
intervertebral. Este sulco, sulco hipotalmico, divide o diencfalo em uma poro superior, que faz
salincia na cavidade ventricular (tlamo); e uma poro inferior (hipotlamo), que tambm entra na
formao do assoalho do ventrculo. Posteriormente ao tlamo e formando a parede posterior do III
ventrculo, encontramos o epitlamo, cujo principal componente a glndula pineal.
O III ventrculo se comunica com os ventrculos laterais pelos forames interventriculares (de
Monroe) e com o IV ventrculo pelo aqueduto cerebral. De maneira esquematizada temos:
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Ventrculo 1 1
Lateral III Ventrculo Ventrculo
Lateral
IV Ventrculo
Tlamo
Os tlamos so duas massas ovides de substncia cinzenta, unidas atravs de tecido nervoso
cinzento: a aderncia intertalmica. Seus limites so:
o Superior: assoalho do ventrculo lateral;
o Inferior: hipotlamo e subtlamo (mais lateral);
o Lateral: cpsula interna;
o Medial: terceiro ventrculo.
subdividido por uma lmina interna de substncia branca em forma de Y, nas regies:
o N. Anterior + N. Medial: relacionadas ao sistema lmbico (regula as emoes) e SNA;
o N. Laterais: relacionados com sensibilidade e motricidade;
o N. Posteriores: viso e audio.
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Epitlamo
a denominao dada poro pstero-superior do diencfalo cujos principais componentes so:
o Glndula Pineal: glndula endcrina secretora de melatonina quando em ausncia de luz,
responsvel pelo ritmo circadiano e inibio das gnadas, ela esta situada na linha media acima
e entre os colculos superiores. Caso haja leso nessa glndula, o paciente perde o reflexo de
olhar para cima, pois ao nvel desses colculos esta o ncleo de Edinger-Westphal (pertencente
ao complexo culo-motor).
o Comissura Posterior: feixes de fibras transversais que intercruzam-se logo abaixo da glndula
pineal. Representa o limite entre o mesencfalo e o diencfalo. Tambm relacionado
convergncia do ncleo de Edinger-Westphal do 3 par craniano.
o Comissura das Habnulas: fibras que se entrecruzam logo acima da glndula pineal que
provm de um pequeno tringulo situado de cada lado ( trgono das habnulas).Acima destas
est situado o 3 ventrculo. Essa comissura tambm faz parte do Sistema Lmbico.
Subtlamo
uma pequena rea de difcil visualizao (por localizar-se internamente) situada abaixo do tlamo,
na diviso com o mesencfalo. Seus limites:
o Superior: tlamo;
o Lateral: cpsula interna;
o Medial: hipotlamo.
O subtlamo no se relaciona com as paredes do III ventrculo nem com a superfcie externa, por
isso, s pode ser visualizado em cortes coronais do diencfalo. Como principal formao do subtlamo tem-
se o ncleo subtalmico, o qual apresenta conexes com o globo plido exercendo funo importante na
motricidade extra-piramidal. A leso nessa regio causa hemibalismo (movimentos anormais e violentos
das extremidades que levam a exausto e no desaparecem com o sono).
50
Hipotlamo
parte do diencfalo que se dispe nas paredes do terceiro ventrculo, abaixo do sulco hipotalmico
que o separa do tlamo. Apresenta algumas formaes anatmicas visveis na face inferior do crebro:
o Corpos Mamilares: substncia cinzenta parte do sistema lmbico;
o Quiasma ptico: cruzamento de fibras do tracto ptico;
o Tber Cinreo: substncia cinzenta entre o infundbulo e os corpos mamilares;
o Infundbulo: sustenta a hipfise, que est situada inferiormente.
Funes
Controle da homeostase e motivacional (preservao da espcie). Algumas de suas funes esto
relacionadas com:
o controle do SNA: O hipotlamo anterior controla principalmente o sistema parassimptico e o
posterior, o sistema simptico.
o regulao da temperatura corporal: Detecta variaes de temperatura no sangue atravs do
centro de perda de calor- termorreceptores do hipotlamo anterior que desencadeiam a
sudorese e vasodilatao perifrica e do centro de conservao de calor- termorreceptores
localizados no hipotlamo posterior que desencadeiam vasoconstrio perifrica, calafrios e at
mesmo liberao do hormnio tireoidiano.
o regulao do comportamento emocional (sistema lmbico): via hipocampo, corpos amigdalides
e rea septal;
o regulao do sono e da viglia: hipotlamo posterior (viglia);
o regulao da fome e sede: centros da fome e saciedade, centro da sede (lateral, neurnios
sensveis variao de presso osmtica). Leso na rea lateral provoca ausncia de desejo
alimentar, leso no ncleo ventro-medial leva o animal a alimentar exageradamente, j a leso
em uma rea do hipotlamo lateral provoca a perda da vontade de beber gua.
