Navegando Pelo Eletrocardiograma
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ELETROCARDIOGRAMA
Temas:
Referências:
- Aulas de ECG do estágio no HSM;
- Hampton, J. (2013). The ECG Made Easy (8th edition). Inês Cordeiro ♡
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PRINCÍPIOS DE ELETROCARDIOGRAFIA
SISTEMA DE CONDUÇÃO DO ♡
PRINCÍPIOS BÁSICOS
NOTA: Os QRS podem estar diminuídos em caso de derrame pericárdico, pois existe
uma linha de interface de resistência (líquido).
o Morfologia: forma das ondas. Exemplos: Q patológica (> 0,04s), onda delta no WPW,
padrão das ondas nos bloqueios de ramo direito (rSR’) ou esquerdo (RR’).
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Cada □ pequeno corresponde a 1mm.
DERIVAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS
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Plano horizontal, que corresponde a:
V3 pode ser considerado o ponto mais isoelétrico e que de certa forma representa
meio caminho no plano pré-cordial.
3ºQ 4ºQ
2ºQ 1ºQ
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COMPONENTES DO ECG
ONDA P
1º Despolarização AD
2º Despolarização AE (muito
maior, mas mais tardio)
3º Depois, seguem juntas para
baixo
Onda P:
Amplitude 2,5mm
( dilatação AD)
COMPLEXO QRS
1. Despolarização do septo
(contrário ao EE), da esquerda
para a direita – onda Q;
2. Despolarização do corpo
miocárdico (na direção do EE),
com uma onda proeminente –
onda R;
3. Despolarização da vertente
súpero-lateral do VE, (contrário
ao EE) – onda S.
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Na descrição das ondas de despolarização ventricular, a 1ª onda negativa é sempre
denominada de Q, a 1ª onda positiva de R e a 2ª onda negativa de S. As ondas posteriores têm
o nome de R’ e S’.
Algumas derivações não têm todas as ondas (e.g. V1 – se tem Q, não tem R; se não
tem Q, tem R; normalmente, só tem onda R e S).
*R dominante nunca existe em V1! Se existir, pode ser uma das seguintes situações:
ONDA Q
SEGMENTO ST
SUPRA-ST: INFRA-ST:
Enfarte transmural Lesão subendocárdica
Pericardite Imagem espelho!
Hipercaliemia
Intoxicação digitálica
Hipotermia (onda de Osborn/J)
QTc = 0,43-0,44s
0,34 (2 □ grandes + 1 pequeno)
ONDA T
Se o QRS é positivo, a onda T também tem de ser positiva. Se o QRS é negativo, a onda
T será negativa. Tipicamente, o QRS é positivo em DI, DII, V4, V5 e V6.
INTERVALO RR = FC
RR = 0,6 – 1,0s
1
O Sotalol afeta muito mais o QT do que a Amiodarona.
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LEITURA DO ECG
1º PRÉ-LEITURA/ NAVEGAÇÃO
2º RITMO
Sinusal (onda P + em DI, DII e aVF; +/-/bifásica em V1; relação P:QRS de 1:1)
o Ritmo sinusal lento – Atletas, hipotermia, mixedema, após um EM.
o Ritmo sinusal rápido – Exercício, medo, dor, hemorragia, toxicidade.
Não sinusal:
o Extrassístoles – dizer se têm origem auricular ou ventricular
o Bradicardia ou taquicardia – perceber se tem QRS estreito ou largo; seguir
para o algoritmo de diagnóstico diferencial
o Fibrilhação
NOTA: Perante um enfarte, não se diz o ritmo. Só se estiver associado a um ritmo juncional,
que é por vezes uma complicação do enfarte.