o regulao da diurese: ncleos supra-ptico e paraventricular sintetizam hormnio antidiurtico;
o metabolismo dos carboidratos e gorduras;
o regulao do ritmo circadiano: realizado no ncleo supraquiasmtico.
o regula a hipfise pelo feixe hipotalmico-hipofisrio (neurohipfise) e sistema porta-hipofisrio
(adenohipfise), como descrito a seguir:
Neuro-hipfise:
Neurnios neurossecretores sintetizam os hormnios antidiurtico (ADH) e ocitocina que, atravs
das fibras do tracto hipotlamo- hipofisrio, so transportados para a neuro- hipfise. As fibras terminam em
relao com vasos sanguneos, onde os hormnios so liberados na corrente sangunea.
Adeno- hipfise:
O hipotlamo regula a adeno-hipfise por um mecanismo nervoso e um vascular.
Neurnios neurossecretores secretam substncias ativas que descem pelo tracto tbero-
infundibular e so liberadas em capilares especiais situados na eminncia mediana e haste infundibular.
51
Inicia-se, ento, o sistema porta- hipofisrio, onde as veias portas ligam a primeira rede de capilares situada
na eminncia mediana e haste infundibular segunda rede, situada na adeno- hipfise.
Na adeno-hipfise estas substncia agem inibindo ou liberando os hormnios adeno- hipofisrios
(prolactina, hormnio adenocorticotrfico, luiteinizante, folculo estimulante e do crescimento). Todos os
hormnios adeno-hipofisrios tem um fator de liberao e apenas a prolactina e o hormnio do crescimento
tem tambm fator de inibio
Ncleos do Hipotlamo:
Relao da hipfise com o quiasma ptico: Devido proximidade entre a hipfise e o quiasma ptico os
tumores de hipfise podem crescer e comprimir o quiasma de baixo para cima, o que ocasiona leso na
parte mediana do quiasma ptico. Esta leso interrompe as fibras provenientes da retina nasal que se
cruzam a este nvel. O sintoma da leso a hemianopsia bitemporal, ou seja, a perda dos campos visuais
temporais.
Hemianopsia bitemporal
52
TELENCFALO
Elisa B. Arroque, Arlete Hilbig
O telencfalo formado por dois hemisfrios cerebrais, incompletamente separados pela fissura
longitudinal do crebro, que envolvem completamente e encerram as estruturas do diencfalo. O assoalho
da fissura longitudinal do crebro formado pelo corpo caloso, um conjunto de fibras comissurais que ligam
um hemisfrio ao outro.
Cada hemisfrio possui uma camada superficial de substncia cinzenta, o crtex cerebral, que
reveste um centro de substncia branca, o centro branco medular do crebro, ou centro semi-oval, no
interior do qual existem massas de substncia cinzenta, os Ncleos da Base.
Cada hemisfrio possui ainda uma cavidade o ventrculo lateral, que se comunicam com o terceiro
ventrculo atravs dos forame interventricular ; trs plos frontal, occipital e temporal ; e trs faces
spero-lateral, medial e inferior.
O crtex cerebral est organizado na forma de giros (ou circunvolues), delimitados por depresses
chamadas de sulcos. Os sulcos tem como funo aumentar a rea de superfcie cerebral sem aumentar seu
volume e fazem com que 2/3 do crtex cerebral estejam escondidos nesses sulcos. O padro de sulcos e
giros do crebro varia em cada crebro, podendo ser diferente nos dois hemisfrios de cada indivduo. Os
dois principais sulcos do telencfalo so o Sulco Lateral (de Sylvius), que inicia na face inferior e corre
horizontalmente na face supero-lateral, separando o lobo temporal do lobo frontal e parietal, e o Sulco
Central (de Rolando), que corre verticalmente na face supero-lateral, separando os lobos frontal e parietal, e
delimitado por dois giros paralelos: o giro pr-central (envolvido com a motricidade) e o giro ps-central
(envolvido com a sensibilidade). Os sulcos so, s vezes, muito sinuosos e podem ser interrompidos por
pregas anastomticas.
O telencfalo dividido em cinco lobos, Frontal, Temporal, Parietal, Occipital e da Insula, que so
nomeados com relao ao osso com que fazem contato, mas que no correspondem uma diviso
funcional do crtex.
53
Face Spero-lateral
Na face spero lateral podemos visualizar parte dos quatro lobos (frontal, temporal, parietal e
occiptal).
O lobo frontal possui, verticalmente, o giro pr-central, delimitado pelo sulco de Rolando e pelo
sulco pr-central. Ele possui ainda mais trs giros horizontais, delimitados por dois sulcos. O sulco frontal
superior separa o giro frontal superior do giro frontal mdio. O sulco inferior separa o giro frontal mdio do
giro frontal inferior. Esse giro frontal inferior, por sua vez, subdividido em trs giros menores: o orbital, mais
anterior, o triangular, ao centro, e o opercular, mais posterior e que, no hemisfrio esquerdo, corresponde
rea de Broca, centro cortical da palavra falada.
O lobo temporal possui tambm dois sulcos horizontais, que delimitam trs lobos. O sulco temporal
superior separa os giros temporal superior e temporal mdio; o sulco temporal inferior separa os giros
temporal mdio e temporal inferior. Continuando o giro temporal superior, mas adentrando o sulco lateral,
temos o giro temporal transverso, centro cortical da audio.
O lobo Parietal tem como sulco mais importante o sulco ps-central, que junto com o Sulco de
Rolando, delimita o giro ps-central, a rea primria somestsica do telencfalo. O sulco intraparietal separa
os giros parietal superior e inferior. Separando os lobos Parietal e Occipital, temos a continuao do sulco
Parietooccipital, que mais visvel na face medial.
54
Face Medial
Na face medial do telencfalo, a estrutura mais inferior encontrada o frnice, um feixe complexo de
fibras, dividido em corpo, colunas, pernas, corpos mamilares e comissura do frnix. As pernas do frnix se
ligam ao hipocampo, estrutura pertencente ao Sistema Lmbico. Acima dele est o septo pelcido, duas
delgadas lminas de tecido nervoso que separam os dois ventrculos laterais. Mais superiormente temos o
corpo caloso, uma comissura inter-hemisfrica, de fibras mielnicas, que comunica reas simtricas do
crtex. Ele dividido em rostro, joelho e corpo.
No lobo occipital, podemos visualizar o sulco calcarino, em cujos lbios est situado o centro
cortical da viso. Temos ainda, dividindo os lobos Occipital e Parietal o sulco Parietooccipital.
Nos lobos frontal
e parietal podemos
visualizar, logo acima do
corpo caloso, o sulco do
corpo caloso, que delimita
inferiormente o giro do
cngulo. O limite superior
desse giro o sulco do
giro do cngulo. No
sentido vertical temos o
sulco paracentral, que,
levemente seccionado
pelo de Rolando, delimita
o giro paracentral, onde
esto localizadas as reas motora (anterior ao sulco central) e sensitiva (posterior ao sulco central)
relacionadas com o p e a perna. Anterior lmina terminal, na rea septal, temos o giro paraterminal e a
rea paraolfatria, centros do prazer do crebro.
Face Inferior
Na face inferior enxergamos, dividindo os lobos Frontal e
Temporal, o incio do sulco Lateral. No lobo temporal (mais
posterior) encontramos o sulco Colateral, que delimita o giro
parahipocampal. Este giro liga-se ao giro do cngulo atravs do
Istmo do giro do Cngulo, e, em sua poro anterior, curva-se em
torno do sulco do hipocampo para formar o ncus. A unio do
ncus, giro parahipocampal, istmo do giro do cngulo e giro do
cngulo formam o lobo Lmbico, relacionado com o comportamento
emocional e o controle do sistema nervoso autnomo.
55
Ventrculos
O telencfalo possui dois ventrculos, um em cada hemisfrios. O ventrculo esquerdo ,
convencionalmente, o primeiro ventrculo, e o direito o segundo ventrculo. Eles so formados por uma
parte central e trs cornos, um anterior, um inferior e um posterior.
O corno anterior possui como parede medial o septo pelcido, como assoalho a cabea do ncleo
caudado e como teto o corpo caloso. A parte central possui como teto o corpo caloso e o assoalho
formado pelo frnix, plexo coride, tlamo e ncleo caudado. Os cornos inferiores e posteriores esto
contidos, respectivamente, nos lobos TemporaL e Occipital.
Hipocampo
O hipocampo uma poro cortical curva e muito pronunciada que se dispe acima do giro para-
hipocampal, no lobo temporal, em relao com corno temporal do VL. constitudo de um tipo de crtex
muito antigo, o arquicrtex, e faz parte do Sistema Lmbico, tendo importantes funes psquicas
relacionadas com o comportamento e a memria.