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3º FREQUÊNCIA Tira de ritmo 10s - FC = número de QRS x 6
Tira de ritmo de 6s - FC = número de QRS x 10
4º EIXO
Numa leitura inicial, para avaliar possíveis alterações de eixo, verificamos DI, aVF e, em
último lugar, DII:
• Se DI positivo (QRS positivo) e aVF positivo, o eixo está no 1º quadrante, entre 0-90º;
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Hipertrofia direita Hipertrofia esquerda
Embolia pulmonar Defeito de condução
Hemibloqueio esquerdo posterior Hemibloqueio esquerdo anterior
5º CRITÉRIOS DE HIPERTROFIA
DIREITA: ESQUERDA:
R dominante em V1 e S dominante S em V1 + R em V5/V6 > 35mm
em V5/V6 (critério de Sokolow-Lyon)
R dominante em aVR (+) R em aVL > 11mm (1,1mV)
Desvio direito do eixo no plano Desvio esquerdo do eixo no plano
frontal frontal
NOTA: Não se avaliam estes critérios perante uma situação de enfarte ou de QRS largos
(condução aberrante, perturbações da condução interventricular).
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6º ALTERAÇÕES DA REPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR
QRS+ e T-
Infra ou supra ST
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EXEMPLOS:
Tira de ritmo!
ECG com ritmo sinusal associado a desvio direito no eixo elétrico frontal, sem
alterações da repolarização ventricular.
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Desvio esquerdo do eixo elétrico no plano frontal.
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Ritmo sinusal com FC de 110bpm.
Desvio direito do eixo elétrico no plano frontal.
Critérios de hipertrofia: R dominante em V12, S dominante em V5, V6. aVR com
polaridade positiva.
Alterações da repolarização ventricular: Infra-ST em V1, V2, V3.
Conclusão: ECG compatível com taquicardia sinusal associada a hipertrofia ventricular
direita.
2
Diagnóstico diferencial com enfarte posterior.
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ENFARTES
ARTÉRIAS CORONÁRIAS
ARTÉRIAS CORONÁRIAS:
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ALTERAÇÕES NO ECG
3
Podem surgir às 12h!
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Artérias Coronárias
Esquerda Direita
Ínfero-lateral
V1, V2, V3, (V4) DI, aVL
(+ face lat. baixa do VE)
V3-V6
Q patológicas em
DII, DIII, aVF, V5, V6
Anterior extenso R dominantes em
V1, V2, V3
(tudo necrosado
desde a porção alta
do septo IV até à face
lat. baixa do VE)
Póstero-lateral
(pode ser território da Cx!)
Póstero-inferior
R em V1, V2, V3
Q em DII, DIII, aVF
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EXEMPLOS:
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Supra-ST em todas as derivações pré-cordiais.
Conclusão: Enfarte agudo do miocárdio transmural anterior extenso em evolução.
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Alterações do ST em V5, V6, DI, aVL.
S em V1 + R em V5 > 35mm.
Pode ser uma cardiopatia hipertensiva, uma estenose valvular aórtica, miocardiopatia
dilatada…
Cardiopatia Hipertensiva.
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ARRITMIAS
FISIOPATOLOGIA
LOCALIZAÇÃO
Músculo atrial
Região do nodo AV (nodal/juncional)
Músculo ventricular
Supraventricular
Ventricular
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EXTRASSÍSTOLES
As extrassístoles tendem a agravar durante a noite (por vezes, o doente acorda mesmo
devido a palpitações enormes).
Estudar com Holter, prova de esforço e eco. Só a partir das 8000 num Holter é que se
deve começar a valorizar.
4
O nodo AV é a estrutura do tecido elétrico especializado que mais contribui para o intervalo PQ, ou
seja, que mais contribui para a condução (e para o atraso da condução) AV.
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Ventriculares (são comuns e normalmente sem importância, exceto quando surgem
na onda T do batimento anterior, podendo induzir fibrilhação ventricular):
o Não há onda P a preceder o QRS. A onda P pode aparecer a seguir, mas não
passa para o ventrículo (não conduz), pois os ventrículos estão refratários e o
nodo AV não a deixa passar;
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TAQUIARRITMIAS
Taquiarritmias
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TAQUIARRITMIAS COM QRS ESTREITO (TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR)
FIBRILHAÇÃO AURICULAR
Caracteriza-se por:
Ausência de ondas P
Infra-ST em V5 e
V6 como efeito
de Digoxina
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FLUTTER AURICULAR
O estímulo elétrico sobe pelo septo IA e depois desce pela parede livre da aurícula
direita até atingir uma zona de macroreentrada situada na aurícula direita, denominada de
istmo (localizado entre o ostium do seio coronário, a VCI e o anel da válvula tricúspide), que
determina uma condução mais lenta. Esse circuito, depois de atravessar a região lenta, vê a
oportunidade de dar reentrada novamente no septo.