56
Ncleos da Base
Os ncleos da base so o Caudado, o Lentiforme, o Claustrum, o corpo Amigdalide, o Ncleo
Accumbens e o Ncleo Basal de Meynert.
O ncleo caudado relaciona-se em toda
sua extenso com os ventrculos laterais, sendo
tambm dividido em cabea, corpo e cauda. Sua
cabea quase completamente separada do
ncleo Lentiforme pela perna anterior da cpsula
interna.
O ncleo Lentiforme , na realidade,
constitudo por dois ncleos, o Putmen, mais
externo, e o Globo plido, mais interno, sendo
separados entre si por uma lmina de substncia
branca, a lmina medular lateral. O ncleo
lentiforme situa-se lateralmente ao tlamo,
separado deste pela perna posterior da cpsula
interna, e envolvido lateralmente pela cpsula externa.
Embora anatomicamente separados, caudado e putmen tem origem embriolgica, citoarquitetura e
funes comuns e so denominados, em conjunto, de
estriado (ou neoestriado), enquanto o globo plido
denominado plido (ou paleoestriado).
O ncleo Claustrum situa-se lateralmente ao
ncleo lentiforme, lateral cpsula externa e medial
cpsula extrema, que o separa do lobo da Insula.
O corpo Amigdalide uma massa esferide de
cerca de 2 cm de dimetro, situada no plo temporal do
hemisfrio cerebral. Ele faz parte do sistema Lmbico, e
um importante centro regulador do comportamento sexual
e da agressividade (impulsos primitivos).
O ncleo Accumbens est na zona de unio entre
o caudado e o putmen, no corpo estriado ventral.
O ncleo Basal de Meynert est situado na base
do crebro, entre a substncia perfurada anterior e o globo
plido, na chamada substncia inominada. Contm
neurnios grandes, ricos em acetilcolina, e relaciona-se
com o sistema lmbico e o crtex cerebral, tendo
importante papel relacionado com a memria e com as
funes psquicas superiores. A diminuio da acetilcolina
no ncleo est relacionada com a doena de Alzheimer.
57
Esquema do Crtex
3. rea auditiva: no giro temporal trasnverso anterior; cada hemisfrio recebe informaes
tonotpicas de ambos os lados, no sendo completamente cruzada;
4. rea vestibular: no lobo parietal, e importante para a apreciao constante da orientao no
espao;
5. rea olfatria: no ncus e giro para-hipocampal;
6. rea gustativa: na poro inferior do giro ps-central, prximo insula.
7. rea motora primria: no giro pr-central.
A rea somestsica e a motora possuem somatotopia que pode ser representada por um homnculo
(sensitivo e motor), figuras descritas por Penfield e Rasmussen, que traduzem a correspondncia da
complexidade exercida por cada segmento na representao cortical.
As reas de associao secundrias motoras esto envolvidas com o planejamento dos atos
voluntrios. A perda da funo dessas reas resulta na apraxia, que a incapacidade de executar
determinados atos voluntrios, sem que exista qualquer dficit motor (defeito nas reas de planejamento do
movimento). So elas: a rea motora suplementar, que est envolvida no planejamento de sequncias
complexas de movimento; rea pr-motora, responsvel por colocar o corpo, especialmente os membros,
em uma posio bsica preparatria para a realizao de movimentos delicados, que ficam a cargo da
musculatura mais distal dos membros; rea de Broca, localizada na parte opercular e triangular do giro
frontal inferior, responsvel pela programao da atividade motora relacionada com a expresso da
linguagem. Uma leso na rea de Broca
impede que o indivduo consiga se expressar
atravs da linguagem falada, embora continue
compreendendo (afasia motora). A rea de
associao auditiva que permite a
compreenso da linguagem falada denomina-
se rea de Wernicke e localiza-se entre lobo
parietal e temporal. De forma inversa, uma
leso dessa regio causa uma afasia de
compreenso: embora capaz de falar, no
existe compreenso da linguagem.
As reas de associao terciria
recebem e integram as informaes sensoriais
j elaboradas por todas as reas secundrias
e so responsveis tambm pela elaborao das diversas estratgias comportamentais.
A rea Pr-frontal atua na escolha das opes estratgicas comportamentais, na manuteno da
ateno que consiste na capacidade de seguir sequncias ordenadas de pensamentos e no controle do
comportamento emocional.
A rea Temporoparietal integra as informaes da rea visual, auditiva e somestsica e est
relacionada com a percepo espacial e compreenso da formao das imagens das partes componentes
do prprio corpo um dano nessa rea pode resultar na sndrome da negligncia ou inateno, que
caracterizada pela negao da existncia de um lado do corpo ou de um lado inteiro do mundo.
As reas Lmbicas esto relacionadas memria e ao comportamento emocional, e fazem parte do
Sistema Lmbico.
Do ponto de vista funcional, podemos dizer que existe uma assimetria das funes corticais. Apenas
nas reas de projeo h certa simetria, com impulsos provenientes de um hemicorpo chegando rea de
projeo do hemisfrio contra-lateral. Nas funes cognitivas, os hemisfrios cerebrais possuem uma certa
especializao funcional: o hemisfrio esquerdo possui dominncia de funo cortical de linguagem e
raciocnio matemtico na maioria dos indivduos, enquanto o hemisfrio direito possui predominncia das
funes corticais ligadas ao desempenho de atividades artsticas, percepo de relaes espaciais e
reconhecimento da fisionomia das pessoas. Por conveno, o hemisfrio dominante o hemisfrio onde se
localiza a linguagem, sendo, portanto o hemisfrio esquerdo para a maioria dos indivduos.
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SISTEMA LMBICO
Andr Reitz da Costa, Arlete Hilbig
O sistema lmbico pode ser conceituado como um sistema relacionado, fundamentalmente, com a
regulao dos processos emocionais e do sistema nervoso autnomo, constitudo pelo lobo lmbico e
estruturas subcorticais, apresenta-se tambm diretamente relacionado ao mecanismo de memria e
aprendizagem. O sistema lmbico constitudo por componentes corticais (giro do cngulo, giro para-
hipocampal e hipocampo) e subcorticais (corpo amigdalide, rea septal, ncleo mamilares, ncleo
anterior do tlamo e ncleo das habnulas).
O sistema lmbico realiza conexo com as demais reas do crebro atravs das conexes
extrnsecas, destacando-se as conexes com o hipotlamo. As conexes aferentes que trazem
informaes visuais, auditivas, somestsicas ou olfatrias que sinalizem perigo, por exemplo, pode despertar
o medo pelo acesso, indireto, ao sistema lmbico. Tais informaes so antes processadas, nas reas
corticais de associao secundrias e tercirias, penetram no sistema lmbico por vias que chegam ao giro
para-hipocampal e passam para o hipocampo, chegando, assim, ao circuito de Papez. Com exceo do
estmulo olfatrio que passa diretamente da rea cortical para o giro para-hipocampal e o corpo amigdalide.
A sensibilidade visceral tambm atinge o sistema lmbico, seja diretamente, atravs das conexes dos
ncleos do tracto solitrio, ou, indiretamente, via hipotlamo.
As funes do sistema lmbico passaram a ter uma maior ateno a partir dos estudos de Klver e
Bucy, os quais lesaram algumas estruturas importantes do sistema lmbico de animais, que permitiram
evidenciar a relao do sistema lmbico com fenmenos emocionais.
Corpo Amigdalide: a partir de leses ou estimulaes nesta rea, encontra-se alteraes do
comportamento alimentar ou da atividade das vsceras, em casos de leses h uma diminuio da
agressividade social; pacientes em atos cirrgicos, submetidos estimulao eltrica, conscientes, relatam
sensao de medo. Trata-se de uma regio de percepo comportamental que opera em nvel inconsciente,
regulando a agressividade e o comportamento sexual.
rea Septal: leses nessa rea esto relacionadas com a hiperatividade emocional, ferocidade e
raiva; a estimulao causa alteraes da presso arterial e do ritmo respiratrio, tida como uma das reas
de prazer no crebro.
Giro do Cngulo: relacionado agressividade, depresso e ansiedade.
Hipocampo: relacionado com a agressividade e ao mecanismo de memria.
Os mecanismos de memria recente dependem do sistema lmbico, o qual age atuando nos
processos de reteno e consolidao de informaes novas e, possivelmente, em seu armazenamento
temporrio e permanente. Esta funo do sistema lmbico est relacionada, principalmente, com o
hipocampo e o corpo amigdalide, bem como o frnix e os corpos mamilares.
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CIRCULAO ENCEFLICA
Olga Gaio Milner, Daniel L. Arenas
Vascularizao Arterial
O suprimento arterial cerebral se d por dois sistemas: um anterior ou carotdeo e outro posterior ou
vrtebrobasilar. Esses dois sistemas so anastomosados no polgono de Willis, que uma anastomose
situada na base do crebro que possui a capacidade de propiciar uma circulao colateral para o mesmo,
caso alguma das artrias proximais seja temporria ou permanentemente ocluda.