* Especial atenção à relação 2:1, em que é necessário reconhecer as ondas P extra, que podem
ser confundidas com ondas T do batimento anterior:
NOTA: Uma taquicardia pode manifestar-se por bradicardia (e.g. flutter auricular 6:1).
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TAQUICARDIA AURICULAR
Ver se é uma condução fixa de 1:1 (RP longo, 200ms), 2:1, 3:1, etc. ou se é variável.
A onda P pode ter polaridade + (foco situado nas porção superiores) ou - (nasce na
porção inferior do septo IA) nas derivações inferiores.
O modelo a seguir é:
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TRNAV (TAQUICARDIA POR REENTRADA NODAL ATRIOVENTRICULAR)
Two pathways connect the same points. Pathway A has slower conduction and a shorter
refractory period. Pathway B conducts normally and has a longer refractory period.
I. A normal impulse arriving at 1 goes down both A and B pathways. Conduction through
pathway A is slower and finds tissue at 2 already depolarized and thus refractory. A normal
sinus beat results.
II. A premature impulse finds pathway B refractory and is blocked, but it can be conducted on
pathway A because its refractory period is shorter. On arriving at 2, the impulse continues
forward and retrograde up pathway B, where it is blocked by refractory tissue at 3. A
premature supraventricular beat with an increased PR interval results.
III. If conduction over pathway A is sufficiently slow, a premature impulse may continue
retrograde all the way up pathway B, which is now past its refractory period. If pathway A
is also past its refractory period, the impulse may reenter pathway A and continue to circle,
sending an impulse each cycle to the ventricle (4) and retrograde to the atrium (5),
producing a sustained reentrant tachycardia.
O nodo AV faz parte da condução extra. Incidem mais na juventude (15-30 anos).
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TRAV (TAQUICARDIA POR REENTRADA AV COM VIA ACESSÓRIA 5)
RP < PR
SITUAÇÕES RARAS
99% das reentradas nodais são formas comuns. 1 em 100 são a forma rara.
Segue até ao nodo, desce pela via rápida, mas vê a via lenta aberta em sentido
retrógrado e ativa retrogradamente as aurículas. Vai ser ainda mais lenta, com RP 200 ms (1
□ grande) – RP longo. A relação AV é de 1:1.
Tem ondas P - nas derivações inferiores (DII, DIII, aVF), pois ativa as aurículas de baixo
para cima.
5
Podem ser esquerdas, direitas ou septais.
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TAQUICARDIA DE COUMEL (TRAV ATÍPICA)
Tem uma via acessória de reentrada que une o septo IV ao septo IA, conduzindo
lentamente, com RP 200ms.
RP > PR RP < PR
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ALGORITMO PARA TAQUICARDIAS DE QRS ESTREITO
Flutter
P-P ≥ 250/min
auricular
Relação AV ≥ 2:1
Taquicardia
P-P < 250/min Não esquecer o flutter auricular medicado!!
auricular
Onda P escondida
TRNAV
no QRS
Sem Ondas P P parcialmente
escondida
Onda P escondida Só o estudo
TRAV
Ritmo regular na onda T
(existe AV 1:1, eletrofisiológico
mas onda P está QRS com permite distinguir
escondida) alternância de TRAV entre estas 3
amplitude
P totalmente
escondida
QRS sem
- TRNAV
alternância de
- TRAV
amplitude
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TAQUIARRITMIAS COM QRS LARGO
Perante uma taquicardia com complexos QRS largos (>0,12s), o mais importante é
excluir taquicardia ventricular*, que é o mais frequente.