Consideraes Clnicas
Hematomas extradurais e subdurais ocorrem por leses de vasos, resultando no acmulo de sangue
nas meninges. Leses na artria menngea mdia formam hematoma extradural e o sangue no for drenado
leva morte em poucas horas. J a ruptura de uma veia cerebral no ponto em que ela entra no seio sagital
superior ocasiona um hematoma subdural. Entretanto, as hemorragias no espao subaracnideo no
formam hematomas pois o sangue se espalha no liquor.
Consideraes clnicas:
Hidrocefalia o aumento da quantidade e da presso do liquor, que acarreta dilatao dos
ventrculos e compresso do tecido nervoso. Ela pode ser de dois tipos:
Hidrocefalia comunicante: consequncia de processos patolgicos nos plexos corides,
seios da Duramter ou granulaes aracnides.
Hidrocefalia no comunicantes: consequncia da obstruo na circulao do liquor,
geralmente no aqueduto cerebral.
Aferente
Interocepo (visceral)
Sistema Nervoso
Visceral
Eferente Motora ou secretora SNA
Neurnio pr-ganglionar: aquele que est situado na medula ou no tronco enceflico. Ele emite
uma fibra pr-ganglionar que vai at o Gnglio Vegetativo e faz sinapse com cerca de vinte neurnios ps-
ganglionares, pois o sistema nervoso autnomo muito difuso.
Neurnio Ps-Ganglionar: aquele que est situado no gnglio vegetativo. Emite fibras ps-
ganglionares. So fibras amielnicas, contendo apenas neurilema.
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A fibra pr-ganglionar composta por mielina, por isso a sua cor branca. Ela se exterioriza pela
raiz anterior dos nervos raquidianos, junto com as fibras motoras somticas, passando pelo ramo
comunicante branco e indo at o gnglio vegetativo e fazendo sinapse com a fibra ps-ganglionar, que
amielnica e de cor parda. A fibra ps-ganglionar ir passar pelo ramo comunicante pardo at chegar ao
nervo. Os ramos comunicantes brancos s existem na poro traco-lombar e sacral da medula, pois
nessas regies que h simptico e parassimptico. As demais regies possuem somente ramos
comunicantes pardos.
Gnglios
Cadeia Ltero-Vertebral: est em toda extenso da coluna
vertebral, ao seu lado. Possui 3 gnglios cervicais, 10-12 torcicos, 3-5
gnglios lombares e 1 sacral. O ltimo gnglio cervical se une ao primeiro
gnglio torcico formando o gnglio estrelado ou cervico-torcico.
Pr-Vertebrais: esto adiante da coluna, juntos aorta
abdominal.
Terminais: esto na intimidade da prpria vscera e so
chamados de viscerais. Ex: plexo mioentrico de Auerbach (na muscular)
e plexo submucoso ou de Meissner (na submucosa).
Funo
A funo do Sistema Nervoso Autnomo aparentemente antagnica, com a finalidade de manter a
homeostase do organismo.
O sistema nervoso simptico ativado quando estamos em situaes de estresse. A glndula supra-
renal ativada liberando adrenalina na circulao, causando alteraes no organismo para que ele entre em
situao de Alarme (luta ou fuga). J o sistema nervoso parassimptico predominante quando estamos
dormindo ou em estado relaxado. Pode-se dizer que, geralmente, esses sistemas causam reaes
antagnicas aos estmulos simpticos.
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VIAS DE CONDUO
Clara M. Milanezi, Beatriz C. Mantuan , Leonardo A. Coelho, Leonardo M. de Carvalho - V.A.
Larissa Marques Santana - V.E.
Vias Aferentes
As vias aferentes so cadeias neuronais que levam diferentes formas de sensibilidade dos
receptores perifricos ao crtex. A sensibilidade, como j abordado no estudo sobre a medula, pode ser
assim dividida:
Protoptica
Exteroceptiva
Epicrtica
Sensibilidade
Geral Consciente
Proprioceptiva
Inconsciente
Visceroceptiva
Viso
Sensibilidades Audio
Especiais Gustao
Olfato
Todas as formas de sensibilidade geral esto representadas na medula e formam as grandes vias
aferentes, detalhadas a seguir. As sensibilidades especiais tm correspondncia com o tronco enceflico e
tambm sero estudadas.
SENSIBILIDADE GERAL
No 1 caso:
Feixe Espino-Cerebelar Anterior (ou Cruzado)
PS: A via considerada homolateral pois as fibras se cruzam 2 vezes.A primeira na medula e a segunda
antes de penetrar no cerebelo.