TAQUICARDIA VENTRICULAR
1º *Ausência de padrão RS nas derivações pré-cordiais (por vezes, é difícil de ver; pode
ter uma bossinha). Se o circuito dispara todo nas direções pré-cordiais, só temos ondas
positivas (R); se dispara para trás, só temos ondas negativas (QS). Se encontramos um
RS nalguma das derivações, pode ser uma taquicardia ventricular ou supraventricular e
passamos para a avaliação do próximo critério;
3º Dissociação AV, com mais QRS do que ondas P. Este critério é quase 100% específico
para taquicardia ventricular e permite-nos excluir a hipótese de WPW (aumenta a
parte inicial e não final do QRS)! Só não é o 1º critério porque normalmente não
conseguimos ver as ondas P;
*Os 2 primeiros critérios procuram-se nas derivações pré-cordiais. Os outros 2 são para todas.
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No 1º, 2º e 4º critério, temos de fazer diagnóstico diferencial com o síndrome de
Wolff-Parkinson-White. O WPW não tem QRS negativos de V4 a V6!!
Com o 3º critério, conseguimos fazer o diagnóstico definitivo de taquicardia
ventricular.
Pode surgir desvio esquerdo do eixo.
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EXEMPLOS:
Parece que há onda P, mas é apenas uma ondulação grosseira! Os RR são irregulares.
Conclusão: ECG compatível com fibrilhação auricular com frequência ventricular
predominantemente rápida/lenta/controlada.
Ritmo de flutter auricular (“dentes de serra”) com condução AV fixa de 4:1 (há uma P
em cima do QRS), com frequência auricular (PP) de 300/min e ventricular de 75/min.
Bloqueio completo de ramo direito (QRS largos, rSR’ em V1).
Conclusão: Flutter auricular com condução AV fixa/variável + BCRD.
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Taquicardia com QRS estreitos e relação AV 1:1.
RP longo (> 200ms).
Onda P nas derivações inferiores com polaridade -. Após ablação
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Sem ondas P, ritmo regular
QRS sem alternância de amplitude
Pseudo R’ em V1 e/ou pseudo S em DII, DIII, aVF Ondas P escondidas!
Conclusão: Taquicardia por reentrada nodal (TRNAV)
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Taquicardia com complexos QRS largos.
Taquicardia ventricular.
Não poderia ser WPW porque existem QRS negativos em V4 e V6.
Taquicardia ventricular.
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BRADIARRITMIAS
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Pausa sinusal
Disfunção do
nodo SA
Doença do nodo sinusal/
Taqui-Bradi
1º Grau
Mobitz I
2º Grau
Bloqueios de condução Mobitz II
AV
BAV de alto grau
BRADIARRITMIAS
Do nodo AV
3º Grau
Abaixo do nodo AV
Ramo direito
(BCRD)
Completos
Ramo esquerdo
Bloqueios de ramo (BCRE)
(bloqueios de condução
IV)
Esquerdo anterior
Hemibloqueios
Esquerdo posterior
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1. DISFUNÇÃO DO NODO SA
PAUSA SINUSAL
1º Atrial (50/min) – origem no músculo atrial; no ECG, surge uma onda P anormal seguida
por um QRS normal;
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A pausa corresponde
à distância entre x
intervalos PP.
A pausa é indeterminada,
não correspondendo à
distância entre x
intervalos PP.
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2. BLOQUEIOS AV
O bloqueio situa-se num ponto desde o nodo AV até à rede de Purkinje, localizando-se
na maior parte dos casos no nodo AV. É tipicamente iatrogénico (β-bloqueantes, bloqueadores
de canais de cálcio, antiarrítmicos) e não significa uma doença propriamente dita.
Situação relativamente benigna. Não tem nenhum tratamento específico para além do
cuidado com os fármacos.
BAV 2º GRAU
MOBITZ I/ WENCKEBACH
É uma situação benigna que surge devido a uma influência vagal superior ou a
iatrogenia Exacerbação das características decrementais do nodo AV. Pode ser um evento
único diário.
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MOBITZ II
Nesta situação, a zona afetada está normalmente abaixo do nodo AV, não tendo
associada vagotomia.
NOTA: O nodo AV pode dar Mobitz I ou II, enquanto abaixo do nodo AV só dá Mobitz II.
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BAV DE ALTO GRAU
Surge quando existem pelo menos 3 ondas P para 1 QRS (pode ser mais), ou seja, a
partir de uma relação 3:1.