No 2 caso:
Feixe Espino-Cerebelar Posterior (ou Direto)
Por meio dessas vias os impulsos proprioceptivos inconscientes chegam ao cerebelo. Lembrando
que a propriocepo consciente est relacionada complexas funes destinadas ao cerebelo, entre as
quais podemos citar:
- Regulao do tnus;
- Postura;
- Equilbrio Esttico/Dinmico;
- Coordenao dos Movimentos.
SENSIBILIDADES ESPECIAIS
Via Gustativa
Seus receptores so corpsculos gustativos da lngua e da epiglote. OS impulsos dos 2/3 anteriores
da lngua, do tero posterior da lngua e da
epiglote chegam ao SNC, respectivamente,
pelo Nervo Intermdio(poro sensitiva do
Facial - VII par), Glossofarngeo(IX par) e
Vago(X par).
Neurnios I - Localizam-se nos gnglios
geniculado (VII par), inferior do IX e inferior
do X. Seus prolongamentos perifricos ligam-
se aos receptores e prolongamentos centrais
penetram no tronco, percorrem o tracto
solitrio e fazem sinapse com os neurnios II.
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Neurnios II Presentes no Ncleo do Tracto Solitrio (Bulbo), originam as fibras solitrio-talmicas, que
terminam fazendo sinapse com os Neurnios III do tlamo do mesmo lado e do lado oposto.
Neurnios III Localizam-se no tlamo, no Ncleo ventral pstero-medial. Seus axnios chegam rea
gustativa primria, no crtex cerebral, na parte inferior do giro ps-central, prximo a rea somestsica da
lngua.
Via Olfatria
Seus receptores so clios olfatrios das clulas olfatrias. Apresenta vrias peculiaridades: possui
apenas neurnios I e II, o primeiro neurnio localiza-se em uma mucosa e no em um gnglio, a nica via
sensitiva que no passa pelo tlamo, totalmente homolateral e sua rea cortical de projeo do tipo
alocrtex.
Neurnios I So as clulas olfatrias,
neurnios bipolares localizados na
mucosa olfatria, com prolongamentos
perifricos terminados em dilataes
(vesculas olfatrias), que contm os
receptores. Os prolongamentos centrais
formam o nervo olfatrio ao atravessar
a lmina crivosa do osso etmide.
Terminam no bulbo olfatrio, fazendo
sinapse com os Neurnios II.
Neurnios II Clulas mitrais, seus
dendritos so bastante ramificados e
fazem sinapse com os neurnios I.
Seus axnios seguem pelo tracto olfatrio e dividem-se em estria olfatria lateral (impulsos conscientes,
seguem para o ncus e o giro para-hipocampal) e medial(segue para a rea septal).
Via Auditiva
* Algumas fibras dos ncleos cocleares penetram no lemnisco lateral do mesmo lado (homolaterais).
Neurnios III - No colculo inferior. Os axnios passam pelo brao do colculo inferior e vo para o corpo
gemiculado medial.
Neurnios IV - No corpo gemiculado medial. Os axnios formam a radiao auditiva, que passa pela
cpsula interna e chega a rea auditiva do crtex, no giro temporal tranverso anterior.
* Alguns impulsos auditivos seguem um trajeto mais complicado, com um maior nmero de sinapses em pelo
menos 3 ncleos ao longo da via (Do corpo trapezide, ncleo olivarsuperior e ncleo do lemnisco lateral).
A existncia de vias homolaterais torna impossvel a perda deste sentido por leso de uma s rea
auditiva.
Via ptica
- clulas fotossensveis:
- clulas bipolares:
ganglionar, mas so vrias clulas bipolares oriundas da ligao com os bastonetes que se ligam a apenas
uma clula ganglionar.
Neurnios III - Os axnios amielnicos percorrem a superfcie interna da retina e convergem na papila
ptica, na parte posterior da retina, onde recebemmielina e formam o nervo ptico. Neste local, no h
receptores, por isso ele conhecido como ponto cego; , tambm, o local por onde penetram os vasos que
nutrem a retina.
Os nervos pticos convergem formando o quiasma ptico, onde as fibras sofrem decussao parcial.
Dali, se destacam os tractos pticos que se destinam para o hipotlamo (regulao dos ritmos biolgicos);
colculo superior (reflexos de movimentos dos olhos ou plpebras); rea pr-tectal (reflexos fotomotor) ou
corpos geniculados laterais (viso), onde fazem sinapse com os 4 neurnios.
* As fibras da radiao atigem o crtex por trajetos diferentes, formando a ala temporal (de Meyer).