A onda P que precede o QRS é sempre igual, assim como o intervalo PQ, isto é, não há
dissociação AV (é o que o distingue do bloqueio completo).
Nodo AV, onde o ritmo de escape é tipicamente juncional ou ídio-nodal (tem origem
supraventricular, subnodal, supra Hisiana, acima da junção AV), portanto, o QRS é
normal e estreito, com frequências a rondar os 40/min. Existe dissociação AV, pois o
nodo sinusal continua a enviar ondas P, que não têm relação com os QRS, o que
resulta em intervalos PQ irregulares; existe um ritmo de ondas P a funcionar por um
lado e um ritmo de QRS a funcionar por outro.
Feixe de His (abaixo do nodo AV), onde o ritmo de escape é ventricular ou ídio-
ventricular, o que resulta em QRS alargados e com uma frequência menor, na ordem
dos 25-30. Quanto mais distal for o bloqueio completo, mais largo é o QRS e mais lenta
é a frequência de escape.
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3. BLOQUEIOS DE RAMO
BLOQUEIOS COMPLETOS
o 0,10 É normal!
o 0,11s Bloqueio incompleto do ramo direito
o 0,12s Bloqueio completo do ramo direito
Não há desvio do eixo, pois a massa do ventrículo esquerdo é muito superior, e não
surgem alterações de repolarização, exceto em V1 e V2.
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BLOQUEIO COMPLETO DE RAMO ESQUERDO (BCRE)
Mais uma vez, para ser bloqueio completo tem de ter 0,12s.
Surgem alterações da repolarização ventricular nas derivações laterais (DI, aVL, V5-V6),
nomeadamente inversão da onda T (não é necessário surgir em todas).
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HEMIBLOQUEIOS
São bloqueios seletivos dos ramos anterior e posterior do ramo esquerdo do feixe de
His. Os hemibloqueios isolados não contribuem de forma suficiente para que o QRS alargue,
portanto, o QRS tem sempre duração normal.
O diagnóstico dos hemibloqueios faz-se pelo desvio do eixo elétrico no plano frontal:
É mais raro. Associa-se a um QRS normal com desvio direito do eixo elétrico.
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Os bloqueios de ramo direito podem ser acompanhados de hemibloqueios, sendo
assim denominado de BLOQUEIO BIFASCICULAR:
Casos Especiais:
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ALGORITMO PARA BRADIARRITMIAS
Ritmo de escape
QRS estreito
ídio-nodal
Dissociação AV BAVC
Ritmo de escape
QRS largo
ídio-ventricular
Relação 1:1
FC < 40/min BRADIARRITMIA BAV 1º grau
+ PQ longo
PQ aumenta
Mobitz I
progressivamente
SEM dissociação AV Onda P bloqueada
PQ fixo Mobitz II
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EXEMPLOS:
BAV 1º Grau.
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Atenção: Este ECG está expandido, a 50mm/s, ou seja, o doente tem o dobro da
frequência que está aqui exposta. Não podemos dizer que o QRS está largo!
A P que precede o QRS é sempre igual.
Bloqueio de 4:1.
BAV de alto grau.
Dissociação AV.
Ritmo sinusal associado a BAV completo com ritmo de escape juncional (QRS é
estreito) que neste caso é acelerado.
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rSR’ em V1 Bloqueio de ramo direito.
Desvio esquerdo do eixo Hemibloqueio esquerdo anterior.
Bloqueio bifascicular: Bloqueio completo do ramo direito + Hemibloqueio esquerdo
anterior.
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Padrão rS.
Dorso de camelo em V6, DI.
Eixo borderline.
Alterações generalizadas da repolarização ventricular (supradesnivelamentos) – não é
preciso descrever.
Onda P bifásica em V1 com a 2ª componente >1mm Dilatação da aurícula esquerda
Miocardiopatia dilatada com insuficiência mitral? Miocardiopatia hipertensiva?
Etiologia isquémica?
Medir PQ (para ver se tem associada BAV 1º grau) e QRS (para saber se é um bloqueio
completo e incompleto).
Conclusão: Ritmo sinusal associado a bloqueio completo de ramo esquerdo e a
dilatação da aurícula esquerda.
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