Vias Eferentes
A conceituao de dois sistemas independentes, piramidal e extrapiramidal, no pode ser mais
aceita e j no mais utilizada na maioria dos modernos textos de neuroanatomia. Entretanto, vantajoso
manter, do ponto de vista didtico, os termos piramidal e extrapiramidal para indicar as vias que passam e
no pelas pirmides bulbares em seu trajeto pela medula.
Vias piramidais
Tracto crtico-espinhal: Une o crtex cerebral aos neurnios motores da medula.
As vias piramidais na medula compreendem dois tractos: crtico-espinhal anterior e crtico-espinhal
lateral. Ambos originam-se no crtex cerebral e conduzem impulsos nervosos aos neurnios da coluna
anterior da medula, relacionando-se com estes neurnios diretamente ou atravs de neurnios internunciais.
No trajeto do crtex at o bulbo, as fibras dos tractos crtico-espinhais lateral e anterior constituem um s
feixe, o tracto crtico-espinhal. Ao nvel da decussao das pirmides, uma parte das fibras (70 a 90%)
deste tracto se cruza e vai constituir o tracto crtico-espinhal lateral (cruzado). Entretanto, um nmero de
fibras no se cruza e continua em sua posio anterior e constitui o tracto crtico-espinhal anterior ou direto.
As fibras do tracto crtico-espinhal anterior ocupam o funculo anterior da medula espinhal e
terminam em relao com os neurnios motores contralaterais, aps cruzamento na comissura branca. O
tracto crtico-espinhal lateral ocupa o funculo lateral ao longo de toda a extenso da medula e suas fibras
influenciam os neurnios motores da coluna anterior de seu prprio lado. Nem todas as fibras do tracto
crtico-espinhal so motoras. Um nmero significativo delas, originadas na rea somestsica do crtex,
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termina na coluna posterior e acredita-se que estejam envolvidas no controle dos impulsos sensitivos.
Entretanto, a principal funo motora somtica.
Ao contrrio do que se admitia h alguns anos, essa mesma funo exercida tambm pelo tracto
rubro-espinhal e retculo-espinhal. Logo, tem-se uma ao compensadora e as leses do tracto crtico-
espinhal no causam quadros de hemiplegia como se pensava e os dficits motores resultantes so
relativamente pequenos. O sintoma mais evidente de uma leso do tracto crtico-espinhal a incapacidade
de realizar movimentos independentes de grupos musculares isolados (perda da capacidade de
fracionamento, como abotoar uma camisa). Observa-se, tambm, o sinal de Babinski, reflexo patolgico que
consiste na flexo dorsal do hlux quando se estimula a pele da regio plantar.
O tracto crtico-espinhal lateral, mais importante, denominado tambm piramidal cruzado e o
crtico-espinhal anterior, piramidal direto. Os dois tractos so cruzados, o que significa que o crtex de um
hemisfrio cerebral comanda os neurnios motores situados do lado oposto, visando a realizao de
movimentos voluntrios. Assim, a motricidade voluntria cruzada.
Tracto crtico-nuclear:
Tem mesmo valor funcional do tracto crtico-espinhal,diferindo desse pelo fato de transmitir impulsos
aos neurnios motores do tronco enceflico e no os da medula.
As fibras do tracto crtico-nuclear originam-se na parte inferior da rea 4, passam pelo joelho da
cpsula interna e descem pelo tronco enceflico, associadas ao tracto crtico-espinhal. medida que o feixe
tracto crtico-nuclear desce pelo tronco enceflico, dele se destacam feixes de fibras que vo influenciar os
neurnios motores dos ncleos da coluna eferente somtica (ncleos do III, IV, VI e XII) e eferente visceral
(ncleo ambguo e ncleo motor do V e do VII).
O tracto crtico-nuclear possui grande nmero de fibras homolaterais.
Vias extrapiramidais
Tracto Retculo-Espinhal:
As funes desse tracto envolvem o controle de movimentos tanto voluntrios como automticos, a
cargo dos msculos axiais e proximais dos membros. Determina o grau adequado de contrao desses
msculos. Como no homem essa musculatura controlada pelo tracto Crtico-Espinhal lateral, o tracto
extrapiramidal promove o suporte postural bsico para execuo de movimentos finos controlados pelo
tracto piramidal. Dessa forma, mesmo aps leso do tracto Crtico-Espinhal, a motricidade voluntria da
musculatura proximal dos membros mantida pelo tracto Retculo-Espinhal. Esse tracto pode, tambm,
estar envolvido no controle da marcha.
NEUROIMAGEM
Srgio Francisco Siepko Jnior, Vitor Bernardes Pedrozo
Planos do corpo:
Vascularizao enceflica:
FOTO 1 FOTO 2
HED
CORRELAES CLNICAS